0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
1400 dias de estrada e muita história para contar! Por mais que tentemos...
New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualqu...
Todos nós conhecemos as imagens do Grand Canyon, uma das 7 maravilhas na...
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Caminhando na Praça da Independência, que na verdade é um boulevard, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Trinidad e Tobago são duas ilhas distintas que formam um dos maiores e mais desenvolvidos países do Caribe. Elas fazem parte da mesma formação geológica da Venezuela, portanto possuem terras férteis, florestas muito parecidas com as sul-americanas e principalmente, um solo muito rico em petróleo e gás. O país passava por uma grande recessão após a tentativa de um golpe de um grupo muçulmano minoritário que tentou tomar o poder, seqüestrando o primeiro ministro e diversos deputados. O golpe foi movido apenas por motivos econômicos e por isso acabou sendo apenas uma tentativa falida. O partido indiano assumiu o governo, com uma visão mais progressista e aos poucos vem trabalhando com o objetivo de colocar Trinidad e Tobago na lista dos países desenvolvidos. A boa administração da riqueza mineral e da agricultura fez com que o país crescesse 200% nos últimos 13 anos, tornando-se o principal centro comercial e econômico do Caribe.
A Casa Branca, um dos "Sete Magníficos", em frente ao Queen's Park Savannah, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A população é composta principalmente por africanos e indianos, trazidos nos tempos de colonização. A ilha foi dominada pelos espanhóis, recebeu imigração francesa no final do século XVIII e foi tomada pelos dos ingleses em 1797. Depois da abolição da escravidão os ingleses começaram importar a mão de obra de sua outra colônia, a Índia. Recentemente os chineses também estão presentes, assim como uma pequena porcentagem de sírios, córsegos (da ilha italiana, Córsega), alguns europeus e americanos. Essa mistura se reflete também na religião, 37% católica pela influencia dos espanhóis, 35% hindu e o restante está dividido entre muçulmanos (indianos e africanos), e evangélicos.
Escolares visitam a NAPA, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Port of Spain é a capital do país, localizada na ilha de Trinidad, a maior e mais montanhosa delas. Hoje tiramos o dia para explorá-la, nossa guest house fica em Maraval, um distrito vizinho, portanto tivemos que procurar um transporte até o centro. Um táxi ou um ônibus seriam boas opções, porém como o transporte público basicamente não existe, as soluções informais acabaram se tornando a forma oficial de se locomover. As placas dos automóveis são a chave para entender como tudo funciona, aqui vai um guia rápido de como os veículos são classificados:
- Veículos Privados começam com a letra P, Private Cars.
- Veículos Privados começam com a letra R, Rental Cars.
- Veículos comerciais começam com a letra T, de Transportation, pois podem transportar produtos ou pessoas em serviço.
- Route Taxis ou Taxis comuns começam com a letra H, de hired (contratados). Os taxis são contratados para um roteiro personalizado e custam caro, uma viagem de ida e volta de Maraval para o centro de Porto of Spain pode custar até US$ 50 durante a noite, para apenas 6 ou 7km de distância. Já os route taxis funcionam mais durante o dia e com roteiros pré-definidos, porém sem horário, freqüência ou disciplina alguma. Várias pessoas podem pegar o mesmo carro e o custo é bem mais baixo, TT$ 4,00 ou US$ 0,65.
- Maxi Taxis, até onde conseguimos perceber, podem começar tanto com a letra H quanto com a letra T, são vans brancas que funcionam como os coletivos informais, que chamamos no Brasil de “lotação”, o custo varia do destino, mas é em média TT$ 6,00 ou pouco menos de 1 dólar americano.
Woodford Square, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Pegamos então o nosso primeiro route taxi para o Queen’s Park Savannah, propagandeado como a maior rotatória do mundo, é uma grande área verde utilizada para prática de esportes como corrida, caminhada e o críquete, principal esporte no país. Este parque também é o centro do carnaval de Trinidad e Tobago, lá fica uma arena onde acontecem as competições (equivalente ao nosso sambódromo) e todas as barraquinhas de comes e bebes. Na mesma rua ficam as Magnificent Seven, sete grandes construções pomposas em estilo colonial, algumas em uso como escola ou casa do bispo, outros ainda em restauração.
O prédio futurista da NAPA (National Academy of Performing Arts) em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
Seguindo a pé à esquerda no round about, está a National Academy of Performing Arts (NAPA), construída para o Encontro da Commonwealth, comunidade formada por países que foram colônia da Inglaterra. Um grande teatro com diversas salas para convenções e apresentações e com uma estrutura super moderna. Lá vimos uma pequena exposição sobre um dos grandes cantores de calypso nacional e encontramos dois curitibanos que foram à Trinidad para dar uma palestra sobre judaísmo, um deles ainda por cima é Junqueira, primo distante do Rodrigo! Que coincidência, rsrs!
Encontro com brasileiros, um curitibano e um Junqueira, em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
No caminho passamos pela Woodford Square e pela Trinity Cathedral, igreja anglicana de 1816, lindíssima por fora, mas infelizmente estava fechada e não conseguimos ver o interior que dizem ser ainda mais bonito.
Catedral anglicana de Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A Cathedral of Immaculate Conception, a igreja católica construída em 1836, fica ao final da Independence Square, uma grande avenida com um calçadão central onde se reúnem os malucos, vendedores e a terceira idade jogando dominó. Após um sanduíche no subway e a compra dos tickets do ferry para Tobago, nosso walking tour terminou na Arapita Avenue, onde ficam todos os bares e restaurantes. Durante a tarde encontramos apenas um realmente funcionando, o Sweet Limon, ambiente agradável para um bom refresco e uma sobremesa.
Interior da catedral de em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago
A noite resolvemos explorar também um pouco da balada trinbagonian e fomos a um dos hot spots na Arepita Avenue, o Coco Lounge. Como a “veiêra” está chegando, fomos cedo para comer alguma coisa e esticar para a balada e já deixamos o taxi agendado para a volta. Como eu disse acima, a noite só rola andar de táxi mesmo por aqui, conseguimos um “ida e volta” da Arepita Avenue por US$ 30,00, “uma verdadeira barganha”. A Arepita Avenue é onde fica realmente todo o agito na sexta e sábado à noite.
Botecão movimentado em Port of Spain, em Trinidad e Tobago
Bares, restaurantes, pubs e clubs com todos os tipos de música. O Coco Louge é bacana, um ambiente aberto, fresco e com boa música. O Rodrigo resolveu provar um “spicy chicken wings” que quase acabou com a nossa noite. O negócio era tão completamente apimentado que nós ficamos mal uns 40 minutos até passar o efeito. A hora que a pista estava começando a esquentar, viramos abóbora e o carro veio nos buscar, a 1am. Poderíamos ter alterado o horário, mas amanhã o dia começa cedo e o meu vovô já estava caindo de cansaço, melhor irmos para casa. Rsrsrs!
Night no Cocoa Lounge, em Port of Spain, em Trinidad e Tobago
Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
De onde somos? Para onde vamos? De onde viemos? As perguntas existenciais que não querem calar, tem várias formas de serem respondidas. Alguns buscam explicações religiosas, outros preferem a ciência, são diversas teorias que procuram responder a estas perguntas. Uma delas é a arqueologia, que procura provas da existência do homem na terra, assim como a descoberta de informações que expliquem a sua evolução até os tempos atuais.
Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Algumas questões nunca serão respondidas, sobre os seus costumes, os rituais, por que pintavam? Como pintavam? Nunca teremos certeza, mas estas pinturas são hoje a conexão mais próxima que temos com a história de nossos antepassados. A Serra da Capivara está repleta de evidências da existência de tribos que ali viveram há 10, 12 mil anos.
Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
A principal corrente hoje afirma que o homo sapiens sapiens chegou à América através do Estreito de Bering e teria levado mais 2 mil anos para alcançar o sul do continente. Antes de iniciar as suas pesquisas no Piauí, Niède compartilhava desta teoria com seus colegas, porém algumas descobertas aqui realizadas mudaram o rumo desta história.
Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Niède defende uma teoria revolucionária sobre a chegada do homem na América do Sul, alegando em suas descobertas vestígios de atividades humanas há mais de 50 mil anos. Uma fogueira estruturada foi descoberta em um sítio arqueológico na Serra da Capivara. Esta fogueira foi datada de 50mil BP (before present) através da técnica de decaimento do Carbono 14. É uma teoria muito controversa, pois para os outros arqueólogos apenas poderá ser totalmente comprovada quando se encontrar fóssil com a mesma datação. O solo da região semi-árida é muito ácido, não permitindo a conservação dos elementos orgânicos que poderiam ser datados através do C14. Nesta teoria o homem teria alcançado a América do Sul através do Oceano Atlântico, que na época possuía um nível muito mais baixo, encurtando, portanto as distâncias entre o continente africano e americano.
Um "calendário"? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)
Se Niede está correta, estes homens tinham feições negróides, africanas, como as de Luzia, fóssil de 11 mil anos encontrado na década de 70 em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. São centenas de sítios pesquisados, milhares de pinturas rupestres e dezenas de fósseis humanos e de animais da mega-fauna já catalogados. A exposição permanente no Museu do Homem Americano com fósseis, pinturas e textos sobre a teoria da chegada do ser humano no continente sul americano é imperdível. Assim como a exposição da mega fauna que expõe fósseis de preguiças gigantes, tigre de dente de sabre, uma espécie de tatu que chegava ao tamanho de um fusca, entre outros.
Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
O exercício que fazemos durante as caminhada pelas trilhas do parque e suas centenas de tocas, é de imaginar esta caatinga secam uma floresta tropical. Nesta Floresta Amazônica ou Atlântica corriam rios caudalosos, cheios de vida. Os desenhos nos dão uma pista sobre os animais que aqui viviam, emas, peixes, siris, veados, pássaros, onças, entre outros. A caça era atividade constante na vida destes homens pré-históricos, assim como os rituais.
Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Eles se retratam nestas pinturas rupestres com vestes e cocares, em atividades grupais como rituais, caças, situações do cotidiano. O vigor dos homens está presente praticamente em todas as paredes, homens de falos eretos um ao lado do outro, desde o ato sexual, até o registro do nascimento de uma criança. A fertilidade já parecia ser um conceito conhecido e trabalhado por eles, mas algumas respostas estes arqueólogos nunca poderão encontrar.
Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI
Falta um elo de ligação nesta teoria. Que ligação terão estes homens pré-históricos com os nossos índios? Como teria desaparecido este povo? Por quanto tempo viveram aqui na América antes do aparecimento dos nossos antepassados? Enfim, as perguntas são infinitas e é esta sede que move o trabalho incansável desta equipe aqui na Serra da Capivara. Um lindo e incansável trabalho. Tudo isso acessível à visitação turística de forma super organizada. Além de cenários naturais magníficos é um maravilhoso museu a céu aberto.
Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI
Isla Incahuasi, no Salar de Uyuni, na Bolívia
A maior planície salgada do planeta, o Salar de Uyuni possui 12 mil hectares e está localizado a 3.650m.s.n.m. no altiplano boliviano. Antes um imenso lago pré-histórico salgado formado pela elevação dos Andes e recuo dos oceanos, hoje um dos maiores depósitos de sal do mundo, com estimados 120m de profundidade e 10 bilhões de toneladas de sal. É a maior reserva de lítio do planeta e contém ainda boro, potássio e magnésio.
Salar de Uyuni, na Bolívia
A sensação que temos às margens do Uyuni é de estarmos em uma praia, o relevo, o horizonte sem fim e a brisa são inconfundíveis, não há como ter dúvida que um dia aquela imensidão branca foi um imenso lago de águas marinhas. Para aqueles que ainda tem alguma dúvida, a melhor prova é visitar um dos principais atrativos turísticos do salar, a Ilha Inca Huasi, também conhecida como Ilha do Pescado. Terra cercada pelo mar de sal e coberta de cardones, aqueles imensos cactos de mais de 10m de altura com idades estimadas de até 1000 anos, a Ilha Inca Huasi possui imensas formações coralíneas.
Restos de cactus milenar na Isla Incahuasi, no Salar de Uyuni, na Bolívia
Me desculpem, mas corais são vidas encontradas apenas no mar. Além da magnífica vista que se tem do topo da montanha, o arco de corais foi para mim o mais impressionante! Não existe uma formação rochosa igual, eu olhava sem cansar para ele e repetia, é um CORAL! A ilha toda esteve emersa durante milhares de anos para que aqueles frágeis corais pudessem se formar. Hoje mortos, tornam-se quase rochas, testemunhas das mudanças que ocorreram na geografia desta região nos últimos milhões de anos.
Um grande arco de coral na Isla Incahuasi, no Salar de Uyuni, na Bolívia. Prova de que tudo isso já foi mar!!!
No salar é quase impossível ter noção de distância. A imensidão e proporção das coisas enganam até os mais geolocalizados. A Ilha Inca Huasi desaparece no horizonte quando a sua referencia é o Vulcão Tunupa com 5.432m, na base norte do salar. À leste está a cidade de Colchani, onde estão os imensos hotéis de sal, há apenas 25km da cidade de Uyuni.
Bandeiras em frente ao Hotel de Sal no Salar de Uyuni, na Bolívia
Aceleramos pela rodovia mais larga do mundo, de olhos fechados e sem as mãos! Ali, quando estamos fora das trilhas mais usadas, encontrar outro carro é tarefa difícil! Fácil é se perder, sem referência e sem trilha, já que no inverno a planície seca fica completamente trafegável na maior parte do salar. Apenas algumas partes podem ter pedras de sal salientes ou até sal fofo, facilitando o carro a atolar.
O vulcão Tunupa visto da Isla Icahuasi, no Salar de Uyuni, na Bolívia
Depois de cruzarmos o salar até Uyuni, onde nos despedimos de Krasna e Cristóbal, pegamos todas as referências possíveis para não nos perdemos na vastidão branca a caminho de Llica, na borda noroeste do salar. Escolhemos uma rota alternativa para retornar ao Chile, via Colchane (com E), a caminho de Iquique. Rodamos, rodamos, rodamos e não chegávamos nunca! O Tunupa que parecia próximo parecia estar brincando de mãe pega conosco. Quanto mais corríamos, mais longe ele estava! Confesso que chega a dar um certo desespero, sem trilhas, sem estradas, a sensação é que estamos rodando no vazio. A nossa principal preocupação era encontrar marcas de carro, pois chegando perto de Llica teríamos um trecho de lama lacustre, sal fofo e para entrar na cidade só encontrando a estrada. Seguimos o nosso faro, com uma boa ajuda do GPS, que ao menos nos indicava a direção onde estava Llica.
A Isla Incahuasi, no Salar de Uyuni, na Bolívia
Chegamos à vila no final da tarde e já não tínhamos tempo de luz suficiente para continuar na estrada. A distância de Llica à Pisiga, na fronteira com o Chile, era de uns 150km que levariam de 3 a 4 horas de estrada. Encontramos uma hospedagem simples, sem banho quente (mais um dia! Argh!) e conseguimos comer o último pollo com papas de um dos únicos restaurantes da cidade. Ufa, chegamos.
Mildias no Salar de Uyuni, na Bolívia
Degustação de vinhos na Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
A região dos campos de altitude e dos perais de serra nos mostraram até agora uma paisagem de rara beleza e muita aventura. Mas a Serra Gaúcha possui muito mais a oferecer, para todos os gostos e idades. Hoje fomos explorar a região do Vale dos Vinhedos, próximo da cidade de Bento Gonçalves.
A paisagem bucólica no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
A região possui um relevo montanhoso de altitude e oferece um dos melhores climas para a o plantio de uvas viníferas e a produção dos melhores vinhos nacionais. As vinícolas da região do Vale dos Vinhedos possuem o selo de D.O. - Denominação de Origem – o que garante a nós apreciadores, alguns pré-requisitos básicos no processo de produção e vinificação das uvas, que o conferem muito mais qualidade.
A paisagem bucólica no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Um destes pré-requisitos, por exemplo, é a produção da uva em parreirais no médoto de espaldeira (verticais), em vez da produção em latada (horizontal). Nós logo notamos que os parreirais tinham uma disposição diferente dos que vimos lá no Vale do Rio São Francisco. O motivo é que na produção espaldeira a planta irá produzir um quantidade menor de cachos, porém com muito mais qualidade, transferindo todos os taninos, açúcares e substâncias necessárias para um bom vinho.
Cavas da Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
A arte de produzir vinhos finos chegou ao Brasil há pouco tempo. Antes disso os colonos italianos que imigraram para esta região já produziam artesanalmente e até industrialmente os vinhos de uva de mesa, advindos de uvas americanas. Os vinhos de mesa têm um perfil de paladar menos exigente, vinhos mais suaves e adocicados. A tecnologia agrícola e a nova moda do vinho varietal, lançada pelos nossos vizinhos chilenos e argentinos, fez com que o Vale dos Vinhedos começasse uma transformação nos seus processos produtivos e desse um salto de qualidade nos seus produtos. Não por acaso, Bento Gonçalves possui uma faculdade com o curso de enologia.
Visitando a Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Após almoçarmos em uma das mais famosas galeterias do sul, para os que não conhecem galeto é uma versão gaúcha de churrasco de frango deliciosa, e selecionamos duas vinícolas para visitar na região. Optamos por uma vinícola de pequeno/médio porte, a Don Laurindo e uma vinícola de grande porte, a Casa Valduga, ambas reconhecidas pela qualidade de seus produtos.
Restaurante Di Paolo, em Bento Gonçalves - RS
A Don Laurindo está no mercado há aproximadamente 25 anos e eles se destacam por ser a primeira vinícola brasileira a trabalhar com a uva Tannat, comum no Uruguai. Recebemos uma ótima explanação sobre o processo de produção dos vinhos, desde os parreirais, passando pela fermentação e o envelhecimento em barris de carvalho. Daniel, o enólogo responsável, foi muito atencioso e respondeu prontamente às milhares de perguntas que disparamos contra ele.
Parte do precioso estoque da vinícola Don Laurindo, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
A degustação partiu de vinhos mais leves para os mais estruturados, merlots, ancellotas, cabernet sauvignon, tannats e até uma boa grapa, que confesso ainda não ter paladar para apreciar propriamente. A degustação custaria 15 reais por pessoa, mas é impossível sair dali sem comprar nenhum produto, o que isenta o visitante da taxa de degustação.
Degustação de vinhos na vinícola Don Laurindo, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Entre uma vinícola e outra, fizemos um belo passeio de carro pela Via dos Parreirais, explorando bem os cenários bucólicos da região. Nesta época de inverno as parreiras estão dormentes, sem folha alguma. É o período em que elas recuperam as forças para retornar fortes e saborosas para a próxima safra, que ocorre em janeiro. No mês de setembro elas começam a brotar e o ideal é que os cachos passem por um período de estiagem antes da colheita.
Barris de carvalho da vinícola Don Laurindo, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Nossa visita na Casa Valduga começou as 16h30, após um vídeo institucional que conta a epopéia da família que chegou ao Brasil nos idos de 1875, quando começou o plantio das suas primeiras parreiras na região. Anos depois, esta é uma das maiores vinícolas brasileiras, produzindo mais de 1 milhão de litros por ano. Aline, a enóloga responsável, fez um tour completo pelas cavas de vinho e espumante, produzidas pelo método tradicional, também conhecido como champenoise, o mesmo desenvolvido pela famosa Veuvet Clicquot.
De touca, durante tour pelas cavas da Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Eles possuem um vasto portfólio de produtos, para todos os gostos e bolsos. Apenas para termos uma ideia, sua linha de vinhos finos começa custando 17,90 e possui produtos acima de 160 reais, como o especialíssimo Maria Valduga. O tour e a degustação têm um custo de 20 reais por pessoa (independente se comprar ou não), e ganhamos no final uma bela taça de vinho.
Degustação de vinhos na Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves - RS
Sou uma apaixonada por este tema, poderia passar a semana toda aqui, de vinícola em vinícola, conhecendo, degustando e quem sabe até fazendo algum curso rápido para aprender mais dos meandros da enologia. 1000dias pelos Vinhedos do Mundo, já pensaram?
Placas de distância no restaurante Hofbrauhaus, na pequena Mulungu, próxima à Guaramiranga, na Serra do Baturité - CE
Quem diria que o Ceará tem uma Serra do Mar, muuuuito parecida com a nossa lá do sul? Pois é, fizemos um pequeno detour no caminho de Quixadá para Fortaleza, passando por Mulungu e Guaramiranga. Vindo pela eterna reta do cerrado, vemos a gigante ao lado, até que o cenário muda completamente.
Pássaro que dá nome à Guaramiranga, na Serra do Baturité - CE
Nosso cérebro fica tentando entender, achar comparações, em alguns momentos me senti em Morretes, com a Floresta Atlântica ao lado, pés de bananeira aos montes, pousadinhas em cada curva. Outros parecia que estava em Porto Rico, na floresta próxima à Cerro Punta, montanhas e mais montanhas com muito verde, mata e bambuzais. De repente estamos em Mauá, cercas floridas dividindo os terrenos de chalés de arquitetura alemã no alto da serra. Para completar o clima chuvoso e a neblina tomando conta... Que Ceará é este?
Bela varanda do restaurante Hofbrauhaus, na pequena Mulungu, próxima à Guaramiranga, na Serra do Baturité - CE
É um Ceará que eu nunca havia imaginado! Com todas as delícias e belezas serranas e também com o frio! Fomos até Mulungu para almoçar no Restaurante do Alemão, delicioso! O clima até pediu um vinhozinho, para matarmos as saudades! O plano inicial do Ro era dormirmos por aqui, mas eu consegui convencê-lo de irmos para Fortaleza, pois hoje tem show do Paralamas!
Show do Paralamas em Fortaleza - CE
Sou fã de carteirinha, conheci pessoalmente o Hebert Viana, Barone e Bi Ribeiro, nos shows que ia na adolescência. Até hoje não me conformo do acidente que aconteceu com o Hebert! Enfim, a vida continua! Fomos lá conferir o show, maravilhoso! Foi no Parque do Cocó, segundo o taxista uma região meio perigosa da cidade, mas foi super tranquilo.
Show do Paralamas em Fortaleza - CE
Pulei feito uma doida e como sempre senti falta de alguns clássicos, mas como disse o Rodrigo, os caras tem repertório para tocar uns 2 dias inteiros! Essas férias no Ceará estão me deixando mal acostumada, shows de graça de bandas ótimas, será que vai ter algo em Jeri?
Com o Naldo no canyon do Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Saímos cedinho de Petrolina, 6h30 da manhã. A viagem de Petrolina à Caracol é longa, pouco mais de 500km sertão adentro, passando por diversas vilazinhas escondidas no mundo. Eu não conseguia parar de pensar, como eles vieram parar aqui?
Chegamos longe! Fronteira de Pernambuco e Piauí
O Estado do Piauí foi colonizado de dentro para fora, os bandeirantes procuravam terras para criação de gado, mas não deu muito certo, já que o clima semi-árido não ajudava muito. A primeira cidade fundada foi Oieras, em 1740 sendo definida como capital do estado. Mais tarde Teresina foi fundada, sendo a primeira capital planejada do país. Este povo que vemos sobrevivendo neste interiorzão, com pouca água, um calor imenso, foi aos poucos se fixando neste processo de colonização.
Cena comum nas estradas do interior do Piauí e do Nordeste
Caatinga é, em tupi, floresta branca, devido à coloração das árvores quando estão completamente secas. O período chuvoso começou em novembro e deve ir até fevereiro, período chamado pelos piauienses de inverno. São temperaturas de 36°C, mas ainda assim tivemos a sorte de ver parte desta caatinga toda verde e até florida, já que a primeira chuva aconteceu há uns 20 dias.
Paisagem do Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Em meio à esta Caatinga, encontra-se o Parque Nacional da Serra das Confusões, parque formado em 1998, sendo hoje a maior reserva de caatinga no Brasil. O plano de manejo do parque ainda não está pronto, pela informação que recebemos do nosso guia, e a estruturação está começando agora, com a construção das primeiras portarias. Dentro do Parque encontram-se ainda algumas comunidades como o Barreiro e o Capim, famílias que estão aguardando suas indenizações para se mudarem da área de reserva.
Chegando ao Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Chegamos à tarde em Caracol e tentamos contato direto com Adão, guia do aprque que nos foi indicado pelo Luis, aventureiro que conhecemos aqui no site. Infelizmente o Adão estava acamado e pediu então que seu filho Naldo nos acompanhasse. Fomos direto para o Parque conhecer uma das suas mais famosas atrações, o Riacho do Boi.
canyon do Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Um cânion estreito formado por paredes de mais de 20m de altura. Estas fendas abrigam centenas de andorinhas, que deixam o local com um aroma sui generis. Descemos para o riacho por uma escada colocada por um padre italiano que viveu na região, antes destas escadas, uma raiz imensa era utilizada para acesso ao local.
Saindo do canyon do Riacho do Boi no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
O calor era grande e o Rodrigo queria muito ir até um riacho ou um ponto com água para se refrescar. Caminhamos mais uns 45 minutos pelo leito de um rio intermitente, que aparece apenas por alguns dias do ano quando se dá o período de chuvas. Lá, no final do leito areado deste rio fica a Gruta Escondida, um olho d´água que brota da terra. O Naldo nos disse que teria água e queria cumprir a promessa! No meio do sertão encontrar um olho d´água destes é uma benção! Entretanto, estamos vindo do Velho Chico e de 10 dias na Chapada Diamantina, acho que o Ro esperava encontrar um rio, mesmo que com pouca água, mas um rio. Vi a carinha de desânimo dele, que foi intimado a entrar (por mim, é claro) no olho d´água, uma vez que nos fez andar até lá.
Olho d'água no Riacho do Boi, no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Um belo banho, jantar gostoso na pousada da Ednéia e capotamos logo cedo, afinal a Serra das Confusões ainda guarda muitas surpresas para nós!
Fim de tarde no Parque Nacional da Serra das Confusões, no sul do Piauí
Playa Frontón, o melhor segredo da península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Para quem nunca ouviu falar da República Dominicana, este é um país localizado na ilha de Hispaniola no Caribe, mais conhecida como o lugar onde fica a praia e os Resorts All Inclusive de Punta Cana. Sim, Punta Cana não está em uma ilha perdida no meio do Caribe, ela faz parte de um dos maiores países caribenhos com uma história e cultura riquíssimas, montanhas, cavernas secas e inundadas e inclusive praias ainda mais bonitas do que aquela dos resorts.
Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana
A ilha de Hispaniola é uma das duas ilhas do Caribe dividida por dois diferentes países: a República Dominicana e o Haiti. Nós programamos 20 dias na ilha e dividimos nosso tempo entre ambos, mas 20 dias foram poucos para ver tudo! Confesso a vocês que na nossa correria habitual não tivemos tempo de preparar este roteiro, chegamos lá com uma ideia do que gostaríamos de conhecer, mas foi assuntando com os locais que fechamos os detalhes e o roteiro final.
Roteiro na Rep. Dominicana e Haiti, clique para ver o mapa ampliado
Nosso roteiro começou pela capital Santo Domingo, a primeira cidade das Américas ainda existente. Não sei se vocês lembram ou sabem disso, mas, depois de gritar “Terra à vista!”, foi nesta ilha que os espanhóis desembarcaram pela primeira vez no continente americano. A cidade tem edifícios coloniais belíssimos na charmosa Zona Colonial, dentre os vários “primeiros” do país estão a primeira casa onde viveu Cristóvão Colombo nas Américas e a primeira Catedral do continente.
As pombas não parecem se importar muito com o imponente Colombo, na Zona Colonial de Santo Domingo, capital da República Dominicana
A charmosa arquitetura da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana
Santo Domingo é o hub para todo o transporte rodoviário da ilha, daqui saem os ônibus para Punta Cana, Santiago, segunda maior cidade do país, e ao Haiti. Nossa curiosidade e ansiedade de chegar neste país não nos deixou esperar nem mais um dia! Após explorações e um mergulho nos arredores de Santo Domingo, nos mandamos para a controversa capital haitiana, a cidade de Port-au-Prince. “O que vocês vão fazer lá?”, escutávamos de todos os lados. “É perigoso, é feio, não tem nada para fazer e ver no Haiti!” e nós apenas respondíamos, ok, queremos ver isso com os nossos olhos. Programamos 7 noites e 8 dias no Haiti e, mesmo sem falar creole e nem francês, se pudesse mudaria tudo para ficar mais tempo no país. Não se preocupe, detalharei tudo nos próximos posts!
Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti
Voltando à República Dominicana, entramos pelo norte do país, utilizando a simpática cidade de montanha de Jarabacoa como base. Dela partimos para um trekking de 2 dias até o cume do Pico Duarte (3.086m), ponto mais alto do Caribe. Além da montanha a região possui lindas cachoeiras, raftings, parapente e uma infinidade de atividades em meio à natureza. Lá mesmo alugamos um carro e rumamos ao norte para conhecer as mais lindas praias do país.
Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana
Exploramos a costa de carro em um dia, apressadíssimos para chegar no que seria a cereja do bolo, a Península de Samaná. Foram dois dias e duas noites que desbancaram qualquer mordomia que um hotel all inclusive possa dar até ao mais preguiçoso dos turistas. Na boa, quem veio à Punta Cana e não dirigiu mais 3 horinhas para chegar até aqui não sabe o que perdeu.
As incríveis cores da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Voltamos a Jarabacoa e Santo Domingo, de onde pegamos um ônibus para conhecer, afinal, a tão afamada Punta Cana. Tínhamos que ir até lá conferir, mesmo sabendo que não era muito a nossa praia. Não pagamos a tarifa mais barata que achamos e mesmo assim caímos em um dos dos hotéis mais pops, o Bávaro Dominican Beach. Pense em alguém que queria morrer... EU! Sinceramente, eu não nasci para isso não... se é para ficar preso em um hotel all inclusive, que seja um 5 estrelas, bem chique! Não pode bancar um 5 estrelas, como nós? Então invista direito estes dólares e encontre melhores restaurantes, praias e paisagens mais paradisíacas, entre em contato com a cultura local e seja feliz sem regras estúpidas, bebidas talibãs e buffets pasteurizados.
Chegando ao litoral na costa norte da República Dominicana
Depois deste breve “rolé” pela ilha de Hispaniola fechamos, nos 1000dias, todos os países do Caribe. Estas Ilhas-países são um pedacinho da África no continente americano, com o seu melhor e o seu pior. Pobreza, corrupção, distorções e contrastes sociais, que nos deixam tão embasbacados quanto a criatividade e a alegria do seu povo, a qualidade da sua música, seus vulcões, mergulhos e a beleza de suas praias. Caribe, agora que já te conheço só posso dizer que quero voltar e será logo!
A grandiosa paisagem que se vê do alto da Citadelle, no norte do Haiti
Estrada vai serpenteando moro acima, em direção à Sucre - Bolívia
A Bolívia é conhecida por seu relevo montanhoso, clima seco e vegetação quase inexistente. Porém o que poucos sabem é que as estradas da Bolívia, além de grandes precipícios e curvas radicais, também devem ser incluídas como rotas de extrema beleza cênica.
"Evo Presidente!" (estrada de Monteagudo à Sucre - Bolívia)
Antes de pegarmos a estrada, demos uma caminhada pelo centro de Monteagudo, atrás de internet para atualizações do site, etc. Novamente vemos uma cidade mais organizada, limpa, mesclada com as cenas tipicamente bolivianas, como de cholas em suas vendas nas esquinas.
Rua em Monteagudo, Bolívia
O caminho de Monteagudo para Sucre tem uns 350 km de estrada de terra e rípio, que levariam pelo menos 7 horas de viagem, segundo os mais informados. O trecho de Sucre a Padilla é o mais lento, porém também o mais bonito! Subindo e descendo serras e encostas estreitas, alcançamos largos rios de leito pedregoso e praticamente secos, de onde faz-se a extração da rocha para construção.
Um dos rios na estrada que liga Monteagudo à Sucre - Bolívia
Aos poucos o verde vai dando espaço à uma vegetação mais seca, cactos e capins de coloração dourada, formando uma paisagem mais exótica e maravilhosa! A cada serra que subimos, uma nova paisagem sensacional das suas terras escarpadas recentemente na história da terra.
Bela paisagem já acima dos 2.200 metros de altitude, no caminho para Sucre - Bolívia
Tudo estava indo muito bem, não fosse a loucura do departamento de estradas boliviano dar liberdade à empreiteira que a está asfaltando, de decidir fechar a estrada das 6 da manhã as 6h30 da tarde! São mais de 12 horas durante o dia! Nós já estávamos sabendo disso e calculamos o nosso horário de saída pensando que chegaríamos nesta barreira perto das 18h, mas fomos mais rápido do que todos imaginavam... chegamos lá as 15h30 e ficamos 3 horas completamente parados no meio do nada.
Esperando algumas horas até que a estrada fosse reaberta, no caminho para Sucre - Bolívia
Fizemos amizade com os caminhoneiros e até com o trabalhador que nos bloqueava. Infelizmente não havia o que fazer. Só eram liberados caminhões da obra ou com permissão prévia, ou casos especiais como ambulâncias e ônibus do exército.
Esperando algumas horas até que a estrada fosse reaberta, no caminho para Sucre - Bolívia
Três horas depois finalmente o trânsito foi liberado e pudemos continuar, parte por terra dos trechos ainda em obras e parte por asfalto. Foram 10 horas de viagem, chegamos à Sucre as oito da noite. Cidade imensa, lotada de carros e pessoas pelas ruas, mas já na entrada vimos que era uma cidade especial. Lindos prédios históricos, igrejas e museus, mas a esta altura só o que queríamos era nos instalarmos para descansar, pois amanhã temos uma Sucre inteira para explorar.
Atravessando pequeno riacho ao lado de vilarejo, na estrada que liga Monteagudo à Sucre - Bolívia
Despedida do Alê, Dani e Lucas, na casa deles em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Duas coisas parecem incabíveis durante uma viagem como a nossa: reclamar e parar. Reclamar do que? Estamos realizando todos os nossos sonhos como nunca imaginamos que poderíamos fazer. Pois é galera, mas vocês já devem ter ouvido falar que viajar cansa. Manja aqueles viajantes que voltam das férias mais cansados do que saíram? Aí dizem, “cansados no corpo, mas renovados na mente”. É por aí, nós estamos vendo muita coisa nova, aprendendo sobre o mundo, culturas, natureza e pessoas. A mente está renovadíssima, até demais eu diria, quase em curto com tanta informação nova. O corpo... este já se acostumou com uma cama diferente a cada dia, mas anda cansado desta vida cigana que arranjamos para ele. Eis que em meio aos cansaços e reclamações surge a oportunidade ideal para fazermos um dos pecados capitais dos viajantes: parar.
O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Sim, nós paramos. Por dois dias, nós paramos. Paramos de correr, dirigir, conhecer, viajar, paramos de nos cobrar em fazer tudo e conhecer tudo ao mesmo tempo agora. Paramos para dormir descentemente, comer saudavelmente e principalmente, paramos para curtir algo que sentimos muita falta, os amigos!
Recebidos pelo Alê e pela Dani com delicioso jantar em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Quando começamos a planejar esta viagem comentamos com o Alê e a Dani que iríamos nos encontrar na Costa Rica, país que os dois já moraram e onde nasceu o filho Lucas. Eles tinham acabado de voltar para o Brasil e nos deram várias dicas do país centro-americano da ondas, vulcões e praias paradisíacas. O que não imaginávamos, e nem eles, é que quando chegássemos ao Canadá iríamos encontrá-los morando aqui, em Toronto!
Os amigos que nos receberam tão bem em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
O casal trabalha em uma multinacional, vivem viajando e têm oportunidades como esta, de serem transferidos para outros países. A Dani já viveu na Suíça, junto com o Alê na Costa Rica e há 6 meses eles foram transferidos para cá. Moram hoje em Markham, um subúrbio bacana nos arredores da metrópole.
Reencontro com o Alê, antigo amigo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Passamos um final de semana maravilhoso na casa do casal que já conheço há quase 10 anos. 10 anos de muitas festas, churrascos, shows, viagens e histórias juntos. Chegamos na quinta-feira a noite e junto conosco chegou a chuva. Na sexta-feira aproveitamos o dia útil e fizemos o tínhamos que fazer: revisão dos 90 mil km da Fiona, cortamos os cabelos, lavamos roupas, etc.
Adeus, barba e cabelo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
A noite, um jantar especial em uma pizzaria em Toronto e um passeio pela rua mais longa do mundo, a Young Street. 1.800 milhas de rua, que vira estrada e volta a ser rua atravessando toda a província de Ontário. Não sei qual foi o critério para definir que ela é uma rua e não uma estrada, mas a fama de rua mais longa do mundo está garantida anyway.
Assistindo à derrota brasileira na final olímpica, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
A parada foi providencial, tempo chuvoso, olimpíadas e amigos reunidos, quer situação mais perfeita? O sábado foi de muitas emoções acompanhando os jogos brasileiros nas Olimpíadas. O Brasil perdeu no futebol masculino e levou a prata. As meninas do vôlei deram um show e levaram o ouro, o coraçãozinho brazuca aqui vibrou a cada ponto!
Alegria delas e nossa nas Olimpiadas (em Toronto, no Canadá)
À tarde enquanto as meninas foram ao shopping, os meninos ainda assistiram a final do Boxe, onde o brasileiro levou prata. Final do dia com churrasquinho, cervejinha, lutas de espadas e um super encontro com o Homem Aranha! O Lucas está lindo e esperto demais! O time dele do Summer Camp ganhou no futebol, ele nos ensina a pronúncia das palavras em inglês, dá as dicas sobre o ipad e é ligeiro demais na espada! Amigos, obrigada por tudo, foi demais reencontrar vocês!!!
O Lucas na sua roupa predileta, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Reencontro de amigas na casa da Dani, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Amanhã o dia será de explorações em Toronto e tristes despedidas dos amigos. Que seja só um até logo, esperaremos vocês na nossa casa de rodas lá na Costa Oeste! Vancouver, Califórnia ou onde vocês escolherem, estaremos esperando com a Fiona de portas abertas!
O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá
Bem amigos da Rede Globo, eu estou passando por aqui só para dizer a vocês que meu post de hoje vai ficar para amanhã. Assistam hoje também:
Nova home 1000dias.com
Não sei se vocês viram, mas o site finalmente está com a nova home no ar! Muitas fotos, vídeos e curiosidades sobre "A Viagem"!
Carrancas
O Ro colocou hoje, nada mais nada menos que 3 posts sobre nossa estada aqui em Carrancas! Confiram!
Redes Sociais
Além disso vocês podem ver um pouquinho do nosso trabalho no nosso Facebook (www.facebook.com/1000dias) Orkut e Twitter - 1000dias!
Tenho tentado ser mais pontual, mas as outras atualizações me tomaram todo o tempo e vitalidade, afinal já são 2am again!
FUI!
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet