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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
A cidade atual e as antigas ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Como disse no outro post, chegamos à Ollantaytambo de noite, sem conseguir ver as belezas que cercam a cidade. Isso foi devidamente recompensado na manhã de hoje, quando acordamos e vimos, pela primeira vez, as magníficas ruínas incas que ficam praticamente no quintal da pequena cidade. Na verdade, eu e a Ana já havíamos estado aqui, ela há seis anos e eu há vinte e três. Tempo mais do que suficiente para esquecer o impacto que se tem quando se visualiza as ruínas pela primeira vez: uma série de terraços agrícolas subindo a montanha em frente à cidade intercalados com ruínas de templos e palácios. Ollantaytambo foi uma importante fortaleza do império. Na verdade, mais do que isso, foi o local da maior vitória militar inca sobre os espanhóis, uma das poucas que houve nessa guerra tão assimétrica.
Café da manhã com vista para as incríveis ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Um saudavel café da manhã em Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Nós tomamos um delicioso e saudável café da manhã com vista para essas ruínas tão simbólicas e logo partimos para nossas explorações. Tínhamos apenas até o meio da tarde, quando sairia o nosso trem rumo à Águas Calientes e Machu Picchu. Assim, tratamos de não perder tempo e ir logo subindo as escadarias ao lado dos terraços agrícolas, rumo aos templos no alto das ruínas. Dali, temos uma belíssima vista para a cidade e para o vale onde ela se localiza, assim como para as montanhas do outro lado. Numa delas, as mesmas ruínas incas que tanto atraíram minha atenção na visita de 23 anos atrás. O guia da época nos apontou um penhasco de onde eram atirados os condenados à morte. Daquela vez, não tivemos tempo de ir até lá, mas hoje foi diferente. Após visitarmos as ruínas principais, deixei a Ana e o Gustavo tomando uma cerveja gelada no centro e corri para lá, para saciar a vontade contida de duas décadas. De lá, mais uma vista magnífica da cidade, dessa vez com as ruínas principais ao fundo. Uma pintura! A mesma “pintura” que era admirada pelos incas, quinhentos anos atrás, até mesmo por aqueles que teriam de pular do penhasco, nos seus últimos minutos de vida.
Mapa das ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Chegando ao parque arqueológico de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Lá de cima, sentado e reverenciando o que via, deixei a mente divagar para o passado. Ela passou rapidamente pelo mês de julho de 1990, quando um jovem Rodrigo esteve por aqui, e voou muito mais longe, para os atribulados anos de meados do século XVI, quando uma gloriosa civilização foi posta de joelhos por acontecimentos completamente imprevisíveis para eles apenas poucos anos antes, um dos mais claros exemplos de que a História não é justa ou injusta, é simplesmente História e pertence aos mais fortes e oportunistas.
Testando a solidez das ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
A Espanha vivia um verdadeiro frenesi no início do século XVI. Novas terras haviam sido descobertas, um continente inteiro de oportunidades e conquistas. A possibilidade de glórias e riquezas atraiam milhares de aventureiros que largavam tudo o que tinham em busca de um futuro dourado. O país, uma das primeiras nações modernas a se formar, tinha guerreiros calejados por séculos de batalhas entre mulçumanos e cristãos pela posse da Península Ibérica. Táticas militares e armamentos haviam se desenvolvido ao máximo, fazendo da Espanha a maior força militar daqueles tempos, pronta para ocupar esse novo continente recém descoberto.
Passagem nas ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Entre os aventureiros que rumaram para a América, um criador de porcos, analfabeto mas perspicaz, chamado Francisco Pizarro. Já ciente das conquistas e glórias de seu primo distante, Hernán Cortes, que havia conquistado o Império Asteca, Pizarro estava decidido que no Novo Mundo teria uma nova vida. Começou participando ativamente da exploração do Panamá, mas logo voltou seus olhos para o sul, uma vasta região ainda desconhecida. Rumores apontavam para um reino rico e poderoso naquela região.
Explorando as ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Pizarro não descansou enquanto não organizasse uma expedição para lá. Nativos hostis fizeram com que ela acabasse em fracasso, mas Pizarro tentou uma segunda vez e, depois, uma terceira. Finalmente, nessa última, chegou mais ao sul e teve seus primeiros contatos com a poderosa civilização inca, extremamente bem organizada e, tudo indicava, muito rica. Era o que Pizarro estava procurando! Agora, ele já tinha um alvo! Mas a quarta expedição atrasou, porque o governador-geral do Panamá não mais quis financiar ou permitir suas aventuras de conquista. Pizarro teve de voltar à Espanha e pedir ao próprio rei autorização para continuar. Foram quase quatro anos de espera, mas finalmente ele voltaria à América do Sul, disposto a repetir o feito de Hernán Cortes, embora contasse com uma força bem menor.
Com o Gustavo, nas ruínas incas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Mas, mal sabia Pizarro, nesse intervalo, um outro “general” espanhol havia chegado ao império Inca e causado grandes estragos. Era a varíola, que da costa da Colômbia, trazida pelos primeiros exploradores, avançara para o interior, fazendo dezenas de milhares de vítimas. Entre elas, o próprio imperador Inca, Huayna Capac, que estava em missão de conquista no norte do continente. Pior, com o pai morria também o primogênito e provável herdeiro, aquele que havia sido preparado para isso por toda a sua vida. No leito de morte, Huayna dividiu seu império entre dois outros filhos, Huascar e Atahualpa.
A bela vista do alto das ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
O Gustavo admira o vale em frente às ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Os irmãos não se entenderam e agora, além da devastadora varíola, também uma guerra civil fratricida assolava o império. Mais de dois anos de batalhas até que, finalmente, os generais de Atahualpa conquistaram a capital Cusco e capturaram o irmão. O vencedor da guerra se dirigia para a capital imperial recém conquistada quando, um pouco antes de lá chegar, surgem no Império esses estranhos forasteiros, vindos do outro lado do mundo e se locomovendo nesses bizarros animais, os cavalos, desconhecidos na América.
Admirando a pequena cidade, do alto das ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Pausa para admirar a paisagem do alto das ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
A pequena expedição espanhola, menos de 200 homens, era liderada por Francisco Pizarro e Diego Almagro. Pizarro estava impressionado com a devastação do país causada pela varíola. Vilas inteiras vazias e abandonadas. Mal parecia aquele rico império que havia visto poucos anos antes. Agora, com ajuda de intérpretes nativos, ele se dirigia ao altiplano peruano, disposto a encontrar os líderes incas. No caminho, foi formando um exército maior, juntando nativos que viam naqueles estranhos forasteiros uma chance de se livrar do jugo inca. Não imaginavam que estavam se livrando de um bandido para cair nas mãos do diabo. Pizarro usava a mesma tática usada por Cortes contra os astecas, no México: conseguir ajuda de tribos locais, inimigas centenárias de astecas ou incas. Hoje, vendo do futuro, é fácil ver o grave erro cometido por essas tribos. Na verdade, ficamos até indignados com elas. Mas, o que ocorreria hoje se um exército de marcianos pousasse na Terra e desafiasse o poder dos “incas” de agora, os americanos? Não tenho nenhuma dúvida que conseguiriam muitos aliados entre mulçumanos radicais do Oriente Médio ou esquerdistas latino-americanos, gente que não perderia a chance de puxar o tapete do Tio Sam. Bem, foi o que aconteceu naquela época...
Paisagem andina nas ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Com o Gustavo, visitando as ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Pizarro não apenas seguiu a tática de Cortes de conseguir aliados locais, mas também a de sequestrar o monarca local. Atahualpa foi inocente o suficiente para deixar a segurança de seu exército de 80 mil homens armados para se encontrar com os espanhóis acompanhado apenas de 2 mil homens desarmados. Os espanhóis não perderam a chance: com a ajuda de seus cavalos, armaduras e armas superiores, promoveram um verdadeiro banho de sangue e capturaram o líder inca. O pagamento do resgate: um sala inteira cheia de objetos de ouro e outras duas cheias de objetos de prata.
Terraços agrícolas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Enquanto essa fortuna vinha de todos os lados do império, Pizarro aproveitou para conhecer mais daquelas terras, suas riquezas e fraquezas. Por fim, com o resgate pago, Atahualpa foi executado e os espanhóis seguiram para Cusco. Com seu monarca morto, os incas passaram a lutar e resistir, mas estavam desorganizados, sem um líder. A cavalaria espanhola fazia estragos e os guerreiros incas perdiam valioso tempo e vidas para tentar matar um cavalo enquanto os conquistadores matavam dezenas de nativos. Os mais importantes generais incas e seus exércitos foram sendo mortos e o império ruiu.
Antigos armazéns incas na montanha em frente à Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Pizarro nomeou um novo inca, irmão mais novo de Huascar, que seria uma marionete para ele. Mas Manco Inca mostrou ter o seu valor também. Após ser continuamente humilhado pelos irmãos de Pizarro, conseguiu fugir da capital e iniciar uma rebelião. De sua base em Sacsayhuaman, quase reconquistou Cusco, matando um dos irmãos de Pizarro, justamente o mais cruel deles, em uma das batalhas. Mas, ao final, os espanhóis conseguiram manter o controle da cidade e os incas se refugiaram em Ollantaytambo.
A fonte sagrada de água, nas ruínas de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Daí a rebelião continuava. Manco Inca decidiu enviar um de seus melhores generais para conquistar Lima, a cidade fundada por Pizarro para ser a capital do país. Quizo Yupanqui lutou e venceu quatro exércitos espanhóis no seu caminho para a cidade. Mesmo com seu exército enfraquecido pela varíola, o grande general ainda tentou invadir a cidade, cheia de reforços de espanhóis chegados da América Central. Morreu à frente de seu exército, na praça central de Lima, vencido pela cavalaria ibérica. Enquanto isso, os espanhóis eram fragorosamente derrotados na batalha por Ollantaytambo, naquela que foi a maior vitória inca da guerra.
Trajes típicos em Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Mas Manco percebeu que não poderia resistir ali por muito tempo e abandonou a fortaleza. Desceu os Andes em direção à região amazônica e estabeleceu sua capital em Vilcabamba. Daí, passou a fazer uma guerra bem sucedida de guerrilha, não dando trégua à seus inimigos. Ainda mais que esses estavam divididos. Almagro e os irmãos Pizarro haviam se desentendido e lutavam entre si, com vitória final para Pizarro e a execução de Almagro. Mas o filho do conquistador conseguiu a sua vingança quando, junto a um grupo de rebeldes, dentro do palácio em Lima, assassinou Pizarro. Com quase 70 anos de idade, o grande conquistador do Império Inca morreu assim como havia vivido: de forma violenta e valente, com a espada em punho. O filho de Almagro foi capturado e morto, mas os outros assassinos se refugiaram em Vilcabamba, acolhidos por Manco Inca.
Venda de tapeçaria em Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Alguns anos de vida na Amazônia os fizeram repensar sua estratégia. Para fazer as pazes com o governo espanhol, atraiçoaram Manco e o mataram a facadas, justamente quando o exército do inca estava em uma de suas expedições de guerra. Mas não conseguiram ir longe, capturados e devidamente executados pelos incas que os haviam acolhido.
Trilha para os antigos armazéns incas na montanha em frente à Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Pelas próximas três décadas, os incas de Vilcabamba mantiveram acesa a esperança de um ressurgimento do império. Algumas vezes em guerra, outras em paz com os espanhóis, eram reconhecidos como uma nação livre. Por fim, os vice-reis de Espanha resolveram colocar um fim nisso. Uma expedição foi enviada à Amazônia para conquistar Villacamba e capturar Tupac Amaru, o último dos incas. Resistiram ao máximo, mas outra vez os índios locais resolveram ajudar os espanhóis. Situação perdida, preferiram destruir sua cidade à entregá-la aos inimigos. Mas os espanhóis não queriam apenas a cidade, mas o imperador. Foi uma fuga desesperada pelos rios e florestas amazônicos, mas retardado pela esposa grávida que tanto amava, Tupac Amaru acabou capturado.
Chegando às ruínas dos armazéns, a vista para a cidade de Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
E então, 70 anos depois de liderar um Império que cobria todas as terras conhecidas, um imperador inca desfilava pelas ruas de Cusco como um troféu de guerra, com uma coleira no pescoço, puxado por correntes e forçado a se ajoelhar frente ao vice-rei espanhol, aos safanões. Um julgamento sumário se seguiu e Tupac Amaru foi condenado à morte, por garrote, na Plaza de Armas da cidade, onde seus tios e avós reinavam soberanos poucas décadas atrás. Era o fim definitivo e inglório do Império Inca.
Visita às ruínas de antigos armazéns incas na montanha em frente à Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Por isso, preferi prestar minhas homenagens a essa incrível civilização não em Cusco, sua antiga capital, mas aqui em Ollantaytambo, local da grande vitória de Manco Inca contra os conquistadores. Do meu mirante estratégico, olhando aquela belíssima paisagem à minha frente, as ruínas dos templos e da fortaleza na montanha adiante. Como gostaria de poder voltar 500 anos no tempo e, de alguma maneira, tentar impedir a catástrofe que se aproximava. Mas, como disse, História não rima com Justiça e o máximo que podemos fazer é tentar não repetir os erros do passado no futuro, que algum dia chega. Se os marcianos chegarem, lutarei do lado dos americanos, hehehe.
Venda de artesanato em Ollantaytambo, no Valle Sagrado, perto de Cusco, no Peru
Rodrigo esse assunto é divergente entre as mais diversas fontes.Li que essas "matanças" são muito mal contadas... os nativos da américa do sul sempre se mataram , com espanhóis ou sem eles .No nosso Brasil se deu o mesmo...acusam um punhado de portugueses (depois bandeirantes) de cometerem genocídio contra milhões de nativos mas na verdade as tribos se matavam desde sempre e por isso era tão fácil fazer alianças , a guerra tinha um caráter religioso e a antropofagia era o climax do ato de guerrear.Isso verifica-se com qualquer descendente nativo. Um deles uma vez me contou que na sua região eram todos contra todos ! Ou seja , fora da minha tribo ,TODOS são meus inimigos , aliás o que explica tambem as mais de 1000 línguas faladas por aqui .
Qto. ao ouro de Roraima veja :http://www.arqueologiamericana.com.br/artigos/artigo_01.htm
Diz o autor ter achado armas Incas no caminho e exatamente por não haver minas de ouro no Peru é que a lenda do El Dorado ganhou força...(Foi em Manaus que conhecemos esse assunto !)
Resposta:
Oi Rubens
Acabei de ler o artigo. Muito interessante a teoria. Nessas viagens e andanças, andei lendo e conversando com muita gente, as mais variadas teorias. Sempre gosto de ouvir, mas no final, sempre sou meio cético, necessito de indícios fortes. Essa trilha pela Amazonia, por exemplo... se realmente há edificações de pedra a cada 20 km, não haveria nenhuma dúvida sobre isso. Mas, aparentemente, não há, senão, a essa altura dos acontecimentos, todos saberíamos. Além disso, uma exploração de ouro pelos incas em Roraima certamente teria deixado muito mais indícios, irrefutáveis e inegáveis. Mas, em verdade, pelo menos por enquanto, não há. Então, fico aqui com minhas dúvidas...
Enfim, toda nova teoria, no início, parece meio estranha, principalmente quando vai contra um paradigma estabelecido. Mas, a história nos diz, a cada 1000 novas teorias revolucionárias, apenas uma é verdadeira, e as outras, bem, acabam se mostrando uma "viagem na maionese" mesmo. Enfim, vou ficar aqui torcendo para esse explorador conseguir achar mais indícios e provar que incas e lhamas viajavam até Roraima
Acho muito legal o seu interesse sobre o assunto e adoro discutir sobre isso. Por favor, continue enviando links que sempre vou lê-los. Posso discordar, mas me encanta conhecer essas outras teorias
Um grande abraço
"....Apoderaram-se de 6 toneladas de peças auríferas só em Cajamarca e mais do dobro em Cusco. Na época não existiam minas significativas que justificassem tanto ouro no Peru. Inclusive esse foi um dos motivos que fez surgir a lenda do El Dorado...."...Nóas confirmamos no museu Larco Herrera em Lima que o teor de ouro nas peças Incas era baixíssimo ... só dava a corzinha dourada mesmo....Ou seja era um monte de lata banhada com liga que nem aqueles presentes que um dia vc ganhou de casamento....
Resposta:
Oi Rubens
Puxa... e os sanguinolentos espanhóis mataram tanta gente por causa desse ouro de 3a categoria! E os nativos que sobraram vivos, ainda mandavam para a Bolívia, para trabalhar até a morte nas minas de Potosi onde, aí sim, havia prata de boa qualidade.
Podemos acusar a História de tudo, menos de justa!
Um abraço
Ótimo post de uma região sensacional que vale muitas viagens .Quando estivemos no Peru percebemos que os Incas praticaram muitas atrocidades .Conquistaram tribos e povos ,oprimiam e escravizavam ,não sem antes amealhar avanços dessas culturas subjugadas para a sua dominação.Foram déspotas sanguinários no seu breve e frágil império e por isso declinaram tão rapidamente.Interessante notar que essa beligerância e sanguinolência tambem se dava nas tribos do Brasil ....Tenho procurado mas pouco encontrado estudos que estabeleçam a contínuidade antropológica das culturas andinas e brasileiras.Encontramos algumas pistas em Manaus,no pouco visitado Museu do Indio, onde Roland Stevenson defende que o ouro das culturas andinas(não havia minas de ouro no Peru em 1500 ) vinha de incursões na amazônia ( Ilha de Maracá ,Roraima )...enfim , muito a estudar e viajar !!!!
Resposta:
Oi Rubens
Pois sabe que, entre as três grandes civilizações da América, Incas, Astecas e Maias, os Incas eram os menos "sanquinolentos", para usar a palavra que você usou. Mas eram conquistadores sim. Para aqueles que resistiam, eram duros. Para os que aceitavam seu domínio, nem tanto. Cultura e religião, por exemplo, eram preservados. E eram sábios o suficiente para rceonhecer os avanços tecnológicos de povos conquistados ou submetidos e aprender com eles.
Enfim, ninguém gosta de ser dominado e foi por isso que os espanhóis conseguiram tantos aliados por aqui. Mal sabiam esses nativos que, ao se livar dos incas, caíram no colo dos espanhóis, esses sim, "sanguinolentos", sem dó nem piedade.
Essa questão do ouro é interessante. Sei que os incas chegaram até o Acre e o Pantanal, mas até Roraima, aí já fico meio desconfiado. Acho que teríamos mais pistas disso, se tivessem chegado tão longe. Enfim, vamos acompanhar as descobertas e estudos nessa area,
Um grande abraço
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