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Vulcão fumegante visto do observatório em Montserrat, no Caribe
Esta foi a nossa primeira visão da ilha de Montserrat. A luz da lua lhe dava um certo ar de mistério e sua história recente adicionava ainda um quê de tristeza. O escuro não nos deixava ver suas cores, víamos apenas sua forma e sabíamos que ali vive um dos vulcões mais ativos do planeta.
Sempre que comentamos com alguém que estávamos indo a Montserrat, todos se assustavam, “Vocês não têm medo do vulcão?”. Os comentários eram de que a ilha já não possuía mais infraestrutura e que tudo havia se transformado desde a grande erupção. Até então eu não dava muita trela para essas preocupações. Se há gente morando lá, nós conseguiremos visitar a ilha. É o medo e o imaginário deste povo que pinta algo pior. Já passamos por diversos lugares que sofreram desastres naturais, furacões, terremotos, inclusive erupções e todos, mal ou bem se reergueram, reconstruíram e estão ativos economicamente.
Restos de uma casa no caminho de um fluxo piroclástico, em Montserrat, no Caribe
Chegamos à ilha perto das 21h e George (pronuncia-se Djódjí), o taxista que agendamos em Antigua, demorou um pouco para chegar. Enquanto esperávamos no porto começamos a tentar entender a ilha, seu mapa e funcionamento. Hoje Montserrat não possui uma grande cidade ou capital, o que encontramos são vilas ou aglomerados de casas. Little Bay é onde está sendo construído o novo centro administrativo da ilha, que ficará pronto em dois ou três anos.
Sombra e sossego para uma boa leitura, em Montserrat, no Caribe
Plymouth, sua antiga capital foi destruída pela erupção do Soufriere Hills Volcano. A população da ilha nesta época era de aproximadamente 13 mil habitantes, a capital era uma das mais ricas das West Indies, com 3 ou 4 bancos e uma especial discrição, tornando-se o paraíso particular de poderosos e bilionários de todo o mundo. George Martin chegou a operar uma gravadora de discos aqui, a Air Studios, onde gigantes como Rolling Stones, Sting e Elton John gravaram sucessos. Quem é ligado em música já ouviu falar do Music for Montserrat, um concerto organizado por George Martin para angariar fundos para a reconstrução da ilha. O show, que virou CD, reuniu artistas de peso como Paul McCartney, Eric Clapton, Mark Knopfler, Jimmy Buffett, Phil Collins, Carl Perkins, Sting e Elton John.
As marcas de um fluxo piroclástico no vulcão de Montserrat, no Caribe
A primeira erupção foi em 1995, seguida por uma ainda maior em 1997. Nesta última, 19 pessoas morreram. Aos poucos a cidade foi sendo enterrada por consecutivos fluxos piroclásticos, que cobriram Plymouth com mais de 12m de cinzas e lama vulcânica, destruindo o porto e toda a cidade. A última grande erupção em 11 de fevereiro de 2010 lançou cinzas até as ilhas vizinhas de Guadalupe e Antigua e enterrou definitivamente o aeroporto, que já estava interditado. Destruição de um lado e criação do outro. Criação? Sim, na última erupção uma nova praia surgiu na costa nordeste da ilha. Sem um nome oficial, a “New Beach” como é chamada, é uma bela praia de areias negras, que na realidade é composta por pura cinza vulcânica. Impressionados com o poder da natureza, caminhamos por uma das praias mais jovens do mundo (se não a mais jovem), com vista para o Oceano Atlântico e o aeroporto destruído.
Caminhando pela praia de cinzas em Montserrat, no Caribe
Praia nova em Montserrat, no Caribe, feita de cinzas de vulcão
O fluxo piroclástico deixou apenas a torre de observação do antigo aeroporto à vista, perto de Plymouth, em Montserrat, no Caribe
Assim que o Soufriere entrou em atividade, vulcanólogos vieram de todas as partes e determinaram as áreas de segurança na ilha, dividindo-a em três principais áreas:
- Exclusion Zone (Zona de Exclusão) – ao norte da ilha nos arredores do Soufriere Hills Volcano, incluindo as ruínas da cidade de Plymouth. Lá é terminantemente proibida a entrada. Apenas alguns funcionários de uma empresa exportadora de areia tem permissão especial para esta área.
Chegando à área proibida da ilha de Montserrat, no Caribe
A impactante visão apocalíptica da antiga capital, Plymouth, destruída pelo grande vulcão de Montserrat, no Caribe
- Day Light Zone - uma área em que todos podem circular durante o dia e onde entramos para ir até o mirante de Plymouth. A primeira vista que temos da cidade é desoladora. Vemos o vulcão, imponente e poderoso e o rastro de lama e cinzas que corre sobre as ruínas da cidade e do porto. Uma vista chocante.
A impactante visão apocalíptica da antiga capital, Plymouth, destruída pelo grande vulcão de Montserrat, no Caribe
Visitando o mirante de onde se pode observar o vulcão e a antiga capital, Plymouth, destruída nas erupções dos últimos 15 anos, em Montserrat, no Caribe
- Safe Area – a área segura está no sul da ilha, distante do vulcão. Nessa região encontramos montanhas verdejantes, fontes de água mineral, rios, praias, fauna e flora ricas e peculiares à ilha de Montserrat, como o mountain chicken frog. Um sapo endêmico da ilha que está ameaçado de extinção, não por ser o prato típico da culinária local, mas por um fungo trazido pelo seu primo tree frog, espécie invasora na ilha.
As águas claras do porto de Montserrat, no Caribe
O sul da ilha é a casa dos 4 mil habitantes que permaneceram depois que o vulcão entrou em atividade. Várias pessoas com as quais conversamos dizem que não foram muito afetadas pelo desastre, pois já moravam na área segura. Suas casas, família e estilo de vida não foram muito alterados. A economia da ilha, porém, foi transformada radicalmente. Um lugar ativo e movimentado se tornou, em um curto espaço de tempo, a ilha mais tranquila e vagarosa do Caribe.
Baía de águas limpas e tranquilas, ótima para mergulho, na costa de Montserrat, no Caribe
Caminhando pela praia de Little Bay até o porto onde está o barco de mergulho, em Montserrat, no Caribe
Após a erupção em torno de 8 mil pessoas deixaram a ilha, a maioria migrou para a terra mãe, Inglaterra. Grande parte da população que permaneceu na ilha trabalha para o governo, que paga os melhores salários. Os trabalhos mais braçais são feitos pelos imigrantes de países vizinhos: haitianos, jamaicanos e guianeses na sua maioria, além de uma parcela de indianos e chineses nos negócios locais.
Nos admiradores em restaurante no interior de Montserrat, no Caribe
Uma ilha pacífica, tranquila, onde todos se conhecem e sabem onde trabalha, o que faz ou deixa de fazer e ainda assim não são intrometidos e fuxiqueiros. “Você pode fazer o que quiser e ninguém irá te incomodar”, nos disse um canadense que vive na ilha há três anos. Ao mesmo tempo vemos um lugar parado no tempo. O que me espantava era como um lugar com apenas 4 mil habitantes, após 15 anos, ainda não mostrava sinais claros de reestruturação econômica.
Conforme fomos entrando na vida e na história da ilha algumas respostas foram surgindo. Montserrat é um território pertencente à Coroa Inglesa, que após o imenso desastre, aparentemente não teve interesse em ajudar a reconstruir a ilha. Corre à boca pequena que se a população estivesse abaixo de 1.800 pessoas, eles iriam fechá-la, mas ela nunca ficou abaixo dos 3.000 habitantes. Outro fator chave foi o (des)preparo dos que ficaram. Os montserratians mais preparados para administrar empresas e o estado, política e economicamente deixaram a ilha após a erupção. Hoje um dos esforços das empresas que estão lá é atrair novamente estes montserrarians para as suas posições gerenciais. Poucas famílias retém grande parte do dinheiro e do poder e trabalham para manter os seus interesses e não com uma visão desenvolvimentista da sua ilha. Essa visão de curto prazo não favorece a chegada de investidores estrangeiros que poderiam estar ajudando neste processo de retomada.
Num belo dia de sol, saindo de carro do nossa hotel em Montserrat, no Caribe
É uma experiência intensa conhecer um lugar que passou por uma profunda transformação tão recente e tendo como causa um desastre natural. O mundo real desse povo é tão diferente e tão isolado que fica difícil prever o que vai acontecer no futuro. Besteira querer adivinhar, qualquer futuro fica insignificante na escala geológica de uma ilha viva e que está apenas começando.
Nossa primeira visão do fumegante vulcão de Montserrat, no Caribe
olá Ana/ Rodrigo! entre abril/ maio 2014 estarei fazendo uma trip, com meu pai, por St Marteen x Anguilla x St Barth x Saba x St Eustatius x St Kitts, onde ficarei 3 noites em cada ilha e gostaria MUITO de inserir Montserrat. seria o ponto-chave da viagem. mas a dificuldade em planejamento (ferry-boat... vôos...) partindo de St Kitts, ou até mesmo Nevis, é enorme, tornando quase impossível efetuar alguma reserva (estava pensando em ficar no Essence Guest House, em Old Town/ Old Road Bay) e até mesmo data de retorno do vôo principal... (SXM x GRU)... se tiverem alguma novidade recente sobre translados/ transporte aéreo ou marítimo nesse trecho, agradeço muito! um abraço e tudo de bom pra vocês.
Resumo excelente duma ilha que foge ao cânone habitual. Longe daquelas imagens de lugares paradisíacos, personifica o poder imenso da natureza, capaz de modificar um local, num instante. Mesmo assim, belo lugar Montserrat. Águas cristalinas, bom sítio para mergulho e um povo hospitaleiro.Gostei de "conhecer".
Resposta:
Sem dúvida Paulo, Montserrat não é o Caribe habitual, mas sim o Caribe no seu âmago! Assim nasceram quase todas as ilhas dessa imensa cordilheira submarina, é belíssimo ver a natureza trabalhando. Abs!
tEM UM PAX QUERENDO IR P LÁ. VC RECOMENDA? E O VÔO É A PARTIR DE SAO/MIA/ ANTIGUA/MONTSERRAT?
[GRATA, BJ
Resposta:
Se ele é quer ir para lá pela curiosidade da ilha que foi devastada e como ela está se reconstruindo, sim. Se ele é mergulhador, também recomendo. A ilha é super tranquila, são pouco mais de 2 mil habitantes e pouca infra, mas o povo é bem receptivo. Agora se ele está com a imagem de uma ilha caribenha com praias e mais praias de areia branca e infraestrutura turística completa, com restaurantes e hotéis bacanas... aí ele pode se decepcionar. Montserrat é linda, mas é para os mais curiosos que buscam algo inusitado. Ajudei?
Por acaso conheci seu Blog, e viajei sem sair do lugar, lugares lindo bucólicos como uma pintura da natureza, parabéns pelas fotos e os comentários de muito bom gosto.
Resposta:
Olá Deusa! Bem vinda ao blog e espero viajarmos juntas por muitos outras paisagens e culturas! Beijos!
Hey Guys it would be great to add you’re site to OverlandSphere.com, please let us know or register directly on the site. Safe Travels
Resposta:
Hi Martin! We answered you by email, but we are not shure if you received it. Tks for the invitation, see you there, on overlandshpere.com =)
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