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Um belo cactus no deserto da região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México
Você é do tipo que escolhe o caminho mais curto ou o caminho mais bonito? Eu sempre, desde que era pequenininha lá em Barbacena, escolhia os caminhos mais bonitos. Não importa quanto tempo leve e sim o que vamos conhecer e aprender no caminho.
Fiona pronta para enfrentar a estrada 4x4 wue sai de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México
Uma das maravilhas de se viajar de carro é poder escolher a rota que te der na telha, seja ela meio maluca, um desvio ou até mesmo a linha mais reta entre os dois pontos, o que interessa é aproveitar o tempo de estrada para conhecer, explorar e ver de perto lugares que normalmente não estariam no roteiro.
Aguardando um trem passar pela estrada no deserto potosino, no norte de México
Viajando com a Fiona é mais tentador escolher as rotas alternativas, ainda mais se ela desce um cânion, cruza um deserto e passa por um punhado de pueblitos mexicanos daqueles só vistos em filmes! Foi com este espírito que decidimos pegar as estradas off-road saindo de Real de Catorce, no norte do estado de San Luis Potosí, para chegar à cidade de San Miguel de Allende, no estado de Guanajuato.
Ver mapa maior
A primeira parte do roteiro já começa com avisos dentro da cidade: “não siga adiante! Daqui para frente apenas carros 4x4!” O que para alguns pode parecer preocupante, para nós soa como uma intimação. Nos despedimos da mágica Real de Catorce, seguindo pela estreita estrada de terra e pedregulhos que teríamos que descer. Uma cruz protege os viajantes que seguem por este caminho, descemos o cânion até o Ejido de Los Catorce, outro pueblo fantasmo próximo a Real.
A rústica estrada que sai de Real de Catorze para o vale, ao norte do México
Vamos vagarosamente pela estrada, cruzando fortes mulas carregadas, estudantes e famílias que subiam a mesma rota a pé e valentes motocas aceleradas, só curtindo o visual do Deserto Potosino que nos aguardava. GPS aqui? Nem pensar, vamos navegando pelo mapa e um bom senso de direção que nos acompanha nestes 1000dias, afinal agora a direção é uma só: o sul!
A paisagem do deserto nos remetia à nossa mágica cavalgada de ontem. Eu ficava a imaginar os milhares de wixarikas (Huichol) caminhando pelo deserto em busca dos seus cactos sagrados e em direção ao Cerro Quemado. Dizem que são bem difíceis de serem encontrados e geralmente se acumulam nas áreas onde há granito. Fiquei curiosa de participar desta busca pelo deserto, faz parte da cultura milenar desta tribo, mas agora eram só imagens.
Um belo cactus no deserto da região de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México
Quem nos acompanhava forte e incessante era o trem que cruza todo o deserto potosino, trazendo carga e quem sabe até passageiros às cidades-estações que nós também cruzamos dentro da Fiona. Cenas clássicas do trem cruzando o deserto, por milhas e milhas, interligando “o mundo civilizado” a lugar algum. Cruzamos uma, duas, três vezes o trilho e esperamos por quase 20 minutos um deles passar, com tempo suficiente de imaginar toda essa paisagem sendo destruída pela mineradora canadense, acabando com a paz e o tempo descompassado e tranquilo destas terras tão distantes. Ojalá as imensas reservas de ouro e prata, estes portais de comunicação espiritual dos huichóis, fiquem intactas e continuem exercendo o seu papel de equilíbrio na natureza.
Ultrapassando um trem no deserto potosino, no norte do México
Infelizmente não temos como fugir o tempo todo das estradas asfaltadas e logo estamos cruzando a grande capital do estado, San Luis de Potosí. Nosso plano inicial era passar pelo menos dois dias por aqui, mas decidimos mudar e dar preferência às cidades menores, rumando direto para San Miguel de Allende. Alguns resquícios do charme e do aconchego do interior ainda nos acha no asfalto: fresa com crema! Uma parada obrigatória para nos deliciarmos em um pote imenso de morangos fresquinhos assim que entramos no estado que é o maior produtor de morangos do país.
Parada para comer morango com creme, em estrada na região de Guanajuato, no norte do México
400 quilômetros depois e a noite já foi na charmosa San Miguel, assunto para o próximo post.
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