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A incrível cor da Laguna Verde, no lado chileno do Paso San Francisco, passagem andina entre Argentina e Chile
O San Francisco é um dos pasos mais ao norte na Cordilheira dos Andes, entre a Argentina e o Chile e é também um dos mais altos. Famoso não apenas pela beleza cênica de seus campos de altitude, o Paso San Francisco se fez conhecido entre os montanhistas e aventureiros também por abrigar algumas das montanhas mais altas da cordilheira, dentre elas o Ojos del Salado (6.896m), a segunda montanha mais alta da América.
A magnífica paisagem do lado argentino do Paso San Francisco, na região de Fiambala, a caminho do Chile
Há muito vínhamos namorando este cruze dos Andes, inclusive com uma tentativa frustrada no início do mês de agosto de 2011. O lado chileno do passo estava coberto de neve e totalmente intransitável. Nós conseguimos chegar aos 4 mil metros em Las Grutas, onde está localizada a imigração e a aduana argentinas. Andamos mais 15 km e topamos com neve por todos os lados, uma paisagem branca maravilhosa e a impossibilidade de continuarmos.
A magnífica paisagem do lado argentino do Paso San Francisco, na região de Fiambala, a caminho do Chile
Desta vez foi diferente, chegamos quase dois meses mais tarde e a primavera já derreteu boa parte da neve que caiu neste inverno, um dos mais fortes dos últimos anos nesta região. Saímos cedo de Fiambalá e depois de cruzarmos campos dourados, salares, lagos congelados e hordas de vicuñas selvagens, finalmente estávamos de volta à mesma Gendarmeria de Las Grutas.
Encontrando vicunhas ao longo da estrada que leva ao Paso San Francisco, entre Fiambalá, na Argentina, e Copiapo, no Chile
Encontrando vicunhas ao longo da estrada que leva ao Paso San Francisco, entre Fiambalá, na Argentina, e Copiapo, no Chile
Os oficiais demoraram mais que o normal para a revisão dos documentos e do veículo, pois estavam treinando o novo batalhão que vem substituí-los nos próximos meses. A nós a demora não foi incômoda, pois pudemos aproveitar para trazer à memória como foi aquele dia em que passamos aqui há mais de dois anos. Lá estava o nosso adesivo colado na janela (em meio à tantos outros) para comprovar isso.
Chegando à fronteira entre Argentina e Chile, no Paso San Francisco, a mais de 4.700 metros de altitude
De volta ao Paso San Francisco, entre Argentina e Chile, lá está o adesivo do 1000dias, deixado ali há mais de dois anos!
Passadas as burocracias, o caminho daqui em diante desta vez seria diferente. Uma imensa planície sobre os 4.000 metros, negra e acinzentada do lado chileno. Subimos lentamente até os 4.700m cercados de antigos vulcões e montanhas negras pintadas com neve, escovadas pelo vento forte em contraste com um belo céu azul. Ali, há uns 15 km da fronteira chegamos a um dos pontos altos dessa estrada, a Laguna Verde! Um mar de cor caribenha, temperaturas polares e ondas insistentes, rodeado por dunas de areia, penhascos de pedras multicoloridas em plena Cordilheira dos Andes.
A fantástica paisagem da Laguna Verde, no lado chileno do Paso San Francisco, passagem andina entre Argentina e Chile
Aí mesmo, com essa paisagem de outro mundo nós almoçamos protegidos e aquecidos pela nossa Fiona. Seguimos pela estrada de rípio, longa e incansável entre as curvas, subidas e descidas, blocos de neve talhadas pelas máquinas que, sem dúvida, trabalharam muito para mantê-la assim. O lado chileno sofre mais com as intempéries do clima, a paisagem árida, as pesadas nuvens no céu e a quantidade de neve que encontramos no caminho corroboram com a teoria dos observadores.
Há dois anos, a neve não nos deixou passar desse ponto, no nosso caminho para o Paso San Francisco, entre Argentina e Chile
Estrada de rípio no lado chileno do Paso San Francisco, ligação entre o país e a Argentina
Esperávamos baixar mais rápido, sentíamos a altitude, a pressão na cabeça, repentinas faltas de ar que passavam rapidamente, assim como a fadiga dos poucos metros que arriscávamos andar naquele vento e naquela altitude. Ventos de muitos quilômetros por hora que faziam difícil o simples ato de abrir e fechar a porta do carro. “Sorte dos que estão de carro”, deviam pensar os bravos motociclistas que passaram por nós.
Coordenadas do Paso San Francisco, entre Argentina e Chile, uma das mais belas passagens sobre a cordileira dos Andes
Muitos quilômetros depois, finalmente chegamos à uma placa que nos indicava o principal motivo de estarmos aqui, o vulcão Ojos del Salado. Há muito tempo o Rodrigo vem namorando essa montanha, um sonho que um dia ainda irá realizar. Chegamos a imaginar que conseguiríamos subi-la neste regresso ao Paso San Francisco, mas o timing não bateu, a temporada abre apenas em janeiro e fevereiro, quando o clima é mais propício para a ascensão.
Chegando perto da segunda maior montanha das Américas, na fronteira entre Chile e Argentina
Ao longe vimos o imponente vulcão, a segunda maior montanha da América e o vulcão ativo mais alto do mundo! Passamos pelo Refúgio Claudio Lucero a 4.530m, andamos por sua sala e vimos os restos de comida e suprimentos deixados pelos montanhistas que passaram por ali. A mesma casa hoje quase fantasma que assoviava com o vento inclemente, recebe todos os anos dezenas de montanhistas com o único objetivo de chegar ao cume do Ojos del Salado.
Um dos refúgios de apoio aos alpimistas que tentam subir o Ojos del Salado (ao fundo, na foto), na região do Paso san Francisco, entre Chile e Argentina
Nossa primeira visão do majestoso Ojos del Salado, a segunda maior montanha das Américas, na fronteira entre Chile e Argentina, região do Paso San Francisco
Um dos refúgios de apoio aos alpimistas que tentam subir o Ojos del Salado, na região do Paso san Francisco, entre Chile e Argentina
Seguindo os rastros antigos e ainda mais desgastados vamos em sua direção, como em um intento de nos sentirmos mais próximos, mais íntimos, tentando refazer os passos do Guto e do Haroldo, cunhado e primo que há alguns anos estiveram lá em cima. São 20km até o Atacama, último refúgio antes do ataque ao cume, mas o Rio Salado estava congelado e a neve travava o nosso caminho. As nuvens sobre o Ojos trovejavam e relampejavam como se quisessem nos avisar, não... esta não é a hora. Voltamos e chegamos a pensar em dormir ali no refúgio, mas o frio e a altitude me assustavam, dormir a esta altitude sem estarmos aclimatados seria muito arriscado, então seguimos adiante mais 30, 50km, não sei... perdemos a noção. A esta altura só queríamos encontrar algum lugar para nos abrigar e de preferência abaixo dos 4.000m de altitude.
Trilha de aproxima~]ao do Ojos del Salado, na fronteira entre Argentina e Chile
Chegamos à Gendarmeria chilena com grandes esperanças que encontraríamos um refúgio, como existe do lado argentino. Os escritórios todos estavam abertos, mas desertos, ninguém na imigração, ninguém na aduana e depois de muito procurar Rodrigo encontrou um simpático carabinero (policial) que nos ofereceu um quarto dentro do edifício da imigração. Perfeito! Melhor impossível, o plano era dormirmos em uma barraca, com grandes chances de pegarmos -15, -18°C e muito vento! Enquanto carimbávamos os passaportes, Juan Carlos, o funcionário responsável pela organização do local, nos conseguiu colchões, aquecedor, chaleira elétrica para um chá, leite, chocolate em pó, bananas e quilos de cobertores. Era um quarto 5 estrelas! Mais engraçado ainda era sair dali e dar de cara com uma máquina de raio X da aduana e toda a infra da imigração.
Confortavelmente instalado no prédio da aduana chilena, no Paso San Francisco, a caminho de Copiapo
Nosso delicioso jantar no prédio da aduana chilena, no Paso San Francisco, a caminho de Copiapo
Bem abrigados ainda cozinhamos um macarrão delicioso, acompanhados de um bom vinho argentino. Copiapó estava a 180 km dali, mas as nossas aventuras pelo altiplano chileno ainda não haviam terminado.
Passando pela imigração argentina, a caminho da fronteira com o Chile, no Paso San Francisco
Como vocês fizeram para abastecer o carro ? Obrigado.
Parabéns!!!
Aproveito para tirar dúvidas. Pretendo fazer o trecho Copiapó até Fiambalá... VC tem alguma recomendação importante? Vamos de carro? Em Janeiro de 2017.
Parabens pelas suas aventuras...São motivadoras
Estou planejando realizar uma viagem até o chile saindo de são paulo. E estou pesquisando muito sobre os trajetos e este que San Francisco é um que esta no script. Alem do Paso agua Negra. Posso lhe encomodar caso precise de dicas? Muito obrigado.
P.S: O seu veiculo foi preparadow o que voces levaram nele para esta viagem. Irei eu e meu filho de 16 anos.Viagem de Pai e Filho....
Resposta:
Aranha, preparamos sim o nosso carro, mas qualquer carro alto pode fazê-lo tranquilamente. Carros baixos até quem sabe, mas irá demorar muito mais, a estrada é bem esburacada e o rípio acaba com o carro... Se precisar de mais infos é só me avisar. Abraços e boas viagens!
Olá.
Muito interessante seu relato!!
Estarei em Copiapó agora em janeiro e gostaria de tentar a travessia do Paso. Porém estou encontrando dificuldades para encontrar informações a respeito das condições da estrada entre a laguna verde e a divisa.
Como meu carro não tem tração, vc acha que posso encarar o desafio? Desde já agradeço sua atenção.
Resposta:
Oi Fabio! Com certeza pode encarar o desafio, a estrada é toda de rípio, mas até que está bem plana, não precisa de tração em momento algum. Aproveite muito a viagem e um 2014 com muitas aventuras!
Que paisagens!!!!!!!!!!,
MARAVILHOSO !
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