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Blog da Ana - 1000 dias

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Aurora Boreal!

Alaska, Coldfoot

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


O sol demorou a baixar, quanto mais ao norte, mais tarde ele irá se por nesta época do ano. Nove e meia da noite e alguns raios solares ainda estavam no horizonte. Nosso alojamento quentinho era um convite à preguiça, o cansaço dos últimos 3.400 quilômetros queriam nos afastar do nosso principal objetivo, esperar lá fora pela Aurora Boreal.

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


O céu estava estrelado, a lua começava a despontar no céu, a temperatura estava abaixo do ponto de congelamento, -4°C, -6°C. Não poderia esperar nada diferente disso, estamos no Alasca! Tínhamos apenas que torcer para o céu continuar estrelado e com a atividade solar elevada. A previsão ontem dizia que a aurora estaria entre 4 ou 5/10, o que é ótimo. Quanto mais alto este índice, mais ela se amplia e pode ser vista até em Anchorage.

um inesquecível show de luzes da Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

um inesquecível show de luzes da Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


Tomamos um banho bem quentinho, vesti todas as roupas possíveis, peguei meu saco-de-dormir no carro, queijos e um bom vinho na mão. O kit aurora boreal estava pronto para sentarmos lá fora e esperarmos. Nos disseram que a melhor hora era entre meia-noite e duas horas da manhã, mas ela pode acontecer a qualquer momento e algo me dizia para ir logo para fora. Fui, sem kit, sem máquina nem tripé, só dar uma conferida e quando saio pela porta vejo aquela nebulosa verde crescendo no céu, uma torre vertical com formatos arredondados. Fabulosa! Simplesmente mágica! Corri para dentro, chamei o Rodrigo, peguei a câmera e o tripé e sem sentir frio algum fiquei assistindo a esse espetáculo natural.

A Aurora Boreal faz desenhos nos céus de em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A Aurora Boreal faz desenhos nos céus de em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


A aurora é um evento físico que acontece quando partículas solares são capturadas pelo campo magnético e atraídas para os polos da terra. Quando elas entram na atmosfera se chocam com as moléculas de nitrogênio e oxigênio e este choque resulta em uma descarga luminosa. Estas luzes podem ser verdes, vermelhas, azuis, roxas e brancas. Na maioria das vezes o verde é a cor predominante e apenas com uma atividade muito elevada as outras cores irão se manifestar. Ficamos lá fora por mais de uma hora, a aurora dançava do norte ao sul, leste a oeste por todo o céu! Às vezes ela se esvaía, diminuía por um tempo e quando menos esperávamos voltava a dar surtos mais fortes e pintava o céu de verde novamente. Um espetáculo indescritível que só presenciando ao vivo e a cores, é possível compreender.

Expedição 1000dias e a Aurora Boreal, em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

Expedição 1000dias e a Aurora Boreal, em Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska


Ainda teremos chance de ver a aurora na noite de amanhã, depois de uma viagem à Brooks Range e às tundras do norte. A aurora é viciante, depois de vermos uma vez não podemos esperar para encontrá-la novamente em mais uma noite acima do Círculo Polar Ártico.

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

A fantástica Aurora Boreal nos céus de Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska

Alaska, Coldfoot, Aurora Boreal, Natureza, Northern Lights

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Caiaque em Tabatinga

Brasil, Paraíba, Jacumã (Tambaba)

Encontro do rio com o mar na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Encontro do rio com o mar na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Caiaque é um esporte muito gostoso, fácil e praticamente intuitivo para mim... É uma delícia para espairecer e pensar na vida sem maiores preocupações.

Remando no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Remando no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Depois de uma manhã muito natural, almoçamos em um oásis à beira mar. Pé na areia, sob coqueiros e dentre diversas obras de arte de um talentoso pintor paraibano que (não por acaso) é o dono do restaurante.

Fim de tarde no rio de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB

Fim de tarde no rio de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB


Um dia que começou tão diferente merecia também um final de tarde à altura! Pegamos o caiaque na beira do rio que margeia a nossa pousada e fomos dar uma voltinha. Fomos até maceió, como é chamado o lugar onde o rio não vaza próximo ao mar, formando uma lagoa. Lá conhecemos Duda e Thiago, dois figurinhas de 6 e 4 anos respectivamente que adoraram a nossa ideia e quiseram participar! Foi lindo ver o Ro levando o Thiago passear, já imaginei ele com o nosso filho.

Levando crianças para passear de caiaque no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Levando crianças para passear de caiaque no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Uma paisagem belíssima neste fim de tarde às margens dos manguezais, voltando ainda vimos o pôr-do-sol entre nuvens e espantamos morcegos passando sob o túnel da estrada.

Atravessando sob a ponte do rio em Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Atravessando sob a ponte do rio em Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Voltamos a tempo de um tchibum na piscina da pousada, mas quando menos esperávamos, achando que dali era mais um crepezinho e trabalho, conhecemos duas pessoas maravilhosas, Cristina e Cristiane, mãe e filha, recifenses super viajadas e ótimas de papo! Quando vimos já estávamos tomando caipirinhas, cervejinhas e contando tuuudo sobre as nossas vidas. A Cris (filha), já morou em Floripa e hoje vive em Aracajú. Nos encontramos nos papos sobre psicologia e espiritismo, além de todos os assuntos que todas as mulheres gostam de conversar.

Piscina da Pousada dos Mundos, na praia de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB

Piscina da Pousada dos Mundos, na praia de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB


Elas haviam acabado de chegar e combinaram de hoje comemorar o réveillon, lá na pousada. Logo nós e o Almir, funcionário da pousada, fomos convidados a participar da festa. Imagina, eu, mó arroz de festa, é claaaro que fui! Vizinhas de quarto, pulei a varanda e lá brindamos com champagnes a 2011 e aos novos amigos! Ficamos lá até tarde, mas aos poucos o pessoal foi se entregando. Só restei eu mesma batendo papo com a Cris até as 5 da manhã! Foi óoootimo! É muito bom quando encontramos pessoas que logo tem uma afinidade, fora que sinto falta de conversar com amigos, ainda mais uma amiga, tomando uma cervejinha e tal, é diferente. Foi ótimo, vimos o dia clarear! Só tive que trocar uma manhã de praia por uma noite de papo cabecas. Aparentemente me dei bem, o dia amanheceu chuvoso! Boa troca!

Com a Cristina e a Cristiana na Pousada dos Mundos na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Com a Cristina e a Cristiana na Pousada dos Mundos na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Brasil, Paraíba, Jacumã (Tambaba), caiaque, Conde, Praia, rema rema remador, Rio, Tabatinga

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Planejamento de Viagem

Estados Unidos, Nevada, Las Vegas, Califórnia, Death Valley

As incríveis pedras que se movem, no leito seco de um antigo lago no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

As incríveis pedras que se movem, no leito seco de um antigo lago no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Desmontamos acampamento, mal dormidos e acabados. Ainda assim reunimos forças para parar mais uma vez e ver este incrível mistério da natureza. Serão ETs? Ou os ITs, intra-terrestres, se tentando comunicar com os terráqueos?

Nosso acampamento em meio a bela paisagem perto da Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Nosso acampamento em meio a bela paisagem perto da Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Eu acho que a teoria da argila, gelo, ventos boa, mas acho que mais um agente pode ser adicionado aí, a seca. Quando o solo seca, erode e quebra, ele se parte e “empurra” a pedra em diferentes direções. E aí, convenci? Espero viver para ver os cientistas encontrarem uma explicação.

Encruzilhada nos setores mais isolados do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

Encruzilhada nos setores mais isolados do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Nosso caminho para Las Vegas nos levava novamente à Furnace Creek e os vales do banho e das piscinas ainda estava válido, um banho quentinho após uma noite tão gelada era a nossa única saída para aguentar 3h de estrada e uma provável balada no encontro com a minha irmã.

A deliciosa piscina do hotel em Furnace Creek, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA

A deliciosa piscina do hotel em Furnace Creek, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA


Passar a Páscoa com a minha irmã em Las Vegas foi um dos motivos de termos decidido pelo roteiro das duas semanas. A Juliane vive em Londres e tem um namorado inglês que vive em Nova Iorque, assim eles vão e vêm do velho ao novo continente para se ver sempre que podem e dessa vez decidiram conhecer juntos a Sin City! Para nós era perfeito, pois Las Vegas não era muito a nossa praia mesmo, melhor estar com um casal animado, matando as saudades da pequena que eu não via há 1 ano e meio!

Chegando à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos

Chegando à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos


Viajamos para Las Vegas e chegamos no final do domingo de páscoa e aproveitamos os 3 dias para conhecer a cidade, ver alguns shows e planejar os nossos próximos meses de viagem. Daqui dos Estados Unidos iremos fazer duas etapas importantes da viagem, voaremos para Islândia e Groelândia, que geograficamente também fazem parte da América e iremos aproveitar os preços baixos para voar para mais uma etapa caribenha dos 1000dias.
Foram 3 dias de muita pesquisa de preços, pacotes, passagens aéreas, mapas e guias para conseguir fechar o roteiro pelos Estados Unidos, a tempo de voar para estes lugares e finalmente ficou definido.


Visualizar Roteiro 1000dias - Cruzando os EUA em um mapa maior

Cruzaremos os EUA pela Route 66 até Memphis, desceremos para New Orleans e seguiremos em direção à Orlando. Em Orlando uma parada estratégica, encontramos vôos diretos do Sandford International Airport com bons preços para a Islândia e um pacote que parte da Islândia para um tour de 5 noites na Groelândia. Odiamos pacotes, mas o transporte na Groelândia é todo feito por aviões e acaba saindo muito caro viajar de forma independente. Dia 25/04 pegamos o voo em Orlando para Reikjavik e depois dos 5 dias na terra verde teremos uma semana na Ilha Viking. De volta à Orlando no dia 08/05 a noite, teremos 20 dias para subir a costa leste, antes descendo até o Everglades e Miami, subindo pela Georgia e fazendo um pequeno detour pelo Kentuky para conhecer o Mamooth National Park! Pensem na correria!


Visualizar Roteiro 1000dias - Costa Leste em um mapa maior

Teremos pouco mais de 30 dias para conhecer 9 países caribenhos e voltamos para Nova Iorque, agora para encontrar a nossa querida sobrinha Bebel, que irá passar duas semanas viajando conosco pelo extremo leste dos EUA e parte do Canadá. Depois disso hora de cruzar novamente para a costa oeste rumo ao Alasca! Ufa, acho que estamos conseguindo conciliar quase tudo!


Visualizar Canadá - Cruzando de Leste a Oeste em um mapa maior

Sugestões? Não deixem de comentar aqui abaixo e nos ajudar a enriquecer os nossos 1000dias por toda América!

Estados Unidos, Nevada, Las Vegas, Califórnia, Death Valley, Planejamento, Road Trip, viagem

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Paraísos Verdes e Azuis

Brasil, Tocantins, Natividade, Aurora do Tocantins

Não interessa a cor, paraísos existem e os desta região podem ser verdes ou azuis, depende do gosto do freguês.

Poço da Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO

Poço da Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO


Na região de Natividade em torno de 5 km da cidade, fica a Cachoeira do Paraíso. Já estamos acostumados com estes nomes, pequenos truques de marketing ecológico, que superestimam a atração para lotá-la de turistas. Tentamos fugir das atrações mais populares, mas se fazem sucesso é por que alguma coisa tem. Ai é que os 1000dias ficam ainda mais interessantes, pois podemos chegar nesses lugares em dias de semana onde o local está lá, como veio ao mundo, como que reservado apenas para nós.

A belíssima Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO

A belíssima Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO


Um lajeado imenso que guarda cachoeiras, quedas d´água e poços de cor verde esmeralda. Agora com um rio estreito neste início de verão, no período de chuvas chega a dobrar de volume de água e na seca desaparecer por completo. Apenas um dos poços sombreado mantém um pouquinho de água. O poço principal seca a ponto de acenderem fogueiras dentro dele.

Sentada ao sol na Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO

Sentada ao sol na Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO


Seu João herdou este terreno, quando pedimos para que cuide bem desse paraíso ele disse: “ah, daqui não mudo não, recebi várias propostas para compra deste terreno, mas não vendo e não saio daqui de jeito nenhum.” Dá para entender.

Mergulhando no poço de águas esverdeadas da Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO

Mergulhando no poço de águas esverdeadas da Cachoeira do Paraíso, em Natividade - TO


Rumamos ao sul, em busca de outro pedacinho do paraíso, Azuis.

Descendo o Moro da Anrena, em Natividade - TO

Descendo o Moro da Anrena, em Natividade - TO


Pedacinho mesmo, o menor rio do Brasil nasce e morre em menos de 143m! Suas águas cristalinas formam um lindo poço azul, lotados de lambaris mordisquentos, pés de bananeira e pedras.

A incrível nascente do menor rio do mundo, em Azuis, distrito de Aurora do Tocantins - TO

A incrível nascente do menor rio do mundo, em Azuis, distrito de Aurora do Tocantins - TO


A nascente brota de baixo de uma super montanha e logo ali, após a curva, o Rio Azuis deságua em um afluente do Tocantins. Algum prefeito maluco colocou asfalto até a margem da nascente e tornou o local o balneário preferido da região de Taguatinga (25km) e do município de Aurora do Tocantins (11km), ao qual pertence.

O menor rio do mundo, em Azuis, região de Aurora do Tocantins - TO

O menor rio do mundo, em Azuis, região de Aurora do Tocantins - TO


Descendo o rio, mais ou menos na metade dele (rsrs), encontramos um lugar muito especial, o Bar e Restaurante Agenda 21. Logo se vê pelo ambiente, cardápio de músicas deliciosas e menu caseiro com tempero especial. Osmane e Leide nos receberam calorosamente, deram várias dicas da região, prepararam um belo almoço as 17h da tarde, ofereceram seus produtos artesanais: pó de café (super cheiroso), pimenta em pó e pimenta desidratada e os nossos preferidos, doces de banana. Hummm, ali até esquecemos do som jaguara do porta-malas de um carro que estava fazendo um churrasco ali na nascente.

Mergulhando no rio azulado e cristalino em Azuis, distrito de Aurora do Tocantins - TO

Mergulhando no rio azulado e cristalino em Azuis, distrito de Aurora do Tocantins - TO


Finalmente chegamos à Aurora do Tocantins, cidadezinha de 7 quadras, hotelzinho simples, mas “ficável”. Tudo em prol de umas novidades, lugares que não estavam nos nossos planos e vamos verificar amanhã se valem a pena ou não. Fiquem ligados às cenas dos próximos capítulos!

Mirante do Morro da Antena, em Natividade - TO

Mirante do Morro da Antena, em Natividade - TO

Brasil, Tocantins, Natividade, Aurora do Tocantins, Azuis, cachoeira, Paraíso

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A transposição

Brasil, Alagoas, Piaçabuçu (Foz do São Francisco)

Margem do São Francisco pouco antes da sua foz, na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Margem do São Francisco pouco antes da sua foz, na divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)


Tudo parece perfeito, porém não devemos acreditar em tudo que vemos. O guia turístico do barco vai nos passando informações durante o tour e conscientizando os turistas de que toda esta paisagem está em constante mutação. Os motivos são os mesmos já descritos acima, represas e desmatamento da mata ciliar que vão provocando o assoreamento do rio e provocando o aparecimento de novos bancos de areia, novas ilhas e aos poucos a diminuição do rio. Aqui este fenômeno é ainda mais intenso e facilmente percebido, pois quanto mais o rio perde sua força, mais espaço ele deixa para o avanço do mar.

Grupo se aperta na sombra de coqueiros para ouvir o guia, na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Grupo se aperta na sombra de coqueiros para ouvir o guia, na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)


Triste é ouvir que tudo isso pode realmente acabar. O guia faz uma parada estratégia no alto da duna, à sombra de um coqueiro para explicar a todos o que é o projeto de Transposição do Rio São Francisco. Uma obra idealizada para ajudar a população do sertão nordestino, porém que está localizada 80% dentro das terras de latifundiários. Canais de 300km de extensão, 25m de largura e 6m de profundidade serão construídos.

Sinal de celular na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe! (município de Piaçabuçu - AL)

Sinal de celular na Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe! (município de Piaçabuçu - AL)


No entanto o projeto não irá atingir quem realmente precisa. Os principais estados beneficiados seriam Pernambuco e Ceará e os estados de Alagoas e Sergipe sairiam totalmente prejudicados, pois além de não estarem dentro do alcance dos canais, terão um grande volume de água do rio desviado. O rio de onde tiram o seu sustento irá diminuir e sucumbir às forças do mar, portanto tudo o que vemos aqui hoje pode, em alguns anos, estar embaixo d´água. A população ribeirinha não terá onde viver e ficará ao Deus dará.

Rio São Francisco em Piaçabuçu - AL

Rio São Francisco em Piaçabuçu - AL


É difícil saber exatamente quais serão as conseqüências e o impacto ambiental e social deste projeto. É difícil saber exatamente em quem acreditar. Recebemos informações de todos os lados, dos que acreditam na transposição aos que a abominam. Fato é que com um investimento muito menor poderiam ser cavados milhares de poços artesianos no sertão, região rica em lençóis freáticos, e sem dúvida o problema de fornecimento de água seria sanado. Afinal, em quem devemos acreditar? O encontro do bom senso e da responsabilidade ambiental e social em torno desta questão é primordial para que não tenhamos apenas a mudança de endereço da pobreza e miséria.

Carranca do barco que nos levou à Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Carranca do barco que nos levou à Foz do Rio São Francisco, divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe (município de Piaçabuçu - AL)

Brasil, Alagoas, Piaçabuçu (Foz do São Francisco), foz, Praia, Rio, Rio São Francisco, São Chico

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Coyoacán e Xochimilco

México, Cidade do México

As típicas Catrinas mexicanas, aqui representando os artistas famosos na Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México

As típicas Catrinas mexicanas, aqui representando os artistas famosos na Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México


Após um chá de cadeira de 4 dias do técnico que estava arrumando o meu notebook e livrando-o do malware que o travou, finalmente conseguimos encontrá-lo! Foram 3 dias de atraso, desencontros e desespero, pois isso me rendeu um atraso ainda maior nos posts. Decidimos que de hoje não passava, o perseguimos após furar o horário combinado as 10h, fomos até o seu trabalho e o conseguimos finalmente reaver o equipamento as 13h! Assim, saímos novamente tarde para as explorações do dia, hoje nos bairro de Coyoacán e Xochimilco e com a participação especialíssima do nosso amigo Rodz Marc!

Com nosso anfitrião na Cidade do México em visita ao bairro de Coyoacán, terra de Frida Kahlo

Com nosso anfitrião na Cidade do México em visita ao bairro de Coyoacán, terra de Frida Kahlo


Começamos o tour tardio em Coyoacán, bairro conhecido por abrigar artistas e famosos como Hernán Cortês, Frida Kahlo, seu marido Diego Rivera e Leon Trotsky. Peraí, eu falei Cortês? Isso mesmo, Coyoacán, também conhecida como “O lugar dos coiotes” (em náhuatl), foi a base para o conquistador espanhol após a queda do Imperio Azteca e sua capital Tenochtitlán.

Entrada do museu Frida Kahlo, onde a artista viveu com Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México

Entrada do museu Frida Kahlo, onde a artista viveu com Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México


Fomos direto para o Museu Frida Kahlo, a ilustre Casa Azul. Foi nesta casa que a renomada artista mexicana nasceu, viveu e morreu, passando por momentos tensos como a sua recuperação após um atropelamento que a levou a mais de 20 cirurgias e à perda da capacidade de ter filhos. Não por acaso estas cicatrizes são parte freqüente de sua obra, que se tornou mundialmente conhecida.

Visitando a Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México

Visitando a Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México


Frida conheceu Diego Rivera, célebre pintor e escultor mexicano, justamente buscando opiniões e a críticas ao seu trabalho e Diego sempre foi o seu maior incentivador e fã. Ainda assim a relação do casal foi turbulenta, devido às infidelidades que pareciam ser constantes. Frida com seus casos homossexuais e Diego com sua galinhagem que lhe era peculiar. A traição que colocou um ponto (e vírgula) no relacionamento deles foi entre Diego e sua cunhada, Cristina, a irmã mais nova de Frida. Como diria uma amiga minha, isso “épacabá” com qualquer uma mesmo! Frida se separou de Diego na mesma hora e teve uma revanche à altura, tendo um caso com o amigo exilado de Diego, León Trótsky. ! Porém a paixão era maior e os dois tornaram a se casar no ano seguinte.

Foto tradicional na Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México

Foto tradicional na Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México


O museu-casa é uma coleção de objetos pessoais e obras de arte que vão da sala de estar à cozinha, passando pelo quarto em que Frida ficou deitada por meses na sua recuperação do acidente. Passamos por seu atelier com suas tintas, estudos, livros e cavaletes até chegar ao quarto. Na cama foi instalado um espelho, pois uma de suas fixações era o auto-retrato. Ao lado da cama está inclusive a perna mecânica que a artista utilizou. Sua personalidade forte está marcada em cada detalhe da casa, suas coleções de cerâmica e até de arte pré-hispânica.

Pátio interno da Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México

Pátio interno da Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera, em Coyoacán, bairro de Cidade do México


No jardim, uma das partes mais emocionantes do museu, fotos acompanhadas de frases nos mesmos locais onde cada um daqueles momentos aconteceu. Um jardim delicioso e que vem acompanhado de um café e uma lojinha de souvenirs com a marca Frida Kahlo, irresistível!

A movimentada praça central de Coyoacán, bairro da Cidade do México

A movimentada praça central de Coyoacán, bairro da Cidade do México


Almoçamos em um bistrô ao lado da Plaza Hidalgo, principal centro gastronômico do bairro. Restaurantes lotados e praça repleta de gente feliz, balões, famílias, cachorros e toda aquela festa de final de semana. Infelizmente tivemos que deixar a caminhada pelas ruas coloniais de Coyoacán, o Museu de Trótski e a Casa de Cortês para uma próxima visita. Saímos daqui direto para o mais mexicano dos bairros da capital, Xochimilco.

Com o Rodrigo em almoço rápido em Coyoacán, bairro de Cidade do México tornado famoso por Frida e Diego Rivera

Com o Rodrigo em almoço rápido em Coyoacán, bairro de Cidade do México tornado famoso por Frida e Diego Rivera


“O lugar onde crescem as flores” (náhuatl), Xochimilco é o único lugar na Cidade do México que ainda preserva o sistema de canais que compunham a imensa Tenochtitlán. A capital azteca foi construída em uma ilha do lago Texcoco e na parte sul do imenso lago já havia uma população com uma prática curiosa: eles empilhavam lama e vegetação nas partes rasas do lago, criando novas áreas férteis chamadas chinampas.

Os tradidionais barcos que levam as pessoas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México

Os tradidionais barcos que levam as pessoas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México


A especialidade dos Xochimilcas se espalhou e tomou conta do lago de Texcoco, formando uma imensa rede de canais e plantações, a principal base econômica deste império. A Cidade do México foi construída sobre estas chinampas, base nada sólida para tanto peso e concreto. Não é a toa que a cidade está afundando, porém aqui, em Xochimilco, ainda podem ser encontrados em torno de 180 km dos mágicos canais.

Os tradidionais barcos que levam as pessoas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México

Os tradidionais barcos que levam as pessoas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México


O ajuehote é a árvore símbolo de Xochimilco, pois foi ela a responsável por evitar erosões e manter as ilhas artificiais bem presas ao fundo lacustre. A profundidade média dos canais é de 3m e durante as manhãs a água é transparente, diz o barqueiro, que assegura que a água não é poluída: “Só está verde por que nós mexemos muito no fundo lodoso para mover as trajineras”, afirma. Ele calcula que uma viagem de trajineira pelos canais daqui de Xochimilco até o centro da cidade, no Templo Mayor, deveria levar em torno de 8 horas! Eles realmente tinham outra noção de tempo naquela época! E nós ainda reclamamos de demorarmos duas horas de um canto a outro da cidade. Rsrs!

Passeando de barco pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México

Passeando de barco pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México


As trajineras são as embarcações tradicionais mexicanas que eram utilizadas pelos antigos aztecas, movidas à remo e com a ajuda de cabos que eram puxados por homens desde as ilhas. Hoje a tecnologia da vara, vulgo bambu, facilitou muito a vida dos barqueiros, que sozinhos levam uma trajinera cheia com até 20 pessoas, além de uma mesa e isopor com bebidas.

Programa tradicional para quem visita a cidade, o passeio de barco nos canais de Xochimilco, bairro da  na Cidade do México

Programa tradicional para quem visita a cidade, o passeio de barco nos canais de Xochimilco, bairro da na Cidade do México


São nove embarcaderos, sendo que você pode escolher fazer o passeio ecológico, por uma área tranquila e com foco em conhecer as plantações, oooou você pode escolher se divertir! A parte festiva dos canais, além de plantações de diversas plantas e flores, também oferece um ambiente descontraído, mariachis flutuantes cantando atados à sua trajinera e tudo mais o que você imaginar!

Barco de Mariachis em Xochimilco, na Cidade do México

Barco de Mariachis em Xochimilco, na Cidade do México


Saímos apenas nós três em uma embarcação, mas conseguimos interagir bem com os vizinhos animados e tivemos até uma linda música dos Mariachis, regalada pelo Rodz a nosotros. Xochimilco é um destino tipicamente e principalmente mexicano, onde famílias inteiras se reúnem trazem sua própria comida, amarram duas, três trajineras e fazem uma verdadeira festa flutuante!

Com o Rodrigo, observando barco de Mariachis em Xochimilco, na Cidade do México

Com o Rodrigo, observando barco de Mariachis em Xochimilco, na Cidade do México


Além do espetáculo nas águas, as ilhas também trazem diferentes atrações, restaurantes, mercados de artesanatos, bares e baladas super animadas que atraem jovens chilangos de todos os lados! Uma das principais delas é a Isla de los Muñecos, aka “ilha assombrada”. Conta a história que uma menininha teria sido encontrada morta no canal por um agricultor, dono de uma ilha. Ele a recolheu e providenciou um enterro digno e a partir daí começou a vê-la correndo entre as árvores e lhe pedindo brinquedos. Ele começou a pendurar os bonecos e ursinhos nas árvores e afirma que muitas vezes estes são encontrados no chão após uma noite de brincadeiras. Hoje a ilha possui mais de 2 mil bonecos pendurados pelas árvores e inclusive uma “sucursal” com mais 200 bonecos, em outro ramo dos canais. Assombroso!

Porto fluvial no bairro de Xochimilco, na Cidade do México

Porto fluvial no bairro de Xochimilco, na Cidade do México


Uma hora de trajinera custa em torno de 150 a 200 pesos e uma canção dos mariachis 150. Quanto mais gente, mais barata fica a brincadeira, mas mesmo que você venha sozinho à capital mexicana, não perca o maravilhoso mundo de Xochimilco!

De noite, os barcos carregam velas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México

De noite, os barcos carregam velas pelos canais de Xochimilco, na Cidade do México

México, Cidade do México, Coyoacán, Frida Kaho, Xochimilco

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Até logo, mar!

Brasil, Bahia, Mangue Seco

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA


Mangue Seco é uma vilazinha de pescadores tranqüila do outro lado do Rio Real, que faz a divisa entre os estados de Sergipe e Bahia. O acesso mais utilizado é através da cidadezinha de Pontal em Sergipe, onde atravessamos de barco ontem no final da tarde. Outra forma de chegar até aqui é através da Costa Azul, um povoado um pouco mais ao sul que dá acesso à praia, por onde o carro ou bugs trafegam na maré baixa.

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA


A caminhada da vila até a praia é tranqüila, em 15 minutos pela praia às margens do rio, mangue e sobre as dunas que formam a paisagem onde foi filmada a novela Tieta. Será que é do tempo de vocês? “Tieta do Agreste, lua cheia de sertão...”

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA


A praia é belíssima, mar grande e revolto, meu tipo de mar preferido para praia, pois posso me divertir furando ondas e lutando para ficar no mesmo lugar.

Fazendo cooper na praia com sol e lua! (em Mangue Seco - BA)

Fazendo cooper na praia com sol e lua! (em Mangue Seco - BA)


Depois de nadar, fazer meus exercícios diários, caminhar e até dar uma corridinha, tomamos uma água de coco e um pastel bem sequinho na barraca do Jurandir e nos despedimos do mar. Vimos o pôr-do-sol de cima da duna mais alta de Mangue Seco, com uma vista fantástica 360°. O mar de um lado, do outro o futebol sobre as dunas, o rio, a vila e o manguezal e seus bancos de areia que afloram na maré baixa. Aos poucos o visual todo mudou de cor e ficando prateado, iluminado pela lua crescente.

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA


Bela despedida do litoral, amanhã iremos iniciar nosso tour pelo interior do nordeste. Nosso destino? Chapada Diamantina, Serra da Capivara, Serra das Confusões, dando um pulinho até em Teresina para fazer a revisão dos 20mil km da Fiona. Voltaremos para o litoral direto para Noronha no dia 10/12, nada mal. Mar, até logo!

Fim de tarde em Mangue Seco - BA

Fim de tarde em Mangue Seco - BA

Brasil, Bahia, Mangue Seco, Praia, Rio Real

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Lagoa Verde

Brasil, Maranhão, Atins

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA


Banho de piscina para acordar e logo o carro com o guia estava nos esperando para o passeio à Lagoa Verde. O Rodrigo havia conseguido uma negociação justamente por ter encontrado mais dois casais para se unirem ao grupo e estes quando chegaram ao Rancho do Buna e quiseram conhecê-lo. Acabaram todos deixando a pousada em que estavam e se mudaram para lá.

Vento cria curiosas linhas nas dunas na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Vento cria curiosas linhas nas dunas na região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Partimos para o passeio, nós, Mel e Eduardo ainda um pouco ressacados da noite anterior e os nossos novos vizinhos de rancho. Mônica e Jackson, cariocas que vivem em São Paulo e Jame e Mariana, ele inglês e ela brasileira, que vivem em Londres. Aos poucos o grupo foi se entrosando e trocando informações. Jame é britânico e foi criado na África do Sul, tem um gosto por viagem e aventura parecido com o nosso, então logo já queria saber tudo sobre os 1000dias, roteiros e etc. Mariana é outra menina com uma história sensacional! Foi para Londres com 20 anos, lutadora, apostou em um sonho de fazer sua vida no exterior, passando todas as dificuldades imagináveis e hoje, formada em finanças, tem uma filhinha com Jame e trabalha em uma grande companhia na capital inglesa.

Grupo caminha por entre dunas da região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Grupo caminha por entre dunas da região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


É maravilhoso socializar com pessoas tão diferentes em um só lugar, dentro de uma Toyota no meio dos Lençóis Maranhenses. No caminho paramos no restaurante da Luzia e já fizemos nossos pedidos, a contra-gosto dos nossos guias, que queriam nos levar no Antônio, restaurante vizinho do irmão de Luzia. Nada contra Antônio, mas tuuuudo a favor dos camarões maravilhosos de sua irmã!

Almoço de despedida no restaurante da Luzia, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Almoço de despedida no restaurante da Luzia, no Canto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Seguimos para o nosso destino, a Lagoa Verde fica entre as dunas e lagoas há uns 18km de Atins, parte do trecho de carro e o outra parte vencida depois de uma hora de caminhada. Vamos entremeando as dunas, conversando e admirando a magnífica paisagem, ainda seca já que o período de chuvas está um pouco atrasado. Uma duna antes de chegarmos à Lagoa Verde, presenciamos a cena de um cabritinho recém nascido perdido, berrando ensandecidamente para encontrar a sua mãe. Ficamos todos apreensivos, tentando levá-lo ao seu encontro, mas logo a mãe apareceu! O encontro dos dois foi emocionante!

Cabra recém nascida corre para a sua mãe, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Cabra recém nascida corre para a sua mãe, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Cruzamos mais esta duna e entendemos exatamente o sentido de um oásis no deserto. A Lagoa Verde estava lá, imensa e cheia, é uma lagoa perene, ou seja, ela pode até variar de profundidade, mas nunca irá secar. Nadamos cruzando a lagoa de lado a lado, é impressionante como esta paisagem engana nas distâncias. Quanto mais nadávamos, mais distante parecia o nosso objetivo.

Banho refrescante na Lagoa Verde, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Banho refrescante na Lagoa Verde, região de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Outra curiosidade é que esta lagoa possui uns pequenos peixinhos que ficam nos beliscando. Como eles vieram parar aqui? Ao que tudo indica eles submergem dos lençóis freáticos! Eu nunca tinha ouvido falar nisso, mas mesmo as lagoas que secam no verão têm peixes, segundo nosso guia.

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA

Chegando à linda Lagoa Verde, em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses - MA


A andança de volta tinha mais um incentivo, que era logo chegar ao oásis da Luzia para comer aquele camarão grelhado divino! Ela organizou um banquete para todos nós, salada, arroz, pirão, feijão e muuuuito camarão! Desta vez já havíamos pedido para o Zé, seu marido, deixar o coco bem geladinho à nossa espera. A rede para a siesta e a cocadinha deram um toque especial à nossa inesquecível experiência gastronômica no Atins.

Recolhendo lixo na trilha da Lagoa Verde, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Recolhendo lixo na trilha da Lagoa Verde, perto de Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA


Amanhã vamos embora, então já estávamos em clima de despedida desse lugar tão especial. Descemos antes da pousada para fazer uma caminhada pelo igarapé, acompanhados do Jame e da Mari, fomos até o rancho por uma trilha alternativa. Passamos o fim da tarde na piscina conversando e socializando até os dedos da mão ficarem enrugados. Alguns empolgados com a possibilidade de investir em terrenos aqui, outros trocando experiências de viagem, eu aproveitando para treinar um pouco meu inglês com Jame e o Rodrigo aproveitando para dormir. Depois de um dia de muitas atividades e socializações, uma noite tranquila no Rancho do Buna nos aguarda. Boa noite.

Caminhando por igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Caminhando por igarapé em Atins, nos Lençóis Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Atins, Camarão da Luzia, igarapé, Lagoa Verde, lagoas, Lençóis Maranhenses, parque nacional

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BR-174

Brasil, Roraima, Boa Vista, Amazonas, Presidente Figueiredo

Estrutura de fiscalização no Parque Nacional Viruá, em Roraima

Estrutura de fiscalização no Parque Nacional Viruá, em Roraima


Hoje cruzamos pela segunda vez a famosa e controversa BR-174. Vindos de Guarulhos em um vôo madrugueiro, chegamos à Boa Vista as 4 horas da manhã, nos enrolamos no aeroporto e ainda assim tiramos o Ricardo da cama para abrir sua Garagem Roraima para nós. Lá estava a Fiona, ansiosa para ver-nos, bem estacionada no lugar de honra da oficina. Muito obrigada pela acolhida Ricardo, e desculpe derrubá-lo da cama a esta hora!

Reencontro com o Ricardo e com a Fiona, em Boa Vista, em Roraima

Reencontro com o Ricardo e com a Fiona, em Boa Vista, em Roraima


Queríamos pegar a estrada cedo, eram longas 7 horas para chegarmos à Presidente Figueiredo. Na estrada fizemos um desvio para o Parque Nacional do Viruá, que havíamos nos prometido explorar nessa nossa passagem por aqui. Mal sabíamos que o parque estaria tão abandonado e o tempo tão corrido para nós. Entramos, passamos por um “posto de fiscalização” e o portão do parque e fomos adiante até onde a estrada permitiu, na esperança de ver mais da sua fauna e flora.

Dirigindo no Parque Nacional Viruá, em Roraima

Dirigindo no Parque Nacional Viruá, em Roraima


Visita ao Parque Nacional Viruá, em Roraima

Visita ao Parque Nacional Viruá, em Roraima


Estrada interrompida no Parque Nacional Viruá, em Roraima

Estrada interrompida no Parque Nacional Viruá, em Roraima


De volta à BR não demora muito e encontramos o monumento que marca a Linha do Equador, o ponto central que divide o hemisfério norte do hemisfério sul. Momento marcante para a Fiona, que não caminhava ao sul do equador há quase 2 anos.

Literalmente, equilibrando-se sobre a linha do Equador, no sul de Roraima

Literalmente, equilibrando-se sobre a linha do Equador, no sul de Roraima


Mais alguns quilômetros e chegamos finalmente à Terra Indígena Waimiri-Atroari, local de um grande conflito de terras na década de 70 que estourou justamente na construção desta estrada. Quando passamos por aqui contei mais desta história neste post e neste vídeo.

Atravessando os rios amazônicos no sul de Roraima

Atravessando os rios amazônicos no sul de Roraima


Logo no início da Reserva, o pedido para que não se filme ou fotografe (fronteira entre  Roraima e Amazonas)

Logo no início da Reserva, o pedido para que não se filme ou fotografe (fronteira entre Roraima e Amazonas)


Decidimos quebrar a nossa viagem à Manaus na cidade das cachoeiras amazônicas, Presidente Figueiredo e rever Fernando, nosso amigo entusiasta do turismo na região, dono da Pousada das Pedras.

Nossa pousada preferida em Presidente Fiqgueiredo, no Amazonas, onde já havíamos ficado da outra vez

Nossa pousada preferida em Presidente Fiqgueiredo, no Amazonas, onde já havíamos ficado da outra vez


Depois de uma noite sem dormir, tiramos este fim de tarde para descansar, trabalhar e assistir ao Brasil vencer a Copa das Confederações! É o trabalho do Felipão dando resultado, gosto desse gaúcho porreta! Passei boa parte da noite vendo fotos de onças, pacas, cotias, tatus e outros animais amazônicos, tiradas por um inglês que está fazendo uma pesquisa sobre o impacto da caça nas áreas próximas à comunidades na floresta amazônica. Bem interessante! Assim já vou entrando no clima para os nossos próximos dias que serão enfurnados em um hotel flutuante no meio da Amazônia! Mais detalhes dessa aventura nos próximos posts.

Alagamento da floresta causado pela represa de Balbina, no Amazonas

Alagamento da floresta causado pela represa de Balbina, no Amazonas

Brasil, Roraima, Boa Vista, Amazonas, Presidente Figueiredo, Estrada, linha do equador, Parque Nacional do Viruá

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Beach Hike em Bermuda

Bermuda, Hamilton, Horseshoe Bay

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha


Um paraíso de clubes de golfe e hotéis 5 estrelas no meio do Atlântico não parece uma boa opção aos mais aventureiros, mas uma coisa aprendemos nessa viagem, não interessa aonde você esteja sempre irá encontrar algum canto para ser explorado, algo fora do comum para ser descoberto.

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha


Um dia ensolarado nos chamou para o mais óbvio dos lugares em uma ilha, praia! O nosso dia começou pela mais famosa de todas as praias das Bermudas, Horseshoe Bay. O nome já dá a pista, a praia em forma de ferradura, águas azuis ciano e areias rosadas é a preferida dos cruzeiristas que chegam à ilha. Tem até uma estruturazinha de lanchonete, vestiários, aluguel de cadeiras e guarda-sol.

Em dia de cruzeiros na ilha, a praia de Horseshoe Bay fica lotada, na costa sul de Bermuda

Em dia de cruzeiros na ilha, a praia de Horseshoe Bay fica lotada, na costa sul de Bermuda


Horseshoe Bay é considerada a praia mais bonita da ilha, localizada na Southampton Parish, está a meio caminho entre Hamilton e o Westend Dockyard que recebe mais de 80 cruzeiros por ano! Apenas neste momento a ilha está recebendo 3 grandes navios que geralmente ficam atracados por pelo menos 3 dias, diferente dos cruzeiros caribenhos que saltam de ilha em ilha com desembarques de apenas 12 horas. Enfim não tivemos como escapar da muvuca dos cruzeiros.

Em dia de cruzeiros na ilha, a praia de Horseshoe Bay fica lotada, na costa sul de Bermuda

Em dia de cruzeiros na ilha, a praia de Horseshoe Bay fica lotada, na costa sul de Bermuda


No canto direito da praia subimos em alguns rochedos para termos uma melhor vista da ferradura e logo encontramos locais e alguns turistas animados saltando uns 10 metros de altura direto para o mar. É claro que o Rodrigo não poderia deixar de saltar!

Saltando no incrível mar de Horseshoe Bay, em Bermuda

Saltando no incrível mar de Horseshoe Bay, em Bermuda


Caminhamos para o outro lado da praia, tentando fugir da multidão e logo descobrimos uma trilha costeira que nos transportaria de paraíso em paraíso, fugindo do agito e encontrando recantos alternativos apenas descobertos pelos menos preguiçosos.

Pequena praia no litoral sul de Bermuda

Pequena praia no litoral sul de Bermuda


A caminhada é tranquila, sobe e desce pedras e caminhos gramados com vistas lindas para as praias de Chaplin Bay, Stonehole Bay, Jobson´s Bay, chegando à Warwick Long Bay, com 800m de extensão. A Jobson´s Cove é a menor e mais charmosa delas, protegida por pedras íngremes super altas e águas límpidas, parece um ótimo lugar para um snorkel nos dias de mar tranquilo.

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha

O maravilhoso mar de Bermuda, na costa sul da ilha


Foram pouco mais de 2 km caminhando com belas vistas, por pequenas praias isoladas, perfeitas para banhos de sol e mar deliciosos e o principal, longe daquela galera.

Trilha de 2 km pela praia entre Horseshoe Bay e Warwick Long Bay, na costa sul de Bermuda

Trilha de 2 km pela praia entre Horseshoe Bay e Warwick Long Bay, na costa sul de Bermuda


Dia de muito sol e caminhada pelo litoral sul de Bermuda

Dia de muito sol e caminhada pelo litoral sul de Bermuda


Lá de Warwick Long Bay é fácil voltar à estrada e pegar o mesmo ônibus de volta à Hamilton. Escapada perfeita para quem gosta de fugir do comum mesmo aonde isso pode parecer impossível!

Admirando praia no litoral sul de Bermuda

Admirando praia no litoral sul de Bermuda


Chegando lá


Linha de ônibus entre Hamilton e Horseshoe Bat, em Bermuda

Linha de ônibus entre Hamilton e Horseshoe Bat, em Bermuda


A melhor forma de se locomover em Bermudas é de ônibus. O ônibus que vai pela South Road pela costa sul e passa pela Horseshoe Bay é a linha 7. O terminal de Hamilton tem linhas que servem praticamente toda a ilha, só lembre de comprar os seus tokens de ida e volta na estação, pois os cobradores só aceitam tokens ou moedas no troco exato, nem tente pagar com notas! Acredite, nós tentamos... Táxis são caros e não existem carros para aluguel, mas se quiser mais liberdade, alugar uma scooter também é uma opção.

Pegando o ônibus em Hamilton, para ir à praia de Horseshoe Bay, em Bermuda

Pegando o ônibus em Hamilton, para ir à praia de Horseshoe Bay, em Bermuda

Bermuda, Hamilton, Horseshoe Bay, Caminhada, Hike, Horseshoe Bay, ilha, Jobson´s Cove, Praia, trilha, Warwick Long Bay

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