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Blog da Ana - 1000 dias

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Mercado Central

Brasil, Ceará, Fortaleza

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE


Nos despedimos de Fortaleza neste dia ensolarado depois de tantas experiências: piratas, chuva, toboáguas, chuva, alta gastronomia, sol, rock cordel pauleira e muita arte! Sendo assim, não poderíamos deixar de conhecer o lugar que concentra as mais diversas culturas populares cearenses, o Mercado Central!

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE


Artesanato em couro, palha, redes, redinhas, redonas, mantas, castanhas de caju aos milhares e de todos os sabores. Pingas curtidas em caranguejos ou cajus imensos, doces regionais, pinturas em azulejos e esculturas em cerâmica. Restaurantes por quilo, tapiocarias e até a música sertaneja de Asa Branca, na entrada principal do mercado.

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE


O Mercado Central fica em um edifício todo modernoso, a la Niemeyer, com passarelas interligando os andares e corredores lotados de produtos dependurados de todos os tipos, tamanhos e cores.

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE


Tudo isso é maravilhoso, uma abundância de vida, de arte e energia que transborda do povo que faz deste lugar ser o que é. Cearenses vindos de todos os cantos do estado, buscando um jeito para viver, sobreviver e lutando por condições melhores de vida. Povo trabalhando, turistas e locais comprando, (quase) tudo como deve ser.

Mercado Central em Fortaleza - CE

Mercado Central em Fortaleza - CE


A cena que mais me marcou foi a de um mendigo bem senhorzinho pedindo dinheiro. Eu estava na fila do caixa 24h e ele, já sem enxergar direito, sem voz, sem dentes, sem nada, parou em minha frente, estendeu seu dedo indicador bem nos meus olhos e pediu “UM REAL”. Eu entendi por que sou boa em leitura labial e mímica e não tive como negar, busquei cada moeda que tinha em minha carteira para lhe dar, tamanha a minha surpresa perante aquela figura. Infelizmente a surpresa não é por não estar acostumada com a pobreza, mas pela expressão que vi em seu rosto, a dor que senti nos seus olhos e o sofrimento em sua voz calada.

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE


Nessas nossas andanças vemos muita pobreza, mas sem dúvida as capitais são mais chocantes. Elas tornam o rico e o pobre muito mais visíveis e o gap muito mais claro. A cidade grande é cruel com os pouco abonados, não apenas pelo alto custo de vida, mas pela simples comparação a que eles próprios se submetem e são submetidos a toda hora. No campo ao menos existe a possibilidade de uma moradia simples, mas digna, um trabalho na terra de onde se tira o que comer e de uma vida mais saudável. Quanto mais caminhamos, mais vejo o quanto o homem complica. Afinal, por que ser simples é tão complicado?

Brasil, Ceará, Fortaleza, Artesanato, Mercado Central

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Abraão, um passeio na história.

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Mais um dia de chuva... Nossa primeira intenção era subirmos o Pico do Papagaio hoje, mas ninguém merece subir quase 1000m de altura para não enxergar nada, ainda mais em um lugar lindo como este. Amanhã a previsão é de sol, então deixamos para o dia do meu aniversário este presente. Com chuva e um pouco de frio, hoje resolvemos fazer uma parte mais histórica da Ilha que ainda não conhecíamos.

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ

Molhando os pés na Cachoeira do Poção, na Ilha Grande - RJ


Andamos pela vila e fomos direto ao Centro de Visitantes, que fica na Sede do Parque Nacional da Ilha Grande. O centro é muito bacana, tem várias informações muito interessantes sobre a história da ilha, trilhas e fica instalado onde foi um dia a lavanderia do Lazareto.

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ

Visitando o Centro de Visitantes do INEA em Abraão, na Ilha Grande - RJ


De lá seguimos para o Circuito do Abraão, que passa pelo Mirante da Praia Preta, Mirante do Aqueduto, Poção, Aqueduto, Praia Preta, Lazareto e finalmente o Mirante do Pescador. Ilha Grande faz parte da história do Brasil desde 1700, quando fazendeiros de café e cana começaram a explorar a ilha para agricultura. Grande parte da ilha é recoberta pela Mata Atlântica, porém boa parte dela já é uma mata secundária que se refez sobre esta área de cultivo. Mais tarde D. Pedro II comprou a fazenda do Holandês para instalar o Lazareto, instalação da vigilância sanitária que funcionava como um hospital de quarentena dos imigrantes e visitantes do Brasil. Lá era feito o controle de entrada de pestes e doenças contagiosas que se alastravam pelo mundo naquela época. Todos os navios que chegavam ao Brasil aportavam no Lazareto da Ilha Grande e todos os passageiros eram examinados. Caso algum deles apresentasse alguma suspeita, era retirado para observação e instalado conforme a sua classe em um dos prédios do Lazareto. Foi no prédio de passageiros de 1ª classe também, que o próprio D. Pedro II ficou hospedado com sua família antes de ser exilado em Portugal, logo após a Proclamação da República. O Lazareto posteriormente se tornou uma prisão, conhecida como a Alcatraz Brasileira, fazendo parte do Complexo Prisional de Ilha Grande, juntamente com a C.C.D.R. de Dois Rios. Para atender a demanda de água da Vila de Abraão e do Lazareto foi construído o belíssimo Aqueduto, com rochas e óleo de baleia, e ele mesmo até hoje faz parte do sistema de abastecimento de água supre a vila.

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ

As magníficas ruínas do Aqueduto da Ilha Grande - RJ


Dia relax, trabalhando bastante! Quero colocar uns vídeos novos, mas editar esse negócio dá trabalho! Uma amiga minha é entusiasta dos vídeos mais roots, sem edição mesmo, quem sabe começo a me desapegar desses preciosismos e começamos a postar uns vídeos brutos para vocês! Por enquanto o dia trabalhando em condições precárias, sem mesa e internet ¼ de meia boca, me renderam um vídeo quase pronto e um belo torcicolo!

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ

O rio da Praia Preta, na Ilha Grande - RJ


No final do dia fiquei meio deprê, em outros anos essa hora eu estaria ligando para todos os meus amigos para combinar o festerê de aniversário em um bar em Curitiba. É o meu primeiro aniversário na estrada, amanhã temos a programação de subir o Pico do Papagaio, segundo ponto mais alto da Ilha Grande e depois seguir para o Rio de Janeiro. Já que estamos aqui pertinho, escolhi passar o aniversário na cidade maravilhosa, com meus queridos cunhados e sobrinha, afinal, aniversário com a família é muito mais gostoso.

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande, Abraão, Praia, trilha

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PARNAMAR Noronha

Brasil, Pernambuco, Fernando de Noronha

Pontinha, durante a Caminhada do Atalaia, em Fernando de Noronha - PE

Pontinha, durante a Caminhada do Atalaia, em Fernando de Noronha - PE


No Projeto TAMAR assistimos uma palestra sobre Noronha, super interessante. Hoje Noronha é dividido em duas áreas pelo ICM Bio, a APA, Área de Proteção Ambiental, onde ficam localizadas as vilas e o porto, pode-se pescar e são exercidas atividades comerciais. A outra área é o PARNAMAR - Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, nesta o controle é muito mais rígido, não se pode pescar, caçar ou mesmo haver quaisquer tipos de construções.

Barco de mergulho em Fernando de Noronha - PE

Barco de mergulho em Fernando de Noronha - PE


100% das crianças da ilha estão nas escolas, motivo de orgulho para os moradores. São em torno de 700 crianças que cursam o Ensino Fundamental e Médio e destes alguns seguem até a Universidade pelo EAD, ainda morando na ilha. A população de Noronha hoje é em torno de 4 mil pessoas, sendo que destes 1000 são turistas. São 80 mil turistas por ano visitando a ilha e por isso o trabalho de educação ambiental realizado pelo TAMAR é de extrema importância, já imaginaram o impacto que todo este povo poderia causar?

Praia do Sancho vista de cima, em Fernando de Noronha - PE

Praia do Sancho vista de cima, em Fernando de Noronha - PE


Conversando com moradores, soubemos que este Parque Nacional foi privatizado em um leilão recentemente, e será administrado pela mesma empresa que administra o Parque das Cataratas do Iguaçú. Eles devem investir em estradas, trilhas e infra-estrutura turística e irão cobrar uma taxa de 60,00 por pessoa para entrar na ilha, além da Taxa de Proteção Ambiental que já pagamos hoje.

Prédio da administração municipal em Fernando de Noronha - PE

Prédio da administração municipal em Fernando de Noronha - PE


Essa questão é super controversa, alguns defendem e outros, principalmente os nativos e moradores da ilha, receiam esta nova administração. Esperamos que seja feita com parcimônia, pois não é apenas um parque que está em jogo, mas sim a vida de várias famílias.

Os Dois Irmãos na Praia da Cacimba, em Fernando de Noronha - PE

Os Dois Irmãos na Praia da Cacimba, em Fernando de Noronha - PE

Brasil, Pernambuco, Fernando de Noronha, PARNAMAR Noronha, Praia, Praia do Sancho, Tamar

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El Faro

Porto Rico, La Parguera

Visão do Farol em Cabo Rojo - Porto Rico

Visão do Farol em Cabo Rojo - Porto Rico


Viajar tem muito de pesquisa e planejamento, escolher os lugares certos para aproveitar. Ontem, por exemplo, havíamos pesquisado quase tudo, sabíamos os lugares, as estradas, tínhamos tudo pronto para Arecibo e Las Cuevas, mas esquecemos de ver as datas e horários de funcionamento dos parques. Mas viajar também tem muito de feeling, sexto sentido e modéstia a parte eu tenho um bem aguçado. O Rodrigo até fala que gosta de seguir o meu faro para vinhos, comidas, lugares e aos poucos vai acreditando nele também para os roteiros. Já fizemos algumas viagens juntos, mas antes dos 1000dias a viagem mais parecida foi a nossa Lua de Mel na Turquia. 4000km de carro por um país com uma cultura totalmente diferente e de língua completamente incompreensível, outro alfabeto, placas e sinais de trânsito. Mas lá, aos poucos ele foi aprendendo a me conhecer como co-pilota ou navegadora da nossa viagem de carro. Ali acho que teve certeza que conseguiríamos fazer juntos a viagem de 1000dias. Bem, se não ele, eu tive a certeza. Uma companhia especial, interessante, sempre positivo e bem disposto. Temos gostos parecidos, mas visões completamente diferentes, o que sempre gera discussões super interessantes e às vezes mais acirradas, o que ajuda a apimentar a relação. O Ro é especial, sempre paciente com as intempéries da mujer, sejam elas mensais ou matinais.

Se preparando para o mergulho em La Parguera

Se preparando para o mergulho em La Parguera


Hoje estamos viajando há um mês e seguimos em uma rotina de viagem muito gostosa, acostumando cada vez mais com o fato de que o hotel é a nossa casa, confiando cada vez mais um no outro, se é que isso é possível. Às vezes percebo que quem tem que aprender a confiar em mim sou eu, não ele. Que viagem... que aprendizado.

Restaurante de hotel em Cabo Rojo - Porto Rico

Restaurante de hotel em Cabo Rojo - Porto Rico


Saímos hoje cedo para mergulhar e vimos um grande nurse shark fora da toca, ou gata, como chamam em espanhol. Lindo! Uma moréia verde de uns 20cm de diâmetro, nem sei como cabia naquela toca. Saímos de La Parguera para conhecer a praia mais próxima. Sou boa na navegação se tenho o mapa atualizado em mãos. Seguimos pela 304 até 305, depois pela 303 até a 301 rumo a Cabo Rojo, península onde encontramos o Faro do Cabo Rojo. Tanto a Parguera, quanto esta península não estavam nos planos iniciais do Ro do roteiro de Porto Rico. Falésias maravilhosas e a linda praia do farol nos surpreenderam! Lindas e especiais! Enfim, o faro está sempre nos iluminando, seja ele um faro de praia e luz, seja ele o faro do nosso instinto aventureiro, apaixonado e sempre viajante.

Praia del Faro, em Cabo Rojo - Porto Rico

Praia del Faro, em Cabo Rojo - Porto Rico

Porto Rico, La Parguera, casal, ilha, Mergulho, Praia

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O Recife Antigo

Brasil, Pernambuco, Recife

Arte nos jardins do museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Arte nos jardins do museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Olinda e Recife são cidades vizinhas, ambas muito históricas e culturais, mas é fácil sentir a diferença. A primeira é a capital do estado e por isso possui uma infra-estrutura mais completa. Hoje a nossa manhã foi dedicada a resolver algumas coisas de ordem prática, como fazer o alinhamento e balanceamento na Fiona e uma pequena revisão no meu visual. Tantos dias ao sol, vento, chuva, rio, mar, praia deixam os nossos cabelos mais quebrados, opacos e sem vida, é aí que entra a necessidade de um corte básico. Eu gosto de aventura, mas sou menina e as vezes preciso de um salão de beleza. Enquanto o Ro procurava o lugar para levar a Fiona eu fui cortar o cabelo e fazer as unhas. Até nisso vemos as diferenças culturais, espero que o corte tenha ficado bom, pois saí do salão com o cabelo meio duro e sem um bife do meu dedão do pé. O pior foi que doeu, eu perguntei a pedicure se estava sangrando e ela disse que não, foi um passo que a unha se encheu de sangue... cara de pau! Além de arrancar o bife ainda mentiu! Ok, passou.

Corredor no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Corredor no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Depois dessa vamos voltar às atividades que dominamos. Hoje, sábado, a Oficina do Francisco Brennand está fechada, então decidimos prestigiar o Instituto de seu primo Ricardo Brennand. Ricardo é um industrial que desde cedo desenvolveu o hábito de colecionar. Quando tinha 5 ou 6 anos ganhou do seu pai um canivete, o que deveria ser apenas um briquedo virou a sua paixão. Hoje o Instituto Ricardo Brennand possui a maior exposição de armarias do Brasil, dentre espadas, adagas, canivetes, facas e até armaduras! Todas elas tiveram participação nas guerras e na história do Oriente e do Ocidente. A coleção é exposta em uma réplica de um castelo em estilo medieval-gótico, dentro do Instituto em Recife.

Salão das armaduras no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Salão das armaduras no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Na pinacoteca do instituto pudemos observar também uma coleção de obras de arte do período em que o Brasil foi dominado pelos holandeses, no século XVII. Maurício Nassau foi um dos homens mais visionários de sua época e em 30 anos de comando no Nordeste ele construiu pontes, desenvolveu estudos cartográficos e catalogou grande parte da fauna e flora brasileiras.

'Juke Box' no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

"Juke Box" no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE


Tudo isso esta exposto neste museu em obras de literatura, tapeçarias e peças raras encontradas em algumas escavações no Recife antigo. Outra sala curiosa é a sala de bonecos de cera, que remonta o julgamento do ministro das finanças do Rei Sol, Luis XIV. Os personagens parecem estar vivos, tamanha a perfeição. É um espaço de primeiro mundo, vale a visita.

Personagens em cera no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE

Personagens em cera no museu Ricardo Brennand, em Recife - PE



Conhecido também como “A Veneza Brasileira”, Recife já foi considerado um dos principais portos do Novo Mundo, sendo a principal ligação entre Europa no período da 2ª Guerra Mundial. Curioso é saber que a palavra Arrecife tem origem árabe, veja abaixo o texto de Deonísio da Silva:

“Recife: de arrecife, seu registro primitivo, feito no Manuscrito Valentim Fernandes, oferecido à Academia Portuguesa de História por Joaquim Bensaúde (1859-1952), com leitura e revisão de António Baião, quando é descrito o mar nas proximidades de localidade chamada Arzila, a 7 léguas de Tanger: "E tem um arrecife onde se pode meter navios e é costa brava do mar." Por tal registro se nota que, no século XIII, arrecife tinha o significado de dique, paredão, molhe, cais. Depois o sentido se transformou em problema sério, já que as águas encobrem as pedras que, ocultas, são a desgraça dos navios. O árabe arrasif, de onde procede a palavra, tinha o significado de estrada pavimentada. A capital de Pernambuco recebeu o nome de Recife pelas formações rochosas na costa, com as quais o navegador deveria ter cuidado, atendendo a antiga recomendação, primeiro dos lavradores romanos, "aperire oculo", abrir os olhos, expressão reduzida para abr'olhos, depois mais ainda para uma palavra só: abrolho.(...)”

Fonte: http://www.caras.com.br/edicoes/649/textos/a-palavra-recife-que-da-nome-a-bela-capital-pernambucana-derivou/

Passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Sendo assim, agendamos um passeio de catamarã, para conhecer o Recife antigo de outra perspectiva. Os canais formados pelo rios Capibaribe e Pina. O passeio é lindíssimo, ainda mais agora que a cidade está toda iluminada para as festividades natalinas. As pontes e prédios ganham iluminação especial, assim como a coloridíssima Assembléia Legislativa. A Prefeitura saúda o natal solidário e deseja Boas Festas e Feliz 2011 no seu painel gigante.

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Dali vemos também o parque de esculturas de Francisco Brennand, artista revolucionário da cidade, pena que ele estava com suas luzes apagadas, são esculturas belíssimas colocadas em um pátio construído sobre o muro de arrecifes que deram nome à cidade. Para os mais ecologistas como eu, é indignante sim, mas este muro foi construído sob os arrecifes há décadas, mito antes de se discutir estas questões, mas ainda bem que os tempos mudaram.

Árvore de natal da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Árvore de natal da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE


Nós geralmente fugimos destes tours mais turísticos, mas este valeu a pena, o guia vai apresentando os locais por onde passamos com informações curiosas e relevantes sobre a cidade. Fechamos a noite em um bar próximo à Praça 13 de Maio, Bar Central, local de vida noturna fervilhante, próximo à Assembléia Legislativa e à Faculdade de Direito. O sanduíche de falafel é uma boa pedida. Amanhã, carnaval de rua em Olinda!

Monumento a Chico Science, em Recife - PE

Monumento a Chico Science, em Recife - PE

Brasil, Pernambuco, Recife, museu, Ricardo Brennand

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Orongo e o Tangata Manu

Chile, Ilha de Pascoa, Ilha De Pascoa, Hanga Roa

A cratera do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

A cratera do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Nosso dia começou com algo bem inusitado, uma missa Rapa Nui. A missa estava lotada de famílias, jovens, senhores e crianças, além de uma horda de turistas que assistiam curiosos à uma das missas mais bonitas e alegres de suas vidas. O padre vestido com sua bata e um belo colar de flores polinésio, reza a missa em espanhol e no idioma Rapa Nui, entoando lindos cantos acompanhado por todos os presentes.

A movimentada missa dominical rezada em Rapa Nui, na Ilha de Páscoa, território chileno no meio do Oceano Pacífico

A movimentada missa dominical rezada em Rapa Nui, na Ilha de Páscoa, território chileno no meio do Oceano Pacífico


Missa movimentada em Hanga Roa, capital da Ilha da Páscoa

Missa movimentada em Hanga Roa, capital da Ilha da Páscoa


A igreja localizada na rua principal de Hanga Roa é simples e tem a sua fachada decorada com ícones da antiga religião Rapa Nui. O Homem Pássaro é o mais conhecido deles, do culto Tangata Manu (Cerimônia do Homem Pássaro), religião que era praticada pelos habitantes da ilha entre a fase dos Moais e 1860, quando os Rapa Nuis se converteram ao cristianismo, adotando como religião oficial o catolicismo.

A simpática igreja de Hanga Roa, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

A simpática igreja de Hanga Roa, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Durante nosso primeiro dia na ilha aprendemos com o guia local Patrício um pouco sobre os povos que aqui viveram e as religiões que praticavam. Estudos antropológicos dizem que dois grupos étnicos distintos chegaram à ilha originalmente, os orejas largas e os orejas cortas (orelhas grandes e orelhas pequenas). Os orejas largas eram grandes, altos, fortes e de feições polinésias similares aos havaianos, nariz proeminente, traços bem marcados, retos e cabelos compridos amarrados no topo da cabeça. Já os orejas cortas eram baixos, nariz mais achatado e corpo forte atarrachado. Os orejas largas eram os líderes que aparentemente haviam trazido os orejas cortas como escravos em sua expedição em busca de novas terras. Esta é uma matéria bem controversa, inclusive a origem destes dois grupos, se haveriam chegado juntos ou em diferentes movimentos migratórios. Tudo o que nos foi passado e contamos aqui são um misto da cultura oral, muito forte entre as famílias rapa nui, e estudos de diferentes antropólogos e arqueólogos.

Antigos Moais em Rano Raraku, a fábrica de Moais, parcialmente cobertos pelo tempo. Ainda estavam a venda quando a civilização se perdeu (em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico)

Antigos Moais em Rano Raraku, a fábrica de Moais, parcialmente cobertos pelo tempo. Ainda estavam a venda quando a civilização se perdeu (em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico)


A religião praticada pelos orejas largas estava relacionada ao culto aos seus ancestrais e daí nascem as gigantescas estátuas de pedra construídas por este povo. Os moais eram estátuas funerárias esculpidas em homenagem aos líderes das famílias que governavam as diferentes cidades de Hanga Roa. Mas quem esculpia estes moais? Os escravos orejas cortas, que trabalhavam lá na Fábrica de Moais (mais detalhes sobre a fábrica neste post).

Visitando Rano Raraku, onde eram produzidos os Moais que se espalham por Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico

Visitando Rano Raraku, onde eram produzidos os Moais que se espalham por Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico


Porém houve um momento em que estes escravos se rebelaram com os seus líderes e, em uma grande batalha, conseguiram derrubar os orejas largas e assumir a liderança da ilha. Neste momento houve uma transição religiosa, do culto aos Moais, agora para o Culto Tangata Manu. Uma curiosidade é um Moai totalmente diferente de todos os outros encontrados na ilha, localizada no final da trilha do Rano Haraku (Fábrica de Moais), que tem todas as características de um oreja corta e que estaria ajoelhado olhando para o céu.

Um estilo diferente de Moai, em Rano Raraku, um dos vulcões de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico

Um estilo diferente de Moai, em Rano Raraku, um dos vulcões de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), território chileno no meio do Oceano Pacífico


Este é apenas um dos indícios de que os orejas cortas nunca haviam abandonado a sua religião, ligada à um tipo de ave migratória que aparecia na ilha apenas uma vez ao ano para se reproduzir nos ilhotes, o Manutara. Todos os anos era organizada uma grande competição, conhecida como Tangata Manu ou Cerimônia do Homem Pássaro, onde os homens mais fortes, ágeis e inteligentes da ilha representariam seus clãs. A competição acontecia no Orongo, cidade cerimonial construída no topo do Rano Kau, um dos três vulcões da ilha.

Topo do vucão Rano Kau, onde se iniciava o festival do homem-pássaro, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Topo do vucão Rano Kau, onde se iniciava o festival do homem-pássaro, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Manutara, cujo ovo era o prêmio máximo no festival do homem-pássaro, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Manutara, cujo ovo era o prêmio máximo no festival do homem-pássaro, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Ela consistia em uma grande prova, onde os competidores tinham que descer a encosta do vulcão em direção ao mar, atravessar a nado para os Motus e aguardar, sem água e sem comida, a chegada do Manutara. O bando de manutaras chegava para acasalamento e reprodução e o primeiro ovo a ser colocado deveria ser sequestrado pelo competidor que o traria a nado e na escalada da encosta do vulcão, intacto de volta ao Orongo. Os orejas cortas acreditavam que o homem, independente de ser oreja larga o oreja corta, que fosse capaz de passar por esta prova de delicadeza, destreza, força e agilidade, seria o melhor governante. A cerimônia duraria meses, os competidores ficavam isolados em hare vacas (casas) especiais no Orongo aguardando o momento para começar a travessia.

Ruínas da cidade cerimonial de Orongo, no topo do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Ruínas da cidade cerimonial de Orongo, no topo do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Ilhas onde chocavam os manutaras e para onde nadavam os participantes do festival do homem-pássaro, em frente ao vulcão Rano Kau (em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico)

Ilhas onde chocavam os manutaras e para onde nadavam os participantes do festival do homem-pássaro, em frente ao vulcão Rano Kau (em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico)


A ida ao Orongo é um ponto alto da visita à Ilha de Páscoa. Além do museu ter informações sobre a cerimônia e parte da história dos ancestrais, o lugar tem algumas das vistas mais lindas da ilha. O mirante do Vulcão Rano Kau tem uma linda vista da cratera e também da possível rota que os competidores escolhiam para descida ao mar e a escalada novamente ao Orongo. Dentro do local cerimonial estão as casas de teto baixo onde eles se concentravam e se preparavam para a corrida. Não podemos entrar dentro delas, mas no museu vemos que elas eram adornadas por pinturas nas paredes e tetos internos, muitas destas placas de pedra pintadas teriam sido saqueadas por diferentes grupos caça-tesouros e vendidas para diferentes museus ao redor do mundo.

Ruínas da cidade cerimonial de Orongo, no topo do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Ruínas da cidade cerimonial de Orongo, no topo do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Esta religião mais tarde foi substituída pelo cristianismo, mas parte deste espírito competitivo é relembrado todos os anos no Tapati Festival, quando duas equipes locais se enfrentam em competições de canoa, escaladas, corridas com grandes cachos de banana, canto, dança e até esculturas. O clã que vencer elegerá a nova miss Rapa Nui, a Rainha do Tapati Festival. Dança, música, gastronomia e arte rapa nui reunida em um mesmo evento, que ocorre sempre entre os meses de janeiro e fevereiro. Se quiser participar trate de reservar passagens e pousadas com meses de antecedência, já que é o pico da temporada turística, período mais procurado na Ilha de Páscoa.

A cidade de Ranga Roa vista do alto do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

A cidade de Ranga Roa vista do alto do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

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Aurora Boreal!

Alaska, Coldfoot

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


O sol demorou a baixar, quanto mais ao norte, mais tarde ele irá se por nesta época do ano. Nove e meia da noite e alguns raios solares ainda estavam no horizonte. Nosso alojamento quentinho era um convite à preguiça, o cansaço dos últimos 3.400 quilômetros queriam nos afastar do nosso principal objetivo, esperar lá fora pela Aurora Boreal.

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


O céu estava estrelado, a lua começava a despontar no céu, a temperatura estava abaixo do ponto de congelamento, -4°C, -6°C. Não poderia esperar nada diferente disso, estamos no Alasca! Tínhamos apenas que torcer para o céu continuar estrelado e com a atividade solar elevada. A previsão ontem dizia que a aurora estaria entre 4 ou 5/10, o que é ótimo. Quanto mais alto este índice, mais ela se amplia e pode ser vista até em Anchorage.

um inesquecível show de luzes da Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

um inesquecível show de luzes da Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


Tomamos um banho bem quentinho, vesti todas as roupas possíveis, peguei meu saco-de-dormir no carro, queijos e um bom vinho na mão. O kit aurora boreal estava pronto para sentarmos lá fora e esperarmos. Nos disseram que a melhor hora era entre meia-noite e duas horas da manhã, mas ela pode acontecer a qualquer momento e algo me dizia para ir logo para fora. Fui, sem kit, sem máquina nem tripé, só dar uma conferida e quando saio pela porta vejo aquela nebulosa verde crescendo no céu, uma torre vertical com formatos arredondados. Fabulosa! Simplesmente mágica! Corri para dentro, chamei o Rodrigo, peguei a câmera e o tripé e sem sentir frio algum fiquei assistindo a esse espetáculo natural.

A Aurora Boreal faz desenhos nos céus de em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A Aurora Boreal faz desenhos nos céus de em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


A aurora é um evento físico que acontece quando partículas solares são capturadas pelo campo magnético e atraídas para os polos da terra. Quando elas entram na atmosfera se chocam com as moléculas de nitrogênio e oxigênio e este choque resulta em uma descarga luminosa. Estas luzes podem ser verdes, vermelhas, azuis, roxas e brancas. Na maioria das vezes o verde é a cor predominante e apenas com uma atividade muito elevada as outras cores irão se manifestar. Ficamos lá fora por mais de uma hora, a aurora dançava do norte ao sul, leste a oeste por todo o céu! Às vezes ela se esvaía, diminuía por um tempo e quando menos esperávamos voltava a dar surtos mais fortes e pintava o céu de verde novamente. Um espetáculo indescritível que só presenciando ao vivo e a cores, é possível compreender.

Expedição 1000dias e a Aurora Boreal, em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

Expedição 1000dias e a Aurora Boreal, em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


Ainda teremos chance de ver a aurora na noite de amanhã, depois de uma viagem à Brooks Range e às tundras do norte. A aurora é viciante, depois de vermos uma vez não podemos esperar para encontrá-la novamente em mais uma noite acima do Círculo Polar Ártico.

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

Alaska, Coldfoot, Aurora Boreal, Natureza, Northern Lights

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Cicerones e Bogotá

Colômbia, Bogotá

Pausa em sessão de fotos na Candelária, em Bogotá, na Colômbia

Pausa em sessão de fotos na Candelária, em Bogotá, na Colômbia


Acordamos na Fiona as 8am. Douglas e Clara estavam dormindo desde as 6am ao lado do carro, depois de trabalhar a noite inteira! Pegamos estrada e paramos em um Posto “Rojo” ou “Paraje Roja” que é o Graal deles aqui, super tradicional. Clara parava aqui com seus pais tomar este caldo desde criança. Ok se é para sermos tradicionais, então vamos comer o que eles comem aqui pela manhã: caldo de costela! É para levantar qualquer difundo, dizia Douglas! E era bem o nosso caso... mortos depois de toda a maratona cumprida.

Visitando a região da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia

Visitando a região da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia


Chegamos a Bogotá com o tempo chuvoso, mas ainda assim nossos anfitriões fizeram questão de nos levar conhecer um pouco do centro histórico da cidade. Como hoje é feriado o centro está mais tranquilo e fácil de trafegar. Fomos direto para a La Candelária. Ali foi onde começou a cidade de Bogotá, com uma de suas primeiras igrejas nos idos de 1540. As ruas estreitas, as casas com muros coloridos e grafitados já nos transmitem os ares da cultura e da arte de rua da megalópole colombiana.

Arte nos muros da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia

Arte nos muros da Candelária, no centro de Bogotá, na Colômbia


Ali mesmo um artista fazia uma performance de rua, ele e seus balões coloridos enfeitaram e fizeram um contraste super interessante entre a alegria e leveza da sua arte, frente aos traços fortes dos guetos da Candelária. Essa é uma região de clima muito pesado durante a noite, nos explicou Clarita, onde fica o submundo de drogas e afins.

Pequena rua na região da Candelária, em Bogotá, na Colômbia

Pequena rua na região da Candelária, em Bogotá, na Colômbia


Dali, seguimos para a Praça Simón Bolívar. Ooops, corrigindo: a IMENSA Praça Simón Bolívar! Cercada pela Catedral, Prefeitura Municipal de Bogotá, Sede do Governo e Congresso Nacional, a imponente praça fica no centro histórico e, além de uma quantidade absurda de pombas ela possui uma curiosidade histórica que merece ser pontuada.

A praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

A praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


O prédio mais novo à esquerda é o prédio do Congresso Nacional, que foi destruído por bombas e tiroteios na década de 80 em uma batalha que foi travada pelo exército nacional e pelas FARCs. A guerrilha tentava tomar a cidade de Bogotá e chegou a matar alguns dos políticos que estavam lá presentes. Que loucura! Este muro hoje é utilizado quase como um mural pelos manifestantes que picham em sua fachada todas as suas indignações e reivindicações aos deputados.

O Palácio de Justiça, destruído na famosa invasão do M-19, na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

O Palácio de Justiça, destruído na famosa invasão do M-19, na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


Ao fundo podemos ver a casa onde foi declarada a independência da Colômbia da Coroa Espanhola, do início do século XIX, e Monserrat, onde está o santuário e um dos principais mirantes da cidade, que ainda iremos conhecer.

Artista de rua na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia

Artista de rua na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia


Rumamos para o norte da cidade, que eu não tinha noção ser tão gigantesca. Na entrada pelo sul, vindo de Girardot já demoramos mais de uma hora até chegar ao centro. Douglas e Clara vivem no norte, uma região mais moderna e muito segura. Todos os integrantes da banda vivem no mesmo bairro, há menos de 10 quadras entre eles. Não foi por acaso, eles decidiram assim para facilitar os encontros e ensaios. Profissional!

1000dias na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia!

1000dias na praça Simón Bolívar, bem no centro de Bogotá, na Colômbia!


Estávamos muito cansados, então não demorou muito caímos podres na cama e dormimos pelo menos umas 2 ou 3 horas profundamente. A noite fui ao mercado com Douglas, compramos alguns víveres e ingredientes para o jantar que eles queriam nos oferecer. Sancocho é o nome do tradicional prato colombiano que Clarita decidiu preparar. Ela é uma cozinheira de mão cheia e em pouco tempo o sancocho estava pronto e delicioso! Um cozido de legumes com frango, acompanhando abacate e um refogado de tomate e cebola deliciosos! Geralmente os colombianos misturam tudo, virando quase um sopão, mas eles nos ensinaram a comer diferente, arroz com frango, molho do sancocho e o refogado no arroz, como um prato de comida, mucho más rico!!! Bem tratados assim, não vamos querer ir embora tão cedo!

O delicioso jantar que a Clara e o Douglas ofereceram para a gente no seu apartamento em Bogotá, na Colômbia

O delicioso jantar que a Clara e o Douglas ofereceram para a gente no seu apartamento em Bogotá, na Colômbia

Colômbia, Bogotá, Amigos, La Candelária, Plaza Simón Bolívar

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Detalhes do Rei

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island

Os lugares são feitos pelos detalhes, por coisas que parecem tão pequenas, mas que ajudam a formar o nosso conceito sobre eles e por onde passamos. Geralmente esses detalhes são difíceis de descrever, mas facilmente percebidos.

A arquitetura da cidade...

Pousada Bahama House Inn

Pousada Bahama House Inn



A música, a forma como as pessoas falam, o sol...

Músico tocando goombay

Músico tocando goombay



As conchas, o maluco da pousada, o vento...

Concha típica das Bahamas

Concha típica das Bahamas



A arte, as ruas, a comida, as cores, o clima, o mar...

Pintura típica bahamense

Pintura típica bahamense



As portugueses, a vibe...

Portuguese ou Caravela

Portuguese ou Caravela



Um conjunto de adjetivos, bons ou ruins, que fazem com que possamos formar a nossa opinião sobre estes lugares por onde passamos. Harbour Island é um lugar que vai ficar marcado por isso, pelos detalhes, tão pequenos, que como diz o REI, são coisas muito grandes pra esquecer... e que certamente vou lembrar... lembrar você...
Viiiixi, baixou o Rei agora! Hahaha! É pessoal, esse lugar faz dessas coisas... e olha que eu nem bebi! Estou mesmo é meio melancólica... Estamos indo embora daqui a poucas horas, para Long Island, o que tenho certeza também não será nada mal.

Deixo aqui um abraço para Katarina e David, casal bacana que conhecemos hoje no bar em que fomos ver o pôr-do-sol na baía, maravilhoso! Eles me abordaram perguntando se eu era fotógrafa, pois vão se casar amanhã aqui e precisam de alguém para registrar o casório. Vocês acreditam? Dois malucos de Michigan, chegam aqui e sem mais nem menos resolvem casar. Estavam decidindo hoje mesmo local, foto, etc... Até que me identifiquei com eles. Também casamos em uma ilha... ué, lá só não tinha essa cor de água!

Casal de Michigan, noivos em Elethera

Casal de Michigan, noivos em Elethera



Felicidades aos que ficam nessa Ilha maravilhosa e sucesso para todos nós que continuamos a nossa viagem nos nossos restantes 982 dias pela América!

Ana em Harbour Island

Ana em Harbour Island

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island, Praia

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Sweet Home Alabama!

Estados Unidos, Alabama, Tuscaloosa

Lugar popular para se comer sanduíches de pernil em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Lugar popular para se comer sanduíches de pernil em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Tuscaloosa é a casa da University of Alabama, com mais de 30 mil estudantes, é a sede do Alabama Crimson Tide, time de futebol americano vencedor do BCS National Championship em 2010 e 2012 e do Bryant-Denny Stadium, que com mais de 102.000 lugares é um dos maiores estádios de futebol americano do país!

A enorme universidade em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

A enorme universidade em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Porém o que nos trouxe à capital do estado de Alabama foi algo ainda mais inusitado que seus superlativos, Tuscaloosa é também a casa de Andrew, músico e viajante intrépido, antigo conhecido de Rodrigo.

Despedida do Andrew, em frente à sua casa em Tuscaloosa, no Alabama - Estados Unidos

Despedida do Andrew, em frente à sua casa em Tuscaloosa, no Alabama - Estados Unidos


Rodrigo e Andrew se conheceram há 14 anos em uma viagem pela Indonésia. Foram 15 dias intensos de convivência e viagem pelos rincões de Timor, Flores e Lombok, que os deixaram conectados desde então, mesmo que distantes.

Chegando ao Alabama, no sul dos Estados Unidos

Chegando ao Alabama, no sul dos Estados Unidos


Jen, a esposa de Andrew, ficou tão surpresa quanto eu, quando ele contava que hoje, 14 anos depois, estava recebendo em sua casa um amigo maluco que conheceu num mochilão na Ásia. Fato foi que aos poucos as memórias da viagem, suas aventuras e roubadas, foram completando o quadro e fazendo toda a história fazer ainda mais sentido.

Com a Jenn e o Andrew, em restaurante de Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Com a Jenn e o Andrew, em restaurante de Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Hoje Andrew e Jen são professores de música na Universidade de Alabama, os dois se conheceram na faculdade, casaram e se mudaram para cá. Na primeira noite nos convidaram para jantar em um restaurante de comida típica sulista, uma das melhores comidas regionais americanas. Eu provei o delicioso Southern Grits , um tipo de polenta branca com queijo, acompanhado de bisteca de porco e folhas verdes cozidas, meio amargas. Delicioso! Viajar pelo sul dos EUA pode ser um perigo para a dieta, aqui conseguimos escapar dos fast foods, provando todos os dias pratos diferentes, criativos e saborosos!

Legítima e deliciosa comida e bebida do Alabama, em restaurante de Tuscaloosa *Estados Unidos)

Legítima e deliciosa comida e bebida do Alabama, em restaurante de Tuscaloosa *Estados Unidos)


No caminho eles nos mostraram os estragos do tornado que ocorreu há pouco menos de um ano na região. Os ventos chegaram a mais de 310km/h e resultou em uma destruição absurda da cidade, com 47 mortos e mais de 1000 feridos! Eles estavam em casa acompanhando o rádio e ouviram os ruídos ensurdecedores da ventania e a chuva, quando caiu a luz da vizinhança. Eles correram para o local mais protegido da casa, o closet, rodeado de paredes de alvenaria e sem nenhuma janela, com suas lanternas e seu celular em contato com a irmã de Jen que assistia todos os reports pela televisão em sua casa no Colorado. O tornado vinha na direção da casa deles, mas na última hora desviou e deixou seu rastro por toda a cidade. Foram pouco mais de 30 minutos de tensão e desespero e os dias que se seguiram seriam em um cenário de guerra. O exército estava nas ruas, pessoas desabrigadas que tiveram que recomeçar do zero, 4 de seus alunos se foram. A memória está vívida, ainda mais esta semana, que o desastre fará aniversário de um ano.

O belo parque ao lado da casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

O belo parque ao lado da casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Um aniversário que não é comemorado, mas lembrado com respeito e condolências a todos aqueles que se foram. Esta semana alguns tornados terríveis abateram os estados do meio-oeste dos Estados Unidos, exatamente por onde cruzamos vindo de Santa Fé até Memphis. A nossa passagem pelo Texas e Oklahoma foi rápida e na hora certa, demos um olé nos tornados, uma experiência que parece ser bacana apenas nas telas de cinema.

Interseção de estradas secundárias no interior do Alabama, nos Estados Unidos

Interseção de estradas secundárias no interior do Alabama, nos Estados Unidos


Aproveitamos a ótima acolhida para fazer a revisão de 80 mil km da Fiona na Concessionária Toyota da cidade e ainda provar o um dos sanduíches de porco mais tradicionais da região, no Archibald´s, que fica nos arredores da cidade.

Fiona volta da revisão dos 80 mil km (casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA)

Fiona volta da revisão dos 80 mil km (casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA)


Aproveitando para trabalhar, na casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Aproveitando para trabalhar, na casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Às vezes é bom parar um pouco para respirar, para uma longa tarde de trabalho, uma corrida no final da tarde e um bom papo com amigos. Andrew e Jen, obrigada pela calorosa recepção e fica registrada a promessa de que agora não demoraremos mais 14 anos para nos reencontrar. Esperamos vocês no México! Roll Tide!

Com a Jen e o Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Com a Jen e o Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Estados Unidos, Alabama, Tuscaloosa, Amigos, Fiona, Tornado

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