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mayane moura de oliveira (28/01)
gostaria do email do cartório de cuba San Juan Martinez - Estado de Pina...
mayane moura de oliveira (28/01)
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henrique (25/01)
Porto de Galinhas de maré alta? O hot desta praia são as piscinas de co...
Marcelo Barbosa (22/01)
achei um bar temático dos beatles em varadero e em trinidad!...
Marcelo Barbosa (22/01)
estive na ilha em julho do ano passado! leio td que se refere a Cuba, e a...
Parte final do vôo da Ana, chegando em São Conrado, no Rio de Janeiro - RJ
Nos meus sonhos voar é o tema mais freqüente. Desde criança sonho que estou voando. Eu voava como Peter Pan sobre a floresta Amazônica, sobre a rua onde eu morava, sobre os Andes... Já voei em um bocado de lugares. Ultimamente, nos meus sonhos, os meus vôos têm sido mais dificultosos, mas não menos prazerosos. Para começar a voar eu preciso correr e começar a dar saltos, como os que atletas de salto em distância dão logo antes do salto final. A cada passo, mais alto eu ficava pisando nos ares, tomando impulso para alcançar a altitude ideal para o meu vôo. Sei que este é um desejo antigo para todos os humanos, um feito perseguido por muitos e por isso hoje temos várias formas de simular esta façanha. Eu já saltei de pára-quedas e paraglider, vôos deliciosos, mas em momento algum a sensação é a mesma do Peter Pan.
Após o salto de asa delta, no Rio de Janeiro - RJ
Depois de tanto procurar a melhor forma de materializar este sonho já tão familiar a mim, hoje decidi voar de asa delta. O Rio de Janeiro sem dúvida é um dos cenários ideais para se realizar este sonho. Depois de um passeio pelas montanhas, Corcovado e Paineiras, chegamos à praia de São Conrado, na praia do Pepino. Estava ansiosa, pois o vento não estava muito católico e obviamente dependia dele para ter sucesso nesta incursão. Agendamos com o piloto, Rodrigo decidiu não saltar, pois já havia saltado tempos atrás. Encontramos o Ricardo e seguimos para o alto da Pedra Bonita, onde se encontra a rampa de decolagem. Assisti a um casal decolar antes de mim, com o mesmo piloto, treinaram a corrida pela rampa e pegaram todas as instruções, prontos para saltar tiveram que esperar uma janela de vento para saltar. Quase 30 minutos depois retorna à rampa a asa delta e o piloto, chegou a minha vez.
Vista da Pedra Bonita, na rampa para saltos de Asa Delta, no Rio de Janeiro - RJ
Preparando-se para o salto de asa delta no Rio de Janeiro - RJ
O tempo estava nublando, o vento piorando, mas não queria desistir. A previsão de tempo para os próximos dias era ainda pior, chuva. Equipada e pronta, eram 17h21, tínhamos que saltar no máximo até as 17h49, horário em que a rampa fecha para decolagens. Foram quase 30 minutos de espera, o vento a favor não estava virando, para a decolagem precisávamos dele justamente no sentido oposto, ou pelo menos que ele parasse. Tínhamos que correr muito. “Posso confiar em você?” perguntou o piloto, “pode!” respondi. Pernas pra que te quero, foi uma janelinha minúscula de vento e nós corremos, corremos para voar. Até que meus sonhos mais recentes não estavam tão distantes da realidade, só faltava a asa-delta, mas a corrida eu já vinha treinando. Quando damos o primeiro passo no ar, a asa perde altitude até estabilizar e acelerar, uhhhhh, que friozinho na barriga! Parece aquela descida de montanha-russa, já saí gritando, “Wohoooooo! \o/ Delícia!”, enquanto Ricardo dizia, “Não quero nunca mais ter uma decolagem assim! Obrigado meu Deus!” Aí que eu vi que o negócio tinha sido estranho, empolgada nem percebi que passamos raspando no morrinho abaixo da rampa... já pensaram!?!
Voando e "pilotando" asa delta no Rio de Janeiro - RJ
Bem, nem eu! Eu só quis curtir a vista e pela primeira vez a real sensação de estar voando. Abrir os braços e sentir o vento contra o meu rosto! A praia abaixo, o Corcovado à esquerda e a Pedra da Gávea à direita... INDESCRITÍVEL! Foi uma das melhores sensações que já tive na vida! Curti cada minuto e logo estava eu com frio na barriga novamente, enquanto o Ricardo começava a preparar o pouso.
Celebrando o salto de asa delta, no Rio de Janeiro - RJ
Foram 7 minutos que pareceram o dobro, mas que ainda assim foram poucos. Quero mais, mais e mais! Se eu estivesse morando no Rio, com certeza iria começar um curso de piloto de asa-delta. Finalmente um esporte aéreo que me tocou tanto quanto o mergulho. Ao mesmo tempo que senti toda a adrenalina, senti uma paz tão grande...
Voando de asa delta no Rio de Janeiro - RJ
Mais tarde fomos comemorar o salto, o dia, a vida, no Rio Scenarium, famoso bar na Lapa. Samba, Forró, Samba Rock e tudo o que se tem direito. Todos misturados, cariocas de todas as classes, cores e credos, gringos, ticanos e portugueses, todos na mesma vibração, na mesma energia.
Balada na Lapa, no Rio Scenarium, no Rio de Janeiro - RJ
Foram algumas boas horas dançando e cantando, espantando todos os males, espalhando alegria. Finalizamos com o tradicional sanduíche do Cervantes! Dia perfeito para sonhar, sempre nos dizem para sonharmos alto e eu sonhei mais especificamente a 525m de altitude!
Night no Rio Scenarium, na Lapa, no Rio de Janeiro - RJ
Socializando com o cozinheiro do Lion's Punch, bar em Cockleshell Bay, em St. Kitts, no Caribe
Saint Cristopher and Nevis, mais conhecida como St Kitts e Nevis, é o nosso 5° país nesta nova rodada caribenha. Parte da Commonwealth Britânica, a língua falada aqui é o inglês, com um novo sotaque agregado ao que eles mesmos se referem como “bad english”. A moeda é corrente é o EC, Eastern Caribbean Dollars, hoje US$1,00 = EC$ 2,67, porém as duas moedas são utilizadas normalmente por todos, habitantes e turistas.
Chegando em St. Kitts, no Caribe
Chegamos ao aeroporto na capital Basseterre pouco mais de 8h da manhã de um domingo. Demos sorte de encontrar um táxi, pois domingo toda a cidade fica às traças, comércio, restaurantes, tudo fechado. A única coisa que conseguimos ver é que eles tem um bom relacionamento com o governo de Taiwan, que além de ter uma embaixada, investe no desenvolvimento da ilha. Placas de parcerias entre St Kitts and Nevis e Taiwan estão espalhadas em todos os cantos.
Nós decidimos ficar na capital mesmo, não é próxima às praias mas é prática para visitar toda a ilha. Nos hospedamos no Sea View Hotel, um dos mais simples e baratos, mas confortável e bem central. Instalados e ainda tentando entender a cidade, saímos andando rumo à Frigate Bay, praia mais badalada e indicada pelo nosso guia. No caminho passamos pelo Port Zante, onde deveríamos encontrar algum restaurante aberto, chegando lá começamos a entender como a cidade funciona. Port Zante é toda uma área comercial montada para a recepção de cruzeiros e ao lado de uma pequena marina. Milhares de lojas de jóias e diamantes, cassinos e outras quinquilharias turísticas. Domingo e sem cruzeiro atracado, também estava às traças.
Eis que aparece um maluco de um taxista oferecendo levar-nos à praia, Vernon, seu nome. Os dois quilômetros indicados pelo nosso guia eram na realidade uns 7km, baita trampo abaixo de sol escaldante se decidíssemos ir mesmo à pé. Passamos perto da Frigate Bay, deixamos um chinês no Marriot, mega resort com praia particular, cassino e tudo mais, e seguimos adiante. Nós estranhamos, perguntamos onde estava nos levando e descobrimos que nós e o nosso livro estávamos desatualizados. depois do último furacão em 2005, que passou às margens de St Kitts, o visual da Frigate Bay não era mais o mesmo, areia ficou mais escura e o point praiano mudou para Cockleshell Beach. Esta praia fica no extremo sul da ilha, quase em frente à ilha de Nevis. No caminho Vernon foi nos mostrando todos os grandes condomínios e obras que estão em andamento na ilha, novas marinas, campos de golfe, hotéis e condomínios caríssimos, a maioria investimento norte-americano. Em 3 ou 5 anos esta ilha já será outra!
Praia de North Friar's Bay, em St. Kitts, no Caribe. Ao fundo, a ilha de Nevis
Na Cockleshell Beach alguns bares à beira da praia são super alto astral, música ao vivo, reagge e uma estrutura bem em sintonia com o clima praiano. Caminhamos até a Turtle Beach, há apenas 5 minutos, mas já está no Oceano Atlântico! Aqui o Atlântico é temido e respeitado, segundo Vernon, quase nenhum nativo entra no mar deste lado da ilha, só os que saem para pescar e olhe lá. Nosso amigo íntimo, demos um tchibum no Atlântico e voltamos para o Mar do Caribe, fazer o que melhor se faz aqui, “lime”!
Nadando na Turtle Beach, em St. Kitts, no Caribe
Liming é o verbo que eles usam para curtir, badalar, fazer festa. Paramos no bar mais roots da praia, o Lion´s Punch, que além de pratos locais deliciosos com legumes, frutas cozidas e alguma carne, serve o seu famoso Rum Punch feito em casa.
Almoço caribenho na praia de Cockleshell Bay, em St. Kitts, no Caribe
Uma hora depois eu já estava no maior papo com o Lion e sua esposa no bar, entrei na mesa de dominó dos freqüentadores mais assíduos, estava me sentindo em casa! Uma maravilha, até aprendi algumas regras do dominó dos adultos, tudo isso com muito rum punch, é claro! Vernon veio nos buscar, como combinado, já era final da tarde, o sol já havia se posto. Agora sim a Frigate Bay é uma boa pedida, lotada de barzinhos para “o liming” da noite, jantamos um delicioso mahi-mahi em uma das barraquinhas, acompanhados do Vernon e seu amigo rasta.
Mesa de dominó no bar em Cockleshell Bay, em St. Kitts, no Caribe
Um dia que começou sem sal nem açúcar, terminou sendo sensacional! Recepcionados calorosamente pelos novos amigos, aproveitamos o domingão como nos velhos tempos, curtindo o dia todo até a lua nascer.
A ilha de Nevis vista de Cockleshell Bay, em St. Kitts, no Caribe
Igreja em em Cambará do Sul - RS
Cambará do Sul é a cidade de acesso para os cânions gaúchos. Mais baixa que São José dos Ausentes e ainda assim muito fria! Com a entrada desta nova frente fria, esta noite os termômetros da cidade marcaram a temperatura de -5,5°C! Nós estávamos bem quentinhos embaixo das cobertas, mas a Fiona... coitada. Ficou passando frio na garagem a noite toda, seu diesel empedrou e logo cedo quando saímos para as atividades do dia ela não tinha forças para se mexer! Andamos uma quadra com o motor penando para acelerar e chegamos à uma mecânica.
Gelo no alto do mirante do canyon da Fortaleza, em Cambará do Sul - RS
Eles logo diagnosticaram, combustível empedrado, o diesel congelou! Deixamos o carro funcionando por quase 20 minutos, mas não foi suficiente. A luz do filtro de combustível já havia acendido e já estávamos nos programando para passar em Caxias na concessionária. Mas assim, não conseguimos nem chegar até lá! Bom, passamos no posto de gasolina, com esperança que adicionando o combustível com anti-congelante a coisa funcionasse. Já eram 10h30 da manhã e o termômetro ainda marcava -1°C. O frentista foi taxativo, vocês têm que colocar querosene. Coisa estranha, querosene? Será que não estraga o motor? Dizem que não, que só limpa e ajuda a descongelar o combustível que está no tanque. Não tínhamos outra opção.
Gelo deixado pela forte geada em Cambará do Sul - RS
No caminho para os cânions a Fiona foi recuperando as suas forças e nos campos ao lado a geada e o gelo deixavam ainda mais claro o frio que havia feito durante a noite. Depois dos passeios pelo parque nacional, pegamos estrada em direção à Caxias do Sul e amanhã cedo levaremos a Fiona na concessionária.
Pôr-do-sol e céu com cara de muito frio na região de Cambará do Sul - RS
Caxias é a segunda maior cidade do estado, cidade grande, acabamos nos hospedando no Ibis, em frente ao Iguatemi. Queríamos conhecer o Gran Piaccere, restaurante de alguns amigos que fizemos lá em São José dos Ausentes, uma família que estava na pousada Potreirinhos. Paula e Felipe nos receberam com festa, pois a Dona Cerli da Pousada Refúgio da Gralhas lá em Cambará já havia avisado que chegaríamos. É, cidade grande, mas no final todo mundo se conhece! Rsrs! Pegamos boas dicas para a nossa próxima parada: seguimos o frio pelas serras do Vale dos Vinhedos e Nova Petrópolis!
Belo pôr-do-sol no Oceano Pacífico, em Mancora, no litoral norte do Peru
Máncora é um balneário praiano localizado no estado de Piúra a 1.172km de Lima, no norte do Perú. Às margens da Panamericana, é uma das praias preferidas dos peruanos, sendo comparada por alguns guias e blogueiros como a Búzios peruana.
Praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O centro da cidade é repleto de restaurantinhos, bares e as baladas são bem conhecidas. Lá podem ser encontrados alguns hostals e pousadas mais simples e baratas, mas o charme mesmo está em um bairro vizinho conhecida como Mancora Chica, onde estão os melhores hotéis e pousadas à beira mar. A maioria deles possui também restaurantes gourmets, spas e um ambiente suuuper relax com piscina, bar e um deck com vista para o Pacífico.
Nosso hotel em Mancora, no litoral norte do Peru
Nós encontramos um hotel chamado Punta del Sol, que não era dos mais charmosos, mas por isso também tinha um preço mais amigável. As tarifa aqui variam de 160 a 300 soles (60 a 110 dólares), podendo custar 800 soles nos hotéis 5 estrelas de alto luxo. Recentemente esta região foi notícia nos jornais de todo o país, vítima de uma grande ressaca (ou até um mini-tsunami), que teria abatido o litoral e destruído casa e hotéis à beira mar. Isso diminuiu muito o movimento e o turismo, nos contou um vendedor ambulante que conhecemos na praia. Mas como pudemos verificar, nada aconteceu, Máncora está lá, linda e formosa como sempre.
Coqueiros na praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O tempo estava um pouco nublado, o sol deu o ar da graça durante a manhã e depois a nebulosidade tomou conta. Caminhamos na praia, mas o vento frio não me animou a ter um approach mais íntimo com o pacífico. Praia extensa e com pedras é sim muito bonita, mas confesso que, como brasileiros, estamos mal acostumados com a beleza de nossas praias. Assim aproveitamos para tomar um pouco de sol e trabalhar bastante, tentando tirar o atraso aqui nos blogs.
Nosso "escritório" em Mancora, no litoral norte do Peru
À noite demos uma volta para conhecer o centro da cidade, já era quase meia-noite e mesmo sendo sábado quase não achamos um restaurante aberto. Um bar reciclado foi a nossa salvação, com a sua pizza-brusqueta de 3 queijos deliciosa. As baladas na beira mar não nos pareceram muito atrativas, bombando um reggaeton fuerte, disputando som na mesma quadra. Havia também uma festa eletrônica free em um grande hotel à beira-mar, mas eu ainda em recuperação da infecção e com um marido ajuizado até demais, nem fomos lá para dar uma olhada.
Fim de tarde na praia de Mancora, no litoral norte do Peru
Ah! Temos novidades! Conseguimos nos encaixar em um barco de live aboard para Galápagos no dia 25 de setembro! Rafael e Laura que já estavam embarcando para Quito também conseguiram ajustar as agendas. Não teremos as suítes para cada casal, mas os mergulhos e tubarões baleia estarão lá! Infelizmente a data disponível não se encaixava com a agenda do nosso primo Haroldo, que ficou sem Galápagos e nós sem a sua visita neste ano =(
Pelicanos voam tranquilamente em Mancora, no litoral norte do Peru
Amanhã seguimos viagem rumo ao Equador!
Mil Dias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Sequoia National Park, um sonho antigo! Desde que ouvi falar sobre essas gigantes tenho o sonho de conhecer, abraçá-las e me perder entre esta floresta encantada. Bem o dia chegou! Tiramos dois dias para conhecer todo o parque, tentando mesclar estradas cênicas e caminhadas para conhecermos o máximo possível em dois dias.
Entrada do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
O parque estava bem movimentado, cheio de turistas emendando a semana do spring break para conhecer a região. A Foothills Area tem várias trilhas bonitas, rios cristalinos e uma mata verde com clima bem agradável nesta época do ano. Porém nós queríamos ver mesmo eram as sequoias, então passamos rapidamente pela Hospital Rock, assim apelidada, pois foi onde um caçador que sofreu um acidente com a própria arma foi tratado pelos indígenas que viviam nesta região. Na pedra podemos ver algumas pinturas rupestres e caminhar até as margens do rio. Nesse caminho também passamos pela Cristal Cave, infelizmente fechada no inverno.
Explorando rio no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No primeiro dia cruzamos a Giant Forest que estava ainda mais encantadora com bastante neve fresquinha nos pinheiros menores, cena de filme! A neve e a neblina davam aquele ar mágico para a paisagem e os poucos raios solares logo destacavam o tom acanelado dos troncos das sequoias.
As primeiras e gigantescas sequoias que avistamos no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Pulamos as principais trilhas e a nossa primeira parada foi em um estacionamento bem longe da muvuca, pouco antes do Lodgepole Visitor Center. Um grupo de sequoias lindíssimas estava lá sozinhas, só nos esperando. Elas são fantásticas e a neve faz tudo ficar ainda mais divertido.
A Ana entre sequoias milenares no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Cruzamos todo o parque e a área da Sequoia National Forest, com vários mirantes bacanas sobre o mar verde de coníferas e finalmente temos uma ideia do que vamos encontrar pela frente, o magnífico Kings Canyon!
Estrada na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
A próxima parada é na General Grant Grove onde está localizada a segunda maior árvore do mundo (em volume), a General Grant Tree! Uma trilha entre sequoias gigantes no leva até a atração principal.
A imponente "General Grant", no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No caminho um túnel log impressionante faz termos uma noção mais real de quão grandes elas podem ser. Esta árvore caiu há mais de 200 anos, suas raízes tem uma circunferência de uns 8m de diâmetro e o túnel formado no meio do tronco é grande o suficiente para abrigar todo um time de futebol e seus reservas!
As imponentes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Continuamos para o Princess point, onde temos uma ótima vista do cânion, simplesmente sensacional. A Great Western Divide é onde culminam as maiores montanhas dos Estados Unidos, um pouco atrás está o Mount Whitney (4.417m), maior montanha americana nos “lower 48”. Montanhas nevadas e um belíssimo vale verde que pode ser completamente explorado durante o verão, já que nesta época a estrada ainda está fechada para prevenir dos possíveis desabamentos de rochas.
Visitando o Kings Canyon National Park, na Califórnia - EUA
Hume Lake é a antiga região da madeireira e que hoje se tornou uma grande área de turismo, com cabanas e uma linda vista do lado e picos nevados. Tentamos retornar por esta estrada, porém a neve estava alta e não conseguimos passar. Retornamos todo o caminho a tempo de chegar à Sherman Tree, a rainha de todas as sequoias, com idade estimada em 2.200 anos!
Lago no Kings Canyon National Park, na Califórnia - EUA
Chegamos quando a lua já apontava no céu, a neblina deixou o fim de tarde ainda mais gelado e já não havia quase ninguém na trilha mais visitada do parque. Tivemos um momento a sós com um dos seres mais impressionantes que já vi na minha vida. Conseguem imaginar toda a história que esta árvore já viu? Tudo que já aconteceu enquanto ela estava aqui, neste mesmo exato lugar? Esperamos poder absorver parte da sabedoria e da energia desta grande sentinela do tempo e da vida.
A famosa "General Sherman", a maior árvore do mundo, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
No segundo dia fomos direto para a Moro Rock Trail, oficialmente fechada pela neve, mas aberta a quem quisesse tentar explorá-la, por sua própria conta e risco. Subimos em torno de 6 km pela estrada e na trilha a neve estava ainda fofa, mas encontramos pegadas frescas e logo um grupo retornando do mirante, good news: o mirante estava aberto e absolutamente fantástico!
Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Uma escadaria foi construída na crista desta pedra de onde podemos ter a vista completa do Kaweah Canyon, toda a Sierra Nevada e as montanhas nevadas do Kings Canyon e a magnífica floresta de coníferas a nossos pés. Ficamos lá em cima por quase mais de meia hora, apenas admirando a paisagem.
Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Um pequeno detour nos levou até o túnel log entre sequoias gigantes e pinheiros, passando pela Parker´s Group. Agrupamentos de sequoias como este são raros e ainda mais bonitos.
Um grupo de sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Este é um dos famosos túneis onde passam os carros quando a estrada está aberta. Ele foi recortado no tronco de uma sequoia caída e deu um certo trabalho para chegar lá em cima, já que estava cheia de neve e bem escorregadia, mas eu não perderia a oportunidade!
Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Terminamos o dia na Big Trees Trail, uma trilha interpretativa fantástica com explicações sobre os ciclos de vida e os principais elementos que fazem aquele o terreno ideal para o desenvolvimento das sequoias.
Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
O tempo estava perfeito, céu azul e paisagem perfeita para apenas caminharmos na floresta, abestalhados com a beleza do lugar. Retornamos por um novo caminho, brincamos na neve e aproveitamos cada segundo no silêncio contemplativo da floresta. Não nos despedimos agora das sequoias, diremos apenas um até logo! As encontraremos novamente no Yosemite!
As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA
Um preguiçoso leão-marinho nos dá as boas vindas à Galápagos, na Ilha de San Cristóbal
Hoje voamos de Quito para San Cristóbal com uma parada em Guayaquil. No aeroporto já tínhamos um receptivo com o check in pronto, apenas pagamos a taxa de 10 dólares para entrada em Galápagos, embarcamos os 35kg de bagagem de cada um e pronto, em pouco mais de 3 horas estávamos no Aeroporto de San Cristóbal.
Sobrevoando Galápagos na chegada à ilha de San Cristóbal
Chegamos a Galápagos e já sentimos aquele clima de paraíso. Como todo paraíso não é de graça, pagamos a taxa de 50 dólares por pessoa (valor para sul-americanos) e logo poderíamos esquecer de carteiras e dinheiros pela próxima semana!
Ainda no aviãos, passaportes e formulários prontos para entrar em Galápagos, na ilha de San Cristóbal
A recepção da equipe do Galápagos Sky, Glenda e Edwin foi ótima, cuidaram as bagagens e reuniram o nosso grupo para o transfer ao porto. O grupo com quem passamos os próximos dias é composto por 9 russos, 1 alemão, 1 sueca, 1 brasileiro/holandês e nós 4 brasileiros.
Apresentação da tripulação e passageiros no barco em Galápagos (foto de Maria Edwards)
A tripulação do Galápagos Sky tem 11 pessoas: el Capitán Victor, Chef e assistente, 02 panga riders, eletricista, maquinista, assistente do capitán, 02 dive masters e o mais importante homem à bordo, Jairo, o bartender! Aos poucos vamos decorar o nome de todo mundo.
O Jairo, o barman do nosso barco, na Isla Isabel, em Galápagos
O dia da chegada é sempre super animado. Tudo novo, um barco inteiro a explorar, novos amigos e muita ansiedade pelos mergulhos que estão por vir. Depois do almoço fizemos o check in nas cabines e aqui um detalhe engraçado. Como nós conseguimos nos “encaixar” neste live aboard na última hora, conseguimos apenas um quarto de casal e duas vagas de solteiro. Assim sendo decidimos dividir entre Rafa e Laura, eu e Rodrigo. As quatro primeiras noites eles dormirão no quarto de casal, enquanto Rodrigo irá para a cabine com Kostia, o instrutor de mergulho do grupo russo, e eu dividirei a cabine com Maria, viajante sueca que está dando uma volta ao mundo em 5 meses. Nos 3 últimos dias trocamos de cabines. Justo para todos e depois de 500 dias, será bom para ver se o Rodrigo vai sentir um pouco a minha falta... rsrs!
Prontos para o primeiro mergulho em Galápagos, perto do porto em San Cristóbal
Depois de todos devidamente instalados, fomos ao mergulho de check out! Um mergulho de 15 minutos apenas para checar os equipamentos, acertar os cintos de lastros, ver se falta alguma coisa, como a bateria do nosso computador que havia acabado! Sorte que vimos e deu tempo de pedirmos para comprar. As equipes de mergulhos foram divididas, os russos para um lado (equipe cinza) e “os outros” para outro (equipe amarela). Primeiro dia saímos com Glenda, dive master nascida em Galápagos super querida.
Maria, Laura e Glenda no barco que nos levava à Santa Cruz, em Galápagos (foto de Maria Edwards)
O ponto de mergulho era ali mesmo, no porto de San Cristóbal. O mar estava batido, água fria, cerca de 20°C e a visibilidade péssima! Aquele mergulho assim, para cumprirmos tabela. Ainda assim Glenda resolveu nos levar até uns corais, que mal podíamos enxergar, estava pior que os piores dias em Bombinhas...
Puerto Baquerizo Moreno, na Ilha de San Cristóbal, em Galápagos
Eis que vários leões marinhos surgiram, 4 ou 5 deles nadando a nossa volta, super curiosos! Ficaram brincando com os mergulhadores, com bolhas e olhando o seu reflexo nas máscaras e câmeras. Lindoooos! Foi a primeira vez que mergulhei com um leão marinho, não imaginava quão rápidos eles poderiam ser! É, não restaram dúvidas, chegamos à Galápagos!
Um preguiçoso leão-marinho nos dá as boas vindas à Galápagos, na Ilha de San Cristóbal
Estou cada vez mais impressionada como estamos conectados uns aos outros. Este (in)consciente coletivo, que faz com que pessoas que possuem afinidades se cruzem, se reconheçam e se atraiam.
Hoje cedo pegamos um fast ferry de Tortola nas BVIs para St Thomas, capital das USVIs. Tínhamos apenas um dia para passear por St Thomas e decidimos ficar na parte histórica da cidade. Subimos os 99 Steps, escada construída pelos dinamarqueses em 1860s, em direção a parte alta da cidade.
Os famosos "99 steps", em Charlotte Amalie - USVI
Lá encontraríamos um pequeno museu sobre a história dos dinamarqueses, que estávamos curiosos para conhecer, o castelo do Blackbeard, um dos piratas mais famosos do mundo, e alguns outros pontos históricos interessantes. Subimos e adivinhem? Tudo fechado... a cidade funciona em função dos navios de cruzeiro e felizmente não havia nenhum na cidade. Realmente é difícil escolher, mas eu acho que prefiro não entrar nos museus, mas poder andar pelas ruas da cidade tranqüilas, do que ter aquelas hordas de turistas, filas e mais filas por tudo.
Charlotte Amalie, em St. Thomas - USVI
Bem, caminhando na Main Street nós passamos pela H. Stern, uma das centenas de joalherias da cidade que aproveitam o tax free das USVIs e seus cruise ships ávidos por comprar. Por curiosidade entramos, não imaginava encontrar uma H. Stern aqui e se conseguisse ainda poderia polir a nossa aliança antes do aniversário de casamento. Numa entradinha na loja, que achamos que iria demorar no máximo 10 minutos, ficamos meia-hora. A Márcia nos atendeu e foi tão atenciosa, conversamos sobre o Brasil, a viagem, jóias, o casamento e ela nos deu várias dicas de onde poderíamos ir hoje a noite. Dali, fomos direto para a biblioteca pública da cidade pesquisar um pouco sobre a história do país. Quando menos imaginávamos a Márcia apareceu lá nos convidando para um happy hour! Ela havia nos explicado como chegar, e quando saiu da loja pensou “estou indo num bar com meu marido, por que não convidá-los?” Foi até lá nos procurar apenas para nos convidar, demais!
A segunda Igreja Luterana mais antiga das américas, em Charlotte Amalie - USVI
Fomos até um bar-restaurante japonês com uma vista linda para uma das diversas baías da ilha e que tem um dos rum punchs mais famosos de St Thomas. Conversamos sobre as viagens e mais uma vez nos deparamos com aventureiros de carteirinha! Ela americana de origem Jamaicana, bioquímica e ele californiano, fisioterapeuta. Rick já havia feito algumas viagens para a África e Europa desde os seus 15 anos. Ele e Márcia se conheceram na faculdade em Maryland e logo que se formaram foram morar um tempo no Japão. Viajaram pela Índia, Nepal, sudeste Asiático, Europa e, uma das suas maiores aventuras, um ano e meio viajando pela África. Quando Márcia ouviu a nossa história dos 1000dias ficou interessadíssima e logo quis entender o plano, já se inspirando para o planejamento da próxima viagem que deve começar em 2011. Do bar fomos para a casa deles em um condomínio maravilhoso, paraíso dos gatos e coelhos. Isso mesmo, 2 coelhos moram lá! Tomamos mais alguns ponchs, conhecemos a Miausa, gata linda que os adotou como pais, e Ania, amiga polonesa e vizinha de condomínio.
Casal americano, Rick e Marcia, novos amigos em Charlotte Amalie
Marcia e Rick fizeram a nossa estada em St Thomas especial, mais uma vez nos surpreendendo e mostrando como estamos conectados. Pelo jeito encontraremos em nos nossos 1000dias muitos Ricks e Marcias, Dougs, o aviador, Daniels e Saras, lutando pela cultura local em Middle Caicos, Jims uma vez na Antártida, hoje recebendo todas estas almas livres e aventureiras no seu restaurante. Personagens que sempre nos farão sentir-nos em casa onde estivermos.
Partindo do hotel, cedinho, em Charlotte Amalie - USVI
Ruínas seculares com vista para o mar, em Aruba
Aruba faz parte das Antilhas Holandesas localizadas na costa da Venezuela conhecidas como “ABC”- Aruba, Bonaire e Curaçao. Embora seja ligada politicamente à Holanda, os americanos já dominaram a ilha há tempos. Por isso quando eu pensava em Aruba, logo imaginava grandes hotéis, cassinos, restaurantes e lojas de marca.
Oranjestad, capital de Aruba, cheia de lojas de grife
Uma ilha de 120.000 pessoas que representam mais de 95 nacionalidades, todos em busca de um lugar tranquilo para sua aposentadoria, desde que seja um paraíso com uma boa infra-estrutura. A língua oficial é o papiamento, uma mistura de português, espanhol, holandês, dialetos africanos, etc. Porém nas zonas turísticas o inglês domina completamente.
Palm Beach vista do farol no norte da ilha (Aruba)
É claro que como estamos no Mar do Caribe, deveríamos encontrar também algumas praias paradisíacas. Eu não estava de toda errada, mas um território de 180km2 deve ter muito mais a oferecer que arranha-céus, resorts e jogatina.
Nós não éramos os únicos a fotografar o maravilhoso pôr-do-dol em Palm Beach - Aruba
Tivemos pouco tempo para explorar a ilha, por isso durante o dia aproveitamos para ficar longe do Low e do High Rise na Palm Beach, alugamos um carro e saímos conhecer a ilha. Começamos pela Capela Alto Vista, a primera igreja Católico Romana de Aruba. Um lugar que inspira muita paz e tranquilidade com vista para o mar.
Bela igreja no norte da ilha de Aruba
Foi construída pelos índios e espanholes em 1750 e frequentemente a chamam de la Iglesia de los Peregrinos, já que no caminho encontramos à beira da estrada vária cruzes brancas com frases do calvário nas duas “línguas oficiais” da ilha. Para os arubianos em particular, é um lugar especial de paz e contemplação.
Para quem fala português ou espanhol, não é difícil ler em papiamento, a língua local de Aruba
Com a alma repleta de boas energias, seguimos para um dos principais marcos naturais da Ilha, chamada Ponte Natural. Formada pelas intempéries da maré, a ponte principal já desabou, mas ainda sobrou parte dela em pé para contar a história.
A "Ponte de Pedra", uma das atrações turísticas da ilha de Aruba
Ali perto encontramos as Ruínas de um Gold Mill. A mina de ouro de Bushiribana, localizada na costa norte, processou minério durante toda a corrida pelo ouro no século XIX. Descoberto aqui em 1824, a indústria de ouro de Aruba chegou a produzir cerca de 1.500 toneladas neste período. Foi desta busca incansável pelo ouro em mares caribenhos que nasceu o nome da ilha, derivado da expressão “Oro Ruba” que quer dizer “Ouro Vermelho”.
Explorando ruínas a beira-mar em Aruba
Ainda dentro dos limites do Arikok Nacional Park conhecemos também a piscina natural, um ponto de beleza cênica espetacular, é um dos melhores banhos de mar da ilha. Águas tranqüilas e abrigadas com muitos peixinhos para um snorkel. A maioria dos turistas chega lá de bugue ou carros 4 x 4.
Idílica praia no sul de Aruba
Nós, como alugamos o carro mais barato que existia, aproveitamos para dar uma boa caminhada de uns 40 minutos até a piscina. Tivemos a sorte grande de encontrarmos a pequena piscina em um intervalo entre grupos de turismo e pudemos aproveitá-la sozinhos! Logo chegou um grupo grande, dentre eles muitos brasileiros, com seus equipamentos para snorkel, incluindo botinhas de neoprene e colete salva-vidas. Surreal!
Piscina natural na parte sul da ilha de Aruba
Depois de um dia de muitas explorações, não podíamos deixar de aproveitar um pouco da infra-estrutura da ilha. Morreeeendo de saudades de um bom churrasco brasileiro, não comemos o dia inteiro “guardando espaço” para a noite irmos na Churrascaria Texas Brazil. Por quase duas horas eu me teletransportei ao Brasil, no buffet de saladas intermináveis, com queijos deliciosos e aquela picanha! Ai que delícia. Para lembrarmos que estávamos em Aruba, pedi como drink a especialidade da casa: sangria, vinho com frutas. Não combinou... uma cervejinha, caipirinha ou até uma coca-cola cairiam muuuito melhor.
Tirando a barriga da miséria na churrascaria brasileira "Texas do Brasil", em Palm Beach - Aruba
Todo este roteiro cabe bem em um dia, assim tivemos o nosso primeiro dia de trabalho, contemplação e uma ravezinha básica na praia, em frente ao Mambo Beach. Os DJs não eram lá essas coisas, deviam ser amigos do dono, mas já foi uma boa festa de boas vindas ao Caribe.
Festa na praia de Palm Beach, em Aruba
Ah! E as praias? Pois é, elas existem, ouvi dizer que são artificiais. Tem uma faixa de areia estreita e para alcançá-las é necessário despir-se de qualquer pudor e atravessar os grandes hotéis e resorts como se você fosse um hóspede. Perguntar e pedir passagem aos funcionários também funciona.
Praia no norte de Aruba, cor típica do Caribe
Os únicos tótens de pedra coloridos em San Agustín, na Colômbia
As cavalgadas têm sido cada vez mais presentes durante a viagem, pelo menos para mim. É uma forma diferente de conhecer os lugares e estar próximos da natureza. Rodrigo, que passavas longas férias e finais de semana em fazendas, tem muito mais jeito para a coisa do que eu. A cavalgada de hoje entre montanhas e plantações de café o fez relembrar e matar as saudades dos bons tempos de infância na Fazenda Cruzeiro.
Passeio à cavalo em San Agustín, na Colômbia
Ricardo, nosso guia da cavalgada de hoje, nos levou para conhecer três diferentes sítios arqueológicos em San Agustín, onde encontramos outras tumbas com templos e estátuas funerárias como as que vimos dentro do Parque Arqueológico de San Agustin ontem. Sempre em lugares de cerros e montanhas com belas vistas, o que deu um certo trabalho para os cavalos que tiveram que nos carregar ladeira acima e ladeira abaixo vááárias vezes. Chegou a dar pena, coitados!
Paisagem verde e montanhosa da região de San Agustín, na Colômbia
Na primeira delas encontramos uma cultura bem diferente do que estávamos esperando, uma senhora que faz a leitura do Calendário Maia. Carlos e Marcela haviam comentado conosco e recomendaram que fizéssemos uma consulta. É claro que eu não ia perder esta! Descobri finalmente o meu “signo” no calendário maia, eu sou o UAC AHAW, o “Sol Rítmico” e o Rodrigo o “Dragão Lunar”.
O Calendário Maia (em San Agustín, na Colômbia)
Segundo ela a minha missão no mundo é espalhar amor incondicional e trabalhar pela ascensão do planeta. A ação é iluminar, a permanente irradiação de luz e boas energias que o sol possui, clareia e gera vida ao seu redor. Sinônimo de vida, alegria, plenitude, união e totalidade. Bacana demais!
Consulta ao Calendário Maia, em San Agustín, na Colômbia
Não é por nada, mas quando estou nos bons dias eu me sinto bem assim mesmo! Hahaha! Saí de lá me achando O SOL! Enquanto isso o “rítmico” tem como ação o equilíbrio, a conciliação de extremos e a busca pela igualdade. Curioso que ela comentou que quando algo não vai bem na minha vida, eu devo sentir uma dor no meu ombro direito. Imaginem... é claro que pode ser pura viagem, mas quando estávamos no ano anterior a essa viagem, com várias situações incertas, grandes definições pela frente e situações de muita angústia, me apareceu uma dor desgraçada no ombro direito! Eu cheguei a ir ao médico ver o que era e não apareceu nada muito conclusivo... Agora eu sei, era o meu lado “rítmico” me avisando. Rsrs!
Visitando totens de pedra milenares durante passeio à cavalo em San Agustín, na Colômbia
Como agradecimento ao seu trabalho, que é voluntário, até comprei uma pulseira do sol para que eu sempre me lembre da minha missão. Continuamos a cavalgada, iluminando tudo e todo que via pela frente (rsrs), até que chegamos a um lugar especial. Um dos únicos lugares em que as estátuas estão com a sua pintura original, nas cores amarela, vermelho e preto. Aqui está a estátua que crêem ligar os pontos com sacrifícios de crianças para os Deuses. No templo ao lado está a estátua de uma mulher com a sua filha no colo e também por isso alguns crêem que a criança era enterrada com sua mãe quando esta morria. Prática conhecida em outras civilizações antigas no Perú, como a Lima, por exemplo.
Os únicos tótens de pedra coloridos em San Agustín, na Colômbia
O passeio teve que ser rápido, sorte que os cavalos eram bons e estavam dispostos a boas galopadas, pois percorremos mais de 20km em 3 horas com 3 ou 4 paradas! Isso tudo por que hoje ainda precisávamos pegar estrada de San Agustín até Cali, 2 horas adiante de Popayán. Ainda aproveitamos que estamos na nossa pau-pra-toda-obra Fiona para conhecer rapidamente o Estreito do Rio Madalena, um dos maiores rios do país que passa em um estreito de pedra de apenas 1,5m de largura! Lugar lindo!
Rio Magdalena na região de San Agustín, na Colômbia
Na estrada de volta encontramos os mesmos militares em serviço, super simpáticos já nem nos pararam. Levamos o azar de um caminhão atolar nessa estrada, que são 5 a 6 horas de carro em estrada de terra, com uma buraqueira desgracida e muita lama depois das chuvas. Outro trecho dela estava em obras e ficamos parados por mais uma hora praticamente... as quais eu aproveitei para dormir tranquilamente enquanto o Rodrigo socializava com os outros motoristas da fila.
Passeio à cavalo em San Agustín, na Colômbia
8 horas depois, enfim chegamos à Cali! Já era noite e eu escolhi um hostal bem backpacker no centro novo, o Iguana Hostal. Azuuuuis de fome, saímos caminhando pelas ruas (também em obras) até encontrar um pub inglês, todo enfeitado para o Halloween. Uma banda (de dois) ótima estava tocando um repertório bem variado de rock e pop, e com a barriga cheia finalmente pudemos relaxar e curtir a nossa primeira grande cidade colombiana. Começamos bem e mal sabíamos as surpresas que Cali nos reservava.
Vejam a seguir, cenas dos próximos capítulos! Rsrs!
caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
É a segunda vez que me despeço de Nova Iorque e confesso a vocês, é uma das despedidas mais doloridas para mim. Primeiro por que sabemos que estamos deixando um mundo de coisas para trás. Segundo por que não sabemos quando poderemos voltar para aproveitar da cidade tudo o que ela tem a oferecer. Terceiro por que quando voltarmos já não encontraremos a mesma Nova Iorque que hoje deixamos para trás.
caminhando na famosa Wall Street, ano sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Talvez, tenhamos que rever tudo (com prazer!) e novamente não teremos visto metade do que queríamos. Resumindo, nunca teremos aquela sensação de saciedade e de pertencimento à cidade sem termos morado lá por muuuito tempo. Já não me sinto uma turista, mas estou longe de me sentir parte dela. Voltaremos para cruzar a ponte para Williamsburg, Brooklyn, rodar pelo Queens e pelo Harlem e aí, quem sabe, começar a ter a sensação de que conheço Nova Iorque. Enquanto isso, fico aqui no miolo da Big Apple, a Ilha de Manhattan e olhe lá.
A famosa Brooklyn Bridge, no sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Assim, achei que umas comprinhas seriam uma boa despedida da capital mundial do consumo, mesmo não sendo muito do meu feitio. Passei na Best Buy da 5ª Avenida onde encontrei alguns aparatos para a nossa amada companheira de viagem, que nos abandonou no tour caribenho. A Nikon foi para o hospital, spa e tirou umas férias merecidas para se recuperar de tantos cliques, areia, poeira, imagens maravilhosas e hoje deveria voltar às nossas mãos.
Chegando à Times Square, em Nova Iorque, nos Estados Unidos
Mais uma vez estávamos nós na Penn Station pegando um trem para Princeton Junction e as próximas 36 horas seriam de muitas burocracias e arrumações para voltarmos à estrada com a Fiona em ordem. Faxina geral na Fiona, reorganização dos equipamentos na caçamba e lavação de roupa suja. Enquanto isso o Rodrigo brigava com o japonês da Le Camera, que simplesmente não tinha notícias da nossa Nikon e da lente que estavam lá para limpeza e conserto. Algo que era para ser simples e se tornou um pesadelo. Ele simplesmente desapareceu com a câmera e depois de muito insistirmos nos disse que ela foi enviada para a fábrica da Nikon para reparo e nos emprestou uma de suas câmeras reservas pelos próximos 15 dias.
Trabalhando no trem de Nova Iorque à Princeton Junction, em New Jersey, nos Estados Unidos
Ao mesmo tempo outro problema surgiu: a empresa mexicana que fez o seguro da Fiona (contra terceiros), se negou a renovar para os próximos 6 meses de viagem. Tudo estava certo e documentado, eles haviam garantido que poderíamos renovar, mas deram para trás e ficamos totalmente desamparados novamente. Foi um trabalho de negociação forte, levado às alçadas mais altas e conseguimos a renovação do seguro por mais 60 dias. Quando voltarmos do Canadá, porém, vamos precisar encontrar outra seguradora que possa fazer esta cobertura. Ufa... de volta à lida da vida de viajantes overlanders, roadtrippers, sonrisal, colesterol, novalgino, mufumbo!
Embarcando para Nova Iorque no aeroporto de Barbados
Hoje voltamos das férias das nossas férias. Estes períodos de viagem ao Caribe são sempre uma quebra da nossa rotina de viagem. Trocamos a Fiona por aviões, barcos, trens, ônibus, lotações, táxis e o que mais vier pela frente. Tiramos as malas do carro e colocamos as mochilas nas costas, matamos as saudades dos nossos mochilões e caímos em um mundo totalmente diferente do que estamos passando nos últimos dias, semanas às vezes meses! O degradé de culturas latinas e agora norte-americanas, saltamos para a África, americana. Hoje voltamos à nossa vida cigana rumo ao Alasca.
Ana fotogrando a praia da Juréia
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