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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Uma simpática e fotogênica fêmea de alce (uma "musa") se alimenta no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Resolvemos hoje não voltar até os tais lagos coloridos que havíamos “pulado” ontem, no final da tarde. Isso significaria retroceder no caminho e nós estávamos com a ideia de seguir em frente. Afinal, o frio está chegando e queremos chegar ao Alaska antes da neve. Além disso, o parque de Jasper tem muitas atrações para o norte também, já no sentido da nossa rota.
O rio Maligne River, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Assim, partimos de mala e cuia para o nosso último dia nesse longo caminho de parques nacionais, desde que saímos de Chicago. Foram cinco nos Estados Unidos e outros três aqui no Canadá, além de outras áreas de grande beleza natural, como Black Hills. A exceção em toda essa “natureza” foi a rápida passagem por Calgary. Agora, daqui para frente, nada de cidades ou parques, apenas 3 mil quilômetros de estradas até Fairbanks, no Alaska.
A parte canadense desse nosso circuito por Parques Nacionais. Com o zoom, é possível ver nossas idas e vindas pelas estradas secundárias desses parques
Mas antes disso, vamos ao dia de hoje, que começou com um incrível canyon num rio “maligno” e terminou com um encontro inesquecível com a mais simpática das “musas”, as fêmeas dos alces (“moose”, em inglês).
Visita ao canyon do Maligne River, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
O rio Maligne é um dos principais a cruzar o Jasper National Park. Ele foi batizado com esse nome por um padre francês que, em suas missões de evangelização, chegou por aqui e precisou cruzar o rio em seu cavalo. Como encontrou grandes dificuldades em fazê-lo, pois o rio é largo e volumoso, chamou o rio com esse nome, já que ele atrapalhava sua missão de cristianizar os índios daqui. O nome acabou pegando...
Observando o canyon do Maligne River, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
O rio só não é largo num trecho de poucos quilômetros onde toda a sua água se avoluma num estreito e profundo canyon. Em algumas partes, são pouco mais de três metros de largura, mas quase cinquenta de profundidade. Imagino que o tal padre tenha pensado em arriscar um salto sobre o vão, mas o difícil foi convencer o cavalo. Foi quando a raiva desse “inconveniente” aumentou e o rio ganhou o seu nome.
O profundo canyon do Maligne River, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Foi exatamente nesse canyon que fizemos nossa primeira parada do dia, percorrendo, pelo alto, alguns de seus trechos mais espetaculares. Hoje, para a inveja do padre, são cinco pontes que cruzam essa verdadeira garganta natural e dão aos turistas os melhores ângulos de observação. A cada curva, novas chances de fotografar e admirar esse incrível trabalho da natureza.
Medicine Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Uma coisa que logo chama a atenção dos mais observadores é que o rio sai com muito mais água do canyon do que tinha quando entrou. A explicação está nos diversos painéis espalhados ao longo da trilha: a região possui um dos maiores sistemas de cavernas alagadas do mundo, ou seja, muita água corre por baixo da terra. A outra ponta desse quebra-cabeça, iríamos conhecer na nossa próxima parada.
Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
E essa próxima parada foi no “Medicine Lake”. O nome, muito mais simpático, foi dado pelos indígenas. Esse lago tem a propriedade de esvaziar durante o inverno, diminuindo seu nível em quase 20 metros. Depois, na primavera, enche novamente. Os índios atribuíam isso à magia, ou à medicina, que na sua cultura, eram quase a mesma coisa.
Fotografando um alce que se alimenta no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Os pesquisadores atuais, não muito propensos à explicações mágicas, conseguiram resolver o mistério. O lago está conectado à região do canyon por centenas de quilômetros de túneis subterrâneos, por onde sempre corre a água. No inverno, como a água está em forma de neve e gelo, as cavernas dão conta do fluxo do rio. Mas na primavera, com todo aquele gelo derretendo, as cavernas “transbordam” e o lago enche de volta. Para tristeza dos exploradores, a boca dessa cavernas subaquáticas quase sempre está tomada de troncos e sua exploração ainda não foi possível. Eles estão quase concordando com o nome dado pelo padre, hehehe.
Tirando boas fotos de alce no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Caiaque se aproxima de fêmea de alce no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Seguimos em frente nessa estrada secundária que segue o rio Maligne e chegamos ao enorme lago em que nasce o rio, também chamado de Lake Maligne. Uma paisagem fantástica, cercado de montanhas e florestas, paraíso da vida selvagem e de quem gostas de passear de barco e pescar. O lago ´´e muito longo e só mesmo de barco para chegar aos seus mais belos confins. Mas nós não tínhamos tempo para pegar um dos tours que saíam de lá e ficamos mesmo apenas por ali, na orla, admirando a natureza exuberante que nos cercava.
Uma simpática e fotogênica fêmea de alce (uma "musa") se alimenta no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Foi quando vimos um vulto estranho se movimentando na água e várias pessoas se dirigindo para lá. Nós também fomos e não demorou muito para descobrir o que era: um alce se alimentando tranquilamente de algas lacustres. Na verdade, não era um alce, mas “uma” alce. As fêmeas da espécie não tem aqueles chifres gigantescos e fica bem fácil discerni-los.
Uma simpática e fotogênica fêmea de alce (uma "musa") se alimenta no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Simpaticíssima, como quase todas as fêmeas de todas as espécies, ela parecia adorar ser fotografada e ficou ali, posando para nós, enquanto comia algas suculentas. Na verdade, parecia até sorrir, muito feliz com seus quinze minutos de fama. A Ana fez uma sequência linda de fotos, assim com também devem ter feito outros fotógrafos felizardos que ali estavam.
Uma simpática e fotogênica fêmea de alce (uma "musa") se alimenta no Maligne Lake, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
A festa acabou quando chegou um funcionário do parque, dispersando todo mundo. Dizia que alces eram perigosos e que há mais acidentes com alces do que com ursos. Talvez, porque ninguém tema o maior de todos os membros da família dos cervídeos, um animal com mais de 600 quilos e muito territorialista. Nós mesmos, na nossa épica caminhada no parque Grand Teton, estivemos por uns 10 minutos a poucos metros de um grande alce macho, que se alimentava na trilha. Procedimento completamente não recomendável pelas normas de segurança. Enfim, não tivemos nenhum problema. Aqui também, a nossa “musa” (mulher do moose) fotogênica não parecia oferecer nenhum perigo e, para falar a verdade, foi quem ficou mais triste com a chegada do park ranger...
Painel explicativo sobre os diversos tipos de cervídeos, no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Depois desse maravilhoso encontro, comemos num restaurante ali mesmo e pegamos a estrada de volta para o caminho principal. Ainda na estrada secundária, novo encontro com a vida selvagem, dessa vez com um apressado coiote. Aqui, tivemos de ser mais rápidos com as fotografias, pois acho que o coiote era macho e não gostava muito dessas coisas. Pelo menos, não havia park ranger para nos atazanar, hehehe
Encontro com coiote no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Ainda deu tempo de pegarmos outra estrada para vermos uma fonte de águas termais. O local já é explorado comercialmente há quase um século e, ao ver aquela piscina lotada de gente, não animamos muito a entrar não. Mas a magnífica paisagem que atravessamos para chegar até lá já valeu o desvio, com certeza!
Um dos rios no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Estrada secundária no Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Agora, ao final desse dia no parque, a nossa cabeça já estava em outro canal: a famosa Alaska Highway, a estrada que corta o Canadá em direção a este estado norte americano. Logo que saímos da área do Jasper National Park, um pouco antes da cidade vizinha de Hinton, onde vamos dormir, lá estava a indicação para o nosso destino. A nossa primeira placa onde se podia ler o nome “Alaska”! Foi emocionante! Um prelúdio da longa jornada que nos espera nos próximos dias. Finalmente, podemos afirmar, em alto e bom tom: “Estamos indo para o Alaska!”.
Nossa primeira indicação para o Alaska, na saída do Jasper National Park, em Alberta, no Canadá
Paisagens estonteantes!!!!! maravilhoso poder estar vendo tudo isso.
Resposta:
Oi Mabel
Realmente, esse lado do Canadá, com suas montanhas, lagos coloridos e gereiras, além da abundante fauna selvagem, é um lugar muito especial! Que sorte nossa estar tendo esta oportunidade! O mais legal é poder compartilhar essa beleza toda...
Abs
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