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Blog do Rodrigo - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: Argentina Há 2 anos: Argentina

No Meio do Caminho Havia um Huemul

Chile, Coyhaique, Puerto Rio Tranquilo

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile


Depois da nossa visita ao Valle Los Exploradores, ontem de tarde e hoje de manhã, nós voltamos para a Carretera Austral para retomar nosso rumo ao norte. Foi a nossa despedida do majestoso lago General Carrera, um dos maiores do continente, o mesmo onde estão as Capillas de Marmol e por onde entramos vindos da Argentina, no primeiro dia do ano. O lago estava lindo como sempre, principalmente em um dia ensolarado como hoje.

A caminho de Puerto Rio Tranquilo, de volta à Carretera Austral e ao lago General Carrera, no sul do Chile

A caminho de Puerto Rio Tranquilo, de volta à Carretera Austral e ao lago General Carrera, no sul do Chile


A caminho de Puerto Rio Tranquilo, de volta à Carretera Austral e ao lago General Carrera, no sul do Chile

A caminho de Puerto Rio Tranquilo, de volta à Carretera Austral e ao lago General Carrera, no sul do Chile


Dessa vez, nós entramos na pequena Puerto Rio Tranquilo para almoçar. De frente ao lago, vários restaurantes e também os quiosques das agências que levam os turistas de barco às Capillas de Marmol. Uma linha de produção! Mas a concorrência ajudar a manter os preços mais baixos, imagino...

Em Puerto Rio TRanquilo, agências oferecem tours de barco até as Capillas De Marmol, no lago General Carrera, no sul do Chile

Em Puerto Rio TRanquilo, agências oferecem tours de barco até as Capillas De Marmol, no lago General Carrera, no sul do Chile


Por fim, estrada novamente. São cerca de 220 km até Coyhaique, a principal cidade da região de Aysén, no Chile. Os primeiros 150 km da estrada são de rípio, um dos piores que encontramos na Carretera Austral. Depois, a partir da pequena vila de Cerro Castillo, vamos reencontrar o asfalto, o primeiro desde que entramos no Chile. Quase todo o trecho asfaltado da Carretera Austral está nas cercanias de Coyhaique, ao sul e ao norte da cidade.



O trecho mais bonito da estrada hoje foi justamente na região de Cerro Castillo, já no asfalto. A montanha tem a forma de um grande castelo e por isso tem esse nome. Toda a área ao redor dela foi transformada em uma Reserva Nacional a são inúmeras as possibilidades de trekking na região, desde pequenos caminhos até uma trilha de três dias e duas noites que chega perto da crista da montanha. Para se atingir o cume de 2.675 metros de altitude, são necessários equipamentos e conhecimentos técnicos de escalada.

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile


Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile


Deixamos essa imponente montanha para trás, tristes por não termos tempo para passar alguns dias por ali. Atualmente, a nossa corrida é para chegar a Pucón, na região dos lagos, até o dia 13 desse mês. É quando vai ocorrer uma famosa prova de triatlo na cidade em que vai participar um primo meu. Queremos muito ver a prova. Aliás, é o mesmo primo com quem viajei para o Chile 22 anos trás e estivemos nessa mesma Pucón, onde subimos o vulcão Villarica. Já estamos combinados de subir o mesmo vulcão novamente. Vai ser joia! Enfim, nosso tempo está bem corrido (para variar!), pois além de percorrer o resto da Carretera Austral, ainda queremos passar alguns dias na ilha de Chiloé, antes de seguirmos para a região dos lagos, um pouco mais ao norte.

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile


Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, passando pela região da Reserva Nacional do Cerro Castillo, no sul do Chile


O trecho final da viagem, depois que o Cerro Castillo ficou para trás, não prometia muito. Ledo engano! Um carro parado no acostamento adiante de nós denunciou que algo ocorria por ali. Nós diminuímos a velocidade, apuramos os olhos e encontramos o motivo, ali bem perto da estrada: um huemul! Finalmente, um huemul!

Um Huemul macho, os únicos com chifre, na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, no sul do Chile

Um Huemul macho, os únicos com chifre, na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, no sul do Chile


Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile


Desde que viajamos pelo sul da patagônia andina argentina que tentamos encontrar esse elusivo cervo andino que se encontra em grave perigo de extinção. Calcula-se que sua população original tenha diminuído em quase 99% nesse último século. Além da perda de parte do habitat natural, o huemul sofre agora concorrência de uma espécie invasora, os veados vermelhos trazidos da Europa para satisfazer os amantes da caça. O huemul é bem menor que seu primo europeu, pesa cerca de 90 kg e seu dorso não chega a um metro de altura.

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile


Um Huemul macho, os únicos com chifre, na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, no sul do Chile

Um Huemul macho, os únicos com chifre, na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, no sul do Chile


O huemul que vimos e fotografamos na estrada é um macho adulto. É bem fácil de perceber isso porque as fêmeas da espécie não têm os elegantes chifres que os machos ostentam com tanto orgulho. Para nossa sorte, ele se deixou fotografar por mais de um minuto, mais preocupado com a relva verde de que se alimentava do que com as lentes curiosas apontadas para ele. É muito mais comum vê-lo de longe, principalmente nas trilhas que se aproximam das montanhas e encostas rochosas. Mas mesmo nesses ambientes não é fácil encontrá-los. Por exemplo, nós passamos vários dias caminhando na região de El Chaltén, na Argentinam e em Torres del Paine, aqui no Chile, e não vimos nenhum deles. Hoje, lá estava um deles, a poucos metros da Carretera Austral, em seu trecho asfaltado! Que belíssima surpresa! Que ótima maneira de terminar a primeira metade da nossa temporada aqui na região de Aysén!

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile

Na Carretera Austral, a caminho de Coyhaique, encontrando um solitário, tímido e arisco Huemul, no sul do Chile

Chile, Coyhaique, Puerto Rio Tranquilo, Bichos, Carretera Austral, Cerro Castillo, huemul, Montanha, Patagônia

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Spiegel Grove

Estados Unidos, Flórida, Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo


Eu adoro mergulhar em naufrágios. Pode ser só snorkel ou com garrafa mesmo. Mas o naufrágio tem de estar inteiro ou pelo menos ter um ponto de penetração. Já fiz vários naufrágios no Brasil e mesmo em outros países. No Brasil, o que mais me impressiona é a Corveta, em Noronha. Além da visibilidade, acho que é pelo tamanho do naufrágio. Ver aquele barcão deitado no fundo do mar, tão silencioso, sempre mexe comigo.

Pois bem, eu achava a Corveta grande. agora, nem tanto. Grande é o Spiegel Grove, com mais de 150 metros de cumprimento e quilômetros de passagens, corredores e porões para serem explorados. Com certeza, vale uma semana de mergulhos diários. Eu e a Ana, mais descansados que no dia anterior e, principalmente, mais experientes com nossos equipamentos, aproveitamos ao máximo o mergulho. Cautelosamente, exploramos pequenas porções internas do navio, além de vermos e pegarmos o gostinho de corredores escuros e imensos porões, que mais se parecem com cavernas submarinas. Precisamos voltar aqui algum dia para fazer um mergulho tek, com duas garrafas, trimix, nitrox para descompressão e um guia para nos levar naufrágio a dentro. Vamos programar isso para quando a Fiona nos trazer à Flórida!

Depois do segundo mergulho, novamente num recife rasinho e de almoçarmos no simpático café da Ocean Divers, ao lado do canal que serve de rua para barcos em Key Largo, voltamos para Miami para nossa última noite nos EUA, antes de irmos conhecer o Caribe.

Voltando do mergulho em Key Largo

Voltando do mergulho em Key Largo


Bahamas, amanhã. Ainda não caiu a ficha. Esses 12 dias de viagem ainda não foram suficientes para mudar nossas cabeças em direção à realidade que agora vivemos. Ainda não parece realidade, e sim um sonho.

Estados Unidos, Flórida, Key Largo, Mergulho

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Início de uma Nova Etapa

Brasil, Paraná, Curitiba

Almoço com a Luiza, em Curitiba - PR

Almoço com a Luiza, em Curitiba - PR


Os últimos três dias passaram rápido. Foram os dias dos preparativos finais para uma nova etapa da viagem, bem mais internacional do que as anteriores. Finalmente estamos prontos para enfrentar os países hermanos da América Latina e também os primos ricos lá de cima. Alaska, aí vamos nós!

Vovô e netinha em almoço dominical em Curitiba - PR

Vovô e netinha em almoço dominical em Curitiba - PR


Meu passaporte com o aguardado visto canadense chegou às minhas mãos na segunda-feira. Como já tinha o mexicano e o americano, agora a América do Norte é um território livre para mim. Para minha esposa italiana, sempre foi.

Outra documentação importante foi o seguro do carro. Já estamos com a conhecida "Carta Verde", o que nos permite dirigir no Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Para os outros países da América do Sul fizemos uma extensão de perímetro, o que deixa o nosso carro segurado nestes países, mas não cobre terceiros. Para eles devemos obter seguros nas respectivas fronteiras. Da América central para cima, aí precisaremos obter o seguro integral (Fiona + terceiros) em cada fronteira. Ao longo da viagem veremos como funciona na prática e passaremos a informação.

Brincando com a tia, em Curitiba - PR

Brincando com a tia, em Curitiba - PR


Falando em seguro, também já contratamos o nosso, de saúde, para os próximos 12 meses. Não é muito fácil achar esse seguro por aí. O normal é vendê-lo por períodos menores, até quatro meses. Enfim, quem procura acha e já podemos ficar doentes até Agosto de 2012. Depois disso, melhor não ficar doente nem ter acidentes. Ou voltar correndo para o Brasil, hehehe

Gostoso almoço em família, em Curitiba - PR

Gostoso almoço em família, em Curitiba - PR


Também já temos as carteiras de vacinação atualizadas, cartões de crédito válidos para o exterior e carteira internacional de motorista. Enfim, no quesito burocracia está tudo em ordem! Mas nem só de burocracia foram esses dias. Estamos com a nossa querida Sony (máquina fotográfica) de volta, depois de muitos meses parada. E o nosso equipamento de mergulho foi todo revisado também, pronto para mais uns 100 mergulhos pelos mares do continente, a começar por Galápagos em Setembro.

Todos na Fiona, em Curitiba - PR

Todos na Fiona, em Curitiba - PR


Outra coisa muito importante foram as reuniões com o pessoal do site. Vamos fazer uma grande reformulação e desta vez vai! A nova página de fotos está ficando muito boa e eficiente, com slide show e tudo. Deve ficar pronta ainda este mês. O resto do site vai entrando no ar aos poucos e esperamos ter tudo pronto até o fim de Agosto.

Reunião com a equipe do site 1000dias, em Curitiba - PR

Reunião com a equipe do site 1000dias, em Curitiba - PR


Nossa idéia era partir hoje de tarde, mas para variar não conseguimos. No fundo, eu já sabia, hehehe. Saímos amanhã bem cedo para Prudentópolis, terra das cachoeiras gigantes do Paraná. De lá para Foz do Iguaçu ver as cataratas, no Brasil e na Argentina. Depois, Paraguai, Bolívia, norte da Argentina e norte do Chile, incluindo o deserto do Atacama, claro. Em seguida, litoral do Peru e a belíssima Cordilheira Blanca e finalmente Equador, onde devemos chegar no início de Setembro, pois já temos compromisso por lá nesta época: mergulho em Galápagos! Depois Colômbia e América Central. E por aí vai. Em breve, no site, teremos uma sessão com um roteiro previsto mais detalhado.

Com a vovó, em Curitiba - PR

Com a vovó, em Curitiba - PR


A novidade deste início de viagem será que teremos companhia. A Patrícia, mãe da Ana, segue conosco por uma semana. Vai até Foz e, quem sabe, uns dias no Paraguai também. Vai ser legal!

Então é isso. A Fiona já está carregada na garagem, pronta para partir. Despertator preparado também. Despedidas feitas, post escrito, a sorte está lançada! Vamos que vamos!

Noite de despedida da Luiza, em Curitiba - PR

Noite de despedida da Luiza, em Curitiba - PR



P.S. As fotos que ilustram esse post foram das despedidas desses últimos dias. A mais difícil, claro, da querida Luiza. Coisinha mais fofa!

Despedindo-se da Luiza, Dani e Dudu, em Curitiba - PR

Despedindo-se da Luiza, Dani e Dudu, em Curitiba - PR

Brasil, Paraná, Curitiba,

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Flores, Frutas, Cachoeiras e o Calor. Voltamos aos Trópicos!

Hawaii, Big Island-Hilo

Chegando perto do mar pela primeira vez no Hawaii, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island

Chegando perto do mar pela primeira vez no Hawaii, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island


Aproveitamos que nossos corpos ainda estavam no fuso horário da Califórnia e acordamos bem cedo aqui no Hawaii, para nosso primeiro dia de explorações. Ele prometia ser longo, com direito a matas e cachoeiras, mercados e vulcões, do nível do mar até os 4 mil metros de altitude. Ainda bem que aqui, mais ao sul, o dia dura mais e nos dá tempo de fazer mais coisas. Ficar escuro às cinco da tarde, nenhum viajante merece! É o que estava acontecendo na Califórnia. Aqui no Hawaii, ganhamos ao menos uma hora no final da tarde!

Nosso jipão em Big Island, no Hawaii (a Fiona que não veja essa foto!)

Nosso jipão em Big Island, no Hawaii (a Fiona que não veja essa foto!)


Experimentando frutas no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Experimentando frutas no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Já saímos de mala e cuia do nosso simpático hostal em Hilo, uma tradicional cidade havaiana que ainda se mantém razoavelmente livre dos turistas. Aqui na Big Island, eles preferem Kona, na costa leste. Como a noite de hoje não será mais por aqui, já desocupamos o quarto. Mesmo que fosse para dirigir apenas uns poucos quarteirões, até o mercado da cidade, uma espécie de feira livre que acontece todos os dias, pela manhã.

Frutas tropicais no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Frutas tropicais no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Venda de longon (a amarelinha) e rambutan (a vermelha) no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Venda de longon (a amarelinha) e rambutan (a vermelha) no mercado de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Foi a melhor maneira de já entramos no clima de um país tropical. Apesar de ainda estamos nos Estados Unidos, a cara da feira era a mesma de qualquer país de terceiro mundo, cheio de bancas com frutas tropicais. Algo totalmente exótico para os americanos do continente que aqui chegam. Para nós, brasileiros, nem tanto. Bananas, abacaxis, papayas e outras frutas do nosso “repertório”. Mas tem também as diferentes, com mais cara de Ásia do que América, como as deliciosas longons e rambutans. Experimentamos todas e já fizemos nossa compra para o dia, incluindo até um delicioso suco de maracujá fresco, feito na hora!

Depois de tanto tempo, de volta à vegetação tropical, na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii

Depois de tanto tempo, de volta à vegetação tropical, na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii


Dali, a bordo do nosso jipão vermelho, fomos explorar a região ao oeste de Hilo. As estradas são cercadas de muito verde, mas ao contrário dos pinheiros e outras coníferas americanas, o que vemos aqui são palmeiras, samambaias, bambus e outras árvores tropicais. Depois de tanto tempo longe da linha do equador, os olhos custam a acreditar no que estão vendo. Mais estranho ainda é conciliar aquela paisagem com o padrão da estrada e os sinais em inglês. Parece que algo não está combinando, hehehe

Muito verde na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii

Muito verde na região de Hilo, na Big Island, no Hawaii


Depois de alguns mirantes para se observar o mar, que é a coisa que todo mundo quer ver quando chega ao Havaí pela primeira vez (não, não há ondas gigantes em todas as praias daqui!), seguimos um pouco para o interior, para ver uma das maiores cachoeiras do arquipélago. Não dessas que escorrem pela pedra, mas das que caem diretamente para o fundo. São as Akaka Falls, com mais de 100 metros de altura em um “single drop”.

A bela Akaka Falls, perto de Hilo, em Big Island, no Hawaii

A bela Akaka Falls, perto de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Mais impressionados do que com a cachoeira, ficamos com os peixes que a escalam, para poder depositar seus ovos lá encima, no mesmo lugar em que nasceram alguns anos antes. Impressionante! Só vendo para acreditar mesmo (nós não vimos!). Eles têm uma ventosa e com ela, literalmente, escalam o paredão atrás da cachoeira, enquanto se molham e se hidratam com a água e vapor que estão sempre por ali. Fico imaginando quanto tempo dura a tal escalada... Será que eles não podiam colocar seus ovos na parte de baixo mesmo? Depois dessa, passei a achar o esforço dos salmões em subir as corredeiras dos rios do Alaska se desviando das mandíbulas dos ursos e bicos das águias coisa de amador. Esse peixinho daqui faria isso com uma mão nas costas!

Uma das belíssimas flores no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Uma das belíssimas flores no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Flores de todas as cores e formas no magnífico  Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Das cachoeiras, já no caminho de volta para Hilo, fomos para o Jardim Botânico da região. Obra de um casal que se mudou para cá na década de 80. Depois de acharem um lugar para morar e curtir a aposentadoria, encontraram esse terreno numa encosta em frente ao mar, completamente tomada pelo mato. Amantes das plantas, eles o compraram e passaram as décadas seguintes remodelando aquela bagunça, levando ordem e beleza ao lugar. E trouxeram a “beleza” dos quatro cantos do mundo, inclusive muita coisa do Brasil.

Flores de todas as cores e formas no magnífico  Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Flores de todas as cores e formas no magnífico  Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Flores de todas as cores e formas no magnífico Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Sorte nossa e de todos os que visitam essa verdadeira obra de arte. Para quem entende de plantas e flores, certamente poderia passar ali o dia inteiro. A quantidade, qualidade, diversidade e beleza das flores impressionam. De todas as cores, formas e tamanhos, muitas que eu nem imaginava poder existir. Dezenas de espécies de bromélias e orquídeas e outras flores tropicais, todas lado a lado, um verdadeiro colírio para os olhos.

Prestando reverência ao deus Ku, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Prestando reverência ao deus Ku, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Na parte de baixo do parque, chegamos outra vez perto do mar. Um lugar que já foi uma vila havaiana, virou uma fazenda, descambou para um terreno baldio e hoje é um jardim dos deuses. Com vista para o mar do Havaí. Espetacular! Falando em deuses, impossível não comentar que encontramos um deles. Na verdade, a estátua de um deles. Representa uma importante divindade havaiana, que atende pelo sugestivo nome de Ku. Assim como faríamos com Odin, Zeus ou Toutatis, prestamos as devidas reverências. Não poderia ter escolhido um lugar melhor para seu altar!

Piscinas naturais se formaram em antigo lençol de lava que avançou sobre o mar, ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Piscinas naturais se formaram em antigo lençol de lava que avançou sobre o mar, ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Do Jardim Botânico voltamos para Hilo, atravessamos a cidade e seguimos rumo ao litoral, um pouco mais ao sul. É um litoral relativamente novo, resultado de erupções vulcânicas bem recentes. A lava escorreu até o mar, aumentando o tamanho da ilha e criando terraços de pedra (lava endurecida) que hoje formam piscinas naturais durante a maré alta. Quem aproveita são pequenos peixes e crustáceos, que aí ficam protegidos dos predadores maiores. No lugar deles, hoje tem de lidar com os turistas, que vão até aí com suas máscaras e snorkel para poder observá-los.

Caranguejo descansa sobre lava endurecida no litoral ao sul de Hilo, na Big Island, no Hawaii

Caranguejo descansa sobre lava endurecida no litoral ao sul de Hilo, na Big Island, no Hawaii


Não era o nosso caso. Nós estávamos mais interessados nas próprias formações rochosas que nos seus habitantes marinhos. Estar ali tão perto dessa recente batalha entre o fogo e a água, numa guerra que já dura alguns milhões de anos, atiça nossa imaginação. Certamente, ainda vou falar muito disso nos próximos posts, principalmente aqui na Big Island, o campo atual de batalha entre esses dois elementos naturais.

O primeiro banho de mar no Hawaii a gente nunca esquece! (no Isaac Hale Beach Park, ao sul de Hilo, na Big Island)

O primeiro banho de mar no Hawaii a gente nunca esquece! (no Isaac Hale Beach Park, ao sul de Hilo, na Big Island)


As piscinas são bem rasas e resolvemos seguir um pouco adiante, até um parque estadual onde há uma praia um pouco mais funda. Aí a Ana deu seu primeiro mergulho no mar havaiano com cara de Caribe (é a nossa referência!). Havia uns poucos surfistas na área, mas o dia era de mar calmo. Eu ainda deixei a minha estreia mais para frente, mas a Ana se esbaldou na água de temperatura agradável.

Estrada secundária atravessa túnel de árvores ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii

Estrada secundária atravessa túnel de árvores ao sul de Hilo, em Big Island, no Hawaii


Mas ela teve de ser rápida. Afinal, já estávamos no meio da tarde e ainda tínhamos uma montanha para subir. E não era uma morro qualquer, mas a maior montanha do mundo! Estou falando do Mauna Kea, uma elevação colossal, assunto do próximo post...

No topo do Mauna Kea, mais alto que as nuvens, na Big island, no Hawaii

No topo do Mauna Kea, mais alto que as nuvens, na Big island, no Hawaii

Hawaii, Big Island-Hilo, Big Island, cachoeira, Hilo, Parque

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Às Compras!

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Paraguai, Ciudad del Este

Com o Maicon, nosso motorista e guia para compras em Ciudad del Este, no Paraguai

Com o Maicon, nosso motorista e guia para compras em Ciudad del Este, no Paraguai


Conforme decidido ontem, o programação hoje era ir para Ciudad del Este, no Paraguai. Afinal, sábado fica muito cheio por lá, no domingo muitas lojas não abrem e na segunda queremos pegar estrada, então sobrou mesmo a sexta, ou seja, hoje.

Ao invés de seguir de Fiona e ficar nos preocupando com burocracias, trânsito e estacionamento, achamos mais prático contratar um dos milhares de motoristas que fazem isso todos os dias. E foi assim que chamamos o Maicon, que veio nos buscar no hotel no carro da agência em que trabalha e que também foi nosso guia por lá, em terras guaranis.

Engarrafamento para se chegar à Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR

Engarrafamento para se chegar à Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR


A maior dificuldade foi enfrentar o engarrafamento no acesso à famosa Ponte da Amizade, que liga os dois países e é caminho conhecido de todo sacoleiro que se preze. Uma vez nela, tudo ficou mais tranquilo, mesmo tendo de enfrentar o trânsito meio caótico que caracteriza o lado de lá da fronteira. A burocracia para entrar no Paraguai, pelo menos para quem só vai até Ciudad de Leste, se resume a um carimbo dado numa lista de passageiros (no caso, nós três) por um rapaz que mais parece um flanelinha uniformizado, já no Paraguai. Acenamos de dentro do carro, ele vem, carimba o papel e... "listos"!

Fronteira do Brasil com o Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR

Fronteira do Brasil com o Paraguai, em Foz do Iguaçu - PR


Aí, o Maicon foi logo ao primeiro estacionamento, do Shopping del Este, e fomos passear à pé pelas ruas repletas de lojas e de ambulantes. Estes vendem de tudo mas, preferencialmente, meias. Pacotes de dez meias por dez reais. E se negociar, tem mais, com certeza! Além das meias, gostei também dos aparelhos de eletrochoque, para segurança pessoal. Quanto tempo, ou quantos choques, será que dura a bateria?

Já as lojas, tem de tudo também. Desde as mais chiques, caras e confiáveis até as famosas "La garantia soy yo!". O melhor negócio é encontrar o meio termo! A gente foi nas indicadas pelo Maicon e sua agência e, depois, aproveitamos para visitar suas vizinhas de shopping. Aos pouco, fomos comprando o que queríamos. Eu e a Ana, um celular com Android, uma barraca made in China (o que não é made in China, hoje em dia?) e outras coisas menores. A Patrícia comprou um pouco mais, sempre pensando nas cotas...

Atravessando a Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este

Atravessando a Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este


Meio da tarde e estávamos prontos. Estava encerrada nossa primeira experiência no país vizinho. Algo meio parecido com a 25 de Março, em São Paulo, disposta em vários quarteirões. Para mim, bom para ver uma vez e só. Agora, estou louco para cruzar essa cidade com a Fiona na segunda e ver o país que se esconde atrás dela, o verdadeiro Paraguai. Já sabendo o aminho das pedras, será mais fácil. Se bem que, como disse, indo mais longe teremos mais burocracias a cumprir, além do carimbo. Falando em ir mais longe, a Patrícia decidiu ir conosco até Assunción, passando pelas missões, no sul do Paraguai. A passagem dela é para quarta de tarde, assim esse é nosso prazo para chegar na capital paraguaia. E assim, nossos próximos dias vão se delinenado. Amanhã, por exemplo, é dia de ver as cataratas do lado brasileiro, por terra e pela água (Macuco Safari) e, de tarde, a usina de Itaipu, por dentro e por fora. Será um belo dia!

Movimento em Ciudad del Este, no Paraguai

Movimento em Ciudad del Este, no Paraguai

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Paraguai, Ciudad del Este,

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A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Um Dia em Jampa

Brasil, Paraíba, João Pessoa

Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB

Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB


João Pessoa é a terceira mais antiga capital do Brasil, tendo "nascido" em finais do séc XVI. Mas o seu nome é bem mais recente, homenagem a um famoso político local, presidente (governador) do estado, assassinado em 1930. Embora essa morte tenha sido muito bem usada politicamente pelo grupo de Vargas para se iniciar a revolução de 30, afinal João Pessoa era o candidato à vice em sua chapa, o asassinato do político paraibano estava muito mais ligado à questões de honra do que propriamente políticas. Essa história está muito bem retratada no famoso filme de Tisuka Yamasaki, "Paraíba Mulher Macho", do início da década de 80. João Pessoa era retratado por Walmor Chagas, sempre com seus eternos cabelos brancos.

Praia de Manaíra, em João Pessoa - PB

Praia de Manaíra, em João Pessoa - PB


João Pessoa havia mandado a polícia invadir escritórios de vários adversários políticos, teoricamente a procura de armas que seriam usadas num golpe de estado. No escritório de um advogado, ao invés de armas a polícia encontrou a correspondência íntima e amorosa do advogado e sua "namorada", uma poetisa famosa da época, que com suas idéias de "vanguarda" (até o voto feminino, ela defendia!), já escandalizava a conservadora sociedade paraibana. João Pessoa mandou publicar essas cartas na imprensa, o que deixou os amantes meio "expostos" em suas intimidades. Pouco depois, o advogado acertou suas contas com João Pessoa em uma confeitaria em Recife: dois tiros à queima roupa. A trágica história não acaba aí, claro. Ele foi preso e, poucos meses depois, assassinado junto com um parente seu, que nada tinha a ver com a história, na prisão. A polícia alegou que fora suicídio. Quem se suicidou de verdade, alguns dias depois, foi a poetisa, que havia se mudado para Recife para poder estar sempre visitando o seu amor. E toda essa trágica história acabou por ajudar bastante a levar Vargas para o poder. Mas o destino também acabaria por levar esse. Suicídio também. Shakespeare deveria ter nascido na Paraíba...

Belo visual da piscina de nosso hotel em João Pessoa - PB

Belo visual da piscina de nosso hotel em João Pessoa - PB


Pois bem, no calor do assassinato, a cidade de Parahyba mudou seu nome para João Pessoa. Ela já tinha uma longa tradição de homenagear pessoas com seus nomes. Chamou-se Felipeia, em homenagem ao rei espanhol (pois é, pouca gente se lembra, mas o Brasil já foi espanhol, na época que Portugal e Espanha eram um só reino) e chamou-se Frederikstadt, em homenagem ao manda-chuva holandês, na época de domínio deste país. Hoje, há movimentos na capital para se mudar novamente o seu nome, por meio de plebiscito. Não faltam nomes candidatos...

O famoso hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa - PB

O famoso hotel Tropical Tambaú, em João Pessoa - PB


Apesar se hoje a cidade estar voltada para o mar, isso é fato recente. Ela nasceu na beira do rio, subiu o morro e lá ficou, quase a 8 km das praias. Ainda na década de 70, terrenos nas praias de Cabo Branco e Tambaú eram uma pechincha. Morar na praia era "pobre". Para os visionários da época que resolveram fazer um pequeno investimento, o futuro (hoje) lhes sorriu. De qualquer maneira, toda a parte histórica da cidade encontra-se no centro, bem distante da orla.

A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB

A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB


Foram "essas João Pessoas" que eu e a Ana conhecemos hoje. Primeiro, a da orla. Sol de rachar, caminhamos e corremos por Manaíra, Tambaú e Cabo Branco, três das principais praias da cidade, onde estão a maioria dos hotéis, inclusive o nosso, que fica bem em frente ao mais tradicional hotel da cidade, o Tropical Tambaú, que esse ano faz 40 anos de idade! Apesar disso, sua arquitetura continua impressionando, uma espécie de disco voador gigante, camuflado por grama, pousado bem na ponta de Tambaú. Ainda na orla, observamos atentos o local do show da noite, de Margareth Menezes.

Igreja São José, em João Pessoa - PB

Igreja São José, em João Pessoa - PB


De tarde fomos ao centro dar uma olhada na "lagoa" e nos prédios históricos. O mais belo deles é a Igreja de São Francisco, parte integrante do Convento de Santo Antônio. Um show de arquitetura barroca, patrimônio cultural brasileiro. A Igreja, hoje, é muito concorrida para casamentos mais chiques, enquanto boa parte do convento foi transformada em espaço cultural.

Um raro Cristo barroco com os pés separados, na Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB

Um raro Cristo barroco com os pés separados, na Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB


Por falar em cultura, de noite fomos ao movimentado show. Praia cheia e animada. O show faz parte de uma rica programação para o mês de Janeiro. Amanhã, por exemplo, lá estará Gabriel, o Pensador. Mas nós ficamos mesmo interessados é no show de fechamento, em fins de Janeiro: Mano Chao. Infelizmente, estaremos longe. Quem estava bem por perto era o secretário de cultura da cidade, que até deu uma canja no show de sua amiga. É o também cantor Chico Cezar. Foi jóia vê-los cantar, juntos, "Mama África".

Show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB

Show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB


No show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB

No show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB


Enfim, foi um dia cheio em Felipéia, Parahyba ou João Pessoa. Ou John People, como nós gostamos de falar (tem até um bar com esse nome!). Ou, melhor ainda, em "Jampa", que é o apelido usado por seus prórpios moradores. Se temos "Sampa" no sudeste, temos "Jampa" no nordeste.

Chapéu típico de festas maranhenses exposto em galeria do convento São Francisco, em João Pessoa - PB

Chapéu típico de festas maranhenses exposto em galeria do convento São Francisco, em João Pessoa - PB

Brasil, Paraíba, João Pessoa,

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Decidindo o Roteiro

Saint Martin, Marigot

Experimentando o mar da Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe

Experimentando o mar da Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe


A primeira metade do dia de hoje foi dedicada a tentar decidir nosso roteiro pelas tantas ilhas-países que aqui existem e, mais do que isso, tentar implementar nossas decisões. Ou seja, comprar passagens. O que dificulta nossa vida por aqui é que não temos internet na guest house. Mas descobrimos uma padoca que tem, para seus clientes. "Padoca" é modo de falar porque, nos países franceses, é uma coisa muito mais chique: Boulangerie! Pois bem, a gente vai nessa Boulangerie, compra um delicioso sanduíche de pão francês com queijos variados e fica na internet. Mas também não dá para abusar muito e, colocar todos os posts no ar, enviar todas as fotos e ficar procurando passagens em várias companhias é uma coisa que toma tempo...

Mapa mostrando as Leeward Islands

Mapa mostrando as Leeward Islands


Enfim, decidimos o seguinte: em primeiro, desistimos de ir para Anguilla hoje, pois o tempo estava meio esquisito e aproveitamos para trabalhar e ir atrás das passagens. Anguilla ficou para amanhã, day trip. No dia seguinte, vamos para St Barth, para dormir lá e voltamos no dia seguinte. Isso tudo de barco. No dia 03, vamos para St. Kitts, de avião, retornando no dia 07. No mesmo dia. de avião para Saba. Voltamos no dia 11 e, ato contínuo, voamos para Sint Eustatius. Voamos de volta no dia 15 para dormir no lado holandês da ilha. No dia 16, voltamos para Paramaribo. Ufa! Deu para perceber que temos sempre de voltar para St. Martin, né? Infelizmente, não dá para viajar entre as outras ilhas diretamente...

A bela praia de Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe

A bela praia de Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe


Bem, planos feitos, faltou comprar as passagens. Não deu para fazer na internet, mas deixamos toda a parte aérea reservada, numa agência de viagens. Amanhã cedinho, antes de embarcar para Anguilla, precisamos fechar. AInda temos esperanças de, hoje de noite, na internet novamente, arrumar algo mais barato. Tomara! Quanto aos barcos, para Anguilla a passagem é comprada em alto mar mesmo. A de St. Barth, vamos comprar amanhã cedo. Ou seja, pelo menos as viages estarão decididas até amanhã cedo. Aí, vão faltar as acomodações. Por enquanto, só estamos garantidos aqui em St. Martin mesmo. Nas outras ilhas, vai ser na raça...

Mar típico do Caribe na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin

Mar típico do Caribe na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin


Feito isso, o tempo mudou e o sol brilhava, nos chamando para a praia. Tentamos alugar bicicletas, mas a única locadora aparentemente fechou, infelizmente. Então, de busão mesmo, seguimos para a linda Baie Rouge, bem próxima de Marigot. Espetáculo de mar! Aquela água com cor de Caribe que os olhos custam a acreditar. Areias brancas, pouco movimento, belas formações rochosas. Ao fundo, veleiros. E mais ao fundo, Anguilla.

Encontrando uma estrela-do-mar na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe

Encontrando uma estrela-do-mar na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe


Passamos umas duas horas por lá, nadando, mergulhando, atazanado as pobres estrelas-do-mar e admirando mais um magnífico pôr-do-sol. Depois, na hora de voltar, nada de vans. Aqui é uma região de classe média, todo mundo com carro, e os ônibus não vem muito para cá. Assim, que remédio, viemos caminhando mesmo. Mas, pouco mais de um quilômetro de pé no chão mais tarde, uma boa alma parou e nos ofereceu carona. Boa alma americana, de Virginia. Que Deus o abençôe!

Marina Royale, em Marigot - St Martin, no Caribe

Marina Royale, em Marigot - St Martin, no Caribe


E nós, daqui a pouco, para o jantar com internet, num restaurante na marina. Esperamos baixar um pouco o preço da parte aérea dos próximos dias. Depois, para cama cedo porque amanhã iniciamos nossa peregrinação pelas Leeward Islands...

Pôr-do-sol na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe

Pôr-do-sol na Baie Rouge, região de Marigot - St Martin, no Caribe

Saint Martin, Marigot, Baie Rouge

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Caminhos Entre as Américas

Panamá, Cidade do Panamá, Colômbia, San Andrés COL, Providencia

De volta ao Caribe na ilha de San Andrés, na Colômbia

De volta ao Caribe na ilha de San Andrés, na Colômbia


Chegou a hora de voltarmos à América do Sul. Com a Fiona devidamente “empacotada” no porto de Colón, faltava a gente fazer o caminho de volta ao nosso querido continente natal. E há muitos caminhos possíveis entre o norte e o sul.

De volta ao caribe, na ilha colombiana de San Andrés

De volta ao caribe, na ilha colombiana de San Andrés


Para quem está dirigindo por toda a América, o caminho “natural” seria dirigir entre Panamá e Colômbia. Seria... se houvesse estradas. Mas não há, o único trecho da rodovia pan-americana que nunca foi construído. Sorte do Darién, o nome dado ao trecho pantanoso e cheio de florestas que está entre os dois países, um dos terrenos mais virgens e inacessíveis do nosso continente. Já escrevi bastante sobre isso quando passamos por aqui na subida e quem quiser ver os detalhes, o link do post está aqui.

San Andrés, ilha colombiana no Caribe

San Andrés, ilha colombiana no Caribe


Enfim, já que não podemos atravessar com o carro, quais os outros caminhos? O mais comum entre os viajantes do continente é seguir de veleiro entre os dois países, passando pelo arquipélago paradisíaco de San Blás. Foi nossa escolha na vinda e não queríamos repetir a mesma rota. Para quem quiser ver os detalhes dessa bela viagem, o link do post está aqui.

Alegria de voltar ao caribe, na ilha de San Andrés, na Colômbia

Alegria de voltar ao caribe, na ilha de San Andrés, na Colômbia


Outra rota é a mais sem graça de todas: simplesmente, um voo entre Cidade do Panamá e Cartagena. A gente vê tudo lá de cima durante uma hora e pronto. Essa era nossa última opção, aquela que fomos obrigados a comprar no aeroporto de Santo Domingo e que tínhamos como um Az na manga.

Visual totalmente caribenho na ilha de San Andrés, na Colômbia

Visual totalmente caribenho na ilha de San Andrés, na Colômbia


A nossa rota preferida era outra. É possível voar num pequeno avião até a fronteira dos dois países, uma região conhecida como Zapzurro. Ali, atravessamos essa mitológica fronteira entre dois países e dois continentes a pé, ao lado do Mar do Caribe e, em seguida, com uma combinação de lanchas e ônibus, seguimos até Cartagena. Realmente, era meu sonho de consumo: tirar uma foto com um pé na América do Sul e outro na América do Norte, passar pela tal ponte natural formada há 3 milhões de anos, por onde passaram os animais que tentavam colonizar o continente vizinho, assunto de que tratei no post anterior.

Tranquilidade em San Andrés, ilha colombiana no Caribe

Tranquilidade em San Andrés, ilha colombiana no Caribe


Mas, infelizmente, já não conseguimos passagens nesse voo. Ele é feito com um avião pequeno, apenas três vezes por semana. As passagens se esgotam rapidamente. E não pudemos comprar antecipadamente porque ainda não tínhamos certeza que o embarque da Fiona daria certo. Como, aliás, não deu! Atrasou em uma semana. Com isso, teríamos perdido nossas passagens, como perderam os suíços que dividiram o contêiner conosco. Eles também iriam para Zapzurro e compraram as passagens com antecipação. Perderam o voo por causa do atraso no embarque do carro e agora, procuram um plano B. Irão por San Blás.

Vendedora de goiabada em San Andrés, ilha colombiana no Caribe

Vendedora de goiabada em San Andrés, ilha colombiana no Caribe


Nós até nos informamos sobre como chegar à Zapzurro sem o avião. Depois de três horas num 4x4, seriam sete horas numa lancha pequena, sem agenda fixa e que enfrenta mares revoltos. A descrição dos rigores dessa viagem na internet nos fez desistir de cruzar essa fronteira secreta. Mais um item para a lista de tudo o que NÃO fizemos e gostaríamos de ter feito nesses 1000dias...

Deliciosa refeição de rua em San Andrés, ilha colombiana no Caribe: Peixe, arroz de coco e patacones

Deliciosa refeição de rua em San Andrés, ilha colombiana no Caribe: Peixe, arroz de coco e patacones


Mas nós também tínhamos um Plano B bem atraente! Era voar para Cartagena, mas não diretamente. Faríamos uma escala de alguns dias nas ilhas de San Andrés e Providencia, em pleno Caribe! Pois é, logo após nos despedirmos do Caribe na República Dominicana e tentarmos imaginar quanto tempo passaria até voltarmos à região, eis que o destino nos “prega uma peça” e antecipa todas as nossas previsões mais otimistas!


Viajando do Panamá (A) para San Andrés (B), que apesar de estar no Caribe e em frente à Nicarágua, pertence à Colômbia (C) e, portanto, é América do Sul!

Essas ilhas são uma espécie de “aberração geográfica” no mapa político do continente. Elas estão ao lado da Nicarágua, que é um país da América central, têm uma aparência totalmente caribenha, mas pertencem à Colômbia, um país da América do Sul. Para complicar ainda mais, sua colonização foi inglesa, como foi o de boa parte da costa caribenha da América Central.

O dia nasce no cais de San Andrés, ilha colombiana no Caribe

O dia nasce no cais de San Andrés, ilha colombiana no Caribe


A princípio, ela era usada como base por piratas para atacarem os galeões espanhóis que voltavam para a Europa com as riquezas do Novo Mundo. Depois, vieram os colonizadores de fato, ingleses também. Os espanhóis não gostaram da história e invadiram a ilha para despejar seus habitantes. Mas eles sempre retornavam, assim que os espanhóis se retiravam das ilhas. Por várias vezes isso aconteceu até que, em um tratado no final do séc. XVIII, os ingleses reconheceram a soberania espanhola, em troca do direito dos insistentes moradores de continuarem por lá.

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia,  ilhas colombianas no Caribe

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia, ilhas colombianas no Caribe


Algumas décadas mais tarde e as guerras de independência alteraram o mapa político da região. Colômbia e Panamá formavam um só país e as ilhas, não tão longe dali, se uniram à nova nação. Já no final do séc. XIX, quando a Colômbia rejeitou a pressão americana para a construção do Canal no istmo, os americanos “ajudaram” os panamenhos a ganharem sua própria independência (e ceder a área do Canal para eles, claro!). Mas as ilhas de San Andrés e Providencia, ainda sem grande valor econômico e estratégico, essas permaneceram com a Colômbia.

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia,  ilhas colombianas no Caribe

Sala de embarque em San Andrés para quem viaja para Providencia, ilhas colombianas no Caribe


Isso explica a situação atual, essas ilhas tão distantes, mas pertencentes à nação sulamericana. Mas agora que razões econômicas começam a aparecer, sua posse está sendo contestada. Um grande veio de petróleo foi descoberto em suas imediações e a Nicarágua quer fazer valer o direito da proximidade. Além disso, como o sonho de construir um canal ligando os dois oceanos através desse país continua existindo, as águas territoriais na costa caribenha passam a ser de grande importância. A Nicarágua levou sua demanda aos tribunais internacionais e, no ano passado, veio o resultado, um tanto quanto esdrúxulo: a posse das ilhas e cayos que as circundam é colombiana, mas o mar é da Nicarágua. Com isso, os moradores de alguns dos cayos mais distantes nem mais podem sair para pescar... Os dois países reclamam da decisão e o processo promete se arrastar por mais algum tempo...

Cayo Cangrejo, pequena ilha ao lado de Providencia, no caribe colombiano

Cayo Cangrejo, pequena ilha ao lado de Providencia, no caribe colombiano


Alheios a tudo isso, voamos para San Andrés, a mais desenvolvida das ilhas. A ilha já está praticamente toda urbanizada, mas as praias continuam lindas, aquela cor que hipnotiza nossos olhos. Mas queríamos mesmo era ir para Providencia, a ilha aonde o desenvolvimento ainda não chegou e vive-se como se vivia há cinquenta anos. Um barco liga as duas ilhas, cobrindo os 90 quilômetros que as separam em cerca de 3 horas na ida e duas na volta. Isso porque, para ir para Providencia, navegamos contra as ondas e a viagem é um terror para aqueles que enjoam no mar. Na volta, a gente vem surfando, mamão com açúcar.

O quarto do nosso hotel em Providencia, ilha colombiana no Caribe

O quarto do nosso hotel em Providencia, ilha colombiana no Caribe


Em Providencia, ficamos na pousada do Betito, um figuraça que anda o tempo todo com uma sunga que já deve ter uns 30 anos. Muito simpático, nos deu um quarto com uma vista maravilhosa para o Cayo Cangrejo, um dos pontos onde o mar é mais bonito, dezenas de tons de azul até onde a vista alcança. Amanhã, é dia de exploramos esse paraíso! No outro dia, de tarde, voltamos para San Andrés, para poder ver também aquela ilha com mais calma. É, pensando bem, essa semana de atraso da Fiona não vai ser tão ruim assim...

Panamá, Cidade do Panamá, Colômbia, San Andrés COL, Providencia, Caribe, história

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O Incrível Buracão

Brasil, Bahia, Ibicoara (P.N. Chapada Diamantina)

Cachoeira do Buracão vista de cima, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Cachoeira do Buracão vista de cima, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


Partimos à toda, no início da tarde, de Mucugê para Ibicoara, bem no sul da Chapada Diamantina. Comparada com cidades como Lençóis, Mucugê ou Igatu, Ibicoara é bem sem graça e sem presonalidade. Não tem aquela alma do século XIX. Mas ela é a melhor base para quem quer conhecer duas das mais belas cachoeiras de toda a região, recentemente descobertas para o turismo: o Buracão e a Fumacinha

Rio da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Rio da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


O acesso à Fumacinha é bem complicado, uma longa caminhada de dia inteiro, se o tempo (chuva) permitir. Já o Buracão, depois de vencidos pouco mais de 30 km de estrada de terra, é atingido por uma rápida trilha de dois quilômetros. Era essa a pressa minha e da Ana: chegar no início da tarde ainda em tempo de visitar essa cachoeira cada vez mais famosa.

Parte de cima da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Parte de cima da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


Nem procuramos hotel. Fomos direto na associação de guias e, por sorte, encontramos o último que ainda estava lá. Mais sorte ainda, não era um guia qualquer mas aquele que descobiu as duas cachoeiras, que abriu as trilhas para se chegar a elas e o que mais esteve em ambas. O Janu, para nossa felicidade, aceitou o desafio de nos levar até o Buracão, mesmo com o adiantado da hora. Compramos um lanche rápido, ele disse que nos indicaria algum hotel quando voltássemos e lá fomos nós!

Canyon da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Canyon da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


Vencidos os 30 km de terra, logo estamos caminhando na beira do rio, descendo-o em direção ao canyon. Algumas cachoeiras pequenas aparecem mas estamos interessados mesmo é no Buracão. Finalmente, lá está ele, a água se jogando de 80 metros num enorme lago negro lá embaixo, enclausurado num canyon estreito.

Pequena ponte no canyon da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Pequena ponte no canyon da Cachoeira do Buracão, próxima à Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


Ficamos embasbacados com o visual, mas isso é só o começo. Mais belo ainda é a visão por baixo. Descemos através de uma fenda, passamos por outra bonita cachoeira, do Recanto Verde e chegamos à maravilha do canyon. Para se chegar até o lago negro que vimos lá de cima, ou se caminha pelas paredes do canyon numa trilha digna de filmes de Indiana jones ou segue-se nadando. Foi a nossa opção!

O estreito canyon com paredes de 80 metros que leva à Cachoeira do Buracão, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

O estreito canyon com paredes de 80 metros que leva à Cachoeira do Buracão, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


Visual incrível, paredes de 80 metros de altura, distantes cerca de 10 metros uma da outra. No fundo, um rio de águas negras. Após duas curvas, lá está, majestosa, a cachoeira e o lago negro. Neste ponto, o canyon se abre em forma quase circular. Por mais que tentasse, não consegui atingir o fundo do lago. Mais de 15 metros com certeza! Lá embaixo, breu total. Não se vê absolutamente nada, nem olhando para cima. Impossível não sentir um certo medo e acelerar para a superfície. Quase lá, a claridade aparece e a água torna-se vermelho escura.

Primeira visão da Cachoeira do Buracão no fim do canyon, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Primeira visão da Cachoeira do Buracão no fim do canyon, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA


O dia terminava e foi aproveitado ao máximo! Voltamos os 30 km de terra por não ter tido tempo de nos organizar melhor. Amanhã cedinho, voltamos para a região mais uma vez (de novo, os mesmos 30 km de terra...). O Janu nos indicou uma pousada simples, honesta e com uma ótima comida. Ficou de nos encontrar às cinco da manhã! A Fumacinha nos aguarda...

Cor avermelhada, quase preta, da Cachoeira do Buracão, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

Cor avermelhada, quase preta, da Cachoeira do Buracão, região de Ibicoara, na Chapada Diamantina - BA

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Se Movimentando Nas Bahamas

Bahamas, New Providence - Nassau, Eleuthera - Harbour Island, Long Island - Stella Maris

No saguão do aeroporto de Nassau, indo para Long Island

No saguão do aeroporto de Nassau, indo para Long Island


Mais uma vez, tivemos de madrugar. O nosso vôo era às 07:40 e, para chegar ao aeroporto tínhamos um longo curto caminho. Cinco minutos nos separavam desde a pousada até o porto. Mas eram cinco minutos puxando nossa tralha de mergulho, toda acomodada em uma caixa devidamente encaixada em um carrinho. Além disso, mochila grande nas costas (eu carrego a da Ana, que é mais pesada e ela carrega a minha) e mochila pequena no peito, com máquina fotográfica, lap top, livro, documentos e uma muda de roupa. Deixamos um bilhete para o John e seguimos vagarosamente pela rua esburacada, cuidando para não derrubar o carrinho de duas rodas com a caixa de mergulho e aproveitando, como vingança dos dias anteriores, para acordar os galos da cidade, já que o sol ainda não raiou.

No porto, uma pequena espera e logo tomamos o táxi náutico. O táxi terrestre já nos espera do outro lado. No aeroporto, longa negociação com a atendente da Bahamas Air, que quer cobrar excesso de bagagem. O equipamento de mergulho, tão eficiente embaixo d'água, que sempre nos poupa na hora de não alugarmos equipamento e nos dá segurança e conforto lá embaixo, na hora de ser transportado acima d'água se transforma num estorvo, principalmente nas viagens de avião nacionais. Jogamos o maior lero e conseguimos embarcar sem pagar. Não tínhamos conseguido na vinda.

A bordo do avião para Long Island - Bahamas

A bordo do avião para Long Island - Bahamas


Voamos para Nassau e de lá para Long Island. Para quem olhar no mapa, verá que é um caminho meio português (com todo respeito aos nossos irmãos lusitanos). Esse é um problema de viajar em Bahamas: não há vôos diretos entre as ilhas; sempre precisamos voltar para Nassau, mesmo que isso signifique duplicar o caminho e o tempo. A julgar pelo número de passageiros, até dá para entender. Os vôos tem menos de 10 pessoas. Mesmo aviões pequenos ficam bem vazios. Depois de Long Island, iremos para Turks e Caicos. Novamente, voltaremos para Nassau e voltaremos de novo, passando sobre Long Island, em direção a Providenciales (principal cidade daquele país). O que ocorre numa escala estadual, nas Bahamas, também ocorre numa escala nacional, no Caribe. Para seguir de Turks e Caicos, ao lado de Porto Rico, para este país, vamos fazer escala em Miami(?!?). Haja paciência...

Bom, mesmo neste vôo de Eleuthera para Nassau, demos uma volta. Mas foi bem vinda. Fomos primeiro para um aeroporto no sul da ilha para depois seguir viagem. O avião vôa bem baixo, o bastante para admirar a água transparente que cerca essa ilha ccom mais de 100 km de cumprimento e menos de 2 km de largura. Na água, de tão transparente, é até possível observar as sombras dos peixes maiores. Tubarões?

Em Nassau, temos tempo para, depois de despachar as malas para Long Island (sem pagar novamente, após novo 171 - viva!), ir passar algumas horas em Cable Beach. Quem nos leva é a Dede, uma motorista de táxi que cresceu em Miami e que é uma figuraça, meio rasta. Ela não só nos levou como também nos buscou e deve nos encontrar novamente, no nosso próximo pitstop por lá. Em Cable Beach, com o tempo bem nublado, aproveitamos para passar 90 min na internet, num Starbucks, que fica muito mais em conta que qualquer internet café.

O tempo na internet era necessário para eu resolver um problema que já me atrapalhava há dias. Meu cartão Visa deixou de funcionar. Simplesmente, parou. Lá de Eleuthera foi impossível eu conseguir falar com alguém. Só se pagasse muito caro pela ligação internacional. Mas consegui de Nassau, primeiro com alguma atendente da Visa em Miami, falando um português esforçado mas sofrível e depois com alguém do Banco Real. Tudo a partir de um telefone público no aeroporto. Apesar de reclamar bastante da tecnologia em Eleuthera, hoje fiquei admirado com ela. Enfim, descobri que foi minha própria agência que bloqueou meu cartão!!!

Aí, entrou em cena outro anjo da guarda. Via internet, conectei-me com a Beth, que trabalhava comigo em Curitiba. Com alguns telefonemas, ela descobriu a razão do imbroglio e o resolveu. O banco queria ter sido avisado da viagem ao exterior e em quais países passaria. Não sei o que ele achou da lista de 50 países, mas disse que o cartão voltaria a funcionar. Ainda não testei. Mas, de qualquer maneira, muito obrigado, Beth!!!

Depois de um mormaço na praia, voltamos ao aeroporto. Na sala de espera, conhecemos mais pessoas interessantes: um americano que já vive aqui há mais de 15 anos e um bahamense, como sempre, muito simpático. Tratam muito bem as pessoas de fora. Depois, o embarque é meio confuso. Colocam os oito passageiros num teco-teco, mas a hélice esquerda não funciona. Resolvem nos levar para um avião ainda menor, agora só um teco. E o teco funciona, para alegria nossa. Com alguns solavancos, atravessamos as nuvens e 90 min depois chegamos em Long Island.

Avião para Long Island. A hélice não funcionou e tivemos de trocar para um avião menor

Avião para Long Island. A hélice não funcionou e tivemos de trocar para um avião menor


E eu, pelo menos enquanto o avião vôa abaixo das nuvens, aproveito para procurar tubarões na águas transparentes abaixo de mim. E aproveito também para viajar nas Bahamas. Se movimentar por aqui já é uma viagem...

Bahamas, New Providence - Nassau, Eleuthera - Harbour Island, Long Island - Stella Maris,

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