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Regi (19/07)
Eu gostei muito desse detalhes e por falar nisso eu amo viajar de avião,...
Antônio pedron (15/07)
rose (13/07)
Amei esse blog! as fotos,os detalhes de cada viagem...Vou acompanahr semp...
rose (13/07)
Uma passadinha pra dizer que as imagens , tudo mto bonito... :) Amei teu ...
Fernando Audibert (12/07)
Olá Ana, Parabéns pelo texto e fotos, estive em Mount Shasta em dezemb...
Maravilhoso pôr-do-sol nos alagados entre Roraima e Amazonas
Rota BR-174 de BoaVista à Manaus - esta estrada é longa e cheia de histórias. São mais de 600km entre as cidades de Boa Vista à Manaus, passando pela Reserva Indígena Waimiri Atroari e a cidade de Presidente Figueiredo, até chegar ao Amazonas. Confira um pouco desta história!
Praia em Montañita, no Equador
Bem vindos à Montañitas! A Jericocacara equatoriana com um clima alternativo, pousadas “pé na areia” e uma badalada vida noturna. A apenas 2h30 de carro ao norte de Guayaquil é um dos paraísos turísticos para jovens descolados, artistas mambembes (vulgos hipongas) e muitos surfistas! Nesta época a temporada de boas ondas está começando no Pacífico e, chova ou faça sol, o mar fica lotado de surfistas buscando a melhor onda.
Surfista em Montañita, no Equador
São dezenas de pousadas para os gostos mais variados e todas em geral com um custo baixo (15, 20 dólares por pessoa), justamente pela alta oferta. As pousadas no centro estão mais “empilhadas”, muito próximas do agito e dificilmente conseguirá dar sossego para um bom descanso. Pouco mais de 1km a frente existem outras opções de pousadas à beira mar, mais silenciosas e com um clima mais relax. Elas ficam bem em frente ao melhor pico de surf, pelo menos era o que víamos depois das 16h, quando a maré subia e as ondas ficavam disputadas.
Surfistas em Montañita, no Equador
Nós chegamos em uma semana fria em que os dias ficaram com muita nebulosidade, vento e garoa fina. Clima perfeito para nos abancarmos na varanda da nossa pousada à beira mar e tirar o atraso dos nossos blogs e fotos. Nossa rotina nestes dois dias foi esta, trabalhamos o dia inteiro de frente pro mar, não podemos reclamar! O Rodrigo ainda deu uma corridinha e entrou no mar, mas eu aproveitei o tempo preguiçoso para continuar em franca recuperação das baterias peruanas.
Trabalhando em Montañita, no Equador
A noite fazíamos uma caminhada de uns 15 minutos até o centro de Montañitas para a refeição do dia. A cidade oferece várias opções, saladas, crepes, carnes, pescados, restaurantes bem bacaninhas e convidativos. Na segunda noite até rolou uma festa de música eletrônica que fomos conferir. Estava bem vazia, pois haviam poucos turistas na cidade, mas a galerinha local agitou e aproveitou bastante, enquanto nós matamos a curiosidade de conhecer um pouco mais do que curtem os jovens equatorianos.
Varanda do nosso hostal em Montañita, no Equador
Uma pena não termos nos encontrado com o sol, sem dúvida alguma a praia ficaria ainda mais bonita e convidativa. Ainda assim foi uma ótima base para descansarmos, trabalharmos e nos prepararmos para os próximos dias de viagem pelo Equador. Afinal, muitas cidades históricas, caminhadas em vulcões e mergulhos nos esperam!
Nadando no mar em Montañita, no Equador
Praia de Pajuçara em Maceió - AL
Algumas cidades foram feitas para a bicicleta, cidades planas, cidades praianas, grandes ou pequenas. Maceió é uma delas, basta um pouco de disposição e uma magrela para conhecer a sua orla de cabo a rabo. Ficamos no Ibis na Praia da Pajussara e eles, já sabendo disso, disponibilizam bicicletas a módicos 5,00 por hora para os hóspedes. Não pensamos duas vezes.
Passeando de bicicleta em Maceió - AL
Saímos da ponta da Pajussara, percorremos toda ela, forrada de bares e barracas de praia, dos mais simples aos mais sofisticados. Passamos para a Ponta Verde, praia preferida de muito por aqui, e fomos sair lá na praia da Jatiúca, praia longa, mais aberta e com ondas. As tribos se dividem por praia, por barraca, nesta ficam os surfistas, no meio da Praia Verde muitas famílias, já na ponta a galerinha jovem mais descolada, onde fica o Lopana, um lounge bar à beira mar delicioso.
Praia de Ponta Verde em Maceió - AL
Um dos mares mais verdes que já vi, um “eletric green” que chega a ofuscar os olhos! Tudo isso por que nestes dias anda ventando demais e ele ainda está meio sujo. O Rodrigo tem boas lembranças da Jatiúca, onde esteve antes de eu nascer, com toda a sua família! Almoçamos em um restaurante no caminho e pegamos um final de tarde delicioso no Lopana, com direito a um banho de mar, uma caipirinha de morango e um DJ ótimo embalando o pôr-do-sol. Que delícia!
Fim de tarde na orla de Maceió - AL
Dia 23 de Dezembro e nós aqui, neste calor, praia, sol... Nem parece que amanhã é natal! Confesso que preferi a praia aos shoppings lotados para compras de última hora. Estou começando a entender o clima natalino aqui do nordeste.
Jangadas em Maceió - AL
Visitando museu da Rota 66 em Elk City, em Oklahoma - EUA
Route 66, America´s Main Street! Uma estrada ligando Los Angeles à Chicago, 2.200 milhas (4.000km) de asfalto que uniu diferentes culturas e dois extremos de um país continental. A Route 66 foi e até hoje é símbolo de aventura e liberdade para os milhares de road trippers, seja de moto ou carro, que vêm de várias partes do mundo para fazer esta jornada.
A Rota 66 nos áureos tempos! (foto em museu de Elk City, em Oklahoma - EUA)
Passando por antigos territórios indígenas, pequenas vilas do velho-oeste e paisagens completamente distintas, planícies intermináveis, desertos vermelhos e montanhas nevadas de Flagstaff.
Placa informativa sobre a famosa Rota 66, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos
A Route 66 era sinônimo de aventura, mas principalmente de oportunidade para aqueles que queriam tentar a sorte na Costa Oeste. O percurso levava em torno de uma semana para ser feito, mas muitas vezes só a viagem já era o objetivo.
Representação da antiga Seligman (Arizona), cidade na famosa Rota 66, que ligava Chicago à Los Angeles
Hoje já muito diferente, a Route 66 é composta por trechos da I-40 (Interstate 40), uma das principais rodovias que cruza todo o centro-sul dos Estados Unidos e que temos acompanhado logo que saímos de Las Vegas. Em algumas partes ela foi incorporada e em outros ela está mantida ao lado da I-40, uma pequena pista simples, sem acostamento.
A Rota 66 passa em Santa Fé, no Novo México - Estados Unidos
Hoje muitas dessas paisagens distintas já tem nome e se firmaram como grandes atrações turísticas da Route 66, como a cidade de Flagstaff, a Petrified Forest e a Meteor Crater, no Arizona, Santa Fé no New México e as imensas planícies produtivas do Texas e de Oklahoma.
Chegando à Seligman (Arizona), cidade na famosa Rota 66, que ligava Chicago à Los Angeles
Durante todo o caminho vemos marcações da velha Route 66 e alguns povoados que até hoje vivem deste turismo, como Seligman, que se diz o lugar onde nasceu a Route 66. Passamos por lá ainda antes de Flagstaff e fizemos uma parada na cidade cenográfica onde vários filmes de faroeste foram produzidos. É claro que tivemos que provar o tradicional hambúrguer de búfalo e um copo gigante de coca-cola, obrigatórios para uma american experience completa.
Comida típica em Seligman, no Arizona, ao longo de toda a Rota 66, e nos Estados Unidos inteiro!
Hoje tivemos um longo dia de viagem saindo de Santa Fé, cruzando o norte do Texas (Amarillo), entrando em Oklahoma com parada em Elk City, no Route 66 National Museum.
Adesivos da Rota 66 em museu de Elk City, em Oklahoma - EUA
O Museu tem carros e motos da década de 30, 40 e 50, espécimes que costumavam popular a super rodada Rota 66. Até uma vila cenográfica típica da época foi construída e faz parte da exibição do museu.
Museu da Rota 66 em Elk City, em Oklahoma - EUA
Na nossa longa viagem hoje cruzamos metade do New Mexico, o norte do Texas, todo o estado de Oklahoma e terminamos em Fort Smith, na fronteira com o Arkansas. Nos desviamos da Route 66 em Oklahoma City, quando ela inclina para o norte rumo à Chicago e nós seguimos em frente pela I-40 rumo à Memphis! See you 66, thanks for the ride!
Visitando museu da Rota 66 em Elk City, em Oklahoma - EUA
No alto da serra das Broas em Carrancas - MG
Uma cidade tranquila, com povo acolhedor, rodeada de montanhas com vistas e cachoeiras maravilhosas, esta é Carrancas. Chegamos aqui com pique total para caminhadas e água fria, e também super bem orientados, pois o Azão pediu a um amigo que nos acompanhasse pelas trilhas e cachoeiras, mostrando os lugares de acesso mais difícil. O Quilia nos levou direto até a Serra das Broas, onde sua família tem terras e onde encontramos as melhores vistas! Mais de 1500m de altitude passando por riachos, ribanceiras de pedra e terra que finalmente deixaram mostrar a que a Fiona veio! Tração 4x4 e até a marcha reduzida tivemos que estrear!
Fiona enfrentando obstáculos em Carrancas - MG
Fiona enfrentando obstáculos em Carrancas - MG
As broas são 2 montanhas parecidas com os Tepuis lá na Venezuela. No caminho, diversas fazendas de gado e quanto mais alto ficamos mais bonita fica a paisagem. Fui perguntando sobre as diversas árvores da região: jacarandá, paineira, mangueira, figueira, todas muito frondosas e vistosas. Empolgada, comecei a notar a repetição de um mesmo tipo de arbusto e perguntei ao Quilia o que eram: Candeia, respondeu ele.
Caminho no alto da serra em Carrancas - MG
Lá no alto da serra todas as terras são fazendas dedicadas ao cultivo e pesquisa de Candeia, planta utilizada para a indústria cosmética. Fiquei interessada, pois nunca tinha visto solo seco e arenoso ser utilizado para fins comerciais. A Candeia gosta deste solo e é uma senhora árvore que possui diversas utilidades, além da indústria cosmética, também é usada para a produção de antibióticos e sua madeira é muito forte e duradoura! Pena que tudo que é bom acaba logo... Esta árvore nativa pode chegar a mais de 3 metros, encontramos algumas poucas na mata, mas a maioria já foi extraída pelo homem. Nas plantações? Difícil vê-la maior que 1,5m. Sempre voltamos à mesma questão, até quando vamos extrair e acabar com os recursos naturais, sem avaliar o impacto que isso terá no ambiente e até para nós mesmos? Ali a área é de plantio e pesquisa para o tal manejo sustentável, espero que prospere, mas pena que é feita sempre tardiamente.
Em um mirante no alto da serra em Carrancas - MG
Na Serra da Broa uma paisagem sensacional! Pedra sobre pedra formando paisagens maravilhosas! Dali também avistamos as cidades vizinhas e fazendas imensas de gado, cultivo de soja e milho. É muito doido pensar que tudo o que vemos lá de cima tem dono, tudo demarcado e custeado... É terra demais sô!
Cenário em cima da Serra das Broas em Carrancas - MG
Se equilibrando no alto da rocha em Carrancas - MG
Depois de esquentarmos caminhando pela serra, descemos para as cachoeiras, principal atração da região. São 54 mapeadas, mas sem dúvida tem muito mais se incluirmos áreas próximas às nascentes, no alto da serra. A agenda hoje foi explorarmos o Complexo da Zilda e o escorregador. A água é transparente, límpida e convidativa, mas pensem numa água gelada! O corpo amortece e fica até vermelho tentando salvar a pele do choque térmico.
Se divertindo no "escorregador" do Complexo da Zilda em Carrancas - MG
Cachoeira em rio do Complexo da Zilda em Carrancas - MG
Enfrentando bravamente a água gelada no Complexo da Zilda em Carrancas - MG
Ali ao lado tem um tal Cânion, que o Ro já conheceu e disse que é sensacional. Mas para vencê-lo temos que nadar nessa água congelante, por isso teremos que voltar amanhã, perto do meio-dia, quem sabe o sol nos dá uma ajudinha.
Cachoeira em rio do Complexo da Zilda em Carrancas - MG
Para terminar o dia fomos ao Mirante da Serra Verde, almoçar e ver o magnífico pôr-do-sol. Uma comida mexicana com um toque mineiro deliciosa! O restaurante é da Marília e do Rolando, ele costa-riquenho e ela mineira, que morou por lá durante 36 anos. Bela combinação! O lugar é mágico e possui o pôr-do-sol mais longo da região. Seu Rolando, super simpático, nos contou histórias de viagens pela América do Sul e Central em sua juventude e até mostrou o Calendário Maia bordado à mão que ele encontrou na Guatemala, uma peça rara!
Pôr-do-sol no Mirante da Serra em Carrancas - MG
É, mais um dia, repleto de candeias e cachoeiras nesses 1000dias que estão apenas começando!
Curtindo mais um pôr-do-sol, dessa vez no Mirante da Serra em Carrancas - MG
Show do The Hall Effect em Bogotá, na Colômbia
Aerosmith, uma das maiores bandas do planeta, dispensa apresentações. The Hall Effect, uma das maiores bandas de rock da Colômbia, já foi devidamente apresentada aqui neste blog. Hoje tivemos o grande prazer de ver as duas bandas se apresentando no imenso Parque Bolívar em Bogotá.
Show do The Hall Effect em Bogotá, na Colômbia
Os portões abriram as 15h, conseguimos comprar os ingressos na última hora, rolou um VIP por um precinho mais camarada. Voltamos à Bogotá apenas para ver os nossos novos amigos roqueiros fazendo parte da história do rock!
Com os amigos Andrés e Oscar, baterista e vocalista do The Hall Effect, antes do show em Bogotá, na Colômbia
A The Hall Effect tocou para um público de mais de 30 mil pessoas, antes dos astros principais da noite pisarem no palco. Mandaram muuuito bem! Levantaram o público com seus hits, que filmava o show para posteridade, fazendo outro espetáculo de luzes.
Bela performance do Douglas no show do The Hall Effect, em Bogotá, na Colômbia
Outra banda de rock que tocou na noite foi a “Leyendas”, primeira banda de rock em inglês da Colômbia. Há mais de 20 anos eles chegaram a tocar para 40 mil pessoas! Um repertório de covers eles voltaram aos palcos para o que deve ser o seu show de despedida, já sem o vocalista, que faleceu há poucos meses. Foram mais de 30 anos de carreira e dedicação, mas um dia a idade chega.
Show do Aerosmith em Bogotá, na Colômbia
Minutos depois entravam no palco Steven Tyler, Joe Perry, Tom Hamilton, Brad Whitford e Joey Kramer. Impressionante o pique destes setentões! Aerosmith é a banda de rock norte-americana que mais vendeu em toda a história, com mais de 150 milhões de álbuns vendidos ao redor do mundo, sendo 66,5 milhões apenas nos EUA.
Show do Aerosmith em Bogotá, na Colômbia
Também conhecida como “The Bad Boys of Boston” a banda foi formada em 1970 e teve sucesso imediato, passou por muitas brigas, internações, reabilitações e segue até hoje com muitas drogas, sexo e rock´n roll!!!
Show do Aerosmith em Bogotá, na Colômbia
Foi uma bela despedida de Bogotá, seguida por uma pizza e uma longa noite de conversas e histórias sobre o mundo da música e do rock na casa de nossos anfitriões, nossa nova família colombiana. Amanhã partimos de Bogotá, com certeza de que voltaremos.
Lanche depois do show do Aerosmith, em Bogotá - Colômbia
Playa Frontón, o melhor segredo da península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Para quem nunca ouviu falar da República Dominicana, este é um país localizado na ilha de Hispaniola no Caribe, mais conhecida como o lugar onde fica a praia e os Resorts All Inclusive de Punta Cana. Sim, Punta Cana não está em uma ilha perdida no meio do Caribe, ela faz parte de um dos maiores países caribenhos com uma história e cultura riquíssimas, montanhas, cavernas secas e inundadas e inclusive praias ainda mais bonitas do que aquela dos resorts.
Vista do alto do Pico Duarte, na República Dominicana
A ilha de Hispaniola é uma das duas ilhas do Caribe dividida por dois diferentes países: a República Dominicana e o Haiti. Nós programamos 20 dias na ilha e dividimos nosso tempo entre ambos, mas 20 dias foram poucos para ver tudo! Confesso a vocês que na nossa correria habitual não tivemos tempo de preparar este roteiro, chegamos lá com uma ideia do que gostaríamos de conhecer, mas foi assuntando com os locais que fechamos os detalhes e o roteiro final.
Roteiro na Rep. Dominicana e Haiti, clique para ver o mapa ampliado
Nosso roteiro começou pela capital Santo Domingo, a primeira cidade das Américas ainda existente. Não sei se vocês lembram ou sabem disso, mas, depois de gritar “Terra à vista!”, foi nesta ilha que os espanhóis desembarcaram pela primeira vez no continente americano. A cidade tem edifícios coloniais belíssimos na charmosa Zona Colonial, dentre os vários “primeiros” do país estão a primeira casa onde viveu Cristóvão Colombo nas Américas e a primeira Catedral do continente.
As pombas não parecem se importar muito com o imponente Colombo, na Zona Colonial de Santo Domingo, capital da República Dominicana
A charmosa arquitetura da Zona Colonial, centro histórico de Santo Domingo, capital da República Dominicana
Santo Domingo é o hub para todo o transporte rodoviário da ilha, daqui saem os ônibus para Punta Cana, Santiago, segunda maior cidade do país, e ao Haiti. Nossa curiosidade e ansiedade de chegar neste país não nos deixou esperar nem mais um dia! Após explorações e um mergulho nos arredores de Santo Domingo, nos mandamos para a controversa capital haitiana, a cidade de Port-au-Prince. “O que vocês vão fazer lá?”, escutávamos de todos os lados. “É perigoso, é feio, não tem nada para fazer e ver no Haiti!” e nós apenas respondíamos, ok, queremos ver isso com os nossos olhos. Programamos 7 noites e 8 dias no Haiti e, mesmo sem falar creole e nem francês, se pudesse mudaria tudo para ficar mais tempo no país. Não se preocupe, detalharei tudo nos próximos posts!
Detalhes de haitianos no mercado de Cabaret, antiga Duvalierville, ao norte de Port-au-Prince, no Haiti
Voltando à República Dominicana, entramos pelo norte do país, utilizando a simpática cidade de montanha de Jarabacoa como base. Dela partimos para um trekking de 2 dias até o cume do Pico Duarte (3.086m), ponto mais alto do Caribe. Além da montanha a região possui lindas cachoeiras, raftings, parapente e uma infinidade de atividades em meio à natureza. Lá mesmo alugamos um carro e rumamos ao norte para conhecer as mais lindas praias do país.
Mulas descansam na área do refúgio do Pico Duarte, na República Dominicana
Exploramos a costa de carro em um dia, apressadíssimos para chegar no que seria a cereja do bolo, a Península de Samaná. Foram dois dias e duas noites que desbancaram qualquer mordomia que um hotel all inclusive possa dar até ao mais preguiçoso dos turistas. Na boa, quem veio à Punta Cana e não dirigiu mais 3 horinhas para chegar até aqui não sabe o que perdeu.
As incríveis cores da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Voltamos a Jarabacoa e Santo Domingo, de onde pegamos um ônibus para conhecer, afinal, a tão afamada Punta Cana. Tínhamos que ir até lá conferir, mesmo sabendo que não era muito a nossa praia. Não pagamos a tarifa mais barata que achamos e mesmo assim caímos em um dos dos hotéis mais pops, o Bávaro Dominican Beach. Pense em alguém que queria morrer... EU! Sinceramente, eu não nasci para isso não... se é para ficar preso em um hotel all inclusive, que seja um 5 estrelas, bem chique! Não pode bancar um 5 estrelas, como nós? Então invista direito estes dólares e encontre melhores restaurantes, praias e paisagens mais paradisíacas, entre em contato com a cultura local e seja feliz sem regras estúpidas, bebidas talibãs e buffets pasteurizados.
Chegando ao litoral na costa norte da República Dominicana
Depois deste breve “rolé” pela ilha de Hispaniola fechamos, nos 1000dias, todos os países do Caribe. Estas Ilhas-países são um pedacinho da África no continente americano, com o seu melhor e o seu pior. Pobreza, corrupção, distorções e contrastes sociais, que nos deixam tão embasbacados quanto a criatividade e a alegria do seu povo, a qualidade da sua música, seus vulcões, mergulhos e a beleza de suas praias. Caribe, agora que já te conheço só posso dizer que quero voltar e será logo!
A grandiosa paisagem que se vê do alto da Citadelle, no norte do Haiti
Coral negro na ponta do mastro do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
Mergulhar novamente sem meu dupla amado é quase uma missão impossível. Ele está bem, mas ainda não pode abusar da saúde, principalmente dos ouvidos (ou orelhas? Rsrs). Então hoje nos dividimos novamente, e lá fui eu logo cedo para o mergulho.
Corneta do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
Briefing básico na chegada ao dive center e logo já estávamos no caminhão a caminho do porto. Aqui o esquema é um pouco diferente, ao invés de saírem para dois mergulhos pela manhã e estenderem para o dar tarde, são dois horários distintos, um tanque por saída. O mergulho da manhã saiu as 9h para o naufrágio Charlie Brown.
O grande mastro submerso do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
Um navio italiano que foi colocado à venda por um dólar após chegar à Trinidad (se não me engano). Ele foi ofertado justamente para ser afundado em algum local como recife artificial. Statia foi a mais rápida a fechar a proposta! Em 2005 Marieke, sócia-fundadora da Scubaqua e Marco, instrutor, estavam na ilha e participaram de toda a preparação para o afundamento do navio.
As grandes hélices do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
Deve ser muito bacana mesmo participar de um projeto como este, retirar tudo o que não pode ser afundado, limpar qualquer resquício de óleo, combustível ou materiais poluentes e finalmente colocar o navio a pique! E o melhor! Sabendo que ele estará lá apenas e exclusivamente para o seu bel prazer! rsrsrs!
Mergulhando no naufrágio artificial Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
O naufrágio está está deitado lateralmente a 31m de profundidade. Com a estrutura intacta, já possui algumas formações coralíneas, principalmente no mastro e hastes tubulares. As duas hélices são a grande atração, lindas e inteirinhas. A penetração é permitida, porém com o grupo certo de mergulhadores, que infelizmente não era o meu caso, um grupo muito misto de básicos e avançados, eles preferem não abusar.
Parte interna do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
Meu dupla foi um francês, Patrick, também estava fotografando e tinha um consumo de ar bem próximo ao meu, o que facilitou muito a nossa vida, acabamos sendo os últimos a subir. Sua esposa também é mergulhadora, mas menos experiente preferiu ter como dupla o próprio Marco, nosso dive master.
Uma barracuda "cabeçuda" no naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
O final do mergulho foi acompanhado por 4 barracudas, duas imensas! Uma delas parecia ser super cabeçuda, dentes imensos, mas super tranquila. Ficou ali posando para fotos um tempão. Quando comentei com o pessoal eles comentaram que suspeitam que ela esteja doente, pois é o corpo que está mais magro que o normal (daí a impressão do cabeção, rsrs). Lindo naufrágio! Valeu muito à pena!
Corais tomam conta da estrutura do naufrágio Charlie Brown, na costa de Statia - Caribe
No nosso intervalo de superfície voltamos à base da operadora, almoçamos e logo me integrei em um grupo de mergulhadores holandeses, vindos da cidade de Den Bosch na Holanda. Eles vieram para encontrar sua amiga mergulhadora e sócia da Scubaqua, Marieke. Todos muito divertidos, já estavam mergulhando há quase 10 dias ali, então me deram umas boas dicas dos melhores pontos, etc. Numa ida ao banheiro olhem só quem eu encontrei? Uma iguana delicatíssima, espécie encontrada apenas em Saba e Statia! Estava passeando por ali, tentando chegar à árvore com uns frutinhos verdes pelo jeito muito apetitosos. Ela tinha mais de um metro, contando a longa cauda e devia ser mais anciã já que conseguiu se manter calma e tranquila com as 4 fotógrafas ao seu redor. Rsrs!
A Iguana Delicatissima, encontrada apenas nas ilhas de Saba e de Statia - Caribe
13h30, voltamos ao caminhão, ao barco e ao mergulho! Agora uma travessia do ponto conhecido como The Ledges para o Hangover Reef. Um mergulho multi-nível variando entre 19 e 12m.
Mini Peixe-vaca, no Hangover Reef, na costa de Statia - Caribe
O primeiro conjunto de corais possui uma pequena parede de uns 2m em formato de ferradura e base de pedras vulcânicas forrada de corais e esponjas. Fica até difícil escolher em que buraco procurar por lagostas ou caranguejos, já que os esconderijos, cores e vida marinha são abundantes.
Peixe-Anjo, no Hangover Reef, na costa de Statia - Caribe
O segundo, como o próprio nome já diz, tem uma formação de uma pequena gruta natural por um longo trecho junto da areia. Muita vida micro coralínea, lagartas, camarões, caranguejos e peixes de todas as espécies, linguado, garoupa, moréias e outros. Na travessia eu achei curioso a intensa troca de termas, 3 ou 4 vezes entrando e saindo de águas quentinhas a águas “gélidas”, entre 25,5° e 28,5°C.
Moréia negra defende o seu espaço no Hangover Reef, na costa de Statia - Caribe
O final de tarde na Scubaqua vira o maior happy hour, todos se reúnem para completar seus logbooks, tomando uma cervejinha. Eu esperava que o Rodrigo aparecesse, pois havíamos deixado essa possibilidade aberta, mas infelizmente ele não foi. Minha carona era uma das última a ir embora, pois precisava organizar as coisas e fechar o dive center. Ingrid, uma das sócias fundadoras, me levou até a nossa pousada.
Fim de mergulho no porto de Oranjestad, em Statia - Caribe
Lá estava o Ro, descansando do dia de caminhadas, pois aproveitou o sol e foi explorar a praia de areias escuras do lado “Atlântico” da ilha, Zeelandia. Foram várias trilhas, picos e uma vista para a Venus Bay. Afinal, mais alguns sinais da melhora do meu lindo.
Costa entrecortada de Sint Statius - Caribe
O grupo de holandeses já vai embora amanhã, então passamos em um restaurante para a grande despedida. Chegamos atrasados, pois estávamos trabalhando, e eles já estavam indo embora. Acabei me unindo a eles para uma cervejinha rápida de despedida em um barzinho na cidade baixa. Dia intenso, novos amigos e lindos pontos de mergulho em Statia nos mostram que esta ilha ainda tem muito a ser explorada!
Porto de Oranjestad, na costa de Statia - Caribe
Baleia usa nadadeiras para empurrar peixes para a sua boca aberta, durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
A costa da British Columbia é uma das principais rotas de passagem de ao menos três espécies de baleias nas suas migrações entre o Pacífico Sul e os mares do Alasca. As principais espécies encontradas são as baleias cinzentas, as orcas e as baleias jubarte.
Primeira baleia avistada no passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
A baleia cinzenta, ou gray whale, nesta época já passou por aqui a caminho da Baja Califórnia (México). Nós as encontramos na nossa passagem por lá, enquanto amamentavam e cuidavam de seus filhotes nas águas quentes de Puerto Lopez Mateos e Loreto. Desde então elas já vieram percorreram mais de 8 mil quilômetros para se alimentar nos mares de Bering e de Chukchi no norte e agora já estão no caminho de volta.
Movimentação de baleia atrai muitos pássaros durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
A segunda espécie na verdade não é de baleias, mas sim de golfinhos! O maior espécime de golfinho encontrado ao redor de todo o mundo é a orca, também chamada de baleia-assassina oi killer whale, embora de baleia só tenha o tamanho e a fama. A grande rainha dos mares há muito tempo faz parte da vida, das lendas e simbologias das primeiras nações que habitam esta costa. As orcas são rápidas, caçam em grupo e possuem um sistema de comunicação super avançado. Estão no topo da cadeia alimentar marinha, ao lado dos grandes tubarões. O que poucos sabem é que existem vários tipos de orcas e três deles podem ser observados aqui na costa da British Columbia: as residentes, as transientes e as offshore, que vivem no mar aberto.
As magníficas paisagens de Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
As residentes, como o próprio nome diz, vivem aqui nesta costa, principalmente na região entre a Ilha de Vancouver e o continente. Elas se alimentam quase que exclusivamente de peixes e seu preferido é o salmão. Vivem em clãs relacionados geneticamente, famílias com em torno de 20 indivíduos, reconhecidos também pela linguagem exclusiva que desenvolvem nesta relação.
"Sopro" de baleia quase acerta pássaro, em passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
As orcas “offshore” são avistadas em grupos de 30 a 60 indivíduos e acredita-se que sua dieta é primariamente composta também por peixes. Já as transientes, ou que vivem em trânsito, não possuem um local fixo ou padrão no seu movimento pelos mares e podem ser avistadas a qualquer momento sozinhas ou em grupos de até 5 ou 6 orcas. Essas são as famigeradas baleias assassinas, que vemos em documentários se alimentando de várias espécies de mamíferos marinhos como focas, leões marinhos, golfinhos, porpoises e até outras espécies de baleias! Em uma orca encontrada morta no Alasca, chegaram a descobrir restos de um alce dentro do seu estômago! Pelo jeito ele causou uma bela indigestão! Rsrs!
Enorme carregamento de madeira passa atrás de baleia durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
O terceiro grupo de baleias que pode ser avistado aqui na British Columbia é a nossa velha conhecida baleia jubarte, ou humpback whale. As jubartes cruzam essas águas ainda em busca de alimentos durante a sua longa migração entre o Ártico e a Antártida. Elas são consideradas os mamíferos mais viajados do planeta, com uma migração estimada em mais de 25 mil quilômetros! São imensas, medem entre 12 e 16 metros e podem chegar a mais de 36 toneladas. A sua pesca quase as levou à extinção, porém desde 1966, quando foi proibida a caça de baleias, vem recuperando seu número e hoje a população mundial é estimada em 80 mil indivíduos, sendo em torno de 18 a 20 mil apenas no Pacífico Norte.
Movimentação de baleia atrai muitos pássaros durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
No Alasca as empresas de whale watching garantem que encontrarão as baleias, ou seu dinheiro de volta! Aqui já não é garantido e escutamos de várias pessoas que encontrar as humpbacks é uma sorte grande! Nós aceleramos o nosso passo na saída do ferry em Port Hardy, para conseguir pegar o último grupo de avistamento de baleias no Telegraph Cove. Stubbs é empresa mais antiga e tradicional da Ilha de Vancouver, um grupo bem mesclado de alemães, americanos, holandeses e brasileiros foi acompanhado de especialistas, com um destaque especial para Jackie, a bióloga marinha e pesquisadora de jubartes que vive na região.
Depois do passeio das baleias, voltando à Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Telegraph Cove, em Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Quando nós cruzamos as jubartes na costa atlântica brasileira, normalmente elas já estão acompanhadas de seus filhotes, nadando rumo à Antártida. Os mais sortudos podem vê-las saltando, como vimos de longe na viagem a Abrolhos. Porém aqui a diversão é outra. A melhor época para avistá-las é de maio a outubro e o comportamento especial que esperamos ver é o da alimentação, principalmente o impressionante bubble feeding, quando um grupo de baleias cria uma rede de bolhas para encurralar os cardumes de pequenos peixes e os ataca de baixo para cima, saindo com as bocas imensas para a superfície da água.
Grupo de baleias Humpback nadam em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Conhecendo o comportamento de alimentação desses animais é mais fácil nos aproximarmos e observarmos calma e tranquilamente um dos espetáculos mais lindos da natureza! Cruzamos pelo menos 2 baleias no caminho até encontrarmos Conger. Ele se aproximou de um cardume de pequenos peixes e/ou krill, dieta preferida das jubartes e para a surpresa de Jackie e de todos nós, iniciou um estranho ritual de alimentação. Ele deslocou sua mandíbula, para manter a boca o mais aberta possível, e com a ajuda das nadadeiras, ele empurrava os pequenos peixes para dentro da boca!
Baleia se alimenta durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
A bióloga estava emocionada e impressionada, pois era apenas a segunda vez que ela via esse comportamento alimentar! Ela acredita que Conger está inovando e inventou esta nova modalidade de alimentação! Com o barco desligado assistimos a esta cena abismados, emocionados e completamente realizados, mesmo mantendo os religiosos e ecologicamente corretos 100m de distância, para não atrapalhar o cardume e a comilança do nosso novo amigo.
Baleia experimenta novas técnicas de pescaria com sua enorme boca aberta, durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Em seguida recebemos a notícia de um barco pesqueiro que outras 3 baleias foram vistas no fundo da baía e para lá seguimos. Não demora muito e logo as encontramos, com seus esguichos de água, correndo indignadas de um grupo de leões marinhos. Esperem, mas não era qualquer leão marinho, um grupo de Sterlings, o maior leão marinho do mundo, estava atormentando a vida das pobres jubartes. Devem fazer isso para demarcar seu território, proteger a sua pesca e porque assim foram ensinados desde pequenos! As três baleias cantantes batiam em retirada dando sinais claros de frustração, soltando sons como quem diz: “HUNF! Me deixem em paz!!!”. Ah! Vale lembrar que as jubartes são as baleias mais conhecidas por suas curiosas e misteriosas melodias submarinas.
Grupo de baleias Humpback nadam em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Logo ali ao lado fomos conhecer a casa destes gigantes e fedidos leões marinhos. Preguiçosos sobre suas pedras rugiam uns para os outros deixando claro quem era que mandava no pedaço. Rolando de um lado para outro e se movendo lentamente é quase impossível acreditar na sua agilidade dentro d´água! Que o digam as jubartes!
Steller Sea Lions, a maior espécie de leões-marinhos do mundopasseio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Leões-marinhos nadam sob o nosso barco durante passeio em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Curioso foi saber que as humpbacks são menos conhecidas pela comunidade científica do que as orcas, pois são estudadas a muito menos tempo. Ao lado da casa dos sterlings, nós passamos em frente ao centro de pesquisas e observação das orcas no Canadá. A principal sede do centro de observação é aqui em uma das ilhas próximas à Telegraph Cove, justamente por ser o melhor lugar para encontrá-las. Uma pena que não foi hoje.
Grupo de baleias Humpback nadam em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Base de Centro de Estudos de Orcas, em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Durante o tour Jackie nos explica como se compõem as populações de cetáceos de BC e aos poucos vai passando todas estas informações que eu estou contado para vocês agora. A sua paixão por estes animais pode ser sentida em cada gesto e cada palavra. O seu trabalho aqui é muito maior do que guiar e acompanhar turistas. Além de catalogar e observar novos comportamentos, seu objetivo é informar, envolver e fazer com que todos estes turistas que passam por aqui conheçam melhor os animais que estão sofrendo com as alterações climáticas, poluição e o descuido do ser humano com o meio ambiente.
Nossa bióloga dá uma pequena palestra ao final do passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Ao final do passeio ela faz uma palestra e mostra seus potinhos vermelhos com a quantidade de químicos encontradas em diferentes concentrações na camada adiposa das populações de orcas e baleias na costa do Canadá. A expectativa de vida das orcas, principalmente dos machos, está diminuindo absurdamente! As fêmeas não são menos afetadas, o segredo é que elas metabolizam e se livram de parte deste veneno no leite materno, passando direto para os seus bebês, afetando as gerações futuras. Nem preciso falar que perto dos portos e das áreas mais populosas, entre Victoria e a megalópole Vancouver, estão os piores resultados e justamente naquele grupo de orcas residentes. Vocês lembram qual é a principal dieta dessas orcas? Pois é, o mesmo salmão que você está comendo no restaurante chique ou no japonês ali da esquina.
A enorme calda de uma baleia Humpback durante passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Agora a temporada de whale watching acabou, não por que as baleias não estejam mais no mar, mas porque o inverno se aproxima, tempestades e o mau tempo se tornam mais frequentes e os turistas trocam o litoral pelas montanhas nevadas. Nós também seguimos viagem, em busca do sol e de novas aventuras aqui na Ilha de Vancouver. Dentro de nós, porém, algo mudou. Uma experiência como esta, tão próxima de um dos seres mais fantásticos dos nossos mares, ficará para sempre marcada nosso coração e na nossa memória.
Enorme "sopro" de baleia quase acerta pássaro, em passeio de barco em Telegraph Cove, na Vancouver Island, na Columbia Britânica, costa oeste do Canadá
Playa del Sur, em Luquillo - Porto Rico
Nosso último dia em Porto Rico, reservamos para conhecer pelo menos uma das Ilhas Virgens Espanholas. As ilhas de Culebras e Vieques que ficam no litoral nordeste do país. São as ilhas mais parecidas com o que vimos nas Bahamas e TCIs pelas fotos que vimos.
Desde que passou a fazer parte do commonwealth americano, os EUA investiram na infra-estrutura do país, urbanizaram e desenvolveram a ilha, mas com certeza havia um interesse por trás disso. Para os EUA, Porto Rico é um ponto estratégico no Caribe, por isso a utilizaram como base militar. Vieques, uma a grande virgem, era usada como base para testes de mísseis e bombas até 2002, quando a população conseguiu finalmente expulsar a marinha americana da ilha. Como podem os americanos escolher um lugar tão paradisíaco como este para ficar explodindo? Capricho dos militares que custou a saúde dos ilhéus, que segundo informações possuem uma alta incidência de câncer.
Culebra, a virgem menor, é muito conhecida por mergulho, snorkeling e é uma das preferidas dos velejadores. Escolhemos Culebra por ser menor, mais fácil de explorarmos e conhecermos em apenas um dia, o tempo que tínhamos disponível. Tentamos chegar até lá, mas foi impossível! Chegamos uma hora antes no ferry-boat, os tickets já haviam esgotado. A quantidade de pessoas era absurda, por baixo umas mil, uma roubada que acabamos, sem querer, conseguindo nos safar.
Confusão para abordagem do Ferry para Culebra - Porto Rico
Como programa alternativo fomos à Luquillo, uma cidade litorânea badalada, mas que hoje estava bem tranqüila e familiar. A Playa del Sur fica ao sul da praia principal de Luquillo, como o próprio nome sugere, nos surpreendeu positivamente com suas deliciosas sombras, feitas pelas palmeiras à beira da praia, areias douradas e a transparência do seu verde mar. Aprendizado do dia, as Ilhas Virgens não são tão virgens assim... pelos menos não as espanholas.
Ana aproveitando a sombra para ler sobre USVI, em para de Luquillo - Porto Rico
Playa del Sur, em Luquillo - Porto Rico
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