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Hora do Banho (e da Guerra)

Chile, Iquique

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)


Dia nublado, mais do que previsível nessa época do ano, totalmente favorável ao cobertor, à preguiça e à leitura. Nossa única obrigação foi arrumar um lugar para dar um banho na Fiona. Afinal, depois de cruzar os maiores salares do mundo, ela estava cheia de sal, em cada buraco ou reentrância. E, como todos sabem, sal é o maior inimigo de qualquer lataria de carro, como bem sabem aqueles que moram em qualquer cidade litorânea. Atrai e captura qualquer umidade do ar e logo aparecem os pontos de ferrugem.

Como ela estava hiper super mega blaster tomada pelo sal, poeira e lama, resolvemos dar dois banhos. Primeiro, num lava rápido de um posto, muita água e pressão para tirar o sal grosso. Depois, num shopping, banho na carroceria e parte interna. Ao final, um novo carro pronto para os novos desafios à frente. Menos salares, hehehe!

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)


Enquanto isso, dedicamo-nos aos posts, atualização do site e leituras, além do passeio no shopping, o que é igual em qualquer lugar do mundo. A Ana até descolou um corte de cabelo. Cinema é que não deu, só opções bem fraquinhas...

Quanto às leituras, me concentrei na Guerra do Pacífico. Em resumo, foi mais ou menos assim: com a independência das ex-colônias espanholas na América, as fronteiras entre elas ficaram bem indefinidas, um diz-que-me-disse que não chegava à lugar nenhum. Afinal, na época da Espanha, tudo era dela e não era preciso definir limites.

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)

O esperado banho para tirar o sal e a lama da travessia do salar de Uyuni (em Iquique, no norte do Chile)


Uma dessas áreas "confusas" era a fronteira de Chile e Bolívia. A cidade de Antofagasta era claramente boliviana, mas não havia nada, nenhum documento ou tratado que dissesse e a área à sua volta era boliviana. Pois bem, enquanto aqui era somente um deserto, nenhum problema. Mas quando as riquezas começaram a aparecer, vieram também as disputas. O Chile acabou aceitando que aquele pedaço de terra era mais boliviano que chileno, mas eram os chilenos, com capital britânico, que exploravam as minas de salitre do local. Os bolivianos só ficavam com as taxas e impostos.

O dinheiro começou a aumentar, assim como a ganância dos governos. Os bolivianos quiseram aumentar sua fatia de impostos e, quando as empresas se recusaram a pagar, ameaçaram com expropriação. No dia marcado para isso, quem apareceu foi o exército chileno, em defesa de suas empresas. Começava a guerra. A Bolívia, chamando uma cláusula de um tratado secreto de ajuda recíproca com o vizinho Peru, chamou-o para a guerra. Meio a contragosto, mas fiel ao tratado, o Peru veio em seu auxílio. O problema é que Peru e Bolívia tinham exércitos desmobilizados e despreparados, ao contrário do Chile, com exército profissionalizado e dinheiro inglês para se financiar.

O resultado foi uma lavada do Chile nos aliados, Bolívia e Peru. A primeira perdeu Antofagasta (que fica mais de 100 km ao sul de Iquique) e seu acesso ao mar. Até hoje não aceita essa condição e tem na sua Constituição uma cláusula que obriga todos os seus líderes a lutar para retomar seu acesso marítimo. O segundo perdeu não só uma parte de seu território, como as cidades de Iquique e Arica, como teve até suas maioeres cidades ocupadas militarmente pelo Chile, inclusive Arequipa e a capital, Lima. O Chile retrocedeu, depois de algum tempo de ocupação, mas manteve algumas cidades. Algumas se "tornaram" chilenas, como Iquique e Arica, mas outras sempre continuaram peruanas no espírito. Tanto que, em plesbiscito na década de 1920, a cidade de Tacna votou para voltar a ser peruana, algo que ocorreu em seguida...

Os territórrios dos países antes (em cores) e depois (linhas pretas) da Guerra do Pacífco

Os territórrios dos países antes (em cores) e depois (linhas pretas) da Guerra do Pacífco


A consequência da guerra, vista aqui do futuro, não foi boa para ninguém. O Peru saiu humilhado e perdeu várias cidades, aparentemente para sempre. A Bolívia ficou enclausurada dentro do continente, condição de que não se conforma até hoje, mais de um século mais tarde. E o Chile, que durante pouco mais de meio século gozou das riquezas das terras conquistadas, vindas da exploração do salitre, hoje já não conta com essa receita, já que há muito não há mais sentido econômico nessa exploração. Ao mesmo tempo, endividou-se de tal maneira com a Inglaterra que passou por um longo período de dependência econômica da terra da rainha, condição que todos nós sabemos não é das melhores. Além disso, para evitar que a Argentina aderisse aos aliados na guerra, acabou desistindo de suas pretensões territóriais sobre boa parte da Patagônia, algo de que muito se arrepende hoje.

Enfim, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, mas com cicatrizes que perduram até hoje. Cicatrizes que nós, brasileiros, podemos estudar, tentar entender, mas realmente sentir, jamais. Pensamentos que passam pela cabeça enquanto um forte jato de água tira o sal da Fiona.

Chile, Iquique,

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Nosso Voo Particular

Haiti, Port-au-Prince, Cap-Haitien, Citadelle

Ainda em Port-au-Prince, esperando o nosso voo para Cap-Haitien, no norte do país

Ainda em Port-au-Prince, esperando o nosso voo para Cap-Haitien, no norte do país


Planejando nossa viagem ao Haiti, logo percebemos que uma das dificuldades seria o deslocamento dentro do país. O aluguel de carros é caríssimo e as viagens de ônibus, muito demoradas. Para nós que tínhamos tão poucos dias e, ao mesmo tempo, queríamos ver o máximo possível, esse era um problema. Queríamos conhecer a capital e também a cidade de Cap-Haitien, a segunda mais importante do Haiti, na costa norte do país. Entre uma e outra, uma longa viagem de ônibus, mais de seis horas na estrada.

Abordando nosso voo particular entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país

Abordando nosso voo particular entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país


Abordando nosso voo particular entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país

Abordando nosso voo particular entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país


A solução era voar entre elas, cortar o tempo de viagem para meros 25 minutos. Nosso livro-guia indicava uma companhia, a mais confiável do país. Fomos buscá-la na internet e descobrimos que já não existe há mais de dois anos! Então, pesquisa daqui, procura dali, achamos outras, chamada Sunrise. Para minha alegria, tinha um site na internet e até vendia passagens online! Ainda na República Dominicana, compramos nossos tickets para o dia 24.

voo entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, as duas principais cidades do Haiti

voo entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, as duas principais cidades do Haiti


Hoje, no pequeno aeroporto doméstico da cidade, percebi que a atendente me olhava com curiosidade. Fomos chamados para a sala VIP e lá o gerente veio me dizer: “Vocês estrearam nosso sistema de vendas online! Tínhamos colocado o site no ar poucas horas antes!”. Queriam saber quando voaríamos com eles novamente, para poder nos dar um bom desconto de prêmio. É, não sabemos quando vai ser, mas o nosso nome está anotado lá, hehehe.

Apenas nós no avião entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do Haiti

Apenas nós no avião entre Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do Haiti


Pouco mais tarde, pouco antes do horário do voo, descobrimos que éramos os únicos passageiros da viagem, num avião com capacidade para umas vinte pessoas. Então, seríamos tratados a pão de ló, pelos funcionários e pelo piloto!

Sobrevoando Port-au-Prince, no voo para Cap-Haitien, no norte do Haiti

Sobrevoando Port-au-Prince, no voo para Cap-Haitien, no norte do Haiti


Sobrevoando o interior do Haiti, no voo entre a capital Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país

Sobrevoando o interior do Haiti, no voo entre a capital Port-au-Prince e Cap-Haitien, no norte do país


Ele disse que o avião e o voo eram “nossos”, poderíamos sentar onde quiséssemos e até instruiu qual seria o melhor lado para tirar fotografias. A grande atração seria o sobrevoo da Citadelle, a maior fortaleza do Caribe, construída no início do século XIX no alto de uma montanha para defender o país de uma possível invasão dos franceses.

Pouco antes de chegar à Cap-Haitien, sobrevoando a colossal Citadelle, a maior fortaleza do Caribe

Pouco antes de chegar à Cap-Haitien, sobrevoando a colossal Citadelle, a maior fortaleza do Caribe


A tal fortaleza fica um pouco antes de chegarmos à Cap-Haitiens. É nosso plano visitá-la nos próximos dias, mas vê-la aqui de cima, de tão perto, foi um presente inesperado. Mais uma lembrança dessa nossa bela experiência que foi voar aqui no Haiti.

Pouco antes de chegar à Cap-Haitien, sobrevoando a colossal Citadelle, a maior fortaleza do Caribe

Pouco antes de chegar à Cap-Haitien, sobrevoando a colossal Citadelle, a maior fortaleza do Caribe

Haiti, Port-au-Prince, Cap-Haitien, Citadelle,

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Um Dia em Reykjavik

Islândia, Reykjavik

Banhistas nas águas quentes da Blue Lagoon, na região de Reykjavik, na Islândia

Banhistas nas águas quentes da Blue Lagoon, na região de Reykjavik, na Islândia


Inicialmente, nosso plano era ir para a Groelândia no início de Junho, quando já estaríamos em Nova Iorque. Mas, como expliquei no post anterior, pelos altos preços de uma viagem independente, acabamos por optar por um pacote de passagens e hotéis. Só que estamos bem no intervalo dos pacotes de inverno e de verão. Para ter alguma chance de ver a famosa aurora boreal, tínhamos de tentar chegar lá no inverno e a nossa última chance era no pacote que começava dia 26 de Abril. Perdendo esse, só no final do ano. Ou então, pacote de verão, sem nenhuma chance de ver as “luzes do norte”. O problema passou a ser chegar à Islândia a tempo de pegar o voo para a Groelândia. Foi quando descobrimos que era possível viajar para a Islândia saindo diretamente Orlando!

Enfrentando o frio para entrar na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, na Islândia

Enfrentando o frio para entrar na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, na Islândia


Pois bem, viemos de Orlando ontem de noite e chegamos em Reykjavik às sete da manhã. Como nosso voo para a Groelândia era só no final da tarde, ganhamos um dia na capital da Islândia. Depois, na volta da Groelândia, teremos mais uma semana inteira por aqui e aí sim teremos tempo para ver o país.

Tomando banho nas águas quentes da Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia

Tomando banho nas águas quentes da Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia


Corrida como está nossa viagem, mal tivemos tempo para planejar o que fazer ou ver por aqui. Começamos a resolver isso ainda no aeroporto. Na oficina de turismo, conseguimos vários livros e mapas do país, para planejar nossa viagem da semana que vem. E, para hoje, eles nos indicaram que fôssemos à Blue Lagoon, ou Lagoa Azul, um lago de águas quentes de cor azulada, muito popular entre turistas e islandeses, que adoram relaxar em suas águas mesmo quando a temperatura do lado de fora está abaixo de zero. Para facilitar as coisas, há um ônibus diretamente do aeroporto para lá. Mais tarde, o mesmo ônibus pode nos levar à cidade, onde está o aeroporto doméstico de onde parte nosso voo para a Groelândia. Mais prático que isso, impossível!

Banho quente de cachoeira na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia

Banho quente de cachoeira na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia


E assim fizemos. De mala e cuia seguimos para a Blue Lagoon, um moderno complexo construído ao lado dessa maravilha da natureza. Antes de ver a lagoa, fomos ao vestiário para trocar de roupa e tomar banho. Depois, já de calção, fomos enfrentar os 3 graus que fazia lá fora para podermos entrar na tal lagoa. Ainda no interior envidraçado e aquecido do prédio, enquanto tomávamos coragem para enfrentar o frio, admiramos a impressionante beleza desse lago azul e esfumaçado à nossa frente, com várias cabecinhas de pessoas que já estavam instaladas dentro dele.

Rosto coberto de argila rica em mineirais, na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia. Dizem que faz bem para a pele!

Rosto coberto de argila rica em mineirais, na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia. Dizem que faz bem para a pele!


A Islândia está localizada justamente sobre o encontro de duas enormes placas tectônicas. O atrito entre elas, cada uma movendo-se para um lado, gera uma enorme energia sob o solo da ilha. Algumas vezes, essas energias titânicas se revelam na forma de terremotos. Outras vezes, em grandes erupções vulcânicas. Outra forma de manifestação, essa bem menos violenta, são as centenas de fontes de água quente espalhadas pelo país. A Blue Lagoon é apenas a mais famosa e popular delas e os islandeses souberam bem aproveitar esse fenômeno.

Tomando vinho na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia

Tomando vinho na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia


Nós também, correndo para a água. Lá ficamos pelas próximas duas horas, tempo dividido em caminhadas pelo lago, banhos de cachoeira, sessões de saunas seca e à vapor, degustação de vinho com água até o pescoço e até um tratamento para a pele com uma argila recolhida do fundo do lago, rica em minerais.

Dia gelado e água quentinha na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia

Dia gelado e água quentinha na Blue Lagoon, na região de Reykjavik, capital da Islândia


Difícil foi vencer a preguiça e a inércia para sair daquele paraíso Queríamos aproveitar cada minuto, ainda mais que o dia estava feio e frio, o que fazia a água quente ainda mais aconchegante. Mas precisávamos ir, pois tínhamos um compromisso em Reykjavik! Pois é, mal chegamos ao país e já tínhamos um compromisso por lá. Que chique!

Chegando à Reykjavik, capital da Islândia

Chegando à Reykjavik, capital da Islândia


Pegamos o ônibus para o aeroporto doméstico, já bem no centro da cidade e ali guardamos nossas mochilas. Algum tempo depois, foi nos buscar o Sighmatur, nosso amigo islandês que conhecemos no barco ente Manaus e Santarém em Maio de 2011, há exatamente um ano. Ele estava no final de sua viagem de 80 dias ao redor do globo e foi quem nos ensinou que, para chegar à Groelândia, teríamos de passar por Islândia ou Dinamarca.

Almoçando com o Sighvatur, em Reykjavik, na Islândia

Almoçando com o Sighvatur, em Reykjavik, na Islândia


Nossa, como o tempo passou rápido! E que diferença vê-lo aqui, agasalhado no frio islandês, depois de tê-lo visto no calor amazonense. É... realmente, Amazonas e Islândia são duas galáxias diferentes! Unidas por 1000dias de jornada. Ou, no caso dele, por apenas 80!

Reencontro com o Sighvatur, em Reykjavik, na Islândia

Reencontro com o Sighvatur, em Reykjavik, na Islândia


Ele nos levou num restaurante joia para almoçarmos. Botamos a conversa em dia, o tanto quanto possível no pouco tempo que tínhamos. Além disso, com um mapa do país em mãos, ele nos sugeriu um roteiro de viagem ao redor da ilha, para os sete dias que teremos por aqui. Melhor do que qualquer guia que comprássemos numa livraria.. Que ótimo! Depois, nos levou de volta ao aeroporto. Já estávamos encima da hora para nosso voo para Nuuk, a menor capital do mundo r, ainda assim, a maior cidade da longínqua Groelândia. Ainda não consigo acreditar que estamos indo para lá...

Nosso voo da Islândia para a Nuuk, capital da Groelândia

Nosso voo da Islândia para a Nuuk, capital da Groelândia

Islândia, Reykjavik, Blue Lagoon, Lago

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Ana de Cama

Brasil, Distrito Federal, Brasília

A Ana, acamada pela febre, em Brasília - DF

A Ana, acamada pela febre, em Brasília - DF


Pois é, minha amada esposa, depois de 4 meses de viagem, ficou doente, de cama. E quando ela fica doente, são um ou dois dias de febre alta, bem acabada. Tadinha.

O belo Santuário Dom Bosco, em Brasília - DF

O belo Santuário Dom Bosco, em Brasília - DF


Assim, ela passou o dia no hotel hoje, sem sair do quarto. Eu pude sair duas vezes. Na primeira, para buscar remédio para ela numa farmácia homeopática. Aproveitei para ir ver e fotografar a belo Santuário Dom Bosco. A igreja é linda e todas as suas paredes são feitas de vitrais azuis. A luz do sol atravessando esses vitrais dá um ar meio mágico ao ambiente.

O belo Santuário Dom Bosco, em Brasília - DF

O belo Santuário Dom Bosco, em Brasília - DF


A segunda saída, já no final da tarde, foi uma gostosa corrida pelos meandros do poder político brasileiro. Desci o plano piloto desde a torre de TV até o Palácio do Planalto, dando a volta no Congresso e subindo novamente até o nosso hotel. Era final de tarde, as pessoas deixando os ministérios e demais repartições sob o quase sempre espetacular pôr-do-sol aqui do planalto central. Acho que quem é daqui já está acostumado com ele. Não eu! Principalmente quando, além do pôr-do-sol, posso observar também tantos prédios do Niemeyer.

A Catedral e o Museu Nacional, em Brasília - DF

A Catedral e o Museu Nacional, em Brasília - DF


Enfim, é uma corrida bem interessante. O primeiro prédio digno de nota é a Biblioteca Nacional que, para a minha surpresa, homenageia o Leonel Brizola. Quem diria... Depois, o Museu Nacional (que parece um forno de pizza) e a Catedral, fechada para reforma. Aí, aqueles prédios horríveis dos ministérios até chegar ao Itamaraty. A partir daí fica legal: o Congresso, STF, o Palácio da Alvorada e o Palácio da Justiça. Na volta, mais ministérios e o Conjunto Nacional.

O Congresso, em Brasília - DF

O Congresso, em Brasília - DF


De volta ao hotel, volto a pajear a minha linda. Vamos ver como vai ser amanhã... Bem, se precisar ir numa farmácia, descobri uma quadra aqui perto com dezenas delas, uma do lado da outra. Coisa mais esquisita, essa cidade...

Quadra das farmácias em Brasília - DF

Quadra das farmácias em Brasília - DF

Brasil, Distrito Federal, Brasília,

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Nossos Queridos Amigos Chilenos

Chile, Santiago

Com o Pablo e a Andrea no restaurante Venezia, em Santiago, capital do Chile

Com o Pablo e a Andrea no restaurante Venezia, em Santiago, capital do Chile


No dia 3 de Fevereiro de 2011, quando tínhamos “apenas” 300 dias de viagem, tivemos um encontro insólito. Foi lá na Serra de Ibiapaba, no Ceará (post aqui). Ainda éramos viajantes inexperientes, pois ainda não havíamos saído com a Fiona do Brasil, e ficamos exultantes ao ver um carro chileno, uma Hilux também, em um estacionamento da cidade. A curiosidade nos fez ir lá conhecer o casal que fazia aquela viagem e foi assim que encontramos o Pablo e a Andrea.

Com o Pablo e a Andrea, juntos à famosa estátua de Nossa senhora no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile

Com o Pablo e a Andrea, juntos à famosa estátua de Nossa senhora no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile


Eles já tinham vários meses de estrada, muitas fronteiras nas costas, praticamente todos os países da América do Sul no retrovisor. Viajavam de uma maneira mais simples que nós, com um orçamento bem mais apertado e dormindo sempre no próprio carro, para economizar ao máximo e assim, poder conhecer mais lugares. Aliás, naquela época, conversando sobre custos, eles disseram que se tivessem as nossas economias, viajariam por dez, e não por três anos, hehehe.

Chegando ao tradicional bar La Piojera, em Santiago, capital do Chile

Chegando ao tradicional bar La Piojera, em Santiago, capital do Chile


Pois é, passamos o dia juntos no Parque Nacional de Ubajara (que saudades daquele lugar! Veja o post aqui!) e cada dupla seguiu o seu caminho, nós para o norte e eles para o sul. Mas o contato pela internet nunca mais foi perdido. Poucos meses depois eles chegavam a Curitiba, onde ficaram hospedados na casa da mãe da Ana. Aí encontraram uma outra personagem que tanto amamos: a Diana.

A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011

A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011


Quando eu conheci a Ana, em 2006, ela já tinha uma linda cadela, uma espécie de perdigueiro misturada com dog alemão, uma combinação que nunca mais vimos em lugar nenhum. A combinação exata, nunca vamos saber, pois ela foi achada na rua, ainda muito nova. O fato que ela era bela de chamar a atenção, muita gente na rua e nos parques querendo saber que cachorro era aquele. Para melhorar, era amável como ela só, apesar do tamanho, sendo incapaz de fazer mal a uma mosca. Eu logo me afeiçoei a ela e não demorou para que a considerasse, também, a minha cadela. Não perdia a chance de levá-la para passear, seu momento mais feliz do dia.

O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011

O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011


A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011

A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011


Por isso, esse foi um motivo de tristeza quando iniciamos nossa viagem. A Diana ficou para trás. Até pensamos em trazê-la conosco, inspirados no pessoal do Viagens Maneiras, mas ao final, desistimos. Algumas vezes, pelo Skype, até conseguimos “falar” um pouco com ela, a Diana latindo quando ouvia nossa voz. Enfim, a tristeza maior era que um câncer crescia dentro dela. Sempre achamos que ainda daria tempo de voltar a vê-la, mas não deu. Porém, nesse meio tempo, eis que nossas amigos chilenos estiveram em casa e, todos os dias, religiosamente, saíam com a Diana, De longe, emocionados, acompanhamos pelas fotos. Era lindo ver a alegria dela, novamente nas ruas.

O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011

O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011


Enfim, ela se foi, em paz, enquanto desfrutávamos da nossa longa viagem. Mas aquelas fotos ficaram, acompanhando nosso imaginário ao redor das Américas. E agora, chegando à Santiago, tivemos a grande alegria de rever nossos amigos queridos, os mesmos lá do Ceará, os mesmos dos passeios com a Diana, enfim, aqui, na casa deles.

Caminhando pela Calle Ahumada, no centro de Santiago, capital do Chile

Caminhando pela Calle Ahumada, no centro de Santiago, capital do Chile


O Pablo e Andrea saíram ontem de tarde da cidade onde hoje moram para vir a Santiago. A gente se encontrou de noite, no hostel. Como já estávamos instalados e com a diária paga, deixaram que ficássemos nesta noite por aqui. Mas já combinamos que hoje iríamos para a casa da mãe do Pablo, onde também vai ficar a Fiona guardada enquanto viajamos para a Ilha de Páscoa.

Com a Andrea, subindo de funicular o Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile

Com a Andrea, subindo de funicular o Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile


Hoje cedo, já estavam no hostel novamente, para nos ciceronear por Santiago, cidade onde o Pablo nasceu e cresceu, cidade onde a Andrea estudou. Não preciso dizer o quanto o nosso dia foi melhor por causa disso. Além da super companhia, eles já sabiam aonde ir e como ir. Nos deram aulas de história e geografia, costumes e culinária, enfim, turbinaram nosso aprendizado sobre o país. Caminhando com eles por esse cenário urbano, parecia que havia sido ontem, nossa última caminhada juntos, por cachoeiras perdidas no Ceará (veja o post aqui). A mesma companhia, dois cenários tão diferentes. É a magia de uma grande viagem como essa.

O Pablo e a Andrea no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile

O Pablo e a Andrea no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile


No meio da tarde, a Andrea voltou para casa. Tinha uma consulta marcada, pois está grávida, contagem regressiva para o grande acontecimento. O Pablo continuou a nos guiar e acompanhar, também dormindo na casa da mãe. No nosso circuito chileno, que se estende pelos próximos meses, misturado com a Argentina, já temos mais um ponto obrigatório de parada: a cidade de Rengo, onde moram. Afinal, viajar é muito mais do que conhecer lugares. É conhecer pessoas.

Com o Pablo e a Andrea, observando a cidade de Santiago, capital do Chile, do alto do Cerro San Cristobal

Com o Pablo e a Andrea, observando a cidade de Santiago, capital do Chile, do alto do Cerro San Cristobal

Chile, Santiago, amizade, Diana

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Chegando à Chapada das Mesas

Brasil, Tocantins, Araguaína, Maranhão, Carolina (P.N. Chapada das Mesas)

Mesa em laje alagada nas Cachoeiras Gêmeas, região de Carolina, na Chapada das Mesas - MA

Mesa em laje alagada nas Cachoeiras Gêmeas, região de Carolina, na Chapada das Mesas - MA


Depois de um café da manhã sortido e profissional como há muito não víamos, cruzamos todo o movimentado centro de Araguarina para pegar a estrada em direção à Carolina, já no Maranhão. Araguaína, hoje a segunda maior cidade de Tocantins, começou a se desenvolver após a construção da estrada Belém-Brasília. Outra cidade que também se beneficiou com esta estrada foi a maranhense Imperatriz. Antes disso, era Carolina a grande metrópole da região. Hoje, ela é de 5 a 10 vezes menor que suas duas grandes "vizinhas".

Igreja em Araguaína - TO

Igreja em Araguaína - TO


São pouco mais de 100 km entre Araguaína e Filadelfia, a cidade em Tocantins de onde se pega a balsa para cruzar o rio e chegar ao Maranhão e à Carolina. Nós ficamos impressionados com a paisagem na estrada. Acabou a amazônia e começou o cerrado e a gente nem tinha percebido! Acho que foi porque os últimos 150 quilômetros, ontem, foram no escuro. E, antes disso, já não havia mas a amazônia. Mas ali a causa era outra: desmatamento. Enfim, agora estávamos em pleno cerradão! Vai ser a paisagem que nos acompanhará nas próximas semanas, com certeza.

Represa transbordando em Filadelfia - TO

Represa transbordando em Filadelfia - TO


Para chegar ao atracadouro da balsa em Filadelfia, demos de cara com outro problema que aflige a região. O rio está muito mais alto, alagando o porto e as ruas próximas e não é culpa da chuva. Não, a culpa é da barragem e hidrelétrica de Estreito, algumas dezenas de quilômetros rio acima. Agora, não haverá mais épocas de rio baixo e rio alto por aqui, conforme as estações e as chuvas. Vai estar sempre alto. E, com isso, acabaram-se as praias fluviais da região. Pior para os banhistas, pior ainda para os barqueiros, que viviam da renda de trazerem pessoas do outro lado do rio para as praias. Sem praias, sem clientes. Sem clientes, sem renda. Pois é, quando se faz uma barragem, mexe-se na vida de muita gente...

Carolina - MA e a Chapada das Mesas ao fundo, visto de Filadelfia - TO

Carolina - MA e a Chapada das Mesas ao fundo, visto de Filadelfia - TO


Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Quanto à nós, instalamo-nos na Pousada das Lajes e, querendo aproveitar a tarde ensolarada, fomos para as cachoeiras Gêmeas, distantes 30 km de Carolina. Em grandes feriados, o local pode receber quase mil pessoas, que chegam em caravanas de ônibus. Mas hoje, erámos nós e mais quatro pessoas. Uma delícia!

Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Aqui também o rio estava mais cheio e a água passava sobre uma laje onde há várias mesas chumbadas. Ali ficamos, os pés dentro d'água, comendo tiragostos e admirando aquelas duas cachoeiras lindas. A temperatura não poderia ser mais agradável e foi uma tarde maravilhosa para comemorar nosso retorno à região nordeste, por onde tanto viajamos há alguns meses. Será um retorno rápido, para conhecer a região do Parque Nacional da Chapada das Mesas, localizado no sul do Maranhão e ainda tão pouco conhecido dos brasileiros. Amanhã, devidamente acompanhados de um guia, vamos explorar o coração do parque, mais de 100 km de estradas de terra e muitas cachoeiras e rios no caminho!

Nadando no lago abaixo das Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Nadando no lago abaixo das Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Brasil, Tocantins, Araguaína, Maranhão, Carolina (P.N. Chapada das Mesas), Cachoeiras Gêmeas

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Cerro Piltriquitrón - 1a Parte

Argentina, El Bolsón

A paisagem que se vê do cume do Cerro Piltriquitrón, El Bolsón lá embaixo no vale, na Argentina

A paisagem que se vê do cume do Cerro Piltriquitrón, El Bolsón lá embaixo no vale, na Argentina


O dia começou cedo e com um maravilhoso café da manhã, mais um dos pontos altos da nossa charmosa pousada em El Bolsón. De estômagos cheios, estávamos prontos para a programação de hoje: um longo trekking até o cume do Cerro Piltriquitrón, montanha-símbolo dessa região da Argentina.

Início da trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Início da trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Observando o vale no início do caminho para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Observando o vale no início do caminho para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Além de bem alimentados, também contávamos com um dia lindo e quase sem nuvens, o que não faz jus ao nome da montanha que iríamos subir. “Piltriquitrón”, na língua tehuelche (nome dos antigos habitantes dessa região andina), quer dizer “pendurado nas nuvens”. Com quase 2 mil e trezentos metros de altura, cerca de dois quilômetros mais alto que o fundo do vale onde se encontra El Bolsón, não é difícil imaginar o porquê do nome. Mas hoje, sem nuvens no céu para se pendurar, o Piltriquitrón reinava muito visível e soberano sobre toda a paisagem ao seu redor.

Na primavera, até os prinheiros ficam 'carregados' (trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina)

Na primavera, até os prinheiros ficam "carregados" (trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina)


Na parte mais baixa da trilha ainda encontramos árvores floridas, a caminho do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Na parte mais baixa da trilha ainda encontramos árvores floridas, a caminho do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Felizmente para nós, não é preciso caminhar desde a cidade até a montanha. Não para quem está de carro ou, mais do que isso, de Fiona. Uma rústica estrada de rípio nos leva para bem alto, serpenteando as primeiras encostas da montanha até os 1.060 metros de altitude. Para quem não está de carro, a alternativa é pagar caro um táxi para chegar até lá ou, para os mais valentes, fazer esses pouco mais de 10 km de estrada a pé mesmo, comendo muita poeira. Nós não encontramos ninguém durante essa subida, mas no final da tarde, quando descíamos, demos carona para um grupo de 8 pessoas que fez essa subida a pé, pela manhã. Ficaram felicíssimos, mais pela poeira de menos do que pela economia de esforço. Não tiveram tempo de subir toda a montanha e chegaram apenas ao refúgio. Realmente, para sair do centro da cidade, chegar até o cume e voltar no mesmo dia, tudo a pé, só mesmo partindo de madrugada e com muita disposição!

Observando a paisagem no início da subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Observando a paisagem no início da subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Observando a cidade de El Bolsón durante a subida do Cerro Piltriquitrón, na Argentina

Observando a cidade de El Bolsón durante a subida do Cerro Piltriquitrón, na Argentina


Enfim, para nós não foi tão duro. Ainda era cedo quando chegamos ao final da estrada, onde há uma área de estacionamento e onde começa a trilha. É só a partir daí que as vistas começam, grandes rochedos formando verdadeiros mirantes naturais de onde podemos admirar o vale lá embaixo, El Bolsón ficando cada vez menor aos nossos olhos ao mesmo tempo que a temperatura cai e o ar fica mais puro. Trilha muito bem marcada alternando trechos de sol e de sombra, ramos floridos dando lugar a pinheiros carregados de pinhas. Mesmo aqui no alto, são claros os sinais de que estamos na primavera!

Saída de um bosque na trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Saída de um bosque na trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Chegando ao refúgio durante a subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Chegando ao refúgio durante a subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Refúgio do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Refúgio do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Uma hora de caminhada e, pouco antes de atingirmos os 1.400 metros de altitude, chegamos a uma das grandes atrações turísticas da montanha e de El Bolsón: o chamado “Bosque Tallado”. O nome não poderia ser mais realista, pois o bosque realmente é esculpido (tallado, em espanhol). Não pela natureza, mas por artistas. Tudo começou com um grande incêndio nas encostas do Piltriquitrón, no final da década de 90. O fogo matou quase todas as árvores de um bosque que existia nessa parte da montanha, deixando seus troncos mortos e sem galhos ou folhas. Foi quando um artista local, o escultor Marcelo López, teve a brilhante ideia de aproveitar aquela tragédia ambiental para algo de bom. Observando os troncos mortos, teve a ideia de aproveitar aquele “material” para fazer esculturas ali mesmo, no antigo bosque. Melhor ainda, ele não quis fazer isso sozinho. Ao contrário, conversou com amigos e organizou um festival de esculturas. Artistas vieram de longe para deixar suas marcas nas encostas do Piltriquitrón. Uma grande oficina de artes a céu aberto! O sucesso foi tão grande que foram realizados outros festivais nos anos seguintes. Enquanto houvesse árvores mortas por ali, haveria espaço para mais arte. O resultado, hoje, é um bosque cheio de esculturas nos troncos, que assim ganharam vida novamente. Novas árvores cresceram e podemos percorrer uma trilha na sombra de um bosque de verdade e por entre dezenas de esculturas de madeira. Que ótima ideia!

Tempo de descanso na trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Tempo de descanso na trilha para o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Admirando a magnífica paisagem durante subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Admirando a magnífica paisagem durante subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Nós passamos ao lado desse bosque, mas decidimos deixar a visita para quando descêssemos. Queríamos aproveitar o bom tempo para chegar logo ao cume da montanha. Poucos minutos depois do bosque, chegamos a um refúgio que existe ali para abrigar os montanhistas. Aliás, para quem gosta de ficar mais isolado, esse é um bom lugar para se hospedar em El Bolsón. Há comida e bebida (cerveja feita ali mesmo!), muita paz e uma vista fenomenal da região. Pode-se acampar ou pagar por uma cama em quartos coletivos. Nós ficamos tentados pela cerveja gelada mas, assim como fizemos com o Bosque Tallado, resolvemos deixar para depois, quando voltássemos do cume. Mas isso não nos impediu de parar lá por uns minutos para aproveitar a vista e descansar um pouco.

Admirando a magnífica paisagem durante subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Admirando a magnífica paisagem durante subida ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Trilha que sobe o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Trilha que sobe o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Depois do intervalo, para o alto e avante! Ainda tínhamos quase 900 metros de altura para subir distribuídos em pouco mais de 3 quilômetros de trilha. Quer dizer, dois quilômetros de trilha e mais um sem trilha mesmo, apenas uma rota em direção ao cume devidamente indicada por pedras pintadas em um terreno inclinado e escorregadio, seja pela neve, seja pelas pedras que rolam encosta abaixo.

Caminhando na trilha que sobre o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Caminhando na trilha que sobre o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Caminho para o cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Caminho para o cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Mas comecemos pelo começo! Três quilômetros de distância para ganhar um de altura não parece muito. Isso se a inclinação estivesse igualmente distribuída ao longo de toda rota, o que evidentemente não estava! Deixamos o refúgio para trás e para baixo e enfrentamos uma encosta inclinada, mas com trilha muito bem marcada. Lá no alto, vista maravilhosa e, em seguida, um longo caminho quase plano, agradabilíssimo. A vegetação alta já tinha ficado há muito tempo para trás e agora apenas grama nos rodeava. Com isso, podíamos ver longe. Qualquer sinal da civilização já tinha desaparecido (exceto pela própria trilha!) e não havia mais ninguém no caminho. Com isso parecíamos as únicas pessoas nesse mundo, em meio a uma paisagem ampla, montanhas ao fundo, um pequeno riacho vindo lá do alto ao nosso lado. Sensação de liberdade e de saúde indescritível, ar inspirado até o fundo dos pulmões. Barulho, só o tintilar da água nas pedras e do vento nos nossos ouvidos.

Já na parte alta e sem vegetação da trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Já na parte alta e sem vegetação da trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Chegando às primeiras neves na trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Chegando às primeiras neves na trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Aos poucos, chegamos ao pé da montanha novamente. Engraçado que, lá de baixo, do fundo do vale, parece que é tudo uma coisa só. Aqui em cima vemos que não, que há planaltos separando as encostas e que o pico pedregoso está muito mais longe do que imaginamos. Enfim, começamos a subir novamente e a trilha cada vez mais se apaga no solo rochoso. A vegetação também está cada vez mais escassa, apenas pequenos tufos de mato, aqui e ali.. Estamos cada vez mais perto de manchas de neve e o riacho ao nosso lado já está seco. Devemos estar próximos dos dois mil metros de altitude e o cume, cada vez mais perto, parece cada vez mais longe.

Trecho com neve e gelo na trilha que sobe o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Trecho com neve e gelo na trilha que sobe o Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Um condor voa ao nosso lado na trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Um condor voa ao nosso lado na trilha ao Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Finalmente, a trilha some de vez. Agora precisamos buscar o próximo sinal pintado em alguma pedra, seguir até ele e, de lá, buscar o próximo. O terreno está cada vez mais inclinado e sempre desejamos chegar ao próximo platô para um merecido descanso. Ainda é possível desviar da maioria das manchas de neve, mas algumas delas temos de cruzar mesmo. Brasileiros que somos, esse é sempre um ponto alto de caminhadas como essa: chegar até a neve! Quem observa nosso encantamento do alto é um casal de condores, a famosa ave andina. Plainam tranquilamente pelos ares, quase sem bater as longas asas. Aproximam-se de nós, curiosas. Que ave elegante! Que voo perfeito! Aliás, fazem parecer tão fácil que a gente fica com vontade de segui-los. Doce vontade...

Cada vez mais perto do cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Cada vez mais perto do cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


A crista rochosa do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

A crista rochosa do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Chegamos a uma passagem mais difícil, uma fenda em meio a dois rochedos. Temos de usar as mãos, uma espécie de escalaminhada. A sombra de um dos rochedos nos mostra o frio que faz longe do sol. Um pouco de paciência e vencemos mais esse obstáculo. Agora o cume está realmente perto. É apenas aqui no alto que o fundo do vale reaparece para nossos olhos. El Bolsón ficou minúscula! Os Andes estão ali pertinho, do outro lado do vale. Já podemos ver bem o pequeno monumento que marca o ponto mais alto do Piltriquitrón. Até esquecemos que o ar está escasso, que falta oxigênio nos pulmões. São apenas alguns metros a mais...

Último trecho da trilha ao cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

Último trecho da trilha ao cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


O marco do cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

O marco do cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


Enfim, chegamos. O dia continua maravilhoso. A vista, esplêndida. O ânimo, a mil! E as nossas mochilas carregam o desejado e merecido lanche. Então, é hora de sentarmos, relaxarmos e aproveitarmos a beleza que nos cerca. Identificar as montanhas ao longe, tão longe quanto o Chile e esperar que aqueles dois pontinhos lá embaixo cheguem até nós. São dois outros andarilhos que também tiveram a ótima ideia de passar o dia aqui encima! Por falar em “encima”, olhamos para o alto para descobrir que, por mais que subamos, tem sempre alguém mais alto do que nós, hehehe. Fica para o próximo post...

No cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina

No cume do Cerro Piltriquitrón, em El Bolsón, na Argentina


A paisagem que se vê do cume do Cerro Piltriquitrón, El Bolsón lá embaixo no vale, na Argentina

A paisagem que se vê do cume do Cerro Piltriquitrón, El Bolsón lá embaixo no vale, na Argentina

Argentina, El Bolsón, Montanha, Patagônia, Piltriquitrón, Trekking

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De Volta à Islândia

Islândia, Reykjavik, Seljalandsfoss

A incrível paisagem da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia

A incrível paisagem da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia


Voltamos hoje à Islândia vindos da Groelândia, mas o horário de chegada não foi dos mais agradáveis. Pousamos no aeroporto da capital Reykjavik perto das 4:30 da madrugada, quando o país inteiro ainda dormia. Aproveitamos o ônibus que faz a ligação com o centro da cidade e fomos até a rodoviária. Ali do lado havia companhias de aluguel de carro, mas não naquele horário. Não teve remédio a não ser esperar até as 8 da manhã, quando começaram a abrir.

O complicado mapa turístico e rodoviário do sul da Islândia, em estrada na saída de Reykjavik

O complicado mapa turístico e rodoviário do sul da Islândia, em estrada na saída de Reykjavik


Aproveitamos esse tempo para reler livros e mapas e relembrar nosso roteiro planejado para conhecer o país nos próximos 8 dias. A Islândia não é um país pequeno, com pouco mais de 100 mil k2. É o tamanho aproximado do estado de Pernambuco. Mas, mesmo com esse tamanho, a população é de apenas 320 mil pessoas, menos do que qualquer cidade brasileira de porte médio. Um terço dessas pessoas está na capital Reykjavik e 2/3 do total vive na região metropolitana da capital. Portanto, sobram menos de 100 mil pessoas para todo o resto do país, espalhados em pequenas cidades ao longo do seu litoral. No interior da Islândia, longe da capital, os habitantes não passam de poucos milhares.

AS duas principais rotas turísticas da Islândia: O 'Golden Circle' (circuito menor) e a 'Ring Road, que dá a volta completa no país, margeando seu principal campo de gelo, no sul da ilha

AS duas principais rotas turísticas da Islândia: O "Golden Circle" (circuito menor) e a "Ring Road, que dá a volta completa no país, margeando seu principal campo de gelo, no sul da ilha


São duas as principais rotas turísticas no país. A primeira e mais popular é o chamado “Golden Circle”, um looping com pouco mais de 100 km de distância ao redor da capital e que passa por cachoeiras, geisers e pontos históricos. Normalmente, os turistas o percorrem em apenas um dia e, com isso, tem um “gostinho” do país. Nós vamos sim fazê-lo, mas apenas no final da nossa temporada por aqui. Nossa ideia era sair o quanto antes da capital e dar uma volta inteira na Islândia, deixando os últimos dois dias para a região de Reykjavic.



Pois bem, esse nosso roteiro é conhecido como “Ring Road”, a estrada que dá a volta no país, sempre próxima do litoral. Para se aventurar pelo interior da Islândia, nas chamadas highlands, só no verão e com carro apropriado. Quando chegarmos do outro lado do país, de onde partem essas rústicas estradas para as terras altas, falo um pouco mais sobre isso.

Paisagem repleta de quedas d'água ao redor da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia

Paisagem repleta de quedas d'água ao redor da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia


Aproximando-se da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia

Aproximando-se da cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia


Enfim, assim que abriu a locadora de carros, alugamos um e começamos nossa longa volta de quase 1.500 km ao redor do país, seguindo no sentido anti-horário. Nossa ideia era chegar hoje até a cidade de Vestmannaeyjar, na ilha de Heimaey, no sudoeste da Islândia. No caminho, paisagens grandiosas e muitas, muitas cachoeiras.

A imponente cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia

A imponente cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia


Pois é, são duas coisas que precisamos logo aprender aqui na Islândia. Primeiro, que as palavras são enormes e impronunciáveis. O negócio é logo arrumar algum apelido, ou então, escrever tudo detalhadamente. Lembrar das palavra inteiras, de cabeça, é simplesmente impossível! A segunda é que são infinitas cachoeiras ao longo da costa. A água nasce lá nas geleiras do interior, um reservatório quase infinito, e correm até a costa. Mas antes de chegar lá, despencam nas encostas que formavam o antigo litoral do país, até que erupções vulcânicas criassem uma planície costeira. Com a estrada, a “ring road”, está sempre próxima dessas encostas, sempre estamos passando por cachoeiras. Lindas! Mas, nem ouse pensar em dar um mergulho ou tomar um banho. Nascidas nas geleiras, já dá para imaginar a temperatura da água, não dá?

Admirando a cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia

Admirando a cachoeira de Seljalandsfoss, no sul da IsLândia


A mais bela e famosa dessas cachoeiras que passamos hoje é a Seljalandsfoss (“foss”, em islandês, quer dizer cachoeira). Bem próxima a estrada, podemos caminhar até o lago que ela forma em sua base. Mas do que isso, há uma trilha que nos leva para trás dela. O visual é mesmo lindo e só temos que nos cuidar com o vapor que nos atinge, pois ele também é congelante!

O moderno ferry que nos leva para Vestmannaeyjum, na ilha de Heimaey, no sul da Islândia

O moderno ferry que nos leva para Vestmannaeyjum, na ilha de Heimaey, no sul da Islândia


Depois da nossa parada por lá, saímos da ring road para ir até a costa. Daí saia o ferry para a ilha de Heimaey, local de paisagens lindíssimas, erupções vulcânicas bem recentes e lar do simpático puffin, um pássaro bem parecido com o pinguim lá do sul, mas que não tem nenhum parentesco com ele, além do bico e das duas asas! O ferry é bem moderno, o primeiro que vimos nesses 1000dias em que o bico do navio se abre para os carros entrarem. Foi apenas nossa primeira surpresa de tantas que teríamos nas próximas 24 horas...

Chegando à ilha de Heimaey, no sul da Islândia

Chegando à ilha de Heimaey, no sul da Islândia

Islândia, Reykjavik, Seljalandsfoss, cachoeira, Estrada

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A Caminhada para Kalalau

Hawaii, Kauai-Kalalau

Paisagens cinematográficas da Na'Pali Coast, no caminho para o Kalalao, em Kauai, no Havaí

Paisagens cinematográficas da Na'Pali Coast, no caminho para o Kalalao, em Kauai, no Havaí


Nosso guia de parques nacionais nos EUA e Canadá já avisava: essa é considerada por muitos como a mais bela trilha costeira do mundo. São 11 milhas, ou pouco mais de 17 quilômetros, subindo e descendo morros, cruzando riachos, avistando cachoeiras, serpenteando por entre precipícios, quase sempre perto do mar. A trilha passa por apenas uma outra praia, logo na marca das duas milhas. Boa parte da primeira metade é na sombra de árvores, mas a segunda metade não é para aqueles que tem medo de altura, pois o estreito caminho segue por entre barrancos e desfiladeiros. O prêmio de todo esse esforço, principalmente nessa segunda metade do caminho, são as vistas magníficas.

Placa informativa no início da famosa Kalalao Trail, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Placa informativa no início da famosa Kalalao Trail, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Para quem só tem um dia disponível, a administração do parque estadual onde se localiza a trilha permite que se siga até a primeira praia. Para ir além dela, é preciso uma autorização de camping, o que se consegue por internet. Junto com os vulcões da Big Island, com as ondas gigantes de Oahu e com o passeio de helicóptero que fizemos ontem, esse era o nosso programa havaiano mais esperado. O Rafa e a Laura toparam a empreitada e assim, bem cedo, saímos de Lihue para Hanalei Bay, onde deixamos nossa bagagem na casa alugada pelo Sidney e daí seguimos mais uns quilômetros, até o início da Kalalau Trail.


Nossos caminhos no Kauai. Ontem, fomos de Lihue (A) ao mirante para ver Kalalau (B) e voltamos à Lihue. Hoje, fomos a Hanalei Bay (C), onde deixamos nossa bagagem na casa do Sidney e seguimos ao início da trilha para a praia de Kalalau (D)

Ontem já tínhamos dado uma boa olhada na Na’Pali Coast, região percorrida pela trilha, lá do alto, tanto do helicóptero como do mirante para onde fomos de carro, de tarde. Absolutamente magnífica e grandiosa. É o único trecho da ilha onde não há estradas. Se algum dia resolvessem completar a estrada que quase dá a volta em Kauai, esse trecho deveria ser repleto de pontes e túneis, pois não há parte plana. Felizmente, ali é um parque, uma região protegida, e não há risco de que essa estrada seja construída. A Na’Pali Coast e a Kalalau Beach permanecerão tão inacessíveis como tem sido há milhares de anos. Sorte dos nossos filhos e netos!

Praia no início da trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Praia no início da trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Início de caminhada rumo ao Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Início de caminhada rumo ao Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Nosso plano era percorrer a trilha até o meio da tarde, a tempo de chegar, montar as barracas e aproveitar um pouco da praia. Amanhã, um banho de mar, recolher acampamento e voltar para o carro, quem sabe com tempo ainda para fazer alguma das trilhas alternativas que saem da trilha principal, rumo a alguma cachoeira. Compramos comida suficiente para esse plano, o Rafa e a Laura fizeram uma produção em série de sanduíches durante a viagem de carro enquanto o macarrão seria o nosso banquete de noite. Eram dez da manhã quando pusemos o pé na trilha, mais animados do que nunca para as belezas que nos esperavam.

Cruzando riacho na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Cruzando riacho na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Centenas de totens de pedras na tHanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Centenas de totens de pedras na tHanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


O primeiro trecho da trilha, as duas milhas até a praia de Hanakapi’ai, é bem tranquilo, até com bastante movimento. Ainda cheios de energia, mal sentimos as subidas e descidas, a as vistas do mar azul e da costa entrecortada nos fazendo esquecer do esforço. Quando percebemos, já estávamos na praia onde boa parte dos visitantes deixa uma torre de pedras empilhadas. O resultado é uma verdadeira “floresta” desses totens. Apesar do movimento, a praia tem um aspecto bem selvagem e as ondas grandes desestimulavam qualquer tentativa de banho de mar. Pausa para lanche, descanso e conversa jogada fora.

Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Hanakap'ai, a única praia no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


A partir daí, tudo muda de figura. A trilha se estreita e fica bem mais rústica. O movimento cai bastante e as subidas ficam bem mais íngremes. Em compensação, a vista fica ainda mais bonita! Foi aí que nos separamos, eu à frente, com meus pensamentos e botões enquanto a Ana caminhava com o Rafa e a Laura, cada um com sua máquina fotográfica.

Momento de relaxamento depois de grande subida na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Momento de relaxamento depois de grande subida na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Descansando e admirando a vista na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Descansando e admirando a vista na trilha para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Assim seguimos até a metade do caminho, onde há um local de camping ao lado de um riacho mais largo que os outros, encachoeirado e formando piscinas naturais. “Ponto de parada na volta, ideal para um banho!”, pensei. Para hoje, estavámos com o tempo meio apertado. Aí esperei os companheiros de trilha para um novo e merecido lanche.

Cruzando uma mata no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Cruzando uma mata no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Paisagens sempre grandiosas ao longo das 11 milhas de trilhas até o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Paisagens sempre grandiosas ao longo das 11 milhas de trilhas até o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


É a partir desse ponto que a trilha fica mais espetacular e de onde vem a sua fama de mais bela trilha costeira do mundo. Outra vez nos separamos, eu com os botões na frente e os outros atrás. A trilha vai “ladeando” grandes penhascos, algumas vezes passando por cima, outras pelo meio deles. Do alto de um, vemos os próximos à frente, só imaginando por onde passará a trilha por ali. Afinal, numa primeira vista, eles parecem muito altos para se chegar até o topo e, ao mesmo tempo, muito inclinados para que a trilha consiga passar em sua lateral. Mas ela passa! Bem estreita, mas passa!

Percorrendo as belíssimas paisagens da Na'Pali Coast, no caminho para a Kalalao, em Kauai, no Havaí

Percorrendo as belíssimas paisagens da Na'Pali Coast, no caminho para a Kalalao, em Kauai, no Havaí


O Rodrigo já está no alto do próximo morro, no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

O Rodrigo já está no alto do próximo morro, no caminho para o Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Ao nosso lado, diversas vezes, passam os helicópteros que fazem o mesmo passeio que fizemos ontem. Eles são o lembrete de que, apesar de estarmos no meio de uma natureza exuberante, a civilização está logo ali. Eles ficam minúsculos perto dessa grandiosidade toda. Quem também fica minúsculo são a Ana, a Laura e o Rafa, caminhando por uma trilha um penhasco atrás de mim. É uma diversão ver aqueles três “pontos coloridos” no meio da gigantesca encosta que mergulha sobre o mar.

A Ana, Laura e Rafa caminham por trilha na beira de um penhasco, a caminho da Kalalao Beach, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

A Ana, Laura e Rafa caminham por trilha na beira de um penhasco, a caminho da Kalalao Beach, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


O cenário maravilhoso na trilha do Kalalao, ao longo da Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

O cenário maravilhoso na trilha do Kalalao, ao longo da Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Por fim, do alto de mais um penhasco, aparece a praia do Kalalau, lá embaixo. Estamos na marca das 10 milhas, falta uma de descida. O sol de fim de tarde iluminando as areias e a costa montanhosa torna a visão ainda mais gloriosa. Essa última milha passa rapidamente e, quando vejo, já estou caminhando na praia. Quase sem perceber também, já estou dentro d’água, mochila e roupas suadas na areia. Quem me desperta é a primeira onda gigante que estoura poucos metros à minha frente. Atrás dela vem outras e eu me delicio com o frescor da água e com o barulho de trovão que passa sobre minha cabeça, meus dedos agarrados fortemente à areia embaixo. Quando o mar sossega um pouco, aproveito para sair, sentindo-me abençoado por aqueles momentos maravilhosos.

Descansando e fotografando aa Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Descansando e fotografando aa Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)

Finalmente, depois de 10 milhas percorridas, a praia do Kalalao está próxima! (na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí)


Na areia, agora, assisto a um fantástico pôr-do-sol, o céu pintado de dourado e depois de vermelho. A Ana estava chegando agora e conseguiu fotografar essa pintura. A gente se encontra no camping, eu já me preparando para montar nossa “casa”. Agora, instruído pel esposa escoteira, rapidamente a barraca está montada, bem no tempo em que chegam o rafa e a Laura para montar a barraca deles. Quando tudo está escuro, temos acampamento montado!

Chegando à Kalalao Beach no final da tarde, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Chegando à Kalalao Beach no final da tarde, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Um inesquecível pôr-do-sol nos recebe na praia de Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Um inesquecível pôr-do-sol nos recebe na praia de Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí


Antes do jantar, ainda tem a hora do banho. Na ponta da praia, para fazê-la ainda mais bonita, uma cachoeira escorre sobre a pedra. Com nossas lanternas, tomamos uma delicioso banho de água doce e fresca, mais natural impossível. Depois, de volta à barraca, chegamos à conclusão inevitável: a praia é bonita demais para irmos embora já pela manhã. Temos de passar um dia inteiro por aqui, no mínimo! Será que a comida de um dia dará para dois? Vai ter de dar! A primeira medida de contenção é deixar o macarrão para amanhã. Hoje, atacamos mais sanduíces e barras de granola. O Kalalau merece esse sacrifício!

Banho de cachoeira na nossa primeira noite em Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

Banho de cachoeira na nossa primeira noite em Kalalao, na Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí

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Real de Catorce e os Pueblos Mágicos

México, Real de Catorce

Luz de fim de tarde em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Luz de fim de tarde em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


No ano de 2001, o governo mexicano, através da secretaria de turismo e outros órgãos federais e estaduais, resolveu criar um programa de incentivo ao turismo para mostrar ao mundo que o país não era apenas praias bonitas e caribenhas, tendo muito mais a oferecer. A ideia era valorizar e enaltecer cidades e vilas que oferecessem ao visitante “uma experiência mágica, em razão de suas belezas naturais, riquezas culturais e relevância histórica”. O nome do programa não poderia ter sido melhor escolhido: “Pueblos Mágicos”. As cidades admitidas no programa teriam de seguir certas exigências de atendimento ao turista e, em contrapartida, teriam acesso à fundos especiais.

A linda região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

A linda região de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Chegando à Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Chegando à Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Na nossa passagem anterior pelo México, no ano passado, conhecemos algumas delas, sempre muito charmosas. Por exemplo, San Cristobal de Las Casas, em Chiapas e Tequila, em Jalisco. E agora, por indicação do Gera, estávamos indo para a primeira delas, admitida no programa ainda em 2001, Real de Catorze. O Gera é um amigo do meu irmão que mora aqui na Cidade do México. Brasileiro, casado com uma mexicana e amante das montanhas. Meu irmão nos colocou em contato para que subamos o Pico Orizaba juntos e, já há alguns dias que trocamos e-mails e mensagens tentando organizar isso, a nossa programação para subir uma montanha que requer uma aclimatação à altitude. Aos poucos, estamos acertando tudo e logo vou falar disso.

O incrível túnel na rocha que dá acesso à Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

O incrível túnel na rocha que dá acesso à Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Mas não agora. O assunto é Real de Catorze. Além das montanhas, o Gera também tem viajado muito pelo país e nos disse que essa era uma ótima opção, bem no nosso caminho rumo ao sul. A gente foi ler um pouco sobre a cidade e gostamos! Assim, tratamos de inclui-la no roteiro.

Charmoso restaurante de pedra em em Real de Catorce, pueblo mágico no nordeste do México

Charmoso restaurante de pedra em em Real de Catorce, pueblo mágico no nordeste do México


Delicioso aperitivo feito com flores de cactus, em restaurante de Real de Catorce, pueblo mágico no nordeste do México

Delicioso aperitivo feito com flores de cactus, em restaurante de Real de Catorce, pueblo mágico no nordeste do México


Bem, se gostamos quando lemos sobre ela, era porque ainda não tínhamos conhecido pessoalmente. Depois de chegar e passar dois dias por aqui, aí a palavra certa a usar é “adoramos”! Ela é uma espécie de São Thomé das Letras, toda em pedra também, mas sem aquela pedreira horrorosa que está destruindo a cidade mineira e com uma história muito mais rica. Um charme só, perdida no meio das montanhas que se erguem em pleno deserto potosino.

Manhã de ceú azul em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Manhã de ceú azul em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


A origem da cidade está na exploração de prata, ainda em tempos coloniais. A mão-de-obra era indígena, pobres escravos que trabalhavam até a morte dentro das minas, sem jamais ver a luz do sol. No início do século XIX a cidade era o segundo maior centro produtor de prata do mundo. A cidade cresceu, igrejas e prédios públicos foram sendo construídos, assim como grandes fazendas de mineração. Mas, aos poucos, os veios de prata foram se esgotando e a riqueza acabando. Boa parte da população se foi e a cidade localizada a mais de 2.700 metros de altitude quase se transformou em uma “cidade-fantasma”. Foi apenas o fervor religioso como centro de peregrinação que manteve Real de Catorce viva por muito tempo. Até que ela foi redescoberta para o turismo, na década de 70. Forasteiros foram chegando e montando pousadas e restaurantes charmosos, aproveitando-se e incentivando uma demanda que apenas crescia. Há poucos anos, a cidade estava “bombando”. Mas a crise de segurança no país afastou muitos turistas e hoje Real anda bem mais calma, apesar das boas pousadas e restaurantes continuarem por lá. Melhor para os turistas que continuam indo para Real. Quem aqui chega, como nós, tem a impressão de estar no lugar certo na hora certa.

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Nós chegamos aqui no final da tarde do dia 18. Bastou começar a subir pela estrada de paralelepípedo as montanhas da região que eu já senti que iria gostar muito. O ar das montanhas sempre me faz bem. Além disso, a pureza do ar do deserto faz o horizonte ficar mais claro e distante. Iluminado pela luz de fim de tarde, é a combinação ideal. Depois de muito subir, percebi que a estrada acabaria depois da próxima curva, pelo menos no nosso GPS. E até lá, nada de cidade! “Que estranho!”, pensávamos, mas a resposta apareceu. A estrada desembocava em um túnel no meio da rocha. E não era um túnel qualquer, não! Era cavado a mão. Uma antiga mina. O túnel não é largo, mal cabia a Fiona. Cruzar com outro carro por ali seria impossível. Depois, descobrimos que só passa um carro por vez, duas pessoas por rádio, nas entradas do túnel controlando o tráfego. E precisa mesmo, pois são quase três quilômetros. A impressão que se tem é que chegaremos a um outro mundo.

Com o argentino Walter em frente ao nosso hotel em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Com o argentino Walter em frente ao nosso hotel em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


E realmente chegamos! Em Real de Catorce! Mal saímos do túnel e já entramos em suas ruas estreitas de pedra, por entre antigas igrejas e construções charmosas. Além de estreitas, as ruas formam um labirinto. Mas o instinto acabou nos levando até a praça e, depois de três tentativas, achamos um hotel joia. O negócio era estacionar logo a Fiona e passar a andar só a pé, que é o que combina com a pequena cidade. Quer dizer, a pé por aqui, mas para os passeios pela região, o melhor são cavalos! No dia 19 fizemos uma cavalgada inesquecível, um dos nossos melhores dias nesses 1000dias, mas vou falar disso no próximo post.

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Ainda no dia 18, tivemos um maravilhoso jantar em um dos restaurantes aconchegantes, com direito a um aperitivo saborosíssimo, feito de uma espécie de cactos que cresce por aqui. Enfim, depois desse jantar, da noite deliciosa no nosso hotel e da cavalgada inesquecível do dia 19, foi fácil mudar de planos e desistir de seguir viagem. Muito melhor seria passar mais um dia por aqui e foi o que fizemos. Afinal, o que quer que fosse que veríamos pela frente, não poderia ser mais legal que Real.

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Uma das charmosas casas em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Uma das charmosas casas em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Bom, na verdade, ficou até melhor, por aqui. Isso porque, quando retornamos ao nosso hotel para dizer que ficaríamos mais uma noite, eles já tinham passado nosso quarto para frente. Em compensação, colocaram-nos em outro quarto melhor ainda, mas com o mesmo preço. Esse quarto foi tão legal, mas tão legal, que também vou fazer um post só para ele, hehehe. Depois do post da cavalgada...

Com o Walter, amgo argentino que fizemos em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Com o Walter, amgo argentino que fizemos em Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


Nós ficamos muito amigos do novo hóspede do nosso primeiro quarto, um argentino fotógrafo que mora no Canadá e que viajou para o Yucatan e Guatemala nas férias com a família e estava retornando para o norte, ele de carro enquanto a família seguiu de avião. Gente finíssima e interessantíssima, muitas conversas de viagem. Foi ótimo! Junto com o Walter (seu nome), ficamos amigos da dona do nosso hotel, que acabou por nos convidar para um jantar com amigos ali em frente. Todos forasteiros e artistas há muito radicados na cidade. O jantar e, principalmente as conversas nesse grupo, parecia que estávamos em algum filme do Almodovar. Foi sensacional!

Caminhando em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Caminhando em Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Caminhando pelas ruas de pedra de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México

Caminhando pelas ruas de pedra de Real de Catorce, pueblo mágico no norte do México


Ainda tivemos tempo de caminhar pela cidade, conhecer outros restaurantes, ir à igrejas e praças, interagir com artesões que ali moram. Mas, o melhor de tudo era simplesmente estar ali, respirando aquele ar e vivendo aquela vida. A vontade era passar uma temporada por lá, uns dez dias talvez, entrar no clima e no ritmo. Mas temos compromissos à frente e tínhamos de seguir.

Interior da igreja matriz de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Interior da igreja matriz de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México


A rústica estrada que sai de Real de Catorze para o vale, ao norte do México

A rústica estrada que sai de Real de Catorze para o vale, ao norte do México


Fomos embora na metade do dia 20. O caminho de saída, para quem tem um carro grande e tracionado, pode ser descendo uma rústica estrada que segue por dentro de um canyon. Se o carro não for assim, tem de sair pelo túnel mesmo, mas aí a volta seria bem maior, para quem segue rumo ao sul. A gente, com a Fiona, claro que seguimos pelo canyon, mais uma bela paisagem desse Pueblo Mágico. Real de Catorce foi, sem dúvida, um de nossos pontos altos aqui no México. E olha que a concorrência é forte...

Fiona pronta para enfrentar a estrada 4x4 wue sai de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

Fiona pronta para enfrentar a estrada 4x4 wue sai de Real de Catorze, Pueblo Mágico ao norte do México

México, Real de Catorce, cidade, Pueblos Mágicos

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