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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Caminhando pela orla do West End, em Vancouver, no Canadá
Vancouver, a maior metrópole canadense nesse lado do país, é uma cidade bem jovem, com cerca de 150 anos. O grande impulso ao seu crescimento foi a sua escolha pela Canadian Pacific Railway como o ponto final da primeira linha ferroviária transcontinental do país. A população saiu de 1.000 habitantes em 1880 para 20 mil em 1900 e cerca de 100 mil em 1910. Rapidamente, ela ultrapassou a capital da província, Victoria, como principal polo econômico e político da Columbia Britânica, chegando hoje perto dos 3 milhões de habitantes na sua região metropolitana.
Caminhando pelo centro de Vancouver, no Canadá
Para padrões canadenses, é considerada uma cidade perigosa. Para nossos padrões latinos, é tão segura como um convento. Perigoso mesmo, é o tempo. Não o frio, pois estando tão perto do mar, a temperatura não esfria tanto como no interior ou em outras metrópoles. Temperaturas abaixo dos 10 graus negativos são um evento raro, assim como a acumulação de neve. Mesmo nos meses mais frios, a média fica no terreno positivo. Chato mesmo é a chuva, trazida pelo mesmo oceano que não deixa o frio aumentar. Não é a toa que a cidade tem o apelido de “Raincouver”, a metrópole da “Wet Coast”.
A Chinatown de Vancouver, no Canadá
Outra característica marcante da cidade é a diversidade populacional. Imigrantes de todo o mundo moram aqui, principalmente os de origem asiática. Chineses começaram a chegar no final do séc XIX, trazidos pelas grandes empresas como mão-de-obra barata. Não demorou muito para começarem a ser hostilizados pela população local, assim como eram outros povos daquele continente, como japoneses e indianos. Mesmo as leis racistas que vigoraram no país até a metade do século XX não impediram que continuassem a chegar em grande número. Hoje, a população de origem asiática representa praticamente a metade da população da cidade e, felizmente, a integração é muito maior e mais pacífica do que há poucas décadas. Basta andar pela cidade para perceber que, na próxima geração, o sangue de todas essas etnias estará misturado, brancos, negros, amarelos, indianos, latinos. O belo resultado, quero voltar aqui daqui a trinta anos e ver com meus próprios olhos!
Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.
Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.
Bom, mas não vou ter de esperar 30 anos para visitar Vancouver pela primeira vez. Ao contrário, chegamos aqui no dia 13 de noite, vindos de ferry de Victoria. Foi nosso primeiro ferry mais cheio, muita gente voltando da capital após passar o dia por lá, a negócios, turismo ou em competições esportivas. Entre o tempo no ferry e pequenos trechos rodoviários, pouco mais de duas horas de viagem separam as duas cidades, sem contar o tempo de espera no terminal. Aqui chegando, seguimos diretamente para nosso hotel na Robson Street, no bairro de West End, quase no centro, excelente localização para quem quer conhecer a pé o distrito histórico de Gastown, onde nasceu a cidade, o Stanley Park, principal área verde da metrópole, ou a rua Granville, aonde acontece a night de Vancouver.
Enconttro das expedições brasileiras 1000dias e 4x1, além dos Kombianos, em frente ao Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá
Nosso hotel foi uma bela surpresa do PriceLine. Quando entramos pela porta do nosso quarto, no oitavo andar, descobrimos que era, na verdade, quase um apartamento, com sala, cozinha, quarto, banheiro e até uma varanda! Entre os prédios e luzes da cidade grande, a minha sensação era a de estar no antigo apartamento de São Paulo. Pois é, quem diria que um dia eu adoraria ter essa sensação de estar em São Paulo? Acho que foi o sentimento de estar novamente no lar, no nosso lar. Uma delícia! Ao longo de toda a nossa estadia na cidade, era sempre um prazer voltar para o nosso “apartamento” em Vancouver. Olhar os prédios e até o Ibirapuera (Stanley Park) pela janela, esquecer da viagem e nos imaginar de volta à nossa “vidinha”.
O Outono chega em Vancouver, no Canadá
Para aumentar ainda mais essa sensação de lar, logo no dia 14 de manhã a Ana saiu e foi a um mercado próximo abastecer a nossa casinha. Assim, pudemos sempre tomar o café da manhã em casa, em frente à nossa janela com vista para a cidade. Frutas, granola, iogurte e pães para torrada, não só para o café, mas também para aquela fome que dá na madrugada, ou para o meio da tarde, quando estamos presos pela chuva no apartamento. Enfim, realmente a sensação de estarmos na nossa própria casa. Típico domingão depois de uma balada no sábado. Pois é, na véspera, quando chegamos de Victoria, não resistimos e fomos conhecer a night da cidade, quinze minutos de caminhada de casa. Na movimentada e iluminada Granville, migramos de bar em bar até acharmos um que nos apetecesse, boa música, pista de dança e muita gente animada.
Caminhando pelas trihas do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Tempo chuvoso e balada na véspera, condições ideais para um domingo em casa, só curtindo não fazer nada, ouvindo o barulho dos carros e da chuva caindo lá fora. Gostamos tanto da “programação” que até resolvemos esticar nossa temporada por aqui, agora até o dia 17. Afinal, ainda tínhamos muito por ver e fazer, como caminhar pela cidade, levar a Fiona para sua revisão atrasada dos 100 mil quilômetros, rever amigos viajantes que também estavam por aqui e conhecer novos, com quem só havíamos falado por internet.
Caminhando na Sea Wall do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Admirando o belo visual do alto do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Pois é, aqui em Vancouver reencontramos os amigos colombianos que viajam em Kombi e encontramos os brasileiros da expedição 4x1, que também viajam pelas Américas de carro. Vou abordar esses encontros no próximo post, mas adianto que foi uma delícia ter estado com todos eles e fizemos várias coisas juntos, já começando na noite do dia 14, quando os colombianos vieram nos visitar em “casa” e, reunidos, fomos encontrar os brasileiros no Boteco Brasil, bar de uma brasileira que mora por aqui há mais de 20 anos. Não poderia ter sido mais apropriado, hehehe. Mas, como disse, isso é assunto para o próximo post!
Parece o Ibirapuera, mas é o Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
Depois de matar a saudade de poder ficar em casa, no dia 15 começamos nossas explorações. Bom, primeiro a obrigação e depois, a diversão. Assim, logo cedo, levei a Fiona para a tão aguardada revisão dos 100 mil km, apesar de ela já estar com 107 mil. O problema foi que, no Alaska, as concessionárias só tinham horário disponível para o mês que vem. Aqui em Vancouver foi mais fácil, conseguimos marcar de véspera e, logo cedo, deixei nossa amiga por lá. Voltei para o centro de aerotrem, o metrô daqui, muito prático e eficiente. E bem mais rápido também, passando por cima do trânsito. Mesmo com a baldeação, levei metade do tempo que tinha levado para levar a Fiona até lá.
As lindas cores de Outono em Vancouver, no Canadá
Em casa, café da manhã e saímos enfrentando a garoa (cada vez mais parecido com São Paulo!) para uma caminhada pela orla (é... isso São Paulo não tem!) até o Ibirapuera, quer dizer, o Stanley Park. A mata de árvores altas nos protegia da chuva, além de nos brindar com ar puro. As cores de Outono faziam tudo ficar ainda mais bonito e nós acabamos perdendo a noção do tempo e do espaço e, quando percebemos, já estávamos do outro lado do parque, na parte alta, com uma bela vista para o mar e para a ponte que leva aos bairros do norte da cidade. Inspiração para pararmos um pouco num restaurante estrategicamente colocado por ali, onde tomamos uma sopa quente, uma sobremesa doce e, para lubrificar tudo, uma deliciosa taça de vinho. Chique no “úrtimo”!
Taça de vinho no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá
A Fiona saindo da revisão dos 100 mil km em Vancouver, no Canadá
Já estava na hora de buscar a Fiona e, dessa vez, a Ana também foi comigo. Não poderia perder a oportunidade de andar de aerotrem e conhecer a cidade lá de cima. A Fiona estava lá nos esperando e pronta para outros 100 mil quilômetros que nos levarão de volta ao Brasil, passando por tantos países no caminho. Começamos com modestos 15 quilômetros de volta à nossa casa em Vancouver, onde receberíamos um pouco mais tarde os novos amigos da expedição 4x1. Juntos todos, já de noite, fomos comer carne preparada na moda mongol. Como todas as metrópoles, Vancouver oferece gastronomia de todo o mundo, principalmente uma cidade com tantos imigrantes.
Preparação do nosso churrasco mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
Pão de queijo e guaraná, no Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá
Foi assim essa noite, foi assim no almoço do dia seguinte. Mas dessa vez, trocamos a Mongólia pelo nosso querido Brasil. A reunião das duas expedições foi novamente no Boteco Brasil, com direito à feijoada, pão de queijo, coxinha e caipirinha de pinga. Para tirar a barriga da miséria e matar as saudades de casa. A música que tocava também era brasileira, assim como a sobremesa, uma legítima goiabada. Presente da simpática Márcia, felicíssima de ter dois carros com placas e integrantes brasileiros bem em frente ao seu bar. Certamente, um feito inédito na história da cidade!
Museu Marítimo de Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
A digestão foi feita passeando mais um pouco na bela Vancouver, aproveitando um tímido sol que fazia força para aparecer. Passamos por parques, pela orla da cidade, pelo museu Marítimo e o de Antropologia e pela universidade. Ao final, chegamos à Wreck Beach, ainda em tempo de assistir ao pôr-do-sol. Um espetáculo para ser assistido de fora d’água, pois nessa época do ano já não dá para entrar no mar sem roupa, não!
Um dos muitos parques na orla de Vancouver, no Canadá
Até o cachorro admira o pôr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)
Temos ainda a manhã de amanhã para passear por Vancouver, antes de seguirmos em frente. Provavelmente visitaremos o mercado, muito recomendado pelo Caio, o simpático músico brasileiro que toca no Boteco Brasil e é quem está hospedando o pessoal do 4x1. Com certeza, vamos partir com saudades dessa cidade que, embora não ofereça algum motivo especial para ser visitada, como uma Torre Eiffel ou uma praia de Ipanema, é um incrível lugar para ser saboreado e vivido aos poucos, com tempo e paciência. Um lugar que adoraríamos passar alguns meses, quem sabe fazendo algum curso e, de pouco em pouco, ir explorando suas vizinhanças, restaurantes, bares e esquinas. Uma cidade com alma. Já até temos um endereço para ficar: o “nosso” apartamento, lá na Robson Street, West End, perto de restaurantes, parque e até o famoso Whole Foods, aquele mercado de comidas naturebas. Só precisamos descobrir se existe alguma época do ano que chova menos por aqui, hehehe...
Tradicional foto do salto, durante o entardecer na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá
Quer dizer que Vancouver é "Ubachuva" do Canadá? rsrsrsr
Quando eu conseguir conhecer o Canadá, Vancouver deverá estar no roteiro, pois soubemos por meio de primos austríacos que parte da família foi para lá.
Resposta:
Oi Mabel
Pois é, vc que já está acostumada com Ubachuva, vai se dar bem em Raincouver, hehehe! Tenho certeza qe vai gostar muito cidade, ainda mais se encontrar seus primos por aqui!
Abs
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