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Blog do Rodrigo - 1000 dias

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ABC no Mesmo Dia

Aruba, Oranjestad, Bonaire, Kralendijk, Curaçao, Willemstad

Admirado com a beleza de Willemstad, em Curaçao

Admirado com a beleza de Willemstad, em Curaçao


Ainda estava escuro quando começamos a carregar nosso carro para ir ao aeroporto de Aruba, em Oranjestad. Apesar do destino ser aqui tão perto, pouco mais de 15 minutos de vôo, ainda assim é considerado um vôo internacional e devemos fazer o check-in com duas horas de antecedência. Quem se deu bem foi uma americana que saía do nosso hotel àquela hora, em busca de um ônibus para o mesmo aeroporto. Descolou uma carona esperta.

'One Happy Island', a frase símbolo de Aruba

"One Happy Island", a frase símbolo de Aruba


Feito o check-in, tivemos bastante tempo de enrolação no aeroporto. Pudemos até fotografar uma placa de Aruba com os dizeres "One Happy Island", frase que está em todas as placas de carro do país. E ficamos com vontade também de comprar um livro que ensina papiamento, que a Ana achou na livraria, mas conseguimos nos segurar.

A fantástica arquitetura de Punda, em Willemstad, a capital de Curaçao

A fantástica arquitetura de Punda, em Willemstad, a capital de Curaçao


Nosso destino final hoje era Bonaire, para uma temporada de mergulhos. Mas o vôo era primeiro para Curaçao, onde tivemos umas cinco horas para ficar, antes de voar no fim de tarde para Bonaire. Tempo mais do que o suficiente para deixarmos o aeroporto e irmos dar uma volta em Willemstad, a capital do país.

Utilizando um canhão de maneira bem mais pacífica, em Willemstad - Curaçao

Utilizando um canhão de maneira bem mais pacífica, em Willemstad - Curaçao


O centro histórico da cidade é dividido por um canal. De um lado está Punda e do outro, Otrobanda. Sem sombra de dúvida, é a mais bonita cidade do ABC e uma das mais belas do Caribe. Observar as casas coloridas do outro lado do canal é um colírio para os olhos, principalmente com o céu azul e com a limpíssima água do mar. A beira d'água é toda ladeada de restaurantes com mesas na calçada. O ar é europeu, mas a temperatura é caribenha!

Restaurantes na beira do canal em Willemstad - Curaçao. Ao fundo, a famosa ponte Rainha Juliana

Restaurantes na beira do canal em Willemstad - Curaçao. Ao fundo, a famosa ponte Rainha Juliana


Curaçao é a mais urbana das ilhas ABC e onde a tradição cultural é mais rica. É onde percebemos que mais há vida própria e que nem tudo gira ao redor do turismo. Ficamos muito felizes por saber que vamos voltar para lá com mais tempo, para poder explorar com mais tranquilidade. Já descolados com o preço do táxi em Aruba, aqui conseguimos ir e voltar do aeroporto numa das vans de transporte público, pagando mais ou menos um vigésimo do que pagaríamos por um táxi. Nada mal! Facilitou que nossa bagagem tinha seguido diretamente para Bonaire. Quando voltarmos para cá, o negócio é já alugar um carro no aeroporto!

O nome do avião é Aruba. Mas nós estamos em Curaçao, embarcando para Bonaire. Viva o ABC!

O nome do avião é Aruba. Mas nós estamos em Curaçao, embarcando para Bonaire. Viva o ABC!


Por fim, viajamos para a tranquila Bonaire, o "paraíso dos mergulhadores", como diz as placas de carro na ilha. Aqui, a dona do nosso hotel (studio também!) veio nos pegar no aeroporto. Cinco minutos até o hotel, que é em frente ao mar e de onde se pode mergulhar diretamente. Do hotel ao centro, à pé, menos de 10 minutos. Estamos bem localizados!

Chegando ao aeroporto de Kralendjik, capital de Bonaire

Chegando ao aeroporto de Kralendjik, capital de Bonaire


Hoje, só deu tempo de ir jantar num restaurante gostoso e caro do centro. Amanhã, pela manhã, vamos mergulhar em frente ao hotel mesmo. E no final da tarde, vamos alugar um carro para nos levar aos quatro cantos da ilha e às dezenas de pontos de mergulho ao longo da costa. Alguns dias tranquilos embaixo d'água nos esperam enquanto, acima dela, temos uma casinha ainda mais sortida que nossa casa em Aruba. Afinal, aqui temos até sala! E, melhor ainda, nossa geladeira também já está bem carregada para os próximos quatro dias. Essa sensação de casa é maravilhosa!

Chegando em Bonaire!

Chegando em Bonaire!

Aruba, Oranjestad, Bonaire, Kralendijk, Curaçao, Willemstad,

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Vulcões, Fortalezas e Navios-Cruzeiro

Saint Kitts E Neves, Basseterre, Rawlins Plantation, Brimstone Hill

Magnífico final de tarde em Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe

Magnífico final de tarde em Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe


St. Kitts, assim como as outras ilhas da região, como Nevis, Sint Eustatius e Saba, é uma típica ilha vulcânica. De formato mais ou menos arredondado, uma grande montanha no centro, quase sempre envolta em nuvens, e terras baixas em volta, ricas em mineirais e cobertas por mata tropical. Quer dizer, assim era até os europeus chegarem. Aí, virou tudo cana de açúcar, movido à mão de obra escrava, as famosas plantations. Foi o dinheiro gerado aqui no Caribe, principalmente do açúcar e do tráfico de escravos que gerou a riqueza necessária no velho continente para sustentar a revolução industrial.

A bela vista do alto de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe

A bela vista do alto de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe


Essas ilhas tem algumas praias em seu litoral normalmente rochoso (elas são todas geologicamente recentes, o que não deu tempo ainda para a mãe-natureza fabricar suas belas praias), quase sempre com uma areia acizentada, de origem vulcânica. Ontem, eu e a Ana já tínhamos ido às praias mais bonitas. Restava ver o "resto do país"...

Típica igreja feita de pedras, em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe

Típica igreja feita de pedras, em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe


A começar pela capital, Basseterre. O próprio nome já denuncia: origem francesa. Quando ingleses e franceses dividiram St. Kitts, após massacrarem os Caribs, os primeiros ficaram com a parte central enquanto os outros ficaram com as pontas. E é numa ponta que está Basseterre. Começamos nossa visita pelo terminal onde chegam os navios-cruzeiro. Fomos em busca de alguém que nos levasse ao cume do vulcão, o Monte Liamuiga, com mais de 1.100 metros de altura. Só onseguimos marcar esse trekking para amanhã, mas aproveitamos para ver como funciona uma parte importante da economia do país: o turismo baseado na recepção de enormes navios-cruzeiro.

Locais se preparam para receber os turistas do navio-cruzeiro em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe

Locais se preparam para receber os turistas do navio-cruzeiro em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe


Na alta temporada, eles chegam quase que diariamente, trazendo milhares de pessoas. É meio patético vê-los descendo do navio, chapeuzinho, bermudas e máquina fotográfica no pescoço, em fila indiana, em grandes grupos seguindo algum líder lá na frente, segurando alguma plaquinha. Os grupos se dividem, alguns seguindo para tours na ilha, outros para passeios de barco, outros diretamente para cassinos, outros para as lojas de duty-free do terminal. É interessante também ver o exército de locais que esperam por eles, caindo como moscas em carne nova, oferecendo toda sorte de mercadorias e serviços. Os navios-cruzeiro passam um dia por aqui e zarpam no final da tarde para, na manhã seguinte, chegarem em nova ilha, onde os turistas enfrentarão nova "aventura". Bom, como se diz por aí, cada um, cada um...

Versão caribenha de Piccadily Circus, em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe

Versão caribenha de Piccadily Circus, em Basseterre, capital da ilha de St. Kitts - Caribe


Após assistirmos curiosos essa cena grandiosa do desembarque, fomos conhecer a cidade. Arquiteura inglesa caribenha e metropolitana também! Até cabine telefônica vermelha e uma réplica tropical da Picaddily Circus tem. A cidade é pequena e meia hora de caminhada e fotos foi o bastante.

Volante do lado direito e dirigindo do lado esquerdo! (ilha de St. Kitts - Caribe)

Volante do lado direito e dirigindo do lado esquerdo! (ilha de St. Kitts - Caribe)


Depois, fomos alugar um carro. Como em Anguilla, é preciso comprar uma licença de dirigir. Vamos ficar mal acostumados com isso, hehehe. O chato disso é que não vamos comprar duas licenças e só um de nós poderá dirigir. Ex-colônia inglesa, mão inlesa de direção. Mas já estamos acostumados, agora.

O nosso pequeno Daihatsu atravessando área rural da ilha de St. Kitts - Caribe

O nosso pequeno Daihatsu atravessando área rural da ilha de St. Kitts - Caribe


Já motorizados, resolvemos dar a volta na ilha no sentido anti-horário. Existe uma estrada circular, que segue paralela a uma ferrovia que também dá a volta na ilha. Coisa rara aqui no Caribe. Foi construída para facilitar o transporte dos produtos das plantations. Hoje, um trem turístico faz o circuito. Caro e lotado de turistas do cruzeiro. Preferimos a liberdade das nossas próprias rodas.

As Black Rocks, testemunhos de antigas erupções vulcânicas na ilha de St. Kitts - Caribe

As Black Rocks, testemunhos de antigas erupções vulcânicas na ilha de St. Kitts - Caribe


A primeira atração são as Black Rocks, formações rochosas na praia de pedras, de clara formação vulcânica, testemunho da última grande erupção, há uns quinhentos anos. Olhar para elas e para aquele gigantesco vulcão alguns quilômetros atrás de nós é sempre um bom exercício de humildade. Perto das grandes forças naturais, ainda somos insignificantes...

Bela visão da ilha de Sint Eustatius, vista de St. Kitts - Caribe

Bela visão da ilha de Sint Eustatius, vista de St. Kitts - Caribe


Rodando a ilha mais um pouco, aparecem no horizonte mais duas vizinhas vulcânicas, Sint Eustatius e Saba. Duas grandes montanhas em forma de cone, cobertas de nuvens, elevando-se muito acima do nível do mar. Visual grandioso!

Como um aristocrata do passado, na Rawlins Plantation, na ilha de St. Kitts - Caribe

Como um aristocrata do passado, na Rawlins Plantation, na ilha de St. Kitts - Caribe


Em seguida, a fome apertando, seguimos para uma das antigas plantations, hoje transformadas em hotéis ou restaurantes. Quase no pé do vulcão, a Rawlins Plantation transformou suas antigas construções em quartos estilizados. Assim, um antigo moinho hoje recebe hóspedes. Muito legal! Na antiga sede, foi feito um restaurante charmoso e lá almoçamos, sentindo-nos um pouco os grandes aristocratas caribenhos do passado, observando de suas varandas o trabalho escravo em suas terras e, ao fundo, o oceano azul e as ilhas de países rivais (Saba e Sint Eustatius eram holandesas). Almoçamos um bufe de comidas típicas, muita salada, carnes e temperos gostosos. Muito jóia!

Quarto feito nas ruínas de um antigo moinho, na Rawlins Plantation, na ilha de St. Kitts - Caribe

Quarto feito nas ruínas de um antigo moinho, na Rawlins Plantation, na ilha de St. Kitts - Caribe


Revigorados pela inspiradora refeição, seguimos para a principal atração do looping na ilha, a enorme fortaleza de Brimstone Hill. Uma das maiores da região, era conhecida como a "Gibraltar do Caribe", de tão vasta. Construída sobre um grande promotório, chegava a acomodar mais de 800 soldados! Mesmo assim, não resistiu a um grande cerco francês, no final do séc XVIII.

Canhões da gigantesca fortaleza de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe

Canhões da gigantesca fortaleza de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe


A fortaleza é o único patrimônio da Unesco nessas ilhas e está muito bem restaurada. Tem até a foto da rainha, chique como sempre, reabrindo-a, dpois de um grande período de abandono. As vistas lá de cima são absolutamente sublimes e nos proporcionaram um fim de tarde memorável. Também há um museu que nos mostra como era dura a vida dos soldados por lá, além de painéis informativos sobre a história da ilha.

A fortaleza de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts. Considerada a Gibraltar do Caribe

A fortaleza de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts. Considerada a Gibraltar do Caribe


Com a gostosa sensação de dever cumprido, voltamos para o hotel. Amanhã, subiremos no vulcão, o primeiro na nossa jornada de 1000 dias pelo continente. Já não era sem tempo! Depois, no meio da tarde, embarcamos para a vizinha Nevis, em busca de paz e tranquilidade. Amén!

A bela vista do alto de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe

A bela vista do alto de Brimstone Hill, na ilha de St. Kitts - Caribe

Saint Kitts E Neves, Basseterre, Rawlins Plantation, Brimstone Hill, Black Rock, Saint Kitts, Saint Kitts E Nevis

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O Leste do País e a História Moderna da Islândia

Islândia, Breidalsvík, Myvatn

Visitando as fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Visitando as fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Acordamos meio preguiçosos na pequena Breiðdalsvík, na costa leste da Islândia, entre montanhas e um fiorde de cor azul profunda. O ar, como sempre, é gelado, mas a luz do sol ajuda a esquentar, assim como o café da manhã. O dia está mais ensolarado do que nunca e não podemos nos dar ao luxo de ceder à nossa preguiça. Ainda temos meio país pela frente e poucos dias até nosso voo de volta aos Estados Unidos. Então, de volta ao carro e à estrada!

Nosso hotel em Breidalsvík, no leste da Islândia

Nosso hotel em Breidalsvík, no leste da Islândia


Optamos pela estrada da costa, ao invés da ring road que segue pelo interior, cortando caminho. Queríamos estar, pelo menos durante mais alguns tempo, perto dos fiordes que caracterizam todo esse lado do país. Principalmente num dia lindo como hoje.

Percorrendo os fiordes no leste da Islândia

Percorrendo os fiordes no leste da Islândia


Percorrendo os fiordes no leste da Islândia

Percorrendo os fiordes no leste da Islândia


Assim, pela próxima hora, fomos dirigindo ao lado do mar, passando por cidades pitorescas e tirando nossas fotos. Passamos até por um monumento homenageando um dos primeiros missionários no país, em um local bem fotogênico. O país tem uma história muito interessante, mas vou deixar para contar sobre os primeiros séculos de ocupação humana da Islândia quando voltarmos a Reykjavik, em cujo entorno estão os principais pontos históricos da ilha, como o primeiro parlamento do mundo.

Breidalsvík, no leste da Islândia

Breidalsvík, no leste da Islândia


Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia

Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia


Bom, deixo a história antiga para depois, mas adianto a história moderna, fazendo uma inversão cronológica. Dirigir por esses enormes espaços e paisagens sempre nos faz pensar e refletir, e temos lido muito sobre esse país nos últimos dias. A Islândia foi ocupada pelos vikings e nasceu independente. Foi só no seu terceiro século de existência que ela se associou à Noruega, já no séc. XIII. Duzentos anos mais tarde, foi a vez da Noruega se associar à Dinamarca e a Islândia foi de brinde. Essa união de Noruega e Dinamarca durou até 1814, quando o fim das guerras napoleônicas redesenhou as fronteiras da Europa pelos próximos 100 anos. A Noruega ganhou sua independência, mas a Islândia permaneceu ligada à Dinamarca, pelo menos até o fim da 1ª Guerra Mundial, em 1918.

Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia

Dia ensolarado nos fiordes do leste da Islândia


Deve estar agradecendo a incrível beleza dos fiordes no leste da Islândia

Deve estar agradecendo a incrível beleza dos fiordes no leste da Islândia


Foi quando foi assinado um acordo entre os dois povos. A partir desse ano, e pelos próximos 25 anos, seriam dois países independentes, mas com o rei da Dinamarca reinando sobre ambos e cuidando da política externa dos dois países. Ou seja, a Islândia cuidaria dos assuntos na própria ilha, mas não teria embaixadas espalhadas pelo mundo. Pelo menos até 1944, quando o acordo deveria ser renovado.

Início das highlands islandesas, no nordeste do país

Início das highlands islandesas, no nordeste do país


Pois é, mas antes disso, já na 2ª Guerra, em 1940, Hitler invadiu e conquistou a Dinamarca em apenas um dia, em 9 de Abril de 1940. A Islândia, mais do que rapidamente, não só declarou que era ligada apenas ao Rei Dinamarquês e a ninguém mais do que ele, como se disse neutra naquela guerra. Mas a neutralidade não durou muito. Um mês mais tarde, temendo que os alemães chegassem à ilha, os ingleses se anteciparam e invadiram a Islândia, conquistando-a sem maiores problemas. Afinal, a última vez que o país tinha tido um exército foi quinhentos anos antes! Os ingleses permaneceram por lá apenas até Junho de 41, quando repassaram a ilha à tutela dos Estados Unidos. Isso antes desse país ser atacado pelos japoneses e entrar na guerra. Eram os americanos que estavam no comando quando chegou o ano de 1944, data para rever aquele antigo tratado que ainda ligava a ilha à Dinamarca. Como esse país ainda estava sob ocupação nazista, dá até para imaginar o resultado da consulta popular que foi feita, não é? Mais de 90% da população votou pela instalação da república e pela independência total da Dinamarca.

Início das highlands islandesas, no nordeste do país

Início das highlands islandesas, no nordeste do país


Início das highlands islandesas, no nordeste do país

Início das highlands islandesas, no nordeste do país


E assim continua até hoje. Os americanos se foram logo depois da 2ª Guerra, mas voltaram alguns anos mais tarde, já no contexto da Guerra Fria. Dessa vez, apenas para ocupar algumas bases militares, já que a Islândia era (e é!) membro da OTAN. Ficaram até 2006 e hoje o país vive muito bem sem forças estrangeiras ou exército próprio em seu território. Um exemplo de paz a ser seguido.



E a paz realmente reina por aqui, principalmente desse lado do país onde quase não vive ninguém. Depois de reencontrarmos a Ring Road e seguirmos para o interior, passamos por pequenas estradas que dão acesso às highlands, como é chamado o vasto interior do país, região quase que completamente desabitada. Infelizmente, para nós, é território proibido. Isso porque as companhias de carro não permitem que exploremos essa área, pelo estado das estradas e dificuldade de se conseguir ajuda. Para lá, só com carros tracionados e no verão. Uma pena, pois parece que a paisagem é ainda mais fantástica lá encima. A gente chegou a se aventurar alguns quilômetros em uma estrada de terra, mas só até um mirante. Ali, uma outra placa nos advertia que não deveríamos continuar. Então, de volta ao asfalto...

Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Já bem perto do nosso destino final no dia de hoje, a região de Myvatn, fizemos uma última parada. Dessa vez, em uma região de fontes termais, diversas pequenas lagoas de água tão quente que chegava a borbulhar. Ou então, montes de areia de onde jorravam nuvens espessas de vapor. Uma paisagem realmente pitoresca, no meio do nada, indicativo forte da intensa atividade geológica que ocorre embaixo dessa ilha. Esse é outro assunto que vou tratar quando voltarmos a Reykjavik, mas não podemos nos esquecer que a Islândia se localiza justamente sobre o ponto de encontro entre as placas tectônicas da América e da Europa, que estão se separando. Por isso, tantos vulcões, geisers e lagos de água fervente.

Esquentando a mão no vapor quente que sai de fonte termal em Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Esquentando a mão no vapor quente que sai de fonte termal em Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Muito vapor e água borbulhante nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Muito vapor e água borbulhante nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Falando nisso, encontramos um enorme lago de águas azuis e esfumaçantes um pouco mais adiante. O dia estava bem frio e a tentação de um mergulho era grande. Mas uma placa não deixava dúvidas: a não ser que quiséssemos ser cozinhados, nada de banho naquele lugar. Acho que nunca tinha visto um lago tão grande como esse só de água quente. É.... estamos mesmo na Islândia!

Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia

Encoberta pelo vapor gerado nas fontes termais de Hverir, região de Myvatn, no nordeste da Islândia


De tão quente, está proibido nadar nesse lago em Myvatn, no nordeste da Islândia

De tão quente, está proibido nadar nesse lago em Myvatn, no nordeste da Islândia


Por fim, chegamos a Myvatn. Achamos logo um hotelzinho e fomos procurar um lugar para comer. Acabamos encontrando uma fazenda que tinha seu próprio e delicioso restaurante. Aí, nos esbaldamos em carneiro defumado cru, saladas e tortas deliciosas de sobremesa. Tudo isso com vista para o lago que dá nome à região. Espetacular! E quem diz isso não sou apenas eu, mas o meu estômago, hehehe!

Fazenda e restaurante em Myvatn, no nordeste da Islândia

Fazenda e restaurante em Myvatn, no nordeste da Islândia


O lago termal de Myvatn, no nordeste da Islândia

O lago termal de Myvatn, no nordeste da Islândia

Islândia, Breidalsvík, Myvatn, Geiser, história

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Chegando à Região dos Lagos

Chile, Puerto Montt, Puerto Varas

O magnífico vulcão Osorno e o lago Llanquihue iluminados pela luz de fim de tarde, em Puerto Varas, no sul do Chile

O magnífico vulcão Osorno e o lago Llanquihue iluminados pela luz de fim de tarde, em Puerto Varas, no sul do Chile


Nossa balsa vinda da Ilha de Chiloé nos deixou no porto de Pargua de onde seguimos diretamente para Puerto Montt. Com 180 mil habitantes, Puerto Montt é disparado o maior centro urbano dessa região do Chile e quem visita Chiloé ou a Região dos Lagos certamente passará algum tempo por aqui. Mas não muito, já que ela é apenas um grande porto e hub de transportes locais. Para nós que viemos com nosso próprio meio de locomoção, a Fiona, essa passagem pôde ser bem rápida. Uns vintes minutos para atravessar a cidade quando chegamos da Carretera Austral e outros 15 minutos hoje, quando seguimos diretamente para a muito mais interessante Puerto Varas.



Apenas 20 quilômetros separam as duas cidades, mas há um mundo de diferenças entre elas. A começar pelo tamanho, já que a população de Puerto Varas não chega aos 40 mil habitantes. A cidade está às margens do segundo maior lago do Chile, o Llanquihue e é difícil imaginar um cenário mais bonito para uma cidade estar. Isso porque, quase do outro lado do lago está o majestoso vulcão Osorno, com sua forma cônica quase perfeita, cume eternamente coberto de neve e imagem refletida nas águas do lago. Parece um cenário de cinema, um grande outdoor. Nossos olhos não querem acreditar naquela beleza toda, mas sim, é tudo de verdade!

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno ao fundo, em Puerto Varas, no sul do Chile

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno ao fundo, em Puerto Varas, no sul do Chile


Não por menos, o turismo vem se desenvolvendo muito em todo o entorno do lago, em cidades como Frutillar, Puerto Octay e na própria Puerto Varas. Mas ao contrário de Pucón, tomada pelo turismo de pacote de grandes grupos, Puerto Varas conseguiu se manter mais verdadeira e tranquila, destino predileto de viajantes independentes no sul do país.

O magnífico vulcão Osorno e o lago Llanquihue, em Puerto Varas, no sul do Chile

O magnífico vulcão Osorno e o lago Llanquihue, em Puerto Varas, no sul do Chile


Nós encontramos lugar em um hostel bem descolado, o Casa Azul, e logo fomos para a orla do lago acompanhar o espetáculo que se desenrolava. O Llanquihue tem 860 km2, mais de 350 metros de profundidade e formato de leque. É mais uma herança das eras glaciais e o estudo de seu contorno e seu leito mostrou que os glaciares chegavam até aqui, permanecendo a área a leste do lago coberta por florestas. Tanta importância teve no estudo sobre o avanço e retrocesso do gelo nessa região que seu nome foi dado à última era glacial na América do Sul, há cerca de 15 mil anos.

A cidade de Puerto Varas, no sul do Chile, às margens do lago Llanquihue

A cidade de Puerto Varas, no sul do Chile, às margens do lago Llanquihue


Praia do lago Llanquihue, em Puerto Varas, no sul do Chile

Praia do lago Llanquihue, em Puerto Varas, no sul do Chile


Pois bem, de frente às águas excepcionalmente azuis desse lago, assistimos às últimas luzes do dia iluminar o vulcão Osorno, à nossa frente. Com mais de 2.600 metros de altitude, ele domina completamente o horizonte. Parece saído de um desenho animado, tamanha a perfeição de sua forma e desenho. Ainda mais iluminado pela sol que se punha. Quando finalmente a noite caiu, outro espetáculo: agora era a lua, quase cheia, que iluminava aquela paisagem dos sonhos.

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno ao fundo, em Puerto Varas, no sul do Chile

O lago Llanquihue e o vulcão Osorno ao fundo, em Puerto Varas, no sul do Chile


Não poderíamos ter começado melhor nossa exploração dessa que é considerada uma das mais belas regiões do país, a “Região dos Lagos”. Amanhã daremos a volta no Llanquihue, visitando as principais atrações do seu entorno, como Frutillar, Petrohué e o próprio vulcão Osorno. No final da tarde, já seguimos para Pucón, onde vamos encontrar meu primo Haroldo. Infelizmente, vamos perder sua prova de triatlo, a ser disputada durante o dia de amanhã, mas será por um bom motivo. Mas no dia seguinte já estamos combinados de subir juntos outro vulcão, tão famoso como o Osorno, o Villarrica. O mesmo que subimos juntos há 22 anos! Vai ser bem interessante!

Lua quase cheia nos céus de Puerto Varas, no sul do Chile

Lua quase cheia nos céus de Puerto Varas, no sul do Chile


Bom, para celebrar esse espetáculo que assistimos no final da tarde e desejar boa sorte ao Haroldo na prova de amanhã, encontramos uma deliciosa churrascaria aqui em Puerto Varas. Foi um banquete, como há muito não comíamos. Agora, só falta uma longa e merecida noite de sono e estaremos prontos para os dias intensos que nos esperam aqui na Região dos Lagos!

O céu se pinta de violeta sobre o vulcão Osorno, na incrível imagem de fim de tarde em Puerto Varas, no sul do Chile

O céu se pinta de violeta sobre o vulcão Osorno, na incrível imagem de fim de tarde em Puerto Varas, no sul do Chile

Chile, Puerto Montt, Puerto Varas, Lago, Llanquihue, Osorno, vulcão

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Enfim, Rumo ao Panamá!

Colômbia, Cartagena

Feliz com o início da viagem de veleiro de Cartagena, na Colômbia, até o Panamá

Feliz com o início da viagem de veleiro de Cartagena, na Colômbia, até o Panamá


Logo cedinho, lá estava o Patrício, meu amigo argentino, no lobby do meu hotel. Juntos compartimos um táxi para o porto da Contecar, a uns 15 km da cidade, local onde nossos carros já estão desde o dia 17 tentando embarcar para o Panamá. Com a inspeção anti-narcóticos marcada para as oito da manhã, a gente esperava firmemente que seria nossa última "visita" ao porto.

Pátio de carros no porto Contecar, em Cartagena, na Colômbia

Pátio de carros no porto Contecar, em Cartagena, na Colômbia


Só para aumentar um pouco a tensão, o site da Walenius, a companhia de navios que fará nosso transporte, estava fora do ar há 24 horas. Assim, não tinha como eu saber se o navio Aida tinha se atrasado mais uma vez ou não... Isso descobrimos ao falar com a polícia no porto. Ele não estava atrasado e a inspeção ocorreria! Viva!!! Mesmo apesar de sermos informados que teríamos de esperar umas duas horas para o início dela, já que os policiais estavam ocupados com outra inspeção, estavamos muito contentes.

A Fiona e La Chancha Viajera prontas para a inspeção antinarcóticos no porto da Contecar, em Cartagena, na Colômbia

A Fiona e La Chancha Viajera prontas para a inspeção antinarcóticos no porto da Contecar, em Cartagena, na Colômbia


Mas, meia hora depois, enquanto aguardávamos resignados na cafeteria, dois policiais apareceram e nos disseram que poderíamos começar já. Dito e feito! Fomos levados ao pátio onde nossos carros já nos aguardavam há 4 dias, levamo-os para uma área onde havia uma pequena sombra (o sol estava de matar!) e começamos a retirar toda a bagagem de dentro. Os policiais foram muito simpáticos mas não deram moleza não. Até um pneu tivemos de tirar dos carros, para passar pelo scanner.

O argentino Patricio e a simpática cadela que fez a inspeção antidrogas nos nossos carros, em Cartagena, na Colômbia

O argentino Patricio e a simpática cadela que fez a inspeção antidrogas nos nossos carros, em Cartagena, na Colômbia


Para complicar um pouco, o tempo mudou de sol para chuva e corremos para tampar nossa bagagens expostas com lona. Foi em nessa hora que chegou a simpática cadela para procurar drogas nas nossas bagagens e carros. Obviamente ela não encontrou nada (será que alguém é estúpido o bastante para tentar levar drogas daqui no carro?) e pudemos, com o arrefecimento da chuva, guaradr tudo novamente em seus lugares. Recebemos nossa documentação para o embarque do carro e, finalmente, a Fiona e a La Chancha Viajera (o carro do Patrício) estavam "listas" para seguir ao Panamá. Aleluia!!!

Prontos e felizes (eu e o argentino Patricio) depois da inspeção antinarcóticos em Cartagena, na Colômbia

Prontos e felizes (eu e o argentino Patricio) depois da inspeção antinarcóticos em Cartagena, na Colômbia


Bom, tudo certo para a Fiona, faltava agora eu e a Ana. Voltamos para a cidade, me despedi do grande Patrício (que segue com sua esposa para o Panamá em dois dias) e fui me encontrar com a Ana. Ligamos para o Marc, o capitão do nosso veleiro, e confirmamos nossa partida. Teríamos de estar na marina logo depois das quatro da tarde.

O pier da marina de Cartagena, na Colômbia, de onde saiu nosso veleiro para o Panamá

O pier da marina de Cartagena, na Colômbia, de onde saiu nosso veleiro para o Panamá


Aí, aproveitamos as horas restantes para trabalhar um pouco no ar condicionado do hotel, onde pudemos ficar até o fim da tarde. O gerente do Hotel Lee, o espanhol Luis, ficou muito nosso amigo. Enfim, depois de um último e tardio almoço, chegamos meio atrasados na marina. Ali já estavam todos os outros passageiros, os australianos figuraças Ben e Alex, o alemão Andy e o espanhol Johan, e também a "tripulação, o nosso capitão catalão Marc e sua ajudante colombiana Glória.

Os passageiros são levados para o veleiro que nos levará ao Panamá (na marina de Cartagena, na Colômbia)

Os passageiros são levados para o veleiro que nos levará ao Panamá (na marina de Cartagena, na Colômbia)


Adeus à Cartagena, na Colômbia. Próxima parada: Arquipélago de San Blás, no Panamá

Adeus à Cartagena, na Colômbia. Próxima parada: Arquipélago de San Blás, no Panamá


Levamos toda nossa bagagem de bote ao Lycka, nossa casa pelos próximos cinco dias e partimos no finalzinho da tarde. Foi muito emocionante deixar Cartagena para trás, depois de todos esses dias e desse trabalhão todo. Agora, cinco dias de tranquilidade total nos esperam, se São Pedro ajudar. Na verdade, primeiro temos de navegar por 40 horas em mar aberto, pouco mais de 300 km até o arquipélago de San Blás, já na costa panamenha. Aí sim a seção de relaxamento começa, três dias vagando (e vagabundeando) nessas ilhas paradisíacas. Ufff, acho que a gente merece!

Já embarcado no veleiro, deixando Cartagena, na Colômbia, rumo ao Panamá!

Já embarcado no veleiro, deixando Cartagena, na Colômbia, rumo ao Panamá!

Colômbia, Cartagena, barco

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San Blás

Panamá, San Blás

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


O arquipélago de San Blás é formado por quase 400 pequenas ilhas, pouco mais de 10% delas habitadas por indígenas da etnia Kuna. Está localizado na costa norte (caribenha) do Panamá, a cerca de 100 km à leste de Colón, a cidade que fica na saída do Canal do Panamá. Ou seja, fica na parte do istmo entre Colón e a Colômbia.

Acordando no paraíso de San Blás, na costa do Panamá

Acordando no paraíso de San Blás, na costa do Panamá


As ilhas são realmente pequenas e, na maioria delas, pode-se dar a volta à pé em poucos minutos. Seus habitantes, os Kunas, não chegaram lá há muito tempo, em termos históricos. Espremidos entre os invasores espanhóis vindos do oriente e tribos rivais armadas com venenos mortais vindas da Colômbia, preferiram se refugiar neste arquipélago. Desde então, adaptaram-se a uma vida simples, mas orgulhosa de sua cultura, preservando seu modo de viver através dos séculos, mesmo com o contato cada vez mais frequente com a cultura ocidental. Hoje, formam uma comunidade semi-autônoma, senhores de suas ilhas e da sua sociedade.

Índias Kuna se aproximam do nosso veleiro para vender artesanato, em San Blás, na costa do Panamá

Índias Kuna se aproximam do nosso veleiro para vender artesanato, em San Blás, na costa do Panamá


Índia Kuna, representante da tribo que há séculos habita San Blás, na costa do Panamá

Índia Kuna, representante da tribo que há séculos habita San Blás, na costa do Panamá


As ilhas são sempre repletas de coqueiros e cercadas por águas tranquilas, esverdeadas e transparentes. As praias são de areia branca e fina. O cenário é absolutamente paradisíaco, aquela imagem clichê que temos todos em nossas mentes de como seria a ilha perfeita. Pois é, afinal, quem aqui chega descobre que a tal imagem clichê existe de verdade!

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá

Muito sol e mar esverdeado no nosso segundo dia no arquipélago de San Blás, na costa do Panamá


Uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Neste paraíso passamos esses últimos dois dias, navegando entre as pequenas ilhas. Navegações curtas e muitos mergulhos nas águas tépidas para nos referscar do sol que São Pedro nos enviou. A nossa principal diversão era fazer snorkel pelas "redondezas", descobrir a vida marinha e bater recordes de profundidade (estava sempre com meu computador de mergulho!). Consegui chegar aos 18 metros sem pé de pato e só não fui mais fundo porque essa foi a maior profundidade que encontramos. A Ana também estava indo fundo, mas uma inflamação no ouvido não deixou que ela praticasse tanto, infelizmente.

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Pelo menos nos locais onde estivemos ancorados, não havia muita riqueza de corais. Apenas no naufrágio, nossa última parada em San Blás. Um grande barco afundado em profundidades de no máximo 5 metros, o sonho dos praticantes de snorkel. É possível passar por seus corredores, examinar antigas estantes, portas e janelas e, aí sim, observar a abundância de corais de diversas cores, formas e consistências.

Uma arraia durante snorkel em San Blás, na costa do Panamá

Uma arraia durante snorkel em San Blás, na costa do Panamá


O coral cérebro, durante snorkel em barco afundado em San Blás, na costa do Panamá

O coral cérebro, durante snorkel em barco afundado em San Blás, na costa do Panamá


Foi também aí por perto que mais vimos vida animal. Um cardume de lulas do tamanho de camarões grandes, muitos peixes coloridos, uma arraia dorminhoca e até uma cobra marinha, algo que eu nem sabia que existia por aqui.

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá

Explorando barco afundado em uma das ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Encontro fortuito com a brasileira Dana, que está morando e trabalhando em San Blás, na costa do Panamá

Encontro fortuito com a brasileira Dana, que está morando e trabalhando em San Blás, na costa do Panamá


Outro fato curioso (êta mundo pequeno!) foi termos encontrado, no nosso segundo ponto de ancoragem, uma amiga da Ana via internet e facebook. Foi a Dana, uma brasileira casada com um espanhol que há dois anos mora e trabalha por aqui, no barco do casal. Eles fazem charter pelo arquipélago. Um motorista traz o casal afortunado diretamente da Cidade do Panamá para um porto aqui perto e, por alguns dias, velejam por essas ilhas paradisíacas. Já não bastasse todo esse mimo, a Dana ainda é cozinheira profissional. Enfim, é uma semana de rei para os clientes, que chegam à san Blás sem a parte "chata" da navegação de 40 horas em mar aberto desde Cartagena.

O 'ritual' de entrada no mar durante nossa estadia nas ilhas de San Blás, na costa do Panamá

O "ritual" de entrada no mar durante nossa estadia nas ilhas de San Blás, na costa do Panamá


Nosso cotidiano era nadar e mergulhar bastante e voltar para o barco para as refeições ou em busca de um pouco de sombra. Nadar até as ilhas, caminhar um pouco e tentar encontrar algum coco. No final da tarde, banho de shampoo e água do mar. Dormir cedo e acordar cedo.

Tomando banho de shampoo no fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá

Tomando banho de shampoo no fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá


Bom, aí está chegando a hora de seguir em frente. Vamos navegar por toda essa noite para chegar em Portobelo, já no continente, pela manhã. Ao final, terão sido quase 450 km de navegação. É lá que faremos a imigração e seguiremos diretamente para Colón para tentar desembaraçar a Fiona antes do fim de semana. Depois de tanta vida boa, um pouco de stress para variar...

Belo fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá

Belo fim de tarde em San Blás, na costa do Panamá

Panamá, San Blás, barco, ilha, Mergulho

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Everglades e o Nosso Aniversário

Estados Unidos, Flórida, Orlando, Everglades

Jacaré se esquenta ao sol no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Jacaré se esquenta ao sol no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Ontem, dia 8 de Maio, depois de 13 dias viajando pelos paraísos árticos da Islândia e Groelândia, retornamos aos Estados Unidos. A viagem pelas duas ilhas foi maravilhosa, temos muitas histórias para contar e centenas de fotos para mostrar. Com certeza, nesses 700 e poucos dias de jornada, esses foram os dias mais “exóticos” até agora. Tão boa e intensa tem sido a viagem nesses últimos tempos que os relatos nos blogs ficaram completamente defasados e não temos conseguido nos “recuperar”. Então, vamos tentar uma nova tática agora: começo a escrever já sobre nosso retorno aos Estados Unidos e, em paralelo, vou postando fotos e posts da nossa passagem por Groelândia e Islândia. Os posts dos EUA, mais recentes, saem aqui nas caixas de chamada dos blogs, enquanto os da Groelândia e Islândia, cronologicamente mais antigos, receberão chamadas no quadro principal da nossa Home. Quem sabe, com muito trabalho, até partirmos para o Caribe dia 28 desse mês, já esteja tudo acertado. Quem sabe...

Região pantanosa no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Região pantanosa no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Por causa da diferença de fuso horário, saímos de Reykjavik, na Islândia, no fim da tarde e chegamos aqui em Orlando, na Flórida, no início da noite do mesmo dia. Uma viagem de sete horas que acaba demorando apenas três! Chegamos no tranquilíssimo aeroporto internacional de Sanford e lá estava nossa queridíssima e fiel Fiona nos esperando. Acho que ela ficou meio de bode que não a levamos para conhecer o ártico, mas acabou entendendo. Ainda tivemos forças para viajar mais um pouco, cruzar Orlando no nosso caminho para o sul da Flórida e dormir num desses hotéis de rede que existem às centenas, nas estradas americanas.

Paisagem típica do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Paisagem típica do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Hoje cedo, dia 9, começamos cedo a longa programação. Hoje é uma data muito importante para o casal. Estamos comemorando 3 anos de casamento, mais de dois deles na estrada. Valeram por 10, na convivência e na experiência conjunta, 24 horas por dia juntos, passando pelas mais incríveis situações, as mais belas paisagens, conhecendo culturas e pessoas diferentes todos os dias. Enfim, três anos maravilhosos!

Jacaré nada em rio do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Jacaré nada em rio do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Por uma incrível coincidência, o aniversário vai ser comemorado na mesma cidade e na mesma companhia do aniversário de um ano de casados, em 2010. Pois é, estávamos em Miami, retornando da primeira viagem ao Caribe, em 09 de Maio daquele ano, jantando com o Marcelo e a Su. Hoje, vamos repetir a dose!

Rio repleto de jacarés no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Rio repleto de jacarés no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Mas antes de chegar lá, tínhamos outro “compromisso”: passar por um dos mais famosos parques nacionais americanos, o Everglades. O parque ocupa toda a ponta sul da península da Flórida e é o correspondente americano do nosso Pantanal Matogrossense.

Pássaro se seca no sol forte do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Pássaro se seca no sol forte do Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Na verdade, mais do que um “pantanal”, o Everglades é um gigantesco rio em lento movimento. Desde o lago Okeeshobee, as águas se dirigem para o sul num percurso de 160 km com quase 100 km de largura. Essa gigantesca planície tem poucos metros de altitude e também pouquíssima profundidade. Enfim, boa parte está alagada e coberta por vegetação. Não é a toa que é conhecida como um “rio de grama”. Conforme as águas se afastam do lago e se aproximam do mar, a influência do oceano salgado vai aumentando e o que era pântano vai se transformando em mangue.

Visitando o Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Visitando o Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


A aparência lembra muito o nosso pantanal, principalmente na flora. Mas também na fauna, com as dezenas de espécies de pássaros e a facilidade em se avistar jacarés. Uma estrada corta a região de leste à oeste e basta parar no acostamento para se avistar os répteis, ou se aquecendo ao sol ou se refrescando nas águas. Uma das melhores opções para se ver o parque é naqueles barcos com um enorme “ventilador” na popa. São os aerobarcos, especialistas em deslizar sobre águas rasas e grama alagada.

[Epoca de flores no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

[Epoca de flores no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Mas a gente, com pouco tempo, acabou optando por percorrer uma estrada que sai da periferia de Miami e segue para sudoeste, para o coração do parque. Ali, passamos por vários dos diferentes ecossistemas do parque, caminhamos por passarelas que nos levam ao meio do terreno pantanoso com todo o conforto e temos a oportunidade de admirar essa bela região. Não podia contrastar mais com as paisagens que vimos nas duas últimas semanas, nas regiões árticas.

Filhote de jacaré caminha tranquilamente no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos

Filhote de jacaré caminha tranquilamente no Parque Nacional Everglades, no sul da Flórida, nos Estados Unidos


Foram pouco mais de duas horas de explorações que serviram para nos dar um gostinho do parque. Mas infelizmente, ou felizmente, tínhamos uma celebração com hora marcada em Miami. E estava chegando a hora... Assim, deixamos os jacarés para trás e rumamos para a casa do Marcelo para cumprir uma promessa de dois anos atrás: retornar à sua casa dirigindo nosso carro brasileiro!


Nosso roteiro Orlando-Everglades-Key Biscayne

Estados Unidos, Flórida, Orlando, Everglades, Bichos, Everglades, Parque

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De Volta para Casa

Hawaii, Kauai-Kalalau

Admirando o oceano na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Admirando o oceano na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Acordamos hoje com aquela vontade de passar mais um dia por ali, apenas curtindo as belezas e o clima do Kalalau. Mas nossa comida já estava no fim, assim como uma intensa programação nos chamava adiante. Para uma próxima vez, certamente planejaremos mais dias por aqui.

Corridinha básica na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Corridinha básica na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Hoje, o mar estava mais tranquilo em Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Hoje, o mar estava mais tranquilo em Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Barracas desmontadas, tudo nas mochilas, fomos aproveitar uma última vez aquela praia maravilhosa. Corridinha na areia e até um mergulho. O mar já estava bem mais tranquilo hoje. Ainda eram poucos os que entravam, mas eu estava entre os felizardos. Uma delícia!

Início do caminho de volta de Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Início do caminho de volta de Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Em seguida, pé na trilha! O dia estava ensolarado hoje. Mais uma boa lembrança para levar daqui. Depois de cruzarmos o primeiro rio, subimos uma enorme ladeira. É onde o suor e o cansaço aparecem pela primeira vez, apenas a primeira das onze milhas a caminhar. Mas a recompensa é, lá do alto, poder admirar a praia pela vez derradeira.

A enorme ladeira no início da trilha de volta do Kalalau, na Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí

A enorme ladeira no início da trilha de volta do Kalalau, na Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí


Despedida da maravilhosa praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Despedida da maravilhosa praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Depois, foi seguir pela trilha estreita, serpenteando entre os penhascos nossos velhos conhecidos. Quando já se conhece o caminho, tudo muda de figura. Agora, já sabemos o que esperar depois da próxima curva, depois do próximo morro. Mentalmente, para vencer o calor e o cansaço, imaginamos o próximo ponto conhecido, um mirante ou um riacho, e para lá seguimos, ao mesmo tempo concentrados e curtindo a beleza a nossa volta.

Percorrendo a trilha entre os penhascos da Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Percorrendo a trilha entre os penhascos da Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


A maravilhosa Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

A maravilhosa Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Outra vez, segui na frente. Meu objetivo maior era a metade do caminho. O rio que ali existe prometia alguma surpresa. Na vinda, já do alto, por entre as folhagens, avistei algo que se parecia com uma grande piscina natural. Na pressa que estávamos, não tive tempo de investigar. Tinha deixado para a volta. A volta chegou.

Em meio às encostas da na Na'Pali Coast, onde está Wally? (costa norte do Kauai, no Havaí)

Em meio às encostas da na Na'Pali Coast, onde está Wally? (costa norte do Kauai, no Havaí)


A Ana quase desaparece na grandiosa paisagem ao longo da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí

A Ana quase desaparece na grandiosa paisagem ao longo da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí


Assim, lá cheguei, deixei a mochila no ponto onde a trilha cruza o rio sobre pedras e segui o curso dele para baixo, cheio de esperanças. Dito e feito! Bastaram dois minutos numa trilha mais rústica e cheguei à tal piscina. De bônus, uma pequena cachoeira e até uma corda pendurada, em formato de cipó. Pronto, tinha achado meu lugar! Segundos depois já estava dentro d’água, o suor da pele sendo substituído pelo frescor da água.

Diversão com um cipó em piscina natural na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Diversão com um cipó em piscina natural na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Pausa para um mergulho na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Pausa para um mergulho na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Não demorou muito e chegavam a Ana, o Rafa e a Laura. Minha mochila atravessada na trilha tinha sido a dica para o desvio. Agora, éramos os quatro na água, aproveitando mais esse segredo do Kalalau. Brincadeiras com o cipó e massagem gratuita na cachoeira foram a melhor quebra possível na trilha de 11 milhas.

Um banho merecido e revitalizante na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Um banho merecido e revitalizante na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Mergulho com direito à massagem, na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Mergulho com direito à massagem, na metade do caminho da trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Muitas subidas e descidas mais tarde, chegávamos à praia das duas milhas, até onde vão as pessoas que só vem passar o dia. Apesar do mar mais calmo, ninguém no mar. Também, com a placa deixada lá “aconselhando” que ninguém se atreva, fica todo mundo na areia mesmo.

Placa alerta e exagera no intuito de evitar que turistas incautos entrem no mar da Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí

Placa alerta e exagera no intuito de evitar que turistas incautos entrem no mar da Na'Pali Coast, na costa norte de Kauai, no Havaí


Por fim, esses últimos três quilômetros. Na vinda, pareceram mais fáceis. Agora, com outras nove milhas nas costas, a mochila parecia muito mais pesada e as subidas muito mais íngremes. Ilusão ótica? Vai saber... Só sei que foi dureza!

Chegando à praia das duas milhas, na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Chegando à praia das duas milhas, na trilha do Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Cheguei, encontrei amigos feitos no dia anterior, pedi que olhassem minha mochila e dei aquela corrida gostosa para soltar os músculos. Um quilômetro até o carro e depois, ar condicionado à toda força, de volta para a cabeceira da trilha, onde os companheiros estavam por chegar.

Fim (ou início) da trilha do Kalalau, de volta à civilização, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Fim (ou início) da trilha do Kalalau, de volta à civilização, na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí


Ainda tivemos tempo para um delicioso banho de chuveiro, ali mesmo. Como todo parque americano, um show de infraestrutura e essa inclui até chuveiros. Estão ali para atender o pessoal que pega praia ali mesmo. A Ana ainda foi até lá, para tomar um banho de água salgada antes da água doce. Começava a escurecer, os músculos doíam e o Kalalau tinha mesmo ficado para trás. Não no espírito! Mas nossos corpos, esses precisavam e queriam voltar para casa, para uma cama, para um lençol limpo e cheiroso.

Fim de tarde glorioso na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Fim de tarde glorioso na Na'Pali Coast, costa norte do Kauai, no Havaí

Hawaii, Kauai-Kalalau, cachoeira, Kalalau, Kauai, Parque, trilha

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De Volta à Arraial do Cabo

Brasil, Rio De Janeiro, Búzios, Arraial do Cabo

Entrando no mar na Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Entrando no mar na Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ


Ano passado, um mês antes de casarmos, ainda no mês de Abril, um primo se "antecipou" a mim e se casou antes, em Araruama. Eu e a Ana aproveitamos o grande evento e resolvemos dar uma "esticada" até Arraial do Cabo. Nosso intuito era mergulhar pois a cidade é famosa por isso. Acabou que o mergulho foi meia boca, mas nós acabamos nos apaixonando por algumas praias daqui e pela cor de suas águas. De tudo o que conheço no Brasil, é o que temos mais próximo do Caribe. Em alguns pontos, água bem azul, quase de neón. Da mesma cor que víamos do avião, voando de uma ilha caribenha para outra.

Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ


Bom, gostamos tanto das praias que resolvemos voltar. Estando tão perto, aqui em Búzios, cerca de uma hora de carro nos trouxe, através de Cabo Frio, até Arraial do Cabo. Em Arraial, direto para a Ponta do Atalaia, uma grande península que quase encosta numa ilha distante, também chamada de Cabo Frio. Quase na ponta da ponta está a linda praia que nos fez voltar: a Prainha do Atalaia. Areias branquíssimas no pé de uma encosta pouco acessível. Uma esburacada estrada de terra leva até a parte alta da encosta e uma trilha desce a ribanceira. O praia mais que compensa o esforço! As águas são verde claras e, ao longe, pode-se ver faixas de mar com cor do caribe. O porquê dessa mudança de cores, não sei. Só sei que o resultado é lindo!

Escunas lotadas de turistas argentinos, na Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Escunas lotadas de turistas argentinos, na Prainha do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ


Areias brancas, águas claríssimas, difícil acesso, tudo para ser um verdadeiro paraíso. Bem, quase. Na verdade, o acesso por terra pode ser difícil, mas por água não é não. Escunas trazem centenas de turistas, a maioria deles argentinos, para a praia. Eles chegam, passam uma meia hora na praia e são recolhidos novamente, em direção à próxima atração. Assim, a praia alterna momentos de idílica calmaria com momentos de correria, de botes carregando e descarregando turistas, de gritaria em castelhano. A população da praia variava de quatro ou cinco para cem pessoas, a cada meia hora. Os momentos com 4 pessoas compensaram todo o esforço, podem ter certeza!

Observando a ilha Cabo Frio da Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Observando a ilha Cabo Frio da Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ


De lá fomos passear na ponta da península, observar o pequeno canal que separa a península da ilha. Marzão lindo! Na verdade, dois marzões. De um lado para o outro do canal, ele muda completamente de cara. De um lado, uma baía, uma lagoa, cores inacreditáveis variando do verde para o azul. Do outro, o oceano de verdade, cor acizentada, cara de oceano mesmo. Tudo ali, ao alcance dos olhos. É só olhar para um lado e para o outro.

Visão de Arraial do Cabo - RJ

Visão de Arraial do Cabo - RJ


Na volta, paramos num restaurante com uma bela vista para a cidade. Pena que o porto esteja ali, enfeiando a cidade. Deve trazer seus empregos e movimento econômico, mas é feio para burro. No restaurante, camarão com catupiri. Um verdadeiro banquete para celebrar nossa volta à cidade. Delícia!

Linda flor em restaurante na Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Linda flor em restaurante na Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ


Acabamos nos empolgando por lá e voltamos mais tarde que o esperado para Búzios. O bom senso nos mandou dormir aqui mais uma noite e partir amanhã bem cedo para o Espírito Santo. Estamos tentando programar um mergulho em Guarapari e também subir o Pico da Bandeira, mas a chuva está embaçando! Vamos ver o que sai...

Feliz da vida, na Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

Feliz da vida, na Ponta do Atalaia, em Arraial do Cabo - RJ

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Todos ao Pico

Brasil, Minas Gerais, Aiuruoca

Pico do Papagaio visto da pousada no Vale do Matutu - MG

Pico do Papagaio visto da pousada no Vale do Matutu - MG


Mais um daqueles dias inesquecíveis (que pode ser que eu esqueça depois de ter mais três ou quatro dias inesquecíveis na próxima semana... Droga!). A caminhada até o Pico do Papagaio, principalmente se for feita num dia como hoje, ensolarado e com temperatura agradável, é maravilhosa!

Com o guia Miguel e a Aracélia no início da caminhada do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Com o guia Miguel e a Aracélia no início da caminhada do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Logo cedo já estavam aqui o Miguel, nosso guia de hoje e a Aracélia, moça de São Paulo que também está aproveitando esses dias para curtir o Matutu. E quem amanheceu na porta do nosso quarto foi o fiel Simbad, louco por outra caminhada. Enquanto seguimos de Fiona para o início da trilha, ele veio correndo atrás de nós. Até tentamos oferecer "carona" mas ele fez um ar de desprezo para o nosso carro e seguiu em disparada.

Árvore partida por um raio no Vale do Matutu - MG

Árvore partida por um raio no Vale do Matutu - MG


Observando a paisagem durante a caminhada ao Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Observando a paisagem durante a caminhada ao Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


A caminhada é subindo morro, através de pastos e florestas. O visual é incrível, o tempo todo. sem exagero! Passamos por cachoeiras escorrendo por paredões e por um poço de águas claras e absolutamente geladas (a mais fria até hoje na viagem!). Eu e a Ana enfrentamos bravamente. O acesso ao poço (Lago Azul é o nome) é mais fácil através de um pulo do barranco. Antes de colocar o pé na água, senão desiste!. A Ana demorou uns vinte minutos, entre orações e promessas. Mas foi, para admiração do Miguel e Aracélia, que só assistiram esses viajantes meio malucos.

Lago Azul, no caminho para o Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Lago Azul, no caminho para o Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Pouco mais de 4 horas de caminhada e vencemos os quase 800 metros de desnível para chegar ao Pico do Papagaio, com mais de 2.100 metros de altura. De lá é possível ver todo o vale e também os vales vizinhos. A Mandala e a Cachoeira do Fundo (que tem mais de 100 metros de altura!) ficam pequenininhos, lá embaixo. Bem ao longe, é ppossível ver as montanhas de Itatiaia, na fronteira com o Rio. Logo estaremos lá!

No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Vista do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Vista do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

No alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Mais uma vez, o Simbad nos acompanhou por toda a trilha. Sempre abrindo caminho e colocando as pobres vacas para correr!

com  o fiel Simbad no alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

com o fiel Simbad no alto do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Foi um dia maravilhoso e as fotos contam isso!

Cahoeiras Três Marias no Vale do Matutu - MG

Cahoeiras Três Marias no Vale do Matutu - MG


Abutres no final da descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Abutres no final da descida do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


Com o guia Miguel e a Aracélia no final da caminhada do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG

Com o guia Miguel e a Aracélia no final da caminhada do Pico do Papagaio no Vale do Matutu - MG


A única coisa chata foi que pretendíamos visitar a Marcinha hoje de noite mas ficamos sabendo que ela viajou para São Paulo, onde a avó está completando 100 anos!Uma pena não poder revê-la e agradecer novamente por toda a hospitalidade que ela nos brindou. Muito obrigado, Marcinha, de coração!

Brasil, Minas Gerais, Aiuruoca, cachoeira, Montanha, Pico do Papagaio, trilha, Vale do Matutu

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