0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
A Fiona desbravando a estrada Top of The World Highway, já no lado canadense da rodovia
O Ártico é um mundo muito diferente para nós brasileiros. Mesmo para uma sulista como eu, acostumada com diferenças consideráveis de temperatura, nada além do meu guarda-roupa e programações de final de semana realmente vai mudar entre o verão e o inverno. Praia ou montanha? Bermuda ou casaco de lã? O meu trabalho continuará o mesmo, as ruas e avenidas também. Aqui no norte do mundo as estações do ano determinam radicalmente o estilo de vida das pessoas que aqui nasceram, vivem e trabalham. Grande parte da população do Alasca e norte do Canadá deixa sua cidade durante o inverno e retorna durante o verão. A população da cidade de Dawson (Canadá), por exemplo, pode chegar a 60 mil durante o verão, incluindo os turistas, e no inverno não passa de 2 mil habitantes.
Na verdade, estamos deixando o Alaska, na estrada Top of The World Highway
Já imaginaram como isso altera a dinâmica de toda a cidade? Supermercados, restaurantes, fábricas, lojas, prestadoras de serviços, enfim, tudo deve ser redimensionado para atender apenas aos que ficaram. A maioria dos negócios já possui o seu modus operandi, acostumados a trabalhar apenas por uma estação, fechar as portas e reabrir só em fevereiro, às vezes apenas em maio!
Essa bola de espinhos é, na verdade, um porco-espinhos, animal muito comum ao longo da rodovia Top of The World Highway, entre EUA e Canadá
As belas paisagens da rodovia Top of The World Highway
As pessoas que vão em busca do sol já possuem a sua casa de veraneio em um país tropical na América Central ou no Caribe, mais baratos e com o clima ideal para quem foge do inverno gelado. Enfim, acabamos descobrindo que vários alascans passam mais tempo com sol e calor do que eu em Curitiba! Rsrs! Assim é a vida de quem vive em um lugar de extremos.
Fiona bem empoeirada (nem se vê mais a América do Sul!), depois de muitos quilômetros na estrada Top of The World Highway, no Alaska
A Fiona desbravando a estrada Top of The World Highway, já no lado canadense da rodovia
Quanto mais ao norte, mais sazonais as cidades, estradas e serviços. É o caso da estrada conhecida como Top of the World Highway, que opera apenas durante o verão. Nós saímos de Tok no dia 20 de Setembro em direção à Dawson, no Canadá, no timing perfeito para pegar a estrada ainda em funcionamento. Amanhã, 21/09 a fronteira e a estrada fecham por toda a estação.
O posto de fronteira mais roots na longa fronteira entre EUA e Canadá
Fecham para nós humanos, mas não para os caribous, que circulam livremente sem estampar o passaporte em uma das suas migrações anuais. São mais de 45 mil caribous que cruzam estas montanhas em busca de um lugar mais propício para passar o inverno. Estas hordas são acompanhadas há milênios pelo povo do norte, que segue a manada em busca de alimento e pele.
Placa informativa sobre os caribous, típico animal dessa parte do Alaska e do Canadá
Um simpático porco-espinho atravessa a estrada Top of The World Highway, entre EUA e Canadá
Cruzamos uma das poucas fronteiras conjuntas dos Estados Unidos e do Canadá, onde apenas um edifício abriga ambas, imigrações e aduanas, dos dois países. Longe de tudo e todos é uma das fronteiras mais roots da América do Norte! Já no Canadá, a estrada também conhecida como Yukon 9 chega às margens do Rio Yukon em West Dawson, onde cruzamos de balsa durante o verão para enfim chegar a Dawson City. Difícil é acreditar que o maior rio do Alasca congele e vire ponte para os moradores da região durante o inverno.
Chegando ao majestoso rio Yukon, onde está Dawson City, no Canadá
Uma balsa faz a travessia de veículos através do rio Yukon, em Dawson City, no Canadá
A rota foi aberta inicialmente pelos mineradores que viajavam entre Dawson e Chicken, outra mina de outro ainda do lado americano. A trilha foi crescendo, chegou até a cidade de Fairbanks e mais tarde foi transformada em estrada. Seu nome não surgiu apenas por estar no topo do mundo, mas por cruzar toda uma área pela crista das montanhas. Nela temos a real sensação de estarmos no topo do mundo! São 127 km de estrada entre curvas e montanhas coloridas de amarelo e vermelho nesta época de outono. Ela é uma das estradas mais ao norte do continente, acompanhada pela Dalton Highway, que começa próxima a Fairbanks, cruza o Círculo Polar Artico e vai até o Oceano Ártico, e pela Dempster Highway.
Distância em quilômetros para as próximas cidades na Dempster Highway, na região de Dawson City, no Yukon Territory, no Canadá
A Dempster Highway é a única estrada canadense aberta todo o ano que cruza o Círculo Polar Ártico. A Dempster se inicia na Klondike Highway, cruzando 736 quilômetros do estado do Yukon e dos Northwestern Territories até a cidade de Inuvik, no delta do Rio Mackenzie, no Oceano Ártico. Nos meses de inverno, a estrada ainda se estende por mais 194 km por um caminho de gelo que utiliza porções congeladas do Rio Mackenzie para atravessar até a comunidade de Tuktoyaktuk. Passamos pela entrada da Dempster e ficamos tentados a percorrê-la. Chegamos a entrar na estrada e andar por alguns quilômetros, até a primeira ponte e primeira placa de distâncias.
Painel explicativo sobre a Dempster Highway, na região de Dawson City, no Yukon Territory, no Canadá
Início da Dempster Highway, região de Dawson City, no Yukon Territory, no Canadá
Ir até o final, seria apenas pela esperança de encontrar algum urso polar, mas a possibilidade seria muito remota. Já foram relatados casos de ursos polares próximos da porção norte da estrada, mas estes são levados de volta para os campos gelados do Mar Ártico. Nós já temos os bilhetes do ferry comprados na Akaska Maritime Highway para o dia 25/09. Para chegarmos até os ursos seriam necessários pelo menos mais uns 7 dias de viagem de carro, avião e barco para chegar ao seu habitat natural. Se morássemos aqui já teríamos rodado todas estas rodovias, mas como não moramos, esta é mais uma que entrou para a nossa nova lista de rotas da Expedição ao Ártico!
Curva e corredeiras do rio Yukon, na estrada entre Dawson e Whitehorse, no Yukon Territory, no Canadá
Demos adeus à Dempster e descemos a Klondike Highway que atravessa trechos dos caminhos percorridos pelos stampeders que subiam o Rio Yukon em busca do ouro da cidade de Dawson. Fomos até a vila de Haines Junction, onde tínhamos a esperança de encontrar os nossos amigos Kombianos novamente. Eles também passaram por ali uma hora antes de nós, foi por pouco que não nos encontramos! Amanhã seguimos viagem para Haines e começamos a nossa jornada de novas descobertas pelo litoral sudeste do Alasca, onde novas culturas e novas paisagens nos esperam.
Estrada entre Whitehorse e Haines Junction, no Yukon Territory, no Canadá
Olá Ana!
Legal as imagens, muito bonitas, pouca gente aqui conhece, gostaria de saber se existem postos de combustíveis ou é necessário leva-lo para percorrer essas grandes distancias?
Você sabe me dizer se Tuk é o limite da estrada ou se existem estradas que vão mais ao norte?
Resposta:
Olá Thiago! Algumas estradas não tem postos de gasolina. Indo para Prudhoe Bay, pela você só encontra gasolina ou diesel em Coldfoot. Nesta estrada de Tok a Dawson também tem uma cidadezinha que tem posto, lembrando que tudo lá só abre no verão, viajando fora da alta temporada é bom se informar antes, pois quase todo o Alasca fecha e migra para lugares mais quentes durante o inverno. Quanto ao ponto mais alto, Tok é a primeira cidade que você chegará no Alaska vindo do Canadá, existem duas estradas que vão mais ao norte a Dalton Highway, no Alaska, que vai até Prudhoe Bay e Dempster Hwy que vai até Inuvik, nos Northwestern Territories. Dá uma olhada neste post, quando chegamos ao ponto mais ao norte da expedição - http://www.1000dias.com/ana/alem-do-alasca/ - não chegamos em Prudhoe Bay dentre outros motivos também por que não havia combustível, o diesel em Coldfoot havia acabado.
Enfim, muitas estradas para voltarmos!
Bjs!
adorei essas imagens, eu lembro a época em que eu vivia em natucket- cape-cod - usa, saudades!
Resposta:
Olá Marta! Nós estivemos em Cape Cod, mas não conseguimos ir até Nantucket infelizmente. Eu não imaginava a ilha assim, deve ser mesmo linda! Boa viagem! Bjs
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet