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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Um esplendoroso fim de tarde no nosso acampamento na volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
Acordamos hoje cedo nos sentindo verdadeiros imperadores incas! Afinal, não é qualquer dia em que acordamos e temos à nossa frente uma vista dessa, montanhas nevadas e um vale com mais de 1,5 quilômetros de profundidade. Ainda mais por estarmos acampados num legítimo terraço agrícola da época dos incas, onde milho e outros alimentos eram plantados há mais de 500 anos para o proveito das centenas de pessoas que viviam aqui em cima, de simples agricultores à poderosos sacerdotes.
Aproveitando a vista que tínhamos do nosso acampamento em Choquequirao, no Peru
Muitas e belas flores na trilha para Choquequirao, no Peru
Choquequirao foi construída mais ou menos na mesma época em que Machu Picchu, na segunda metade do século XV. Arqueólogos dizem que a cidade era bem mais importante que sua congênere mais famosa e que, se há alguma chance de se encontrar algum grande tesouro inca escondido, ele estaria por aqui e não em Machu Picchu.
De longe, as ruínas e antigos terraços agrícolas de Choquequirao, no Peru
Despedindo-se das ruínas de Choquequirao, no Peru, ao longe
A cidade foi uma das últimas a serem abandonadas pelos incas. Aparentemente, os conquistadores espanhóis nunca souberam de sua existência e, se souberam, não conseguiram localizá-la, pois nunca estiveram por aqui. Esse é um dos principais motivos pela sua boa conservação até os dias de hoje. Aparentemente, aqui se refugiaram a família real e parte da nobreza, enquanto se travava uma luta de vida ou morte pela posse da capital Cusco. Quando, por fim, os incas decidiram se refugiar na região amazônica, em sua nova capital Vilcabamba, Choquequirao servia como uma interface entre a floresta e a região andina. Depois, foi sendo abandonada aos poucos, até ficar completamente deserta e ser retomada pela natureza. Foi só no final do século XIX que ela foi redescoberta, tendo sido visitada, inclusive, por Hiram Bingham, o famoso descobridor de Machu Picchu. Estudos arqueológicos mais minuciosos só foram feitos na década de 70 e os turistas só começaram a chegar já no século XXI.
Chegando ao acampamento de Marampata, no caminho de volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
A gente inspirou todo aquele ar puro e rica história ao nosso redor e nos preparamos para partir. Como visitamos as partes mais interessantes das ruínas ainda ontem, hoje pudemos nos dar ao luxo de dormir um pouquinho mais e, logo depois, iniciar o longo caminho de volta. Ainda na parte alta da trilha, até chegarmos ao acampamento de Marampata, virávamos a todo momento para trás, para ver aquele lugar fabuloso mais uma vez e nos despedirmos das ruínas novamente.
Lá embaixo, para onde nos dirigíamos, o rio Apurimac, na volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
O rio Apurimac, no fundo do vale, na volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
Por fim, começou a descida e Choquequirao ficou definitivamente para trás. Descer aqueles 1.400 metros foi, evidentemente, muito mais fácil que a subida do dia anterior. Mas, piro do que nós ontem estavam os muitos turistas corajosos com quem cruzamos hoje, carregando suas pesadas mochilas, sem mula nem nada. Cada um que eu encontrava me parava e fazia a fatídica pergunta: “Falta muito para chegar no topo?”. Dos que já estavam lá perto, eu não tinha muita pena, mas para um que aparentava estar exausto e ainda tinha umas boas horas pela frente, coitado, não sei se minhas palavras animadoras disfarçaram bem a verdade estampada no meu rosto. Enfim, mesmo para eles, tenho certeza que a experiência vai recompensar o esforço!
Nossos dois arrieros, o Jose Luis (esq), do lado de Cachora, e o Joel (dir), do lado de Choquequirao, no Peru. Sem eles, teria sido muito mais difícil!!!
Nossos dois arrieros, o Jose Luis (esq), do lado de Cachora, e o Joel (dir), do lado de Choquequirao, no Peru. Sem eles, teria sido muito mais difícil!!!
Chegamos ao rio Apurimac, lá embaixo, e usamos o pequeno e divertido teleférico novamente. O Jose Luis, nosso arriero de Cachora, já nos esperava. Junto com o simpático Joel (nosso arriero do outro lado do rio), fizeram rapidamente a mudança das bagagens de um par de mulas para o outro e logo já estávamos prontos para continuar nossa caminhada, dessa vez para cima. A ideia era chegarmos no último acampamento antes de chegar no alto novamente. Assim, se partíssemos bem cedo amanhã, ainda no escuro, logo estaremos na estrada para Cusco, ainda em tempo de passar pela estrada que se fecha durante o dia por causa das obras.
Descansando no acampamento de Chikirisca, na volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
E assim foi. Não demorou muito e chegamos ao acampamento principal desse lado de cá do rio, chamado Chikisca. Como estávamos em bom tempo, além de pararmos para almoçar, ainda tivemos tempo para uma boa e merecida siesta, deitados no gramado e nos esquentando ao sol. Deu até para sonhar um pouco!
Barraca armada para nossa última noite na trilha de Choquequirao, no Peru
Barraca posicionada para um magnífico fim de tarde no nosso último dia na trilha de Choquequirao, no Peru
Depois, pés à obra novamente! Uma última subida, um último esforço para para chegarmos ao nosso acampamento, já bem no final da tarde. Ali, montamos rapidamente nossa barraca e pudemos aproveitar, de camarote, ao mais belo entardecer desses últimos dias. Céu colorido, nuvens avermelhadas e refletidas no rio lá embaixo. Um verdadeiro espetáculo, desses de encher os olhos. O mesmo espetáculo que já era admirado pelos incas, quando caminhavam para sua cidade escondida nas montanhas.
Um esplendoroso fim de tarde no nosso acampamento na volta das ruínas de Choquequirao, no Peru
Jantamos mais um macarrão com molho de sopa e decidimos nossa tática para amanhã. Assim que acordarmos, enquanto a Ana e o Gustavo desmontam o acampamento e tomam seu café, eu já vou acelerar trilha acima. Com o dia nascendo, já vou estar chegando na estrada rural que forma os primeiros 10 km da trilha. Eu vou correr até Cachora onde nos espera a Fiona. Aí, já de carro, volto pela estrada para encontrar a Ana e o Gustavo ali no mirante. Com isso, conseguimos ganhar mais um bom tempo para não perder nossa “janela” na estrada que fecha. Então, com essa corrida toda amanhã, o melhor é dormir bem cedo! E assim foi, mais sonhos inspirados por Choquequirao...
O sol ainda ilumina as montanhas mais altas na nossa última noite na trilha de Choquequirao, no Peru
Grande Rodrigo,
Te enviei um e-mail com váááárias perguntas sobre MP e Choquequirao. Tudo certo, vamos lá no final da viagem...em novembro. Lembrei de um rafting solo feito por um gringo que desceu todo o Apurimac e que foi sequestrado pelo Sendero. Passou maus bocados!!!
Obrigado pelas dicas! E aguardo outras!
Grande abraço.
Resposta:
Oi Luis
Felizmente, o Sendero já não tem a mesma força que tinha antes. Na década de 80, fazer essa rota que vc quer fazer, de Lima à Cusco, por terra, era impensável! Tinha de dar a volta por Arequipa, um trecho bem mais longo
Então, logo respond suas dúvidas por email
Um grande abs
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