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Temos Visto!

Guiana Francesa, Cayenne

O visto do Suriname, obtido em Cayenne - Guiana Francesa

O visto do Suriname, obtido em Cayenne - Guiana Francesa


Um pouco depois das sete da manhã a Ana já estava na porta do consulado do Suriname, que fica bem perto do nosso hotel, o Best Western Amazonia. Ela foi a terceira à chegar e logo ficou bem amiga do segundo, um alemão que viaja seis meses por ano com um budget de 15 dólares por dia.

Colhereiros e garças aproveitam a maré baixa em Cayenne para se alimentar na lama deixada para trás pelo mar, na Guiana Francesa

Colhereiros e garças aproveitam a maré baixa em Cayenne para se alimentar na lama deixada para trás pelo mar, na Guiana Francesa


Eu cheguei um pouco depois e logo fui procurar um lugar para a foto. Abria às oito, enquanto o consulado abria às nove. Então, fiquei guardando o lugar da Ana enquanto ela foi tirar a foto. Finalmente, tínhamos toda a documentação necessária. O problema agora era o visto demorar dois dias úteis para ficar pronto (sexta) e o fato de não termos passagem de avião para sair do Suriname, já que estamos de carro. Aliás, nem documentação do carro temos, só a brasileira, já que para entrar na Guiana Francesa não nos deram nada de documento pelo carro.

Garça se alimenta durante a maré baixa em Cayenne - Guiana Francesa

Garça se alimenta durante a maré baixa em Cayenne - Guiana Francesa


Tiramos aí o último ás da manga. Eu fui conversar com uma pessoa bem relacionada que havia nos sido indicada ontem. Ele foi super atencioso e conseguiu me colocar em contato com alguém do consulado, enquanto a Ana ainda estava na fila. Enfim, tudo se deu às mil maravilhas, documentos, formulários e foto entregues, taxa paga e conseguimos um visto de múltiplas entradas e em tempo hábil!

Baía em Cayenne, na maré baixa (Guiana Francesa)

Baía em Cayenne, na maré baixa (Guiana Francesa)


Ou seja, manhâ "ganha" no consulado, pudemos relaxar e passear por Cayenne. Fomos ao antigo porto da cidade onde, hora da maré baixa, garças e colhereiros faziam a festa na nutritiva lama deixada para trás pelo mar.

Passeando no porto velho de Cayenne - Guiana Francesa

Passeando no porto velho de Cayenne - Guiana Francesa


Na volta, sempre caminhando, passamos por um lado que ainda não tínhams andado, a Place du Coq. Pelas ruas, se ouve muito português. Acho que brasileiros e chineses disputam o título de maior comunidade estrangeira. Mas o comércio, sem dúvida, é dominado pelos orientais.

Place du Coq, em Cayenne - Guiana Francesa

Place du Coq, em Cayenne - Guiana Francesa


De noite, tiramos a Fiona da garagem pela primeira vez. Fomos até o subúrbio de Montjoly encontrar a Elza, uma das francesas que conhecemos em Algodoal. Jantamos numa pizzaria gostosa por ali mesmo, conversando e aprendendo sobre o país e seus costumes, principalmente o carnaval. A Elza é uma entusiasta da capoeira e se mudou para a Guiana há pouco tempo. Ela nos contou de uma festa que tem aqui todos os anos, no carnaval, onde as mulheres se fantasiam até ficarem irreconhecíveis, enquanto os homens não se fantasiam. Elas também disfarçam a sua voz de modo que mesmo seus amigos e namorados não às reconhecem. Deste modo, elas sabem sempre quem são os homes, mas estes não sabem com quem estão falando, dançando, bebendo, etc... Ela disse que muita gente desconfia que essa festa foi feita para que as mulheres possam ficar com outros homens, sem serem reconhecidas. Hmmm... espertinhas!

Com a Elza e sua super vespa, depois do jantar em Montjoly, região de Cayenne - Guiana Francesa

Com a Elza e sua super vespa, depois do jantar em Montjoly, região de Cayenne - Guiana Francesa


Amanhã, vamos a Korou, ao centro espacial. Mas voltamos para dormir em Cayenne, já que todos os hoteis por lá estavam lotados. Depois de amanhã, Île de Salut, perto de Korou também. Mas nesse dia poderemos dormir por lá. Rumo ao oeste!

Guiana Francesa, Cayenne,

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Perto da África

Brasil, Paraíba, João Pessoa

Mapa exposto na Ponta do Seixas, em João Pessoa - PB

Mapa exposto na Ponta do Seixas, em João Pessoa - PB


Ontem ficamos amigos de duas hóspedes da nossa pousada, as recifences Cristina e Cristiana, mãe e filha. A conversa começou nas águas mornas da piscina, regada a caipirinha. Continuou pelo jantar, embalado com crepes. E se esticou no quarto delas, ajudado por champagne. Eu me recolhi mais cedo, por volta da meia-noite. Mas a Ana praticou um de seus esportes prediletos, a socialização, e a conversa com a Cristiane foi até às quatro da manhã.

Rio ao lado de nossa pousada na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Rio ao lado de nossa pousada na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Assim, no dia seguinte, acordei sozinho e fui "compensar" as caipirinhas do dia anterior: primeiro, nadando pelo rio até o mar. Uma delícia! Só é difícil não pensar em crocodilos, principalmente num rio todo margeado de mangues. Bom, não há crocodilos na Paraíba e 300 metros mais tarde eu estava no mar. Aí fui caminhando/correndo através da praia de Tabatinga, da maravilhosa Tabatinga 2, com suas falésias gigantes e pela praia de Coqueirinho, uma das mais belas da Paraíba. Pena que não tinha máquina fotográfica... Além do rio, a chuva também atrapalharia. Pois é, também chove no litoral da Paraíba...

Visitando as falésias de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Visitando as falésias de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Voltei para o hotel e era quase meio-dia quando fui fotografar a Ana nadando no rio. Foi lá que ela acordou de vez! Depois, a gente se despediu das novas amigas e também do Almir, o simpático "faz-tudo" da Pousada dos Mundos.

Despedida da Pousada Dos Mundos e da Cristina, Cristiane e Almir, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Despedida da Pousada Dos Mundos e da Cristina, Cristiane e Almir, em Jacumã, distrito de Conde - PB


De Fiona, nós fomos até a Praia de Coqueirinho e, caminhando, até a Tabatinga 2 e suas falésias. A Ana também ficou impressionada com a beleza da praia, fizemos o devido registro fotográfico e partimos para João Pessoa.

Caminhando pela praia do Coqueirinho, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Caminhando pela praia do Coqueirinho, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Viagem bem curtinha e logo estávamos na Ponta do Seixas, o ponto mais oriental do Brasil e de todo o continente. Ficamos ali a observar o horizonte onde o sol se levanta mais cedo. Impossível não ceder a tentação e tentar achar a África. Na verdade, João Pessoa está mais próxima do Senegal do que de Porto Alegre. Mesmo assim, não deu para ver não. Quem sabe do alto do farol do Cabo Branco, logo ali atrás? É, inaugurado por Médici há 40 anos, não seria esse o farol livre para acesso de turistas...

Estação Cabo Branco, espaço cultural em João Pessoa - PB

Estação Cabo Branco, espaço cultural em João Pessoa - PB


Bem perto da Ponta do Seixas visitamos, este sim aberto à visitação, o belo espaço cultural Estação Cabo Branco. Lá, além da arquitetura interessante e de um ótimo mirante para se observar João Pessoa, ainda visitamos galerias de arte. Um pouco de cultura depois de tanta natureza...

Bela versão da Última Ceia, na Estação Cabo Branco, em João Pessoa - PB

Bela versão da Última Ceia, na Estação Cabo Branco, em João Pessoa - PB


Finalmente, perdemos mais de uma hora para encontrar vaga em hotel. É o verão... Enfim, instalamo-nos no Victory, bem na pontinha da Tambaú. E já temos programa para a noite de amanhã: show de Margarete Menezes, na faixa, na praia! Oba!

Na Ponta do Seixas, em João Pessoa - PB. O ponto mais oriental das américas.

Na Ponta do Seixas, em João Pessoa - PB. O ponto mais oriental das américas.

Brasil, Paraíba, João Pessoa, Conde, Coqueirinho, Estação Cabo Branco, Ponta do Seixas, Praia, Tabatinga, trilha

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Tegu e Tegucigalpa

Honduras, Tegucigalpa

Visão de Tegucigalpa, a capital de Honduras

Visão de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Quando eu era pequeno, morava com a família em Belo Horizonte, lá nas Minas Gerais. Boa parte das férias eram passadas em Poços de Caldas ou Ribeirão Preto, na companhia de parentes próximos. Para chegar até as duas cidades, longas viagens de carro, cerca de 500 quilômetros ou cinco horas de viagem. Uma eternidade para uma criança estar dentro de um carro. Pais e irmãos acostumaram-se, então, a inventar jogos para ajudar a passar o tempo que teimava em não passar. Entre os vários jogos e brincadeiras, testes de conhecimento. Por exemplo, nomes de capitais de países. Uma dessas capitais, decorei o nome dela desde cedo, justamente um dos mais estranhos: Tegucigalpa!

Trânsito e milhões de fios nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras

Trânsito e milhões de fios nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Estranho, talvez, para outras pessoas, mas não para nós. Por uma razão muito simples: nessa mesma época, quando eu tinha uns 5 anos de idade, tínhamos um cão em casa, da raça Fox Paulistinha, chamado Tegu. Não tenho ideia de onde teria surgido esse nome, mas o fato é que o Tegu fazia parte da nossa vida e cotidiano e, com isso, decorar o nome de Tegucigalpa era quase natural. O Tegu era valente, apesar do tamanho, e algumas de suas aventuras se tornaram lendas para nós. Como da vez em que invadiu a casa do vizinho para enfrentar dois pastores alemães. Ou quando passou horas nadando em uma tulha de café cheia de água de onde não conseguia sair, até que fosse descoberto, as unhas já sangrando pelo esforço de sobrevivência. Viveu intensamente e morreu rapidamente, embaixo das rodas de um carro apressado. Se foi e deixou saudades. Mas permaneceu para sempre em nossas lembranças. Assim como a cidade que associávamos a ele, Tegucigalpa, a capital de Honduras.

A bandeira do país tremula em parque de Tegucigalpa, a capital de Honduras

A bandeira do país tremula em parque de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Tantos anos depois, eis que chego de carro em Tegucigalpa, a imagem do Tegu forte em minha cabeça, uma espécie de homenagem póstuma tardia que faço ao valente Fox Paulistinha. Tegucigalpa era a última capital do continente que eu não conhecia e, também por isso, jamais poderia deixá-la para trás, mesmo com quase nenhuma atração turística por aqui e a fama de cidade violenta. Não importa! Depois de 130 mil quilômetros e mais de 600 cidades cruzadas nas Américas, não iríamos ficar com medo de conhecer uma metrópole onde vivem mais de um milhão de pessoas. Se eles vivem por aqui, dia após dia, nós também podemos passar umas horas na cidade, com certeza!

Dirigindo pelas ruas centrias de Tegucigalpa, a capital de Honduras

Dirigindo pelas ruas centrias de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Nosso simpático B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras

Nosso simpático B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras


Chegamos no final da tarde, hora do rush. Conforme esperado, trânsito caótico e cidade pouco atrativa, subúrbios com cara de favela subindo os morros que cercam a área central da capital. Cara e jeito de metrópole latina, uma espécie de “ordem secreta” dentro daquele caos aparente. Com algum trabalho (quem tem boca chega à Roma – e à Tegucigalpa também!), chegamos ao Bed & Breakfast que procurávamos, quase um oásis dentro de um deserto. Aí nos instalamos, respiramos fundo, e saímos para comer algo, à pé, já no escuro. Seguindo as orientações da nossa gerente, não fomos longe demais, pela segurança. Falando nisso, foi “engraçado” ver várias dessas franchises americanas, como Burger King ou Friday’s (nossa escolhida!) com seguranças armados com metralhadoras na entrada. Atravessando México e Guatemala, ficamos acostumados com gente armada, mas na frente de Burger King, confesso que foi “inusitado”...

Café da manhã típico, em nosso B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras

Café da manhã típico, em nosso B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras


Devorando nosso 'rico desayuno' em B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras

Devorando nosso "rico desayuno" em B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras


Hoje cedo, acordamos para comer um delicioso e “nutritivo” café da manhã, o segundo “B” do nosso Bed & Breakfast. Com direito à ovo, linguiça, feijão e patacones. Praticamente um almoço! É o café tradicional aqui do país, e comemos embalados com o canto dos periquitos engaiolados na varanda do B&B, nossa última refeição no país.

Igreja-matriz de Tegucigalpa, a capital de Honduras

Igreja-matriz de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Grafite nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras

Grafite nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras


Daqui partimos para a Nicarágua, mais de 15 meses depois de ter cruzado o país. Mas antes de pegarmos estrada, ainda dirigimos pelo centro de Tegucigalpa, para ver o movimento, tirar algumas fotos, conhecer alguns dos prédios públicos mais famosos, enfim, tentarmos sentir um pouco o clima da capital. Aliás, com um nome tão comprido, é claro que a cidade tem um apelido. Adivinhem qual? É... tinha de ser! Tegu!

Mais de 15 meses depois, voltando à Nicarágua, fronteira com Honduras

Mais de 15 meses depois, voltando à Nicarágua, fronteira com Honduras


E assim foi. Com o Tegu na minha cabeça, deixamos a Tegu para trás e seguimos em frente, sempre para o sul. Nicarágua, para ti voltamos!

Um belo pôr-do-sol na chegada à Granada, cidade histórica na Nicarágua

Um belo pôr-do-sol na chegada à Granada, cidade histórica na Nicarágua

Honduras, Tegucigalpa,

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Um Oásis no Peru

Peru, Lima, Huacachina

O oásis de Huacachina, no Peru

O oásis de Huacachina, no Peru


Às vezes, é muito legal chegar de noite em algum lugar em que você nunca esteve e não conseguir ver a paisagem ao redor. A escuridão da noite é como um manto escondendo alguma surpresa que a luz do dia mostrará. Foi o que aconteceu conosco aqui na pequena Huacachina, ao lado de Ica, a meio caminho entre Nazca e Lima.

Mal se percebe as minúsculas pessoas no pé da enorme duna em Huacachina, no Peru

Mal se percebe as minúsculas pessoas no pé da enorme duna em Huacachina, no Peru


Normalmente, associamos a palavra "oásis" a uma ilha de verde e de vida no meio do Saara ou do deserto da Arábia. Mas a América do sul, especialmente o Chile e o Peru, também tem seus desertos e, consequentemente, seus oásis! Os desertos que tínhamos visto até agora, nesses países, eram grandes planícies de areia e pedra. Mas em Huacachina ele se parece mais com aquela imagem clássica de desertos que todos temos na nossa cabeça: enormes dunas a se perder de vista. É o nosso Saara. E Huacachina é aquele oásis típico também, uma lagoa cercada de palmeiras cercada de dunas de areis gigantes.

Subindo a duna em Huacachina, no Peru

Subindo a duna em Huacachina, no Peru


Foi com essa "surpresa", essa paisagem quase africana, que nos deparamos pela manhã. E a primeira tentação foi, claro, subir as dunas. Para quem tinha acabado de subir um vulcão, não poderia ser tão difícil assim, hehehe. Mas foi! As dunas devem ser umas quatro vezes mais altas que aquelas de Jericoacoara e a grande maioria das pessoas só sobe lá num bugue super arretado, preparado para levar turistas em passeios pelas areias.

Correndo na estreita crista da duna em Huacachina, no Peru

Correndo na estreita crista da duna em Huacachina, no Peru


Mas nós fomos a pé mesmo. Muito suor e esforço depois, estávamos lá encima, observando o mágico cenário. As pessoas ficam absolutamente minúsculas, quase desaparecendo diante de tanta areia. O oásis de Huacachina também fica pequenininho lá embaixo, a lagoa, os restaurantes e as palmeiras parecendo que serão devorados pelas areias em questão de minutos!

Autofoto no alto da duna em Huacachina, no Peru

Autofoto no alto da duna em Huacachina, no Peru


Antes que isso acontecesse, tiramos nossas fotos e corremos para lá, minutos intermináveis despencando duna abaixo até chegar ao nível do lago. Ali, nos instalamos num dos tentadores restaurantes com mesas ao lado da água e ficamos curtindo o incrível visual, dessa vez olhando tudo de baixo para cima. Tão bom como isso foi o nosso lanche, cerveja gelada e um ceviche delicioso carregado no limão. Hmmmmmm!!!

Veículos para transporte de turistas nas dunas de Huacachina, no Peru

Veículos para transporte de turistas nas dunas de Huacachina, no Peru


Aí, foi hora de tocar para Lima. A nossa primeira capital desde Asunción. A maior cidade que entramos desde que saímos de São Paulo, há muito e muito tempo. É nesta hora que o GPS é mais valioso! Seguimos diretamente para o bairro de Miraflores, região de classe média alta, muitos restaurantes e hotéis. Bairro super gostoso que muito lembra os bairros mais gostosos de São paulo e Rio. Vai ser ótimo explorá-lo nos próximos dias. Mas, antes disso, tivemos é que achar um lugar para nós e para a Fiona, bem na hora do rush.

Totalmente patroa, em Huacachina, no Peru

Totalmente patroa, em Huacachina, no Peru


Deu algum trabalho mas achamos um hotel bem legal, o Buena Vista. E, para a nossa agradável surpresa, o dono fez faculdade em Curitiba. Mais ainda, acabou de se casar com uma ex-colega sua e ela se mudou para Lima há poucos meses. Estávamos em casa! A Fiona ficou numa "playa" (estacionamento!) bem pertinho e agora, nossa única preocupação era comer. Seguimos o conselho do Jorge, o dono do hotel, e fomos comer no melhor frango da capital, a poucos quarteirões dali. Poucas horas em Miraflores e já mudamos nossos planos, tudo para ficar mais um dia por aqui. Amanhã, rumo ao centro da cidade que foi a mais importante das Américas por pelo menos 200 anos!

Delicioso ceviche, em Huacachina, no Peru

Delicioso ceviche, em Huacachina, no Peru

Peru, Lima, Huacachina, deserto, oásis

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Pedra Furada e o Famoso Beijo

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara)

Pintura símbolo do Parque da Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Pintura símbolo do Parque da Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Voltamos ao parque hoje para conhecer de perto algumas de suas atrações mais conhecidas: a Pedra Furada, o canyon das Andorinhas e as pinturas do Beijo e do veado fêmea com seu filhote, símbolo máximo do parque.

A Ana em uma formação rochosa da Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

A Ana em uma formação rochosa da Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Novamente, o Rafael foi nos dando aulas sobre o parque, sobre os tipos de pintura e relevo e sobre as plantas da caatinga. Ele fez uma programação para que estivéssemos quase o tempo todo sozinhos, sem cruzar os ônibus de turistas que chegam nos finais de semana. E acertou em cheio! Só cruzamos um pequeno grupo de turistas no primeiro e maravilhoso mirante que estivemos logo pela manhã.

Trilha sobre a crista de rochedo na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Trilha sobre a crista de rochedo na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Esse mirante, bem no meio de gigantescas formações e penhascos rochosos, nos faz ver e sentir toda a grandeza dessa região. Como não cansávamos de lembrar, é muito parecido com as formações da Capadócia, onde estivemos em nossa lua-de mel. Podem checar, pelas fotos, no site do nosso casamento (www.icasei.com.br/roana). Só dois pequenos "detalhes" destoam. O verde da caatinga e a falta dos enormes balões coloridos voando pelos céus. Aliás, essa é uma grande oportunidade de négócios aqui na Capivara: o vôo de balões. Será que nenhum empresário se habilita? Seria simplesmente magnífico!

A famosa Pedra Furada, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

A famosa Pedra Furada, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Do mirante seguimos para a Pedra Furada, o cartão postal da Serra da Capivara. Mesmo lá, em pleno omingo, estivemos sozinhos. Deu até para fotografar a Fiona perto da pedra. Em frente dela há um espaço para apresentações e até festivais internacionais de música são realizados naquele local, com capacidade para 1.500 pessoas. Nossa... com o jogo de luzes deve ficar um visual incrível para se ouvir e tocar músicas...

Pintura de onça na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Pintura de onça na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Painel com muitas pinturas, com vários temas e cores, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Painel com muitas pinturas, com vários temas e cores, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


De lá seguimos para o Boqueirão da Pedra Furada onde estão algumas das pinturas mais famosas do parque. É emocionante ver aquela arte de mais de cinco mil anos de idade, mais antiga que as pirâmides do Egito. Esses painéis foram pintados durante milênios. Num mesmo local, pode-se ver pinturas de dois mil, cinco mil, oito mil anos de idade. Os grupos íam e voltavam, sempre deixando suas marcas, sua sensibilidade, seus diferentes estilos marcados nos paredões. Através dos estilos, estima-se a época em que foram feitos. Muita gente passou por ali, muita gente admirou e reverenciou aqueles painéis. Muitos olhos, de alguma forma, se unem através do tempo nestas pinturas. Entre eles, os nossos. As pinturas nos unem. É emocionante pensar nisso...

A famosa pintura do 'Beijo', na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

A famosa pintura do "Beijo", na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Para mim, a mais emocionante das pinturas é aquela que, aparentemente, retrata um beijo. Mais singela, impossível. É fácil imaginar que esteja representado outra coisa também. Que nem sejam figuras humanas (cadê os braços?). Mas, sem dúvida, a idéia do beijo é a mais bela. E é com essa que eu fico e me inspiro.

Viva a Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Viva a Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Cerâmica à venda na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Cerâmica à venda na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Das pinturas para a fábrica de cerâmicas onde podemos observar não a arte primitiva, rupestre, mas a arte moderna, que se inspira naqueles mesmos desenhos. É uma pena não estarmos voltando para casa em breve, Daria para fazer muitas compras para nossa futura casa...

Incrível visual, semelhante ao da Capadócia, no canyon Canoas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Incrível visual, semelhante ao da Capadócia, no canyon Canoas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Já no fim de tarde, o Rafael nos leva para mais uma maravilha. Uma não, duas. Primeiro, uma atração pouco conhecida, o canyon Canoas. Chegamos por cima e de lá podemos nos maravilhar com as formações rochosas e a paisagem grandiosa que se estica até o horizonte. Mais uma vez, é a Capadócia que está ali. Depois, vamos para o canyon Andorinhas. Com o sol se pondo, as andorinhas vem se recolher nos canyons, para passar a noite. A entrada delas pela estreita boca do canyon é um espetáculo. O barulhos de suas asas cortando o ar e a destreza com que entram naquele lugar com tamanha velocidade é algo inacreditável. Simplesmente, de tirar o fôlego. Quer dizer, fôlego, já não tínhamos. A paisagem já o tinha nos tirado.

Maravilhado com o visual do canyon das Andorinhas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Maravilhado com o visual do canyon das Andorinhas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Maravilhado com o visual do canyon das Andorinhas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Maravilhado com o visual do canyon das Andorinhas, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara), arte, Parque, pinturas rupestres, Serra da Capivara, trilha

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Turismo em Curitiba

Brasil, Paraná, Curitiba

Dentro do Palácio de Cristal, no Jardim Botânico, em Curitiba - PR

Dentro do Palácio de Cristal, no Jardim Botânico, em Curitiba - PR


Hoje, finalmente, criamos vergonha na cara e fomos fazer algo que sempre nos prometemos fazer quando estamos por aqui, nesse período dos 1000dias: turismo!

Vista da Torre da Telepar de Curitiba - PR, onde se destaca o Museu do Olho e a Serra do Mar ao fundo

Vista da Torre da Telepar de Curitiba - PR, onde se destaca o Museu do Olho e a Serra do Mar ao fundo


O tempo chuvoso ainda nos impede se subir o Pico Paraná e algumas burocracias exigem nossa presença aqui na quinta, depois de amanhã. Assim, aproveitando o feriado da independência e a cidade bem vazia (dia 8 também é feriado em Curitiba!), fomos às ruas.

A Ana admirando sua cidade natal, em Curitiba - PR

A Ana admirando sua cidade natal, em Curitiba - PR


Para quem não conhece a cidade ou está sem carro, a melhor idéia é pegar o ônibus da Linha de Turismo, que transita entre as principais atrações da cidade. Bom, não é o nosso caso e a gente foi de Fiona mesmo.

Manada de capivaras no Parque Barigui, em Curitiba - PR

Manada de capivaras no Parque Barigui, em Curitiba - PR


Primeiro até a Torre da Telepar (hoje já tem outro nome, já que a Telepar já era), ter um belo visual da cidade e até da Serra do Mar, ao longe. Depois, para a praia dos Curitibanos, o Parque Barigui, melhor lugar para uma caminhada ou um cooper. Quem estava correndo lá era o Julio, um amigo dos tempos em que eu treinava duatlo. Que saudade que deu das pistas e piscinas...

Encontro com o Julio, colega dos tempos de triatlo, no Parque Barigui, em Curitiba - PR

Encontro com o Julio, colega dos tempos de triatlo, no Parque Barigui, em Curitiba - PR


O Palácio de Cristal, no Jardim Botânico, em Curitiba - PR

O Palácio de Cristal, no Jardim Botânico, em Curitiba - PR


Em seguida, fomos ao mais famoso cartão postal da cidade, o Jardim Botânico com seu Palácio de Cristal. Por fim, ao museu mais famoso da cidade, o Museu Oscar Niemeyer ou simplesmente, Museu do Olho.

O famoso 'Olho', no museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR

O famoso "Olho", no museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR


Foi uma delícia de passeio que nos fez lembrar de como Curitiba é jóia. Difícil é o clima. Mas a cidade é muito gostosa de se viver e se visitar.

O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR

O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR

Brasil, Paraná, Curitiba, Barigui

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Cartagena, América do Sul

Colômbia, Cartagena

AS famosas muralhas de Cartagena, na Colômbia

AS famosas muralhas de Cartagena, na Colômbia


Estamos de volta à América do Sul! Exatamente 18 meses depois de deixarmos Cartagena em um pequeno barco rumo ao arquipélago de San Blás, no Panamá, voltamos à mesma cidade colombiana, agora de avião, vindos de San Andrés. Foi daqui que embarcamos a Fiona para o porto de Colón, também no Panamá, será aqui que a receberemos de volta ao nosso continente natal.

Em meio à neblina, aparece Cartagena, na Colômbia. Depois de tanto tempo, estamos de volta à América do Sul!

Em meio à neblina, aparece Cartagena, na Colômbia. Depois de tanto tempo, estamos de volta à América do Sul!


Estamos de volta em Cartagena, na Colômbia

Estamos de volta em Cartagena, na Colômbia


Quando saímos de Cartagena, em 20 de Novembro de 2011, imaginávamos que retornaríamos em um ano. Pura ilusão! Imagina só, ver toda a América do Norte, ir e voltar pela América Central, conhecer tantas ilhas no Caribe e ainda dar um pulinho na Groelândia e Hawaii, tudo isso em apenas um ano? Que inocência! Na verdade, devo confessar: 18 meses também foram pouco! A lista de lugares maravilhosos que deixamos para trás sem conhecer está ficando cada vez maior e a tristeza de não ter tido tempo de passar por eles só é suplantada pela alegria e curiosidade de tudo o que ainda temos pela frente.

Vendedora de doces em Cartagena, na Colômbia

Vendedora de doces em Cartagena, na Colômbia


A Ana tenta (e não consegue!) equilibrar a bacia de doces na cabeça, nas ruas de Cartagena, na Colômbia

A Ana tenta (e não consegue!) equilibrar a bacia de doces na cabeça, nas ruas de Cartagena, na Colômbia


Pois é, ainda temos um longo caminho pela frente, que terá de ser espremido nos oito meses restantes da nossa viagem (nossa última previsão...). Felizmente, como bem sabe quem nos acompanha faz tempo, já estivemos em boa parte da América do Sul. Mas falta muita coisa importante ainda! Lugares que encaixaremos no nosso roteiro de descida até a Terra do Fogo e posterior volta ao Brasil. Basicamente, conheceremos o litoral caribenho da Colômbia, passaremos uma três semanas na Venezuela e retornaremos ao Brasil por Roraima. Aí, mais um tempinho na Amazônia, região do Solimões e vamos conhecer dois estados em que ainda não estivemos: os remotos (o que só aumenta nossa curiosidade e vontade) Acre e Rondônia. Voltaremos, então, ao Perú e Bolívia (Cusco, Machu Pichu, Titicaca, La Paz, etc) e voltamos à Rondônia pela estrada da morte. Daí desceremos pelos Mato Grossos, os últimos estados do país que nos faltarão. Passagem pelo interior dos estados do sul e de volta à Argentina. Vamos descer pela fronteira do Chile, alternando entre um país e outro, até chegar ao extremo sul do continente. Por fim, subimos pelo litoral argentino, passamos pela imperdível Buenos Aires e entramos no Uruguai, o último país que vamos visitar para fechar a lista das Américas. O epílogo da viagem será no litoral do Rio Grande e Santa Catarina, para fechar em grande estilo. Acham pouco? Ainda temos de encaixar, nesse meio tempo, a Ilha de Páscoa, as Malvinas e um pulinho na Antártida. Já que é para sonhar, vamos sonhar grande, né?

As ruas charmosas da cidade amuralhada de Cartagena, na Colômbia

As ruas charmosas da cidade amuralhada de Cartagena, na Colômbia


Uma das pomposas praças da cidade amuralhada em Cartagena, na Colômbia

Uma das pomposas praças da cidade amuralhada em Cartagena, na Colômbia


Bom, chega de sonho e vamos voltar à dura realidade. Antes de mais nada, o que precisamos fazer é recuperar a Fiona, escondida atrás da burocracia portuária colombiana. Dezoito meses atrás, em plenas “fiestas novembrinas”, quando a cidade para num interminável feriado, nós penamos para embarcar a nossa companheira rumo ao Panamá. Agora, vamos percorrer o caminho inverso, para tirá-la do porto. Um longo processo que merece um post especial, que virá em breve. A Fiona chega ao país no dia 20, de noite. Será descarregada no dia seguinte, terça-feira e, a partir daí, são vários passos a serem dados. Quiçá, antes do final de semana, já estaremos na estrada novamente. Como disse, detalhes dessa epopeia seguem num próximo post...

Arte nas ruas de Cartagena, na Colômbia

Arte nas ruas de Cartagena, na Colômbia


A famosa Torre do Relógio e o Monumento do Cavalo Alado, em Cartagena, na Colômbia

A famosa Torre do Relógio e o Monumento do Cavalo Alado, em Cartagena, na Colômbia


Enfim, como é apenas na terça que podemos começar o processo da Fiona, aproveitamos a segunda-feira para viajar para a Playa Blanca, a mais bela praia aqui da região. Pode-se chegar lá de barco ou de carro, mas sem a Fiona, restou-nos a primeira opção. Quase todo mundo que vai para lá, vai num day-tour. Felizmente, nós fomos para dormir por lá e os detalhes desse dia e noite maravilhosos seguem no próximo post.

vendedor de mamoncillo, em Cartagena, na Colômbia

vendedor de mamoncillo, em Cartagena, na Colômbia


Vendedora de frutas em Cartagena, na Colômbia

Vendedora de frutas em Cartagena, na Colômbia


Os outros dias de espera, foram aqui em Cartagena mesmo, cidade nossa velha conhecida. Nós ficamos hospedados no Hostal Mamallena, o mesmo onde ficou o casal de suíços que compartilhou conosco o contêiner da Fiona. O Hostel fica no centro histórico de Cartagena, bem perto da cidade amuralhada. Bem instalados e bem localizados, restava-nos passear pelas ruas charmosas da cidade, rever praças e bares conhecidos, reencontrar antigos amigos. E aproveitar também para dar um gás nos nossos blogs, mais atrasados do que nunca.

Cores fortes nas ruas de Cartagena, na Colômbia

Cores fortes nas ruas de Cartagena, na Colômbia


Uma das muitas igrejas no centre histórico de Cartagena, na Colômbia

Uma das muitas igrejas no centre histórico de Cartagena, na Colômbia


A Ana teve mais chance do que eu para refazer nossos roteiros preferidos pela cidade, já que eu estava envolvido com a burocracia da Fiona, “visitando” portos e repartições públicas. Mas também tive tempo para matar um pouco da saudade dessa cidade mágica que é Cartagena.

Famosa estátua no centro histórico de Cartagena, na Colômbia

Famosa estátua no centro histórico de Cartagena, na Colômbia


Arte em praça de Cartagena, na Colômbia

Arte em praça de Cartagena, na Colômbia


Para começar, sentimos logo a diferença da época do ano. Em Novembro, durante as festas, a cidade está fervendo em cada esquina. Agora não, muitos lugares estão vazios, apesar da quantidade de turistas ser sempre grande. Mas os turistas nacionais, aqueles que vêm para as festas, já quase não se veem. De noite, com exceção de uma praça e poucas esquinas, as ruas da cidade amuralhada estão completamente desertas. Caminhar por essas ruas históricas e agora silenciosas, tão bem restauradas e conservadas, é uma viagem ao passado, um verdadeiro encantamento.

Balcão de doces e sobremesas do nosso café predileto na cidade amuralhada, em Cartagena, na Colômbia

Balcão de doces e sobremesas do nosso café predileto na cidade amuralhada, em Cartagena, na Colômbia


Nosso bar do coração em Cartagena, na Colômbia

Nosso bar do coração em Cartagena, na Colômbia


Como já conhecíamos os caminhos, fomos logo visitar um café que havíamos adorado da última vez. Continuava ótimo como sempre. Para a Ana, era um martírio na hora de pedir a sobremesa. Afinal, ela queria TUDO. Voltamos também ao Esquina Sandiegana, na qual passamos uma memorável noite de salsa em 2011. Estava lá, completamente vazio. Mas as lembranças mais fortes do que nunca!

Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia

Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia


Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia

Reencontro com nosso amigo Elith, agora em Cartagena, na Colômbia


Aliás, foi justamente nesse bar e naquela noite que conhecemos o Elith, um colombiano que vivia em Nova York e estava de férias por aqui. Quando passamos na Big Apple, em Julho do ano passado, estivemos com ele por lá. Agora, ele voltou em definitivo para a Colômbia e, claro!, nós nos encontramos e tentamos botar o papo em dia, com muitas cervejas geladas para ajudar. A velha e saborosa Aguila!

Uma das portas da cidade murada de Cartagena, na Colômbia

Uma das portas da cidade murada de Cartagena, na Colômbia


Vendedor de chapéus em Cartagena, na Colômbia

Vendedor de chapéus em Cartagena, na Colômbia


Enfim, foram dias tranquilos por aqui, tirando a chateação do processo burocrático. Cartagena continua linda como sempre, a porta de entrada de muitos viajantes que chegam (ou voltam!) à América do Sul. Aqui, começamos a pegar o gostinho da nossa terra, aquela latinidade transbordando nas ruas, nas pessoas e no ar que se respira. Como é bom estar em casa novamente!

Umas das muitas praças na região histórica de Cartagena, na Colômbia

Umas das muitas praças na região histórica de Cartagena, na Colômbia

Colômbia, Cartagena,

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O Salto Yacumá

Brasil, Rio Grande Do Sul, Salto Yucumã

Foto aérea do Salto Yucumã, na fronteira entre Rio Grande do Sul e Argentina, no rio Uruguai. É o maior salto do mundo em extensão horizontal, mas hoje, estava completamente tapado pelo rio cheio. (foto retirada da internet)

Foto aérea do Salto Yucumã, na fronteira entre Rio Grande do Sul e Argentina, no rio Uruguai. É o maior salto do mundo em extensão horizontal, mas hoje, estava completamente tapado pelo rio cheio. (foto retirada da internet)


Há muitos anos, um amigo do antigo emprego em Curitiba fez uma longa viagem pelo sul do país. Na volta, interessado que sou em viagens, quis saber detalhes do seu roteiro. Entre tantas atrações visitadas, uma que eu nunca havia ouvido falar, um tal de “Salto Yacumã”. “O que é isso? Onde fica?” – quis logo saber. A resposta, com um sorriso maroto na boca e um tom de gozação, veio logo: “Não conhece o Salto Yacumã? Justo você que se acha o mais viajado? Que vergonha! Fica na fronteira do Brasil com a Argentina, lá no noroeste do Rio Grande do Sul. É a maior cachoeira horizontal do mundo!”.

Foto de divulgação do Salto Yucumã, a maior queda d'-agua em extensão horizontal do mundo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Foto de divulgação do Salto Yucumã, a maior queda d'-agua em extensão horizontal do mundo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Eu não tinha a menor ideia do que significava “cachoeira horizontal”, mas aquela história de ser a maior do mundo logo me interessou. Uma rápida pesquisa na internet e logo entendi: cachoeira horizontal quer dizer largura e esta tinha quase dois quilômetros de ponta a ponta. Fica no Rio Uruguai, mas vendo as fotos, entendi que não era que o rio fosse tão largo assim, mas que toda a sua água cai sobre uma enorme fenda que há dentro de seu próprio leito. Difícil explicar, mas é fácil de entender quando se vê as fotos. Tão impressionante como esse fenômeno é o fato dele ser tão pouco conhecido em nosso país. Os nossos hermanos, que dividem conosco o Salto Yacumã (assim como as Cataratas do Iguaçu) sabem valorizá-las muito mais!

Uma linda foto do Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Uma linda foto do Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Bom, identificada a minha ignorância, tratei de viajar até lá no mesmo ano. Dirigi até o pequeno município de Derrubadas, onde fica o Parque Estadual que protege essa maravilha e me deslumbrei com o que vi. A queda tinha pouco menos de 10 metros, mas se estendia por 1,8 quilômetros. Ao contrário das intermináveis filas de turistas que se vê em Iguaçu, aqui era apenas eu, por mais de uma hora. Não sabia se ficava mais boquiaberto com o que via a minha frente, o maior salto horizontal do mundo, ou com o que não via, turistas!

Centro de visitantes do Parque Estadual do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Centro de visitantes do Parque Estadual do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


A fiona na estrada que corta o parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

A fiona na estrada que corta o parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Bom, muitos anos depois e estamos iniciando a fase final dos 1000dias, indo ao sul do continente. O Salto Yacumã não poderia faltar nesse roteiro, claro! Tinha de mostrar ele para a Ana e documentá-lo no site. Assim, saímos de Treze Tílias rumo à pequena Derrubadas, fronteira com a Argentina. Mas, antes de chegarmos lá, ainda em Santa Catarina, passamos por outra surpresa entre as tantas que esse nosso Brasil tem: a segunda maior cratera de meteoro do país.

O Domo do Vargeão, a segunda maior cratera de meteoro no Brasil, no oeste de Santa Catarina

O Domo do Vargeão, a segunda maior cratera de meteoro no Brasil, no oeste de Santa Catarina


Outra vez, foi uma surpresa total. Um cartaz, no meio da estrada, nos alertou para ela. É a cratera do Vargeão, com 12 quilômetros de diâmetro e mais de 200 metros de profundidade. Formada há cerca de 50 milhões de anos, já está totalmente tomada pela vegetação e, aos olhos menos atentos, passa despercebida. Mas quando se sabe que está lá e a vislumbramos do alto de um mirante construído em um posto de gasolina, pode-se ver claramente seus contornos. Chega a ser emocionante. Por quê essas coisas não são propagandeadas? Fico só imaginado o tanto de coisas que ainda estão por aí, esperando ser descobertas... Fosse nos EUA, haveria um museu por aqui e dezenas de painéis explicativos, ônibus de turistas e estudantes, lojinhas, restaurantes, dinheiro movimentando a economia, etc, etc... Mas aqui, há um só cartaz na estrada, colocado apenas para quem estiver prestando atenção. E um posto de gasolina que resolveu fazer uma torre de madeira com uns quinze metros de altura. Viva o posto de gasolina!

Nosso acampamento em um pesque-pague no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Nosso acampamento em um pesque-pague no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Bom, depois dessa mega descoberta geológica, retomamos o caminho para Derrubadas, onde chegamos já no final da tarde. Imagina, o turismo é tão desenvolvido por lá que já não há mais pousadas. Aquela que eu tinha ficado na década passada já não existe. O que há são dois pesqueiros, onde se pode acampar ou alugar quartos rústicos. Nós, de barraca quase nova, não pensamos duas vezes a armamos nossa casinha em frente ao lago de pescaria. Não havia mais ninguém por lá e foi uma delícia, um lago só para nós, bem na nossa varanda!

O rio Uruguai transbordando, com suas águas passando sobre o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

O rio Uruguai transbordando, com suas águas passando sobre o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


O rio Uruguai transbordando, com suas águas passando sobre o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

O rio Uruguai transbordando, com suas águas passando sobre o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Hoje cedo, finalmente, fomos lá ver o Salto. A intenção era boa, mas a época não! Estamos no período de cheias, que agora já não seguem a ordem natural, mas o humor das diversas hidrelétricas rio acima. O fato é que o rio está cheio por aqui e a água, simplesmente, engole o Salto Yacumã. Resumindo, tudo embaixo d’água, só podemos ver as fotos e tentar imaginar como seria no período de secas. Para mim, que já estive aqui antes, não é difícil, mas para a Ana, ainda bem que as fotos estão lá, no pequeno Centro de Visitantes.

cascata no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

cascata no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


muitas flores no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

muitas flores no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Fotos e explicações para o fenômeno. Toda a água de um rio com cerca de 200 metros de largura escorre para uma fenda com menos de 20 metros de largura. Na época de seca, as quedas chegam a 15 metros de altura, mas o mais impressionante não é a altura acima da água, mas a profundidade abaixo dela! A tal fenda chega a ter 170 metros de profundidade! Tudo escondido embaixo d’água. Só de imaginar aquele buraco todo já dá calafrios! Isso explica como cabe toda aquela água lá dentro! Para nós, hoje, foi só um exercício de imaginação, pois tudo o que víamos era um rio bem largo com suas águas invadindo as bordas e alagando a floresta ao seu lado. Lá no meio, bem acima da fenda, redemoinhos e espuma mostravam que algo se escondia. Pedras? Não, uma fenda com 170 metros de profundidade!

Com o Sérgio, nosso guia no Parque do Turvo, onde está o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Com o Sérgio, nosso guia no Parque do Turvo, onde está o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Uma das muitas espécies de pássaros que vive na região do Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Uma das muitas espécies de pássaros que vive na região do Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Bom, não se podia ver o Yacumã, mas o parque estadual não é só isso. Há uma grande área de mata ao redor do rio que também é protegida. No lado argentino, ainda é muito maior e, com tanto verde, uma rica fauna vive por lá, inclusive pumas. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que vimos esses animais. O que vimos foram suas fezes e pegadas. Nas fezes, pelos e unhas da sua última refeição, alguma paca ou porco do mato.

Fezes de onça pintada no meio da estrada que atravessa o Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Fezes de onça pintada no meio da estrada que atravessa o Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Pelos e ossos, tudo o que sobrou da última vítima de uma onça pintada no Parque do Turvo, onde está o Salto Yucumá, na fronteira do rio Grande do Sul com a Argentina

Pelos e ossos, tudo o que sobrou da última vítima de uma onça pintada no Parque do Turvo, onde está o Salto Yucumá, na fronteira do rio Grande do Sul com a Argentina


Quem nos disse onde procurar os rastros da onça e também nos levou para caminhar na mata até uma pequena cascata foi o simpático Sergio, um guarda-parque do Parque Estadual do Turvo. Ele discorreu sobre a história do Turvo, a fauna que lá vive e até sobre o lado argentino do parque, muito mais desenvolvido. Os hermanos chegaram a construir, por três vezes, passarelas sobre o rio, para dar acesso ao Salto, mas o rio Uruguai foi mais forte e, durante as cheias, destruiu seguidamente as tais passarelas. Então, a melhor visão que se tem do Yacumá ainda é mesmo do Brasil, hehehe.

Antigas fotos de balseiros no rio uruguai, onde está o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

Antigas fotos de balseiros no rio uruguai, onde está o Salto Yucumã, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Mas é do lado argentino que se pode tomar barcos que se arriscam dentro da fenda, quando não há muita água por lá. Do lado brasileiro, famosos foram os barcos e barcaças que levavam madeira pelo rio, na metade do século passado. Foi nessa época que se cunhou o termo “ponto de balsa”, que é o nome que se dá ao rio quando se encontra da maneira que o vimos hoje. Ou seja, quando os saltos estão submersos e uma balsa pode passar tranquilamente por cima deles. Essa foi a grande atividade econômica da região naqueles tempos, corte de madeira e seu transporte pelo rio Uruguai até o Rio da Prata. Felizmente, um trecho da mata foi salvo, justamente esse que visitamos hoje.

cascata no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul

cascata no Parque do Turvo, na fronteira entre Brasil e Argentina, no município de Derrubadas, no Rio Grande do Sul


Bom, depois da verdadeira aula do Sergio, do agradável passeio na mata, da visita à cascata, do cocô de onça e do Salto e da fenda que não vimos, mas que muito imaginamos, era hora de seguirmos viagem. O destino agora é São Miguel das Missões, o coração da região missioneira brasileira, conhecida como Sete Povos das Missões. Será nossa última escala no Brasil antes de entrarmos na Argentina rumo ao sul do continente. Chega de natureza, agora vamos atrás de cultura, hehehe.


Nossa viagem rumo à Argentina e Ushuaia. De Curitba (A) para Treze Tílias (C), já em Santa Catarina, passando pela Lapa (B). Depois, rumo à Derrubadas (D), já no Rio Grande do Sul, onde está a maior cachoeira em extensão horizontal do mundo. Por fim, uma passada em São Miguel das Missões (E)

Brasil, Rio Grande Do Sul, Salto Yucumã, cachoeira, cratera, Derrubadas, meteoro, Parque, Parque Estadual do Turvo, Vargeão

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Blue Ridge Parkway

Estados Unidos, North Carolina, Blowing Rock, Virginia, Roanoke

Vista do Apalaches na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Vista do Apalaches na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


No início da década de 30 os Estados Unidos viviam em plena depressão econômica. O crash da Bolsa de Nova Iorque levou o país (e o mundo!) ao fundo do poço, o desemprego atingindo mais de 25% da força de trabalho. Para sair do buraco, Roosevelt, o presidente, implementou o famoso “New Deal”.

A Blue Ridge Parkway, sempre na crista dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos

A Blue Ridge Parkway, sempre na crista dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Uma das facetas dessa nova política foi a implementação de enormes obras públicas por todo o país, especialmente aquelas que demandavam mais mão-de-obra. O salário não era dos melhores, muito pelo contrário, mas os trabalhadores também recebiam casa, comida e saúde durante os meses ou anos que durassem as obras, quase sempre bem longe do lar. Em nossa viagem pelos estados unidos, já tínhamos visto (e usufruído) de duas dessas obras: o Hoover Dam, na fronteira de Nevada e Arizona, e toda a trilha dentro da Mammoth Cave, a mais longa caverna do mundo, no Kentucky.

No Mount Mitchel, ponto mais alto da Blue Ridge Parkway e dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos

No Mount Mitchel, ponto mais alto da Blue Ridge Parkway e dos Apalaches, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Ontem e hoje, conhecemos uma terceira obra, a incrível Blue Ridge Parkway, uma estrada cênica de 400 milhas que liga dois parques nacionais: o Great Smoky Mountains e o Shenandoah, o primeiro na Carolina do Norte e o último na Virginia. Quase todo esse percurso belíssimo, sempre sobre a cordilheira do Apalaches, foi construído por dezenas de milhares de trabalhadores na década de 30, ficando pequenos trechos que foram completados nas décadas seguintes. O objetivo da construção da estrada, além de dar emprego a todas essas pessoas, nunca foi o de se criar uma via rápida de locomoção, mas o de criar uma gigantesca área de lazer e admiração da esplendorosa natureza da região.

Fazendo uma trilha pela mata na região da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Fazendo uma trilha pela mata na região da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Tanto foi (e é!) assim que, além da estrada, também foram construídas dezenas de áreas de lazer, mirantes, trilhas que levam e cachoeiras e infraestrutura para campings e piqueniques ao longo de toda a rodovia. A velocidade máxima permitida nunca passa das 45 milhas por hora e são mesmo tantas curvas para fazer e paisagens para se admirar que raramente temos vontade de ultrapassar esse limite.

O belo cenário da cordilheira dos Apalaches ao longo da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

O belo cenário da cordilheira dos Apalaches ao longo da Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


O nome da estrada, “Blue Ridge”, vem do fato de estar sempre na crista dos Apalaches. E o “Blue”, bem, basta ver aquele mar de montanhas que se perdem no horizonte e que, de tão longe, ganham a tonalidade azulada; Um colírio para os olhos, especialmente para quem gosta de montanhas.


Pois bem, passamos os últimos dois dias viajando vagarosamente por essa estrada. Paramos em mirantes para fotografar, percorremos trilhas até cachoeiras próximas, fomos até o alto da maior montanha dos Apalaches, o Mount Mitchell, com pouco mais de 2 mil metros de altitude (o carro chega até bem pertinho!).

Muitos motociclistas na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Muitos motociclistas na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Visitamos áreas de piquenique que já lotavam de famílias na década de 30 e antigas choupanas onde viveram os pioneiros da região, ainda no séc XIX. Na época, totalmente isolados, tinham uma vida completamente autônoma e autossustentável, deslocando-se para a vila mais próxima apenas para o culto de Domingo ou para a compra do mês do pouco que não conseguiam eles mesmos produzir. Para mim, fã incondicional dos livros de Laura Ingalls, foi emocionante ver uma casa parecida com a famosa “Uma Casa na Floresta” (só que a dela era nas florestas de Wisconsin), além do mesmo estilo de vida!

O café da manhã no nosso delicioso hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

O café da manhã no nosso delicioso hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Em frente ao noso aconchegante hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Em frente ao noso aconchegante hotel em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Nossa primeira noite foi numa pequena cidade bem perto da estrada, chamada Blowing Rock. Aí encontramos um hotel super charmoso e aconchegante. Depois de tantos hotéis de rede, foi um refresco e tanto. Além disso, ficamos amigo do dono, o Jimmy. Apesar do tamanho pequeno, Blowing Rock é um destino muito procurado por quem quer uma vida saudável com ar puro, boa comida, friozinho e vinho. Já saiu em várias revistas. Enfim, é uma cidade requintada. Do lado do nosso hotel, ainda pegamos uma festa de fim de tarde, banda de Folk tocando a céu aberto e famílias dançando no gramado, pés descalços. Uma delícia!

Banda de folk anima festa ao ar livre em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Banda de folk anima festa ao ar livre em Blowing Rock, na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos


Muito movimento nos bares de Roanoke, na Virginia - EUA

Muito movimento nos bares de Roanoke, na Virginia - EUA


Hoje chegamos à Virginia, onde as paisagens de montanhas são substituídas por paisagens de fazendas. Chegamos á “metrópole” regional Roanoke. Mais uma vez, ficamos surpresos como cidades que nunca tínhamos ouvido falar anteriormente tem uma vida intensa, cheia de restaurantes e galerias. O restaurante/bar em que fomos poderia ser em Nova Iorque ou Los Angeles, tanto pela qualidade da comida como pelo ambiente descolado. Muito legal!

Chegando à Virginia, nos Estados Unidos

Chegando à Virginia, nos Estados Unidos


Fazendas ao longo da Blue Ridge Parkway, na Virginia - Estados Unidos

Fazendas ao longo da Blue Ridge Parkway, na Virginia - Estados Unidos


Um último fato desses dois dias: depois de milhares de quilômetros acelerando nas estradas americanas, a polícia me parou pela primeira vez. Dez milhas acima do permitido e sem placas! Que beleza! Mas, o guarda foi simpaticíssimo conosco, adorou a história da viagem, gostou muito da Fiona e só disse para andarmos mais devagar! E ainda deu a dica de dormirmos em Roanoke. Cada vez mais simpatizo com esse país, hehehe!

Primavera na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Primavera na Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte - Estados Unidos

Estados Unidos, North Carolina, Blowing Rock, Virginia, Roanoke, Apalaches, Blue Ridge Parkway, história

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De Terra Ronca para a Chapada dos Veadeiros

Brasil, Goiás, São Domingos (P.E Terra Ronca), Cavalcante

Paisagem bucólica na viagem por estradas de terra entre Terra Ronca e a Chapada dos Veadeiros - GO

Paisagem bucólica na viagem por estradas de terra entre Terra Ronca e a Chapada dos Veadeiros - GO


Hoje foi dia de viagem. São vários os caminhos de Terra Ronca para a Chapada dos Veadeiros, todos dando voltas para atravessar o rio, vale e serra do Paranã, através de asfalto e terra, estradas bucólicas ou mais movimentadas, caminho mais curto ou mais longo. Depende também se o destino final, na Chapada, é o sul ou o norte, Alto Paraíso/São Jorge ou Cavalcante.

Despedida do Ramiro e de Terra Ronca, região de São Domingos - GO

Despedida do Ramiro e de Terra Ronca, região de São Domingos - GO


O nosso destino era o lado norte. Eu já estive duas vezes em São Jorge e conheço várias das atrações do lado do sul da Chapada, então estava mais interessado em seguir para Cavalcante, destino menos procurado na Chapada dos Veadeiros. Passamos mais uma vez camping do Ramiro, para nos despedir do nosso venerado mestre e deixar com ele o CD das fotos feitas na São Mateus. Aproveitamos também para pegar a Flávia, nossa companheira de caverna ontem e de viagem hoje, que estava hospedada por lá.

Com a Flávia, que pegou uma carona conosco na viagem para a Chapada dos Veadeiros - GO

Com a Flávia, que pegou uma carona conosco na viagem para a Chapada dos Veadeiros - GO


A viagem fo alternando asfalto com terra (será que, no futuro, haverá uma via direta entre esses dois parques, essas duas maravilhas da natureza?), dando voltas em vales e passando por pequenas comunidades. Nas estradas de terra, clima bucólico total e belas paisagens do Vale do Paranã, esse caudaloso rio amazônico, principal afluente do rio Tocantins.

Parada em boteco em Orominas, pequeno povoado na região de Nova Roma - GO

Parada em boteco em Orominas, pequeno povoado na região de Nova Roma - GO


Já nas comunidades, resolvemos dar uma paradinha estratégica na pequena Orominas, um conjunto de umas vinte casas onde devem morar menos de 60 pessoas. Ali, num clima bem roots, paramos num boteco e socializamos com os frequentadores. Foi muito jóia!

Socializando em boteco em Orominas, pequeno povoado na região de Nova Roma - GO

Socializando em boteco em Orominas, pequeno povoado na região de Nova Roma - GO


Depois, mais estradas de terra e clima bucólico até chegarmos à Teresina de Goiás, onde nos despedimos da nossa amiga Flávia. De lá sai a estrada para Cavalcante, cidade histórica de origem mineira (tinha de ser!) no norte da Chapada dos Veadeiros. A Flávia logo conseguiu uma carona para Alto Paraíso, na direção sul. A gente espera poder se reencontrar quando passarmos por lá, após a estadia em Cavalcante.

Sabedoria popular em placa na saída do povoado de Orominas, região de Nova Roma - GO

Sabedoria popular em placa na saída do povoado de Orominas, região de Nova Roma - GO


Por sinal, aqui em Cavalcante encontramos meu primo Chico, morador de Rio Verde, no sul de Goiás. Não foi coincidência, mas um encontro marcado. Teremos o prazer de sua companhia na próxima semana, explorando algumas das mais belas atrações do estado. Já tínhamos estado com ele nesse viagem, quando estivemos em Goiânia, há quase um ano. É sempre muito bom reencontrar alguém da família!

Atravessando ponte em estrada de terra na região da Serra do Paranã - GO

Atravessando ponte em estrada de terra na região da Serra do Paranã - GO


Enfim, amanhã começamos nossas andanças por essa região, uma das mais belas do Brasil: a Chapada dos Veadeiros.

Despedida da Flávia, que pegou uma carona conosco na viagem para a Chapada dos Veadeiros - GO

Despedida da Flávia, que pegou uma carona conosco na viagem para a Chapada dos Veadeiros - GO

Brasil, Goiás, São Domingos (P.E Terra Ronca), Cavalcante,

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