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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuÃna é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Momento de descanso e admiração da paisagem do parque Provincial Aconcagua, na nossa caminhada de saÃda do parque, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Depois de nossa caminhada até Plaza Francia no dia de ontem, voltamos para o acampamento em Confluencia. TÃnhamos ficado amigos de dois poloneses que também foram à Plaza Francia, mais ou menos no mesmo tempo que nós. Só que hoje, ao invés de retornarem à laguna Horcones e à saÃda do parque, eles seguiriam adiante, até Plaza de Mulas. Iriam tentar fazer o cume do Aconcágua e a caminhada até Plaza Francia foi apenas para ajudar no processo de aclimatação. Ficamos com uma baita inveja, mas não tÃnhamos tempo nem estávamos preparados para isso.
Hora de desmontar a barraca no acampamento de Confluencia e deixar o Parque provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Em Confluencia, despedida dos amigos poloneses Michel e Swanknel. Nós sairÃamos do parque e eles iam para Plaza de Mulas, para tentar o cume do Aconcágua (na região de Mendoza, oeste da Argentina)
Ainda em Confluencia, também conversamos bastante com os guarda-parques, que nos deram uma boa ideia dos números dessa temporada no Parque Provincial Aconcagua. Foram cerca de 5.400 visitantes que vieram além da laguna de Horcones. Pouco mais de 1.000 para trekkings como o nosso, mas a grande maioria para tentar o cume da montanha mais alta das Américas. O aumento de tarifas vem surtindo efeito, pois o número de visitantes quase chegava a 10 mil pessoas no final da década passada. Preços mais baixos para latino-americanos também tem estimulado um aumento de visitas desses paÃses. Mesmo assim, após os argentinos, o maior número de visitantes continua sendo dos EUA, seguido de Alemanha e Canada. O Brasil ocupa o quinto lugar, com cerca de 200 visitantes. Os homens correspondem a 80% dos visitantes e 70% entra por Horcones, enquanto o restante entra pelo norte e tenta a rota do glaciar dos polacos. O número de visitantes que caminha apenas até o mirante da Laguna Horcones é de 30 mil. O número triste é que já são mais de 150 mortos na montanha desde a primeira vÃtima fatal, em 1926.
Caminhando de Confluencia para Laguna Horcones, na saÃda do Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
O vale do rio Horcones, nosso caminho para sair do Parque Provincial Aconcágua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Hoje de manhã, sem muita pressa e aproveitando o dia lindo que fazia, desarmamos nossa barraca e iniciamos o caminho de volta. O parque estava lindo e nessa parte mais baixa há muito mais verde. Seguimos sempre ao lado do rio Horcones e, de novo, encontramos bem pouca gente por aqui. O pico da temporada já passou há algumas semanas. Não demorou muito e já estávamos de volta ás belas paisagens ao redor da Laguna Horcones e do mirante de onde vimos o Aconcágua pela última vez. Que montanha mais linda, especialmente em um dia de céu azul como hoje.
O vale do rio Horcones com o Aconcágua ao fundo, na nossa caminhada de despedida no parque, na região de Mendoza, oeste da Argentina
O vale do rio Horcones com o Aconcágua ao fundo, na nossa caminhada de despedida no parque, na região de Mendoza, oeste da Argentina
A Fiona nos esperava no estacionamento e estávamos bem felizes com o horário, pois chegarÃamos ainda cedo em Mendoza, a tempo de procurar a concessionária para trocar o vidro da frente do carro. A rachadura no para-brisa causada por uma pedra já há quase dois meses vem crescendo e a troca aqui vai sair bem mais barata que no Brasil. Afinal, a Fiona é uma Hilux e as Hilux são feitas aqui na Argentina, assim como suas peças de reposição. Então, partimos pela estrada que desce os Andes e logo passamos pela aduana, uns poucos quilômetros abaixo da entrada do parque. Como da outra vez, foi uma passagem rápida e eficiente. Outros poucos quilômetros e chegávamos a Puente del Inca, onde resolvemos parar rapidamente para aproveitar o belo dia e tirar mais umas fotos da ponte natural sobre as águas termais que dá nome ao povoado.
O rio Horcones, no Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, na Argentina
Atravessando a ponte sobre o rio Horcones na nossa caminhada para deixar o Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, na Argentina
Foi quando percebemos um problema. Simplesmente não achamos o ipad. Começamos a puxar pela memória e o local mais provável do esquecimento era o hotel em que passamos nossa última noite no Chile, em Los Andes. Mas não tÃnhamos certeza e querÃamos ligar para lá. Achar o número na internet não foi difÃcil, mas fazer a ligação, isso foi. Tentávamos, tentávamos e nada. Não funcionava o interurbano. TerÃamos de voltar, pelo menos até o lado chileno da fronteira, onde conseguirÃamos um telefone de lá e a ligação não seria mais internacional. Então, de volta para os Andes e o Paso Cristo Redentor.
Chegando de volta à Laguna Horcones, na entrada do Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Chegando de volta à Laguna Horcones, na entrada do Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Para quem segue para o Chile, toda a aduna é feita do lado chileno da fronteira. Fomos até lá e conseguimos que o rapaz do câmbio fizesse a ligação para nós. O ipad estava lá, o que foi um enorme alÃvio. Mas terÃamos de descer toda a cordilheira e voltar para Los Andes. Não tinha remédio. Respiramos fundo e seguimos. Uma hora mais tarde, a simpática dona do hotel nos recebia com nosso querido computador. Ela havia tentado nos avisar antes, mas isolados no Aconcágua, não houve chance de receber suas mensagens.
A laguna Horcones com o Aconcágua ao fundo, na entrada do Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
A laguna Horcones com o Aconcágua ao fundo, na entrada do Parque Provincial Aconcagua, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Respiramos fundo e pegamos estrada novamente. Uma última passagem pela fronteira entre esses dois paÃses nos esperava. Agora sim, a última das últimas. Durante os 1000dias, foram 13 vezes no total, incluindo as duas de hoje. O Zagalo adoraria! Nós não! Mas, vamos em frente. A estrada do lado chileno está em obras, mas com muita paciência, chegamos ao túnel e à Argentina. Só faltava aquela nossa conhecida e eficiente aduana, a mesma que já tÃnhamos passado algumas horas antes, depois de sairmos do parque.
De volta à Puente del Inca, famosa por suas águas e banhos termais, hoje desativados, na região de Mendoza, oeste da Argentina
Nossa longa viagem de hoje. SaÃmos do parque do Aconcágua e seguimos até Puente del Inca, poucos quilômetros abaixo. AÃ, descobrimos que nosso ipad tinha ficado no hotel em Los Andes, no Chile, três dias atrás. Cruzamos a fronteira e fomos resgatá-lo. Depois, de volta à Argentina, com muitas chateações na aduana. Finalmente, já depois da meia-noite, chegamos a Mendoza
Começava a escurecer quando chegamos lá. Havia mais trânsito dessa vez. Quando chegou a nossa vez, a velha Lei de Murphy resolveu aparecer. Das outras vezes, nem precisamos sair do carro. Agora, fomos escolhidos para Cristo. Mandaram estacionar a Fiona de lado, nos deram um chá de cadeira e, finalmente, foram fazer a revista. Usei todo o restinho de paciência que ainda tinha para não criar caso. Numa hora dessas, é a pior coisa. Eles têm todo o poder e nós, nenhum. Revista minuciosa, tentaram encrencar com uma coisa ou outra, mas ao final, nos liberaram. Já passava das nove da noite. E pensar que terÃamos uma bela tarde em Mendoza...
Mais uma despedida do Chile, região de Portillo, aproximando-se da sequência de curvas que nos leva ao túnel El Libertador, fronteira com a Argentina
Mais uma despedida do Chile, região de Portillo, aproximando-se da sequência de curvas que nos leva ao túnel El Libertador, fronteira com a Argentina
Bom, agora, toda a concentração para vencer o sono, o cansaço e o mau humor para conseguirmos chegar à Mendoza. Nosso hotel da outra vez estava lotado, mas não demorou muito e achamos outro por ali. Finalmente, um chuveiro quente e uma cama com lençóis limpos. Depois de tantas voltas por aÃ, nós merecÃamos. Amanhã será um dia para passearmos e descansarmos enquanto a Fiona recebe uma cara nova. Mendoza é uma cidade bem gostosa e arborizada. Vai ser gostoso. Depois, vamos cruzar a Argentina mais uma vez, também a última nesses 1000dias. Vou postar um mapa com todos os caminhos que fizemos nesse paÃs. Mas antes disso, vou aproveitar que não teremos muito para contar desses próximos 3 dias e postar mais histórias do passado. Ao pesquisar as fotos para os posts sobre a subida ao cume do Aconcágua em 1999, também achei fotos mais antigas, de lugares da América que não passamos nesses 1000dias. Acho que vai ser interessante, relembrar velhas aventuras. Um post sobre o Trem da Morte, quando ainda se podia viajar de trem de Bauru a Corumbá, outro sobre a subida do verdadeiro Chacaltaya, perto de La Paz, quando ainda era possÃvel esquiar por lá, um outro sobre a Trilha Inca, quando não era obrigatório ir com guias e um último sobre Iquitos, no meio da Amazônia peruana, e a viagem de barco de lá até o Brasil. Todas histórias do meu primeiro mochilão pela América Latina, lá no distante ano de 1990. Outra vez, o companheiro de viagem era o Haroldo, o mesmo que subiu o Aconcágua comigo. Depois deles, retomo os 1000dias, agora em direção ao Uruguai, o último paÃs que nos resta para conhecer nesse vasto continente!
Contagem de curvas na parte final da estrada que nos leva à fronteira com a Argentina, Paso Cristo Redentor, entre santiago e Mendoza. No total, são mais de 20 curvas!
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