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Blog da Ana - 1000 dias

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Roteiro na República Dominicana

República Dominicana, Santo Domingo, Jarabacoa, Samana, Punta Cana

Playa Frontón, o melhor segredo da península de Samaná, litoral norte da República Dominicana

Playa Frontón, o melhor segredo da península de Samaná, litoral norte da República Dominicana


Para quem nunca ouviu falar da República Dominicana, este é um país localizado na ilha de Hispaniola no Caribe, mais conhecida como o lugar onde fica a praia e os Resorts All Inclusive de Punta Cana. Sim, Punta Cana não está em uma ilha perdida no meio do Caribe, ela faz parte de um dos maiores países caribenhos com uma história e cultura riquíssimas, montanhas, cavernas secas e inundadas e inclusive praias ainda mais bonitas do que aquela dos resorts.

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana

Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana


A ilha de Hispaniola é uma das duas ilhas do Caribe dividida por dois diferentes países: a República Dominicana e o Haiti. Nós programamos 20 dias na ilha e dividimos nosso tempo entre ambos, mas 20 dias foram poucos para ver tudo! Confesso a vocês que na nossa correria habitual não tivemos tempo de preparar este roteiro, chegamos lá com uma ideia do que gostaríamos de conhecer, mas foi assuntando com os locais que fechamos os detalhes e o roteiro final.


Roteiro na Rep. Dominicana e Haiti, clique para ver o mapa ampliado

Nosso roteiro começou pela capital Santo Domingo, a primeira cidade das Américas ainda existente. Não sei se vocês lembram ou sabem disso, mas, depois de gritar “Terra à vista!”, foi nesta ilha que os espanhóis desembarcaram pela primeira vez no continente americano. A cidade tem edifícios coloniais belíssimos na charmosa Zona Colonial, dentre os vários “primeiros” do país estão a primeira casa onde viveu Cristóvão Colombo nas Américas e a primeira Catedral do continente.

As pombas não parecem se importar muito com o imponente Colombo, na Zona Colonial de Santo Domingo, capital da República Dominicana

As pombas não parecem se importar muito com o imponente Colombo, na Zona Colonial de Santo Domingo, capital da República Dominicana


A charmosa arquitetura da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana

A charmosa arquitetura da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana


Santo Domingo é o hub para todo o transporte rodoviário da ilha, daqui saem os ônibus para Punta Cana, Santiago, segunda maior cidade do país, e ao Haiti. Nossa curiosidade e ansiedade de chegar neste país não nos deixou esperar nem mais um dia! Após explorações e um mergulho nos arredores de Santo Domingo, nos mandamos para a controversa capital haitiana, a cidade de Port-au-Prince. “O que vocês vão fazer lá?”, escutávamos de todos os lados. “É perigoso, é feio, não tem nada para fazer e ver no Haiti!” e nós apenas respondíamos, ok, queremos ver isso com os nossos olhos. Programamos 7 noites e 8 dias no Haiti e, mesmo sem falar creole e nem francês, se pudesse mudaria tudo para ficar mais tempo no país. Não se preocupe, detalharei tudo nos próximos posts!

Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti

Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti


Voltando à República Dominicana, entramos pelo norte do país, utilizando a simpática cidade de montanha de Jarabacoa como base. Dela partimos para um trekking de 2 dias até o cume do Pico Duarte (3.086m), ponto mais alto do Caribe. Além da montanha a região possui lindas cachoeiras, raftings, parapente e uma infinidade de atividades em meio à natureza. Lá mesmo alugamos um carro e rumamos ao norte para conhecer as mais lindas praias do país.

Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana

Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana


Exploramos a costa de carro em um dia, apressadíssimos para chegar no que seria a cereja do bolo, a Península de Samaná. Foram dois dias e duas noites que desbancaram qualquer mordomia que um hotel all inclusive possa dar até ao mais preguiçoso dos turistas. Na boa, quem veio à Punta Cana e não dirigiu mais 3 horinhas para chegar até aqui não sabe o que perdeu.

As incríveis cores da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana

As incríveis cores da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana


Voltamos a Jarabacoa e Santo Domingo, de onde pegamos um ônibus para conhecer, afinal, a tão afamada Punta Cana. Tínhamos que ir até lá conferir, mesmo sabendo que não era muito a nossa praia. Não pagamos a tarifa mais barata que achamos e mesmo assim caímos em um dos dos hotéis mais pops, o Bávaro Dominican Beach. Pense em alguém que queria morrer... EU! Sinceramente, eu não nasci para isso não... se é para ficar preso em um hotel all inclusive, que seja um 5 estrelas, bem chique! Não pode bancar um 5 estrelas, como nós? Então invista direito estes dólares e encontre melhores restaurantes, praias e paisagens mais paradisíacas, entre em contato com a cultura local e seja feliz sem regras estúpidas, bebidas talibãs e buffets pasteurizados.

Chegando ao litoral na costa norte da República Dominicana

Chegando ao litoral na costa norte da República Dominicana


Depois deste breve “rolé” pela ilha de Hispaniola fechamos, nos 1000dias, todos os países do Caribe. Estas Ilhas-países são um pedacinho da África no continente americano, com o seu melhor e o seu pior. Pobreza, corrupção, distorções e contrastes sociais, que nos deixam tão embasbacados quanto a criatividade e a alegria do seu povo, a qualidade da sua música, seus vulcões, mergulhos e a beleza de suas praias. Caribe, agora que já te conheço só posso dizer que quero voltar e será logo!

A grandiosa paisagem que se vê do alto da Citadelle, no norte do Haiti

A grandiosa paisagem que se vê do alto da Citadelle, no norte do Haiti

República Dominicana, Santo Domingo, Jarabacoa, Samana, Punta Cana, Caribe, Montanha, Pico Duarte, Praia, Punta Cana, República Dominicana, roteiro, Samaná

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Grutas de Viñales

Cuba, Vinales

Foto Panorâmica em Viñales - Cuba

Foto Panorâmica em Viñales - Cuba


A região de Viñales, há 27 km de Pinar del Rio, é diferente de tudo que vimos em Cuba. A Sierra de los Órganos é formada por diversos mogotes, morros em formato cônico mais acentuado, de origem calcária. Simplificando um pouco, tudo isso já esteve abaixo do mar e estes morros eram imensos corais, que com a erosão da água, vento e meio ambiente foram se esculpindo ganhando os novos formatos que conhecemos hoje.

A montanhosa região de Viñales, no oeste de Cuba

A montanhosa região de Viñales, no oeste de Cuba


A viagem para Viñales é belíssima, mesmo que curta em quilometragem é mais demorada do que imaginamos, pois a estrada é bem sinuosa e guarda em cada curva paisagens lindas. A primeira parada nesse tour é no mirante ao lado da portaria do Parque Estadual. Além de informações turísticas e compra de boletos para alguns passeios, a casa de informações possui alguns dados sobre a formação geológica do parque, sua fauna e flora.

Admirando a bela região de Viñales, no oeste de Cuba

Admirando a bela região de Viñales, no oeste de Cuba


Chegando ao vilarejo de Viñales nos instalamos na Casa de Dona Isis, na avenida principal logo após a igreja. Eis que nos damos conta que o pneu do nosso carro alugado estava furado! Tivemos que andar alguns quarteirões e entrar na fila de turistas para consertar os pneus. Pelo jeito borracharia é um bom negócio por aqui! Um dos donos nos conta que, além das charretes e ferraduras dos cavalos que sempre perdem um prego, o último furacão que passou na região deixou muitas casas destelhadas e despedaçadas, deixando na estrada e acostamentos vários objetos afiados. Foi conversando com os borracheiros que eu recebi um dos maiores elogios da viagem: “Tu eres cubana?”, me perguntou um deles, e eu respondi “quase”, hahaha! Obviamente não foi pela minha cara polaca, mas pelo meu sotaque, falando rápido e usando algumas palavras locais. Sensacional!

Consertando o pneu furado em Viñales, no oeste de Cuba

Consertando o pneu furado em Viñales, no oeste de Cuba


Pneu consertado, finalmente estávamos listos para o nosso dia de explorações na região. Segunda parada: Caverna Santo Tomás, há 15km da vila. O esquemão já está montado, a portaria da gruta já organiza o tour, fecha um grupo grande com um guia e inclui no pacote o capacete e a lanterna. O grupo era bem heterogêneo, casais jovens, inclusive uma jovem grávida, um grupo de senhores alemães, famílias com crianças e nós, que não gostamos nada de esquemões. Não tem jeito, o negócio é ter paciência.

Nosso grupo caminha através da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba

Nosso grupo caminha através da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba


Nos primeiros 5 minutos de caminhada, subindo uma trilha com muitas pedras irregulares, uma das senhoras alemãs se desequilibrou e caiu quase dois metros de altura de costas no chão! Foi terrível, ela caiu ao meu lado e ao lado de sua amiga, mas nós não conseguimos segurá-la. A sua mochila amorteceu o choque das costas e a sorte maior foi que ela já estava usando o capacete, que impediu que batesse sua cabeça direto em uma pedra pontuda. Ela era grande e seu grupo parecia estar acostumado com caminhadas, cortou o dedo e deu um mau jeito no pescoço, mas graças a Deus ela ficou bem. Assim, ela resolveu ficar e a família de barbies que vinha logo atrás (com suas sandálias e lancheiras rosas) também desistiu do passeio, assustada.

Região de Viñales, no oeste de Cuba, vista do alto da Caverna de Santo Tomás

Região de Viñales, no oeste de Cuba, vista do alto da Caverna de Santo Tomás


Seguimos em frente, entramos na montanha que mais parece um queijo suíço, cheia de aberturas e passagens, formando um curioso sistema de cavernas. Passamos por diversas salas, algumas mais decoradas, com formações de estalactites e estalagmites que crescem lentamente, com a ajuda da água, apenas no período de chuvas.

Formação dentro da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba

Formação dentro da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba


Cruzamos toda a área turística, porém especialistas ou expedições com permissão especial com podem ser arranjadas para visitar os outros salões mais profundos da caverna. A caverna tem 7 andares, nós andamos no 7° e no 6°, para alcançar o 5° andar são necessárias cordas, técnicas de rapel e escalada, para descer e chegar ao primeiro nível. O passeio é lindo e o nível de dificuldade é baixo, basta olhar bem aonde pisa.

Nosso grupo caminha através da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba

Nosso grupo caminha através da Caverna de Santo Tomás, na região de Viñales, no oeste de Cuba


As explorações continuaram, fomos até a entrada da famosa Gruta do Índio, que inclui uma caminhada de 15 minutos e um trecho de barco pelo rio que cruza a caverna. O passeio deve ser lindo, mas ficamos com preguiça de um novo “esquemão” e a nossa fome falou mais alto, então decidimos ir direto à Cueva de San Miguel.

A tranquila área rural de Viñales, no oeste de Cuba

A tranquila área rural de Viñales, no oeste de Cuba


Lá a atração natural se mistura com a infra-estrutura montada dentro da caverna, bar, restaurante e até um disco-bar foram construídas na caverna que abrigou uma das populações mais antigas de “marrones” que se escondiam nessa caverna.

Desfrutando de um pitoresco bar dentro de uma caverna na região de Viñales, no oeste de Cuba

Desfrutando de um pitoresco bar dentro de uma caverna na região de Viñales, no oeste de Cuba


Eram chamados de marrones os escravos africanos que fugiam das fazendas de cana e se metiam na mata para nunca mais serem encontrados. A não ser pelos arqueólogos, que encontraram nesta caverna resquícios de suas casas, alimentos e puderam remontar a cena do cotidiano deste como viviam em um pequeno museu com acesso por um estreito corredor que atravessa a gruta.

Caminhando na belíssima região de Viñales, no oeste de Cuba

Caminhando na belíssima região de Viñales, no oeste de Cuba


A região é pitoresca, paisagens de sítios, criação de gado, galinhas e porcos, plantações de milho e tabaco entremeadas por mongotes imensos. Deixamos a imaginação nos levar e pensamos como seria tudo isso quando estava embaixo d´água, tantas cavernas submarinas maravilhosas e quantas espécies de peixes e animais poderíamos encontrar! Quando pensamos no tempo e na história no universo é quando nos damos conta de quanto somos minúsculos. Minúsculos sim, mas nem por isso deixamos de curiosos e bisbilhoteiros. E assim fechamos mais uma etapa de explorações pelo Mar do Caribe e a imensa e magnífica ilha de Fidel. Até logo Cuba, voltaremos!

Foto Panorâmica da caverna São Tomás, em Viñales - Cuba

Foto Panorâmica da caverna São Tomás, em Viñales - Cuba

Cuba, Vinales, Caverna, espeleologia, Pinar del Rio

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Juracique Parque!

Bolívia, Sucre, Potosí

A enorme encosta com centenas de pegadas de dinossauros, em Sucre - Bolívia

A enorme encosta com centenas de pegadas de dinossauros, em Sucre - Bolívia


Na Bolívia a mineração é uma das principais atividades econômicas. Começou já na época do domínio espanhol, com a retirada de prata e outros metais preciosos e até hoje a sua geologia faz com que em todo canto vejamos a extração de pedras e minerais. É impossível não achar esta prática uma violência à mãe terra, mas a vida prática não é assim, infelizmente. Em um país tão árido, sem muitas possibilidades de desenvolvimento agrícola, a extração acaba sendo uma das poucas saídas rentáveis para o mercado local. Porém, como tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim, eis que, há 20 anos, em uma dessas pedreiras, foi feita uma das maiores descobertas palenteológicas da América Latina! Um sítio com centenas de pegadas de dinossauros de 4 espécies diferentes!

Próximo ao gigantesco Titanossauro, no Parque dos Dinossauros, em Sucre - Bolívia

Próximo ao gigantesco Titanossauro, no Parque dos Dinossauros, em Sucre - Bolívia


As pegadas ocorreram quando a Bolívia ainda era uma imensa planície, antes do Altântico banhar a Bolívia, antes mesmo da ascensão dos Andes e altiplanos bolivianos. Por isso elas estão hoje em um imenso paredão inclinado.

Pegadas de dinossauros em Sucre - Bolívia

Pegadas de dinossauros em Sucre - Bolívia


O que eu achei mais maravilhoso dessa história toda foi que a companhia que explora esta montanha, não apenas fez a descoberta, como chamou um grupo de cientistas argentinos e europeus para estudá-las e ainda construiu um parque temático completíssimo para visitação, digno de um país de primeiro mundo.

Mapa da América do Sul quando o Oceano Atlântico entrou terra adentro (no Parque dos Dinossauros, emSucre - Bolívia)

Mapa da América do Sul quando o Oceano Atlântico entrou terra adentro (no Parque dos Dinossauros, emSucre - Bolívia)


O Parque Cretácico reúne diversas réplicas hiper realistas das espécies já encontradas no continente americano, incluindo obviamente as espécies identificadas ali neste sítio palenteológico. Tiranossauro Rex, Saurópodes de 18m de altura e 25 de comprimento, antecessores de pássaros e galináceos, além de diversas outras espécies aquáticas e terrestres. A visita é guiada e ali recebemos informações muito interessantes sobre as espécies e a formação geológica desta região, seja com a guia ou nos painéis explicativos. Ali, vendo e ouvindo todos aqueles dinossauros, viajamos no tempo. Aos curiosos e amantes da história da terra e da natureza, esta visita é imperdível!

Maquetes em tamanho real de dinossauros que caminharam pela região de Sucre - Bolívia

Maquetes em tamanho real de dinossauros que caminharam pela região de Sucre - Bolívia


É impossível não pensar que era exatamente o que imaginávamos que poderia ser encontrado no Parque dos Dinossauros brasileiro, em Sousa, Paraíba. Estivemos lá na expedição, vimos as pegadas de perto, muito mais perto, mas a falta de infra-estrutura, informação e ambientação temática faz com que uma descoberta como essa fiquem esquecidos no meio do sertão nordestino. Falta visão, falta investimento, pois sem dúvida alguma, este poderia ser um empreendimento turístico que movimentaria a economia na região.

Chegando ao altiplano, aos 3.300 metros de altura, próximo à Potosi - Bolívia

Chegando ao altiplano, aos 3.300 metros de altura, próximo à Potosi - Bolívia


Seguimos viagem então, saindo dos 2850m para os 4000m de altitude de Potosí. São aproximadamente 150km entre serras e planícies douradas no altiplano boliviano. Cenários belíssimos!

A bela paisagem na viagem entre Sucre e Potosi, na Bolívia

A bela paisagem na viagem entre Sucre e Potosi, na Bolívia


O GPS mostra nossa altitude ao chegar em Potosi - Bolívia

O GPS mostra nossa altitude ao chegar em Potosi - Bolívia


Chegamos à Potosí no final da tarde, com uma vista especial do principal cartão postal da cidade, o Cerro Rico, iluminado pelo sol poente. A cidade histórica tem ruas estreitas e de difícil locomoção com a Fiona, mas com sorte achamos um hotel com estacionamento e boa internet, bem no centro da cidade. Começando a nos acostumar com a altitude, a noite fomos brindar com uma Paceña Huari aos 4000m no Pub 4060, que faz referência à altitude da cidade. Amanhã vamos descobrir in loco o local que fez a história deste lugar: as minas de prata do Cerro Rico!

A cidade de Potosi com o Cerro Rico ao fundo (Bolívia)

A cidade de Potosi com o Cerro Rico ao fundo (Bolívia)

Bolívia, Sucre, Potosí,

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Nuuk em Preto e Branco

Groelândia, Nuuk

Passeando em dia nublado e gelado em Nuuk, capital da Groelândia

Passeando em dia nublado e gelado em Nuuk, capital da Groelândia


Chegamos à Nuuk as 21h30 e o dia ainda estava claro. Nesta época do ano os dias são longos, praticamente intermináveis, e quando você acha que finalmente vai escurecer, lá está o sol novamente, nascendo e começando um novo dia.

Sobrevoando a pequena Nuuk, capital da Groelândia

Sobrevoando a pequena Nuuk, capital da Groelândia


A menor capital do mundo nos recebeu com um clima bem ártico, incomum na primavera groelandesa. “O clima está maluco”, nos disse o motorista de táxi. “Nesta época normalmente teríamos menos neve, nada de chuva e vento, um clima bem ameno e agradável”. Nuuk é conhecida por ter um dos climas mais amenos no país, com dias ensolarados e céu azul. Porém de alguns anos para cá as tempestades de chuva, vento e neve se tornaram mais frequentes mesmo depois do inverno. “Antes eu achava tudo isso uma grande besteira, mas agora estou começando a acreditar neste tal aquecimento global.”, complementou o senhor taxista lembrando de sua juventude mais calorosa.

Aeroporto de Nuuk, a capital da Groelândia

Aeroporto de Nuuk, a capital da Groelândia


Nós caminhamos pelas ruas de Nuuk todos encasacados, a -5°C sob neve, que depois virou chuva e um toró, com as mochilas nas costas e máquina na mão. A excitação era tanta que quase nem sentíamos molhar. Nosso cérebro estava a milhão, tentando se adaptar às tantas novidades.

Cemitério da cidade de Nuuk, capital da Groelândia

Cemitério da cidade de Nuuk, capital da Groelândia


A neve e a rocha fazem um novo padrão estético se criar na nossa mente. Uma paisagem em branco e preto, as casas coloridas acinzentadas pela forte neblina e a pouca luz nos transportam para o cenário de um filme do cinema mudo.

Residência na paisagem gelada de Nuuk, capital da Groelândia

Residência na paisagem gelada de Nuuk, capital da Groelândia


Curioso é que os personagens do filme são esquimós modernos. Eles falam dinamarquês, trabalham no porto, banco e lojas de departamentos. Assistem as notícias do mundo durante o café da manhã e passando por nós nas ruas não se espantam em ver uma polaca de mochila, só aceleram o passo para fugir da chuva, como se tudo aquilo fosse normal! Será que alguém avisou a eles que eles estão na Groelândia???

O moderno cinema de Nuuk, capital da Groelândia

O moderno cinema de Nuuk, capital da Groelândia


Este povo possui mais 2.500 anos de história. Ninguém precisa contar para eles onde estão ou quem são, eles simplesmente sabem. Isso faz parte da vida e sabedoria milenar de um povo que ama a sua terra e a reconhece assim. Nunaat Kalaallit ou “A terra dos Kalaallit”, nome do país em kalaallisut, a língua nativa dos kalaallits, grupo dentro do povo Inuit.

Arte nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia

Arte nas ruas de Nuuk, capital da Groelândia


Um nome tão bonito, Nunaat Kalaallit, por que então a chamamos de Groelândia? Os Vikings chegaram aqui quando o clima estava mais ameno. Em uma das primeiras iniciativas de marketing conhecidas da história, batizaram a terra gelada de Greenland, a Terra Verde.

Aspecto de Nuuk, capital da Groelândia

Aspecto de Nuuk, capital da Groelândia


Os Inuits são descendentes dos Dorsets e Thules, que chegaram a essas terras geladas vindos do Alasca e do norte do Canadá. Ver uma polaca não é nada demais, desde 984 d.C., quando os Vikings aportaram por essas bandas, eles se acostumaram com esse povo de pele clara e cabelos dourados. Alguns dizem que eles seriam os responsáveis pelo desaparecimento dos vinkings da costa da Groelândia em meados do século XV. A minha aposta é na tese defendida por vários cientistas, de que a sábia mãe-natureza estava do lado dos Inuits e que os pulôveres de lã dos nórdicos não foram páreos para o clima frio, que retornava ao seu ponto de equilíbrio.

Vista aérea da paisagem gelada ao redor de Nuuk, capital da Groelândia

Vista aérea da paisagem gelada ao redor de Nuuk, capital da Groelândia


80% do país é coberto por uma camada de gelo, portanto viajar na Groelândia não é fácil. Ainda assim mais de 30 vilas se distribuem pela costa oeste do país e outro punhado na costa leste.

Mapa da costa oeste da Groelândia, onde estão a capital Nuuk e Ilulissat, mais ao norte, nossos destinos no país

Mapa da costa oeste da Groelândia, onde estão a capital Nuuk e Ilulissat, mais ao norte, nossos destinos no país


O transporte só pode ser feito via marítimo ou aéreo, o que torna a viagem ainda mais cara e amarrada, pois se o tempo não colaborar o barco ou o avião simplesmente não podem partir. O nosso voo rumo ao norte do país quase foi cancelado, mas tivemos sorte e mesmo com uma previsão de tempestade de vento e neve para a tarde, o avião pôde decolar rumo à Ilulissat. Mas essa já é história para um próximo post.

Nosso voo da Islândia para a Nuuk, capital da Groelândia

Nosso voo da Islândia para a Nuuk, capital da Groelândia

Groelândia, Nuuk, Ártico, Inuits, viagem, Vikings

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Mercado Central

Brasil, Ceará, Fortaleza

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE


Nos despedimos de Fortaleza neste dia ensolarado depois de tantas experiências: piratas, chuva, toboáguas, chuva, alta gastronomia, sol, rock cordel pauleira e muita arte! Sendo assim, não poderíamos deixar de conhecer o lugar que concentra as mais diversas culturas populares cearenses, o Mercado Central!

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE


Artesanato em couro, palha, redes, redinhas, redonas, mantas, castanhas de caju aos milhares e de todos os sabores. Pingas curtidas em caranguejos ou cajus imensos, doces regionais, pinturas em azulejos e esculturas em cerâmica. Restaurantes por quilo, tapiocarias e até a música sertaneja de Asa Branca, na entrada principal do mercado.

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE


O Mercado Central fica em um edifício todo modernoso, a la Niemeyer, com passarelas interligando os andares e corredores lotados de produtos dependurados de todos os tipos, tamanhos e cores.

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE


Tudo isso é maravilhoso, uma abundância de vida, de arte e energia que transborda do povo que faz deste lugar ser o que é. Cearenses vindos de todos os cantos do estado, buscando um jeito para viver, sobreviver e lutando por condições melhores de vida. Povo trabalhando, turistas e locais comprando, (quase) tudo como deve ser.

Mercado Central em Fortaleza - CE

Mercado Central em Fortaleza - CE


A cena que mais me marcou foi a de um mendigo bem senhorzinho pedindo dinheiro. Eu estava na fila do caixa 24h e ele, já sem enxergar direito, sem voz, sem dentes, sem nada, parou em minha frente, estendeu seu dedo indicador bem nos meus olhos e pediu “UM REAL”. Eu entendi por que sou boa em leitura labial e mímica e não tive como negar, busquei cada moeda que tinha em minha carteira para lhe dar, tamanha a minha surpresa perante aquela figura. Infelizmente a surpresa não é por não estar acostumada com a pobreza, mas pela expressão que vi em seu rosto, a dor que senti nos seus olhos e o sofrimento em sua voz calada.

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE


Nessas nossas andanças vemos muita pobreza, mas sem dúvida as capitais são mais chocantes. Elas tornam o rico e o pobre muito mais visíveis e o gap muito mais claro. A cidade grande é cruel com os pouco abonados, não apenas pelo alto custo de vida, mas pela simples comparação a que eles próprios se submetem e são submetidos a toda hora. No campo ao menos existe a possibilidade de uma moradia simples, mas digna, um trabalho na terra de onde se tira o que comer e de uma vida mais saudável. Quanto mais caminhamos, mais vejo o quanto o homem complica. Afinal, por que ser simples é tão complicado?

Brasil, Ceará, Fortaleza, Artesanato, Mercado Central

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Torres, Lapiais e Tartarugas

Brasil, Pernambuco, Buique (P.N da Serra do Catimbau)

Ao lado de paredão colorido no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Ao lado de paredão colorido no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


O Parque Nacional da Serra do Catimbau, localizado no agreste de Pernambuco, foi formado em 2002 para preservação de um grande patrimônio histórico e natural brasileiros. São 62 mil hectares de serras, chapadas, pinaclos, caatinga, onde são encontrados painéis de pinturas rupestres cpom mais de 6 mil anos. Já havíamos passado nos seu contorno norte, quando voltávamos de Triunfo para Recife. Só não paramos, pois tínhamos vôo para Noronha. Além de já sabermos que era um lugar com muitos sítios arqueológicos, de longe suas formações rochosas já nos deixaram muito curiosos.

Morro do Cachorro, no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Morro do Cachorro, no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


Saímos cedinho de Paulo Afonso em direção à Buíque, cidade base para conhecer o Catimbau. Foram quase 4 horas de viagem e mesmo assim chegamos prontos para uma boa caminhada!

Leiro quase seco de um rio no interior de Alagoas. Visão comum no sertão

Leiro quase seco de um rio no interior de Alagoas. Visão comum no sertão


A Vila do Catimbau fica logo no pé da serra com uma pequena infra-estrutura turística, umas duas pousadas simples e a associação de guias. Foi lá que encontramos Marcio, nosso guia para esta tarde e o próximo dia. São diversas trilhas, como temos pouco tempo selecionamos logo as mais importantes atrações do parque.

Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


Começamos hoje pela Trilha da Tartaruga, formações rochosas antiqüíssimas que até hoje não foram explicadas pelos geólogos. Existem diversas teorias, mas nenhum delas foi comprovada. Este tipo de formação só pode ser encontrado em outros dois lugares no mundo: em Sete Cidades, Piauí e na África. A rocha foi toda desenhada e a ação da água, vento e intempéries as deixou com o aspecto do casco de tartaruga.

Pedras que lembram o casco de tartarugas, no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Pedras que lembram o casco de tartarugas, no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


Não distante dali, encontramos a Toca da Casa de Farinha, cenário semelhante aos que visitamos na Serra da Capivara. As tocas nas “cuestas”, paredões rochosos geralmente mais protegidos das variações climáticas, onde os homens pré-históricos registravam seus rituais, seu cotidiano e sua vida.

Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


O nome da toca é devido ao forno de farinha encontrado ali, a história se repete, como os fornos dos maniçobeiros na Capivara. Nesta toca as pinturas rupestres são principalmente da tradição Agreste, geralmente imagens mais simbólicas e abstratas. A tradição Nordeste, geralmente retrata rituais grupais e cenas em movimento, quase como um filminho.

Antigo forno em toca com pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Antigo forno em toca com pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


Continuamos caminhando sobre os lajedos rochosos e chegamos às Torres, outra trilha famosa por sua beleza cênica. O lugar que novamente parecem uma mini Capadócia, pináculos de pedra de 4, 5 10m de altura formam uma paisagem singular.

No alto de uma Torre no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

No alto de uma Torre no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


No alto de formações rochosas no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

No alto de formações rochosas no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


Descemos as Torres e logo abaixo, nas suas encostas, nos aproximamos dos lapiais, um tipo de formação geológica pela dissolução da rocha e outros efeito erosivos, podendo ocorrer na vertical ou horizontal. Aqui os lapiais chamam atenção por serem verticais e totalmente multicoloridos, em tons de vermelho, amarelo e branco. Cada camada de cor é referente a uma fase de sedimentação e oxidação da rocha.

Formações coloridas de erosão vertical no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Formações coloridas de erosão vertical no Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE


É uma paisagem única! Difícil retratar tamanha beleza, contudo a luz do sol poente evidenciou as cores, tornando o espetáculo ainda mais impressionante! É, o Catimbau é a prova de que as belezas de Pernambuco vão muito além de suas praias.

Cores fortes, quase surreais, nos rochedos do Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Cores fortes, quase surreais, nos rochedos do Parque Nacional da Serra do Catimbau, em Buique - PE

Brasil, Pernambuco, Buique (P.N da Serra do Catimbau), arqueologia, lapiais, pinturas rupestres, sertão, tartarugas, toca da casa da farinha, torres, Trekking, trilha

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New Orleans em 2 dias

Estados Unidos, Louisiana, New Orleans

Muito movimento na Bourbon Street, a rua mais famosa de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Muito movimento na Bourbon Street, a rua mais famosa de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


New Orleans, ou NOLA para os íntimos, é a cidade dos sonhos para qualquer boêmio. Lá todos podem encontrar onde se divertir, desde aqueles que querem festa, mulheres e cerveja baratas, até os que apreciam a boa culinária, cervejas artesanais e, é claro, uma boa música.

Homenagem aos grandes nomes do jazz em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Homenagem aos grandes nomes do jazz em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


É o tipo de lugar que você pode passar dois dias e conhecer razoavelmente bem, mas foi uma das poucas cidades que senti aquela vontade imensa de morar por um tempo. Poder conhecer os bares, os músicos e participar da história viva que está acontecendo, aqui e agora. Ser uma “insider” em NOLA, rodeada de pessoas interessantes e curiosas pelo mundo, principalmente da música, do jazz, do blues e todas as nuances que giram em torno delas. Bem, sonhar não custa nada, tínhamos dois dias, então vamos tentar viver neles um mês inteiro!

Tarde de leitura em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Tarde de leitura em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


A cidade que já teve ocupação espanhola e francesa é um misto de Europa e Estados Unidos, com um pé na África. Os tempos de escravidão trouxeram para cá o ingrediente que faria esta mescla de culturas entrarem em ebulição e resultarem em boa música, uma das melhores culinárias nos Estados Unidos e lindos festivais como o Mardi Gras.

A cruz acorrentada, homenagem aos escravos na primeira igreja para negros em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

A cruz acorrentada, homenagem aos escravos na primeira igreja para negros em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


O Mardi Gras é um carnaval que nasceu nos encontros semanais dos escravos na Congo Square, hoje dentro do principal parque da cidade, o Parque Louis Armstrong.

Congo Square, um raro lugar de diversão para os escravos em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Congo Square, um raro lugar de diversão para os escravos em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


A praça era o único lugar onde os negros podiam se reunir livremente com seus instrumentos musicais e viver um pouco da sua cultura, falando sobre os seus sentimentos em relação ao trabalho escravo, a religião e as tradições de suas tribos na África. Esse caldeirão cultural foi precursor de ritmos como o blues e o fabuloso jazz!

Ana participa de banda de jazz em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Ana participa de banda de jazz em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


A arquitetura e organização da cidade dispensam carro. No Garden District você encontra os melhores Bed & Breakfast e Guesthouses, restaurantes e alguns pubs. Detalhe importante: a cidade é um grande centro para convenções da região, além de um dos destinos favoritos dos americanos para casamentos, ao lado de Las Vegas. Assim, reservar a pousada com antecedência vai lhes poupar de uma hora de busca e bateção de perna.

Pegando o bonde em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Pegando o bonde em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


Todos os dias pegamos charmoso bondinho da St Charles Avenue, no Garden Disctrict até a entrada da famosa Bourbon Street. O antigo centro cultural de New Orleans já teve seus dias de glória, hoje continua lotado de turistas, porém com bares e casas de reputação duvidosa.

Casa de shows na Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Casa de shows na Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


Meninas em roupas diminutas convidam os homens a entrarem nessas casas, em outros cantos mulheres decadentes tentam ganhar a vida na porta de um bar. Cervejas, drinks baratos e essa atmosfera festiva atraem os jovens a se perder dia e noite nos guetos da Bourbon Street.

Marujos caminham na famosa Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Marujos caminham na famosa Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


A cidade portuária foi escolhida para um Encontro Nacional da US Navy (Marinha Americana), então encontrar marinheiros uniformizados era comum em todas as ruas e bares. As casas ofereciam descontos especiais para os oficiais, que se dividiam em atividades diversas. Uma das belas surpresas que tivemos foi encontrar a banda oficial da marinha em um concerto especial na St. Louis Cathedral. Admiramos pasmos e emudecidos a suntuosa catedral ao som de hinos militares e famosas notas sulistas típicas de NOLA.

Interior lotado da St. Louis Cathedral, em dia de apresentação de banda da marinha (em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos)

Interior lotado da St. Louis Cathedral, em dia de apresentação de banda da marinha (em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos)


St Louis Cathedral, em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

St Louis Cathedral, em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Seguimos em busca da tão aclamada e legendária New Orleans. Caminhando pelo French Quarter, cruzamos a Jackson Square, rodeada de cartomantes e músicos, em direção ao Rio Mississippi.

Barco leva turistas em passeio noturno pelo rio Mississipi, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Barco leva turistas em passeio noturno pelo rio Mississipi, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


O clássico rio cantado em várias canções forma a maior bacia hidrográfica na América do Norte e marcou a história dos Estados Unidos como uma das principais vias de comércio de madeira, alimentos e algodão. Os antigos barcos a vapor comuns entre 1830 e 1870 já não circulam mais, a não ser para levar e trazer turistas. Quem tiver tempo pode programar cruzeiros de 5 e até 10 dias por paisagens belíssimas e pela história dos Estados Unidos no American Queen.

O barco tradicional do Mississipi, que hoje faz passeios com turistas em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

O barco tradicional do Mississipi, que hoje faz passeios com turistas em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Caminhando pela Decatur St. chegamos finalmente à parte boêmia do French Quarter. No caminho vale um desvio para conhecer o Laffite´s Black Smiths Shop, se autoproclama o bar mais antigo de New Orleans ainda em atividade.

Lafitte's Blacksmith Shop, o mais tradicional bar da Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Lafitte's Blacksmith Shop, o mais tradicional bar da Bourbon Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


A Frenchmann Street é tudo o que imaginamos que foi um dia a Bourbon Street. Bares e casas de música com bandas de jazz, blues e rock, garotos de uma banda de metais tocando na esquina e casais dançando em um revival total das épocas áureas do Jazz em New Orleans.

Banda de jazz toca nas ruas de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Banda de jazz toca nas ruas de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Spotted Cat foi o meu bar preferido, músicos e público apaixonados pela música. Não se assuste se só encontrar seus pais e avós na plateia, eles sabem apreciar a boa música melhor que muitos jovens por aqui.

Muito jazz nos bares da Frenchman Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Muito jazz nos bares da Frenchman Street, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos


Um encontro com o Captain Charles, amigo de Andrew revelou que a música não está apenas nos bares, está na cultura de todo orleneano. Restaurando sua casa, uma pérola do final do século XIX, estava com todos os seus móveis e peças de decoração no primeiro andar. Rodeados por um grande antiquário original, quadros, móveis e sua imensa coleção de CDs, tomamos um vinho delicioso trocando histórias da vida, viagens e amigos em comum.

Encontro com o Capitão Charles Walton e seus amigos, na sua casa em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Encontro com o Capitão Charles Walton e seus amigos, na sua casa em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Sua visita à NOLA não estará completa se não incluir no roteiro um breve tour gastronômico pelas delícias do sul. O po-boy, sanduíche de lingüiça artesanal ou carne desfiada com queijo é uma boa pedida para um brunch. O preferido dos locais é a muffalleta.

Po-Boy e cerveja da Louisiana em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Po-Boy e cerveja da Louisiana em New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


Propaganda de Po-Boy, o famoso sanduíche de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos

Propaganda de Po-Boy, o famoso sanduíche de New Orleans, na Louisiana - Estados Unidos


A dica para um jantar especial é o Irene´s Cuisine, é um pouco mais caro, mas vale cada centavo. O menu não é extenso, porém cada prato é preparado à perfeição! Um piano bar foi nosso companheiro durante uma hora já que fizemos a reserva em cima da hora, portanto se não quer esperar ligue e reserve com antecedência! Para fechar a noite, um pouco de açúcar na veia, prove o beignets do Café du Monde, um dos points preferidos para o fim de noite nas madrugadas de NOLA.

O famoso e boêmio Cafe du Monde, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

O famoso e boêmio Cafe du Monde, em New Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Louisiana, New Orleans, Mississippi River, Música

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Na estrada de Santos à Bocaina

Brasil, São Paulo, Santos, Guarujá

Tirando fotos na Praia do Tombo, no Guarujá - SP

Tirando fotos na Praia do Tombo, no Guarujá - SP


Depois de uma manhã de trabalhos e arrumações, pegamos estrada rumo a São José do Barreiro, portal de entrada do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Um dia onde a nossa curtição maior é a estrada e o que encontramos no caminho, ainda mais quando se trata do litoral paulista.

Praia do Tombo, no Guarujá - SP

Praia do Tombo, no Guarujá - SP


Eu ouvi muito falar do Guarujá, mas para mim nunca foi uma praia com apetite appeal. Prédios, poluição, praias lotadas, era esta a imagem que eu tinha de lá até conhecer o Rodrigo. O Ro freqüentou por muito tempo Pitangueiras e a Praia do Tombo e por isso estava ansioso para passar por lá novamente. Nostálgico e saudoso como sempre, procurou o prédio onde ficava com a família nas temporadas da sua infância.

Praia das Pitangueiras, no Guarujá - SP

Praia das Pitangueiras, no Guarujá - SP


A cada pedacinho da praia que passávamos relembrava de momentos especiais, histórias e emoções que passou ali. A melhor delas foi que seus avós quando se casaram vieram morar no Guarujá, já imaginaram como era esta praia em 1929? Um pequeno museu do surf nos deu uma idéia de como deveria ser na década de 60, com uma foto do primeiro campeonato de surf em 1967, a praia lotada de pranchões e sungas estilosas.

Almoçamos em um restaurante delicioso à beira da praia, culinária praiana super requintada, peixe com banana ao molho de palmito com raspas de limão. Hummmm, delícia! Seguimos do Guarujá pela orla, passando por Enseada e fomos em direção à balsa para Bertioga.

Serra do Mar ista da balsa Guarujá-Bertioga - SP

Serra do Mar ista da balsa Guarujá-Bertioga - SP


Eu vim dirigindo desta vez, fazia tempo que não pegava uma estrada mais longa, ainda mais durante a noite. Muitas vezes fico meio cegueta com as luzes da pista contrária a noite, mas hoje eu estava super bem! Acho que foi a prova final de que uma balada por semana deve me deixar sempre mais disposta, saudável e com os chákras alinhados!

Visão de Bertioga da balsa vinda do Guarujá - SP

Visão de Bertioga da balsa vinda do Guarujá - SP


Chegamos a São José do Barreiro já eram 22h, uma cidade pequena como esta, achei que não encontraríamos uma pousada aberta. Já estava até preparada para dormir na Fiona, mas encontramos a simpática Pousada do Régis para nos salvar. Uma boa noite de sono e amanhã acordarei só embaixo de uma cachoeira!

Curiosidade

Um dos prédios tortos de Santos - SP

Um dos prédios tortos de Santos - SP


Quando visitarem Santos, percebam os prédios que ficam na orla entre o canal 3 e o canal 5. Vários deles estão em processo de se tornarem monumentos históricos italianos, inspirados na Torre de Pisa. Devido ao terrendo arenoso, a fundação destes prédios está afundando e por isso estão completamente tortos! Mas atenção, este pode ser um momento de investimento. Se você não tem vertigem e nem medo de desabar, pode comprar um apartamento de 2 quartos de frente para o mar pela bagatela de 60mil reais! Hoje o mercado imobiliário está em alta na região, devido ao pré-sal, um apartamento de 1 quarto perto do canal 5 custa em torno de 250mil. Você arriscaria? Negócio de Grego! Hummm, ou seria presente... fiquei meio confusa. Rsrsrs.

Brasil, São Paulo, Santos, Guarujá, Bertioga, Praia

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Caye Caulker

Belize, Caye Caulker

A belíssima e pitoresca Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

A belíssima e pitoresca Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


Em tempos de globalização é difícil encontrarmos lugares totalmente autênticos e originais. Em Belize isso não é diferente, um dos poucos países na América que possui praias paradisíacas e o inglês como língua oficial atrai centenas de europeus e americanos em busca de um paraíso tropical para a sua aposentadoria.

O belo mar que circunda San Pedro, na grande bareira de corais de Belize

O belo mar que circunda San Pedro, na grande bareira de corais de Belize


Ambergris e sua capital San Pedro, a Isla Bonita de Madona, já tiveram seus tempos de glória, hoje são um dos destinos mais turísticos, apinhados de hotéis, restaurantes, construções despropositadas, além de gringos por todos os lados. A ilha perdeu a sua calma e tranquilidade para as ruas de asfalto e um monte de concreto.

Praia em San Pedro, cheia de restaurantes, piers e lojas, em Belize

Praia em San Pedro, cheia de restaurantes, piers e lojas, em Belize


Hoje Caye Calker é o que Ambergris foi há uns 20 anos, mais relaxada, com alguns poucos expats fazendo as honras da casa em seus hotéis e guesthouses na beira da praia, sem deixar que ela perca o seu charme. As ruas de areia, os piers de madeira, o tempero local e as casinhas coloridas detrás dos coqueiros ainda guardam a alma caribenha e o ritmo descompassado de um típico paraíso tropical.

A belíssima e pitoresca Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

A belíssima e pitoresca Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


As lojas e restaurantes locais ainda são maioria e os poucos veículos que cruzam a ilha são simpáticos carrinhos de golfe. A ilha é rodeada por manguezais e praias cobertas de plantas marinhas, o que não a torna muito atrativa para banhistas.

O estreito canal de mar que divide em duas a ilha de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

O estreito canal de mar que divide em duas a ilha de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


Trânsito de carros de golfe em Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

Trânsito de carros de golfe em Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


A única praia da ilha foi formada na década de 60 pelo Furacão Hattie que cortou a ilha ao meio, criando a praia conhecida como “The Split”. É lá na Split que está o maior agito de todas as tardes, com músicas, bebidas e um belo por do sol.

O incrível pôr-do-sol em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize

O incrível pôr-do-sol em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize


O sol toca o mar no final de tarde em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize

O sol toca o mar no final de tarde em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize


Já que Caye Caulker não é uma ilha de muitas praias, o mergulho faz as vezes de anfitrião para os que são do mar. Este é o caye mais central para os mergulhos nos arrecifes e no famoso Blue Hole! Assunto e fotos suficientes para um post exclusivo, aqui.

O estreito canal de mar que divide em duas a ilha de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

O estreito canal de mar que divide em duas a ilha de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


O melhor lugar para o café da manhã é o Amor y Café, que só abre até meio-dia e tem um cardápio delicioso de frutas, iogurtes, smoothies, além dos american breakfasts preferidos pelos gringos.

O melhor café da manhã em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize

O melhor café da manhã em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize


Nas aventuras gastronômicas não deixem de provar os pratos naturebas com tempero local do Bambooze e o buffet de comida cubana vizinho, o único da ilha. Eles ficam o dia inteiro assando o porco em uma fogueira em frente ao restaurante e o espeto é adaptado com a direção de um carro na ponta. É claro que essa cena mereceu uma foto especial. =)

Preparando o jantar (o pobre porco) em rua de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

Preparando o jantar (o pobre porco) em rua de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize


Ficamos hospedados no tranquilo Sea Beeezzzzz, pousada do simpático casal belizenho-americano, em uma casa colonial inglesa, logo depois do cemitério.

Nosso caminho do dia a dia, atravessando o cemitério em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize

Nosso caminho do dia a dia, atravessando o cemitério em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize


Nosso hotel em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize

Nosso hotel em Caye Caulker, na grande barreira de corais de Belize


No final do dia de mergulhos nos despediríamos de Caye Caulker em um jantar com a turma de mergulhadores, mas o cansaço do dia que começou as 4h30 da manhã foi tanto que capotamos e acabamos perdendo o horário. 3 dias no paraíso, com direito à prainha, festa na Split, interação com os locais, aventuras gastronômicas e momentos para relaxar e curtir a arte del dolce far niente!

Litoral de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize

Litoral de Caye Caulker, na grande barreira de corais, em Belize



Como chegar?

Nosso barco entre Corozal e San Pedro, já na grande barreira de corais de Belize

Nosso barco entre Corozal e San Pedro, já na grande barreira de corais de Belize


Barcos saem regularmente de Belize City em direção à Caye Caulker e San Pedro. Se você chegar de avião na principal cidade do país, não perca tempo, pegue um táxi para o terminal de barcos e embarque direto para o paraíso. Se você está descendo do México para Belize, a sua primeira parada será a cidade de Corazal, aí a melhor opção é pegar a lancha que sai as 7h da manhã em direção a San Pedro e lá trocar de barco para Caye Caulker. Mais de uma companhia faz este segundo trecho, o preço é igual. Subimos no barco às 10h e em 30 minutos já estávamos na ilha.

O sol nasce na baía de Corozal, em Belize

O sol nasce na baía de Corozal, em Belize

Belize, Caye Caulker, Ambergris, Cayes, ilha, San Pedro

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White Mountains National Forest

Estados Unidos, New Hampshire, Lincoln

Delicioso mergulho no Mirror Lake, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Delicioso mergulho no Mirror Lake, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


O nordeste dos Estados Unidos, região conhecida como Nova Inglaterra, é mais famosa por sua costa histórica, belas praias e deliciosas lagostas. Durante o verão as Green Mountains e sua irmã do leste, as White Mountains, ficam meio de escanteio, quando as estações de esqui fecham por falta do elemento fundamental para sua atividade: a neve.

Passeio nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Passeio nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


O que muitos esquecem é que quando a neve vai embora, ela deixa para trás uma nova Nova Inglaterra, tão bonita e especial quanto a sua branca e gelada paisagem. Montanhas verdes, rios cristalinos formados pelo degelo e alimentados por fontes de águas minerais, trilhas sequinhas e a oportunidade de encontrar a vida selvagem que não precisa mais se esconder do frio.

Trilha para a cachoeira Sabbaday, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Trilha para a cachoeira Sabbaday, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


A área oferece oportunidades para montanhismo, escalada em rocha, caminhadas, caiaque, rafting e uma infinidade de atividades para os amantes da natureza. Tudo isso, é claro, com a praticidade e a infraestrutura peculiar aos parques e florestas nacionais americanas: estacionamentos, mirantes, trilhas sinalizadas com vários níveis de dificuldade e acessibilidade garantida para todos.

Viajando pelas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Viajando pelas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Trilha para a cachoeira Sabbaday, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Trilha para a cachoeira Sabbaday, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Nós utilizamos como base a pequena vila de Woodstock, vizinha à cidade de Lincoln, já no estado de New Hampshire. Ficamos hospedados no Wilderness Inn, que além de muito confortável e um café da manhã divino, tem como principal diferencial o atendimento personalizado dos donos, viajantes inveterados! Rosana nos ajudou a montar um roteiro, forneceu mapas e deu as melhores dicas de toda a área e acabamos decidindo estender a nossa estadia por mais uma noite para poder explorar melhor a região.


Nosso roteiro nas White Mountains

O dia começa com um pit stop no posto mais próximo para abastecer o carro e preparar a nossa cesta de piquenique, já que dentro da floresta não se encontram postos e restaurantes. Entramos na floresta nacional pela Kancamagus Highway, uma estrada cênica com vários mirantes, vistas fantásticas das montanhas e informações interessantes sobre a história geológica destas terras.

Rio de águas claras e geladas nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Rio de águas claras e geladas nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Estes montes já foram cobertos por mais de 1 km de gelo, há mais de 15 mil anos, na última glaciação. O degelo formou os “notchs”, vales estreitos que hoje concentram as principais atrações da Floresta Nacional das Montanhas Brancas. Antes de nos embrenharmos nos vales queríamos ter uma visão mais ampla da região e fizemos um pequeno detour para o famoso Mount Washington, o ponto mais alto do nordeste dos Estados Unidos, com 1.917m de altitude.

A bela paisagem durante a subida do Mount Washington, ponto mais alto das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

A bela paisagem durante a subida do Mount Washington, ponto mais alto das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Há várias formas de chegar ao topo do Mount Washington, trem é a mais cara e talvez a mais divertida delas. A nossa escolha normalmente seria a forma mais tradicional, a pé. Há várias rotas e geralmente a mais bonita é a mais difícil. Hoje, porém, acabamos optando por conhecer outra das atrações do parque: a Mt. Washington Drive Road. Um parque privado, criado em 1861 pelo visionário proprietário dessas terras, é a atração turística (construída pelo homem) mais antiga dos Estados Unidos.

Fiona nos leva pelas estradas das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Fiona nos leva pelas estradas das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Trem leva turistas ao topo do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Trem leva turistas ao topo do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


O Mt. Washington possui um observatório climático completo e se orgulha de quebrar os records de piores condições climáticas do mundo! No seu cume já foram registrados ventos de 372km/h, em uma tempestade em abril de 1934. Para ler os relatos completos da aventura do homem que viu, mediu e sobreviveu a esta tempestade para contar a história, é só clicar aqui.

A caminho do topo do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

A caminho do topo do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Muito vento, gift shops e fotos depois, seguimos em direção ao Crawford Notch, lugar que poderíamos ficar pelo menos uns 2 dias explorando suas trilhas e diferentes paisagens. O plano inicial era fazer uma trilha de 4 km, mas para isso o dia precisaria ter começado 3 horas mais cedo.

Experimentando fantasia de alce na lojinha do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Experimentando fantasia de alce na lojinha do Mount Washington, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


No topo do Mount Washington e das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

No topo do Mount Washington e das White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Fizemos uma rápida parada em Bretton Woods, local onde foi assinado o histórico acordo que remodelou toda a economia mundial, criando o FMI, o Banco Mundial e estabelecendo o dólar como a moeda mundial de comércio.

Hotel onde se realizou a famosa conferência de Bretton Woods, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Hotel onde se realizou a famosa conferência de Bretton Woods, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Local onde foram definidas as novas diretrizes do mundo capitalista, um marco importantíssimo e bem lembrado pelo meu amado marido economista. Detalhe: o Acordo de Bretton-Woods foi assinado em julho de 1944, no mês seguinte da Invasão da Normandia, o famoso “Dia D”, já no final da Segunda Guerra Mundial.

Visitando Bretton Woods, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Visitando Bretton Woods, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Terminamos a loop road passando pelo Franconia Notch, onde fizemos uma trilha rápida pelo Basin, para começar a acostumar nossa sobrinha linda às atividades esportivas na natureza. Ela é meio preguiçosa, mas com jeitinho conseguimos tirá-la do conforto da Fiona e colocá-la em movimento.

The Basin, lembrança da última era glacial nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

The Basin, lembrança da última era glacial nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


No caminho para casa ainda faríamos uma última parada, a mais esperada do dia para nossa querida sobrinha, o Mirror Lake! Toda a preguiça que a Bebel tem para caminhar simplesmente desaparece quando o assunto é água! Nossa linda sereia não demorou um segundo para entrar na água do Mirror Lake, parada obrigatória para fechar o dia de viagem em New Hampshire.

Mirror Lake, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Mirror Lake, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Vamos embora sem ter encontrado nenhum alce, animal comum nessa região, mas difícil de ser avistado durante os dias quentes. Ficamos sem o alce, mas tivemos a sorte de ver um urso preto, lindo! A sorte foi apenas a de estarmos passando em frente ao pequeno circo da cidade na hora de descanso do pobre coitado. Ele estava fora de sua jaula, na área de playground, mas com uma cara meio aburrida.

Um urso negro usado em apresentações em Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Um urso negro usado em apresentações em Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Um urso negro usado em apresentações em Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Um urso negro usado em apresentações em Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos


Um dia é pouco para explorar tudo o que a White Mountains National Forest têm a oferecer. Em um dia completo conseguimos ter um bom overview, mas se você tiver um final de semana ou até um feriado prolongado de 4 ou 5 dias, sem dúvida não faltarão atividades. Seja no verão ou no inverno, trekking ou skiing, a beleza natural da região não irá decepcionar.

Ponte refletida em lago cristalino, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Ponte refletida em lago cristalino, nas White Mountains, região de Lincoln, em New Hampshire - Estados Unidos

Estados Unidos, New Hampshire, Lincoln, Bretton Woods, Mount Washington, parque nacional, Road Trip, Trekking, trilha, White Mountains

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