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Tiago (16/05)
Tenho muita raiva de vocês..... Mas na verdade o nome disto é inveja, s...
Rubens (15/05)
Gostei de suas considerações. Sairei de Boston e ficarei em Falmouth tb...
Luciana (14/05)
Amei a viagem de vocês a Quito. Você poderia me dar dica de um hotel be...
Eduardo Barbosa (13/05)
Oi gostaria de cruzar a fronteira por San ysidro eu consigo um visto pa...
Moreno (11/05)
Olá, gostaria de saber se na Guiana é bom para se aprender Inglês e se...
Carolina - MA e a Chapada das Mesas ao fundo, visto de Filadelfia - TO
Quarto e último dia de viagem, finalmente chegamos ao nosso destino tão esperado, a Chapada das Mesas. Saímos sem pressa, a viagem de Araguaína à Carolina é de apenas 100 km. Atravessamos a fronteira dos estados em uma balsa entre as cidades de Filadélfia, Tocantins e Carolina, já no Maranhão.
Travessia entre Filadelfia - TO e Carolina - MA
Na balsa já notamos que algo havia mudado, acesso alagado, será cheia do rio? Vimos algumas placas e ouvimos conversas dos barqueiros indignados, por que perderam o seu principal ganha pão. A região possuía muitas praias, a maioria acessível de barco a partir deste rio, o Rio Tocantins. Acontece que há apenas 2 meses as praias foram inundadas pela represa da nova Hidrelétrica de Estreito. Perdem os barqueiros, ganham os balneários à beira das dezenas de rios e cachoeiras da região, afinal sem área de lazer o povo não vai ficar.
Represa transbordando em Filadelfia - TO
Chegamos à Carolina, nos hospedamos na Pousada do Lajes, cujos donos são um paranaense de Cascavel e uma goiana. A pousada fica há 2 km da cidade na estrada para Riachão. Além dela há algumas outras acomodações no centro, Hotel Lírio e uma pousada mais simples. Aqui já deu para perceber que o melhor mesmo é estar de carro, caso contrário você já deverá ter em mente que irá contratar uma agência de eco-turismo para te levar a todas as atrações. A pioneira na região, é a Cia do Cerrado , dos mesmos donos da Pousada do Lajes.
Mesa em laje alagada nas Cachoeiras Gêmeas, região de Carolina, na Chapada das Mesas - MA
Aproveitamos a tarde para conhecer o Balneário Itapecuru onde estão localizadas as Cachoeiras Gêmeas. Uma imensa estrutura montada às margens do rio, bar, restaurante, banheiros e mesas espalhadas por todos os lados. Chegar aqui em dia de semana é tranquilo, tudo isso parece até exagero. Porém em finais de semana e principalmente feriados o lugar já chegou a receber mais de 40 ônibus de turistas!
Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
O rio estava cheio, passando sobre o concreto colocado ás margens do rio para fixação de mesas. Não é exatamente o tipo de lugar que estávamos esperando encontrar, mas confesso que como eu não estou nas minhas condições normais de temperatura e pressão, foi mais fácil assim. Ah, aproveitando o ensejo, descobri com a minha médica particular vipérrima, Dra Patrícia (mamãe) que estou com uma reação alérgica (tipo uma sinusite ou rinite), deve ser culpa destes ares condicionados podres e sem limpeza que existem por aí.
Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
O lugar antes tinha uma pequena hidrelétrica que foi desativada em 1996, então parte desta infra-estrutura já existia. Agora esta pequena barragem foi aberta e a cachoeira ficou com ainda mais volume. Como não é gripe (não estou com febre, etc), dar uma nadadinha pode até ajudar a desobstruir das vias respiratórias! Hehehe! Água deliciosa e as cachoeiras lindas! Deste jeito vou ficar boa logo!
Nadando no lago abaixo das Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
Como Chegar
Via Aérea – vôos diários da Gol e Tam para Imperatriz (MA) ou de BRA via Araguaína (TO)
Via Rodoviária – Ônibus vans e carros via Imperatriz (MA) – 220k m, Araguaína (TO) – 98 km.
Via ferroviária – Pela estrada de ferro São Luis/ Carajás descendo em Açailândia (MA), 300 km.
Obs: combinando com antecedência a Pousada do Lajes deve conseguir organizar um transfer das cidades de acesso acima citadas.
O Museu das Bruxas de Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos
Salém, uma pequena cidade ao norte de Boston, ficou conhecida por ser uma das únicas cidades no continente americano que chegou a julgar e punir mulheres acusadas de bruxaria. A história ficou ainda mais conhecida depois do filme hollywoodiano “As Bruxas de Salém” lançado em 1996, baseado nesta história real.
As famosas "Bruxas de Salem", em Massachusetts, nos Estados Unidos
O ano foi 1692, duas jovens Betty Paris (9 anos) e Abigail Williams (11 anos) começaram a ter um comportamento estranho. Visões, suores noturnos, gritos histéricos, grunhidos, corpo contorcido e ataques epiléticos anormais eram alguns dos sintomas. Sem nenhuma doença diagnosticada pelo médico da vila, ambas foram consideradas “possuídas” pelo demônio, personagem muito presente na vida dos que viveram na Nova Inglaterra naquela época.
Bruxas, principal atrativo de Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos
Três mulheres foram acusadas por enfeitiçar as garotas. Uma por ser mendiga, outra por ser membro de uma família rival e a terceira, a escrava da família que teria atraído as garotas a participar de rituais africanos ligados a magia negra. Toda a pesquisa histórica leva a crer que o início das acusações teve um cunho político, rivalidades entre as famílias mais fortes da cidade, que foram levados à esfera religiosa.
Condenado à morte por esmagamento, acusado de bruxaria no final do séc XVII em Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos
As garotas passaram a ser as principais acusadoras, apontando mulheres charmosas, senhoras religiosas, velhas caquéticas e quaisquer pessoas que não as agradassem ou seguissem as regras religiosas puritanas à risca. A cena caricata de crianças apontando a vizinha velha e a chamando de bruxa, aqui se tornou realidade. A vila foi tomada por um dos casos mais notórios de histeria coletiva e levou a julgamento mais de 200 pessoas, a maioria mulheres. Destes, mais de 100 foram presos e 20 condenados à morte por enforcamento.
Pastor é enforcado por bruxaria em Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos
A cidade de Salém ainda está lá para contar a história e hoje recebe turistas por esta reputação. O Museu das Bruxas de Salém conta a história dos julgamentos e tem uma exposição bacana sobre a história e a vida daquelas mulheres que um dia foram consideradas bruxas. Eu, sem dúvida, estaria entre elas. Qualquer mulher que não seguisse a religião imposta na época e se utilizasse de conhecimentos ancestrais de medicina, com plantas e ervas, poderia ser considerada bruxa.
As famosas "Bruxas de Salem", em Massachusetts, nos Estados Unidos
Curiosamente a cidade se tornou uma das principais sedes dos praticantes da religião Wicca, que celebra os ciclos naturais da vida e afirmam a existência de forças sobrenaturais. O feriado mais famoso desta religião é o 31 de outubro, também conhecido como Halloween ou Dia das Bruxas, dia de fechamento do ano no calendário wicca.
O Museu das Bruxas de Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos
Vale no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Amanhece o dia na nossa próxima cidade base, Serra do Cipó, que fica a apenas 100km de Belo Horizonte no Distrito de Santana do Riacho. Hoje nossa programação era intensa, tivemos que sair logo cedo para não voltarmos no escuro. Segundo o nosso amigo e consultor Gustavo este é o dia mais pesado da nossa Maratona. Um trekking de 20km que desce do Alto Palácio, na parte alta do Parque Nacional da Serra do Cipó, até a portaria do meio, passando por um cânion e diversas cachoeiras.
Com o Pretinho, nosso guia, cruzando a parte alta do Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
As 8h, Daniel, o nosso guia da região chega à Pousada Vila das Pedras onde estamos hospedados. Como é uma pequena travessia, o Rodrigo sai com a Fiona para deixá-la no nosso ponto de chegada e o Thiago, diretor da Pousada, o seguiu de moto para trazê-lo de volta. Vamos Alto Palácio, região onde antes ficavam as fazendas do Sr. Palácio, daí o nome. Chegamos lá com o ônibus que faz a linha Belo Horizonte – Serro, por apenas R$3,75 por pessoa, ótima saída para não precisar pagar um transfer especial, que custaria pelo menos R$60,00.
Sagui em plena cidade da Serra do Cipó - MG
Daniel, também conhecido como Pretinho, já foi Chefe dos Brigadistas do Parque Nacional, além de brincar desde criança na região onde ficava a casa de seu avô. Ele conhece cada pedacinho do parque e disse que levaríamos o dia todo para conseguirmos chegar à portaria. Eu estava preocupada, pois a caminhada era composta principalmente por decidas em pedras soltas, o que iria exigir muito dos meus joelhos. Já me preparei com um antiinflamatório poderoso receitado pelo ortopedista para casos como este e me sentia nova em folha, faltava apenas colocar em prova.
Caminhando no leito do rio, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Começamos a caminhada, tranquilos, como uma vista maravilhosa de toda a Serra do Cipó. De lá conseguimos avistar parte do caminho da famosa Travessia Lapinha – Tabuleiro, que já ficou no nosso “to do list” pós-1000dias. Quando menos esperamos já chegamos a algumas pinturas rupestres vizinhas da primeira cachoeira, Congonhas de Cima, também conhecida pelos mais antigos como Cachoeira dos Guedes, sobrenome da Família do Pretinho. O Rodrigo não agüentou e se rendeu às suas águas esverdeadas. Eu e o Pretinho dessa vez ficamos só olhando, além de muito gelada ainda teremos outros pontos de banho no caminho.
Cachoeira Congonhas, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Andamos mais um pouquinho e logo avistamos a Cachoeira de Congonhas de Baixo, outra maravilha, com seu poço ainda mais bonito! Mas nosso guia ainda continuou afirmando que o melhor está por vir. Lá de longe já conseguimos avistar a cachoeira das Andorinhas e uma linda cena do encontro de dois vales.
Cachoeira Andorinhas, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Descemos o cânion e finalmente chega a maldita pirambeira de pedras soltas e roladas, daquelas que qualquer descuido fará chegarmos ao chão e fazer um “skybunda” de pelo menos uns 10 metros. O antiinflamatório funcionou muito bem, me senti muito mais segura para descer sem as dores terríveis que venho sentindo. As botas que me criaram as mega bolhas na Pedra da Mina também, estão cada vez mais macias e eu cada vez mais acostumada com o passo dentro delas.
Orquídeas, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Chegamos à Cachoeira do Gavião às 13h, com tempo suficiente para recarregar as energias e dar um belo mergulho. A água está muuuuuito fria, daquelas de doer a nuca! Estamos aqui para que afinal?
Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Um belo mergulho, alongamento e pé na trilha para conhecermos a Cachoeira das Andorinhas, mas como estamos adiantados no nosso cronograma vamos incluir a parte alta das Andorinhas, um dos lugares mais mágicos deste roteiro.
Cachoeira da Andorinha, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Escalando os paredões da Cachoeira da Andorinha, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Vista maravilhosa do vale, belo poço para nadar e uma tranqüilidade impagável, com direito até a assistir uma escalada free stile - escalada sem equipamento de segurança - do Pretinho no paredão desta cachoeira. Tem doido pra tudo mesmo!
Escalando os paredões da Cachoeira da Andorinha, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
O final do dia se aproximava e tínhamos que caminhar. Foram quase 2 horas de caminhada até a portaria do meio. Caminhada fácil, totalmente plana, mas acelerada. Nos metros finais pegamos um belíssimo pôr do sol dentre as palmeiras de macaúba, comuns na região. Para finalizarmos o nosso terceiro dia da Maratona do Cipó falta ainda chegarmos até a Lapinha, 50km de estrada de terra para o norte de Serra do Cipó, ainda dentro do município de Santana do Riacho. Amanhã será o último dia e já estou sentindo saudades! Este lugar é mesmo especial.
Bosque de Macaúbas, no Parque Nacional da Serra do Cipó - MG
Lagos e dunas no caminho para Jericoacoara - CE
Acordamos hoje com esperança de um sol muito bonito para a manhã na praia da Lagoinha. No mesmo minuto, olhamos para fora e um temporal daqueles veio para lavar a alma! Chuva de verão, caiu forte e rápida, deve ter durado uns 15 minutos, tempo suficiente para nos arrumarmos e irmos tomar café da manhã no prédio ao lado. Enquanto trabalhamos na internet o tempo foi limpando e mais meia-hora já o sol já estava a pino novamente.
Pqueno barco na praia em Lagoinha - CE
Enquanto volto para o quarto, vejo que o que mudou não foi apenas o tempo não, mas também a freqüência da praia. Ontem quando chegamos tínhamos visto alguns poucos turistas, pescadores e garotos da vila jogando futebol, aquele povo tranquilo de uma vila praiana. Agora o que vemos são grupos de turistas chegando em seus ônibus da CVC e se dividindo em bugues cadastrados para o passeio à lagoinha. São dezenas deles, que desembarcaram para passar o dia aqui e ir embora no final da tarde.
Em Lagoinha - CE
Essa rotina já não deveria ser surpresa para nós, pois é comum e temos visto em diversas praias desde o litoral sul do Rio Grande do Norte, pelo menos. Mas ainda nos assustamos, desacostumados a esse povaréu e esta nova forma de turismo. Os passeios diários até parecem bacanas, pois as pessoas aumentam o território explorado, mas ao mesmo tempo deixam de conhecê-lo na melhor hora, que é quando as excursões vão embora e tudo volta ao normal.
Passeando nas falésias em Lagoinha - CE
Saímos caminhando na Praia de Lagoinha, até as dunas e falésias, passando pelo prédio horrível e pelo Cristo colocado em uma das dunas. Os bugues invadem a praia, disputando espaços com os motociclos e tirando a sua tranqüilidade corriqueira. A chuva de verão vem mais uma vez, e junto do banho de mar, tomamos um banho de chuva para lavar a alma!
Pqueno barco na praia em Lagoinha - CE
Estátua do Cristo na praia de Lagoinha - CE
Seguimos viagem para Jericoacoara, passando por Preá, decidimos contratar um guia para nos mostrar os caminhos pelas dunas. Antonio foi nos guiando pelo caminho mais longo, como pedimos, pois além de mais bonito tem muito mais emoção. No caminho ele já nos atualizou dos acontecimentos, hoje está chegando a Jeri o PIOCERÁ. Um rally que acontece anualmente vindo do Piauí até o Ceará, fazendo o caminho inverso que estamos fazendo agora, saindo de Teresina, passando por Sete Cidades, Ubajara e chegando à Jeri. São provas de várias categorias, mais de 300 carros, 400 motos, motociclos e até bicicletas. Passando por Jijoca encontramos uma grande infra-estrutura montada para a linha de chegada das motos.
Fiona enfrentando as dunas à caminho de Jericoacoara - CE
Passamos pela lagoa do Paraíso, que dizem parecer o Caribe de areias brancas fininhas, águas azuis e ainda por cima doces! Eu não vi nada, pois o tempo nublado não deixa o sol refletir o azul, é transparente sim, mas sem sol fica difícil. Finalmente chegamos à entrada do Parque Nacional de Jericoacoara, decretado parque pelo então presidente João Figueiredo, que visava desde aquela época preservar a beleza desta região de praias, dunas e lagoas do desenvolvimento. Todos os caminhos levam à Jeri, porém alguns deles podem ser perigosos, já que as dunas são móveis e na época das chuvas as lagoas começam a mudar a paisagem. Cruzamos o parque, onde Antônio nos conta que se pegamos alguma trilha proibida pelos órgãos do governo, parque e ambientais, a multa pode chegar a 1500 reais!
Duna próxima à Jericoacoara - CE
As dunas formam um cenário maravilhoso, as chuvas já fazem as plantas brotarem e brejos começam a se formar entre as montanhas de areias. Vemos ao longe as pick ups e motos do rally fechando o último e derradeiro trecho da viagem para o merecido descanso.
No caminho para Jericoacoara - CE
Quando chegamos ao estacionamento é que vemos o que está por vir, todas aquelas 300 caminhonetes e 400 motos, motociclos e bicicletas chegando juntos numa algazarra sem fim! Todos super equipados, falando sobre as dificuldades da prova e ansiosos para saber o resultado, quem foi o vencedor!?!
Final de rally em Jericoacoara - CE
Jeri fez o que muitas vezes nós falamos que seria a solução para algumas praias, um exemplo rápido que me vem à cabeça é a Praia do Rosa, em Garopaba. As suas ruas já não comportam mais tantos carros, não tem área de estacionamento e manobra, então por que não fazer um estacionamento na entrada da cidade? É o que aconteceu aqui, pelos módicos 10 reais ao dia estacionamos o carro fora da cidade e apenas alguns carros tem licença para circular.
Chegando em Jericoacoara - CE
Estas praias já possuem registro da visita de exploradores nas décadas de 30 e 40, porém o turismo internacional começou nos anos 70 e por sua beleza e preservação foi criado o parque nacional. As próprias características geográficas de Jeri ajudaram com que o desenvolvimento demorasse a chegar, isolada pelas dunas, lagoas e praias. Hoje já é um lugar totalmente voltado ao turismo, os que aqui vivem trabalham em seus restaurantes, pousadas e afins. O Rodrigo, mesmo cansado e com fome, parecia uma criança chegando pela quarta vez ao lugar. Andava pelas ruas rindo a toa e louco para me apresentar a cidade. Nossa primeira exploração, a duna do pôr-do-sol. Uma duna imensa à beira mar, já cheia de pessoas aguardando o sol se pôr, mesmo que escondido pelas nuvens. Mas isso tanto faz, estamos em Jeri.
Duna e praia em Jericoacoara - CE
A produção de vídeos do 1000dias começou e está a todo vapor! Como sou uma, só consegui colocar 2 filmes editados no ar, mas logo teremos mais, tanto dos lugares por onde estamos passando quanto da nossa coluna "Soy loco por ti América". Confiram!!!
- 1000dias. O primeiro dos 1000dias - http://www.youtube.com/watch?v=NtpZyYBXyQo&
- 1000dias. Superagui - Barra do Ararapira - http://www.youtube.com/watch?v=myc8YE2Jsrg
ps: podem conferir no link que não tem vírus.
Beijos!
Ana
A deliciosa e "abençoada" cachoeira do Mato Grande, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Norte de Minas Gerais, chegamos à região de Chapada Gaúcha, que como vocês já devem imaginar, foi colonizada por gaúchos. Impressionante como este povo está espalhado pelo Brasil, sempre mantendo a sua identidade. O primeiro gaúcho que chegou à região, em torno de 30 anos atrás, comprou toda a região e passou a vender terras para seus conterrâneos que começaram a ocupar a região. A principal atividade econômica é a cultura de soja e capim, com a comercialização da semente para formação de pasto. O solo é arenoso e o clima boa parte do ano quente e seco, por isso além de muito adubo a produção depende de irrigação, isso explica a típica paisagem campestre com imensos pivôs de irrigação trabalhando nesta época.
O município possui em torno de 10 mil habitantes e foi emancipado há 10 anos. Vemos a cultura gaúcha em cada detalhe. Casa de carnes, churrasco, muita erva-mate, cuia e chimarrão em todos os lugares, sem contar as torcidas do Grêmio e do Colorado, que tem o mesmo ou até mais espaço que as mineiras. Até pouco tempo os gaúchos somavam 80% da população, hoje o número já está proporcionalmente menor, em torno de 50 ou 60%.
Placa do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
O Parque Nacional Grande Sertão Veredas tem em torno de 40% das suas terras dentro do Estado de Minas Gerais e 60% dentro do Estado da Bahia. São mais de 230 mil hectares de cerrado e veredas. Composto por diversas fazendas desapropriadas pelo Governo Federal, por irregularidade ou sonegação de imposto, algumas delas já haviam formado pasto para a criação de gado, outras ainda mantinham a mata nativa.
Vereda, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Eu nunca soube realmente o que eram as “veredas”. Imaginava uma mata ou algo parecido, mas a lembrança mais próxima ao tema sempre foi o escritor Guimarães Rosa. O escritor freqüentou a região enquanto escrevia o livro Grande Sertão Veredas e por aqui conheceu o Manuelzão, personagem do seu livro. Hoje aprendi, veredas são regiões mais baixas no meio do cerrado onde a água acumula, por isso ficam como charcos ou pequenos pântanos, ricos em vegetação. Sempre que se avistar o Buriti, este tipo de palmeira, pode ter certeza que tem água e onde tem buriti, tem sucuri. Não sabia também que havia sucuri no cerrado, pois elas gostam de água. Pois bem, se o sertão tem veredas lá elas estarão, longe dos rios, onde as lontras poderiam lhes causar um belo prejuízo.
Rio Preto, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Rodamos mais de 130km pelas estradas de areia, por entre veredas e cerrados no parque nacional. Pela manhã, enquanto o sol ainda é suportável, foi fácil avistarmos diversas espécies comuns no cerrado brasileiro. Uma família de catitú, um tipo de porco-do-mato, diferente do cateto, mais comum no sul do Brasil. Por sinal, aprendi hoje também que o cateto, queixada ou o javali são diferentes nomes para o mesmo animal. Andam sempre em bando e são mais bravos, batendo os queixos quando ficam nervosos, se sentem ameaçados e resolvem atacar para se defender. A família de catitús estava atravessando a estrada, cruzaram rapidamente e um filhotinho ficou para trás, espero que tenha encontrado os pais!
Cervo salta no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Andamos mais um pouco e logo os olhos atentos do nosso guia José avistaram um veadinho. Tranquilo e calmo no cerrado, logo percebeu que o observávamos e disparou cerrado afora. Um espetáculo vê-lo saltando os seus 2 metros de altura até desaparecer na mata. Vimos emas, siriemas, codornas e perdizes, uma riqueza de vida incrível! Poucos sabem ou imaginam que um lugar aparentemente tão seco pode ter tamanha diversidade de fauna e flora.
Piquizeiro, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Falando em flora, este sertão também a a casa para o Piquizeiro, a árvore do piqui, fruta do cerrado usada na culinária local, seu coquinho espinhento possui um leite apreciado pelo povo da região. Vimos o encontro das águas do Rio Preto, que agora está verdinho, quase transparente, e do rio Caninanha, que nasce na Bahia e passa a ser a fronteira com Minas.
Pulando nas águas refrescantes do Rio Preto, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Tomamos banho em uma praia do Rio Preto e nas águas da cachoeira do Rio Mato Grande, estes já estão dentro do município de Formoso. Bem disse o Rodrigo, se esta cachoeira estivesse em Delfinópolis não dariam bola alguma, mas aqui ela é única e abençoada. Um verdadeiro oásis no meio do sertão veredas!
A deliciosa e "abençoada" cachoeira do Mato Grande, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Descansando no rio Mato Grande, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Conhecemos também a base da brigada de incêndio do parque. Eles possuem uma torre de 32 metros de altura para observação e prevenção de incêndios. Uma tecnologia japonesa simples e muito inteligente, de roldanas e contra-pesos.
Ana subindo na torre guarda-incêndio, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas - MG, próximo à Chapada Gaúcha
Apenas uma pessoa por vez pode subir na torre, de onde conseguimos observar grande parte da extensão do parque. É sensacional usar esta traquitana e em poucos minutos ter esta vista maravilhosa!
No alto da torre, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
O Manuel, brigadista responsável pela observação esta semana, fica na base por 7 dias e folga os outros 7. Hoje ele deve ter tido muito trabalho, pois quando voltávamos pela estrada de Formoso, vimos fumaça na direção da parte baiana do parque.
Com o nosso guia José e o gurda-parque Manoel, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Equipamento no alto da torre, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
Assim que ele avista o fogo ele usa este instrumento aí para determinar as coordenadas e passa por rádio os seus dados que somados aos dados da segunda torre dão a localização exata do fogo para os brigadistas, que vão entrar no cerrado com abafadores e galões de 20 litros nas costas para apagar o incêndio. É, e essa época é fogo!
No alto da torre, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
É sabido que a biodiversidade da mata atlântica é uma das maiores do mundo! Mas o maravilhoso espetáculo do cerrado brasileiro não deixa nada a desejar, ainda mais para nós, meros mortais, eco-turistas e entusiastas da preservação do meio-ambiente.
Vereda, no Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no noroeste de MG (região de Chapada Gaúcha)
A bela paisagem ao final do Canyon de Somoto, na Nicarágua, perto da fronteira com Honduras
Viagem de León para Somoto, passamos ao redor do símbolo nacional, o Vulcão Momotombo, um dos cones mais perfeitos do mundo. Existem trekkings para escalar o Momotombo, são dois dias e dizem que a vista do alto é magnífica, podendo enxergar até a Ilha de Ometepe e seus dois vulcões no lado da Nicarágua, ao sul do país. Nós infelizmente passamos reto, por falta de tempo, e no meu caso, por falta de joelho também. Seguimos ao norte em direção à pacata cidade de Somoto.
O vulcão Momotombo, o mais famoso do país, visto de perto de León, na Nicarágua
O Cânion que existe já milhões de anos, foi “descoberto” há pouco tempo por um casal de pesquisadores tchecos, que explorou todo o cânion e espalhou a notícia. Notícia esta que mudou a vida dessa cidade, que cada vez mais recebe turistas de todos os cantos do mundo para conhecer as belezas do Cânion de Somoto.
Entrada do Canyon de Somoto, na Nicarágua
São 6 quilômetros de ponta a ponta e três roteiros turísticos que são oferecidos. O mais simples deles tem a primeira parte do passeio de barco até o estreitamento do cânion, são 4 horas de passeio indo e retornando pelo mesmo caminho.
Vacas atravessam o rio Coco, no Canyon de Somoto, na Nicarágua, perto da fronteira com Honduras
O segundo roteiro começa por uma entrada no meio do cânion, desce o rio, atravessando o cânion desde a parte mais estreita até o final e também tem a duração de 4 horas. O terceiro roteiro, mais longo, mas o que mais recomendamos, inicia no começo do cânion, segue o leito do rio, caminhando e nadando alguns trechos, passando por cavernas lindas e até o encontro dos rios Comalí e Tapacalí, quando formam o Rio Coco.
Explorando o espetacular Canyon de Somoto, na Nicarágua
Com o Roibin, nosso guia, no início da travessia do Canyon de Somoto, na Nicarágua, perto da fronteira com Honduras
São duas horas de caminhada tranquila, com alguns trechos de natação até chegarmos ao estreito, próximo do ponto de início do segundo tour. Aí começam os saltos, uma das diversões preferidas da dupla aqui. São poços profundos e plataformas de pedra que convidam para saltos de 6, 8 10, 13 e 23m de altura! Os guias sempre recomendam que os turistas saltem no máximo dos 10m, o que eu acho que está bom demais.
Saltando de 10 metros de altura em piscina natural no Canyon de Somoto, na Nicarágua
O Rodrigo, porém ficou ensaiando um salto dos 23m, mas acabou convencido por mim e por Roibin a play safe e diminuiu para outro de 13m. Eu, tranquila fui saltar dos 10m e levei o maior escorregão da minha vida! Meu pé escorregou na pedra e eu caí toda torta, com a lateral do corpo na água. AI! Não foi nada prazeroso, mas graças a Deus nada sério aconteceu!
A Ana salta no Canyon de Somoto, na Nicarágua
Seguimos pelo rio onde conhecemos umas figuras engraçadíssimas! Breen e John são canadenses. Breen já nos convidou para ficar em sua casa em Jones Falls, na região dos lagos no Canadá. John vive 6 meses no Canadá, na Alaska Highway, e os 6 meses de inverno lá, no verão delicioso da Nicarágua.
Nosso guia salta de mais de 15 metros de altura no Canyon de Somoto, na Nicarágua
Ele nos contou que recebeu em sua casa um dos maiores aventureiros dos tempos modernos que eu já ouvi falar, o inglês que está circunavegando a terra a pé em 13 anos! Ele começou o périplo em 2001 e terminará em 2013, sem utilizar nenhum outro tipo de transporte a não ser seus pés. Damphir é um nicaragüense da costa caribenha, divertido e super simpático, ele estava fazendo um vídeo de todo o passeio deles, que vocês podem conferir abaixo.
O final da caminhada incluiu uns quase 500m de natação, já que o barqueiro não estava lá e uma bela Toña na casa da família de Roibin, onde estava estacionada a Fiona, ponto onde começou toda a aventura.
Com a família do Roibin, nosso guia, ao final da travessia do Canyon de Somoto, na Nicarágua, perto da fronteira com Honduras
Um dia delicioso em contato com a natureza e com um pouco da cultura nicaragüense. De quebra, deixo aqui um vídeo da série “Soy loco por ti América”, onde Roibin nos conta onde estamos e por que ele gosta de viver aqui.
A cidade de Huaraz, no Peru, vista do alto da Cordillera Negra
Ontem, durante as três horas de viagem de Huaraz até a atual cidade de Chavín, eu já não estava me sentindo muito bem, mas foi na hora do almoço que eu não piorei de vez. As dores que eu comecei a sentir na caminhada estavam cada vez maiores e a infecção alimentar começava a ficar mais clara. Tomei chás com ervas medicinais preparados pela dona do restaurante, depois tomei um paracetamol para a febre que parecia começar a subir, entramos no carro e pegamos mais 3 horas de estrada. Foi uma tortura, cada buraco parecia piorar ainda mais a dor... o coitado do Rodrigo tendo que agüentar os meus gemidos, dirigindo e preocupado o meu estado.
Já próximos de Huaraz pedi para que parasse em um posto de saúde e eles nos encaminharam para o Hospital de Recuay. Preferi ir a um hospital de uma cidade menor, do que pegar uma fila imensa no hospital de Huaraz. Eu estava com 39,5°C de febre, já tinha tomado outro paracetamol e parecia não fazer efeito. Estava claro, eu tinha uma infecção alimentar, causada por algum alimento ou água consumida durante a trilha. Todos comeram o mesmo que eu, o que me fez desconfiar mais da água, que poderia ter sido mal fervida ou até mesmo enquanto eu escovei os dentes direto no rio. Sabe Deus!
A Cordillera Negra, na região de Huaraz - Peru
Me deram uma injeção para baixar a temperatura e o antibiótico para a infecção. Fomos para o hostal, tomei um banho e dormi, acordando pelo menos umas 5 vezes durante a noite com as dores e principais sintomas da infecção. No dia seguinte eu fiquei o dia inteiro mal... a febre, mesmo depois da injeção, não cedeu e ficava variando entre 38 e 39°C, muito forte essa tal bactéria peruana! O Rodrigo comentou com a dona de nossa pousada que não titubeou em chamar à pousada um médico de sua confiança. Dr. Jorge Ramirez veio até a pousada, examinou e modificou a medicação, receitou a sulfa (ou bactericin) + paracetamol duplo se a febre subisse dos 38°C. Totalmente entregue, dormi o dia inteiro, tentando recuperar as energias. O Ro, meu amado protetor, conseguiu providenciar a medicação, uma sopinha de frango e muito gatorade! Enquanto isso o Rodrigo, além de cuidar de mim, teve que ficar lidando com a situação de Galápagos, verificando novas possibilidades, conversando com os padrinhos e decidindo o novo roteiro.
Região desértica na viagem entre Huaraz, na cordilheira, e Trujillo, no litoral norte do Peru
No dia seguinte amanheci melhor, já bem mais disposta. As idas ao banheiro diminuíram e as dores também. Consegui até subir para tomar um café da manhã, interagir com uns turistas ingleses e tomar uma sopinha de frango feita pela Dona Nely, dona da pousada. Ganhamos um tempinho com a história do cancelamento de Galápagos, mas já usamos bem esse tempo para a minha recuperação. Agora, mesmo meio baleada, precisávamos continuar a viagem!
O monte Huscarán, o mais alto da Cordillera Blanca, visto do alto da Cordillera Negra, na região de Huaraz - Peru
Pegamos a estrada para Trujillo pela Cordillera Negra. Lindas paisagens e vistas panorâmicas da vizinha Cordillera Blanca e vários povoados no caminho. Foram em torno de 6 horas de viagem até Trujillo, pude descansar mais um pouco e aproveitar, agora melhor, a companhia no meu marido amado. Instalados no Hostal Colonial, decidimos ficar um dia a mais em Trujillo e conhecer os templos e civilizações das redondezas, que antes iriam passar batido. Amanhã mais um dia mergulhados na história incrível desse imenso sítio arqueológico que é o Perú.
Hoje foi um dia importantíssimo e muito simbólico para a viagem, afinal nós finalmente chegamos à América do Norte!
Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)
A viagem de Quetzaltenango para a fronteira de La Mesilla passa por lindas paisagens de montanha e campos, estrada curva e muitos túmulos (lombadas). Durante um longo trecho, a estrada acompanha o cânion de um rio de águas verdes e convidativas, já que descemos e o clima fica mais quente. A fronteira entre Guatemala e o México tem sido bem citada como uma das mais violentas, rota de tráfico de drogas, além de ser bem cuidada pelos oficiais que estão de olhos nos imigrantes ilegais. A fronteira mais utilizada por ônibus e caminhões é Tapachula, mais próxima do Pacífico. Escolhemos um passo fronteiriço mais tranquilo e por isso também mais ágil.
Exibir mapa ampliado
Nos preparamos sempre com toda a documentação, fotocópias, informações de seguro, valores e tudo o que pode dar errado, mas quando menos imaginávamos um novo tópico veio a tona. Eu estou passando toda a América Central utilizando o meu passaporte italiano, pois México, EUA e Canadá solicitam visto aos brasileiros. Rodrigo possui todos os vistos, por isso estava tranquilo. Bem, o meu passaporte demorou uns 2 minutos para ser carimbado, já o do Rodrigo... 3 horas! O problema foi uma inconsistência entre o nome do novo passaporte azul e o nome emitido no visto mexicano, no antigo passaporte verde.
Passaporte Azul
Nome: RODRIGO AFONSO Sobrenome: BRIZA JUNQUERA (correto)
Passaporte Verde
Nome: RODRIGO AFONSO BRIZA JUNQUEIRA (não há distinção entre nome e sobrenome)
Visto Mexicano
Nome: RODRIGO Sobrenome: AFONSO BRIZA JUNQUERA (hein?)
Juridicamente o Rodrigo Afonso do passaporte azul, não é o mesmo Rodrigo do visto mexicano. Acreditam numa coisa dessas? Pois é, principalmente quando existe uma coisa chamada sistema, um programa de computador que não pensa, apenas compara dados... chip do novo passaporte versus código de barras do visto são incompatíveis. Depois que as oficiais de fronteira compreenderam a confusão, passamos 3 horas esperando que elas fizessem um double (ou triple) check para garantir que esta seria a única inconsistência e que o Rodrigo não era um homem perigoso procurado pelo FBI ou coisas do gênero.
Sem a boa vontade das oficiais teríamos que voltar à Ciudad de Guatemala para tentar corrigir o visto, isso se ele não precisasse voltar ao Brasil, já que muitas vezes esse tipo de correção só se faz no país de origem! Surreal!
Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)
Fronteira já é um trâmite chato, filas, imigração, licença especial para o veículo e mais filas, taxas e tempo de espera. Mas ao final, foi maravilhoso ouvir um “Bienvenido ao México”, que nos liberou da cidade fronteiriça em direção ao nosso 36° país.
A propósito, a entrada do México “ganhou” em taxas de Honduras e Guatemala, que são os mais caros para turismo. Bem não é segredo algum que o turismo é uma das grandes fontes de renda do México, com esses números isso fica ainda mais claro.
- Taxa de circulação de veículos estrangeiros (calcomania) – US$ 48,80
- Taxa de Turismo (acima de 7 dias no país) – US$ - 23,00 (por pessoa)
TOTAL: US$ 94,80
Ainda existe o depósito para o veículo, uma garantia que o carro irá sair do país – US$ 400,00*
* Este valor varia conforme o modelo e ano do veículo e será reembolsado em dinheiro, caso pago em dinheiro ou com o cancelamento do cartão de crédito (modalidade executada na entrada pelo turista), quando sair do país. Só será debitado caso o turista exceda o tempo de permanência de 180 dias.
Assim, depois das 3 horas e do “bienvenido”, não nos sobrava muito tempo de luz para viajarmos. Além da questão da segurança, fronteira suspeita, etc, ainda que os oficiais tenham nos dito que é muito segura, sabíamos também que a estrada para San Cristóbal de las Casas é muito bonita, por isso não fazia sentido algum fazê-la à noite. Mais algumas olhadas no guia e não restou dúvidas que deveríamos ficar em Comitán, cidade histórica e colonial mais próxima do Parque Nacional do Lago de Montebello, uma das grandes atrações do sul mexicano.
Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)
A cidade é realmente uma gracinha, pracinha linda durante a noite, várias opções de pousadas, restaurantes animados e com uma culinária típica aqui do estado de Chiapas. Comemos um restaurante fusion, que mistura os sabores e receitas da terra com um cardápio mais internacional, uma delícia! O México nos surpreendeu na fronteira, mas menos de 100km depois já começa a nos surpresar, agora positivamente!
A macaca Chita demonstra suas habilidades na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá
A nossa programação foi prejudicada pelo mal tempo e a constante garoa trazida pelos ventos do norte. Conversamos com algumas pessoas que tinham acabado de voltar do Sendero dos Quetzales, que nos disseram não ter visibilidade de mais de 10m na trilha, além do perigo do cruze dos rios. O Barú estava o tempo todo encoberto, não valendo uma caminhada de 5h para não ver nada. Por fim, não conseguimos agendar o rafting ontem, pois chegamos a noite na cidade, quando as agências já estavam fechadas. Tentamos as 7h30 da manhã, mas os grupos já haviam saído 30 minutos antes. Quando tudo parecia perdido, adivinhem quem encontramos na mesmíssima situação que nós? Os nossos amigos australianos de San Blás, Alex, Ben, John e Alex!
Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá
A alternativa foi buscar programas que pudéssemos fazer de forma independente. Subimos os 6 na Fiona e pé na estrada! Logo na saída da cidade ficamos uns 20 minutos parados na estrada que foi fechada pela explosão de um caminhão de combustíveis, 10 minutos antes de passarmos. Ufa, essa foi por pouco! Encontramos uma rota alternativa e nos mandamos para o cânion no povoado de Gualaca.
Chegando ao canyon na região de Boquete, no Panamá
O que a princípio parecia meio sem graça, aos poucos foi se transformando. A molecada da região estava lá e foi nos ensinando onde podíamos saltar no estreito cânion rochoso para depois tentar escalar as paredes de pedra, com uns 5m de altura. As águas a princípio barrentas, aos poucos foram se tornando transparentes e o céu que estava cinzento, azulou! No final tivemos um lindo dia de sol!
O canyon, ideal para saltos e rock climbing, na região de Boquete, no Panamá
Saltando em canyon na região de Boquete, no Panamá
Foi uma curtição só, água deliciosa e diversão garantida. Dali fomos aos poços de águas termais do Rio Caldeira. Os poços 100% naturais, chão de terra e raízes de árvores com temperaturas variando de 38 a 42°C.
Poço termal com água a mais de 35 graus, na região de Boquete, no Panamá
A principal atração foi a pequena Chita. Uma macaca-aranha de apenas 3 anos de idade que foi criada pela dona da propriedade. Embora nunca tenha entrado em contato com outros macacos, de boba também não tem nada! Adora uma cervejinha, prefere o colo dos homens e tem uma imensa área verde para se divertir e fazer suas macaquices.
A Chita tenta pegar a cerveja do australiano Alex, na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá
Sabe aquele dia que parecia perdido? No final a combinação do alto-astral dos amigos australianos, sol, natureza e disposição o transformou em um dia de pura curtição!
Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá
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