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A bela praia Les Salines, em Sainte Anne, no sul de Martinica
Martinica, chamada pelos nativos caribs de Ilha Madinina, que significa “ilha das flores”, não nega a origem do nome. Florida, alegre e bem colorida é um dos destinos preferidos dos franceses vindos da metrópole. A população é na sua marioria descendente dos escravos que vieram trabalhar nas plantações de cana no século XVII, já mesclada com os colionizadores franceses. Os caribes que não caíram em batalhas defendendo sua terra, foram expulsos da ilha em 1660, poucos anos depois da capital francesa St. Pierre ser construída no norte da ilha (1636). Os ingleses chegaram a conquistar o território no final do século XVIII e começo do século XIX, pouco mais de 20 anos durante a Revolução Francesa, retornando ao comando francês após as Guerras Napoleônicas.
Chegando em Fort-de-France, capital da Martinica, a mais urbanizada ilha do leste do Caribe
Atravessando o parque La Savane, o principal de Fort-de-France, capital da Martinica
Mais francesa que Guadalupe e com a população já acima dos 415 mil habitantes, é uma das ilhas mais urbanizadas do leste do Caribe. Sua capital Fort-de-France possui largas avenidas e estradas duplicadas correm de norte a sul interligando a capital às principais cidades do departamento francês. O centro histórico próximo ao ativo Forte St. Louis, sua igreja e biblioteca nacional se mesclam à construções modernas melhor vistas do ferry. Andando nas ruas, porém, vemos que toda a infra-estrutura e charme francês se mistura às cores e despojamento comum às ilhas caribenhas.
O Fort S. Luis, que deu origem á cidade de Fort-de-France, capital de Martinica
Prédio da biblioteca, marco arquitetônico de Fort-de-France, capital da Martinica
A chegada de ferry em Fort de France proporciona belas vistas da cidade, mas o terminal não possui muita infra-estrutura turística como balcão de informações, locação de automóveis, etc. Mochila nas costas e caminhamos em torno de 10 minutos até La Savane, a praça principal do centro da cidade, em busca de um car rental. No caminho encontramos o casal Douglas e Maria, também com suas mochilas procurando as locadoras de carro.
Atravessando o parque La Savane, o principal de Fort-de-France, capital da Martinica
Douglas é camaronês e Maria é sueca, ambos vivem em Estocolmo e estavam impressionados com a cidade caribenha em que tudo fecha na hora do almoço. “Quando chegar na Suécia vou contar para os meus amigos que as pessoas aqui não gostam de ganhar dinheiro”, dizia ele. Os dois se casaram há 2 meses e depois de uma lua de mel curta na Espanha, decidiram tirar 20 dias nas ilhas caribenhas.
Com nossos amigos suecos, Maria e Douglas, em Fort-de-France, capital da Martinica
Douglas, também vindo de uma ex-colônia francesa, nos ajudava a agilizar a comunicação no francês e Rodrigo com seu francês e sua manha de viajante experiente os ajudava a procurar as melhores soluções para os nossos problemas. Nos ajudamos, ficando com as malas enquanto eles saiam procurar as locadoras e depois de duas horas finalmente tínhamos um carro na mão! Eles não conseguiram alugar, pois a maioria das locadoras pede no mínimo 5 anos de carteira de motorista para liberar o carro. Mudamos nossos planos e rumamos ao sul da ilha para dar carona ao casal de recém-casados, que se hospedaram em Anse Mitan. Nos despedimos com uma promessa que tentaríamos nos encontrar novamente, aqui, em Estocolmo ou em algum canto do mundo!
Com nossos amigos suecos, Maria e Douglas, na pousada deles em Anse Mitan, ao sul de Fort-de-France, na Martinica
Descemos à Grande Anse, uma vila de pescadores com um lindo promenade à beira mar, bares e restaurantes convidativos para uma cervejinha no final de tarde. Foi tudo perfeito, mas o que me marcou nessa praia foi a bela mordida que levei de um cachorro invocado. Foi mais pelo susto que levei do que pelo sangue que tirou, já que nunca tive medo de cachorro.
Praia de Grande Anse, no sudoeste de Martinica
Tempo de relaxar e ler sobre o país, na praia de Grande Anse, no sudoeste da Martinica
Passamos pela cidadezinha de Anse D´Arlet, um pouco mais urbanizada, que a anterior, com calçadão e uma linda igreja de frente para o mar e dali tivemos uma das melhores vistas para a “Rocher du Diamant”, pequena ilha rochosa que foi ocupada pelos ingleses, que ficavam no pé dos franceses do seu navio “inafundável”, como chamavam a ilha “The Unsinkable”. Os ingleses só foram expulsos dali depois de uma estratégia pirata adotada pelos franceses, que enviaram barris de rum e pegaram os adversários de calças curtas completamente bêbados na hora do ataque.
A famosa "Diamond Rock", usada como "navio" pelos ingleses, em suas guerras contra Napoleão (sul da Martinica)
A bela igreja de Anse D'Arlet, no sudoeste da Martinica
Escolhemos Sainte Anne como base no sul da ilha. A caminho de lá passamos pela baía e pela cidade de Le Marin, com bastante infraestrutura, hotéis e até um Mac Donald´s com sua baguete francesa.
Um delicioso recanto na estrada pouco antes de chegar em Le Marin, no sul de Martinica
Na ponta sul da ilha de Martinica, Sainte Anne é uma vila super charmosa, com suas casinhas de madeira, lojinhas de souvenirs e restaurantes à beira mar. Chegamos de noite e tivemos dificuldade em encontrar um hotel, alguns fechados na baixa temporada e outros supostamente abertos, sem ninguém na recepção. Rodamos por todos os hotéis que tínhamos endereço, perguntamos e nada. Até que subindo um morro seguindo uma das placas encontramos uma senhora que não titubeou em pegar seu carro e nos acompanhar até o hotel mais próximo, a caminho de Le Marin. Ele estava em uma estrada, não muito longe de onde havíamos passado, recepção fechada, mas após insistirmos conseguimos encontrar uma pessoa para nos atender! Experiência que se tornaria comum nessas ilhas francesas.
Loja de rede francesa em Sainte Anne, no sul de Martinica
Devidamente instalados fomos a um restaurante de cozinha creole simples na estrutura, mas com um chef maravilhoso! Pela primeira vez na vida provei um purê de fruta-pão, gratinado com queijo, simplesmente divino! A fruta-pão foi trazida para essas ilhas por um capitão inglês, como fonte de alimento barato para os escravos e eles fazem maravilhas culinárias com a fruta que é quase esquecida no Brasil.
Agência de mergulho (Club de Plongee) em Anse D'Arlet, na Martinica
Após este longo dia de viagens e explorações, tiramos a quinta-feira para descansar nas areias douradas de Les Salines, uma das praias mais bonitas da Martinica. Entre veranistas franceses e alguns viajantes perdidos encontrávamos as senhoras com seu tradicional costume de chita florido vendendo sorvete de coco artesanal.
Vendedora de praia com estilo, em Sainte Anne, no sul de Martinica
Alguns restaurantes bem rústicos vendem frutos do mar por algumas dezenas de euros, mas os mais descolados já trazem sua própria baguete e frutas para o piquenique na praia. No verão as opções devem ser mais variadas, já que este é um dos destinos preferidos nos feriados para moradores e turistas.
Tarde preguiçosa na praia Les Salines, em Sainte Anne, no sul de Martinica
Outras praias populares que não pudemos conhecer estão na costa leste, voltadas para o oceano Atlântico, com mais vento e mar mais agitado. Cap Chevalier, Macabou no sudeste e as praias da Praia Tartane e Anse l´Étang na Península de Caravelle são as que prometem as paisagens mais dramáticas para o nordeste da ilha.
Tarde preguiçosa na praia Les Salines, em Sainte Anne, no sul de Martinica
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