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Roberto (31/07)
Oi Ana, este post foi o incentivo que eu precisava! Já consegui reservar...
Samuel (30/07)
vocês tem quer te respeito para quem esta na terra o dinheiro e só uma ...
Ana Christ (29/07)
Ana, vou aproveitar pra fazer mais uma pergunta e sei que já estou abusa...
Ricardo reche (29/07)
Oi Ana, gostaria de saber se para fazer mergulho com cilindro na ilha da ...
Mário e Carmen (28/07)
Ana e Rodrigo, Assim como vocês eu e Carmen também gostamos muito de av...
Metros finais para chegar ao alto das Kelso Dunes, no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Dia de pegar a estrada é sempre um dia de descobertas. Nosso destino principal é o Grand Canyon National Park, a quase 800 km de Los Angeles, mas no caminho cruzaríamos o árido Deserto de Mojave, que se estende desde o centro até o sudeste da Califórnia e porções dos estados de Nevada, Utah e Arizona.
De volta aos grandes espaços abertos, no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Flores no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Nós saímos em direção ao Grand Canyon logo depois do jogo do Lakers e dirigimos até quase a fronteira da Califórnia com o Arizona, dormindo em um pequeno motel de posto na vilazinha de Ludlow. Ali, a poucos quilômetros de nós, estava a principal entrada para o Mojave National Preserve, uma área que foi incluída no sistema de Parques Nacionais americanos em 1994 e com seus quase 6.500km2 é a terceira maior área de preservação nos Estados Unidos continentais (leia-se excluindo o Alasca).
Uma das entradas da área de preservação do deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Dia ensolarado, mas com muito frio no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Como todo deserto que se preze, o clima do Mojave varia bastante, chegando aos 41°C no verão, -7 °C nos vales e até -18°C no inverno no alto de suas montanhas, que ficam branquinhas de neve.
Área de dunas no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
A Mojave National Preserve possui uma rede de estradas de terra que faz a diversão dos americanos que curtem um off-road. Nós fizemos uma programação rápida de um dia cruzando o deserto passando pelas Kelso Dunes e pela cidade fantasma de Kelso, onde hoje está o Visitor Center. Fechamos o circuito pela Black Canyon Road, com um pequeno e maravilhoso detour pelo Wild Horse Canyon Road (que aparece no mapa abaixo, mas o Google não quer aceitar como rota de forma alguma!).
Exibir mapa ampliado
Grande parte da estrada é asfaltada, depois de Kelso é que os trechos de terra ficam mais emocionantes, principalmente no cânion, onde a neve já está dominando a paisagem e deixando as estradas mais desafiadoras.
Estradas cobertas de neve na parte alta do belíssimo deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Dirigindo através de estrada secundária no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
O deserto nevado é realmente uma imagem incrível, grandes planícies que são interrompidas por cânions e formações rochosas avermelhadas, contrastam com a neve, salpicadas de Joshua Trees, árvores nativas e bem peculiares do deserto californiano.
Vegetação que aguenta os rigores do frio e do deserto em Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
As Kelso Dunes, no início do roteiro, mereceram não apenas um pequeno detour (14km), como quase duas horas de parada para sentirmos mais de perto a natureza selvagem do deserto. Este é o maior campo de dunas eólicas do Mojave Desert, com 120km2!
As enormes Kelso Dunes, no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Nós caminhamos até o alto da maior delas, com 200m de altura acima do vale que a rodeia e com vistas lindas da cadeia de montanhas e de todo o deserto. Não tem paisagem mais desértica que um campo de dunas e areia, sensacional!
As belas Kelso Dunes, num dia ensolarado e gelado no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Ainda no mesmo dia seguimos pela I-40, cruzando trechos da mítica Route 66, com direito a repeteco! Há quase 9 meses passamos por aqui e paramos na mesma cidadezinha para um almoço tardio. Estávamos a caminho de Flagstaff e a cidadezinha de Seligman nos apareceu como um oásis para matarmos a fome, esticarmos as pernas e seguirmos viagem. Desta vez não foi diferente, sem grandes planejamentos foi ela novamente a nos acolher na Route 66, no mesmo bar, só que agora com ventos ainda mais gelados! Começamos bem a nossa temporada pelos desertos do centro oeste americano!
Caminhada pelas dunas de Kelso, no deserto de Mojave, na Califórnia, nos Estados Unidos
Garotos se divertem pulando da ponte em em Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
Ponte Alta, o portal de entrada para o Jalapão, seria para nós apenas uma cidade de passagem. Nós estávamos vindo da Cachoeira da Velha em direção a Palmas, paramos apenas para fotografar a antiga ponte, construída em 1968, quando vimos um show de saltos e malabarismos.
Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
Os habitantes desta pequena cidade nascem de olho naquela ponte, acredito eu, que ela deva ser até um rito de passagem, de afirmação no grupo, principalmente para os meninos. Vemos as crianças brincando em volta, os adolescentes pulando do andar da ponte e os jovens, um pouco mais velhos, já demonstrando toda a sua coragem do alto da ponte!
Tentando chegar à plataforma da torre da ponte em Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
Já não bastassem os 15m de altura, eles têm que subir por uma estreita rampa, com madeiras de apoio falhas e que balança quando passa algum carro. Lá do alto saltam em pé e alguns mais habilidosos dão lindas mortais, de frente E de costas! Dá um frio na barriga só de olhar!
Garotos se divertem pulando da ponte (um deles está dando um mortal!) em em Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
É claro que o Rodrigo não poderia ficar apenas olhando. Nós petiscamos algo de almoço e enquanto isso ele decidiu, foi até lá. Saltou duas vezes da ponte para esquentar e depois, de sandália no pé, encarou a tábua aos 15m.
Escalando a torre da ponte em Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
“Foi mais difícil subir do que saltar”, disse ele, que escalou de joelhos, bem agarradinho quando passava um carro. Lá do alto foi só alegria. Depois de uns 5 minutos respirando e observando, ÚÚÚHÚÚÚÚÚÚÚÚ! Tchibúm! Lá estava o meu amor na água, lépido e faceiro.
Saltando do alto da torre da ponte em Ponte Alta do Tocantins, entrada do Jalapão - TO
Visual totalmente caribenho na ilha de San Andrés, na Colômbia
San Andres e Providência são as duas principais ilhas do arquipélago colombiano no litoral do Caribe nicaraguense. Um paraíso longe de tudo e todos, onde a cultura caribenha do africano mesclado ao inglês britânico resulta nos creoles mais relaxados e vida boa que já conhecemos.
San Andrés, ilha colombiana no Caribe
Resquícios dos seus primeiros colonizadores ainda podem ser vistos na arquitetura inglesa das casas do centro de San Andres. Nas vizinhanças mais antigas somos recebidos com um sorriso gostoso e acolhedor dos locais, que preferem o inglês ao espanhol. O creole inglês, quebrado e misturado ao espanhol começa a se diluir em meio à quantidade de imigrantes colombianos que vem do continente em busca de tranquilidade e qualidade de vida.
Vendedora de goiabada em San Andrés, ilha colombiana no Caribe
De volta ao caribe, na ilha colombiana de San Andrés
O clima tropical é quase um convite à arte do dulce fare niente! Queremos apenas andar pelo malecón, pegar uma prainha na estreita faixa de areias brancas e águas azuis turquesas e provar os temperos locais do arroz com coco e mero à moda creole acompanhado de tostones e um belo copo de águila gelada.
Deliciosa refeição de rua em San Andrés, ilha colombiana no Caribe: Peixe, arroz de coco e patacones
Nos dias de muito vento fugimos da praia e enfrentamos bravamente o mar do sul para conhecer alguns dos mais de 60 pontos de mergulho nos arredores de San Andres. Nós tiramos um dia para explorar o mundo sub da ilha com a equipe da San Andrés Divers.
O grande grupo prepara-se para mergulhar em San Andrés, ilha no caribe colombiano
Fomos com um grupo de mergulhadores liderados por Kike, colombiano que vive na ilha e trabalha para o Ministério do Turismo. Ele é o organizador e cicerone da FAM Trip (viagem de familiarização) que convidou operadoras de turismo brasileiras, francesas, americanas e espanholas especializadas em mergulho, para conhecer alguns dos melhores pontos dos mares da Colômbia.
A caminho do mergulho com arraias, em San Andrés, no caribe colombiano
Cardume de peixes azuis durante mergulho em San Andrés, ilha no caribe colombiano
Encontro com peixe anjo durante mergulho em San Andrés, ilha no caribe colombiano
Os mergulhos tiveram boa visibilidade e uma rica fauna caribenha, muitos peixinhos coloridos, moreias e corais de todas as cores e formas. No primeiro deles caímos sobre um pequeno veleiro naufragado que já começa a criar e abrigar uma nova vida marinha.
Um veleiro naufragado em San Andrés, ilha no caribe colombiano
O Blue Hole e outros pontos da costa norte, onde estão os melhores mergulhos, infelizmente estavam inacessíveis pelo vento norte que estava soprando.
Lion Fish, cada vez mais comum no Caribe, em San Andrés, ilha colombiana na região
A programação da FAM Trip continuou e nós fomos convidados a acompanhá-los com uma parada para almoço no restaurante do Hotel Caribe Sea Flower, com um buffet muito gostoso, quase em frente ao cais mais movimentado da ilha, o Cais da Casa da Cultura. De lá partem tours em lanchas para os diversos cayos, onde estão as praias mais bonitas de San Andres. O ponto alto da programação foi o Tour Manta Raia, uma visita ao Cayo do Aquário Natural onde se concentram dezenas de sting rays (raia águia) de todos os tamanhos e temperamentos. Elas já sabem que a esta hora terão um lanchinho, peixe fresco, na mão dos turistas que são encorajados a tocar, abraçar e se divertir com as grandes e dóceis arraias fêmeas.
Muitas arraias em ponto conhecido de San Andrés, ilha no caribe colombiano
Muitas arraias em ponto conhecido de San Andrés, ilha no caribe colombiano
Fechamos o dia com uma festa promovida pelo Capitán Rum, o aniversariante do dia que além de trabalhar com o pessoal da FAM Trip, decidiu comemorar o aniversário com uma cervejinha e música na caixa entre o Aquário e a praia de San Luis.
O capitão do barco, celebrando seu aniversário a caminho do mergulho com arraias em San Andrés, no caribe colombiano
Praia em San Andrés, a principal ilha colombiana no Caribe
Lá nos despedidos de Kike, Angela, Ingrid, David, George, Sandro, Rodrigo, Renata, Germán e Nicolas e Sebastian que nos acolheram tão bem em San Andrés e Providência. Muito obrigada pessoal, nos encontramos em outros mares do mundo!
A caminho do mergulho com arraias em San Andrés, no caribe colombiano
A caminho do mergulho com arraias, em San Andrés, no caribe colombiano
Nenhuma visita ao arquipélago estará completa sem alguns dias na tranquila e ainda mais distante ilha de Providencia, e é para lá que nós vamos no próximo post!
De volta ao Caribe na ilha de San Andrés, na Colômbia
Onde Ficar?
Nós geralmente não damos dicas de estadia, afinal nosso intuito não é montar um guia completo de viagens, mas quando gostamos de algum lugar não custa deixar aqui a dica, né? A pousadinha da Cli é muito gracinha, bem localizada há apenas uma quadra e meia da praia e uma das mais baratas que encontramos no centro. O valor para o casal foi de 60 dólares e o quarto tem ar condicionado, frigobar e wifi gratuita. Ela pode ajudar a comprar as passagens para Providência e dar dicas para percorrer a ilha.
Posada Nativa Cli´s Place – Tel. 314 512-6957. Endereço: Avenida 20 de Julio No.3-47 Int 4.
A incrível Garganta do Diabo, visto do lado argentino do parque, em Puerto Iguazu - Argentina
Qual é o lado mais bonito, o argentino ou o brasileiro? Esta é sempre uma das discussões que surgem depois da visita aos dois parques que protegem as Cataratas do Iguaçu. Então, hoje resolvemos ir até lá para conferir! O dia amanheceu chuvoso, péssimo para passeios ao ar livre, mas infelizmente não tínhamos opção, era agora ou nunca. Casaco impermeável, capa de chuva e boa! Vamos ao Parque das Cataratas do Iguazú!
Cruzando a fronteira entre Brasil e Argentina num dia chuvoso
Cruzamos a fronteira de los hermanos argentinos com tranqüilidade. A única pergunta feita tanto pela imigração brasileira quanto pela argentina é aonde vamos e o que vamos fazer ali. Respondido que será apenas para passar o dia no parque, não querem saber mais nada. Entre as duas imigrações há a Ponte Tancredo Neves, pelo menos metade dela possui este nome, a nossa metade. Entre as fronteiras oficiais há um grande shopping Duty Free, impressionante, parece que estamos dentro de um aeroporto. Passamos a entrada de Puerto Iguazú e seguimos direto para o parque.
Lado argentino da ponte Tancredo Neves, chegando em Puerto Iguazu - Argentina
O Parque Nacional das Cataratas do Iguazú foi criado em 1º de janeiro de 1935, 4 anos antes do seu irmão brasileiro. A primeira visita turística do parque foi feita em agosto de 1901, porém a expedição fracassou por falta de estradas que os levassem ao local. Victoria Aguirre, participante da expedição, doou 3 mil dinheiros para a construção das estradas, que somados à outra doação de 5 mil dinheiros por Gibaja y Nuñez serviram de impulso para a construção da primeira estrada de terra entre Puerto Iguazú e as Cataratas. Este foi o ponta pé inicial para o desenvolvimento turístico da região.
No trenzinho que leva turistas no parque em Puerto Iguazu - Argentina
O parque é bem organizado, possui um trem que faz o transporte dos turistas entre as 3 principais estações: Estação Central, Cataratas e Estação Garganta do Diabo. Seguimos direto para a terceira, na esperança que a chuva se acalmasse. Sem muita negociação com São Pedro, tivemos que enfrentá-la bravamente durante a caminhada de aproximadamente uma hora. É 1,5 km por passarelas suspensas sobre o Rio Iguaçu até o mirante localizado exatamente em cima da Garganta do Diabo.
Passarela que leva á Garganta do Diabo, no lado argentino do parque, em Puerto Iguazu
O vento e a bruma que sobem da cachoeira molham mais do que a chuva. A beleza e grandiosidade deste cânion nos fazem esquecer do frio e do desconforto das roupas, meias e tênis molhados.
Visitando a Garganta do Diabo no Parque Nacional Iguazu, em Puerto Iguazu - Argentina
O mirante tem picos de ocupação, já que todos descem no mesmo trem. Então uma dica é ficar alguns minutos a mais e logo terá o mirante livre para fotos e contemplação, sem dezenas de turistas se apertando por um espaço ao sol, neste caso à chuva.
Todo mundo se protegendo da chuva no parque em Puerto Iguazu - Argentina
Retornamos à estação, que embora sempre esteja lotada, não deve te desesperar. O trem é grande e se todos foram até lá, é bem provável que todos deverão caber no mesmo trem para voltar. Enquanto minha mãe aguardava seca e quentinha no café da Estação Cataratas, nós enfrentamos novamente a chuva, agora mais forte e ainda mais molhada! Rsrs! Fomos conhecer o circuito superior, que segue pelo alto do rio, margeando todas as quedas que podemos ver no início da trilha brasileira. São dezenas de saltos até o mirante principal, em frente à Ilha e ao Salto San Martín, o mais impressionante volume de água, que luta bravamente para escavar outra Garganta do Diabo na margem esquerda do rio.
O Salto e a Ilha San Martin, no lado argentino do parque, em Puerto Iguazu - Argentina
Terminamos o nosso passeio deixando para trás o circuito inferior e as trilhas na Ilha San Martín, belíssimas, mas muito molhadas para hoje. De longe ainda conseguíamos avistar bravos e destemidos turistas explorando estes circuitos, que certamente nos servirão como ótimo motivo para retornar ao parque em outra oportunidade.
Cataratas do Iguaçu vistas do lado argentino, em Puerto Iguazu - Argentina
No final do dia, já estávamos completamente esfomeados, no ponto certo para sentar em uma churrascaria para provar o delicioso chorizo e todos os cortes de carne argentinos! Hummm, delícia!
Que delícia! Nosso primeiro churasco argentino! (em Puerto Iguazu - Argentina)
Respondendo à pergunta do início do post, o lado argentino proporciona uma experiência diferente das Cataratas, chegamos praticamente dentro da Garganta do Diabo. Outro pró é que pagamos o equivalente a 26 reais (dependendo do câmbio) e conseguimos fazer muito mais dentro do parque sem nenhuma taxa extra. Já no lado brasileiro os mirantes dão o melhor ângulo para apreciação do espetáculo completo, fica mais clara a grandeza da paisagem. As belezas estão mais do lado argentino, mas elas podem ser melhor observadas a partir do lado brasileiro. Puxa, será que confundiu muito? Essa é uma pergunta muito difícil de ser respondida, pois em um lugar como este não existe nem o feio, nem o mais ou menos. Esta foi a minha percepção pessoal, em um dia chuvoso. Enfim, acho que vocês terão que fazer o sacrifício de ir lá e ver com os próprios olhos.
Visitando a Garganta do Diabo no Parque Nacional Iguazu, em Puerto Iguazu - Argentina
A pequena cidade de Camden, vista do alto de Camden Hill State Park, no litoral de Maine, nos Estados Unidos
O litoral do Maine é todo recortado, em cada baía, porto ou ilha, milhares de barcos e marinas decoram a paisagem e nos convidam a paradas “estratégicas” para nos deliciarmos com suas lagostas e cenários espetaculares.
Bela ponte atravessa um dos rios do Maine, nos Estados Unidos, chegando em Camden
Nesta road trip pelo nordeste dos Estados Unidos o nosso ponto mais ao norte foi a Mount Desert Island, casa do Acadia National Park. Após três dias explorando a região, fazemos meia volta e começamos o nosso caminho em direção à Portland. Difícil escolher em qual das centenas de vilas marítimas pararíamos, então seguimos a dica de alguns amigos e paramos na pequena cidade de Camden.
Visita ao Camden Hill State Park, em Camden, litoral de Maine, nos Estados Unidos
No caminho, o Parque Estadual Camden Hills proporciona uma vista linda da baía onde iremos aportar a nossa Fiona para o almoço. Casinhas com suas floridas floreiras, ruas organizadas, lojinhas, livrarias e restaurantes à beira da água foram o cenário ideal para um final de semana tranquilo e relaxado. Infelizmente essas duas palavras não fazem muito parte do nosso vocabulário ultimamente, o tempo urge e não podemos ficar parados.
A charmosa arquitetura de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos
Restaurante no porto de Camden, no litoral do Maine, nos Estados Unidos
Chegamos à cidade de Portland no final do dia, levamos quase uma hora procurando hospedagem na área mais gostosa da cidade, mas todos os Inns e Bed and Breakfasts estavam lotados. Acabamos apelando para um hotel de rede mesmo, uma noite bem dormida para explorarmos a cidade no dia seguinte. A surpresa do dia ficou por conta da Fiona, nossa fiel escudeira, que deu pela primeira vez um sinal de cansaço. Nada que uma paradinha na Toyota não resolvesse, trocamos sua bateria que teve uma longa vida de quase 90 mil quilômetros. Enquanto Rodrigo estava na função concessionária, eu e Bebel saímos explorar a cidade de Portland, que sinceramente, deixou um pouco a desejar.
O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos
Não quero ser injusta, sem dúvida é a cidade tem seu charme e a cena gastronômica parece ser uma das mais agitadas do Maine. Tudo irá depender de qual é o seu objetivo, o que quer ver e quanto tempo terá para aproveitar cada um desses pequenos paraísos dos frutos do mar.
Lagosta, especialidade em Portland, no Maine, nos Estados Unidos
Para quem busca atividades mais jovens e interessantes para as crianças (no nosso caso pré-adolescentes), do porto da cidade saem alguns tours de Whale Watching ou pesca esportiva. As ruazinhas antigas são facilmente exploradas em uma manhã de caminhada.
Passeando por Portland, em Maine, nos Estados Unidos
Almoçamos em um japonês, conhecido por ser um dos melhores restaurantes japoneses de toda essa região. Não estávamos muito no clima de museus, então depois de rodar e conhecer um pouco da cidade e fazer umas comprinhas para a Mel, filhota canina da Bebel, decidimos pegar estrada e seguir viagem.
Loja para cães em Portland, no Maine, nos Estados Unidos
Delicioso Frozen Iogurt em Portland, em Maine, nos Estados Unidos. O merecido prêmio depois de consertar a Fiona
Sem dúvida Portland é uma boa escapada de final de semana para aqueles que vivem em Boston ou em cidades do interior. Acho que a impressão que tivemos dela ficou prejudicada na comparação com a região do Acadia, onde temos mais natureza e menos urbanização, cada destino tem o seu momento e o seu público, não deixe de visitar e descobrir se Portland é o seu.
O porto de Portland, em Maine, nos Estados Unidos
Uma das grandes atrações de Morelia, no México: o centenário Aqueduto
Dizem que no domingo Deus descansou, não é verdade? Então nós também temos direito! Ontem ficamos o dia inteiro em casa para descansar, trabalhar nos blogs, organizar as coisas para botar o pé na estrada. Nosso amigo e chef de cozinha (que achou que se veria livre de nós ontem), nos preparou um almoço delicioso e preparou uma seleção com dezenas de músicas novas para a nossa biblioteca “on the road”. À noite nos fizemos companhia na sala vip de cinema onde fomos assistir “A Dama de Ferro” com a Merl Stryp. Ela arrasa e o roteiro me fez sair de lá fã da pessoa Margaret Thatcher, da pessoa, não da política.
Um belo lago na viagem entre Cidade do México e Morelia, no México
Saímos do DF com aquela sensação de que voltaremos. Agora nesta viagem é pouco provável, mas quem sabe... ainda temos muita estrada pela frente. Próxima parada: Morélia.
Caminhando na praça da Catedral de Morelia, no México
Morélia é uma cidade histórica, fundada em 1541 que se tornou Patrimônio Histórico da Humanidade em 450 anos mais tarde. Sua arquitetura espanhola e a imponente Catedral ladeada por uma praça com coreto, a Plaza de Armas, são algumas de suas principais atrações. O Palácio de Governo e uma grande fachada de arcos e prédios históricos ao seu lado, hoje abrigam lojas, restaurantes e charmosos hotéis.
Restaurantes com mesas na calçada em praça de Morelia, no México
O Jardín de Rosas, a duas quadras da Plaza de Armas, é um dos lugares mais agradáveis para sentar, tomar uma cervejinha e apenas deixar o tempo passar. Almoçamos tardiamente observando os jovens universitários e artistas que rodavam por ali.
Artista de rua em Morelia, no México
As arcadas da vizinha Casa del Clavijero servem se sala de aula para os alunos da escola de artes e marcam o caminho para o indulgente Mercado de Dulces da cidade: um corredor com bugigangas, catrinas e doces de todos os tipos, cores e tamanhos.
Visita ao famoso Mercado de Doces e Artesanatos de Morelia, no México
Segunda-feira, então todos os museus estavam fechados, o que ajudou a me sentir menos culpada pela falta de disposição para me encerrar em seus museus em um dia de céu tão azul. Uma rápida passada pelo verde Bosque Cuauhtemóc é obrigatória para ver de perto a construção do magnífico Aqueducto, construído entre 1785 a 1788 para melhorar o abastecimento de água da cidade. São 253 arcos que beiram o parque na avenida de mesmo nome.
Uma das grandes atrações de Morelia, no México: o centenário Aqueduto
A noite fria não nos impediu de caminhar pelo centro histórico para vermos a cidade de um novo ângulo. A iluminação noturna da catedral é belíssima e o Jardim de Rosas igualmente agradável, ainda que encerre suas atividades cedo no primeiro dia da semana. Uma parada estratégica no estado de Michoacán para começarmos a entrar no ritmo de estrada novamente. Amanhã já seguimos viagem para outra jóia colonial mexicana, a cidade de Guanajuato.
Pausa para descanço em praça de Morelia, no México
A pirâmide que virou uma pequena montanha, em Cholula, no México
Andando pelas ruas de Puebla, uma imagem se repetia: uma igreja no alto de um morro com o vulcão Popocatepétl fumegando ao fundo. Mal sabíamos nós que esta montanha era, na realidade, a maior pirâmide já construídas em todo o mundo.
As ruínas da antiga pirâmide de Cholula, no México
Tepanapa é o nome da pirâmide que começou a ser construída no começo da Era Cristã e ganhou mais 5 camadas em diferentes períodos construtivos até 600 d.C. Cholula era então um grande centro religioso e administrativo, que floresceu na mesma época da poderosa Teotihuacán, até ser invadida pelos Olmecas-Xicallancas, vindos da vizinha Cacaxtla. Entre 900 e 1300 d.C. Toltecas e Chichimecas dominaram a cidade, mais tarde caindo no domínio dos Astecas.
As ruínas da antiga pirâmide de Cholula, no México
Quando os espanhóis chegaram no início do século XVI a população de Cholula era de mais de 100 mil habitantes e, aliado aos Tlaxcalans, Hernán Cortés dizimou mais de 6 mil cholulans em apenas um dia! A esta altura a pirâmide já havia sido abandonada e estava totalmente coberta por vegetação, fazendo com que os novos conquistadores nem sequer a notassem, optando por construir uma igreja no alto desta montanha, o Santuário de Nuestra Señora de los Remédios.
Com a Val, visitando a igreja construída sobre uma antiga pirâmide, em Cholula, no México
O tour pelo Sítio Arqueológico começa pelos túneis escavados por arqueólogos, primeiramente para comprovar que aquela era uma pirâmide e não uma montanha e depois para estudar as suas fases construtivas. São mais de 8 km de túneis que revelaram parte de sua história, mas nenhuma câmara funerária ou sala secreta. Também provaram que esta é a maior pirâmide do mundo (em volume) e que por aqui passaram diversas culturas pré-hispânicas, cada um deixando a sua marca na estrutura, arquitetura, esculturas e na história.
Interior da pirâmide de Cholula, no México
Percorrendo os túneis da gigantesca pirâmide de Cholula, no México
Normalmente não contratamos guias, mas aqui achamos que valeria a pena e o Don Francisco nos levou pela história e a vida de Cholula, mostrando os segredos dos seus ancestrais, como a incrível acústica do Patio de los Altares, onde batemos palmas e ouvimos um eco proposital, um som estalado que representava e/ou se comunicava com um de seus deuses.
O Francisco nos dá uma aula sobre a pirâmide de Cholula, no México
As ruínas da antiga pirâmide de Cholula, no México
Do alto da pirâmide, ou melhor, do santuário católico, pudemos ver toda a cidade e várias torres das suas 39 igrejas, que reza a lenda, seriam uma para cada dia do ano. Caminhamos pelas ruas do pueblo mágico encantados com o seu charme e a alegria da cidade que possui uma festa para cada dia do ano.
Cholula e suas dezenas de igrejas, mais um Pueblo Mágico no México
A Roberta, vendedora de chapolines e outras iguarias em Cholula, no México
Na descida do templo católico, conversamos com Roberta, essa tia vendedora de chapulines que me convenceu a provar as crocantes iguarias que vem em três versões: original, ao alho e apimentado. Adorei! Não tem gosto algum e se não pensarmos que é um inseto, poderia ser qualquer outro alimento bem crocante com o tempero escolhido.
Chapolines, os famosos gafanhotos comestíveis mexicanos! )em Cholula, no México)
Em Cholula, no México, experimentando chapolines (gafanhotos crocantes!)
Caminhamos até o Zócalo, pelas igrejas e conventos ao redor e fomos seduzidos por um restaurante na esquina da feirinha de artesanato, cheio de jovens assistindo a um jogo de futebol. Aquele clima bem brasileiro, mas com cara e tempero mexicanos. Provamos o mole de Cholula, segundo eles melhor que o pueblano, um assado de carne de carneiro delicioso e de aperitivo uma linguiça artesanal acompanhada de uma boa chelada, cerveja com limão e borda de sal.
Delicioso e movimentado boteco em Cholula, no México
Almoçando comida típica pueblana em Cholula, no México
A nossa passagem pelo cartão postal que tanto vimos, acabou se tornando um dia de descobertas e grandes surpresas. A foto que queríamos tirar, da igreja com o Popo ao fundo, acabou se tornando um álbum completo com muita cultura e boas memórias.
Percorrendo as ruínas da antiga pirâmide de Cholula, no México
Pousada Mandala no Vale do Matutu - MG
Quando saímos de São Tomé das Letras e pegamos a estrada em direção à Caxambu, avistei ao longe uma cadeia de montanhas. Ela me chamou atenção pelo formato da sua montanha mais alta, um cocuruto de pedra imenso e bem redondinho. Apontei e perguntei ao Rodrigo se lá não seria o Matutu, onde queríamos chegar, e ele com todo o seu conhecimento geográfico falou que não. Pois teríamos que andar ainda 30km para a direita e depois mais 30km para a esquerda e que pelas noções de distância dele não chegaríamos ali. Concordo que ele tem, geralmente, uma boa noção geográfica, mas de alguma forma o que me puxou para esta montanha foi a sua energia. De longe o Vale do Matutu e seu lindo Pico do Papagaio me chamavam. Enfim, depois de passarmos em Caxambu e seguirmos em direção à Aiuruoca eu vi novamente a pedra e disse... “Olha Ro! Não era aquela que eu havia te falado? Estamos chegando exatamente embaixo dela!” e ele, depois de relutar muito e admitir que estava errado, teve que concordar comigo . Que bela noção de distância que ele tem!
Em Caxambu eu já havia lido no nosso guia como era o Trekking para o Pico do Papagaio: “Trilha de 4h e nível médio de dificuldade, com alguns trechos mais duros. Há pelo menos 3 subidas íngremes, que levam respectivamente 40’, 30’ e 25’ para serem percorridas.” Quando li isso no guia tinha certeza que eu não ia escapar, é claro que o Ro ia querer subir este pico. Eu adoro montanhas também, mas estava meio insegura quanto ao meu preparo físico e principalmente em relação aos meus joelhos, que de 2 semanas para cá começaram a doer e estalar. A caminhada de ontem para a Cachoeira do Fundo já serviu de aquecimento, vamos tentar, o caminho já parecia lindo, lá em cima então com certeza seria recompensador! Saímos cedo da pousada em direção ao trutário de onde começa a trilha. Partimos dos 1300m de altura caminhando em meio a um pasto. Esta primeira subida é a prova de fogo! Todos dizem que se passarmos por ela, passamos por toda a trilha sem problemas. O Miguel, nosso guia, e a Aracelli, nossa nova companheira de trilha, tinham um ritmo gostoso, mais parecido com o meu. Fomos subindo devagar e sempre, me sentia a Fiona com a marcha reduzida engatada, subindo lentamente, mas sem parar. Encontrei um ritmo que eu poderia subir durante horas sem cansar.
Trilha do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Passamos por pastos, uma pequena área de mata, uma área imensa de samambaias e uma floresta de candeias maravilhosa até chegar no Poço Azul, na metade do caminho.
Cachoeira na descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Candeia, na descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
O poço era fantástico, um lugar perfeito para saltar direto na água, com uns 3 ou 4 metros de altura. O Rodrigo logo se preparou e saltou, tudo registrado por foto e vídeo. Eu adoro estas coisas e não poderia ficar para trás, mas alguma coisa me prendia, estava com um certo medo e não sabia se era da altura ou da água gelada. 20 minutos depois eu descobri, era da água gelada mesmo! É uma das águas mais geladas que já pegamos por aqui, devia estar uns 10°C! O choque foi tão grande que eu pulei e saí nadando sem aproveitar um segundo da água, eu só queria sair dali!
Lago Azul, no caminho para o Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Bem acordada seguimos para mais 2 horas de subida. A floresta lá em cima é uma mata primária, engraçado que é conhecida como a Floresta do Harry Potter e é idêntica mesmo!
Bosque na descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Passada a Floresta do Harry Potter finalmente começamos a encontrar pedras no caminho, o que indica que estamos chegando próximos ao pico, mais um pouco e finalmente encontramos o Bico do Papagaio! Isso mesmo, o pico é conhecido assim porque a pedra gigantesca de longe tem o mesmo formato. Tivemos uma sorte imensa, chegamos lá em cima com o melhor tempo possível, sem dúvida um dia perfeito!
No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Do alto do pico pudemos ver a cadeia de montanha do Itatiaia, todo o Vale do Matutu e o vale depois dele, Vale das Cangaças se não me engano. Bem que o nosso livro não mentia: “Lá de cima dá para contemplar o relevo montanhoso do sul de Minas e da divisa com o estado do Rio de Janeiro, como o Pico das Agulhas Negras (ponto culminante do RJ) e a Pedra da Mina (segundo pico mais alto de MG).” Depois de quatro horas de subida tivemos a nossa recompensa!
Relaxando no Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Descendo do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Um lanchinho gostoso, alongamento e colheita de poejo da serra, planta expectorante, começamos a descida. O joelho reclamou um pouco, mas em 3h conseguimos chegar lá embaixo.
Flora na descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Ah! Esqueci de uma informação muito importante! Sabem quem subiu toda a montanha conosco e sem pegar carona até a base? O Simba! Ele realmente nos esperou aqui na pousada, acho que entendeu quando avisei ele que iríamos subir o Pico do Papagaio. Ele foi bravo e valente até o pico e voltou sem cansar um minuto! Estou apaixonada por esse cachorro...
com o fiel Simbad no alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG
Criança faz malabarismo com fogo durante festa na praia de Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
Maui County é um conjunto de 4 ilhas, todas um dia fizeram parte da mesma massa de terra que, com o passar dos milhões de anos, afundou, erodiu e se separou. Maui, a segunda maior ilha do Hawaii (logo atrás da Big Island), Moloka´i, a ilha mais roots, com movimento independentista havaiano e menos orientada ao turismo, Lana´i com seus resorts super exclusivos e Kaho´olawe, que é desabitada.
Chegando à ilha de Maui, no Havaí
O vôo para lá já foi divertido, um aviãozinho de poucos lugares da Island Air e com um encontro super engraçado com um casal de cariocas que vive em Manaus, Ana e Rafael. Eles quase perderam o vôo, mas no final deu tudo certo! Do alto pudemos ter uma boa noção da geografia da ilha e vemos a quantidade de resorts e campos de golf que domina a costa oeste e sul, que é uma das mais caras de todo o Hawaii. Maui é uma das ilhas mais procuradas pela maioia dos turistas americanos, talvez seja por suas belas praias, talvez pela infraestrutura turística que possui, provavelmente uma soma dos dois.
Sobrevoando praia da Big Island na viagem para Maui, no Havaí
Um dos vulcões que formou a ilha de Maui, no Havaí
Chegamos à Maui no início da tarde de um domingo e cansados da maratona de madrugadas na Big Island, então a nossa primeira tarde foi mais tranquila, dirigimos para Kihei e almoçamos no happy hour do Sushi Bar do 5 Palms, ao lado do nosso hotel. Foi nesta hora que resolvi ligar para um amigo que já havia estado na ilha e ele, de férias na Big Island, nos colocou em uma das festas mais “ins” da ilha, o Luau de Domingo na Little Beach! O timing não poderia ter sido mais perfeito, na mesma hora pegamos o carro e nos mandamos para lá!
Chegando à Maui, no Havaí
A Little Beach está dentro do Makena State Park, uma área de preservação ambiental onde não entram hotéis e resorts. Lá você encontra duas das praias mais preservadas da ilha, a Big Beach e a Little Beach. A Big Beach tem um clima bem família, surfistas, jovens e crianças brincam na longa praia de areias douradas com vista para a ilha de Kaho´olawe.
Tarde movimentada na Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
O luau acontece todos os domingos e é organizado pela comunidade de naturistas que frequenta a praia, uma das mais liberais da ilha. Passamos pela Big Beach e por uma trilha para a Little Beach e cruzamos um portal para a ilha da magia. Ao longe já ouvíamos a roda de tambores tocando ritmos havaianos, aquele clima de festa, gente feliz, dançando e tomando cerveja (coisa raríssima nas praias americanas) e peladões e peladonas caminhando tranquilos entre os vestidos, o uso de roupa nesta praia é opcional.
Maravilhoso fim de tarde com p céu avermelhado, na Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
Vimos o sol se pôr e aos poucos a roda de Dança do Fogo começou a esquentar. A dança do fogo é uma antiga prática dos samoanos, ilha polinésia que tem grande conexão com a cultura havaiana.
Criança faz malabarismo com fogo durante festa na praia de Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
Rapaz se apresenta durante festa noturna na praia de Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
Locais e adeptos da dança se revezavam na roda com diferentes técnicas e aparatos, swings, cordas e bastões em chamas iluminavam o centro da roda, com movimentos rápidos e apurados. Foram as melhores boas vindas que nós poderíamos desejar, uma surpresa super havaiana! Mahalo Little Beach!
Garota mostra suas habilidades pirotécnicas durante festa na praia de Little Beach, ao sul de Kihei, em Maui, no Havaí
Hospedagem
Embora seja a segunda maior ilha do estado, diria que ela tem o tamanho ideal para que as explorações sejam feitas em day trips, sem precisar ficar trocando de hotel, fazendo e desfazendo malas. Depois de muitas pesquisas decidimos ficar em Kihei, um dos pontos mais centrais da ilha, já que o plano era mesmo rodarmos para conhecer. Kihei possui hotéis para todos os gostos e bolsos, nós ficamos hospedados em um Days Inn na beira da praia, o hotel é meio antigo e os quartos tem pouca iluminação, mas foi o melhor preço que encontramos e era super bem localizado, de frente para a praia e perto de ótimos restaurantes.
A praia em frente ao nosso hotel, em South Kihei, em Maui, no Havaí
Se a sua ideia é ir para ficar mais tempo na ilha, aí as praias de West Maui parecem mais convidativas, e Lahaina é uma ótima opção, cidade histórica charmosinha, mas um pouco menos central. Outra opção que eu consideraria fortemente seria de passar pelo menos uns 3 dias baseada em Hanna, pois além de um clima mais alternativo e relax, tem várias praias, cachoeiras e piscinas naturais para explorar.
As incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
Os brasileiros, de forma geral, conhecem o Paraguai apenas por suas muambas falsificadas, eletrônico baratos e narcotráfico fronteiriço. Os mais escolados já ouviram falar da terrível Guerra do Paraguai, também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, quando por sonhos megalomaníacos do ditador paraguaio, a economia crescente deste país foi completamente destruída pelos aliados Brasil, Argentina e Uruguai. Desde então o Paraguai não se recuperou economicamente e por isso está no topo da lista dos países mais pobres da América Latina, logo após a Bolívia.
Carro paraguaio circula em Ciudad de Leste - Paraguai
O nosso conhecimento sobre o país vizinho também não ia muito além da imagem de Ciudad Del Este, por isso mesmo planejamos ao menos uma semana dentro dos 1000dias para explorar e conhecer melhor a história e cultura deste país.
Plantações floridas embelezam a estrad paraguaia entre Santa Rita e Trinidad, no sul do país
Começamos hoje a nossa expedição em territórios guaranis, mal entramos no Paraguai e já vemos um país diferente. Basta atravessar a zona de comércio fronteiriço e a própria Ciudad Del Este se mostra um ambiente mais agradável, uma cidade normal onde as pessoas trabalham, estudam e tocam suas vidas.
Exibir mapa ampliado
Percorremos 245 km pela Rota 6, estrada que corta a região sul do país, quase até a fronteira com a Argentina. Uma região de muito campos, lindas plantações de canola, araucárias hermanas e alguns pueblos no meio do caminho. Nosso destino é a cidade de Trinidad, comunidade que guarda um dos maiores sítios históricos do Paraguai: as Missões Jesuíticas.
As incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
As missões, aqui conhecidas como reducción jesuítica, são velhas conhecidas brasileiras, nesta região os padres jesuítas foram acolhidos pelos índios guaranis, que aos poucos conseguiram estabelecer uma relação produtiva com os novos colonizadores.
Ruínas da igreja maior da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
Os jesuítas espanhóis trouxeram o formato europeu para a construção das vilas, que, segundo um historiador local, era muito parecido com o formato utilizado pelos guaranis. Nas suas aldeias eles possuíam as ocas em torno de uma praça central, um local de culto, o lugar onde as mulheres cozinhavam e assim por diante. Aqui porém os edifícios eram construídos de pedras areníticas e uma argamassa feita de argila, conchas e ossos triturados.
Vendo do alto as incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
A religião guarani também acreditava em uma entidade maior que moraria em uma espécie de paraíso e em uma entidade maligna que moraria em um “inferno”. Os nomes eram outros, mas a linha de raciocínio não era tão distante. Quando perguntamos para este guia se esta nova cultura e religião seriam impostas, ele nos respondeu, “É claro que há os que defendem os jesuítas e os que são contra, mas cada missão possuía de 2 a 3 padres para trabalhar com até 5 mil índios, então a lógica diz que nada ali era imposto”. Segundo ele os índios perceberam que dentro da estrutura das missões tinham mais qualidade de vida, comida, limpeza, aprendiam novos trabalhos, música, arte e o principal, possuíam segurança. Além da perseguição de outras tribos inimigas, eles tinham que se preocupar com os sanguinários Bandeirantes Paulistas, que vinham à região em busca de escravos.
Esculturas decorativas nas paredes da igreja maior, nas incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
Foram mais de 30 missões formadas entre o Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai. Os Jesuítas possuíam o ideal de vida em uma sociedade com base comunitária e auto-sustentável. Os seus preceitos porém iam de encontro com os interesses dos colonizadores, que queriam escravizar a população indígena. As missões prosperaram durante o século XVIII e deixaram o governo espanhol temeroso de seu poder nesta colônia. Em 1764 as missões jesuíticas foram perseguidas e expulsas da região, não sem resistência e morte dos que as habitavam.
Visitando as incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
Hospedados no hotel em frente às ruínas, à noite ainda tivemos uma bela surpresa, uma apresentação de música e slide-show, com o acompanhamento deste historiador que nos contou de forma apaixonada como era a vida nas missões.
Iluminação noturna valoriza ainda mais as incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
Estas construções ficaram abandonadas durante séculos e há alguns anos se iniciou o trabalho de restauração das ruínas jesuíticas, sendo Trinidad uma das maiores já existentes. Transformada em Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1993, caminhar entre as ruínas de Trinidad nos faz viajar no tempo e na história.
Iluminação noturna valoriza ainda mais as incríveis ruínas da Missão de Trinidad, no sul do Paraguai
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