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Ahu Akivi, o único local onde os Moais estão voltados para o mar em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
A Ilha de Páscoa é grande museu a céu aberto, a cada pedra que você tropeçar encontrará uma história escondida embaixo dela. Uma casa, uma vila, um altar, um moai, uma vida. Em uma ilha em que a superpopulação e o esgotamento de recursos naturais causaram o fim de uma civilização, toda e qualquer peça deste quebra-cabeças se torna importantíssimo para remontar as histórias e trazer a tona todos os mistérios que giram em torno dessa dela.
Entrando em área de parque nacional em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Explorar a ilha, portanto, é um deleite aos que tem olhos mais treinados, ou aos que decidem logo treiná-lo na chegada à ilha, como fizemos no day tour descrito neste post, acompanhados do nosso guia Patrício. Ele nos levou pelos principais lugares onde poderia nos ensinar sobre a hitória e arqueologia da ilha, mas também nos apontou lugares que não deveríamos deixar de conhecer e que não estavam incluídos naquele tour. Hoje, portanto, decidimos alugar um carro para rodar a ilha e estes lugares imperdíveis.
Com nosso carro alugado, dirigindo pelas estradas de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Começamos pela Ana Kai Tangata, no sul da ilha, uma caverna onde pode-se encontrar pinturas de manutaras, a ave sagrada dos antigos Rapa Nuis. Do antigo idioma local Ana significa “caverna”, Tangata significa “homem” e Kai significaria “comer”, porém não existe nenhuma evidência ou informação na tradição oral da ilha de que os Rapa Nuis eram canibais. Já no Rapa Nui moderno Kai significa ensinar, reunir, contar, sendo mais aceita a ideia de que a caverna era usada para aulas de como construir canoas. O lugar é lindo, bela vista para o mar e de fácil acesso.
Pinturas rupestres na caverna Kai Tangata, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
A caverna de Kai Tangata, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Nossa segunda parada foi no Orongo, uma cidade cerimonial construída no topo do vulcão Rano Kau. Além de um museu, o local tem vistas maravilhosas! Falo mais sobre ele, as religiões dos antigos Rapa Nuis e a Cerimonia do Homem Pássaro neste post.
A cratera do vulcão Rano Kau, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Seguimos ao Vinapu, mais um das dezenas de altares da ilha, este porém possui uma característica muito especial, pedras polidas e encaixadas perfeitamente. Aparentemente aqui os Rapa Nuis utilizaram a mesma técnica desenvolvida pelos Incas, mais especificamente no templo do Deus do Trovão, conhecido como Saqsawaman, nos arredores de Cusco. Será que Rapa Nuis e Incas chegaram a se encontrar?
Ruínas de traços incas em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico. Terá havido algum contato?
Além da batata doce e abóbora que são plantas originárias da América do Sul, encontradas na Polinésia sem que europeus tenham navegado entre as duas regiões, mais um indício de que eles poderiam ter se encontrado. Existe uma teoria de que o Rei Inca Tupac Yupanqui, em sua expedição ao Pacífico, teria desembarcado na Ilha de Páscoa e na ilha de Mangareva, na Polinésia Francesa. Estudos do historiador peruano José Antonio del Busto baseia sua teoria em relatos escritos no século XVI pelos espanhóis Pedro Sarmiento de Gamboa, Martin de Murua and Miguel Cabello de Balboa. Mais um mistério para a enigmática Ilha de Páscoa.
Ruínas de traços incas em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico. Terá havido algum contato?
Um dos muitos Moais espalhados por Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
No caminho para o Puna Pau começou a garoar, as chuvas na Ilha de Páscoa geralmente são rápidas e passageiras. Aguardei um pouco no carro e logo fui atrás do Rodrigo na trilha que entra na pequena cratera despedaçada do Vulcão Puna Pau, no idioma local “fonte seca”, o que significa que ali nos arredores um dia houve água.
Puna Pau, onde eram fabricados dos Pukaos, ou cabelos dos Moais de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Este é o único local na ilha onde é encontrada a scoria, um tipo de rocha vulcânica porosa de coloração avermelhada com a qual os Rapa Nuis faziam os Pukaos, cabelos enozados dos Moais. Muitos os confundem com chapéus, mas reparando bem, você o reconhecerá de algumas tribos polinésias de cabelo pixaim em que homens não podem cortar o cabelo e amarram no topo da cabeça com um nó. Um Moai só era embuido do seu poder espiritual quando, no seu ahu, recebia o seu pukao e os olhos de coral branco, pintados com tinta negra.
Um Pukao, ou o cabelo de um Moai (em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico)
Continuamos nossas explorações, agora rumo ao Ahu Akivi, mais conhecido como “Os Sete Moais”. Os moais normalmente estão colocados de costas para o mar, olhando para a sua vila, como grandes guardiões. Este grupo de moais é o único que está localizado no centro da ilha, com todos olhando para o oceano. Diz a lenda que estes seriam os sete primeiros exploradores polinésios que chegaram à ilha e teriam sido homenageados pelo povo olhando na direção de onde vieram originalmente, como com saudades da sua terra natal. Outro ponto muito interessante é que estes Moais estão alinhados com o nascer do sol no equinócio de primavera e de outono, informação essencial para um povo que tinha a agricultura como base.
Ahu Akivi, o único local onde os Moais estão voltados para o mar em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Adiante, na mesma estrada dos Sete Moais seguimos para as cavernas Ana Te Pahu, um longo túnel de lava que se estende por 7 km na base do maior vulcão da ilha, o Maunga Terevaka. Ela é tão ampla e tão longa que foi utilizada como moradia pelos antigos Rapa Nuis desta região. Encontramos dentro da caverna áreas de plantio de banana e de taro, um tipo de inhame, comum no Hawaii, além de áreas utilizadas como fogão polinésio. Nós andamos por trechos da caverna, mas se quiser fazer toda a travessia venha preparado para se molhar, sujar de lama e com uma boa lanterna.
Ana Te Panu, uma das cavernas que servia de moradia e refúgio para os antigos habitantes de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
caminhando por Ana Te Panu, uma das cavernas que servia de moradia e refúgio para os antigos habitantes de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Observando uma das saídas de Ana Te Panu, caverna que servia de moradia e refúgio para os antigos habitantes de Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Bom, para finalizar nosso longo dia de explorações fomos direto para a Praia de Anakena. A praia estava lotada, afinal é um dos locais preferidos dos rapa nuis para descansar, fazer um piquenique e aproveitar o domingo. Comemos uma boa empanada em uma das deliciosas lanchonetes sob os coqueiros e esperamos o sol sair mais forte para dar um mergulho de despedida, não da ilha, mas da praia que já não voltaríamos.
Correndo para saltar no mar na praia de Anakena, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Assistimos a uma pelada entre irmãs e irmãozinhos que se divertiam, enquanto imaginávamos desembarcando ali, na nossa frente, a primeira expedição polinésia na Ilha de Páscoa. Não poderíamos escolher melhor lugar que para um belo por do sol.
Criança se diverte com bola na praia de Anakena, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Retornando à Hanga Roa decidimos parar para um drink de final de tarde em um dos restaurantes mais convidativos da ilha, o Te Moai, na beira da baía com um finalzinho de luz iluminando as pedras à frente. Tomamos um pisco sour e só para continuar no clima polinésio decidimos provar um atum selado com crosta de gergelim e um ceviche com leite de tigre, numa fusão da culinária rapa nui e peruana, impecável.
Nosso apetitoso jantar em Hanga Roa, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
A deliciosa entrada de nosso jantar em restaurante beira-mar em Hanga Roa, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Fim de tarde na praia de Anakena, em Rapa Nui (ou Ilha de Páscoa), ilha chilena no meio do Oceano Pacífico
Gostaram do nosso roteiro pela Ilha de Páscoa?
Existem algumas empresas que alugam carros na Ilha de Páscoa, você encontra pelo menos duas delas na avenida principal de Hanga Roa. Os preços são quase tabelados entre as famílias e locadoras locais em 30 mil pesos chilenos (equivalente a US$ 60,00 - valor de outubro/13). Pela facilidade e pela amizade, nós escolhemos alugar o carro direto com a dona da nossa pousada mesmo, facilitando tramites e deslocamentos.
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