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Paulo Pereira (02/06)
Depois de ler isto, mesmo não gostando de spoilers, a pergunta que se im...
Ana Paula (31/05)
Ola Ana Gostei muito de ver seus comentarios sobre este passeio, estarem...
Paulo Pereira (31/05)
Primeiro vi as fotos e só depois li os artigos. Mesmo nesse pedaço de p...
Paulo Pereira (30/05)
Bem, essa viagem de helicóptero foi insana. Paisagens de sonho e local i...
Paulo Pereira (30/05)
Espantosas paisagens. Muitas delas são conhecidas, pelo sucesso crescent...
A Ana nada ao lado de um gigantesco Tubarão-Baleia na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
Esta noite foi a mais longa de navegação, quando saímos das proximidades de Isabela, a maior ilha do arquipélago, e rumamos ao norte para conhecer os dois principais pontos de mergulho do arquipélago: as ilhas de Wolf e Darwin. Se você vai mergulhar em Galápagos, este é o primeiro ponto que você deve avaliar na compra de qualquer live aboard, se eles não passarem por Wolf e Darwin, nem cogite a possibilidade de comprá-lo.
Isla Wolf e seu reflexo, em Galápagos
Ambas são ilhas desabitadas e sem acesso para desembarque. Apenas pesquisadores desembarcam em expedições especiais, pois para chegar ao topo delas precisam de uma boa escalada, já que ambas são rochedos imensos rodeados por paredões de pedra. Nossa primeira parada foi em Wolf e o ponto de mergulho o Lanslide.
A beleza selvagem da ilha de Wolf, em Galápagos
8h30 todos já estavam todos equipados, prontos para cair na água. Como aqui já cruzamos a Linha do Equador e as correntes nos ajudam, a temperatura da água subiu para 24°C e a visibilidade melhorou um pouco. Tivemos o nosso primeiro encontro com cardumes de tubarões-martelo, peixes trombetas imensos, agulhas, moréias verdes e pintadas por todos os lados! Estrelas do mar de variados tipos e cores, gordas e magras. Peixe Papagaio, puffers (baiacus) de todas as cores, tartarugas-marinhas e até um leão marinho brincando na superfície!
Tartaruga e peixe-agulha em mergulho em Wolf, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
O nosso maior objetivo aqui é ver o maior peixe dos mares, o tubarão-baleia! Não foi a toa que viemos nesta época, período em que é mais provável encontrá-los nesta costa. Eles podem medir de 15 a 20m e pesar até 13 toneladas! Embora seja um tubarão, ele é herbívoro, se alimenta de plânctons, krill e algas por infiltração e é completamente inofensivo. Aqui em Galápagos um dos lugares mais prováveis para encontrá-los é nas Ilhas Darwin, onde estaremos amanhã.
Felicidade depois de um incrível mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
Nosso segundo mergulho foi na Shark Bay, em Wolf. Estávamos lá com as dezenas de tubarões martelos, trombetas e moréias quando Glenda, nossa dive master, começou a nos dar o sinal sonoro desesperadamente! Ela batia seu chocalho e nadava em direção ao azul rapidamente. Não pensamos duas vezes, corremos atrás delas e conseguimos ver o imenso peixe... era ela, uma tubarão-baleia linda!!!
Tubarão-baleia se afasta em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Peraí, ela? Como sabemos!? Ela está grávida, com um barrigão lindo! Como peixes, os tubarões normalmente são ovíparos, porém o tubarão-baleia é um vivíparo com desenvolvimento ovovivíparo! Traduzindo, os bebês são desenvolvidos em ovos dentro da barriga da mãe. Já foram encontradas fêmeas com mais de 300 filhotes que nascem com 40 a 60cm.
Tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
A Laura, o Rafael e a Maria já tinham saído da espera e estavam a caminho da parada de segurança, mas o que pode a princípio parecer um azar, foi a maior sorte que eles poderiam ter! Enquanto esperavam seus 3 minutos aos 5m, eis que surge um imenso tubarão baleia abaixo deles! Passou a 1m dos pés deles e nem sequer percebeu a presença deles! Maria conseguiu filmá-lo, lindo, tão de perto que mal conseguimos vê-lo por inteiro no vídeo, de tão grande que o bicho é! Muito sortudos!!!
O maravilhoso e gigantesco tubarão-baleia, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
O segundo mergulho foi no mesmo ponto e a esta altura todos já queriam fazer um mergulho de 1 hora de safety-stop! Hahaha! Uma hora o tiburón-balena ia aparecer. Fomos para as nossas pedras, nos agarramos e lá ficamos, esperando. Agora já sabíamos como era e o que fazer, não demorou muito e Glenda já estava chocalhando... Todos à caça do tubarão baleia!!!
Reação da Ana ao se deparar com um Tubarão-Baleia, em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
Este é um dos únicos animais que podem ser “perseguidos” por mergulhadores, já que, de tão grande, nem se afeta com um bando de mergulhadores afoitos tentando acompanhá-lo. Fomos contra a corrente, usando toda a força e o ar que tínhamos em nossas garrafas para conseguir vê-lo de perto. Primeiro vemos uma mancha, depois seu formato começa a ficar mais claro e quando nos aproximamos, vemos as suas pintas brancas, nadadeiras, olhos pequenininhos e a boca, gigantesca! Foi SENSACIONAL!!! É uma sensação indescritível se deparar com um peixe de 12m de comprimento, que só uma nadadeira deve ter o nosso tamanho.
O maravilhoso e gigantesco tubarão-baleia, na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
Rodrigo, Friso, eu e Henning fomos os que mais conseguimos acompanhá-los. O Ro quis enquadrá-lo na máquina por cima e quando viu já estava na superfície! Rsrsrs! Eu o acompanhei por uns 2 minutos talvez, mas para mim foi uma eternidade. Aproveitando para ver cada movimento, cada detalhe, e tudo isso sem acabar com o nosso ar e sem nos perder do grupo. Eu podia ter continuado, mas vi que ia me distanciar demais de todos... me perder no mar aberto.
Emocionante encontro com tubarão-baleia em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Que presente que Wolf nos deu, quem diria que o encontraríamos aqui!!! Nosso primeiro tubarão-baleia! Depois disso eram todos no barco, em estado de êxtase pela experiência, Vendo as fotos do Henning e assistindo os vídeos que o Rodrigo, Friso e Maria tinham conseguido gravar. As memórias fotográficas são sempre importantes, principalmente para podermos mostrar a vocês... até por que, o primeiro tubarão baleia, a gente nunca esquece.
Encontro com tubarão-baleia em mergulho em Wolf, em Galápagos (foto de Henning Abheiden)
Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA
Mangue Seco é uma vilazinha de pescadores tranqüila do outro lado do Rio Real, que faz a divisa entre os estados de Sergipe e Bahia. O acesso mais utilizado é através da cidadezinha de Pontal em Sergipe, onde atravessamos de barco ontem no final da tarde. Outra forma de chegar até aqui é através da Costa Azul, um povoado um pouco mais ao sul que dá acesso à praia, por onde o carro ou bugs trafegam na maré baixa.
Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA
A caminhada da vila até a praia é tranqüila, em 15 minutos pela praia às margens do rio, mangue e sobre as dunas que formam a paisagem onde foi filmada a novela Tieta. Será que é do tempo de vocês? “Tieta do Agreste, lua cheia de sertão...”
Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA
A praia é belíssima, mar grande e revolto, meu tipo de mar preferido para praia, pois posso me divertir furando ondas e lutando para ficar no mesmo lugar.
Fazendo cooper na praia com sol e lua! (em Mangue Seco - BA)
Depois de nadar, fazer meus exercícios diários, caminhar e até dar uma corridinha, tomamos uma água de coco e um pastel bem sequinho na barraca do Jurandir e nos despedimos do mar. Vimos o pôr-do-sol de cima da duna mais alta de Mangue Seco, com uma vista fantástica 360°. O mar de um lado, do outro o futebol sobre as dunas, o rio, a vila e o manguezal e seus bancos de areia que afloram na maré baixa. Aos poucos o visual todo mudou de cor e ficando prateado, iluminado pela lua crescente.
Lua quase cheia em Mangue Seco - BA
Bela despedida do litoral, amanhã iremos iniciar nosso tour pelo interior do nordeste. Nosso destino? Chapada Diamantina, Serra da Capivara, Serra das Confusões, dando um pulinho até em Teresina para fazer a revisão dos 20mil km da Fiona. Voltaremos para o litoral direto para Noronha no dia 10/12, nada mal. Mar, até logo!
Fim de tarde em Mangue Seco - BA
Muitas fissuras no gelo azul da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
A capital do Alasca pode ficar ofuscada pela grande metrópole, Anchorage, mas não poderia ficar de fora do nosso roteiro. Sua história e suas riquezas naturais são a porta de entrada para um novo mundo que começaremos a explorar nesta semana na região sudeste do Alasca.
Tarde de chuva e paz no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
O ano era 1880, Richard Harris e Joe Juneau buscavam ouro nestas terras longínquas. Seu guia nesta busca era Kowee, o chefe da tribo Tinglít que habitava a região. Ele o levou às margens do rio dourado, batizado de Golden Creek. Kowee não imaginava como sua vida mudaria a partir deste momento.
Uma das capelas do St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Um acampamento de 40 garimpeiros se formou e cresceu em torno da extração do ouro, atraindo comerciantes, missionários e grandes companhias mineradoras. Assim nasceu Juneau, com mais de 66 milhões em ouro extraídos na Mina Treadwell e 80 milhões (equivalentes hoje a 4 bilhões de dólares) da Mina Alaska-Juneau. Esta foi a maior operação mineira no mundo nos idos de 1916, movimentando os mercados de pesca, trazendo fábricas de enlatados, serrarias, transportadoras e até o turismo. Apenas mais tarde, no ano de 1959 foi que Juneau se tornou a capital do Alasca.
O musgo é a primeira vegetação a ocupar o terreno deixado para trás pela Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Desde 1900 as histórias de garimpeiros e o extraordinário cenário destas terras atraíram visitantes para a região. Glaciares, fiordes e florestas já seriam motivos suficientes, mas a natureza ainda proporciona espetáculos como a corrida do salmão, ursos grizzlies pescadores e até baleias para os mais sortudos. Um detalhe importante é estar atento às temporadas de cada um destes animais, para escolher a melhor época para a viagem. O verão normalmente reúne a maioria deles: os salmões sobem os rios e atraem os ursos para os cursos d´água, as baleias jubarte chegam às baías em busca de alimento e são atração garantida durante os tours whale watching. Junto com os salmões, ursos e baleias chegam também hordas de turistas nos grandes navios de cruzeiros e os preços sobem bastante.
A Nugget Falls, bem ao lado da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Nós chegamos no final da temporada, os preços de hospedagem e ferry estão melhores, mas praticamente todas as portas se fecham quando o último cruzeiro vai embora. Vimos um navio no porto e pensamos “opa! chegamos a tempo!”, mas infelizmente não encontramos mais nenhum tour operando para o Tracy Arm Fjord, Glacier Bay, ou mesmo guias especializados para nos levar às cavernas de gelo nos glaciares. Todos, sem exceção, tinham acabado de fechar para a temporada de inverno. Fiquei bem chateada, mas o que não tem remédio, remediado está e como tudo sempre tem um lado bom, assim até economizamos! Rsrs!
Pequenos icebergs flutuam no lago da Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Sem os tours, ficamos sem os icebergs e grandes paisagens de gelo próximas do mar, que a propósito, eu achava que estariam por todo o litoral. O Tracy Arm parece ser o único lugar para ver icebergs e na Glacier Bay o grande campo de gelo margeando a costa. Ainda assim Juneau não decepciona e ainda reserva bons motivos para ser visitada. O primeiro e principal deles é o grande Mendenhall Glacier, um belíssimo glaciar com paisagens magníficas e a apenas 15 km do centro da cidade.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Uma língua de gelo de 19 km que liga o Lago Mendenhall ao Juneau Icefield. Com mais de 2 quilômetros de largura e 30 metros de altura ele é um dos 38 grandes glaciares que escorrem do Juneau Icefield, formando vales, lagos e paisagens como esta.
Aproximando-se da Medenhall Glacier e da Nugget Falls, em Juneau, a capital do Alaska
Os icebergs são esculturas flutuantes formadas por gelo azul, o mais puro e cristalino. Nos arredores estão os mais de 5 milhões e meio de acres da Tongass National Forest com árvores imensas da floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Algumas trilhas dão acesso ao lago e a mirantes, a trilha até a Nugget Falls é super agradável e dá uma noção melhor das mudanças que vem ocorrendo nesta paisagem.
Pequenos icebergs e a incrível Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
O centro de visitantes possui uma exposição bem completa sobre a história geológica do Mendenhall, que está em um processo acelerado de retração, ou seja, descongelamento. Só para vocês terem uma ideia, antes de 1958 este lago não existia! Monitorado pelos cientistas desde 1942, sabe-se que de 1951 a 1958 a face terminal do glacial retraiu 580m. Desde 1958 já se foram mais 2.820 km, quando o lago foi criado, e antes de 1765 a ponta do glaciar se estendia por mais 4 km.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
Esta é uma das medidas mais claras que temos dos efeitos do aquecimento global e ainda existem pessoas que não acreditam, como se fosse questão de crença! Temos que fazer nossa parte: diminuir o consumo, maximizar a reciclagem e, principalmente, acreditar que se cada um de nós agir, podemos juntos fazer a diferença para o nosso planeta.
Medenhall Glacier, em Juneau, a capital do Alaska
A chuva voltou a cair e nós continuamos a explorar a curta estrada ao norte de Juneau, em busca das nossas amigas baleias. A dica dos locais foi um lugar chamado Shrine of St. Therese. Uma pequena península que entra na baía e é um hot spot de pesca. Peixes atraem todo o tipo de vida marinha, focas, leões marinhos e até baleias!
O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Não vimos baleia alguma, apenas algumas focas pescando e um lindo stellar, o maior leão marinho do mundo, nadando ao redor. Porém o santuário não é apenas um lugar para encontrarmos os animais, mas um lugar mágico onde encontramos uma forte energia contemplativa. Percorremos o labirinto, criado pela igreja católica como um meio de concentração para as orações, e meditamos em contado com a natureza e a nossa energia interior sem nem sentirmos a chuva cair.
Percorrendo o longo caminho do labiribto, no St Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Ainda aproveitamos este tempo chuvoso para escrever, descansar e acabamos nem conhecendo o Alaska State Museum, com exposições sobre a história e a arte dos povos indígenas da região, mas fica aí a dica para incluir no roteiro.
O Museu Estadual em Juneau, a capital do Alaska
Pois é, a chuva continua nos acompanhando e logo descobrimos que não é nada pessoal. Nós estamos não apenas em uma das épocas mais chuvosas, mas em um dos lugares com maiores índices de precipitação em toda a América do Norte. Aqui quando não chove, neva e os locais até estranham quando aquela “estranha bola amarela” aparece no céu. Cuidado! Se ela aparecer em mais de 60 dias durante todo o ano estamos a perigo! Não é a toa que, além de muito bem equipados com suas roupas impermeáveis e botas de borracha, os alascans andam pelas ruas como se a chuva não existisse e dizem: “é o nosso brilho de sol líquido”.
Caminhando pelas ruas de Juneau, a capital do Alaska
O sereno St. Tereze Sanctuary, em Juneau, a capital do Alaska
Assim , mesmo no verão, já venham com espírito e a mala preparados para enfrentar chuva. Enfiem o dois pés na poça d´água e aí sim poderão sentir como vivem os alascans! Depois, uma Alascan Amber ou uma Brown Kodiak são uma boa pedida para esquentar.
Tomando cerveja local em Juneau, no Alaska
Barcos se aglomeram em piscina natural na costa de João Pessoa - PB
Corrida na orla pela manhã, sol rachando, mas estou decidida a entrar em forma. Caminhamos e corremos no total quase 8km, aproveitando para conhecer as orlas das praias de Cabo Branco, Tambaú e Manaíra. A orla está bem organizada, mas totalmente voltada ao turismo, repleta de hotéis, restaurantes e ambulantes. Aproveitamos para dar uma olhadinha na organização e estrutura do Estação Verão, que hoje abrirá uma série de shows com a Margareth Menezes, como atração principal! É claaaro que nós vamos conferir.
Água de coco depois do cooper, na praia de Cabo Branco, em João Pessoa - PB
No início da tarde, enquanto o Rodrigo dormia, aproveitei para resolver umas pendengas, dentre elas encaminhar a situação do nosso celular, levado por Lampião na Grota do Angico. Obrigações resolvidas; vamos fazer o que mais gostamos: turismo!
Monumenro ao sol nascente, na praia de Manaíra, em João Pessoa - PB
João Pessoa começou a ser construída nas proximidades do Rio Paraíba, há quase 8km da linha litorânea. O centro antigo possui aquele casario colonial e várias igrejas. Destacam-se as Igrejas do Carmo, que está em restauração e a de São Francisco, dentro do convento do mesmo nome.
Visitando a Igreja do Carmo, em João Pessoa - PB
Filippéa de Nossa Senhora das Neves foi fundada em 5 de Agosto de 1585 e tornou-se Frederica, sob administração holandesa (1638), posteriormente recebeu o nome do rio que a banha, Parahyba, até se tornar João Pessoa, sobrenome de uma antiga família de muito poder político na região. Hoje já possui apelidos preguiçosos como Jampa ou engraçadinhos como o título deste post.
A belíssima Igreja de São Francisco, em João Pessoa - PB
Fim de tarde no Convento São Francisco, que além da igreja abriga também um museu de arte sacra e arte regional. Ali estudaram em torno de 30 internos, sua arquitetura datada do final do século XVI é belíssima e permanece até hoje com diversas áreas ainda conservadas. A igreja possui um altar barroco todo entalhado em madeira maravilhoso, mas eu gostei mesmo foi do altar principal com um teto decorado e apenas uma cruz de madeira sobre a parede branca, como sempre menos é mais.
Um dos altares da Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB
Vimos o sol se por do alto do coro da igreja, avistando a torre da Catedral, uma das mais antigas igrejas da Paraíba, esta, porém já perdeu as suas características originais devido às diversas reformas realizadas.
Enorme janela da Igreja São Francisco, em João Pessoa - PB
Pit stop no hotel, lanche rápido no Capim Fashion, bazar montado na orla no estilo Mercado Mundo Mix, e seguimos o fluxo no calçadão, acompanhando a galera que vai conferir o show da Margareth Menezes. O show foi animadíssimo, milhares de pessoas agitaram as areias de João Pessoa, dançando ao som da cantora baiana. O repertório super diversificado incluiu de Ivete Sangalo a Lobão e Marcelo D2. Até o Secretário de Cultura paraibano fez a sua participação especial no show, com o seu principal sucesso “Mama África”. Foi Chico Cesar promovendo cultura, deu uma palhinha na sua terra natal e saiu muito aplaudido pelo público.
Chico Cezar sobe ao palco no show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB
Acaba por aqui a nossa passagem por John People, foi breve, mas já nos mostrou como esta capital oferece opções para seus visitantes. Da visita ao convento, passando pelo museu de arte contemporânea até o show de música baiana, a eclética capital paraibana mostra por que já faz parte dos roteiros nordestinos sem deixar nada a desejar comparada às suas principais rivais regionais.
Animação no show da Margareth Menezes em João Pessoa - PB
Área do primeiro acampamento, já se aproximando da neve, na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
No primeiro dia de caminhada saímos do vilarejo de Cashapampa em direção ao Acampamento em Llamacorral. É um dia mais puxado de caminhada, pois subimos dos 2.900m aos 3.800m nos primeiros quilômetros. Acompanhamos um rio límpido, sempre com muito verde nos arredores.
Início do trekking na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
Confesso que eu achava que por estar adentrando a Cordillera Blanca, terímos mais pedras, muita neve e pouco verde. Estava completamente enganada, estes vales possuem um micro-clima, perfeito para produção de hortaliças e grãos. Quase todo o vale é plantado e não foi à toa que depois de viajar meio mundo, Oscar escolheu viver aqui. engenheiro agrônomo, comprou uma terrinha e trabalha com plantio de alcachofra e outras culturas e quando sente falta de viajar e encontrar outras culturas, faz uns bicos como guia e encontra pessoas do mundo inteiro que vem conhecer a sua terra. Sensacional!
Muita água no 1o dia do trekking de Santa Cruz, na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
Durante a caminhada já não conseguimos quase ver o Nevado Santa Cruz (6.250m) que fica no início da quebrada. Subimos e aos poucos a inclinação vai diminuindo e vamos chegando à parte plana do vale, onde podemos avistar ao fundo o Pico Quitaraju, com 6.036m.
Região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
A segunda parte da caminhada é toda plana, seguindo o leito do rio e muitos currais de pedra, muitos construídos ainda na época dos incas. Chegamos em torno das 16h no acampamento e Tibúrcio já havia preparado um chá e pipocas para nos recepcionar. Ainda aproveitando a luz do dia, eu, Rodrigo e Jacob, o austríaco, fomos aos nossos vizinhos tomar uma cervejinha. Este é o único acampamento que possui uma venda à disposição. Júlia e sua família vivem ali, há 13km em trilha da primeira casinha em Cashapampa... por que será que resolveram morar lá, tão isolados!? Não sei como depois de tanto ver isso nessa viagem eu ainda me espanto!
Cervejinha no final da tarde com o austíaco Jacob, área do acampamento do 1o dia no trekking na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
Nossos novos amigos europeus também são ótimos! Elisa, de Luxemburgo, veio fazer um estágio de um mês em um hospital em Lima e aproveitou para conhecer e viajar um pouco antes de voltar para casa. Jacob acabou de se formar em geografia e tirou 3 meses de férias antes de começar a trabalhar.
Conversa no nosso acampamento (com a Elise, de Luxemburgo, e Jacob, da Áustria) na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
Ele é casado com uma Nicaraguense e nos deu boas dicas sobre a América Central. Vânia, húngara e Andreas, alemão, estão casados há 2 meses e saíram para uma lua de mel prolongada em 6 meses sabáticos de viagem pela América Espanhola. Trabalham em uma empresa de transportes e logística e quando voltarem à Alemanha terão seus empregos garantidos. Imaginem se um grupo desses não tinha muito para conversar e contar durante o jantar! Tibúrcio nos preparou uma sopa de verduras como entrada e trutas com batatas e arroz como prato principal. Não sei como pudemos pensar em vir sozinhos para esse trekking!
Hora do lanche na nossa barraca-restaurante na região da Cordillera Blanca, próximo à Huaraz - Peru
Estamos dando um tempo para a Fiona, primeiro por que ela está cheia de equipamentos que não queremos ter que desembarcar e embarcar, baita trampo. Segundo por que andar de carro em SP é um parto... Trânsito absurdo por tudo! Isso não é novidade para ninguém. Então resolvemos explorar a cidade a pé.
Metrô de Sâo Paulo - Estação da Consolação
Saímos aqui do Jardim Paulista em direção ao metrô Trianon-Masp, nossa primeira parada é a Vila Madalena, onde temos uma reunião para uma possível parceria de divulgação. O metrô está impressionante, limpo, bem sinalizado e com diversas campanhas de educação para o trânsito dos usuários. O mais bacana é o trabalho de incentivo ao uso deste meio de transporte aliado à bicicleta. Anúncios que dizem “Aqui sua bicicleta é bem vinda”, dentro do trem e ao lado da estação também encontramos um bicicletário. Nosso plano já era conhecer a nova linha amarela que está em fase de testes das 9h as 15h, mas não conseguimos chegar a tempo, ficou para amanhã.
Bicicletário da Estação de metrô de Vila Madalena
Caminhando descobrimos na FIESP a exposição fotográfica de Maureen Bisilliat, irlandesa radicada no Brasil, fotojornalista da antológica Revista Realidade - Ed. Abril. A exposição traz uma retrospectiva da sua carreia com mais de 200 imagens magníficas retiradas de seus livros fotográficos inspirados em obras de grandes escritores brasileiros como Jorge Amado, Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. Vale a pena conferir, a exposição vai até 4 de Julho. De carro provavelmente teríamos passado batido.
Vemos que o governo da cidade está trabalhando para tentar melhorar a situação do trânsito, em vários bairros está acontecendo o novo zoneamento de estacionamento “Zona Azul”, o equivalente ao Estar dos curitibanos. Em Moema, por exemplo, diversas ruas já não possuem mais local para estacionar, liberando uma ou até duas pistas para o trânsito fluir melhor.
É uma pena que tenham esperado o trânsito chegar à situação calamitosa que se encontra hoje, para começar este trabalho. Mas já acho estimulante ver diversas iniciativas do governo para resolvê-las. O mais complicado, e por isso o mais urgente, é o trabalho de mudança cultural do paulistano: em vez de carro, metrô ou bicicleta. Bacana não é andar de carro, poluindo e demorando duas horas em qualquer trajeto. Bacana é pegar um metrô e em 10 minutos cruzar a cidade sem nem sequer ouvir uma buzina, sem queimar combustível, poluindo o meio-ambiente. É... São Paulo tentando entrar para o hall de cidades do primeiro mundo.
A paisagem desértica dos Médanos de Coro, na entrada da península de Paraguaná, no noroeste da Venezuela
A Venezuela é um país cheio de surpresas. Já o havíamos visitado em 2007 e sabíamos que faltava conhecermos a região de Mérida, os Andes Venezuelanos e um tal Parque Nacional de águas azuis caribenhas. O que eu não imaginava é que encontraria aqui um lugar com desertos, dunas, lagoas salgadas e uma coleção de vilarejos charmosos, em uma península perdida entre a Colômbia e o Mar do Caribe.
Propaganda nos muros de Moruy, pequena cidade na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
A Península de Paraguaná está no extremo norte do país, possui um clima semiárido ressequido, daqueles que sempre imaginamos acabar com qualquer paisagem e diversão e aí está o maior erro da maioria dos mortais. Este clima é o responsável por criar alguns dos cenários mais incríveis do mundo!
A paisagem desértica dos Médanos de Coro, na entrada da península de Paraguaná, no noroeste da Venezuela
O nosso passeio parte da cidade histórica de Coro, subindo a estrada que cruza o Istmo de Médanos que conecta a maior península da Venezuela ao continente por uma imensa faixa de areia.
Caminhando pelos Médanos de Coro, na entrada da península de Paraguaná, no noroeste da Venezuela
O Parque Nacional Médanos de Coro preserva este cenário de dunas com mais de 30m de altura! Paramos por alguns minutos e viajamos rapidamente pelos mais diferentes desertos que já estivemos nestes 1000dias: Lençóis Maranhenses, Deserto do Atacama, Deserto de Mojave, Death Valley e tantos outros que ainda hemos de conhecer neste mundo! As dunas móveis são levadas de um lado a outro e por vezes cobrem a própria estrada que dá acesso à península.
Subindo nas dunas de Médanos de Coro, no noroeste da Venezuela
As dunas invadem a estrada nos Médanos de Coro, na entrada da península de Paraguaná, no noroeste da Venezuela
O roteiro continua passando pelas cidades históricas e igrejas de Santa Ana, Moruy e Pueblo Nuevo, vilas que parecem estar paradas no tempo e no espaço, cada uma com um charme recatado dentre suas igrejas coloridas e habitantes simpáticos.
Observando a igreja de Santa Ana, cidade histórica na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
A igreja de Moruy, pequena cidade na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
A igreja de Buena Vista, cidade na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
Neste roteiro damos a volta ao Cerro Santa Ana, uma montanha que se ergue isolada e imponente no meio da península a 830m sobre o nível do mar. Dizem que nos dias mais limpos pode-se ver Aruba lá do alto! A coceira para fazer este trekking foi grande, mas com o cronograma apertado acabamos seguindo direto para a costa.
O Cerro de Santa Ana, maior montanha da península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela. Lá do alto, pode-se ver Aruba!
Ao norte da cidade de Santa Rita estão as Lagunas de Tiraya e as Salinas de Cumaraguas. É neste ambiente hostil de lagoas rasas, quase secas e extremamente salgadas que encontramos flamingos e garças paletas se alimentando do seu pequeno crustáceo preferido. As lagoas formam uma rara palheta de cores do verde e azul escuro ao rosa, alaranjado, cobre e vermelho.
Culhereiros na Laguna de Tiraya, na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
Culhereiro sobrevoa a Laguna de Tiraya, na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
A colorida Laguna Cumaraguas, na península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
Menos de 15 km ao sul está Adícora, a principal cidade à leste da península. Suas casinhas coloridas, praias de águas rasas e ventos incessantes criam o ambiente perfeito para a prática de kite e windsurfe.
As casas coloridas da cidade de Adícora, no litoral da península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
O farol de Adícora, no litoral da península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
Saímos de Coro hoje sem grandes pretensões e voltamos impressionados com a diversidade de ambientes naturais que encontramos em um espaço tão pequeno. Um dia é suficiente para percorrer estes lugares, mas se tempo não for problema e houver disposição, subir o Cerro Santa Ana em um dia e fazer umas aulinhas de kitesurf em Adícora são uma ótima pedida! Nós continuamos as nossas explorações no norte da Venezuela e arredores de Coro na úmida Sierra de San Luís, assunto para o próximo post.
Chegando à Adícora, cidade no litoral da península de Paraguaná, ponto mais ao norte da Venezuela
Auto foto no ponto mais alto da região sul do Brasil, no Pico Paraná - PR
Acordei hoje com um pouco de luz na barraca, mas logo fechei os olhos pedindo para que não fose hora de acordar. Voltei a dormir profundamente, estava até sonhando, mas logo o Ro me chamou, todo feliz pois nossas preces tinham sido atendidas, a chuva havia parado! Ainda estava frio e havia muita neblina, não conseguíamos avistar o pico, mas sabíamos que não estava distante dali. Nosso plano era chegar ao cume e depois retornar para desmontar acampamento. Duro foi colocarmos as meias molhadas e a bota encharcada para começar a caminhada.
Nossa barraca no acampamento 2, no Pico Paraná - PR
A trilha segue pela estreita crista da cadeia de montanhas, alguns trechos beirando precipícios imensos. O Ro já conhecia, mas eu tinha que ficar só imaginando que paisagens eu estava perdendo para as nuvens. Fomos vencendo pequenas montanhas tentando descobrir qual delas seria a derradeira até alcançarmos o cume. A cada cocoruto eu pensava, “agora vai” e assim foram uns quatro. A vegetação estava totalmente molhada e lá estávamos nós novamente encharcados. A informação é que subiríamos em 40 minutos, porém com a trilha completamente inundada e escorregadia acabamos levando em torno de uma hora.
A visão (só branco!) do topo do Pico Paraná - PR
Finalmente chegamos ao cume! São os 1870m mais custosos que encontramos até agora, mas a sensação de ter vencido este desafio é maravilhosa, conseguimos! A melhor parte foi quando sentei para descansar e ler algumas páginas do caderno de registros. Quantas pessoas passaram por ali e deixaram suas impressões, mensagens e emoções gravadas para outros, como eu, lerem. Até me emocionei quando encontrei uma mensagem que dizia: “Após 21 anos estou novamente no Pico Paraná! Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!”. Enquanto eu a lia para o Rodrigo meus olhos encheram de lágrimas, pois desde os meus tempos de escoteira eu queria ter escalado esta montanha, foi uma forma de me sentir ali, 14 anos mais nova. Sei exatamente o que o cara sentiu enquanto escrevia esta mensagem.
O livro de registros, no topo do Pico Paraná - PR
O PP dificultou ao máximo a nossa subida, valorizou o passe e quis deixar marcada a sua passagem por estes nossos 1000dias! A caminhada de volta agora era mais tranqüila, sem chuva e com os trechos bem gravados na memória ficava mais fácil. Eu estava super concentrada para o momento da descida das escadas, queria que tudo desse certo, já pensaram ter que chamar o socorro? Nem pensar!
Trecho com corda na trilha do Pico Paraná - PR
No final, descer é sempre mais fácil que subir, como dizem, para baixo todo santo ajuda! Principalmente o santo marido, que desceu com a minha mochila nos lances de escada mais difíceis. Cada obstáculo vencido era um passo a mais para a nossa próxima aventura. Até o sol começou a aparecer quando nos aproximamos do Caratuva, é sempre assim, quando estamos indo embora ele aparece.
Bifurcação sinalizada na trilha do Pico Paraná - PR
Esgotados depois da trilha, noite mal dormida na barraca e ainda 4 horas de estrada depois, chegamos a Santos. Estávamos com os contatos para o mergulho na laje todos a postos, mas o celular não estava ajudando. A Laura entrou em ação e conseguiu falar com o pessoal da Nautilus. Assim que o celular voltou à ativa descobrimos que havia entrado um vento “x” que não permitiria a saída de barco para a laje. Um alívio por um lado, pois poderíamos descansar um pouco, nos recompor, cuidar dos equipamentos de camping que estavam enlameados e ainda explorar a região. Por pouco ficamos sem hotel em Santos. Chegando em uma quinta-feira achamos que não haveria problema, mas a cidade estava sediando 2 grandes eventos e todos os hotéis estavam lotados. Fomos salvos pelo Metralha, amigo de Unicamp do Ro que mora lá e conhece tudo! Nos arrumou um flat bem localizado e tinha tudo o que precisávamos depois desta escalada: um banho quente e uma cama confortável... boa noite!
Tempo enevoado descendo o Pico Paraná - PR
Celebrando o reveillon no Lajedo do Pai Mateus, bem abaixo da Pedra do Capacete, em Cabaceiras - PB
Últimas horas do dia 31/12, último dia do ano! Chegamos ao Hotel Fazenda Pai Mateus, no sertão da Paraíba. Aí vocês se perguntam, por que vocês foram parar aí no réveillon, ao invés de ir para uma dessas praias maravilhosas do nordeste? Eu sempre passei a virada em praias, foram raríssimas as vezes que fiquei em Curitiba ou Araraquara, cidade de meus avós maternos.
Ceia de reveillon no Hotel Fazenda Pai Mateus, em Cabaceiras - PB
Mal chegamos ao lugar e eu já posso dizer que não foi a toa que viemos parar aqui. A Laje de Pai Mateus, principal atração turística da região é tido pelos seus moradores e freqüentadores como um lugar místico e de energia muito especial. O hotel, super aconchegante e acolhedor, já nos avisou no check in que as 21h eles iriam servir uma ceia e que as 23h15 um grupo sairia para a virada do ano lá em cima da laje. Sem saber exatamente do que estavam falando, marcamos que iríamos até lá com o pessoal. Só sabíamos que de cima teríamos uma boa vista dos fogos da região.
Ceia de reveillon no Hotel Fazenda Pai Mateus, em Cabaceiras - PB
A ceia foi ótima, cheirinho do peru fez eu me sentir em casa. Ao mesmo tempo eu estava conectada no skype falando com meu pai, tia Dri, Dani e a Luiza, sobrinha mais linda deste mundo!
A nossa sobrinha Luiza (em Curitiba), via Skype, no reveillon em Cabaceiras - PB
Minha mãe atendeu o telefone quando liguei do hotel para ela ficar online no skype, mas faltou falarmos um pouco mais, já que ela não apareceu por lá depois. A tecnologia é sensacional mesmo, nós aqui no sertão da Paraíba falando e vendo a família lá no friozinho de Curitiba. Melhor ainda foi que consegui desejar um Feliz 2011 à meia noite de Curitiba e só depois comemorar a nossa virada lá no alto do Pai Mateus.
Falando no Skype com a Dani, Lulu e Tia Dri (em Curitiba) no reveillon em Cabaceiras - PB
Logo depois da ceia seguimos para a laje. Com nossas taças e champagne na mão, subimos os 500m de pedra até a pedra do Capacete, formação diferente de tudo que já vi. O capacete impressiona, parece ter sido esculpido pelo homem. À meia-noite assistimos aos fogos de artifícios das cidades e vilarejos vizinhos, vimos uma chuva de estrelas cadentes com todos os pedidos dobrados! Afinal, estrela cadente em ano novo vale 2!
Celebrando o reveillon no Lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras - PB
Reveillón especial, com muita energia de Pai Mateus e este sertão maravilhoso. Aproveito então este momento para retransmitir a vocês toda esta energia que recebemos e tenho certeza que 2011 será ainda melhor que 2010, com muita saúde, amor e sucesso para todos nós!
Celebrando o reveillon no Lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras - PB
O surf começa cedo no Havaí! (em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island)
Conhecida pelos americanos como Big Island, a Ilha de Hawai´i é a maior e a mais jovem ilha do Hawaii. A Big Island está localizada no extremo sul do arquipélago e é casa de Pelee, a deusa dos vulcões, que além de manter a chama do super ativo Kilauea acesa, construiu também o Mauna Kea, a maior montanha do mundo abaixo e acima d´água e o Mauna Loa, a maior montanha do mundo em volume!
Uma bela representação da deusa havaiana dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí
Foi lá também que surgiu uma das maiores e mais importantes competições de triátlon do mundo, o Iron Man Kona. Durante dois meses do ano a ilha é invadida pelos melhores triatletas mundiais e no dia da competição a cidade simplesmente para, as escolas tem as aulas suspensas e todos os serviços são cancelados. Deve ser emocionante estar lá nesta época!
Caminho no verdejante jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
O nosso roteiro pela ilha foi intenso e ainda assim é muita diversidade para tão pouco tempo. Eu diria que o tempo mínimo para poder explorá-la bem e com mais tranquilidade seria de 8 dias e alugar um carro é fundamental. Os nossos 1000dias estão voando, então tivemos que nos virar nos 30 e fazer tudo em 5 dias mesmo. Aí vai o roteiro resumido:
Primeiro dia – Hilo, o litoral de Puhoa e o Mauna Kea.
Reserve um dia para conhecer a região de Hilo. Pela manhã Akaka Falls e o Jardim Botânico. A tarde uma viagem pela estrada cênica que liga Kapoho e Kalapana, passando por Pahoa. Se você tiver tempo, a dica é pegar um guia e fazer a trilha até os campos de lava saindo de Kalapana no final da tarde, pois a noite a lava fica ainda mais bonita. Nós não sabíamos disso, então seguimos direto para o pôr do sol no alto do Mauna Kea, um espetáculo obrigatório, que se não fizer neste dia, terá que incluir na programação do dia seguinte.
Uma das muitas bromélias no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Antigas bocas de vulcão na região do cume do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
Segundo dia – Hawaii Volcano National Park
Um dia inteiro para o Hawaii Volcanoes National Park, começando de manhã cedo com uma parada no Jaguar Museum. Eles têm informações atualizadas sobre a lava e ótimos filmes com as imagens que esperamos ver ao vivo, e não vimos, infelizmente! Dali o programa é percorrer a Chain of Craters Road, com uma trilha rápida no Pu´u Loa Petroglyphs e aproveitando os vários mirantes do parque. A parada de foto clássica está no Holei Sea Arch, um arco de lava petrificada que encontra o mar, e na trilha de uns 4km caminhando sobre a lava derramada na erupção de 2003. No retorno uma parada rápida na Pauahi Crater e no lava tube. A programação noturna é obrigatória, pois é quando vemos as chamas na cratera do Kilauea. No final da tarde a neblina fechou e nós voltamos ao parque as 23h, quando o tempo começou a melhorar. Estávamos sozinhos, lindo!
Chegando ao parque dos vulcões, em Volcano, na Big Island, no Havaí
Costa formada por uma erupção vulcânica recente, perto de Volcano, na Big Island, no Havaí
Terceiro dia – Volcano a Kona – Green Sand Beach e Mergulhos Noturnos
Dirigimos direto para a Green Sand Beach, mas uma parada na Punaluu (Black Sand Beach) também é bem popular. A Papakolea (Green Sand Beach) está a 5km do asfalto em uma estrada off road punk! O pessoal caminha ou paga os jipeiros locais para levarem até lá. Se não tem experiência com 4 x 4 eu recomendo, nós encaramos e foi uma aventura! Ainda no asfalto antes de chegar a ela tem a saída para o South Point, com penhascos lindos e um mar azul profundo. Vale a pena! Aceleramos para Kona, pois o check in para o mergulho noturno era as 16h30. Se não for mergulhar vários parques e praias estão neste caminho. Aos mergulhadores recomendo fortemente os mergulhos com as arraias mantas e para os mais avançados e destemidos o Black Water Dive, para ver os seres pelágicos no mar aberto.
A bela praia de Green Sand Beach, no sul da Big Island, no Havaí
O maravilhoso mergulho noturno com arraias manta, em Kona, na Big Island, no Havaí
Quarto dia – Kona e Honaunau
Kona tem muitas coisas para fazer, um dia é pouco! Mas fazemos o que podemos, então a nossa dica é ir até a Kua Bay, praia caribenha de águas azuis para pegar uma prainha. No início da tarde dirija até Captain Cook, fazendo um trecho da estrada pela beira mar, conhecendo as praias e se preparando para um snorkel ou mergulho lindo ao lado do Pu´uhonua o Honaunau National Historical Park. Reserve uns 30 minutos pelo menos para ver o parque e faça o snorkel/ shore dive na baía de Honaunau ao lado. Se é mergulhador, leve equipamento e tanques de mergulho que podem ser alugados na mesma operadora dos mergulhos da noite anterior.
Manhã de muito sol e céu azul em Kua Bay, ao norte de Kona, na Big Island, no Havaí
Peixes nadam por entre os corais de Honaunau Bay, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí
Quinto dia – Captain Cook e Kealakekua Bay
Madrugue na Kealakekua Bay para fazer um snorkel com os golfinhos. Nós fomos até lá cedinho, mas não os encontramos. Voltamos mais tarde e eles já estavam longe da costa, mais perto do Captain Cook Monument. A dica é alugar um caiaque para atravessar a baía (60 dólares e 20 minutos remando) ou agendar no dia anterior um barco de turismo que te leva direto lá (150 dólares). Nós fomos embora na hora do almoço, se você ainda tiver um dia inteiro, pode explorar as baías e praias que você passou correndo aqui em Kona ou ainda se mandar para o norte, onde nos disseram que as praias são ainda mais bonitas, na linha da Kua Bay.
As belas e tranquilas águas da baía dos golfinhos, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí
Esse foi o nosso roteiro resumidíssimo nos nossos 4 dias e meio (quase 5, vai!) pelas belezas naturais da Big Island. É difícil resumir aqui a beleza de tudo o que vimos, mas a intenção é dar um resumão mesmo para facilitar a programação do seu roteiro. Se ficou curioso e quer conhecer mais, clique nos links acima para encontrar as informações e os relatos mais detalhados da história e imagens das paisagens incríveis da Big Island do Hawai´i!
Rota de carro em Kona
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