0
Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão
Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela
Poucas situações nos fazem sentir mais saudáveis que comer um café da...
Desde quando eu comecei e me interessar por mapas, no início da adolesc...
Virgin Gorda é a segunda ilha mais importante das BVI, mas é onde se en...
Rubens Werdesheim (03/10)
Incrível. O mais legal é a grandiosidade de vcs compartilharem tudo iss...
Érico Alencar (02/10)
Amigo, estou planejando descer a 319 há tempos e seu relato me animou, p...
Hadassa Barros (02/10)
Oi galerinha, deve ser radical fazer essas viagens, principalmente no Ala...
Luis (30/09)
Grande Rodrigo, Te enviei um e-mail com váááárias perguntas sobre MP...
samuel baker mororo aragao (30/09)
Feliz da vida na Praia Brava da Almada em Ubatuba - SP
Mais de 15 anos frequentando Ubatuba e não é que eu descobri um mundo novo hoje!?! Nada melhor que ser surpreendido positivamente!!!
Como sempre fiquei hospedado na parte sul de Ubatuba, a grande maioria das vezes na Praia Vermelha (dos Arquitetos), foi por aqui que, junto com a família, fiz a maioria das minhas explorações. Estive praticamente em todas as praias das penínsulas da Cassandoca, da Fortaleza e da Ribeira. Dezenas de prainhas lindas! Subimos o Corcovado, nadamos da Vermelha para o Lázaro, da Fortaleza para a Dura, entre outras aventuras. Tudo isso aqui na parte sul.
Saco da Ribeira em Ubatuba - SP
Mas, para o norte, quando muito fui até a famosa Itamambuca e as vizinhas Félix e Vermelha do Norte. São praias maiores, de tombo, ao gosto de surfistas. Desta vez, como estamos numa viagem meio "diferente", resolvi variar. Quis levar a Ana em praias que eu não conhecia. Bela decisão!!!
Caminhando na Praia Brava da Almada em Ubatuba - SP
Fomos primeiro ao extremo norte de Ubatuba, na Praia da Almada. A estradinha asfaltada que dá acesso à praia já é um show. Uma bela vista de várias das praias do norte ao redor de uma enorme baía. A praia em si é de águas calmas e bem limpas. Areia mais escura, cheia de conchas. E um bar especializado em caipirinhas exóticas. Uma delícia. Uma caminhada de 20 min transpondo um morro nos leva para outra praia e outro mundo. Uma praia praticamente deserta, longa e de tombo. Ar selvagem, faz a alegria dos surfistas e amantes da natureza. É a Brava da Almada. Ali ficamos por um tempo, perto da simpática lagoa no final da praia. Nós e o único outro banhista da praia: um pato!
O único banhista na Praia Brava da Almada em Ubatuba - SP
Nessas duas praias passamos um dia tranquilo. Depois, pegamos o final de tarde num bar-mirante, o Bar da Dona Xica, com uma bela vista da baía. E de lá ainda fomos conhecer mais duas lindas praias do norte, já no caminho para Ubatuba.
Sentindo o sol no Bar da Dona Xica na estrada da Almada em Ubatuba - SP
Primeiro, a Puruba. Uma estrada de terra nos leva através da mata até o encontro de dois rios que, juntos, ficam ainda mais largos. Para chegar à areia e ao mar é preciso transpor esse rio. Se quiser enfrentar a placa que avisa sobre afogamentos, pode-se ir nadando (uns 100 metros). A água é bem convidativa. A outra opção é pagar uma canoa ou pegar a canoa da prefeitura, que é de graça. Essa chegada na praia empresta à ela um ar de aventura ao mesmo tempo que a protege do desenvolvimento.
Um dos rios da praia da Puruba em Ubatuba - SP
A segunda praia foi a Prumirim, mesmo nome da cachoeira do outro lado da estrada. Quem protege esta praia do desenvolvimento não são os dois rios da Puruba mas um condomínio pelo qual temos de passar para chegar à praia. As casas tem de estar afastadas da areia e da orla não se vê casas. Jóia mesmo! Os únicos sinais de civilização são a estrada e a antena de celular no alto da encosta e os três bares na praia. Um deles, bem bonito, foi construído em cima de uma rocha, entre o mar e o rio Prumirim. Construção de muito bom gosto, diga-se!
Praia de Puruba em Ubatuba - SP. Para se chegar ao mar é preciso atravessar um rio
Um passeio, quatro praias, um dia maravilhoso e uma dúvida: porque essas praias não são conhecidas nem superexploradas? Uma teoria: há uns 15-20 anos, foram as praias de São Sebastião que caíram no gosto dos paulistanos, que vinham deixando o Guarujá de lado. Sorte dos que escolheram essas praias de Ubatuba. Elas continuam muito parecidas com o que eram há 15-20 anos. Eu arriscaria dizer que elas mudaram pouco nos últimos 150-200 anos! Que continuem assim!
Final de tarde visto sob a lente do óculos na estrada da Almada em Ubatuba - SP
Observando as diversas camadas geológicas à mostra em paredes do Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
Depois da caminhada acima dos 5 mil metros pela manhã e de um almoço tardio nós seguimos para mais um dos pontos famosos do Atacama, o Valle de La Muerte. Este é outro dos programas que pode ser feito de bicicleta a partir de San Pedro, já que está a 4 km do centro e possui um circuito de outros 5 km. A dificuldade é que boa parte do circuito é de areia fofa, própria para carros tracionados.
Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
O vale é um antigo fundo de lago onde a água, o vento e os movimentos tectônicos moldaram um verdadeiro labirinto de colunas, paredes, canyons e outras formas mais bizarras de areia e argila. Vegetação, nenhuma! Daí o nome do vale.
Fotografando a própria sombra, em mirante no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
Do mirante se tem vistas maravilhosas de todo o lugar. Aliás, no caminho para a Cordilheira de Sal, onde se localiza o Vale da Morte, há mirantes de onde se pode observar também o Vale da Lua, seu vizinho. A cena, parodiando a descrição da superfície da lua por um astronauta que esteve por lá, é de "magnífica desolação", talvez pela vastidão e ausência de cores, todas as formas ficando entre um amarelo bem desbotado e o marrom.
Visitando o Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
Voltando ao Vale da Morte, aí sim temos um pouco mais de cores, percebidas nas várias camadas geológicas que podem ser observadas nos enormes paredões. Um verdadeiro livro aberto da história do planeta para quem saber lê-lo. É nessas horas que sinto pena de não ter feito geologia. Sou um completo analfabeto nessa área.
Fim de tarde no Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
A outra grande atração do Vale da Morte são suas dunas de areia onde é praticado o Sandboarding. Para quem se arrisca, o maior problema não é a descida mas sim a difícil subida pelas areias. Será que não vão fazer uma cadeirinha como sempre existe nos resorts de skie?
A paisagem desértica do Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
Nós, meio sem querer dessa vez, acabamos chegando bem no "final do expediente", quando vans e ônibus já tinham levado seus clientes embora. Tivemos um fim de tarde espetacular no mirante do Vale, praticamente sós, pudemos observar os últimos praticantes de Sandboarding se esforçando duna acima e se divertindo duna abaixo e percorremos as trilhas de areia no labirinto do vale admirados por aquele mundo extraterreste, cenário perfeito para a nova versão de Indiana Jones. A cada dia que passa, mais entendemos porque o Atacama é um lugar tão especial nesse nosso continente.
A paisagem desértica do Vale da Morte, no Deserto do Atacama - norte do Chile
Prontos e felizes para o primeiro mergulho em Wolf, em Galápagos (foto de Maria Edwards)
Como eu já disse em outro post, existe duas maneiras de se mergulhar em Galápagos. A primeira é através de um live aboard e a outra é estando baseado em terra, fazer day trips para pontos de mergulho. O problema dessa segunda alternativa é que o alcance é muito menor e os melhores pontos de mergulhos são muito distantes e não podem ser atingidos em apenas um dia de viagem. Os mergulhos que se fazem nesses day trips são regulares e valem à pena dentro de uma programação maior, para se conhecer as ilhas. Para quem vai à Galápagos com o objetivo de mergulhar, aí a melhor alternativa mesmo são os live aboard. Bem caros, mas vale a estravagância.
Pronta para o primeiro mergulho em Cousin Rock, na Isla Santiago - Galápagos
O mais comum são viagens de 7 dias. Os melhores pontos estão nas distantes ilhas de Darwin e Wolf. Perto de Isabel também há boas alternativas. Água gelada, mas a melhor visibilidade do arquipélago.
Mergulho na Isla Isabel, em Galápagos
Mergulho ao longo de parede na Isla Isabel, em Galápagos
No Galápagos Sky éramos 16 passageiros. Nunca mergulhamos diretamente do barco. Ao contrário, chegamos ao ponto de mergulho de panga, os botes motorizados, que depois nos recolhem também. Fomos divididos em dois grupos, uma panga com os 9 russos e a outra panga com os outros sete, nós incluídos. As pangas saem quase juntas do barco e mergulhamos no mesmo ponto, com uma diferença de poucos minutos. Cada grupo com seu guia, os guias se revezando entre grupos, dia após dia.
Uma das dezenas de tartarugas em mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
A temperatura da água varia muito de ponto para ponto. De confortáveis 24 graus em San Cristóbal à congelantes 14 graus na costa oeste de Isabel. Todo mundo vestido com muita roupa, luvas, capuz e botas. Na volta ao barco, lanche e chá quente nos esperam. Além das toalhas aquecidas e da tripulação sempre pronta a nos ajudar com os equipamentos. Uma mordomia só!
Felicidade depois de um incrível mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
Os primeiros mergulhos, em San Crsitóbal e Santiago, estavam com uma visibilidade bem mais ou menos, o que é comum por lá. Estávamos apenas "esquentando" para chegar nos melhores pontos. Os grandes atrativos são os leões marinhos e tartarugas, aos montes. A primeira vez que a gente vê um leão marinho embaixo d'água é inesquecível! Tem uma agilidade impressionante e são super curiosos conosco. Vão e voltam sem parar, olhando para nós o mesmo tanto que olhamos para eles. Incrível!
Leão-marinho brinca conosco em mergulho em Isabel, em Galápagos (foto de Henning Abheiden)
Parada de segurança no final de mergulho na Isla Wolf, em Galápagos
Aì, mergulhamos em Wolf e Darwin. Visibilidade um pouco melhor, talvez perto dos 15 metros. São mergulhos diferentes. A gente desce, se acomoda encima de uma ladeira de frente para o mar azul, a uns 15 metros de profundidade, e ficamos, literalmente, vendo a vida passar. Não a nossa, mas das centenas de peixes que passam continuamente por lá. Entre os peixes, dezenas e dezenas de tubarões, alguns com mais de três metros. São da espécie Martelo e da Galápagos. Os Martelos andam em cardumes. Observar 20-30 tubarões maiores do que você, ao mesmo tempo, é uma esperiência e tanto! Aos poucos, vamos nos acostumando, perdendo o temor. Mas, jamais a admiração! São maravilhosos!
Tubarões em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Mas o grande prêmio ambicionado por todos é observar o tubarão-baleia, o maior peixe que nada em nossos oceanos. Chegam a ter 15 metros! Nós tivemos a sorte de cruzar com uns quatro ou cinco e logo vou escrever um post sobre esses encontros incríveis!
Tubarão-baleia se afasta em mergulho em Darwin, em Galápagos (foto de Hnning Abheiden)
Por fim, fomos mergulhar nas águas geladas e cristalinas de Isabel. Aí, encontramos as gigantescas arraias mantas, polvos e o exótico peixe lua. E, claro, as tartarugas, leões marinho e pinguins. E também o mais compacto e gigantesco cardume que já vi nos meus quase 500 mergulhos. As salemas chegam a tapar a luz do sol e nos rodeiam, formando verdadeiras cavernas.
Incrível cardume de salemas em mergulho na Isla Isabel, em Galápagos. Chegava a escurecer o mar!
Momento em que o Henning fotografa um leão-marinho em mergulho na Isla Isabel, em Galápagos
Para registrar tudo isso, muita gente com máquinas subaquáticas. A nossa intova bem que se esforçou, mas as melhores imagens vieram da canon da Maria e, principalmente, do equipamento profissional do Henning. Já os filmes, os do Friso são imbatíveis, com sua grande angular. Agradeço à todos eles por, gentilmente, cederem suas imagens para nós. Com elas ilustro este e os próximos dois posts: um sobre a vida subaquática em Galápagos e o outro sobre a "caça" ao tubarão-baleia.
A Ana nada ao lado de um gigantesco Tubarão-Baleia na Isla Wolf, em Galápagos (foto retirada do vídeo de Friso Hoekstra)
Conhecendo as dunas de Genipabu - RN
Hoje fomos passear em dois dos principais pontos do litoral norte potiguar: Genipabu, famosa pelas dunas e Maracajaú, conhecida pelos mergulhos. Fomos e voltamos para nossa "casa" em Natal. Acho que ainda não tinha falado, mas nós estamos num aparthotel aqui na capital. Dois quartos, cozinha, banheiro e até uma sala! Tão bem instalados assim, resolvemos fazer mais um bate-volta para poder aproveitar a sensação de lar, doce lar.
Andando de bugue pelas dunas de Genipabu - RN
Primeiro, fomos à Genipabu. Ou Jenipabu? As placas na estrada não chegam a um consenso. Nem as placas dos hotéis e pousadas da cidade. E nem as pessoas com quem falamos. Bom, eu que aprendi com "G", fico com Genipabu!
A linda paisagem do alto das dunas de Genipabu - RN
O grande atrativo da cidade são os passeios de bugue pelas dunas móveis. Com emoção, claro! Eu, que já havia feito esse passeio outras três vezes (o último há onze anos!), estava decidido a não fazer dessa vez. Na última vez, fiquei com a sensação de estar "agredindo" as dunas. Do alto de um dos mirantes, via dezenas de bugues rasgando as montanhas de areia. A sensação é que elas estavam sendo violentadas. Mas hoje, primeira vez da Ana, acabei decidindo fazer mais uma vez...
Passeio de dromedálio em Genipabu - RN
E foi jóia. Fiquei com uma sensação muito melhor. Acho que foi porque não havia tantos bugues como da outra vez. Lá do alto, tem-se uma vista magnífica da capital, ao longe, do campo de dunas ao redor e do mar azul lá embaixo. Tem também a lagoa de Genipabu, encravada no meio das dunas e, finalmente, a exótica figura de dromedálios caminhando pelas areias. Eles foram importados já há uma década, mas agora já se reproduzem por aqui. Fazem a alegria das crianças.
Andando de bugue pelas dunas de Genipabu - RN
Além das vistas, tem a emoção das manobras dos bugueiros, descendo e subindo dunas. Tenho a impressão que hoje eles são mais comedidos que antigamente, quando a atividade era menos regulamentada. Perde-se um pouco de emoção, mas ganha-se muito em segurança...
Praia cheia em Genipabu - RN
Praia de Maracajaú - RN
Fim do passeio, seguimos direto para Maracajaú. Afinal, em pleno domingão, a farofa imperava na praia de Genipabu, o que não faz muito nosso estilo. Em Maracajaú, ao contrário, reinava a paz e a tranquilidade. O movimento havia sido pela manhã, quando turistas vieram diretamente de Natal para fazer os mergulhos nos parrachos, aproveitando a maré baixa, e já haviam retornado à capital.
Tomando sol no finzinho da tarde em Maracajaú - RN
A grande atração da cidade são essas piscinas naturais, distantes 7 km da costa, chamadas aqui de "parrachos". Eu já tinha feiro esse passeio em 2000. Jóia, mas bem parecido com o que fizemos nas Galés, em Maragoji. O que queríamos mesmo era mergulhar num ponto mais distante ainda, cerca de 14 milhas, chamado de Risca do Zumbi. Dois grandes naufrágios para serem visitados, além de uma vida marinha abundante. Infelizmente, até pela distância, o mergulho com garrafas não está muito desenvolvido por aqui e as idas à Risca só ocorrem em situações muito especiais. Parece que uma vez por mês. Assim, nosso mergulho na Risca ficou adiada para a segunda versão dos 1000dias, infelizmente.
Esperando o almoço em Maracajaú - RN
Aproveitamos a praia vazia (já fazia tempo!) e as águas mornas do fim de tarde. Além disso, faturamos um peixe delicioso, absolutamente sem espinhos, ao molho de camarão. Depois, enfrentamos o trânsito de volta à nossa casa em Natal, noite de despedida do lar. Amanhã, tudo empacotado, seguimos em frente. Vamos atrás da calma e beleza de Galinhos, já a meio caminho do Ceará.
Conhecendo as dunas de Genipabu - RN
Dança e folia no carnaval de Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Nem só de água é feita Isla Mujeres. Afinal, como o próprio nome diz, ela é uma ilha, formada da boa e velha terra firme. Com pouco mais de sete quilômetros de comprimento e uma largura que jamais passa dos 600 metros.
Autofoto em porta envidraçada em Isla Mujeres, na costa caribenha no sul do México
A ilha já era muito frequentada pelos mayas, que íam atrás do sal que pode ser extraído de suas lagoas internas. Sal, naquele tempo, como em várias outras civilizações, era dinheiro. Além disso, a ilha também tinha tempos dedicados à Ix Chel, a deusa da fertilidade, a mesma encontrada em Cozumel. Pelo visto, essa deusa gostava de ilhas e do mar caribenho!
Curtindo o fim de tarde em Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Tantas imagens havia da deusa espalhadas pela ilha que os espanhóis, quando lá chegaram, a batizaram de Isla Mujeres. O resto da história, infelizmente, é quase a mesma de Cozumel: indígenas extintos por doenças e pela espada e imagens e templos destruídos.
Despedida do Alejandro e da Casa Naranja, nossa pousada na Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Nós nos surpreendemos um pouco com tanta gente visitando ou morando por lá. Tivemos algum trabalho para achar um lugar para ficar (nunca reservamos), mas acabamos encontrando o Alejandro, um simpático argentino radicado por aqui há algum tempo, dono da pousada Casa Naranja. Foi a nossa casa por todos esses dias, ótimo preço, excelente localização e quarto bem gostosos, com direito à cozinha e internet. Não precisávamos de mais nada mas, mesmo assim, ainda ganhamos a amizade do Alejandro, muitas histórias de suas viagens pelo continente e conselhos sobre o que fazer na ilha e em outras ilhas também. Joia!
Bloco de carnaval nas ruas de Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Dança e folia no carnaval de Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
A principal atração na ilha, além do mar, foi o carnaval que está acontecendo nesses dias. Pequenos blocos com gente muito animada, meninas, meninos e meninos vestidos de meninas passam o dia inteiro andando para lá e para cá, em seus carros e motos. De tempos em tempos, param em alguma esquina, som ligado, fazem sua bagunça e performance, distribuindo alegria para todos. Muito legal assistir.
Fantasias de carnaval em Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Fantasias de carnaval em Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Foi nosso jeito de nos sentir mais próximos do Brasil, guardadas as devidas proporções, claro! As fantasias são muito legais, embora a música seja meio chatinha e repetitiva. Pelo menos, não tem tocado por aqui aquelas baixarias que costumam fazer sucesso no Brasil, especialmente nessa época.
Pronta para uma corrida na costa da Isla Mujeres, na costa caribenha no sul do México
Corridinha básica na Isla Mujeres, na costa caribenha no sul do México
Além do carnaval, outra diversão era percorrer a rua do calçadão, cheia de restaurantes e bares. Com tantos dias e noites por aqui, pudemos experimentar várias “cozinhas”, de argentinos à japoneses, passando por mexicanos, claro!
Escultura marca a ponta sul de Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
De carro mesmo, fizemos só uma saída, indo até o sul da ilha, observando mares um pouco mais bravios e fazendo nossas reverências a uma estátua que homenageia a antiga deusa que era idolatrada por aqui. Fora esse passeio para o sul, tudo mais pode ser feito a pé mesmo. Em um raio de poucos quarteirões, lá estão todos os restaurantes, a praça central, as ruas por onde passam os blocos de carnaval e, claro, as praias!
Escalando pequeno rochedo em praia da Isla Mujeres, na costa caribenha no sul do México
Isla Mujeres, na costa caribenha no sul do México
Por fim, aproveitamos também para fazer um exercício, correr pela orla e até praticar um pouco de escalada em “boulders”. Nada muito arriscado, mas sempre uma boa chance para fotos. Lá do alto, uma vista privilegiada do maravilhoso mar que nos cerca.
Nosso último e inesquecível pôr-do-sol em Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
Outra lembrança inesquecível de Isla Mujeres serão os seus entardeceres. Todos os dias, um pôr-do-sol fantástico, cinematográfico e de tirar o fôlego. O céu pintado de amarelo e depois de vermelho, se pondo lá no continente distante, quase no mar. A cada dia, novas fotos, novos ângulos. Mas a beleza e a calma que ela inspira eram as mesmas. O céu pegando fogo sobre um mar azul turquesa não é uma cena que se veja todo dia. A não ser que se esteja em Isla Mujeres...
A Fiona é o último carro a conseguir entrar no ferry da Isla Mujeres para Cancún, no litoral sul do México, do lado do Caribe
E assim foram nossos dias por aqui, tranquilos, pouco a relatar, muito a fotografar. Partimos no dia 11, dessa vez num sufoco danado para colocar a Fiona na última vaga do barco, uma sorte danada. Saímos desse lugar lindo rumo a outro, bem mais tranquilo, uma ilha também. Estou falando de Holbox, terra (ou mar!) de tubarões-baleia. Infelizmente, estamos fora da temporada, mas muitas outras atrações nos esperam. E também a tão procurada tranquilidade. Nosso período sabático continua por lá...
Nosso último e inesquecível pôr-do-sol em Isla Mujeres, no litoral sul do México, do lado do Caribe
A simpática vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Ontem de tarde, após finalmente retirarmos a Fiona do porto de Cartagena e colocarmos o pé na estrada novamente, seguimos para o leste, acompanhando o litoral e seguindo na direção da Venezuela. Queríamos recuperar o tempo perdido e aproveitar cada minuto que nos resta até voltarmos ao Brasil, em pouco mais de 20 dias.
Nosso roteiro final na Colômbia: De Cartagena (A) para a pequena Taganga (B), ao lado de Santa Marta. Daí para o belíssimo parque nacional de Tayrona (C) e para Punta Gallinas (D), na península La Guajira, extremo norte do continente. Finalmente, rumo à fronteira com a Venezuela (E)
A maior parte desse tempo será na Venezuela, um dos dois únicos países do continente (o outro é o Uruguai) que ainda não visitamos nesses 1000dias. Mas ainda temos alguns lugares para ver aqui na Colômbia também! Nosso plano era dormir na cidade histórica de Santa Marta e, após passear por lá, seguir hoje para Tayrona, um dos parques nacionais mais conhecidos do país. Em seguida, e por último, ir para a Península La Guajira, o ponto mais ao norte da América do Sul, um desses extremos que todo viajante das Américas que se preze quer, um dia, conhecer.
A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Aproveitamos ao máximo o resto da luz do dia, numa estrada que passa entre o mar e grandes lagoas. Mas já estava escuro quando cruzamos a metrópole de Barranquilha, a maior do norte da Colômbia. Daí, mais umas horinhas até Santa Marta, outra grande cidade. Quando finalmente nos aproximávamos da cidade, a Ana sugeriu que fôssemos direto para Taganga, uma pequena vila de pescadores a poucos quilômetros à nordeste da metrópole colonial.
A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Ela não precisou insistir. Cansado que estava, entre uma cidade com centenas de milhares de habitantes e uma pacata vila em frente ao mar, destino predileto de mochileiros nesta parte do país, não precisamos pensar duas vezes. Taganga, aí fomos nós!
Turistas desfrutam da tranquila praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Uma pequena estrada entre as montanhas liga santa Marta à Taganga. Tradicionalmente, a vila era de pescadores, mas hoje o turismo é até mais importante, economicamente falando. São dezenas de pequenos hotéis que atendem turistas nacionais e estrangeiros que vêm em busca de tranquilidade e belezas naturais.
A pacata vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Taganga fica no fundo de uma baía e, por isso, sua praia tem águas bem tranquilas. Daí partem barcos que levam turistas para pontos de snorkel ou mergulho, ou à outras praias, ainda mais remotas. A cidade é um dos locais mais procurados para quem quer fazer curso de mergulho, pois a concorrência fez baixar os preços. Também é uma ótima base para quem quer fazer day-tours ao vizinho Parque Nacional Tayrona, tanto em excursões de carro como de barco.
Comércio de bolsas em Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Para nós, foi apenas um ponto de descanso e relaxamento. Caminhamos pela orla na noite de ontem e na manhã de hoje, em busca de restaurantes que nos servissem o jantar ou o café da manhã, sempre com vista para o mar. Até tentaram nos empurrar passeios para Tayrona, mas agora de Fiona, já não precisamos da ajuda de ninguém, hehehe.
A bela e tranquila praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Foi uma delícia, sairmos da agitação de uma cidade grande para cairmos na tranquilidade de uma vila de pescadores. Começamos a pegar o gosto novamente pelas estradas e novas descobertas. A pequena cidade de praia foi uma prévia do que nos espera no próximo destino: o Parque de Tayrona, para onde seguimos hoje mesmo. Assunto para o próximo post.
A baía de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia
Construindo castelo com muralhas em Caraíva - BA
Hoje, passando o dia na barra do rio Caraíva, explorando as pequenas ilhas que se formam na maré baixa, entre o rio e o mar, voltei a ser criança. A maré subindo e cercando a ilha por todos os lados foi uma oportunidade incrível de brincar de castelo de areia, tentando resistir ao avanço das águas. A diferença daqui dos castelos que fazia quando criança é que o ataque das águas só vinha de um lado. Aqui, vinha de todos. A história segue abaixo, em fotos...
O castelo resiste ao primeiro ataque, em Caraíva - BA
Orgulhoso do castelo, em Caraíva - BA
O mar já destruíu as muralhas, mas o castelo resiste! (em Caraíva - BA)
O castelo ainda resiste. Por quanto tempo? (em Caraíva - BA)
O momento do ataque final! (em Caraíva - BA)
Era uma vez um castelo... (em Caraíva - BA)
Pela manhã, caminhando pela praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
A beleza cênica da praia de Kalalau realmente impressiona. Posicionada em plena Na’Pali Coast, ela está cercada de montanhas que parecem alcançar ao céu como enormes torres de sustentação. Essas montanhas, por sua vez, estão cobertas de vegetação que se aproveita da umidade de uma das áreas mais chuvosas do mundo. De certa maneira, até lembram um pouco da nossa Serra do Mar, com a diferença que aqui as montanhas são mais íngremes, formando verdadeiros penhascos e paredões que mergulham sobre o mar.
Pela manhã, caminhando pela praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
A praia é longa, com quase um quilômetro de extensão. A faixa de areia é larga, uma das extremidades cercada por grandes paredões. É por esse paredão que escorre uma cachoeira, o lugar perfeito para um banho de água doce depois de um mergulho no mar. No mesmo paredão, mais adiante, já no final da praia, uma grande caverna. Dentro da caverna, um lago. Mas qualquer tentação de querer entrar ali logo termina quando descobrimos a enorme colônia de morcegos lá dentro, que utilizam o tal lago como se fosse seu banheiro. Enfim, muito belo e sadio, de longe.
Indo conhecer a caverna na praia de Kalalau, em Kauai, no Havaí
Além de uma cachoeira, também tem uma caverna nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Dependendo da época do ano, o mar pode ser calmo ou violento. Agora, no inverno, é a época das ondas, então não convém muito que se vá além das canelas, principalmente em dias mais nervosos. Em compensação, a faixa de areia é tranquilíssima, propícia a uma boa caminhada, ao relaxamento puro e simples ou a outras atividades lúdicas.
Dia ensolarado e tranquilo na praia de Kalalau, em Kauai, no Havaí
Não há construções na praia, o que ajuda a lhe conferir um aspecto ainda mais natural e selvagem. Agora em dezembro, os únicos frequentadores são aqueles que se dispõe a caminhar os 17 quilômetros de trilha para chegar até lá. Quase todos com suas barracas nas costas e víveres na mochila para lá passar um ou mais dias. Ao longo da praia, escondido sobre árvores, muitas áreas de camping. Quem chega primeiro logo ocupa os lugares mais próximos da cachoeira ou com vista para o mar.
A cachoeira que escorre nos rochedos da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Uma praia tão maravilhosa e isolada da civilização atrai gente das mais diferentes tribos. Tem aqueles que adoram um acampamento, os que odeiam a civilização, os esportistas que tentam ir e voltar no mesmo dia, os naturalistas, os que um dia tomaram alguma coisa e nunca mais voltaram, os turistas perdidos e aqueles que, como nós, se acham acima dessas divisões, mas que, no fundo, tem um pouco de tudo isso.
Com o Rafa, caminhando na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Ver e interagir com todos esses tipos diferentes é um dos charmes de se ir ao Kalalao. A gente se instalou quase no começo da praia, longe da cachoeira, que já estava toda tomada. Algumas pessoas vêm para cá e passam semanas, ou mesmo meses. Em teoria, isso não é permitido pelo parque, mas na prática, a teoria é outra. Enfim, ficamos em um local mais tranquilo, a bela praia na nossa frente. Num cenário assim, tão idílico, não foi difícil tomar a decisão de passar mais um dia por ali, nem que isso representasse bastante economia da nossa comida prevista para apenas a metade do tempo.
Admirado com a grandeza da paisagem na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Admirando o mar da Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Logo cedo, sentados na praia, a gente se divertiu com uma moça que, nua, dançava na areia. Em pé ou deitada, mas sempre com estilo, dava seus passos de hulahula e fazia poses para os helicópteros que sobrevoavam a praia e mesmo para um barco que passava ao largo. A presença de plateia parecia incentivá-la. Fazia festa também para as poucas pessoas que ali estavam, nós inclusive. Um de seus namorados, aparentemente, preferiu enfrentar o mar bravio do que as carícias da moça. Foi um daqueles que passou um susto sobre as ondas, que eu descrevi no post anterior. Já a moça, a sua loucura era só dançar pelada. Quando convidada a entrar no mar, pareceu bem sana ao recusar: “Eu não sou louca...”.
Luz do sol filtrada pelas nuvens e montanhas, na Kalalau Beach, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
O grandioso background da praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Depois desse show matinal, nós fomos caminhar na praia. Foi quando conhecemos a caverna dos morcegos e pudemos admirar as gigantescas ondas quebrando contra os rochedos ou na própria areia. Eu ainda ameacei entrar no mar, mas melhor não. Exatamente como fizera a moça um pouco antes, loucura, só com muita responsabilidade.
estréia da nossa barraca nova em kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Acampando de frente ao mar, na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Em seguida, nos separamos. Eu e a Ana fomos fazer uma caminhada de duas milhas até uma cachoeira próxima, enquanto o Rafa e a Laura resolveram passar o dia por ali mesmo. O Rafa, amante de pescarias, conseguiu uma vara emprestada e foi reforçar a nossa dieta. Pescou um peixe maior e outro menor. Esse, como forma de agradecimento, foi doado ao dono da vara, um desses que está na praia há bastante tempo e que foi a segunda pessoa a entrar no mar (e a quase morrer...), na descrição do post passado. Já o peixe grande, esse ficou para o nosso jantar.
Caminhando na mata em direção a uma cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Percorrendo trilha entre a praia e a cachoeira, em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Enquanto isso, eu e a Ana desbravamos a trilha, cheio de atalhos e variantes. Pergunta daqui, erra dali, acabamos achando nosso caminho. Na trilha, cruzamos com um outro camping, esse bem mais perto do rio que do mar. Gente mais do mato ainda. Alguns, pareciam ter nascido por ali, outros que mal balbuciavam alguma palavra. Difícil imaginá-los em outro ambiente que não ali, na parte campestre do Kalalau. Fiquei até com a impressão que els tinham um certo desprezo pelo pessoal que acampava perto da praia, por serem civilizados demais.
Cachoeira próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Delicioso mergulho em piscina natural próxima à Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Nós achamos a cachoeira e as piscinas naturais e tomamos uma banho delicioso, cercado de montanhas, água na temperatura certa. Aquele paraíso tão perto do outro, três quilômetros trilha abaixo. Aqui, mais uma vez, cheguei à conclusão que, entre, entre o rio e o mar, entre a cachoeira e a praia, entre a água doce e a salgada, fico com os dois! E o Kalalau é o lugar perfeito para se ter os dois!
Chegando de volta à praia de Kalalau, depois de caminhada até uma cachoeira, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
delicioso fim de tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Voltamos à praia já no fim da tarde, mais uma vez impressionados com a beleza grandiosa do cenário. Lá, fomos recebidos pelo Rafa com um grande sorriso, segurando o fruto da sua pescaria. Ali mesmo, perto das nossas barracas, ele e a Laura ainda conseguiram uns limões de um limoeiro. O peixe já tinha tempero! Faltava só a grelha. Fomos os quatro em busca de lenha e gravetos, o Rafa improvisou um espeto e, com simplicidade e perícia, grelhou o peixe com maestria!
O Rafa grelha um peixe que ele mesmo pescou durante a tarde na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí. Que luxo!!!
Fogueira para o peixe e fogareiro para o macarrão no nosso banquete na segunda noite em Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Foi só o aperitivo do macarrão que se seguiria, agora feito pela Ana no nosso fogareiro novo. Depois de um dia economizando comida, tiramos a barriga da miséria. Tudo ao som das ondas do Kalalau, não poderia ter sido mais perfeito. Ao redor da fogueira, muita conversa se seguiu e um consenso apareceu entre quatro grandes viajantes que, juntos, conhecem praias pelo mundo afora, do Caribe à Tailândia, da Turquia à Noronha, da Austrália à Riviera: o Kalalau é a praia mais bonita que conhecemos. Felizes aqueles que podem vir aqui conferir...
Últimas luzes na praia de Kalalau, na Na'Pali Coast, costa norte de Kauai, no Havaí
Mapa com as principais atrações de Noronha. Em preto, a menor BR do Brasil. Em vermelho, as estradas de terra e em amarelo algumas das trilhas
A ilha de Fernando de Noronha pode ser pequena, mas não é tanto assim não. As pousadas não estão perto das praias e não é tarefa fácil usar apenas os pés para se chegar até elas.
Chegando na Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
Uma estrada, a menor BR do Brasil, atravessa a ilha de norte a sul ligando a Baía de Sueste ao Porto de Santo Antônio, passando pelo aeroporto e ao lado da Vila dos Remédios, a maior vila da ilha. Passa também ao lado dos "bairros" de Floresta Velha, Floresta Nova e Vila dos Trinta, onde estão a maioria das pousadas da ilha. A partir desta estrada partem estradas de terra para as praias mais famosas, como a da Cacimba, da Conceição e do Leão. Com o sol à pino, caminhar nessas estradas é bem árduo, já que quase não há sombras e nem se pode ver o mar em muitos trechos. Enfim, para os mais esportistas, é possível correr por elas, sabendo que o prêmio será chegar em uma praia paradisíaca. Para as praias mais distantes, como a do Sancho e a do Leão, partindo da Vila dos Remédios, serão uns 40 minutos de corrida e muito suor..
Admirando a paisagem da Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
As alternativas são alugar um bugue, o que custa pouco mais de 100 reais por dia, fora o combustível que é o mais caro do Brasil (o litro da gasolina beira os 4 reais), ou tomar um táxi (bugue também). Boa parte dos preços das corridas varia entre 15 e 25 reais. Mais barato é pegar a única linha de ônibus da ilha, que percorre toda a BR e que custa 3,10 reais. Mas para as praias que ficam distantes da BR, essa não é uma alternativa. Em tempo, nos movimentados dias da semana do reveillon, o aluguel de um bugue chega a estratosféricos 400 reais por dia! Tudo pela liberdade de se ir e vir quando quiser e, claro, pelo status! Se o preço é esse, é porque tem gente que paga...
Últimas luzes na Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
As praias do Mar de Dentro, quando a maré não está alta, podem ser visitadas através de uma longa trilha pela costa. Muita gente acaba fazendo isso uma vez. Mas, no retorno, se rendem para o táxi. Outros, que estão em rápida visita, contratam o Ilha Tour, que os levam para conhecer todas as praias em apenas um dia, em comboio. Não precisam se preocupar com o transporte, mas também nunca conhecerão uma praia deserta, pois estão sempre acompanhados de outros 20-30 turistas. Cada um, cada um...
Fim de tarde na Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
Por fim, quando contratamos mergulhos, as empresas vêm nos buscar nas pousadas e nos levam para o porto. Ao final do mergulho, nos trazem de volta.
Pôr-do-sol na Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
Hoje, após o maravilhoso mergulho na Corveta, fomos conhecer a Praia do leão, no Mar de Fora. De uma tacada só, utilizamos quatro dos meios de transporte. Fomos de táxi e curtimos um delicioso fim de tarde por lá. Depois, caminhamos até a Baía do Sueste (outra praia no Mar de Fora). Ali, eu e a Ana tomamos o ônibus de volta para Floresta Velha, onde está nossa pousada. O Haroldo, aproveitando as temperaturas um pouco mais amenas do horário, enfrentou os pouco mais de 4 km correndo, com direito à vista e contorno da pista do aeroporto. E assim, vamos todos conhecendo e reconhecendo esse pedaço do paraíso...
Últimas luzes na Praia do Leão em Fernando de Noronha - PE
Saindo incólume de uma grande tubo na praia de Pipeline, em Oahu, no Havaí
Nosso grande objetivo aqui na ilha de Oahu, além de conhecer a capital Honolulu, era ir ver a mais famosa “north shore” do mundo. Afinal, é na costa norte da ilha que estão localizadas algumas das mais concorridas praias do circuito de surf mundial: Waimea e a mitológica Pipeline. Durante boa parte do ano o mar é tranquilo por lá, mas no inverno o bicho pega! E agora é o inverno...
A famosa praia de Waimea num dia completamente sem ondas, na costa norte de Oahu, no Havaí
Engraçado, na minha infinita ignorância, sempre achei que todo dia era dia de onda grande aqui no Havaí. Mas ao começar a ler sobre o arquipélago, um pouco antes de vir para cá, aprendi que não. É só no inverno que o “swell” bate de verdade e são nesses meses que são realizados todos os torneios de surf importantes do Hawaii. Agora, por exemplo, justamente nesses dias, está sendo realizado o torneio de Pipeline. Pipeline é a praia conhecida por ter os mais perfeitos tubos do surf mundial.
Hoje, a praia de Waimea nem precisava de salva-vidas! (em Oahu, no Havaí)
Pois bem, é por isso que queríamos ficar hospedados lá encima, na north shore. Nós e a torcida do Corinthias e do Flamengo, claro. Assim, as boas opções estavam todas ocupadas e as caras opções estavam muito além do nosso orçamento. Ficamos mesmo em Honolulu, dispostos a dirigir até a costa norte os dois dias inteiros que ficaremos por aqui. E o primeiro dia foi hoje.
Torneio de Pipeline parado por falta de ondas, em Oahu, no Havaí
A falta de ondas adiou por alguns dias o Pipeline, em Oahu, no Havaí
Assim, ainda de manhã, para lá fomos. Tomamos a rota mais rápida, que cruza pelo interior da ilha. Depois de deixarmos a urbanidade e as grandes avenidas de Honolulu para trás, nos vimos num clima mais bucólico e tranquilo, mas o que nos interessava mesmo era ver o mar no horizonte. Finalmente ele apareceu e, um pouco depois, chegávamos à Waimea, que tantas vezes tinha visto em reportagens no Fantástico, durante a adolescência. Dia perfeito, com céu azul, muito sol, mar limpo e... sem ondas.
Pelo menos no cartaz, lá estão as famosas ondas de Pipeline, em Oahu, no Havaí
Pois é, a praia mais parecia uma lagoa. Salva-vidas dormindo na sombra e crianças brincando no mar. Cadê as ondas? Nem sombra delas... Será que essa é uma outra Waimea ? Tem tantas com esse nome, aqui no Havaí... Não, era a Waimea certa sim. O dia é que era o errado.
Tabela do torneio de Pipeline, com brasileiros presentes, em Oahu, no Havaí. Também aparece um tal de Kelly Slater...
A esperança é a última que morre e seguimos para a vizinha Pipeline. Logo que chegamos, a ausência de um trânsito mais pesado era a pista de que algo não estava certo. A facilidade de encontrarmos estacionamento, então, terminava com qualquer chance. Enfim, a estrutura do evento estava lá montada. Uma foto gigantesca mostrando uma enorme onda em forma de tubo era a prova de que, nos bons dias, elas realmente existem.
Até os cães apreciam as ondas de Pipeline, em Oahu, no Havaí
Mas não hoje. Ao menos, ali em Pipeline, havia ondas sim, pequenas. E uma grande quantidade de surfistas treinando, tentando tirar água de pedra. Alguns, muito bons. Belas manobras, segurança total no que faziam, verdadeiros voos sobre a água. Bonito de se ver. Imagina então, num dia de ondas grandes...
Surfistas fazem belas manobras nas ondas de Pipeline, em Oahu, no Havaí
Surfistas fazem belas manobras nas ondas de Pipeline, em Oahu, no Havaí
Um cartaz avisava que o campeonato estava parado em espera das ondas que prometiam chegar em alguns dias. Na chave do torneio, surfistas de todo o mundo, inclusive brasileiros. No caminho deles, Kelly Slater, o multi-campeão do torneio, lenda viva do esporte. Aliás, o torneio desse ano está sendo feito em homenagem ao único outro surfista que pode ser comparado a Slater nas últimas décadas. Falo de Andy Irons, outro multi-campeão, mas que implesmente adoeceu, teve convulsões, a febre aumentou e ele morreu. No auge da vida, da saúde e da fama. Prata da casa aqui do Havaí, era e continua sendo um ídolo e o Pipeline desse ano é mais uma forma de homenageá-lo.
Em dia de mar tranquilo, o tradicional remo havaiano substitui o surf na north shore de Oahu, no Havaí
Sem as ondas, ficamos ali admirando a bela vista, pegamos um sol numa praia vizinha e até fizemos snorkel (a Ana e o Rafa) ali perto. Nossa esperança de ver as ondas grandes e os surfistas em ação ficam para amanhã, embora a previsão não seja animadora. Agora, já sabemos o caminho, o local para estacionar e até onde comer. Comidinha de feira!
Local de snorkel na Shark Cove, costa norte de Oahu, no Havaí
O Rafa averigua o fundo do mar durante snorkel na Shark Cove, na North Shore de Oahu, no Havaí
Isso mesmo! Bem em frente à Pipeline tem um carrinho de lanches que vende guaraná, açaí, caldo de cana e um legítimo pastel de queijo desses que se come em feiras no Brasil. Para mim e para a Ana, longe da terrinha a quase 20 meses, foi irresistível! Pastel com guaraná, que coisa mais boa, hehehe!
Comida bem brasileira em carrinho de lanches em frente à Pipeline, em Oahu, no Havaí
O carrinho, claro, é de brasileiros. Enquanto comíamos nosso pastel, comia ali também os dois brazucas que competem em Pipeline. E logo apareceu mais um casal, dessa vez turistas. Ninguém perde a chance de comer um pastel em Pipeline! Mas, para quem quer algo mais típico daqui, e não daí, tem outros carrinhos na região, também. O mais famoso é o Giovanni’s, com um suculento prato de camarão que faz muito sucesso entre famosos e anônimos como nós. Uma delícia!
Olha só como se escreve "coxinha" em inglês e quanto vale um pastel (em dólares!) em Pipeline, na costa norte de Oahu, no Havaí
Então tá, depois do pastel e do camarão e sem as ondas, resolvemos seguir em frente, rumo ao centro de cultura polinésia, assunto do próximo post. Amanhã, voltaremos para cá. Na pior das hipóteses, se as ondas ainda não aparecerem, o nosso pastel estará garantido. Não vamos perder a viagem.
Matando as saudades de um delicioso pastel brasileiro, em Pipeline, na costa norte de Oahu, no Havaí
Blog da Ana
Blog da Rodrigo
Vídeos
Esportes
Soy Loco
A Viagem
Parceiros
Contato
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet





.jpg)
.jpg)

.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)

.jpg)
.jpg)


.jpg)

.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)










.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)







.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)






.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)