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Rubens Werdesheim (24/07)
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Leticia (23/07)
Olá Ana e Rodrigo vi os postes sobre a cidade do méxico achei super int...
Cynthia (23/07)
Oi Ana, estou pesquisando sobre o Suriname e me deparei com o seu blog. O...
Tiago (22/07)
Sandir (21/07)
Desde criança, eu me fascinava com aqueles típicos filmes da sessão da...
Muitos tubarões durante mergulho em Felipe's Point, em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Providencia está localizada à beira de um abismo submarino, situação ideal para encontrar uma grande biodiversidade marinha. Encontros com tubarões e peixes de grande porte são certos e fazem desta pequena ilha um dos paraísos dos mergulhadores aqui na Colômbia.
Encontro com tubarões durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Com a ajuda de Betito eu agendei um mergulho com o pessoal da Felipe Diving, baseados na Fresh Water Bay. Com um pouco de dor de ouvido o Rodrigo preferiu não arriscar e trocou os mares pelas montanhas, visitando o ponto mais alto da ilha, “O Pico”. Enquanto ele conferia a natureza exuberante, lagartixas azuis e os morros escarpados de Providência, eu desci às águas profundas no ponto conhecido como Felipe´s Point com a promessa de encontrar alguns tubarões.
Muitos tubarões durante mergulho em Felipe's Point, em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Um tubarão se aproxima durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Gata escaldada, nunca alimento esperanças concretas de encontrar esses animais, afinal eles exercem o seu direito de ir e vir nesse imenso mar azul. Mas aqui foi diferente, eles moram nos arredores deste arrecife à beira de um paredão de 500m de profundidade e não tem medo dos mergulhadores que volta e meia vêm os visitar. Black tip sharks e Gray Reef Sharks são os mais comuns nessas águas, eles variam de 1,5m a 3m e são super curiosos, indo e vindo ao redor dos mergulhadores.
Muitos tubarões durante mergulho em Felipe's Point, em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Chegamos a quase 40m de profundidade e ficamos cercados por mais de 10 tubarões, lindos, majestosos e imponentes. Aos poucos percebo que eles estão ficando mais agitados e demorei a entender o motivo. Felipe e seu irmão, que nos guiavam no mergulho, estavam caçando lion fishes (peixes-leão), que são uma praga invasora aqui no Caribe.
Mergulhando junto com tubarões em Providencia, ilha colombiana no Caribe
A memória dos tubarões nem depende do seu aguçado olfato, pois já registrou que esses mergulhadores são fonte de alimento, e sabem disso antes mesmo de eles começarem a caçar. Em poucos minutos o show começa e Felipe, sem roupas especiais de proteção e sem medo algum, começa a provocar os tubarões com um lion fish em seu arpão. Os tubarões ficam bem atiçados e chegam cada vez mais próximos do grupo, que extasiado assistia à cena, impressionados com o que estávamos presenciando.
Alimentando tubarões com lion fish durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Alimentando tubarões com lion fish durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Um dos mergulhadores usava um bastão com uma Go Pro acoplada na ponta, semelhante ao arpão que alimentava os tubarões. Um deles se confundiu e quase levou a Go Pro pensando que era um peixe. Todos os mergulhadores do grupo eram muito experientes, o que garantiu a segurança de todos, mas essa prática é muito delicada e muda o hábito alimentar do animal, que passa a ver nós, humanos/mergulhadores como fonte de alimento. Por isso eu sou contra o shark feeding, embora, de um jeito meio torto, ele cumpra o seu papel de educar e mostrar ao ser humano que os tubarões são animais que merecem ser respeitados e preservados. É importante saber que um mergulho com shark feeding deve ser feito com muita cautela, cumprindo normas de segurança e principalmente com o conhecimento prévio de todos os envolvidos e um briefing detalhado para garantir a segurança.
Fotografando tubarões durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
No nosso segundo mergulho também encontramos tubarões, arraias, barracudas, muitos lion fishes, lagostas e um cenário espetacular com cavernas e cânions, entre o azul e uma colorida barreira de corais.
Encontro com barracuda durante mergulho em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Tive uma sorte imensa de cair em um grupo especial de mergulhadores convidados pelo Ministério do Turismo Colombiano para divulgar o turismo de mergulho no país. A viagem de familiarização trouxe representantes de operadoras de turismo brasileiras, francesas, americanas e espanholas especializadas em mergulho, para conhecer alguns dos melhores pontos dos mares da Colômbia em San Andres e Providencia, Cartagena, Islas Rosário e Santa Marta. O pessoal da FAM Trip me acolheu e garantiu que nós tivéssemos também a melhor experiência nas ilhas, provando o melhor da culinária e dos mares do Caribe. Após o mergulho fomos até a praia de Suroeste e almoçamos no Divino Niño, restaurante de frutos do mar preparados na brasa à beira da praia. Esta dica valiosa da nossa amiga Fabiola Sad já estava no nosso roteiro e ficou ainda melhor na companhia dessa galera animada!
Celebrando o incrível mergulho com tubarões em Providencia, ilha colombiana no Caribe
À tarde o grupo todo saiu mergulhar enquanto eu aproveitei para fazer um rápido tour de volta à ilha na garupa do Betito. Segundo eles o mergulho foi lindo, viram mais tubarões, tartarugas e ainda tiveram a sorte de cruzar com um cardume de golfinhos! Mergulho excepcionais que sem dúvida estão entre os melhores do Caribe!
Um Cristo submarino em Providencia, ilha colombiana no Caribe
Peças mayas expostas no Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
A cidade colonial espanhola de Mérida foi construída exatamente sobre T´ho, uma antiga cidade maia. As pedras que formavam os templos de T´ho, hoje formam o templo católico, vulga Catedral de Mérida (ou Catedral de San Ildefonso), em frente à mesma Gran Plaza utilizada pelos nativos quando Francisco de Montejo conquistou a cidade no ano de 1542.
Em escultura nada sutil, um conquistador aparece pisando sobre os indígenas conquistados (em Mérida, no sul do México)
Domingo ensolarado. Em um passeio num pela Gran Plaza lotada com barraquinhas oferecendo cochinita pibil, tortillas de maíz e dezenas de pratos yucatecos, não é difícil imaginarmos a feira nos dias de glória de T´ho, quando as mulheres preparavam as mesmas tortillas de maíz, cestos de henequén e ponchos coloridos de fibra de maguey. Basta soltarmos a imaginação e transformarmos a igreja em uma pirâmide, a Casa de Montejo em um centro administrativo e apagar os carros e motos que giram nas ruas ao redor.
Mercado popular na principal praça de Mérida, a capital do Yucatán, no México
A arquitetura colonial de Mérida é das mais realistas possíveis, preservada até onde a vida moderna permite, sem planos de comunicação visual especial para seus restaurantes, tomada por fios de luz e gatos de TV a cabo, exatamente como se imagina uma cidade (colonial) latino americana. Andar pelas ruas de Mérida, sem grandes pretensões, é uma boa forma de sentir a cidade. A Calle 60 é a rua mais bonita, com os prédios da Universidad de Yucatán e do Teatro Peón Cortreras como grandes destaques.
Caminhada pelo centro histórico de Mérida, a capital do Yucatán, no México
Fachada da catedral de Mérida, a capital do Yucatán, no México
Já a melhor forma de viajar na história dos maias e da conquista da região é com uma visita rápida ao Palácio Municipal e observar os murais do Pacheco, que contam desde a origem do homem de maiz (milho), até a chegada dos espanhóis.
Pintura moderna mostrando a importância do milho para os povos do Yucatán (em Mérida, no sul do México)
Quem se habilita a ler um texto no idioma maia? (em Mérida, no sul do México)
A Mérida espanhola e dos conquistadores é vista na Casa de Montejo na Gran Plaza, construída em 1549 e com uma bela coleção de mobiliário europeu que passou por todas as gerações da família.
Passeando em dia de chuva pelo centro histórico de Mérida, no sul do México
Interior da Casa de Montejo, a família que conquistou o Yucatán (em Mérida, no sul do do México)
A umas dez quadras da praça central está o Paseo Montejo, uma avenida construída no final do século XIX ladeada por imponentes mansões construídas pelas famílias ricas da cidade na mesma época. Ali começamos a ter uma visão da Mérida moderna, um Irish Pub, um restaurante italiano, outro cubano com ar mais requintado, frequentado pelas classes média e alta de Mérida.
Os grandes e centenários casarões do Paseo Montejo, em Mérida, a capital do yucatán, no México
Monumento Nacional, no final do Paseo Montejo, em Mérida, no sul do México
A cidade que desde a colonização espanhola se colocou como centro cultural da Península do Yucatán, se esforça para manter o título. Dos diversos museus, dentre eles o Museu de Arte Contemporânea , Arte Popular de Yucatán, Museu da Cidade e o Museu de Antropologia Regional, acabamos escolhendo o novíssimo Museu da Cultura Maya para visitar.
A imponente fachada do Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
A exposição começa com um belo vídeo sobre a história geológica da península, incluindo a evento cataclísmico do meteoro que extinguiu os dinossauros até a história e a cultura dos mayas que ainda formam a maioria da população do estado do Yucatán. Painéis escritos em maya yucateco, terceira língua mais falada no México, contando sua história e conectando o passado e o presente de uma forma muito interativa e especial.
Caminhando sobre o mapa do mundo maya, no Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
Réplica de uma cova maya exposta no Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
Ainda no começo da exposição eu conheci um simpático casal de mexicanos, ele chilango (DF) e ela yucateca, com sua linda filhinha. O carisma e a receptividade dos dois foi tão envolvente que eu não consegui mais ver praticamente nada do museu. O Rodrigo já estava adiante e nós seguimos passeando pelos corredores, pescando informações, trocando histórias e os conhecimentos adquiridos na prática, nas suas casas e com suas famílias. Me contaram como comemoram o dia dos mortos, desenterrando os restos mortais dos defuntos queridos logo no terceiro ou quarto ano depois da morte e, no dia dos mortos, lavando-os e comemorando com suas comidas, bebidas e vestes preferidas. Ate nos ajudaram a montar um roteiro pelo sul do estado, duas figuras muito especiais!
Novos amigos, uma simpática família que também visitava o Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
Durante a noite a cidade também é muito ativa, na nossa primeira passagem por lá eu e a Val fomos conferir a balada na Mérida moderna. O norte da cidade é uma cidade como todas as outras, grandes construções e um corredor de baladas, bares e danceterias. Era um sábado e a bola da vez era uma boate chamada “Más de 30”. Era a única que estava cheia, então as trintonas aqui decidiram encarar a banda tipo baile, com 5 cantores diferentes para dar umas boas risadas.
Uma das muitas divindades mayas, em exposição no Museu da Cultura Maya, em Mérida, a capital do Yucatán, no México
Na nossa segunda passagem pela cidade, já depois de deixar a Valéria no aeroporto de Cancun, foi a vez de uma tradicional Noite Mexicana. No início do Paseo Montejo estava montado um palco com apresentações dos grupos de danças típicas vindos de Veracruz, Campeche e aqui mesmo do Yucatán, com lindos sapateados e ternos brancos, como chamam por aqui estes belos vestidos rodados.
Apresentação de danças e trajes típicos durante festa em praça de Mérida, a capital do Yucatán, no México
Apresentação de danças e trajes típicos durante festa em praça de Mérida, a capital do Yucatán, no México
Aos que vieram por Cancún e já chegaram até aqui, não deixem de conhecer as ruínas de Uxmal e com tempo, reservar um dia para fazer a Ruta Puuc, passando por mais 5 pequenas ruínas maias, e programando um belo almoço em uma das fazendas de henequén na região. No caminho para cá vocês também já devem ter passado pela turística pirâmide de Chichen Itzá e o Pueblo Mágico de Valladolid, assuntos do meu próximo post.
Banco especial para namorados, no Paseo Montejo, em Mérida, no sul do México
A pequena praia de nossa deliciosa pousada em Little Cayman, nas Ilhas Caiman
O território de Cayman é formado por três ilhas, a Grand Cayman, Little Cayman e Cayman Brac. A primeira é a principal, onde está localizada a capital George Town e 95% da população do país, além dos mais de 700 bancos do paraíso fiscal. A segunda maior comunidade está na ilha de Cayman Brac, onde vivem em torno de 1.800 pessoas; uma ilha com uma geografia totalmente diferente das suas irmãs, já que abriga o ponto mais alto do país, no topo de uma montanha com 60m de altitude. Little Cayman por sua vez é basicamente um monte de corais e areia, plana e toda ao nível do mar, com apenas 150 moradores.
A pequena praia de nossa deliciosa pousada em Little Cayman, nas Ilhas Caiman
A menos populosa das ilhas é o principal destino dos mergulhadores que realmente levam a sério esse negócio. Um parque nacional protege a área marinha ao redor da ilha, mantendo os corais e a vida marinha muito mais colorida e abundante nessa região. Outro esporte que começa a ter espaço aqui é o Kite Surf, pois as características da ilha proporcionam as condições perfeitas pra kite surfers se esbaldarem nos freqüentes ventos que sopram na sua baía rasa e protegida.
Nosso primeiro entardecer em Little Cayman, no pier da pousada Sunset Cove
A população é formada principalmente por expatriados, pessoas que vieram em busca de um lugar mais tranquilo, contato com a natureza e geralmente ligadas à estrutura turística oferecida aqui. Os poucos caimaneiros que ficaram são os moradores mais antigos e pescadores que tentam manter seu estilo de vida, entre muitos runs e histórias de pescador.
O pier da Sunset Cove, nossa pousada em Little Cayman
Os resorts de mergulho em Little Cayman não são muitos, talvez 6 ou 7, e os que existem têm um preço meio salgado. Pesquisando na internet vi que na alta temporada os preços geralmente começam em cerca de 300 dólares. Um dos poucos lugares que tinha uma tarifa melhor (180 dólares) estava lotado. Pesquisei, pesquisei e consegui encontrar um hotel chamado Sunset Cove.
O pier da Sunset Cove, nossa pousada em Little Cayman
O primeiro e único Kite Resort de Little Cayman, o Sunset Cove está localizado às margens desta baía tranquila e perfeita para a prática desse esporte. Eles possuem um preço especial para kiters (85 dólares) e para não praticantes um precinho ainda bem camarada de 100 dólares. Paul é instrutor de kite e promete te colocar em pé na prancha em 2 aulas, cada aula tem 2h de duração e custa 200 dólares, já incluindo o aluguel do equipamento.
Nosso primeiro entardecer em Little Cayman, no pier da pousada Sunset Cove
A pousada foi um achado maravilhoso! Preço camarada, estrutura bacana, serviço personalizado, com transfer do aeroporto e ao dive resort e um clima super aconchegante, jovem e ao mesmo tempo familiar. Isabelle me ajudou a agendar os mergulhos com o pessoal do Beach Resort Little Cayman antes mesmo de chegarmos à ilha. Paul e Isabelle fazem de tudo para nos sentirmos em casa! O café da manhã está incluído e as comidas podem ser preparadas no quarto mesmo, que já vem todo equipado com uma cozinha completa, internet e é super confortável.
Nosso avião entre Grand Cayman e Little Cayman
Nós pousamos na ilha e Paul estava nos esperando, fizemos uma compra no mercadinho e chegamos ao nosso paraíso, praticamente particular, embasbacados com a sorte que tivemos! Um clima super tranquilo, com uma vista maravilhosa para o mar verde e um lindo pôr-do-sol!
Fantástico pôr-do-sol no nosso primeiro dia na Sunset Cove, em Little Cayman
Na mesma tarde chegaram os nossos vizinhos kite surfers, Gil e Johnny, um casal de britânicos que irá passar os próximos 15 dias aqui nesse lugarzinho chato, praticando seu esporte preferido. Para a nossa sorte o vento não está para kite, o que facilita muito a navegação para os mergulhos! Rsrs! A previsão é que ele entre forte nos próximos dois dias, quando essa lagoa em frente irá ficar mais colorida e radical! Timing perfeito, pois até lá infelizmente nós já teremos que ir embora.
Admirando o belíssimo pôr-do-sol na nossa pousada em Little Cayman, nas Ilhas Caiman
Nesta primeira noite jantamos no Beach Resort Little Cayman com Gil, Johnny e Paul e amanhã conheceremos Isabelle que está em um curso para novos voluntários da Cruz Vermelha. Agora sim sentimos que chegamos a uma praia caribenha. Bem vindos ao paraíso!
A deliciosa casa da Amy e do Joe na Pennsylvania, nos Estados Unidos
A poucas horas de Nova Iorque, o countryside da Pensilvânia é uma ilha de tranquilidade perto da loucura e do estresse da cidade grande. O refúgio perfeito para um final de semana relaxante entre amigos e o ar puro da fazenda.
A deliciosa casa da Amy e do Joe na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Chegamos à casa dos nossos novos amigos Amy e Joe às 8 horas da manhã, logo após buscarmos Bebel no aeroporto. Mr. White, Mr. Brown e Hattie Black nosso receberam no jardim ao lado do simpático e sempre tranquilo Joe. Mesmo às 8 horas da manhã de um sábado, Amy já estava animadíssima nos recebeu com ótimas histórias e em um minuto já parecíamos velhos conhecidos.
Despedida do trio de poodles da Amy e do Joe, na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Amy e Joe nos foram apresentados via internet pelos meus cunhados Pedro e Íris, pais da Bebel. Eles trabalham com produção de cinema em filmes hollywoodianos, Amy como custom designer e Joe como location manager. Embora fiquem baseados em Nova Iorque, geralmente os projetos demandam muito tempo e viagem, ficando 4 às vezes 6 meses em função de um filme.
Despedida da Amy, na sua casa na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Tivemos sorte em conseguir encontrá-los no momento de férias e descanso em sua casa de campo, onde a nossa dura rotina se resumia em relaxar na beira da piscina na companhia dos amigos e praticar o meu esporte predileto: socialização!
Conversa na piscina com a Amy e o Joe, a Victoria e a Imogen, na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Amy não cansava de nos mimar, refeições deliciosas, café da manhã com iogurte natural, granola e frutas vermelhas frescas. Mais tarde, queijos e cervejas artesanais na beira da piscina, regados com bons papos sobre viagens, música, filmes e, é claro, todas as fofocas dos bastidores de Hollywood. O assunto do momento é a separação do Tom Cruise, ninguém aqui entende como Kate pôde aguentá-lo por tanto tempo! Rsrs!
A Amy com o Mr. White, um dos 3 poodles de estimação, na sua casa na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Bebel já esteve aqui e não demorou dois minutos para entrar na piscina, só esperando a hora certa para ir à casa de Hanna, prima de Amy, onde encontraria a turminha da sua idade para brincar, se divertir e matar as saudades.
Bebel aproveitando o sol e a piscina da casa da Amy e do Joe, na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Durante a tarde chegaram Victoria e Imogen e fomos a um churrasco na casa de Ann e Hanna, com todo o pessoal do mesmo circulo de amigos deste mundo do cinema. Fizemos o possível e impossível para representar bem Pedro e Íris, os queridíssimos amigos brasileiros que já são parte dessa grande família.
O Joe prepara um delicioso churrasco na sua casa na Pennsylvania, nos Estados Unidos
Hora do almoço na varanda da casa da Amy e do Joe na Pennsylvania, nos Estados Unidos
A Bebel, só conseguimos recuperar no dia seguinte, assim que ela acordou as 3 horas da tarde! Também pudera, ela não havia dormido nada no avião vendo 4 filmes seguidos! A tarde de domingo em torno da piscina, brincando com os cachorros e entendendo mais desse universo New York – Hollywoodiano foi perfeita para relaxarmos e nos prepararmos para os próximos 12 dias de estrada pelo nordeste dos Estados Unidos.
Bebel aproveitando o sol e a piscina da casa da Amy e do Joe, na Pennsylvania, nos Estados Unidos
O trio de poodles da Amy e do Joe, na casa da Pennsylvania, nos Estados Unidos
Joe, original de Vermont, nos ajudou a traçar o melhor roteiro de viagem, dando dicas das rotas cênicas e inclusive o contato de seus pais, que iremos visitar na nossa passagem pelo estado. A despedida na segunda-feira foi daquelas doídas, não queríamos ir embora. Encontramos aqui grandes amigos! Muito obrigada pela acolhida e espero que possam nos encontrar logo em algum canto da América ou em umas férias prolongadas pelo Brasil!
Despedida da Amy, na sua casa na Pennsylvania, nos Estados Unidos
A famosa escultura da ciranda, no Sculptures Park, em Granada
O Parque de Esculturas Submarinas de Granada foi criado em 2006 e de forma criativa e inovadora introduziu ao universo artístico um novo conceito. As esculturas do artista britânico Jason deCaires Taylor foram as precursoras do projeto, englobando cenas da cultura e do folclore da ilha de Granada.
A vida cresce nas esculturas do Sculptures Park, em Granada
Produzidas principalmente em concreto, as esculturas posicionadas nos areiais da Molinere Bay, se tornaram recifes artificiais, sendo colonizadas por novos corais, esponjas e uma nova casa para as espécies marinhas.
Escultura subaquática no incrível Sculptues Park, em Granada
Já do ponto de vista artístico as esculturas ganham vida e a exposição se renova naturalmente, ganhando novas cores, novas formas e uma interação incrível com as forças naturais. Uma ciranda de jovens granadinos, a escultura “Vissicitudes” é uma das peças mais famosas, acompanhada pelo “The Lost Correspondent”, um jornalista com sua máquina de escrever sobre uma mesa revestida de páginas de jornais da cidade.
Fazendo snorkel com a escultura do jornalista e sua máquina de escrever, no Sculptures Park, em Granada
Criados por diferentes artistas locais e internacionais, um Cristo Redentor submarino, e esculturas baseadas nos petriglifos dos indígenas que viveram na ilha de Granada também são algumas das peças em exposição neste fantástico museu submarino.
O "Deep Christ", escultura no Sculptures Park, em Granada
Escultura da mesa posta, no Sculptures Park, em Granada
O Parque de Esculturas Submarinas está localizado na Molinere Bay de 5 a 8m de profundidade, podendo ser explorado tanto por snorkelers quanto por mergulhos scuba. O acesso mais fácil é feito de barco, mas os aventureiros mais dispostos podem nadar 30 minutos desde a Dragon Bay.
Snorkel em meio às esculturas do Sculptures Park, em Granada
Fazendo snorkel no fim da tarde no Sculptures Park, em Granada
Com a nova opção para o turismo aquático, um dos efeitos positivos foi a diminuição da pressão sobre outras barreiras naturais de corais, que passaram a ter um número menor de visitas e consequente diminuição do impacto ambiental. Este foi o primeiro parque de esculturas no Caribe e o mesmo artisita já espalhou suas esculturas por diversos pontos do globo, criando um novo olhar sobre a arte e o universo marinho.
Pôr-do-sol cinematogrãfico durante snorkel no Sculptures Park, em Granada
Maravilhoso pôr-do-sol nos alagados entre Roraima e Amazonas
Rota BR-174 de BoaVista à Manaus - esta estrada é longa e cheia de histórias. São mais de 600km entre as cidades de Boa Vista à Manaus, passando pela Reserva Indígena Waimiri Atroari e a cidade de Presidente Figueiredo, até chegar ao Amazonas. Confira um pouco desta história!
Bandeira em Inhaí - MG
Cruzamos a imponente Serra do Espinhaço de Inhaí até Diamantina. Descobrimos um caminho alternativo que ao invés de voltar à Mendanha, seguia por dentro do Parque Estadual de Biribiri. Uma pequena vila que cresceu em torno de uma indústria têxtil, Biribiri possui dentre seus atrativos turísticos uma vila particular que foi toda restaurada, com direito à uma igrejinha, restaurantes e bares, além de diversas cachoeiras como a dos Cristais e a Sentinela.
Cachoeira dos Cristais, próxima à Diamantina - MG
Mais alguns quilômetros e finalmente chegamos à Diamantina, terra dos diamantes, das serenatas e de um dos homens mais importantes na história do Brasil, Juscelino Kubistchek.
A casa de JK, em Diamantina - MG
JK nasceu em Diamantina em 1902, seu pai João Cesar, era da cidade vizinha de Mendanha. Seresteiro, inquieto e cidadão atuante na comunidade de diamante no início do século XX, faleceu pouco depois, quando JK possuía apenas 3 anos. Fato curioso foi que quando Juscelino nasceu, João Cesar correu à casa de seu tio e disse: “Acaba de nascer o futuro presidente do Brasil!” Isso que era um homem de visão!
O pequeno quarto de JK, em Diamantina - MG
Criado pela mãe e irmã Naná, Nonô, seu apelido de criança, teve uma educação muito disciplinada e desde cedo tomou muito gosto pelos estudos. Quando não estava na escola em que sua mãe trabalhava, estava em seu pequeno quarto estudando e lendo o que lhe viesse às mãos. Decidido a quebrar a sua sina de trabalhador comum e fazer história, Nonô se empenhou nos estudos para entrar na faculdade de medicina na capital, que depois o levou a Paris e Berlim. Inspirado por seu tio-avô, poeta e vice-presidente da província de MG, João Nepomuceno Kubistchek, alçou vôos maiores e iniciou sua carreira política. Daqui para frente quase todos sabemos bem de sua biografia política, até a sua estranha morte, pouco antes da abertura política após a ditadura militar.
Paço em Diamantina - MG
Andar pelas ruas de Diamantina e conhecer a casa da Rua São Francisco, onde viveu JK é uma aula de história e cultura de arrepiar! Sentimos viva a sua memória e emocionamos ao ver saudosos anciãos relembrarem dos bons tempos em que JK governava o nosso país. Realmente nossos ícones políticos decaíram bastante, hoje temos que nos contentar com Lulas e Dilmas.
Final de tarde em Diamantina - MG
Casa da Glória, com o famoso passadiço, em Diamantina - MG
A Igreja do Rosário, o Caminho dos Escravos, a Praça JK, Catedral Municipal e a Casa da Glória. Um cenário que faz pensarmos que ainda estamos no século XVIII, a não ser pelos carros afoitos que sobem e descem estas ladeiras de pedra. A Vesperata, serenata que acontece nas sacadas das antigas mansões na Praça Correa Rabelo, reúne diversos músicos regionais em uma antiga tradição dos diamantes. São centenas de espectadores, pagantes ou apenas curiosos que rodeiam a praça para ouvir as canções de um tempo de diamantes e JKs, que não mais voltarão.
Boteco em Diamantina - MG
Observando de perto Kaiteur Falls, na Guiana
Hoje tivemos o nosso dia de Indiana Jones. Tudo bem, sem tantas lutas e perseguições, mas com aquela mesma sensação imaginamos que ele tem quando está sobrevoando uma floresta intocada e descobrindo pela primeira vez uma magnífica cachoeira, nunca antes vista pelo homem branco. Sim, homem branco, pois somos recebidos por um guianês de origem indígena, contratado pelo parque nacional para nos guiar pela floresta. Quase como o Indiana, que sempre tem um africano ou índio que conhece os caminhos e o leva até o tesouro.
O avião que nos levou à Kaiteur Falls, na Guiana
Sobrevoamos a Amazônia Guianesa quase na fronteira com o Brasil. A primeira visão que temos da cachoeira é no sobrevôo, espetacular que o nosso piloto faz pela direita e pela esquerda para todos poderem ver e fotografá-la. As vistas aéreas são sempre privilegiadas, sensacional conseguirmos ter a noção da amplitude e grandeza deste cenário.
Sobrevoando a magnífica Kaiteur Falls, na Guiana
O pouso é na pequena pista de pouso do Parque Nacional da Kaiteur Falls. A trilha para a cachoeira começa na própria pista e no caminho o nosso guia vai nos passando algumas informações básicas sobre a vegetação local. Sobre um imenso platô formado por um tipo especial de conglomerado rochoso, único na América do Sul.
Parque Nacional de Kaiteur Falls, na Guiana
A mata é repleta de bromélias gigantes e de árvores conhecidas como “rubber trees”, comumente confundidas com a seringueiras. Estas possuem o nome “rubber” que significa borracha, devido à elasticidade da sua madeira. As bromélias são casa para os pequenos “golden frogs”, sapinhos minúsculos (em média 17mm) e de coloração amarela. Este minúsculo sapo possui um veneno letal, 160 mil vezes mais potente que a cocaína.
Um dos sapos mais venenosos do mundo, em Kaiteur Falls, na Guiana
Caminhamos apenas 15 minutos e chegamos ao primeiro mirante. É de tirar o fôlego. Milhares de litros de água despejados de 266m de altura, fazem Kaiteur a maior cachoeira em uma única queda d´água do mundo!
Kaiteur Falls, na Guiana
Mais dois mirantes fazem parte do tour, sendo a terceira parada sobre a própria cachoeira. Dali é onde temos uma das melhores visões do cânion formado pelo mesmo rio. Um espetáculo á parte, que sozinho já valeria a viagem. Todo o cenário lembra muito a região da Chapada Diamantina, porém em uma escala amazônica. Os rios são imensos, as montanhas mais altas e, portanto, as cachoeiras e os cânions ainda mais imponentes!
Kaiteur Falls, na Guiana
Assim como Indiana Jones, tivemos que fazer tudo correndo e ir embora voando, literalmente. Mais uma vez com aquela visão sensacional da selva amazônica, Kaiteur Falls e a maravilhosa Guiana.
O rio e a floresta na parte baixa de Kaiteyr Falls, na Guiana
PS: O nosso herói em questão também nunca tem que esperar durante 3 hora no aeroporto para o avião dele decolar, mas isso é um detalhe básico, truque de edição.
Estudando o mapa da Guiana no aeroporto, esperando avião para Kaiteur Falls
Naufrágo em Nassau
Hoje retornamos à Stuart Cove para mais dois mergulhos, o primeiro no Palace Wall, uma barreira de corais na beira da Língua do Oceano, um abismo submarino de 6 mil metros de profundidade! By the way, não sei que por o chamam de “língua do oceano”, normalmente essas coisas profundas são “gargantas”, ou eu que estou enganada? É impressionante! Nos afastamos menos de um kilômetro da costa e já percebemos a diferença na cor da água, ali já começa a língua do oceano. A profundidade faz com que o azul fique escuro, mantendo a visibilidade de uns 40 metros. Um azul magnífico de profundidade abissal.
Eu sempre adorei este filme, Imensidão Azul, um clássico que todos já devem ter assistido. É baseado em uma história real sobre a competição de dois famosos apneistas, que batem recordes atrás de recordes nas imensidões azuis mundo afora. Enquanto mergulhamos, é impossível não lembrarmos deste filme, nos sentimos dentro dele, com uma pequena diferença: eles iam muito mais fundo que nós, só no pulmão. Sem perceber chegamos fácil aos 30 metros de profundidade e a vontade é de continuar, indo mais e mais fundo. Alguém desavisado iria sem medo de ser feliz! Aquele azul nos deixa calmos, ouvimos apenas o barulho da nossa própria respiração... A única diferença seria a vida, que pouco a pouco iria desaparecer, tanto a dos peixes que não vivem a esta profundidade, quanto a nossa, que logo iria se apagar.
Azul para todos os lados, abri os braços como se estivesse voando. Enquanto brincava, minha imaginação também viajava no que poderíamos encontrar naquele abismo. Logo me lembrei de outro filme que assisti muito na TV durante a minha infância: O segredo do Abismo. Adoro imaginar aqueles seres líquidos, no filme apresentados como extra-terrestres, láááááá embaixo. Já pensou? Se fosse como o filme eu poderia tentar descer o abismo e torcer para que eles me salvassem, como fizeram com o pesquisador dado como morto. Pois é, infelizmente não temos 1000 vidas como desejou o Rodrigo, para podermos nos aventurar e tentar enfrentar uma descida dessas.
De volta ao mundo real, vamos logo para o segundo mergulho, no naufrágio Antony Bell, um barco bonitinho, parecido com os de desenho animado. Ele foi afundado em agosto de 2009, por isso está ainda bem intacto e é facilmente penetrável. Nos divertimos por ali e também nos corais vendo novamente os vários peixinhos, lagostas e lions fishes. Um parênteses, vocês já perceberam que este tal Lion fish está em todas? Pois é, uma curiosidade que eu havia esquecido de comentar. O Lion Fish é uma espécie invasora aqui nas Bahamas. Originário da Austrália ele provavelmente foi trazido por algum colecionador maluco que os devolveu ao mar sem mensurar o desequilíbrio que poderia causar. Hoje é quase uma praga aqui nestes mares. Ele é lindo, como todo animal venenoso é super colorido, chama atenção, mas as barbatanas dele possuem um veneno mortal.
Voltamos para casa com sede de quero mais, mas vamos deixar um pouco para as outras Ilhas. Amanhã voamos para Eleuthera e depois Long Island, não a de NY, a de Bahamas mesmo. Vamos conhecer um pouco mais dessa imensidão azul.
Preparação para mergulho em Nassau - Bahamas
Playa Frontón, o melhor segredo da península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Quase todos vocês conhecem, pelo menos por nome, as belas praias e grandes resorts de Punta Cana, mas poucos já ouviram falar de Samaná. O que elas têm em comum? Além do fato de estarem localizadas no mesmo país, eu diria que quase nada.
Coqueiros nos recebem na Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
A Península de Samaná está localizada no litoral nordeste do país e abriga algumas das praias mais lindas da República Dominicana. A Baía de Samaná recebe navios de cruzeiros e portanto possui uma infraestrutura turística respeitável, um lindo boulervard construído no mesmo padrão e arquitetura que todos os outros destinos dos cruzeiristas do Caribe.
Vista do nosso hotel em Samaná, na costa norte da República Dominicana
É quase como se estivessem desembarcando nos mesmos portos em diferentes ilhas. Casinhas coloridas lotadas de bugigangas turísticas, lojas de bebidas, tabacarias e jóias. Porém quem se atreve a ir um pouco mais longe descobre um mundo que nem o turista mais alternativo de Punta Cana poderia imaginar: praias paradisíacas e intocadas!
Warning! Aqui você não encontrará resorts all inclusive limitando e invadindo a beleza natural das praias caribenhas.
Chegando à Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
A 40 minutos ao norte de Santa Bárbara de Samaná está a Playa Rincón, são 5 km de praia protegida por uma baía rodeada por montanhas nos mais diversos tons de verde. Suas águas cristalinas são perfeitas para snorkel ou apenas para se refrescar entre banhos de mar e a sombra dos seus coqueiros.
Um verdadeiro cartão postal: Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
As incríveis cores da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Três restaurantes servem refeições e cerveja bem gelada na beira da praia, nós ficamos logo no mais típico com o sugestivo nome Brassa del Mar. Embaixo de uma palapa de palha tomamos nossas presidentes geladíssimas e almoçamos um pollo a la na brasa delicioso, mas se preferir eles também servem pescados frescos e lagostas. Hummm!
Simpático restaurante na Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Não precisávamos de mais nada. Ficamos ali só assistindo o movimento dos turistas que chegavam para um tour rápido em um caminhão ou em barcos vindos de Las Galeras. Ficavam todos amontoados no mesmo cantinho da praia e logo se despediam... Enquanto o tempo passava lentamente para o casal despreocupado aqui.
Cores mágicas de fim de tarde na Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
No final da tarde resolvemos nos mexer e aproveitar a luz mágica para fotografar os arredores e descobrimos ali, há 10 minutos, uma praia com ondas perfeitas para uns jacarés ou apenas uma linda caminhada ao longo da praia com arrecifes à beira mar.
Caminhando em uma deserta e maravilhosa Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Las Galeras é uma vila praieira a 30 minutos da cidade de Samaná. A pequena vila é super tranquila, mas já possui uma vibe mais internacional, já que a maioria de seus hotéis, pousadas e restaurantes são de franceses, italianos e outros paisanos do velho continente.
Chegando à impressionante Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
A praia principal é ok, mas de qualquer forma ela não é o principal atrativo por aqui. É a sua localização e acessibilidade que a faz a base ideal para explorar todas as praias e baías que estão ao seu redor: El Cabito, Playa Madama, Boca del Diablo e a própria Playa Rincón são só algumas delas. De barco, carro ou a pé opções não irão lhe faltar.
Ponto estratégico na Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
A dica de hospedagem lá são as cabanas do La Isleta Apartments, que são pequenos sobrados com infraestrutura completa, sala, cozinha equipada e um quarto de casal, a uma quadra do mar. Uma pena não podermos ficar mais tempo. Nós chegamos a pensar em ficar hospedados em um pequeno hotel na Playa Rincón, mas em baixa temporada não encontraríamos nenhum restaurante aberto e muito menos conexão com internet. Assim decidimos voltar e dormir em Las Galeras por uma noite e ainda tivemos tempo de explorar um pouco os seus arredores.
Local onde deixamos nosso carro para caminhar até a Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Encontro da Jamaica com a Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Como tínhamos apenas um dia na região de Las Galeras, escolhemos logo a praia mais linda, na opinião do nosso host francês, a Playa Frontón. Para chegar lá dirigimos o nosso carro 4x4 alugado por uns 10 km em estrada de terra. Até um trecho existem placas, mas tivemos a sorte de encontrar um caboclo saído do meio do mato para nos indicar mais ou menos aonde a trilha começava. Seguimos a trilha morro acima, decidindo no faro para onde seguir em cada bifurcação e 1 hora e meia depois estávamos lá.
Depois de uma hora de trilha no mato, chegando à Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
A chegada à praia é cinematográfica. Um paredão de pedras forma uma concha acústica natural, protegida do vento e da chuva, esconderijo perfeito para um jornalista gringo, que construiu uma casa e viveu fugido da polícia internacional por quase dois anos! Hoje a casa dele, ou o que restou dela, parece cenário deste filmes de terror que tem em praias paradisíacas.
As ruínas da misteriosa casa em Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
Chegando à Playa Frontón, um enorme paredão com ruínas de uma casa (perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana)
A praia é simplesmente tudo o que você já imaginou sobre um paraíso perdido no Caribe. Lembram daquela praia da propaganda do chocolate prestígio? Vai dizer que não é idêntica?
A incrível Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
A praia é perfeita para snorkel, já que em toda extensão se encontram corais e peixinhos coloridos logo na beira d´água. O tempo todo estávamos sozinhos, perdidos em um paraíso no meio do Caribe.
Enorme rochedo divide em duas a Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
No canto direito da praia há alguma infraestrutura, bancos e mesas provavelmente utilizadas pelos tours de barcos da alta temporada e uma casa de palha feita por algum pescador.
Caminhando na Playa Frontón, perto de La Galera, na península de Samaná, litoral norte da República Dominicana
No caminho encontramos dois garotos trabalhando em uma plantação que nos alertaram sobre segurança na praia, este é um dos motivos que sempre se indica fazer estas trilhas com guia. Houveram alguns casos de furto de mochilas e câmeras de turistas desatentos. No retorno encontramos um tiozinho figuríssima, daqueles que quase não se entende o que ele fala, nem em espanhol, nem em qualquer língua! hahaha! Ele tinha um sotaque interiorano, misturado com gírias dominicanas e um ritmo acelerado de falar que eu e o Rodrigo ficamos boquiabertos. Em resumo ele nos contou que trabalha para o exército e ajuda a fazer a segurança da praia. Diz que o bandido é um negão grande e safado, que temos que ter cuidado! Ele tem umas terras por ali e diz que só não tem medo dos bandidos por que carrega umas balas e umas bombas e qualquer coisa bota ele pra correr! Que figura rara, queria ter filmado!
Baleias Jubarte - A alta temporada na Península de Samaná é durante o inverno, quando as baleias jubarte vêm à Baía de Samaná. Elas viajam das águas frias dos mares da Islândia, Groelândia, Golfo do Saint Lawrence e Maine para se reproduzir nas águas mornas da República Dominicana. Os tours saem entre 15 de Janeiro e 30 de Março, com biólogos especializados e licenciados pelo Ministério do Meio Ambiente.
Baía de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Los Haitises – não tem época para conhecer um dos arquipélagos mais lindos da República Dominicana. O Parque Nacional Los Haitises, terra de montanhas na língua dos tainos, é melhor acessado de barco em excursões de um dia que te levam por cavernas marinhas, cayos e manguezais riquíssimos em história e de natureza exuberante. Nós queríamos muito ter feito o tour, mas sem tempo, acabamos deixando para a próxima.
Turistas que vieram em tour deixam a Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Praias e Mergulho - Em Las Galeras se tivéssemos mais tempo iríamos ainda explorar outras praias das redondezas com trilhas curtas de 30 minutos ou andar umas 3 horas até a Boca del Diablo. Las Galeras ainda tem algumas operadoras de mergulho que garantem bons pontos e ótima visibilidade. Enfim, deixamos muitos motivos para voltar!
Trecho mais agitado da Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Você pode pegar um ônibus da Caribe Tours em Santo Domingo (2 horas e meia) ou ainda alugar um carro e aproveitar para conhecer um pouco mais no caminho. A nova estrada Autopista del Nordeste te levará direto à entrada da península. Punta Cana é um pouco mais distante, são 4 horas de estrada.
Com nosso carro, chegando à Playa Rincón, perto de La Galera, na península de Samaná, na costa norte da República Dominicana
Nós alugamos um carro logo após a nossa aventura pelas montanhas de Jarabacoa, e escolhemos o caminho mais longo e mais bonito, percorrendo o litoral norte da ilha. Cruzamos as montanhas entre Santiago, segunda maior cidade do país, e Monte Llano e descemos toda a estrada costeira em direção à Península de Samaná.
No caminho encontramos uma das áreas produtoras de âmbar, pedra semipreciosa típica da República Dominicana. Ela é feita através da seiva de uma árvore, que depois de cozida, seca e petrificada é polida à perfeição. Se quiser comprar âmbar essa rota é uma boa pedida, vários produtores e polidores estão aqui e devem fazer um preço bem baratinho.
Chegando ao litoral na costa norte da República Dominicana
Chegando no litoral fizemos uma parada na Playa Sosua, uma praia linda mas já bem urbanizada, cheia de hotéis e restaurantes à beira mar. Lá almoçamos um tradicional peixe criollo com tostones (banana amassada e frita) e um saboroso mofongo, prato típico dominicano feito como um purê de banana (plátano maduro), manteiga e temperada com a carne do seu gosto, camarão, frango ou bacon. Uma delícia!
A bela e simpática praia de Sosúa, na costa norte da República Dominicana
Um delicioso Mofongo acompanhado de patacones, em Sosúa, praia na costa norte da República Dominicana
Daí seguimos à Cabaret, praia dos dominicanos bacanas, com vários hotéis à beira mar, grandes casas e nenhum atrativo urbano. Aqui os esportes de vento como windsurfe e kitesurf são a melhor pedida. De Cabaret a Samaná são quase 4 horas, boa parte fizemos no escuro.
A bela e simpática praia de Sosúa, na costa norte da República Dominicana
O fato de Samaná não ter se rendido aos grandes empreendimentos a faz um lugar especial na República Dominicana, não apenas porque suas praias são as mais bonitas, mas por ser onde você conseguirá ter um encontro verdadeiro com a cultura e a simpatia dos dominicanos, sua culinária e os encantos naturais do país.
Fim de tarde na praia de Sosúa, na costa norte da República Dominicana
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