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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Admirando o nosso último pôr-do-sol no Pacífico, em Pichilemu, no litoral central do Chile
Depois do banho revitalizante em uma das piscinas naturais do parque de Siete Tazas, aos pés dos Andes, mais uma vez pegamos estrada. Nosso plano era atravessar o Chile de ponta a ponta, dos Andes ao mar, de leste a oeste. Felizmente, todo mundo sabe que o país, apesar das enormes distâncias norte-sul, no sentido leste-oeste é bem estreito. Pouco mais de 200 km ou três horas de estrada e saímos de um lado e chegamos ao outro.
No caminho, atravessamos o Vale de Colchagua, a mais interessante região vinícola de uma país que é, justamente, famoso por seus vinhos. A principal cidade da região é a charmosa Santa Cruz, mas nós deixamos para explorar melhor esta área amanhã. Hoje, o que queríamos mesmo era chegar ao mar, ao Oceano Pacífico, à pequena cidade de Pichilemu.
Muitos vinhedos no nosso caminho para o litoral, região de Pichilemu, no Chile
Atravessando o Chile de leste a oeste, em direção a Pichilemu, no litoral central do Chile
Considerada a capital do surf no Chile, as praias escuras de Pichilemu atraem visitantes o ano inteiro. Quem vem na época do frio, certamente está atrás das ondas que aí batem todos os meses, uma constância que atrai até surfistas internacionais. Já na época do calor, como agora, aí também são muitos banhistas que fazem da cidade um dos balneários mais populares do país durante os meses de verão. Razoavelmente perto da capital Santiago, cerca de 200 km, é bem tranquilo e comum vir para cá passar apenas um final de semana.
O Oceano Pacífico em Pichilemu, no litoral central do Chile
Trecho escarpado da costa em Pichilemu, no litoral central do Chile
Pichi (pequena) lemu (floresta) nasceu da exploração de madeira e se manteve uma área rural até o final do séc. XIX. Ela foi “descoberta” pelo magnata chileno Agustín Ross Edwards no início do séc. XX e ele sonhava construir aqui um grande hotel, um parque, cassino e transformar a área em um resort de alto luxo, destinado a ser frequentado pela alta classe santiaguenha. Mas morreu antes de terminar sua obra e seus descendentes doaram suas propriedades para a municipalidade, com a ressalva de que eles fossem preservados. Graças a isso, ainda é possível passear no bosque municipal, única área a manter a mata original, já que as cercanias da cidade estão tomadas por plantações de eucalipto e pinheiros.
Reencontro com o Oceano Pacífico em Pichilemu, no litoral central do Chile
Reencontro com o Oceano Pacífico em Pichilemu, no litoral central do Chile
De novo, o que nos atraiu aqui foi o mar. Mas não simplesmente isso, mas um mar em que as pessoas possam entrar e nadar, coisa bem rara para nós nesses últimos meses de viagem, sempre por mares gelados. Se não fosse pelo casamento de nossos padrinhos Laura e Rafa na Ilha do Mel, no começo de Dezembro, quando pudemos dar uma “escapadinha” dos 1000dias e aproveitar para dar um mergulho no mar (post aqui), nosso último mergulho de verdade em uma praia havia sido em Ilhabela, litoral de São Paulo, em Junho (post aqui). Aliás, também essa oportunidade foi numa “escapadinha” dos 1000dias. Se considerarmos apenas nosso roteiro “normal” de viagem, nosso último banho de mar havia sido na costa da Venezuela, em Chichiriviche, no Parque Nacional Morocoy, no dia 2 de Junho (post aqui). Portanto, há mais de 8 meses!
1000dias de volta ao Pacífico em Pichilemu, no litoral central do Chile
A costa de Pichilemu, no litoral central do Chile
E isso porque estou falando do Oceano Atlântico! Se considerar apenas o Pacífico, a situação é pior ainda. Nós passamos pela Ilha de Pascoa (link aqui), por Viña del Mar (post aqui) e por La Serena (post aqui), mas foi apenas na Ilha de Páscoa que aproveitamos de verdade o mar (veja o post e imagens aqui). Em La Serena e Viña, quando muito molhamos os pés, por causa do frio. Se considerarmos que a Ilha de Pascoa é café com leite, pois está bem longe da América, nosso último mergulho de verdade no Oceano Pacífico na costa americana foi lá na Costa Rica, no dia 9 de Abril do ano passado, no Parque Nacional Manuel Antonio, de tão doces memórias (post aqui). Enfim, lá se vão mais de 9 meses!
Praia movimentada em Pichilemu, no litoral central do Chile
Aula de surf em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Pois bem, toda essa longa espera estava na hora de terminar! Por isso, viemos correndo para cá, essa joia chilena no Oceano Pacífico. Nossa última oportunidade nesses 1000dias para aproveitar e curtir o maior oceano do planeta (vou falar disso no post seguinte). Chegamos a Pichilemu no meio da tarde e fomos diretamente para Punta lobos, uns poucos quilômetros ao sul da cidade e onde estão as vistas mais belas do oceano. O nome vem da visita frequente de lobos-marinhos (o que já dá uma boa indicação da temperatura da água, brrrrrr) e nós ficamos sobre um promontório de onde é possível observar a cidade ao norte e o vasto oceano em frente, costa rochosa e circundada por cactos. É onde também estão as melhores ondas, portanto é o point preferido dos surfistas experientes.
Praia de areias escuras e movimentada em Pichilemu, no litoral central do Chile
Muita gente aproveita o dia de sol para ir à praia em Pichilemu, no litoral central do Chile
Tiramos nossas fotos, matamos nossas saudades do mar, miramos para o horizonte e para o Japão por alguns minutos e resolvemos que era hora de cuidarmos de preocupações mais terrenas, como achar um lugar para dormir e outro para comer. Então, de volta para a cidade que já não tem nada a ver com o sonho de seu idealizador, aquele do resort caro e exclusivo. Ao contrário, a cidade é bem simpática, cheia de pequenas pousadas e casas para alugar e uma frequência de chilenos de classe média, mochileiros e surfistas sem muito dinheiro no bolso.
Praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Surfistas aproveitam as ondas de Pichilemu, no litoral central do Chile
Nós achamos uma pousada bem legal e novinha em folha, a Heresman Cabañas. Na verdade, estávamos inaugurando o quarto dessa pousada que fica na praia de Infiernillo. Com esse nome, não foi surpresa descobrir que o mar era mais bravo por aqui e as areias estavam bem vazias. Deixamos para dar nosso mergulho aí apenas amanhã e seguimos para a praia do centro, conhecida como Playa Principal.
Vendedor ambulante em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Vendedor ambulante vende uma espécie de bijú em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Deliciosos bijús vendidos em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Aí sim, um grande movimento que faz jus à fama da cidade. Areias cheias, mar lotado. Banhistas, surfistas e aprendizes de surfistas. Achei engraçado que toda a multidão se concentrava numa certa faixa de areia, mas depois descobri que só era permitido entrar no mar naquela área onde havia a proteção de salva-vidas. Vamos ver se essa regra funciona mesmo, pois minha sincera intenção é entrar na praia na frente da nossa pousada mesmo, amanhã.
Caminhando no fim de tarde em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Caminhando no fim de tarde em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Belíssimo fim de tarde em praia de Pichilemu, no litoral central do Chile
Bom, caminhamos bastante por aí, na parte da multidão e também fora dela, muito mais agradável. A fome deu para enganar com a ajuda de um simpático vendedor ambulante, cuja mercadoria eram irresistíveis bijus recheados de doce de leite e outras guloseimas. Uma delícia!
Mais um belíssimo pôr-do-sol no Oceano Pacífico, em Pichilemu, no litoral central do Chile
Posição privilegiada do restaurante Costa Luna, em Pichilemu, no litoral central do Chile
Por fim, luz de fim de tarde, o sol cada vez mais próximo do horizonte, fomos procurar um lugar para jantar. Mas não um lugar qualquer! Queríamos um para ver o pôr-do-sol, o nosso último nas águas do Pacífico. Já tivemos alguns absolutamente maravilhosos durante nossa jornada pelo continente e queríamos fechar com chave de ouro. Foi com esse espírito que encontramos um restaurante de frente ao mar, já de volta à praia de Infiernillo, o Costa Luna.
A entrada do nosso delicioso jantar no restaurante Costa Luna, em Pichilemu, no litoral central do Chile
O barman do restaurante Costa Luna, que ficou nosso amigo e até nos presenteou algumas margueritas, em Pichilemu, no litoral central do Chile
Pois é, não é que o restaurante ainda saiu melhor do que a encomenda? O pôr-do-sol foi realmente fantástico, mas não foi só isso não. A comida estava sublime, quase um banquete. E para melhorar ainda mais, ficamos amigos do barman, que adorou a história da nossa viagem. Quase que comovido, ele começou a nos presentear com deliciosas margueritas, uma especialidade da casa. E foi nesse embalo que fomos vendo o sol baixar uma última vez atrás do vasto oceano a nossa frente. E nós tínhamos um ótimo vinho para brindar a este momento. Foi inesquecível!
Um brinde ao nosso último entardecer em Pichilemu e no Oceano Pacífico, , no litoral central do Chile
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