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nilcy (23/08)
eu amei tudo,principalmente fotos e fatos sobre Elvis que eu amo de mais,...
Welison (23/08)
Bom dia, Somos do site www.listapa.com.br atuamos no seguimento de lista ...
Marcela (23/08)
Bom dia, Pretendo ir para cuba em dezembro por 15 dias com mais uma amiga...
Canuto (21/08)
Muito boas as dicas da viagem a Cuba. Fico feliz que alguem conseguiu rea...
Paula (17/08)
Oi!!! Tive a oportunidade de visitar o vale 2 vezes: antes e depois da re...
Passeio à cavalo vestida à carater! (região do Cotopaxi - Equador)
Chegamos ao Hostal Papa Gayo as 5 horas da manhã, o Rafa se recuperava da dor, que diminuiu drasticamente assim que baixamos dos 4.000m. Enquanto Stálin dirigiu durante mais de uma hora na madrugada e eu, preocupada que ele dormisse no volante, não parei um segundo de tagarelar. O assunto principal foram as montanhas, paixão de Stálin, experiente em escalada técnica em rocha, gelo, paredes e o que aparecer na sua frente. Ele e sua esposa subiram o Alpamayo, ela foi até o campo alto e o acompanhou por rádio no ataque final, em uma parede de 400 ou 500m até o cume. Histórias emocionantes!
O vulcão Cotopaxi visto do alto de Ventemilla, o segundo ponto mais alto do Chimborazo (Equador)
Eu perguntava muito sobre o Chimborazo, pois sabia que naquele momento, enquanto voltávamos para a pousada, Rodrigo estava acima dos 5000m, enfrentando o frio e a altitude para chegar aos 6.300m. Nenhum dos guias entendia por que Rodrigo tinha se separado de nós e ido ao Chimborazo, e eu explicava paciente que ele era mais forte, mais experiente e contava algumas de suas peripécias no mundo das montanhas. Aconcágua, Island Peak, Campo Base do Everest...
Celebrando a chegada ao alto de Ventemilla, o segundo ponto mais alto do Chimborazo, com 6.280 m (Equador)
O seu currículo, porém, não era o mais importante. A sua resistência, determinação e teimosia é que o levariam indubitavelmente para o cume. Algumas pessoas morreram lá em cima e vários já relataram que viram, sentiram ou escutaram estes espíritos da montanha os ajudando em momentos de dúvida ou perigo. Eu adoro estas histórias e Stálin contou várias delas, tanto no Cotopaxi quanto no Chimborazo. Boa conversa para uma madrugada voltando da montanha! Rsrs!
No cume do Chimborazo, com o Cotopaxi ao fundo (Equador)
Na Papa Gayo conseguimos as últimas 3 camas que estavam disponíveis para finalmente dormir e descansar. Acordei as 9 horas, ainda com um pouco de sono, mas com toda a energia acumulada para a caminhada. Precisava fazer alguma coisa até o Rodrigo voltar. Ficar ali, sem notícias dele e esperando até as 15h seria tortura.
Paisagem na "Avenida dos Vulcões", região do Cotopaxi, durante passeio à cavalo (Equador)
Foi aí que surgiu a cavalgada pela Avenida dos Vulcões. Xavier arreou os cavalos e as 11h partimos em direção ao Corazón, vulcão de 4.800m de altitude próximo à pousada. No caminho as vistas são magníficas, subimos dos 3.000m até aproximados 4.000m e vemos do alto o Illiniza Norte e o Illiniza Sul, vulcões adormecidos.
Paisagem na "Avenida dos Vulcões", região do Cotopaxi, durante passeio à cavalo (Equador)
Foi um ótimo passeio, Xavier é uma ótima companhia e conseguimos conversar bastante sobre as coisas aqui da região, como costumes e tradições são vistas pelas novas gerações. Me ensinou várias coisas, desde o que é uma aba (uma vagem com feijões tamanho família), até algumas “palabras malas” no espanhol equatoriano.
Com o guia Xavier, durante passeio à cavalo na "Avenida dos Vulcões", no Equador
O Cotopaxi estava escondido pelas nuvens, assim como o Chimborazo. Eu queria tanto avistá-lo, o tempo todo imaginava o Rodrigo lá, feliz no cume pensando que nós estaríamos no cume do Cotopaxi. A esta altura ele já está a caminho do hostal. O Rafa ficou na pousada descansando e perto das 13h me mandou uma mensagem com a boa notícia: “O Rodrigo fez o cume! Chegará na pousada daqui uma hora.”
Piquenique durante passeio à cavalo na região do Cotopaxi (Equador)
Assim tivemos que acelerar o nosso passeio, o que não foi problema algum para o meu cavalo, que sem dó disparou umas duas ou três vezes com a inexperiente amazona aqui em cima dele! Rsrs! Quanto mais eu tentava me encaixar no galope, mais ele disparava. Quanto mais eu tentava freá-lo, mais ele corria. Foi um sufoco! Adentrei a pousada Papa Gayo quase caindo do cavalo, literalmente! Cena hilária para o Rafa e linda para o Ro, que com seus olhos apaixonados achou que eu estava dominando a situação. Hahaha!
Junto com o guia Xavier, depois de um passeio à cavalo pela região do Cotopaxi (Equador)
Meu lindo estava lá, aparentemente inteiro depois da longa empreitada. Ele chegou ao cume da maior montanha do país, a 6.300m! Que orgulho! O pico do Chimborazo é o ponto da Terra mais afastado do seu centro, pois ela é mais larga na altura do equador. No início das nossas conversas, Rodrigo queria que eu tentasse o Chimborazo com ele, mas eu não cedi, sei dos meus limites. Hoje, uma das primeiras coisas que ele falou foi: “Amor, ainda bem que você não foi... A subida é longa e muito pesada... não sei se você ia conseguir. E se conseguisse, seu joelho (que é podre por natureza) não ia aguentar a descida.” Ainda bem que eu tenho juízo!
Paisagem na "Avenida dos Vulcões", região do Cotopaxi, durante passeio à cavalo (Equador)
Reunidos novamente, voltamos a Quito, loucos para encontrar Laura e suas novidades do Quilotoa. Ela nos contou que seu tour foi lindo e após a viagem ficou de fazer uma descrição para colocarmos aqui no site, vamos ver se vai sair!
Especial Gastronomia
Delicioso ceviche no restaurante Zazu, em quito, no Equador
Hoje o casal de amigos, padrinhos e chefs nas horas vagas, nos convidou para uma experiência gastronômica especial. Para comemorar as montanhas, lagoas e salmonelas que ficaram para trás e celebrar a semana em Galápagos, que está por vir, fomos conhecer o Zazu. Restaurante, lounge e bar super premiado, Zazu é especializado na culinária fusion japonesa e peruana, com pratos de frutos do mar fantásticos. Ceviches, pratos variados de peixe e carnes de comer ajoelhado! Quando estiver em Quito e quiser uma experiência gastronômica exclusiva, este é o lugar!
Vista da Casa da Serra em Poços de Caldas - MG
Casa da Serra, Pedra Balão e Pico do Gavião. Esta foi a programação do dia de hoje. Depois de um belo café da manhã mineiro, com direito à torrada de nata com queijo ralado e bolo de cenoura, fomos para a casa da serra, torcendo para que o dia abrisse. Ainda estava nublado, mas quando chegamos lá em cima do céu azul já estava aparecendo e a paisagem mineira novamente nos deixa maravilhados.
Com o Lulu na Casa da Serra em Poços de Caldas - MG
Montanhas e mais montanhas e ao fundo a Pedra Balão, outra atração turística da cidade. É para lá que vamos, pegamos todos os sobrinhos e andamos mais alguns quilômetros em sua direção. Parece que alguém equilibrou estas pedras para vermos ainda mais do alto, esta bela paisagem.
Pedra Balão em Poços de Caldas - MG
Com o Antônio na Pedra Balão - MG
Com o João Pedro na Pedra Balão - MG
Almoçamos e rumamos à Andradas, principal atração do dia. 30km de Poços de Caldas, Andradas possui um dos pontos mais altos da região, utilizado como rampa de paraglider e asa delta, o Pico do Gavião. No caminho vemos como a produção de eucalipto na região aumentou, há inclusive uma discussão sobre os possíveis malefícios para a terra, alguns defendem que o eucalipto seca as fontes de água naturais no seu entorno. Curiosa e importante discussão, justamente uma região conhecida pelo Circuito das Águas. No alto da montanha, antes de chegar a Andradas dobramos à direita e mais 14km de terra até o pico. Parte da estrada passa pelo Caminho da Fé, o Caminho de Santiago brasileiro, muito conhecido pelos ciclistas.
Mais alguns quilômetros de eucaliptos e um riacho depois, chegamos à portaria do Pico do Gavião. Dentro de uma propriedade particular, são cobrados apenas 3 reais por pessoa para manter uma ótima infra-estrutura lá em cima. Banheiros, churrasqueira, estacionamento, além do mais importante: um vasto gramado bem conservado e diversas birutas apontando a direção do vento.
São quase 360° de visão do alto dos seus aproximados 1660m de altitude. O vento, agora gelado, também mostra que mais cedo as condições para os vôos devem ser perfeitas! Que lugar maravilhoso! Chegamos no horário certo para ver o pôr-do-sol. Inclusive já estava com saudades dele, depois de tantas cidades e arranha-céus já nem lembrava como foi nosso parceiro inseparável nos fins de tarde caribenhos.
Vontade de voltar para acampar lá em cima, saltar de asa delta, paraglider, tomar um vinhozinho no pôr-do-sol ou sob o céu estrelado. Mais um programa que fica anotado para depois, quando voltarmos dos nossos 1000dias!
Fim da caminhada, chegando em Moreré, na ilha de Boipeba - BA
Ontem chegamos à Valença, cidade ao sul de Salvador, muito populosa e dizem alguns tão ou mais violenta que a capital. Cidade portuária que serve como base para alcançarmos de barco Boipeba e Morro de São Paulo, duas ilhas já bem conhecidas do litoral baiano. Aqui vemos um povo que vive em uma realidade tão diferente da vida que temos na cidade grande. Não é a toa que os conceitos de vida, moral, certo e errado e até mesmo de estética são tão distintos. Ao mesmo tempo todos eles têm contato com essa outra cultura através dos turistas ou até da novela, que nestas comunidades acaba tendo o papel de apresentar ao povo o mundo fora daqui e qual delas será a vida normal? Depende. Depende em que redoma você escolher viver.
O porto de Valença - BA
O barqueiro da lancha rápida que nos leva de Valença para Boipeba não estava muito contente, ele reclamava na lancha dizendo, “todos pensam que essa vida aqui é fácil, parece bonito, mas não é não, isso aqui também é estressante, cansativo”. Enquanto alguns do barco concordavam dizendo “eu sei, já trabalhei com isso, fiquei 20 anos nesta vida”, outro dizia, “é meu filho, mas existem trabalhos muito piores”. O homem com chapéu da Capitania dos Portos, que já havia trabalhado com isso, contou um causo de quando seu barco foi sequestrado por 4 homens encapuzados neste mesmo trecho que estávamos atravessando e entraram em um canal menor, “Se o barco encalhar aqui você leva bala!” Levaram todos os pertences dos turistas, 10 mil dólares, câmeras e todos os objetos de valor. E então, ali logo ao lado fica o paraíso que estamos procurando, doido não?
Jovens trabalham no porto de Valença - BA
Eu já estive em Morro de São Paulo, mas Boipeba acabou ficando para esta próxima viagem. Finalmente, quase 10 anos depois chego aqui e a primeira impressão que tive foi que estava chegando em Morro. Um paraíso que já fora descoberto há muito tempo. No verão tanto as ilhas quanto as praias do continente com mais estrutura ficam abarrotadas de turistas brasileiros e estrangeiros.
Lancha entre Valença e Boipeba - BA
O portinho onde desembarcamos já lotado de pousadas e restaurantes. Embora carros não transitem na ilha, quase todas as ruas são calçadas. A arquitetura é aquela de cidade pequena e simples que cresceu desordenadamente e infelizmente sem muito charme. Porém Boipeba possui um outro lado, mais intocado, mais rústico e muito conhecido por sua beleza natural. Adivinhem? É para lá que nós vamos!
Uma "ambulancha", em Boipeba - BA
Cruzamos a cidade da Velha Boipeba e chegamos até o ponto do trator, onde deveríamos pegar uma carona no trator da escola ou fretá-lo para nos levar até a vilazinha do Moreré. O trator da escola saiu adiantado hoje, então perdemos a carona e tivemos que escolher entre uma caminhada de 4km por uma estrada de areia fofa, com mochilas nas costas e o sol no coco ou pagar 40 reais pelo frete do trator. Pô, o que são 4km? Vamos a pé, só tem uma ladeirinha que ficará rapidinho para trás. Almoçamos no restaurante do Dan uma comidinha caseira com tempero delicioso e pé na estrada.
Placa informativa entre Boipeba e Moreré, na ilha de Boipeba - BA
Foram pouco mais de 40 minutos caminhando, a ladeira foi subestimada, mas valeu a pena. Agora sim estamos chegando na Boipeba que eu imaginava! Mareré é uma vilazinha de pescadores com apenas 7 pousadas, quase todas à beira da praia, alguns poucos restaurantes e toda a tranqüilidade do mundo!
Praia de Moreré, na ilha de Boipeba - BA
A maré estava cheia, chegamos, nos acomodamos na Pousada Mangueira enquanto ela baixava um pouco e fomos caminhar na Praia da Bainema. Uma praia maravilhosa logo ali, passando o mangue, o rio e cruzando por trás do morro onde fica a Fazenda dos Odebrecht. Água quentinha, verdinha, praia comprida com milhares de coqueiros.
Fim de tarde na praia de Bainema, próximo à Moreré, na Ilha de Boipeba - BA
O Ro foi correr e eu fiquei fazendo meus exercícios na praia, enquanto o sol baixa aos poucos. Um banho de mar e a caminhada de volta, mais tarde trabalho e um lanchinho natureba de pastéis assados de berinjela na Da Luz. Depois de transitarmos entre diferentes mundos, encerramos assim este dia saudável, na nossa redoma do dia, na Boipeba do Moreré.
Pôr-do-sol entre coqueiros da praia de Bainema, próximo à Moreré, na Ilha de Boipeba - BA
Enttrando na belíssima Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Nós, do conforto do nosso apartamento nas grandes cidades, imaginamos a Floresta Amazônica uma coisa homogênea, árvores imensas circundadas por rios caudalosos. Sabemos que o Amazonas nasce no Andes (quando sabemos!) e que ele termina no Oceano Atlântico em um tal fenômeno da pororoca onde uns surfistas doidos gostam de surfar. Ah, sabemos também que a Floresta Amazônica é o pulmão do mundo, que os americanos a colocaram no mapa “do mundo” e não no “do Brasil” e que querem cometer o absurdo de inundar uma grande porção dela para fazer uma usina hidrelétrica, a tal Belo Monte. A Amazônia, em linhas gerais, é mais ou menos isso, não é mesmo?
Sobrevoando o gigantesco rio Solimões na região de Tefé, no Amazonas
Errado. A começar pela primeira afirmação, sim a Amazônia tem árvores imensas na terra firme, mas ela é formada por um conjunto de diferentes ecossistemas onde se encontram áreas de mata mais baixa, florestas inundadas, etc. Os rios caudalosos estão lá e são as estradas desta região tão distante, onde construir qualquer rodovia seria quase uma insanidade. Ao invés disso montar um sistema de ferries eficientes e modernos seria a melhor opção, mas é claro que não deve haver interesse político para tal.
Movimento de voadeiras em Tefé, no Amazonas
Cientistas dizem que o nosso “pulmão do mundo” é uma floresta autossuficiente, ela produz a quantidade de oxigênio que consome, na realidade o seu grande pulmão não está nas árvores, mas sim nas algas e plânctons que vivem em seu enorme sistema fluvial. Os americanos estão lá sim, turistas e pesquisadores, trabalhando, pesquisando e fomentando iniciativas sustentáveis para proteção da nossa floresta. Prefiro acreditar que só estes estão por lá, mas é sempre bom ficar de olho.
Uma gigantesca Samaúma, na região de Tefé, no Amazonas
Ah! E a Belo Monte pode ser um mal necessário, a começar pelas próprias populações que vivem ao seu redor e querem uma geladeira para poder conservar a comida que trazem da vila próxima a 3 dias de barco dali. Não sou a favor, mas sim, quando vamos e conhecemos de perto a realidade deste povo vemos que não existe o certo e o errado, não existe a situação ideal, não existem verdades absolutas.
Menina se diverte em canoa durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Várzea é o nome dado à área de floresta alagada na região do Rio Solimões. Ela vive dois períodos muito distintos, totalmente inundada na época de chuvas e seca no restante do ano. Estes dois extremos criaram fauna e flora muito específicas, espécies endêmicas se adaptaram ao regime de inundações, que nos picos pode chegar a ter de 10 a 12 metros de variação todos os anos.
Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
A Amazônia tem vários biomas, a terra firme, a floresta de várzea, que no Rio Negro costumam chamar de floresta de igapó, que tem como principal característica o fato de ser inundada durante todo o período de chuvas, de Outubro a Março. Os homens nas comunidades ribeirinhas, macacos, lontras, onças, aranhas, besouros e todos os seres vivos que habitam a várzea tiveram que se adaptar e sabem viver meses em terra seca e meses sobre as árvores, nadando, caçando, se alimentando e se locomovendo na água.
A floresta alagada na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Sempre ouvimos dizer que na Amazônia as estradas são os rios, mas dificilmente imaginamos que assim as ruas são seus afluentes menores, os canos e igapós. Os animais se adaptaram a viver entre as copas das árvores e as águas da floresta alagada na Amazônia, mas e o homem? Quando chegamos é impossível passar por estas comunidades e não se perguntar, como eles vivem tão isolados? Como vieram parar aqui? Como conseguem sobreviver?
Arquitetura típica de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Os ribeirinhos chegaram em diferentes levas em busca de uma oportunidade nos seringais amazônicos. Os ciclos de ocupação destas margens acompanham os ciclos da borracha, no seu auge e no seu declínio. A maioria dos ribeirinhos é originária dos estados vizinhos nordestinos, principalmente Maranhão e Ceará, povo reconhecido por desbravar e ter a coragem de enfrentar adversidades em novas fronteiras.
Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Desde a Guiana Francesa, Suriname e os confins de Roraima temos encontrado esta mesma característica nos imigrantes da mineração, construções e atividades correlatas. A sobrevivência na floresta os ensinou sobre o ciclo da vida, dos peixes, da madeira e dos frutos, mas em um ambiente tão rico quanto a floresta amazônica a sensação de que este é um bem infindável não é de toda errada. Mas como a chegada deste novo animal impactou a floresta? A caça e a extração de madeira, a pesca no período da piracema e a produção de lixo mudaram a dinâmica natural da floresta.
Família se diverte durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Somos parte integrante da natureza, não estamos isolados dela.
Garoto nos observa durante visita a uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Nosso guia nos mostra crânios de jacaré durante visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá nasceu do sonho e do árduo trabalho do biólogo paraense Marcio Ayres. Com a sua paixão pelos primatas e a visão sistêmica da biota amazônica, pensando no homem como parte integrante deste ambiente, Márcio idealizou a convivência harmônica do ser humano neste meio natural e concebeu um modelo de participação comunitária em uma reserva sustentável no coração da Amazônia.
Um dos habitantes locais nos recebe na escola de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
A reserva está localizada entre os rios Solimões, Japurá e Auati-Paraná e protege 1.124.000 hectares da mata de várzea amazônica. A várzea representa 4% da Amazônia Brasileira e a Reserva do Mamirauá é a maior área de proteção deste ecossistema, não apenas no Brasil, mas no mundo.
Apresentação sobre a Reserva do Mamirauá (na Pousada Uacari, perto de Tefé, no Amazonas)
Hoje o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá desenvolve atividades por meio de projetos de pesquisa, manejo ambiental e de assessoria técnica dentro da Reserva Mamirauá e Amanã, ajudando o Governo do Estado do Amazonas na gestão destas reservas.
Palestra sobre a região amazônica, na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, egião de Tefé, no Amazonas
Basicamente eles construíram um cenário onde a interação equilibrada do homem e da natureza se tornam possíveis. A extração de madeira e a pesca fazem parte da vida na floresta amazônica, porém hoje com planos de manejo, determinando os períodos de procriação ou as árvores que já atingiram maturidade para serem retiradas dentro de determinada área. Além disso trazem programas de infraestrutura básica como novas caixas de água tratada, luz solar e geradores de energia, educação a distância para as escolas, agricultura comunitária, pecuária e até o turismo como uma fonte de renda alternativa.
Um pequeno curral flutuante, que funciona durante a cheia do rio, em comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Se você já está curioso com tudo o que eu contei aí acima e quer saber como fazemos para visitar e conhecer este paraíso amazônico, aí vai a resposta.
Chegando à Pousada Uacari, nossa casa pelos próximos 5 dias na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
A Pousada Flutuante Uacari está localizada dentro da Reserva Mamirauá e recebe turistas de todo o mundo curiosos não apenas com a flora e a fauna amazônica, mas também com o modelo de sustentabilidade aplicado pela reserva.
Guia nos dá explicações durante passeio de canoa motorizada pela Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
A pousada é administrada pelos próprios moradores das comunidades, gerente e todos os seus funcionários habitam a reserva e dividem seus conhecimentos e talentos com os turistas trabalhando como guias, cozinheiros, camareiros, todos responsáveis por este negócio comunitário. Além dos salários ajudarem as respectivas famílias, o lucro da pousada é dividido pelas comunidades, que decidem como aplica-la em melhoramentos na infraestrutura das vilas.
A bela Pousada Uacari, em plena Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
A pousada é rústica, mas possui uma boa infraestrutura, as cabanas são espaçosas, possuem chuveiro com aquecimento solar e sua própria varanda de frente para o rio e a floresta. Durante boa parte do ano a pousada ainda conta com uma piscina natural, uma área reservada por uma estrutura de redes flutua ao lado da pousada na lagoa onde está localizada. Quando nós estivemos lá a piscina estava desmontada pois a correnteza estava muito forte e muitas plantas ficavam presas nela, portanto banho era proibido, já que os jacarés são companhias certas sob os flutuantes da pousada.
Nosso quarto na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Como lá estamos isolados, as diárias incluem todas as refeições, deliciosos cafés da manhã, almoços e jantares com pratos, sucos e frutas tipicamente amazônicas. O tambaqui assado, a peixada de surubim e as sobremesas como os pavês de mandioca e graviola são imbatíveis!
Um saboroso almoço na Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Ao longe, o macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Então estamos hospedados em uma pousada flutuante no coração da Amazônia, com todas as mordomias rústicas possíveis e o melhor, uma floresta inteira para explorarmos. Conhecer as imensas samaúmas, aningas, paracuubas, catorés e sapucaias, ver as mungubas virando algodão e buscando o matamatá para ver se encontramos um dos mais raros primatas que vive nesta região, o Uacari-Branco.
Pintura do macaco Uacari, símbolo da Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Uacari foi o motivo primeiro da vinda de Marcio Ayres para cá. Um macaco de pelos claros, loiros quase brancos e de cara vermelha que o primatólogo viu pela primeira vez em um zoológico na Inglaterra! Indignado, foi pesquisá-lo e acabou desenvolvendo sua tese de doutorado sobre este animal. Marcio passou dias, meses, anos! enfiado em uma canoa, observando e estudando os uacaris que hoje dão nome à pousada e são estrelas principais das nossas buscas pela selva.
Encontro com macacos na Reserva do Mamirauá, na região de Tefé, no Amazonas
Encontro com jacaré em rio em frente à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Enquanto não o encontramos, macacos de cheiro comum e da cabeça preta, prego e o guariba (bugio gritador), animam a nossa empreitada. Com sorte ainda podemos encontrar preguiças, porcos-espinho e até um tamanduá-mirim sobre o tronco das árvores. O sonho de todos seria mesmo encontrar a majestosa onça pintada deitada preguiçosamente em um apuí de onça, mas esta sim é chance rara, quase impossível, segundo os pesquisadores da reserva.
Macaco salta sobre nós durante passeio de canoa na floresta alagada na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Nos canos, braços principais do Rio Japurá, seguimos na nossa voadeira buscando sinais de toda a vida que se esconde nesta imensidão verde. Nos ares e nos galhos das árvores vemos tucanos, pica-paus, o gavião preto e o gavião panema, socó boi, socó onça, o jaçanã e até um alencorne. Nas águas os botos vermelhos (ou cor-de-rosa) fazem a festa, ao lado dos jacarés e piranhas, estas mais facilmente vistas em uma pescaria esportiva. O que mais você pode esperar de uma aventura amazônica?
São inúmeras as espécies de pássaros que vivem na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
A Ana segura um filhote de jacaré em criadero na Isla de la Juventud, em Cuba
A Isla de la Juventud, antes chamada de Isla de los Pinos, teve seu nome alterado por Fidel em homenagem aos jovens que vários cantos do mundo que vieram a estudar em escolas secundárias especiais criadas aqui. Foram mais de 10 mil estudantes, a maioria africana, que contribuíram com o desenvolvimento, trabalhando em turnos para formar as atuais plantações de citrus, uma das principais economias desta província.
Pode parecer tranquilo, mas é um lago cheio de jacarés na Isla de la Juventud, em Cuba
Mesmo com a mudança do nome em 1978, quem nasce na Ilha de la Juventud continua sendo “pinero” e foi Plá, um pinero da gema, que nos levou conhecer a ilha. Alugar carro é muito caro e tem toda a burocracia, assim negociamos por um dia de tour até o Cocodrilario, à Presidio Modelo e a uma praia por 40 CUCs.
Pode parecer tranquilo, mas é um lago cheio de jacarés na Isla de la Juventud, em Cuba
Saímos às 10 da manhã, meio tarde, mas o povo estava destruído da maratona de viagem e mergulhos de ontem. Ideal mesmo é sair um pouco mais cedo para pegar os crocodilos com menos sol. No caminho tivemos uma dificuldade grande em encontrar água mineral para comprar, passamos em umas 5 lojas diferentes entre Nueva Gerona e La Fe, as duas principais cidades da ilha. A população aqui geralmente consome a água encanada mesmo, os mais preocupados a fervem para garantir.
A prisão onde ficou preso Fidel Castro na Isla de la Juventud, em Cuba
São em torno de 50 minutos de carro até o criadouro de crocodilos, que está antes da área do Parque Nacional da Ciénaga de Lanier. A ciénaga é uma área pantanosa, ambiente ideal para o desenvolvimento desses parentes próximos dos dinossauros.
Filhote de jacaré em criadero na Isla de la Juventud, em Cuba
A entrada no criadouro é de 5 CUCs por pessoa, o que a princípio parecia meio overpriced, então já negociamos na entrada que queríamos segurar um bebê na mão! O técnico que acompanha a visita lida diariamente com esses bichos e tem uma manha tremenda para lidar com eles. Os bebês devem ser segurados pressionando a cabeça e a mandíbula, para não dar nenhuma mordida surpresa no turista desavisado.
A Ana segura um filhote de jacaré em criadero na Isla de la Juventud, em Cuba
O principal objetivo deste “cocodrilario” é a procriação e preservação da espécie endêmica encontrada aqui em Cuba, Crocodylus rhombifer, encontrada apenas na ilha de Cuba e na Isla de La Juventud. Eles estão em processo de extinção após terem capturado praticamente todos que existiam no país e o mesclaram com o Crocodilo Americano (Crocodylus acutus). Outra espécie que apareceu por aqui é o Crocodilo Colombiano, porém a cruza entre estas espécies é estéril.
Nosso guia segura jacarés na Isla de la Juventud, em Cuba
Hoje o criadouro acompanha o nascimento de 25 a 40 ovos por ninhada, a cada 2 ou 3 meses, garantindo que a maioria seja fêmea, para garantir e aumentar a sua população. Os crocodilos vivem em cativeiro separado por etapa de crescimento e são liberados para a natureza após atingirem em torno de 15 anos. Esta espécie chega a atingir até 3,5m de comprimento, um senhor crocodilo!
Jacarés maiores no criadero na Isla de la Juventud, em Cuba
Entre os 5 e 7 anos, aproximadamente, eles são transferidos para áreas naturais cercadas onde sua alimentação passa híbrida entre caça e “ração”, que basicamente é pura carne. O nosso guia nos mostra como faz para alimentá-los e eles vem como cachorros, atendendo ao chamado “tóme, tóme”, e salta velozmente enganado por um pedaço de pau que lançamos. Nesta área o convívio com outros crocodilos da mesma espécie e diferentes tamanhos já vai mostrando também como funciona o territorialismo que lhes é peculiar, um instinto natural.
Jacarés maiores no criadero na Isla de la Juventud, em Cuba
A aula de biologia e vida reptiliana valeu à pena! Que animais interessantes são esses crocodilos.
Visitando criadero de jacarés na Isla de la Juventud, em Cuba
Retornamos em direção à Nueva Gerona, agora para continuar a nossa imersão na história Cubana, passando pela prisão onde Fidel Castro e seus comparsas estiveram presos entre outubro de 1953 e maio de 1955. A prisão foi construída entre 1926 e 1931 com o mesmo modelo da famosa penitenciária americana de Joliet, em Illinois.
O gigantesco e desativado Presidio Model, onde ficou preso Fidel Castro na Isla de la Juventud, em Cuba
Estes imensos edifícios circulares hoje totalmente abandonados, podiam receber até 5 mil prisioneiros ao mesmo tempo! É impressionante entrar em um lugar como este e imaginar que em cada cela tinham um ou dois presos, seres humanos da pior espécie. Eles ficavam geralmente soltos no pátio central e tinham suas celas para dormir. Na torre central ficava a guarda, com uma visão 360 graus e com um acesso subterrâneo, para que os presos não soubessem qual era o guarda na vigília.
Visitando o Presidio Model, na Isla de la Juventud, em Cuba
Fidel obviamente ficou trancafiado em uma cela especial, à parte dos presos comuns, com colchão, banho e alimentação mais decente. Sua cela hoje virou um pequeno museu, que decidimos “pular”, já que o tempo passava e ainda queríamos pegar uma prainha. Dali, seguimos direto para a Playa Paraíso, no norte da ilha. As praias de areias brancas e mar azul caribenho estão no sul, mais distantes e com acesso mais restrito*.
Local do nosso almoço na Praia Paraiso, na Isla de la Juventud, em Cuba
A praia de areias claras e mar verde estava super agradável. Um bar (clandestino) vende mojitos, cervejas e serve refeições com peixe, lagosta e frango na brasa, além da deliciosa porção de banana chips. Sol e mar quentinhos, mesmo com muitas algas deu para nadar e se refrescar.
APraia Paraiso, em Nueva Gerona, na Isla de la Juventud, em Cuba
Conhecemos alguns pineros malucos que nos contaram sobre sua postura política contra o governo. É raro encontrar alguém que fale abertamente sobre isso, o pai de um deles é o fundador de um partido oposicionista. Ele nos contou que foi entregue ao governo a documentação da fundação do partido, inclusive com o nome dos fundadores e todos os seus apoiadores, mas o governo simplesmente ignorou. O pai dele já foi preso por manifestações contra o governo e acabou sendo solto. Eles sabem com quem e para quem podem falar isso na ilha, já que todos se conhecem. Sabem quem é informante do governo, fiscal ou dedo-duro. A impressão que eu fiquei é que por sua situação geográfica, os pineros possuem mais liberdade e acabam se organizando politicamente de uma forma um pouco diferente.
No volante de um carro sexagenário em Nueva Gerona, na Isla de la Juventud, em Cuba
Dia entre a natureza, crocodilos, presídios suas histórias, praia e bons amigos. Um tour bacana para conhecer o lado alternativo da Isla de La Juventud.
Se você tem mais tempo e quer conhecer o Parque Nacional que abrange a área da Ciénaga de Lanier deve se programar com antecedência. A oficina de turismo em Nueva Gerona deverá providenciar uma permissão especial para entrada na área, assim com um automóvel próprio, 4 x 4. Além de a vida selvagem ser mais abundante, um dos pontos altos é a Cueva de Punta del Este, onde antigos habitantes indígenas deixaram suas marcas na gruta, que são consideradas as principais pinturas rupestres no Caribe. Além da Punta del Este, as praias Larga e a comunidade de Cocodrilo também tem acesso por este parque e ao menos uma dela pode ser incluída neste day tour.
Com a Laura em Maresias, São Sebastião - SP
O sol hoje pela manhã estava tímido, pouco convidativo para pegar uma praia. Mas em Maresias este não era o principal chamariz, estávamos todos muito curiosos para ver as tão faladas meninas do futevôlei! Esperamos o Rafa e a Laura chegarem de São Paulo enquanto assistíamos ao jogo Alemanha x Argentina, uma lavaaada, diga-se de passagem.
Depois da corrida nas areias de Maresias, com o Haroldo em São Sebastião - SP
Desde que combinamos de vir para Maresias com o Haroldo ele comentou conosco que a parte sul da praia era a maior seleção de beldades femininas. A forma mais fácil de nos explicar como eram tão bonitas era assim: “Gente, elas ficam ali jogando futevôlei e não balança nada!”. Isso realmente é impressionante, difícil para eu, como mulher, acreditar que isso ainda exista! Nas revistas o photoshop domina e as campanhas pela beleza natural são cada vez mais parte da nossa vida. É até mais bacana hoje você ser uma mulher real desencanada e feliz com o seu corpo, a La Dove, Real Beauty Campaign (http://www.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U), do que uma saradona viciada em academia e mega preocupada com a sua imagem e o seu corpo. Já dizia uma marca de refrigerante: “Imagem não é nada! Sede é tudo!”
Tudo isso é muito legal, agradecemos às marcas que tentam influenciar de alguma forma a mídia e tirar um pouco deste peso e cobrança de nós mulheres. Porém o fato é que isso tudo pode até nos ajudar a ficar mais desencanadas com os outros, mas não consigo mesmas. Pelo menos falo por mim... Queremos nos sentir bem e bonitas quando nos olhamos no espelho. Quando chegamos à praia algumas destas beldades deram o ar da graça e conseguiram me deixar até encabulada. A sorte foi que o time de futevôlei feminino pelo jeito estava de folga hoje, ou tinha mudado do sul para o surf. O Super Surf estava rolando na praia do meio, afinal, cada qual com seu cada qual. Ainda assim ali é, sem dúvida, um lugar de pessoas bonitas e saudáveis, uma ótima influência sempre! Basta manter a auto-confiança, erguer a cabeça e não desistir! Disciplina, dieta de baixas calorias e muita academia, um dia chegaremos lá! Só nos damos uma trégua quando estamos de férias, por que aí você também merece viver, tomar uma cervejinha e comer aquele brownie de chocolate de vez em quando, né?
Eu? Bem, como as minhas férias estão apenas no início, ainda tenho 901 para começar a me preocupar!
Museus de Lendas e Tradições, em antiga prisão somozista em León, na Nicarágua.
Hoje cedo fomos ao Museu de Histórias y Leyendas. Dona Carmen, a idealizadora, artista e executora de quase todas as peças em exposição. Ela faleceu há apenas 1 mês e seus filhos herdaram o museu e a tarefa de manter o seu sonho, de manter a história e crenças do seu povo e de construir um espaço de atividades para pessoas da terceira idade. Há pouco tempo o museu saiu de sua casa para o local atual, antiga prisão, construída em 1921. Por esta prisão passaram centenas de presos políticos que foram torturados e mortos durante a Era Somoza.
O museu reúne em cada uma das antigas celas, estátuas e imagens que representam lendas nicaragüenses. A história como a de La Llorona, que suas lágrimas teriam formado o Lago de Manágua, a lenda da bruxa que transformava as pessoas mal quistas em porcos ou da índia que se apaixonou por um espanhol e foi separada de seu amor.
Visita à antiga prisão somozista em León, na Nicarágua.
Conhecemos também La Gigantona, representação de uma mulher espanhola, e o boneco que representa o nicaragüense, pequeno e cabeçudo, sinal de inteligência dos nativos. Nos meses de dezembro os nicas e as gigantonas saem às ruas bailando ao som de tambores e no dia 7 de dezembro é quando acontece a grande reunião de Las Gigantonas, quando um júri elege a mais bonita e hermosa de todas elas.
Personagens legendárias em museu de León, na Nicarágua.
Uma cena que está terminando de ser montada, super curiosa, é a de um índio que teria morrido lutando por sua liberdade contra os espanhóis, porém sua alma ficou vagando em uma carroça pelas ruas de León como “um espanto”. Depois da meia-noite se alguém estivesse na rua e visse a sua carruagem, teria sua alma levada, virando um fantasma também.
Dona Carmen fez um trabalho muito bonito e que ficou ainda mais especial sendo abrigado em, um lugar histórico que estava abandonado e retornou à vida, guardando a memória dos tempos de luta contra a ditadura.
Barco na vega na orla de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Cap-Haitien foi um dos principais portos de cruzeiro do Caribe na década de 70. Recebia navios de cruzeiros que lotavam os restaurantes, bares e casas de jogos da pequena urbe haitiana. Hoje a charmosa cidade de arquitetura colonial francesa anseia por reviver seu passado de glória. Nos tempos de vacas gordas toda a cidade era beneficiada pelo turismo.
Vendedora de frutas, em Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Joseph, que hoje pede dinheiro nas ruas, arranha 4 ou 5 idiomas aprendidos nos tempos em era guia das centenas de turistas “gringos e europeus” que vinham ao norte da ilha. Pergunto à ele, então, o que aconteceu que os cruzeiros desapareceram daqui e ele diz que a AIDS foi uma das culpadas. Desde que a AIDS apareceu no começo da década de 80, uma das hipóteses é de que ela teria surgido no Haiti, um dos países mais afetados no início da epidemia. Nada se sabia sobre a doença, forma de contágio, etc, e assim o Haiti ganhou a fama. A fama somada às agitações políticas contra a ditadura comandada por Papa Doc e Baby Doc e à guerra civil subsequente, fizeram com que as companhias de cruzeiro se afastassem e mudassem de destino. Quem soube se aproveitar da oportunidade foi o país vizinho, República Dominicana, que passou a ser uma alternativa mais segura para os turistas.
Vista de Cap-Haitien, no norte do Haiti
A cidade de Cap-Haitien é a segunda maior do país, bem espalhada entre o mar e as montanhas com aproximadamente 200 mil habitantes, porém é à beira mar no Boulevard du Cap-Haitien que os hotéis e restaurantes se concentram. Uma das zonas mais nobres da cidade, a área do Boulevard está entre o centro histórico e a Praia de Rivas. Uma curta caminhada nos leva à Catedral, praça principal e à uma viagem no tempo entre as casas antigas das ruas da cidade.
Arquitetura colorida no centro de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Estudantes por todos os lados nos dão um bom sinal de que o país está mudando. O novo presidente haitiano é muito popular, todos gostam dele. Michel Martelly, conhecido também como “Sweet Micky”, era um cantor de Kompa Music e se tornou presidente em 14 de maio de 2011. Um cantor no poder é algo controverso, já que não possui nenhuma experiência administrativa e política, mas ele tem algo que os outros políticos não possuem, amor pelo país. Este amor e a vontade de transformar o Haiti o fazem aceito em todas as parcelas da população, dos mais pobres e simples, até àquela pequena parcela mais politizada. Uma das primeiras e maiores resoluções do novo presidente foi que todas as crianças deveriam ir à escola, e assim está sendo, todos os dias vemos uma incontável soma de crianças e jovens uniformizados indo e vindos de suas escolas. Ótimo começo!
Dirigindo pelas ruas de Cap-Haitien, a segunda maior cidade do Haiti
Na Catedral encontramos um grupo de meninas curiosas, me olhavam sem parar, queriam interagir, fotos, não sei. É nessas horas que me odeio por não saber falar a língua local e aqui, no caso, nem o francês! Fotos, porém, são a linguagem universal e dentro da catedral elas posaram para mim sorridentes e faceiras.
Meninas no interior da catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Esta cena, por sinal, me fez lembrar uma informação curiosa. Todos temos uma imagem de que o Haiti é o país do voodoo, a tal da religião de base africana que se desenvolveu e é predominante na ilha. Verdade? Bem, os dados do último censo revelam que 80% dos haitianos se dizem católicos. Acho que se o voodoo fosse mesmo tão disseminado nós teríamos visto sinais mais claros... de qualquer forma, mesmo curiosos, não nos empenhamos muito na busca dos rituais de voodoo por aqui.
Catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Durante a tarde almoçamos no Restaurante Lakay, um dos pontos de encontro de haitianos de classe média e expatriados que vivem na cidade. Em frente ao mar, com boa música e um menu bem diversificado o restaurante tem o ambiente perfeito para um almoço tardio, uma cervejinha no final da tarde ou um jantar com os amigos. A noite o Lakai estava cheio de locais e expats, um ambiente animado e festivo que ainda não tínhamos encontrado no Haiti, um bar-restaurante que poderia estar em qualquer outro lugar do mundo. Philipe ficou curioso quando nos viu por lá e fez a esperada pergunta: “com que organização (ONG) vocês estão aqui?”, quando respondemos que éramos turistas ele sorriu e confirmou, “Turistas? É raríssimo encontrarmos turistas por aqui, mas quando eu era criança era mais comum, estamos torcendo para que o turismo volte a crescer.”
Com o Felipe, dono do nosso bar preferido em Cap-Haitien, o La Kay (Haiti)
Conversamos sobre a nossa viagem, as suas experiências e visões do país, além de dicas para os roteiros pela região. Philip foi tão atencioso que nos deu uma carona até a sua casa, em frente à Praia de Rivas, deixando sua casa à nossa disposição. Não tínhamos muito tempo e tampouco queríamos abusar, assim acabamos ficando na praia, apenas observando o pouco movimento de locais, meninas tomando banho com água do mar e sabão, rindo e se divertindo, enquanto os meninos assistiam ao longe. É o velho ritual do acasalamento, igual em todas as espécies e em todos os lugares! Hahaha!
Antigo forte francês em Cap-Haitien, no norte do Haiti
Garotas tomam banho na água do mar, em praia de Cap-Haitien, no norte do Haiti
Cap-Haitien é a principal base para exploração de duas grandes atrações turísticas do país: a fortaleza conhecida como Citadelle Laferrière e Labadie, um paraíso tropical escondido na costa norte do Haiti. Amanhã começamos as nossas explorações na região.
Fim de tarde na beira-mar em Cap-Haitien, no norte do Haiti
Um dos milharess de igapós em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
A imagem mais clara que tenho na minha cabeça sobre a Floresta Amazônica é das suas áreas alagadas. Boa parte das florestas passam 6 meses submersas e 6 meses secas. Esta dinâmica de águas desenvolveu no seu entorno uma grande biodiversidade de fauna e flora, o solo de várzea é permeável e as árvores adaptadas a vida embaixo d´água.
Árvore submersa sob mais de 5 metros de água, em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Hoje fomos explorar uma parte destas florestas, dentro do Arquipélago de Anavilhanas. O maior arquipélago fluvial do mundo, da Ilha da Sacada até a Ilha do Jacaré, com cerca de 400 ilhas, lagos, igarapés, igapó e paranás.
Passeando num dos lagos do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Algumas das ilhas de Anavilhanas ficam exatamente em frente à cidade de Novo Airão, são mais de 50 comunidades ribeirinhas no entorno da estação ecológica. Toda esta área é formada por um mosaico de áreas de preservação, parques nacionais, etc. É feito um grande esforço para aliar os interesses das atividades de subsistência destas populações, como pesca, caça e a exploração turística, à preservação deste ecossistema.
Chegando ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
A Floresta Amazônica possui 3.500.000 km2, o equivalente a 40% do território brasileiro. São mais de 50 mil espécies de animais vertebrados, 2000 espécies de peixes, dentre elas o pirarucuu, peixe que chega a quase 3m de comprimento e vive nas áreas rasas próximas às margens. São mais de 300 répteis, sendo 175 espécies as serpentes, além dos lagartos e quelônios. Isso tudo sem falar dos mamíferos, mais de 500 e aves, 30% das encontradas em todo o mundo.
Camaleão vem nos fazer companhia no café da manhã na Pousada Bela Vista, em Novo Airão - AM. Ao fundo, o Rio Negro
Vermelho, nosso guia, veio nos buscar com seu barco direto no nosso hotel, dali atravessamos o braço direito do Rio Negro, mais largo e raso, por isso tido como secundário. O braço principal passa à esquerda do arquipélago, em direção à Manaus. Ele é mais fundo e por isso possui um trânsito de grandes embarcações muito mais intenso. Entramos em um Paraná e logo encontramos um bando de botos cinza.
Um dos "paranás" (grandes canais) do arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Mais alguns minutos entramos em um igapó, um trecho de floresta alagada, passando próximos às copas de árvores imensas e até algumas árvores completamente inundadas. Impressionante é que elas sobrevivem, suas folhas continuam lá, embaixo da água verdinhas se esticando em busca de luz. Ali, entre seringueiras e cipós da orelha de elefante, encontramos um pequeno jacaré de um metro e meio que descansava atrás de uma sapopema, árvore de raízes imensas (parecida com a figueira).
Grande árvore na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Açaí, fruta muito comum em Novo Airão e em todo o estado do Amazonas
A sapopema é a árvore utilizada para comunicação entre os índios e caboclos que vivem na floresta, batendo com um pau seu tronco e fazendo um barulho imenso. Nela encontramos também ovas de caramujos, parecia uma fruta do conde verdinha presa ao seu caule.
Grande caramujo na floresta inundade de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Seguimos e no caule de outra árvore encontramos uma tarântula dentro do seu casulo, Vermelho a cutucou até sair, toda peluda e terrível! Mais alguns paranás e igapós depois chegamos ao Apacú, o maior lago do Arquipélago de Anavilhanas.
Uma grande tarântula que habita a floresta inundada de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Um mar que quase não podemos ver a outra margem, na cheia possui diversos acessos, porém na seca há apenas uma saída. Ali mergulhamos no meio do lago de águas escuras, avermelhadas e cada mergulho chamava a atenção dos nossos amigos botos cor-de-rosa, que logo apareceram por ali. Não demorou e os cinzas também apareceram e pudemos ver a rivalidade entre eles, barulhos, batidas e saltos nos deram uma ideia de como acontece este encontro.
O Vermelho, nosso guia e piloto em Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Já no caminho de volta paramos rapidamente para uma foto em terra seca e vimos aquele lagarto “Jesus”, que se assustou, quando tentei tirar uma foto, e saiu correndo sobre a água! Sensacional a rapidez do bichinho! O passeio foi lindo e só nos deixou com vontade de voltar para conhecer ainda o Parque Nacional do Jaú, com matas ainda mais intocadas e uma noite na floresta.
Um pequeno visitante em nosso barco durante passeio ao arquipélago de Anavilhanas, região de Novo Airão - AM
Durante o período de seca a paisagem muda completamente, barrancos, campinas, lagos fechados e dezenas de praias de areias claras se formam às margens de cada ilha. Cenários maravilhosos e outro tipo de diversão, com muito calor e água morna.
Rio Negro bem calmo num dia de muito sol em Novo Airão - AM
Despedimos-nos de Novo Airão em um delicioso almoço no restaurante Leão da Amazônia O simpático chefe francês Cristophe e seu sócio cearense possuem dois restaurantes na cidade. Ontem conhecemos a filial do centro, foi uma grande sorte! Chegamos tarde, logo após um evento onde almoçaram o Cônsul da Suíça e o Cônsul do Japão, encontramos queijos e pratos deliciosos já prontos.
Deck sobre o Rio Negro no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
Por isso quisemos aproveitar e hoje conhecer a sede principal, o Leão da Amazônia beira rio. Uma salada e um peixe encontro das águas, pirarucu com molho de açaí de um lado e molho branco com vinho e cebola flambada do outro. Tudo isso às margens do lindo Rio Negro. Bela despedida!
Muito bem alimentados, à beira do Rio Negro, no restaurante Leão da Amazônia, em Novo Airão - AM
O retorno foi meio penoso, vim dirigindo na estrada tranquila, mas tivemos que ficar mais de uma hora na fila da balsa para Manaus. Sábado, não queríamos deixar de conhecer um lugar que nos foi indicado por Cristophe, o Wyndin Bar. A maior atração é o seu aquário com peixes locais, dois pirarucus de quase dois metros, tambaquis e tartarugas. É simplesmente fantástico. Dá pena ver estes peixes ali, mas é menos sofrido quando sabemos que eles chegaram ali ainda bebês e se acostumaram com aquele espaço. São duas fêmeas, lindíssimas, com quase 2m de comprimento, caudas largas e rosadas maiores de o corpo e a cabeça. Elas parecem ter uma relação ótima, são carinhosas e se acompanham o tempo todo, muito curioso.
Hipnotizado pelo aquário de um restaurante em Manaus - AM
Um dia mergulhados nas florestas alagadas, animais e peixes amazônicos. Deu para ter pelo menos uma ideia deste imenso e magnífico mundo verde, que estamos apenas começando a explorar.
Pirarucu nada em meio a Tambaquis no aquário de um restaurante em Manaus - AM
Glossário das Águas
Igarapé – é um riacho que tem como origem uma nascente de água.
Igapó - uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios dentro das florestas alagadas e que desaparecem na época de seca.
Paraná – uma ligação entre dois rios, ou lagos e rios que não seca, a não ser em secas excepcionais.
Igreja da praça central de Villa de Leyva, na Colômbia
Villa de Leyva é uma cidade histórica colombiana, um dos destinos preferidos dos bogotanos nos finais de semana e feriados. A apenas 2 horas de Bogotá, a região oferece uma diversidade de atrações interessantes para todos os gostos. Cachoeiras, trilhas, museus paleontológicos, sítios arqueológicos pré-colombianos e antigos monastérios são algumas das atividades nos seus arredores.
A enorme praça central de Villa de Leyva, na Colômbia
Fundada em 1572, é considerada um monumento nacional por conservar a arquitetura em estilo colonial. A sua imensa praça central é cercada de prédios antigos, a igreja e restaurantes super convidativos para uma tarde preguiçosa e ensolarada. Uma mistura entre Outro Preto e Parati, com áreas montanhosas nas suas cercanias, porém com ruas de pedra totalmente planas faz caminhar pelas ruas de Leyva um deleite. Pelo simples prazer de sentir a atmosfera, encontrar bistrôs nas antigas casas espanholas com átrios varandados e ver a vida passar.
Caminhando pela cidade histórica de Villa de Leyva, na Colômbia
A 15 minutos de carro encontram-se os Pozos Azules, lagos de águas cristalinas com coloração azul-esverdeada. São nascentes de água, porém não são potáveis e estão fechadas para banho. Uma caminhada ao redor dos poços é bacana ver um pouco da região.
Os "Lagos Azules" em Villa de Leyva, na Colômbia
Dali, seguimos para o museu El Fósil, onde está exposto o fóssil de um kronosaurio de pouco mais de 7m de comprimento e 110 milhões de anos. O dinossauro marinho de cabeça imensa, parente dos crocodilos, foi encontrado nesta região em 1977 e é um dos maiores da sua espécie já encontrados em todo o mundo.
O físsil de um gigantesco réptil marinho (Kronosauro) em Villa de Leyva, na Colômbia
Fóssil marinho com mais de 100 milhões de anos em Villa de Leyva, na Colômbia
Novamente é impressionante imaginar que répteis marinhos poderiam ser encontrados no meio da Colômbia. A explicação para isso é a mesma encontrada para os depósitos de sal que formam a catedral em Zipaquirá. Uma antiga baia de água salgada banhava esta área, com águas rasas, claras e cálidas, deixando como prova a concentração em fósseis marinhos de plantas, animais e microorganismos que são encontrados na região.
Dezenas de fósseis marinhos, prova que Villa de Leyva já esteve sob o mar! (Colômbia)
O mais fácil de ser encontrado em várias rochas é um caracol casa de um mega molusco marinho pré-histórico. Além do museu, o encontramos nas pedras que fazem parte da construção do Monastério El Santo Ecce Hommo. Convento de padres dominicanos de mais de 400 anos, possui tem sua arquitetura bem conservada e uma coleção de arte religiosa e sobre a história da chegada dos padres espanhóis na região.
O belo pátio central de antigo monastério em Villa de Leyva, na Colômbia
O Parque Arqueológico de Monquirá, conhecido como “El Infiernito” era o observatório solar dos antigos povos que habitavam a região. Os muíscas utilizavam as colunas para definir os períodos de plantio e colheita e construíram ao seu redor uma espécie de jardim da fertilidade.
Construção neolítica em Villa de Leyva, na Colômbia. As pedras servem para medir a luz do sol e o início das estações
Ali se realizavam cerimônias de fertilidade para os seus deuses. Este povo era poligâmico, porém apenas os homens podiam ter mais de um parceiro. As mulheres possuíam um papel importante na sociedade, já que a linhagem hierárquica se dava através de sua árvore. Ainda assim aquelas que praticassem poligamia eram fortemente punidas.
Cultura neolítica cultuava símbolos fálicos, símbolos de fertilidade, em Villa de Leyva, na Colômbia
São mais de 30 estátuas de pênis esculpidas em todos os tamanhos, tipos e formatos, como símbolo da fertilidade. Só não entendi por que o Rodrigo, que estava tão interessado no tal observatório solar, de repente quis ir embora tão rápido.
Na construção do antigo monastério em Villa de Leyva, é possível encontrar dezenas de fósseis (Colômbia)
Depois de um delicioso almoço na praça central, O Rodrigo ainda teve o pique de subir até um mirante próximo da cidade. No final da tarde, a chuva se armou e um véu escuro se pôs sobre Villa de Leyva.
O mirante de Villa de Leyva, na Colômbia
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