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Claudia Boemmels (16/08)
ADorei o post e muito mais a foto do cristo submarino. Demais! Bjs e até...
tião moreira (13/08)
estou indo para paraty em uma strada CD , e vou passar por cunha, será ...
daniel (13/08)
ola Ana, em fortalezinha tem pousadas? vc tem o telefone da pousada?...
Rubens Werdesheim (13/08)
Venho acompanhando vcs há tempos e uma pergunta tenho que fazer .Nos asp...
Márcio Sixel (12/08)
Fala, galera. Estarei indo no dia 18/09/2013. Se tiver alguém aí que ir...
A "Revolution Tower", um dos marcos arquitetônicos da Cidade do Panamá, capital do país
Após um dia chuvoso, de bastante trabalho, ontem demos uma escapadinha para o cinema do Multicentro. O filme que estava disponível no cinema era “Colombiana”, escrito por Luc Besson e Robert Mark Kamen. O filme se passa entre a periferia de Bogotá e Nova Iorque, usando como pano de fundo a história dos quartéis de drogas colombianos. Filme de ação com Zoe Saldana, gatona que já fez Missão Impossível e outros nessa linha. Ótimo entretenimento!
Fechamos as nossas malas para seguir viagem, nosso destino são as montanhas do norte do Panamá, na cidade de Boquete. Cruzamos a ponte das Américas, que une os continentes que o homem separou, passando sobre o Canal do Panamá.
A famosa Ponte das Américas, sobre o Canal do Panamá
As estradas aqui no Panamá estão sendo um suspiro aliviado entre as suas irmãs colombianas e com as que estão por vir na América Central. Asfaltadas, grande parte duplicadas em auto-pistas daquelas que pagamos os pedágios com gosto.
Exibir mapa ampliado
A única taxa que não gostamos de pagar são aquelas gentilmente solicitadas por alguns policiais, que estão espalhados por toda a rodovia.
Fiona tem "problemas" na estrada, perto de Santiago, no Panamá
Atravessamos do centro ao norte do país em umas 6 horas, deixando para trás dois parques nacionais e uma a comarca dos índios Ngöbe Buglé, personagens que passam a ser comuns nessa região. As mulheres usam vestidos longos e coloridos com detalhes de patchwork nas mangas, lindo!
Estamos mesmo na América central!!! (apesar da placa, ainda estamos no Panamá)
Chegando às montanhas de Boquete, fomos recepcionados por um belo arco-íris. Que seja o prenúncio de um lindo dia de caminhadas e explorações na região! Amém.
O gigantesco arcoíris marca exatamente aonde está a cidade de Boquete, no Panamá
Aproximando-se do lago Yojoa, região central de Honduras
Depois de ter passado pelas famosas Bay Islands, no Mar do Caribe e em uma das ruínas mayas mais incríveis da America Central, era vez de visitarmos um destino alternativo em terras hondurenhas.
A região rural e montanhosa de Gracias, em Honduras
Nós saímos de Copan Ruínas em direção ao lago por um caminho alternativo, cruzando cidades interioranas e vendo o mundo passar pela janela, gente vivendo e sobrevivendo do campo, da venda, da terra e do sol. As estradas de Honduras são um exercício de paciência, esburacadas, mal sinalizadas e sem muitas regras de tráfego, ou se elas existem o povo não sabe cumpri-las.
Uma típica rua de Gracias, em Honduras, a antiga capital da América Central
Chegamos à pequena cidade colonial de Gracias e tivemos um fim de tarde super agradável na varanda do nosso hostel. Tomamos uma Salva Vidas (cerveja local) com vista para as montanhas e os charmosos telhados alaranjados feitos na época da colônia espanhola. A cidade é pequena e simpática, mas sem grandes atrativos. Para quem tiver tempo, nos seus arredores existem alguns mirantes, rios e cachoeiras a serem explorados.
Gracias, um pedaço de Minas Gerais no coração de Honduras
No dia seguinte continuamos para o Lago Yojoa que está localizado a meio caminho, entre as duas principais cidades do país, San Pedro Sula e a capital Tegucigalpa. Rodeado por montanhas e uma floresta tropical úmida, o Lago Yojoa é o paraíso para birdwatchers e hikers de plantão.
Plantação de café e banana no meio da mata, na Finca Paraíso, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
Escolhemos a área de Los Naranjos, próxima a um pequeno sítio arqueológico, cachoeiras e com alguma infraestrutura turística. Nossos amigos da Round House haviam indicado a D&D Brewery que além de produzir boas cervejas artesanais, aluga cabanas em meio a um pequeno bosque. À noite ainda provamos uma de suas cervejas exclusivas de damasco e outra de chocolate, muito saborosas. O estoque de pale ales e stouts havia sido completamente exaurido na Semana Santa que acabava de passar. Chegamos lá no final da tarde e já não havia um quarto disponível, então ficamos hospedados em um hotel vizinho, a Finca Paraíso.
lago Yojoa, região central de Honduras
Influenciada pelo último lago que havíamos conhecido em Flores, na Guatemala, eu estava esperando que os hotéis ficassem na beira do lago, para nadarmos, andarmos de caiaque, etc. Infelizmente eu estava enganada, o lago é raso, com muitas plantas e difícil acesso, sendo usado mais para passeios de barco e pesca.
Lago Yojoa, região central de Honduras
As atividades ao redor do lago são caminhadas com guias para avistamento de pássaros, trekkings pela cloud forest e até o pico Santa Bárbara, com sorte, com boas vistas do lago. Isso não era exatamente o que estávamos procurando, então aproveitamos as atividades que a própria finca oferecia, trilha para o mirante do Índio Desnudo e até o Poço Azul, lugares sagrados para os indígenas que viviam nesta região.
No meio da mata, um pequeno lago azul que foi um centro cerimonial do povo Lenca (na Finca Paraíso, perto do lago Yojoa, região central de Honduras)
Caminhada pela mata da Finca Paraíso, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
Caminhamos pela nossa vizinhança, brincando com os cachorros, vendo as crianças voltar da escola em seus tradicionais uniformes e assuntando com a apoiadora master do time de futebol da vila, a tia lavadeira que tinha os uniformes de todo o time estendidos em seu varal.
A simpática senhora que lavou toda a roupa de um time de futebol, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
Toda a roupa de um time de futebol seca no varal de uma casa no meio do campo, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
Fizemos um brunch na D&D Brewery com direito a hashbrown, ovos e blueberry pancake, delicioso! Escrevemos sob a trilha sonora natural das centenas de pássaros que vivem e se alimentam nas árvores frutíferas da finca e para refrescar tomamos coragem e demos um tchibum no Rio Blanco, também conhecido como Río Frío, e que numa versão realista deveria chamar-se Río Helado!
Estrada rural na região do lago Yojoa, em Honduras
Delicioso e refrescante banho de rio na Finca Paraíso, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
Belíssimas flores durante caminhada pela Finca Paraíso, perto do lago Yojoa, região central de Honduras
O tempo urge, temos prazos para chegar novamente ao próximo continente. Sem lago para nadar e nem mais delongas decidimos seguir caminho, com uma parada em um dos restaurantes às margens do lago na estrada para Tegucigalpa. Almoçamos com a bela vista do lago, das montanhas, dos bois pastando e das aves voando tranquilas sobre as águas do Yojoa. Ao nosso lado uma família menonita que assistia aos Jogos de Inverno ao som de uma bachata, a música sertaneja da América espanhola.
Pier avança até a borda do lago Yojoa, região central de Honduras
Tegucigalpa me surpreendeu negativamente, pois eu esperava encontrar pelo menos um canto da cidade que fosse mais interessante. O centro é como todo centro, prédios mais antigos, ruas bem movimentadas e uma igreja na praça central. Os bairros são desorganizados, mal urbanizados e mal saneados, muita sujeira, muitos fios, muitas casas enjambradas e nenhum charme.
Trânsito e milhões de fios nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras
Grafite nas ruas de Tegucigalpa, a capital de Honduras
Não conhecemos o Sector Hotelero da cidade, que seria mais caro, mais maquiado e menos real. Fomos direto para a Colônia Palmira, um bairro classe média, cortado pela Avenida Morazán que reúne prédios comerciais, centros médicos e uma infinidade de redes americanas de fast food. Acho que precisaríamos de mais tempo para encontrar os recantos e riquezas de Tegucigalpa.
Visão de Tegucigalpa, a capital de Honduras
Assim sendo, o nosso hostel foi o melhor refúgio que poderíamos encontrar nessa selva de pedras. Uma casa colonial bem confortável, os donos muito atenciosos e um café da manhã típico muito gostoso. Lingüiça, banana, feijão refrito (tipo tutu), um prato de leite com sucrilhos e suco de laranja natural. Bem energético, ótimo para aguentarmos as próximas horas de estrada e fronteira a caminho da Nicarágua.
Nosso simpático B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras
Café da manhã típico, em nosso B&B em Tegucigalpa, a capital de Honduras
Três dias, três lugares completamente diferentes, da histórica Gracias, passando pelo interior de Yojoa e chegando à metrópole suburbana de Tegucigalpa. Uma boa colcha de retalhos que somadas às mais turísticas Bay Islands e Copán, nos ajudaram a formar uma ideia mais clara de Honduras. Fechamos nossa passagem por aqui com uma nova visão do país, um lugar de gente muito receptiva e amável, terras férteis, montanhas, parques nacionais, cidades históricas e muita riqueza cultural, mas que ainda tem muito a se desenvolver, muitos ranços políticos a acertar e um clima pesado no ar para dissipar, depende para onde você olhe e o que queria enfocar. E você, qual Honduras vai querer conhecer?
Lago Yojoa, região central de Honduras
A incrível beleza das praias da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Na quina entre o Mar do Caribe e o Golfo do México, a Isla Holbox se tornou famosa por ser o endereço onde centenas (senão milhares) de tubarões baleia se congregam para procriar entre os meses de maio e julho, nas águas quentes do Caribe.
Ainda em Chiquila, onde pegamos o barco para a ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México, as informações sobre os tubarões-baleia
Os guias de turismo quase desencorajam os viajantes de conhecê-la, a comparando com os outros destinos turísticos da Península do Yucatán. Afinal, quem gostaria de trocar as águas azuis turquesas e cristalinas do Mar do Caribe por uma água já misturada com a mais escura e 'barrenta' água do Golfo do México?
As águas mais escuras do Golfo do México, a caminho da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Além disso, a ilha é conhecida pela falta de infraestrutura, uma cidade pequena, onde as ruas ainda são de areia e você parece estar longe do mundo civilizado. (Tudo o que eu mais quero!) Por outro lado também é sabido que aqui os preços para o turismo são altíssimos, hotéis e alimentação com preços proibitivos.
Caminhando para a praia nas ruas de areia da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Chega a ser quase um paradoxo, como um lugar sem estrutura e pouco desenvolvido turisticamente pode ser tão caro? O que os livros esqueceram de explicar é que Holbox é o novo esconderijo de muitos estrangeiros, a maioria italianos, que trouxeram junto deles sua gastronomia e bom gosto. A magia da ilha está justamente nesta mistura, um lugar que prima por manter suas tradições e simplicidade, mas que possui infraestrutura para receber até o turista mais exigente.
Em meio às águas rasas do mar da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Nós mesmos, quando estávamos fechando o roteiro tivemos nossas duvidas, mas eu queria ir de qualquer forma, algo me atraia nesta ilha... Acho que justamente o fato de ser menos visitada por humanos e massivamente visitada por tubarões baleia. Mesmo adiantados na temporada, me parecia um ótimo motivo!
Que lugar para armar a rede! (ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México)
Assim, este foi o meu destino escolhido para as nossas "férias das férias", um lugar para ficarmos parados por alguns dias trabalhando nos blogs, aproveitando a praia e relaxando de tantos quilômetros rodados. E, depois de passar 4 dias na mais agitada Isla Mujeres, entre motos, carros, ruas já asfaltadas e o barulho da semana de carnaval, o Rodrigo acabou topando.
Bizarras carapaças que se encontram nas praias da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Cruzamos do porto de Chiquila, uma pequena cidade no extremo nordeste da Península do Yucatán. Chegamos lá no final da tarde, ainda durante a semana das festas pagãs. Não tivemos tempo e nem luz para ver a praia, então fomos direto a praça principal, onde topamos com bandinhas embalando as apresentações das estudantinas, jovens e senhores empenhados em alegrar o público local, tocando seus tambores, baterias, violinos, trompetes e violões, enquanto as mulheres dançavam e cantavam temas originais, em suas adornadas fantasias representando lendas mayas e yucatecas lindíssimas!
Animação de carnaval em Holbox, pequena ilha ao norte de Yucatán, no México
Apresentação de carnaval na praça central em Holbox, a pequena ilha ao norte de Yucatán, no México
Um carnaval genuíno, feito pela comunidade, para a comunidade, mantendo as tradições, a musica instrumental, a criatividade e a dedicação da própria população, e não um punhado de caixas de som sobre uma caminhonete fazendo barulho pela cidade. Aquilo me comoveu de tal maneira, não sei se por me lembrar dos melhores carnavais brasileiros (repito, os melhores, não os maiores) ou simplesmente por que vi que eles estavam genuinamente felizes e orgulhosos por fazê-lo assim! Foi a melhor das surpresas que Holbox nos guardava.
Uma das animadas bandas que tocou no carnaval da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
No dia seguinte, depois de horas trabalhando no quarto, saímos para a praia com poucas expectativas, pois as águas escuras não poderiam ser mais bonitas que as do mar do Caribe, certo? Errado! A primeira visão que tivemos enquanto caminhávamos uma quadra do nosso hotel para o mar foi esta.
A incrível beleza das praias da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Daí em diante, sem fôlego e impressionada pelo tom verde esmeralda das águas, começaríamos a nossa rotina de caminhadas e explorações pela ilha.
Caminhada antes da chuva na iilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Neste primeiro dia seguimos para o lado direito, caminhando pela praia cruzando iguanas, caranguejos e quase nenhum turista. Paramos para um banho de mar e um rum punch no Restaurante Arena, um dos mais bacanas da ilha.
Caminhando nas águas rasas da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Relaxando, depois do almoço (ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México)
No outro dia saímos a explorar o lado esquerdo da praia, passamos pela vila de pescadores, onde cruzamos mais o pessoal local, pescadores e mulheres trabalhando e crianças brincando na areia. Uma delas, a menina Perla que queria ir para o fundo, mas sabia que seus irmãos iriam afogá-la, essas brincadeiras que irmãos fazem.
Ancoradouro em praia da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Menina se diverte em praia da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Conversadeira, ela me contou sobre a sua família inteira, seus amiguinhos e até seu novo bebê, o priminho que nasceu há apenas 6 meses. Ela se mudou do lado oeste da ilha para cá há pouco tempo e ainda está começando a fazer novas amizades.
A mais nova amiguinha da Ana na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Andamos mais de 4 km até a área de reserva, na ponta esquerda da ilha, onde os principais moradores são as garças, pelicanos e as pequenas golondrinas, que todos os anos vem até as areias brancas de Holbox para procriar, uma das raras espécies de aves que prefere a areia às árvores para seus ninhos.
Garça solitária em praia da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Belo entardecer na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
No nosso terceiro e último dia saímos caminhando para o canto direito da praia com o objetivo de ir até a Punta Mosquito, uma das praias mais bonitas da ilha e apenas acessível de barco. Havíamos conversado com algumas pessoas que nos disseram que com disposição para uma longa caminhada seria possível chegar até lá a pé. Andamos, passamos o restaurante onde havíamos parado no primeiro dia e continuamos. Andamos, andamos e andamos e logo chegamos a um rio de águas verdes transparentes. O Rodrigo passou nadando e logo vimos que não teríamos como atravessar com câmeras e mochilas sem molhá-las. Tivemos que sacrificar a Punta Mosquito e ficar por ali mesmo... Vida dura esta! Rsrsrs!
Um magnífico rio de águas verdes se encontra com o mar na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Todas as noites nós encontrávamos um restaurantinho novo para comer, mas foi em uma noite chuvosa que decidimos conhecer o restaurante vizinho ao nosso hotel, que anunciava em um quadro negro o seu jantar do dia: um prato especial + uma taça de vinho = 180 pesos mexicanos (ou algo bem próximo a isso). Descobrimos um ótimo negócio, pois além de boa musica, tempero e vinho deliciosos, encontramos um ambiente super descolado! Noite chuvosa, nada melhor que um bom filme para passar a noite, lá mesmo no restaurante as meninas projetaram Vicky, Cristina, Barcelona. Amo os filmes de Wood Allen, posso revê-los dezenas de vezes.
Nossas amigas argentinas em seu restaurante onde tomávamos nosso saudável café da manhã, na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Paola e Loana são argentinas, estão viajando pela América Latina e resolveram parar um tempo em Holbox para trabalhar. Estão gerenciando este pequeno restaurante dentro de um hostel há três meses e já receberam até visitas! Sol, Maria e Alfonsina vieram de Buenos Aires para visitá-las e fecharam o grupo animado que nos fez companhia nas nossas últimas noites em Holbox.
Comprando côco de um vendedor e seu simpático veículo, na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Várias pessoas já me perguntaram se durante a viagem encontramos algum lugar que eu pensasse, 'este é o meu lugar!' A minha resposta sempre foi vaga, encontramos vários lugares lindos, mas nenhum que houvesse me tocado. Isla Holbox é aquele pedaço esquecido de paraíso que sempre esperamos encontrar. Foi um dos primeiros lugares que eu senti que poderia viver e um dos mais difíceis de dizer adeus... Então será, quem sabe, apenas um até logo.
Alvoroço de gaivotas em praia da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Como chegar?
Em Chiquila, taxistas em seus triciclos aguardam os turistas que retornam da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Existem ônibus que saem de Playa del Carmen até Chiquila, melhor opção que alugar um carro, já que este não pode atravessar. Se mesmo assim você for de carro, existem estacionamentos que cobram em torno de 100 pesos por dia para o carro, bem perto do píer. Existem duas companhias de barco que fazem a travessia, geralmente de hora em hora. As duas cobram o mesmo valor, 80 pesos mexicanos. Nós pagamos 60 na ida, quando ainda é fácil barganhar, já que os dois barcos estão saindo no mesmo minuto e as vendedoras estão ávidas para te ganhar. O retorno já tem horários diferentes, às vezes de 2 em 2 horas e intercalados pelas duas empresas, então é melhor deixar para comprar a volta na hora do embarque, para não ficar amarrado.
A caminho da ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Onde ficar?
Hoteis na ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México
Hospedagem na ilha realmente vai depender do seu gosto e bolso. Existem hotéis, pousadas e pequenos resorts de todos os tipos, alguns dos mais caros da região! Nós chegamos lá com a indicação do Hostal Ida e Vuelta, que oferece cabanas rústicas em um ambiente descontraído por preços bem razoáveis, mas eles já estavam lotados. Assim acabamos ficando no hotel vizinho, nada charmoso, mas com preços ótimos (300 pesos por quarto, metade do preço do anterior) e com tudo o que precisávamos: wifi, banho quente, ar-condicionado e uma boa cama. Na beira da praia estão os hotéis boutique deliciosos, com restaurante, bar, piscina, decoração super charmosa e ambiente perfeito, mas aí as tarifas e os cardápios já são em dólares e começam em no mínimo 190 dólares, podendo chegar a mais de 400 fácil, fácil.
Combinação perfeita! (ilha de Holbox, no norte do Yucatán, no México)
Alimentação na ilha também pode ser cara, mas existem restaurantes baratos ao redor da praça e algumas boas opções como o das argentinas que comentei acima. Os locais sempre têm boas dicas, a maioria é de comida mexicana, simples, mas gostosos. Nós economizamos na hospedagem e nos demos ao luxo de aproveitar o bar e o restaurante de um destes hotéis, o Restaurante Arena, na ponta direita da praia. Lá tomei um rum punch com vista para o mar e provamos um dos melhores ceviches de pescado da vida!
Assistindo a um inesquecível pôr-do-sol a mais de 4.200 metros de altura, no topo do Mauna Kea, na Big island, no Hawaii
A nossa viagem de carro pelas Américas tem uma dinâmica diferente das viagens “normais”. Nem vou discutir aqui o que é normal hoje em dia... São tantas realidades diferentes que encontramos em uma viagem como esta, que viajar 20, 30 dias por ano já não é mais parâmetro de normalidade para mim. Enfim, um dos prazeres de se descobrir viajante (e não turista) é saber que você pode ir sem saber para onde está indo, chegar e decidir se quer ou não ficar e ir embora com dor no coração, pois quanto mais conhecemos, mais realizamos que não vimos nada. Seguimos mesmo assim, sabendo que o nosso destino é seguir.
Voltando em direção à Tea House e ao Lake Louise, em Alberta, no Canadá
Acordamos todos os dias em um quarto diferente, às vezes até desorientados, fazendo força para lembrar onde estamos. Entramos na Fiona e decidimos o roteiro do dia, seja ele na estrada, no parque nacional ou na cidade onde estivermos, enquanto tomamos o nosso iogurte matinal, com cereais comprados no mercadinho da esquina. Passamos o dia vendo paisagens maravilhosas, incríveis, trilhas por lugares inimagináveis e voltamos ao hotel, seja ele onde for, para sentar em frente ao computador e colocar as nossas memórias neste blog.
Fiona limpinha e de mapa atualizado, no Banff National Park, em Alberta, no Canadá
O Hawaii era um sonho antigo, um sonho que se realizou muito antes do que eu imaginava. Ele foi daqueles sonhos curtidos, vividos intensamente desde o planejamento até cada minuto de sobrevoos e estrada de ilha em ilha.
Chegando à ilha de Maui, no Havaí
Planejamento? Como assim? Viajantes não planejam, não é verdade? Verdade, por isso dar umas escapadas destas de vez em quando, nos dá aquele gostinho de férias. Férias da nossa rotina, que por mais que pareçam umas looongas férias, hoje, depois de quase 1000 dias, já é a nossa vida.
Passeando com nosso jipe em West Maui, no Havaí
Planejamos para poder aproveitar intensamente cada minuto da viagem. A definição do roteiro foi uma das mais detalhadas que eu já fiz de todas as minhas viagens, isso por que eu sabia que 4 dias em cada ilha não seriam nada! Em cada uma delas tínhamos mais sonhos a serem realizados do que tempo disponível. Ver um vulcão ativo, mergulhar com as arraias mantas e golfinhos em Big Island. Ver o sol amanhecer no alto de um vulcão em Maui, fazer um dos trekkings mais lindos do mundo no Kauai e ver as ondas gigantes no North Shore de Oahu eram apenas alguns deles e eu ainda tinha que fazer tudo isso caber dentro dos nossos parcos 17 dias de viagem. Em meio a isso defini então a compra das passagens aéreas, pesquisei e fiz as reservas de hostels (num budget razoável), aluguel de carro, reserva dos mergulhos e tours, etc. Enfim, um trabalhão que eu ficaria louca se tivesse que fazer, neste nível de detalhe, para os nossos 1000dias.
O turista parece achar que a placa não era necessária... (Chain of Craters Road, em Volcano, na Big Island, no Havaí)
Pausa: eu sei que alguns de vocês devem ficar pensando que eu sou uma preguiçosa ou indisciplinada na atualização do meu blog, pois enquanto o Rodrigo está sempre atualizado, eu estou aqui, batendo recordes de atraso. Não vou tirar o mérito do meu maridão, que é sim mais disciplinado e incansável do que eu, mas pelo menos posso contar para vocês o que eu estou fazendo enquanto ele bloga, né?! Rsrs!
Nosso circuito aéreo entre as ilhas do Havaí, chegando na Big island, voano para Maui, Kauai, Oahu e daí, de volta à Los Angeles
Foram 17 dias nas 4 principais ilhas havaianas: Big Island, Maui, Kauai e Oahu. O meu manual prático, guia e companheiro de viagem pelo Hawaii foi o blog Uma Malla pelo Mundo, da blogueira brasileira Lucia Malla. A Lucia vive em Oahu há 8 anos, é bióloga marinha, mergulhadora e é apaixonada pela cultura das ilhas pacíficas, pelo mar e pela terra. Não preciso nem dizer por que me identifiquei com ela, né? Ela foi ótima em nos dar dicas e tirar todas as dúvidas pelo twitter, faltaram apenas os astros se alinharem para conseguirmos nos encontrar pessoalmente. Dias antes de chegarmos a Oahu ela havia partido para um congresso no Caribe. Enfim, não tenho dúvidas que a vida de viajantes nos aproximará novamente. Obrigada pelas dicas valiosas, roteiros e aulas de cultura havaiana Lúcia!
Prestando reverência ao deus Ku, no Jardim Botânico de Hilo, em Big Island, no Hawaii
Astros desalinhados de um lado, mas apuradíssimos de outro! Assim que compramos as passagens avisamos o casal de amigos viajantes que tem nos acompanhado de perto nestes 1000dias. Laura e Rafael já nos encontraram nas praias de São Paulo e do Espírito Santo no começo da viagem, nas montanhas do Equador e em Galápagos em outubro de 2011, na ilha de Cuba em fevereiro deste ano e agora voltam a nos encontrar no Hawaii! Sensacional! É sempre uma delícia reencontrar nossos amigos e compartilhar as nossas viagens e aventuras com um casal tão alto astral!
Após o nascer-do-sol, fazendo festa a mais de 3 mil metros de altitude, no cume do vulcão Haleakala, em Maui, no Havaí
Enfim, nossa viagem no Hawaii começou pela ilha conhecida como Big Island, em Maui encontramos o Rafa e a Laura e juntos voamos para o Kauai. Lá uma grande conversão de energias cósmicas aconteceu! Em uma coincidência de datas (ou não!), nós voltamos a encontrar os amigos brasileiros de San Francisco: Sidney e Ane, e com eles o Marcos Amend, um grande amigo em comum que viajou do Brasil para encontrá-los aqui. Que loucura! O final da viagem foi em Oahu, torcendo para o swell entrar e as ondas gigantes barbarizarem os campeonatos de surfe em Pipeline.
Surfista mostra seus truques em Big Beach, ao sul de Kihei, litoral de Maui, no Havaí
Como sempre, o Rodrigo já está mais atualizado do que eu, mas ainda bem atrasado em relação ao nosso itinerário atual. Então a nossa estratégia de postagens será um pouco diferente desta vez. Ele seguirá escrevendo sobre a nossa viagem pelo Hawaii e eu começarei a contar das nossas aventuras de volta aos Estados Unidos continental, começando por Los Angeles e passando pelos parques nacionais do Arizona, Utah e Colorado. Aos meus leitores amigos e fiéis, não se preocupem! Eu ainda irei escrever do Hawaii, mas se a pressa e curiosidade apertarem indico a leitura do Blog do Rodrigo, sempre recheado de história e ótimos causos!
Olha só a gente "perdido" no meio do Canadá!
É isso aí amigos, um sopro de vida para todos vocês e que 2013 venha com tudo, que nós estaremos aqui esperando ansiosos! Aloha!
Aos 30 metros de profundidade, uma mensagem para os mergulhadores, em Honaunau Bay, ao sul de Kona, na Big Island, no Havaí
Admirando a paisagem do alto da Cadillac Mountain, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Depois de um dia inteiro de viagem entre as White Mountains, passando pelos lagos e marinas de New Hampshire, finalmente chegamos ao Maine! Nossa base é a simpática cidade de Bar Harbour, porta de entrada para o Acadia National Park.
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O Acadia é a única área de proteção ambiental com status de parque nacional no nordeste dos Estados Unidos. Você encontra florestas nacionais, vários parques estaduais e até um “National Seashore”, que visitaremos nos próximos dias em Cape Cod. O que a faz uma área tão especial?
Paisagem marítima no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
As montanhas do Acadia National Park foram formadas por forças tectônicas e vulcânicas e esculpidas pelo degelo de uma imensa geleira na última glaciação. Uma história geológica parecida com a das White Mountains, mas com um grande diferencial: o mar.
Litoral rochoso do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Com a retração do glacial, imensos rios se formaram, transformando-se depois em fiordes. Grandes lagos de água doce a poucos quilômetros do mar e paredões de pedras multicoloridas pintam a paisagem escolhida por roedores, pássaros, alces, veados, baleias, puffins e toda uma flora que se adapta a extremas temperaturas, muito abaixo de zero no inverno e aos quase 40°C no verão.
A bela Sand Beach, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Iniciamos o nosso tour pelo Acadia no roteiro mais batido, passando pelos mirantes da Park Loop Road e a Sandy Beach, a única praia da região. As areias estavam lotadas, o sol quente, mas a água era apenas para os mais corajosos, com temperatura ao redor dos 15°C. Outro ponto que vale conferir é o Thunder Hole, uma pequena gruta encravada nas rochas à beira mar que em dias de mar agitado turbinam o spray quando as ondas se chocam com a gruta.
Turistas examinam formação rochosa no litoral do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
A estrada se torna ainda mais cênica quando chegamos ao Otter Point e cruzamos a ponte do Otter Cove, um dos fiordes que formam as paisagens da Desert Island. Aceleramos o passo para chegarmos ao Jordan Pond, onde está localizada a casa de lago do Rockefeller Junior, hoje transformada em um ótimo restaurante, centro de informações e infraestrutura turística.
Exibir mapa ampliado
Início da trilha Penobscot, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Rockefeller Junior era apaixonado por essas terras e não apenas doou a maioria delas para a criação do parque nacional, como preparou a infraestrutura, pesquisando a arquitetura dos parques nacionais americanos e inovando em soluções turísticas antes mesmo de se tornar um parque. Desta época, além da arquitetura, mantém-se a maioria das estradas de carruagens, pontes e trilhas.
Uma das muitas pontes de pedra das estradas de carruagem que cortam o Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Nossa pressa era para chegarmos logo no pé de uma das caminhadas preferidas dos locais aqui de Desert Island, a Penobscot Mountain (1.194 pés ou 360m de altitude). Uma trilha lindíssima que passa por encostas rochosas, florestas comuns nas zonas sub-alpinas e lagos de água mineral.
Subida íngrime para Penobscot, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Embora estivesse avisada que iríamos fazer alguma trilha, Bebel não tinha muita ideia de como seria o programa do dia. Ela não é muito chegada em montanhas, mas com jeitinho e paciência conseguimos levá-la até o topo!
A magnífica paisagem na subida para Penobscot, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
No alto de Penebscot, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Subimos pelo lado leste da montanha e a cada mirante temos uma vista mais ampla do Jordan Pond. Alcançamos a crista da montanha e subimos em torno de 2 km pelas pedras, cruzando grandes bolders de pedra, que aos poucos revelavam paisagens fantásticas do Maine, seu litoral recortado e ilhas salpicando o Atlântico no nordeste dos Estados Unidos.
A paisagem grandiosa do Acadia National Park, vista já quase do alto de Penebscot, no Maine - Estados Unidos
Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Continuamos a travessia, descendo pelo outro lado da montanha, sabíamos que encontraríamos um lago lá em cima, o que não imaginamos é que ele seria tão perfeito para o banho! Localização perfeita! Após uma subida no sol escaldante, tudo o que precisávamos era um banho e uma parada para o nosso piquenique do almoço.
Lago no alto do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Delicioso banho em lago no alto do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Encontramos com mais duas famílias, com crianças ainda mais jovens, todos muito animados com a aventura pelas montanhas do Acadia, mas isso não animou muito a Bebel a continuarmos pela trilha mais longa que estava planejada. Mudamos os planos e voltamos por uma trilha alternativa, cortando do caminho a subida à Sargent Mountain e pegando mais à frente um dos cânions já programados. Descida sempre é mais fácil, caminhamos conversando e matando as saudades de Lina, irmã, tia e cunhada, direto de Londres!
Falando ao telefone no alto do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
O final da trilha foi uma longa caminhada por uma das estradas históricas, passando por pontes dos tempos de Rockfeller e chegando finalmente à querida e tão esperada Fiona.
Bebel comemora a chegada à Fiona depois da trilha pelo Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
O final do dia dourado foi na Cadillac Mountain, essa escalada pela Fiona, para um pôr do sol fantástico! Luz perfeita e cenário ideal para fotos de todo o parque, com vistas para a costa, a baía de Bar Harbour e toda a Desert Island.
Delicioso fim de tarde no alto da Cadillac Mountain, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Fim de tarde na Cadillac Mountain, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Magnífico pôr-do-sol no alto da Cadillac Mountain, no Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Um dia no Acadia National Park é pouco para os amantes da natureza. Conseguimos ter uma ótima experiência em um roteiro que reuniu algumas das atividades no melhor que o parque tem a oferecer. Trilhas e montanhas para os hikers, estradas perfeitas para bikers, fiordes e ilhas para serem exploradas de caiaque e até lagos e uma praia para os mais preguiçosos. Amanhã nos dividimos para explorar a região pela terra e pelo mar. Vamos ver quais são as surpresas que estes mares do norte nos reservam.
Caiaques no litoral do Acadia National Park, no Maine - Estados Unidos
Muita arte nas ruas de Valparaiso, no Chile
Valparaíso é a cidade boêmia, adorada por artistas e poetas talvez, justamente, pela idiossincrasia de sua arquitetura, sua beleza e sua arte. O ar decadente de zona portuária somado ao encanto dos seus 42 cerros, suas ladeiras e vistas panorâmicas faz dela uma cidade cheia de personalidade. Muros pintados de todas as cores, com todos os estilos de street art contrastando com os bondes antigos que ainda circulam levando e trazendo cidadãos e turistas entre as vielas e prédios antigos do centro.
Os antigos trólebus ainda andam nas ruas de Valparaiso, no Chile
Desde 1990 a cidade é a sede do Congresso Nacional Chileno. Sua história sempre esteve relacionada ao mar, sendo um importante porto de passagem dos navios que se aventuravam à Costa Pacífica dando a volta no sul do continente a caminho do Perú, nos tempos da Colônia Espanhola, e mais tarde como parada e abastecimento para os que seguiam à costa californiana durante a corrida do ouro. No início do século XX dois acontecimentos balançaram a economia da cidade, o primeiro literalmente, um terremoto que acabou com Valparaíso. O segundo a inauguração do Canal do Panamá. Assim Valpo seguiu aos trancos e barrancos, como importante capital política, crescendo recentemente como porto de exportação de frutas.
Valparaiso, no Chile, vista do alto do cerro Artilleria
Nós chegamos à Valparaíso em um domingo à noite e esperando que os bares e a boemia estariam a todo vapor nos cerros subimos o Cerro Artilleria atrás das charmosas guest houses que encontramos em nosso guia. Foi uma forma curiosa de conhecer a cidade: noite escura, becos e ruas vazias, rodando e buscando nas paredes dos edifícios caindo aos pedaços e casas antigas a numeração dos hostels indicados. Na maioria deles, nem luz, nem campainha atendiam e dados os últimos acontecimentos, era essencial um lugar com estacionamento.
Um dos muitos cerros de Valparaiso, no Chile
Mesmo sendo tarde e cansados não nos demos por vencidos, o agito deve estar no Cerro Alegre, pensei, lá é o lugar boêmio da cidade. Subimos então o Cerro Alegre e nada, ninguém, uma cidade fantasma e abandonada. O único hostel que achamos aberto não tinha garagem e estacionamento próximo, além de um preço nada amigável, foi aí que decidimos nos entregar ao bom e velho Ibis, que aqui na verdade era novinho e muito bem localizado. Nada melhor do que chegar em casa, cama confortável, banho quentinho e decoração idêntica, aqui ou em Maringá e o melhor de tudo, com estacionamento seguro para a Fiona.
São vários cerros na cidade de Valparaiso, no Chile
A nossa primeira impressão da cidade poderia ter sido das piores, mas ao revés, os ares misteriosos dos cerros e a quietude da cidade nos surpreendeu de tal forma que não víamos a hora de sair para explorá-la. Saímos sem expectativas, sem planos e sem guias, nos deixando levar pelas aparências, curiosidades e cores que víamos em cada esquina. Começamos pela Plaza Sotomayor, praça central da parte baixa da cidade rodeada por antigos prédios imponentes.
Plaza Sotomayor, no centro de Valparaiso, no Chile
Demos um pulo no Muelle Prat onde barcos saíam lotados de turistas para passeios pelo porto prometendo belas vistas de Valparaíso desde o mar. Andamos, subimos o Cerro Concepción, nos enfiamos em um beco com escadarias e caímos dentro do Paseo Iugoslavo, já no Cerro Alegre, onde está o Palácio Baburizza, que com sua arquitetura art nouveau, abriga o Museu de Belas Artes. Segunda feira e, é claro, o museu estava fechado.
Subindo escadaria para um dos cerros de Valparaiso, no Chile
Muita arte nas ruas de Valparaiso, no Chile
Continuamos nos perdendo pelas ruas entre o Cerro Alegre e o Concepción, que durante o dia parecem muito mais receptivas e amigáveis, com belas vistas para o mar afunilando em suas ladeiras. Convites para conhecer La Sebastiana, uma das casas onde viveu Pablo Neruda, não faltavam espalhados por pinturas nos postes do cerro. Ela fica no cerro vizinho o Bellavista, mas não quis ter que lidar com a frustração de chegar lá e dar de cara com a porta, no dia internacional dos museus fechados.
O nome do grande poeta Neruda está por toda parte em Valparaiso, no Chile
No meio da tarde relaxamos e almoçamos em um restaurante no alto do Paseo Iugoslavo com belas vistas para os cerros, o porto e a cidade baixa. Mal sabíamos que estávamos escolhendo um dos preferidos da área, o Norma´s, também pudera, seu charmoso deck de madeira e as amplas vistas não poderiam ser mais convidativas.
Restaurante com uma bela vista de Valparaiso, no Chile
Queijo camembert derretido co geleia de framboesa, em Valparaiso, no Chile
Descemos o cerro novamente nos perdendo entre suas galerias de escadas, de arte e de fotografia. Os antigos elevadores (funiculares) que nos desculpem, mas não troco andar por estas ruas por uma carona corta-caminhos. Resolvemos sair correndo para o Cerro Artillería, estrategicamente localizado para a proteção da cidade e para um belíssimo pôr do sol no Paseo 21 de Mayo.
Um dos muitos funiculares que dão acesso aos cerros de Valparaiso, no Chile
Cruzamos a zona comercial próxima ao porto e subimos a mesma ladeira que nos levou ao topo na noite de ontem. Com pressa para não perder o pôr-do-sol um funicular até que ia bem, mas este fechava às 18h e tivemos que ir a pé mesmo. Do alto uma das vistas mais lindas de Valparaíso e sua vizinha mais jovem e moderna, Viña del Mar.
Valparaiso, no Chile, vista do alto do cerro Artilleria
Viña del Mar é o balneário preferido dos santiaguinos mais descolados. A Cidade Jardim é totalmente o oposto de Valparaíso. O charme caótico desta é substituído pela impecável organização, limpeza e jardinagem da primeira. Palmeiras e flores na orla, intercalados por fontes de água, esculturas, restaurantes, sorveterias e áreas de exercício, delineados pelo mar e por longas pistas de corridas e bicicleta. Atravessando a movimentada avenida beira mar, a Avenida Peru, estão os condomínios mais caros de Viña.
A praia de Viña del Mar, no Chile
O sempre tradicional futebol de praia, em Viña del Mar, no Chile
A orla muito bem cuidade de Viña del Mar, no Chile
O vento frio ainda soprava e as águas geladas do Pacífico não estavam muito amigáveis para um mergulho. Assim a nossa passagem por lá foi rápida e indolor! Uma manhã passeando na orla, um almoço à beira mar e logo pegávamos a estrada para Santiago, a apenas 160km dali.
Voltando para a parte baixa de Valparaiso, no Chile
Jangadas na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Chegamos à Ponta Negra, tudo lotado, ontem a noite foi difícil encontrarmos um hotel com 3 diárias vagas, portanto pegamos uma diária em um hotel e outras duas em outro. Saímos caminhar na orla, o calçadão até é simpático, mar verdinho e ao fundo o famoso Morro do Careca.
O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Este, de tanto ser abusado em tempos anteriores, hoje está fechado para recuperação dos seus parcos cabelos que restaram. A vegetação ajuda a fixar a duna e com tantos esqui-bundas e turistas ela estava desaparecendo.
Morro do Careca interditado, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
A impressão que tenho é que Ponta Negra não é exatamente Natal, até deve haver uma intersecção, já que ocupa parte do seu município, mas a vida aqui é outra. Um lugar totalmente voltado ao turismo, com arquitetura de gosto duvidoso, centenas de hotéis e pousadas empilhadas, alguns bares, restaurantes e uma praia lotada.
Descendo do hotel para a praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Nesta viagem já estamos vendo muitas praias bonitas, então quando chegamos em uma cidade maior quero conhecer mais sobre a sua história, ver a sua gente e não ficar trombando com turistas o tempo todo. Ok, então talvez eu não esteja no lugar certo, mas precisamos chegar aqui para descobrir, não é?
Praia de Ponta Negra lotada, em Natal - RN
Aproveitamos nossa tarde para resolver algumas pendengas, trocar de hotel, dar uma faxina geral na nossa casa, Fioninha, e matar a nossa vontade de comer churrasco! Hummm, delícia!
Checando o banho da Fiona, em Natal - RN
Já havíamos conversado com alguns natalenses e o programa de verão deles é mudar de praia, ir para a Pipa ou Pirangi no sul, ou ainda explorar algumas praias do litoral norte. No centro de Natal algumas praias ainda fazem sucesso entre os populares, Praia dos Artistas, do Meio e a Praia do Forte. Amanhã vamos conferir o que rola fora de Black Point.
Banho tomado, mapa atualizado! (em Natal - RN)
Belo pôr-do-sol no Oceano Pacífico, em Mancora, no litoral norte do Peru
Máncora é um balneário praiano localizado no estado de Piúra a 1.172km de Lima, no norte do Perú. Às margens da Panamericana, é uma das praias preferidas dos peruanos, sendo comparada por alguns guias e blogueiros como a Búzios peruana.
Praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O centro da cidade é repleto de restaurantinhos, bares e as baladas são bem conhecidas. Lá podem ser encontrados alguns hostals e pousadas mais simples e baratas, mas o charme mesmo está em um bairro vizinho conhecida como Mancora Chica, onde estão os melhores hotéis e pousadas à beira mar. A maioria deles possui também restaurantes gourmets, spas e um ambiente suuuper relax com piscina, bar e um deck com vista para o Pacífico.
Nosso hotel em Mancora, no litoral norte do Peru
Nós encontramos um hotel chamado Punta del Sol, que não era dos mais charmosos, mas por isso também tinha um preço mais amigável. As tarifa aqui variam de 160 a 300 soles (60 a 110 dólares), podendo custar 800 soles nos hotéis 5 estrelas de alto luxo. Recentemente esta região foi notícia nos jornais de todo o país, vítima de uma grande ressaca (ou até um mini-tsunami), que teria abatido o litoral e destruído casa e hotéis à beira mar. Isso diminuiu muito o movimento e o turismo, nos contou um vendedor ambulante que conhecemos na praia. Mas como pudemos verificar, nada aconteceu, Máncora está lá, linda e formosa como sempre.
Coqueiros na praia em Mancora, no litoral norte do Peru
O tempo estava um pouco nublado, o sol deu o ar da graça durante a manhã e depois a nebulosidade tomou conta. Caminhamos na praia, mas o vento frio não me animou a ter um approach mais íntimo com o pacífico. Praia extensa e com pedras é sim muito bonita, mas confesso que, como brasileiros, estamos mal acostumados com a beleza de nossas praias. Assim aproveitamos para tomar um pouco de sol e trabalhar bastante, tentando tirar o atraso aqui nos blogs.
Nosso "escritório" em Mancora, no litoral norte do Peru
À noite demos uma volta para conhecer o centro da cidade, já era quase meia-noite e mesmo sendo sábado quase não achamos um restaurante aberto. Um bar reciclado foi a nossa salvação, com a sua pizza-brusqueta de 3 queijos deliciosa. As baladas na beira mar não nos pareceram muito atrativas, bombando um reggaeton fuerte, disputando som na mesma quadra. Havia também uma festa eletrônica free em um grande hotel à beira-mar, mas eu ainda em recuperação da infecção e com um marido ajuizado até demais, nem fomos lá para dar uma olhada.
Fim de tarde na praia de Mancora, no litoral norte do Peru
Ah! Temos novidades! Conseguimos nos encaixar em um barco de live aboard para Galápagos no dia 25 de setembro! Rafael e Laura que já estavam embarcando para Quito também conseguiram ajustar as agendas. Não teremos as suítes para cada casal, mas os mergulhos e tubarões baleia estarão lá! Infelizmente a data disponível não se encaixava com a agenda do nosso primo Haroldo, que ficou sem Galápagos e nós sem a sua visita neste ano =(
Pelicanos voam tranquilamente em Mancora, no litoral norte do Peru
Amanhã seguimos viagem rumo ao Equador!
Plantação de tabaco em Pinar del rio, no oeste de Cuba
Pinar del Rio, a província à oeste de Havana, possui uma geografia única, praias maravilhosas como Maria La Gorda e Cayo Levisa, um dos mais afamados centros de ecoturismo cubano e as principais plantações de tabaco do país. Uma região pitoresca, de vales e planícies completamente cultivadas com diferentes tipos de tabaco. Teremos apenas dois dias, mas não poderíamos deixar de explorar este cantinho de Cuba.
Despedida da "outra" Margarita, em Havana - Cuba
Hoje foi aquele dia em que tudo parecia perdido e que de repente deu uma virada impressionante. Após o delicioso café da manhã da Dona Margarita eu e o Rodrigo saímos procurar um carro para alugar. Não deveria ser algo difícil, mas para a nossa surpresa não havia carro disponivel! A Cubacar e a Rex, duas únicas empresas estatais de locação de automóveis, estavam esgotadas! Depois de tentarmos umas 4 lojas diferentes dessas empresas, já desacreditados, decidimos comprar a nossa passagem da Via Azul e pegar o primeiro ônibus de Havana a Viñales. Não foi que chegando lá, em frente à rodoviária o Rodrigo encontrou uma Cubacar que tinha um último carrinho disponível? Foi aí que descobrimos que a empresa não está totalmente integrada, embora tenha uma central de reservas. Eu estava com as malas prontas, esperando o Ro aparecer com as passagens quando ele chegou de carro e cuia para me buscar!
Uma das casonas no bairro de Miramar, em Havana - Cuba
Foi aí que a nossa sorte virou. Saímos de Havana já eram mais de três horas da tarde, conferindo o que poderíamos ver no caminho para aproveitar ao máximo os nossos dois últimos dias em Cuba. No meio do caminho, nas estradas vazias do país, eis que surge uma pessoa disfarçada de fiscal ou policial de trânsito e nos faz parar pedindo auxílio de transporte para dois “oficiais”. Quando vimos os dois já estavam dentro do carro e era tudo a maior balela! O cara era segurança de uma plantação de tabaco da região de Pinar del Rio e astuto, ligeiro e papudo, nos parou com pose de policial porque sabia que àquela hora nunca encontraria outro transporte ou turista que fosse lhe dar carona. O pneu do carro da “empresa” havia furado e eles tinham que retornar para Pinar, há uns 60 km dali.
Exibir mapa ampliado
No caminho eles foram nos explicando onde trabalhavam e o que havia de mais bonito para conhecer na região. Como agradecimento à carona (auto-stop), nos convidaram para conhecer a fazenda do seu chefe, Hector Luis. Uma das únicas plantações de tabaco particulares do país (uma de duas, na verdade), a Finca de Hector Luis, na área de San Juan y Martinez é hoje a produtora do melhor tabaco do mundo!
Plantação de tabaco em Pinar del rio, no oeste de Cuba
Todos conhecem a tradição do charuto cubano, não é a toa que o puro cubano possui essa fama, as terras e o clima desta região são os melhores do mundo para o cultivo dessa planta. Isso tudo somados à experiência e tradição das famílias espanholas que chegaram ao país há gerações, renderam ao Hector Luis o título de legítimo “Hombre-Habano”.
Visitando a fazenda do melhor tabaco e charuto de Cuba, de Hector Luis, em Pinar del Rio, no oeste de Cuba
Chegamos à finca com os nossos novos amigos e guias locais e eles já entraram em contato com o seu chefe, que estava recebendo visitas importantíssimas e nos atenderia uma hora mais tarde. O ilustre visitante era o ministro chefe de todo o tabaco de Cuba, homem de confiança de Fidel, que veio fazer uma visita especial ao seu principal produtor às vésperas da maior feira de charutos e tabaco do mundo que acontecerá nos próximos dias em Havana.
Teto repleto de folhas de tabaco, em Pinar del rio, no oeste de Cuba
Ao nosso redor, centenas de campos plantados, alguns com o tabaco “rubio”, usado para o cigarro comum, outros com o tabaco mais encorpado, de folhas maiores e mais frondosas, que é selecionado especialmente para os melhores charutos cubanos. Passamos pelas famosas terras e fábrica do Hoyo de Monterrey e mergulhamos na cultura do puro cubano.
Chegamos na época perfeita, em que todas as plantas estão crescidas e passando pelo período de colheita e secagem. O ciclo da planta de tabaco leva em torno de 45 a 80 dias. A planta utilizada para o “relleno” cresce pouco mais de um metro de altura, em solo arenoso e abaixo de sol. A folha que o envolve é do mesmo tipo de planta, porém crescida na sombra, chegando a 2m de altura e com as folhas mais finas e flexíveis. Quando mais dificuldade o tabaco encontra, somada à umidade e temperatura perfeitas, mais forte e saborosa fica a folha.
Folhas de tabaco em secagem dentro da casa-secadouro, em Pinar del Rio, no oeste de Cuba
As flores são podadas assim que florescem, para que não suguem a energia da folhagem. A partir daí, a cada dia dois andares de folhas são colhidas e colocadas na casa de secagem, alterando a quantidade de substâncias químicas que dão o sabor ao tabaco. As folhas mais baixas são as primeiras a serem colhidas, portanto as mais fracas, para puros mais suaves. As folhas do meio são consideradas as mais especiais, de onde sai, por exemplo, o Cohiba Esplêndido. A coroa é o tabaco mais forte, consumido principalmente por países com tradição no consumo do charuto, como a China, Estados Unidos e Rússia.
Tabaco, típico em Pinar del Rio, no oeste de Cuba
A secagem é feita naturalmente em casas estufas de madeira e dura em torno de dois anos, costuradas em linha uma a uma às ripas de secagem por mulheres tecedoras. Agora é que vem o principal segredo do sabor dos charutos: após a secagem, as folhas são colocadas em caixas de cedro da melhor qualidade, enterradas e regadas com uma mistura de água, mel e algumas vezes um pouco de rum. Ali ela irá fermentar por quase um ano, absorvendo os sabores e odores desta mistura e do cedro onde está conservada.
Processo de secagem e prensagem de folhas de tabaco, em Pinar del Rio, no oeste de Cuba
Toda essa explicação nos foi dada pelo próprio Hector Luis, que nos recebeu às seis horas da tarde, após o horário de visitação normal, e seu guia oficial Rafael. Enquanto nos contava estas histórias, Hector nos presenteou dois de seus charutos robustos para provarmos enquanto escutávamos maravilhados os segredos e minúcias daquele mundo tão novo para nós. Absorvemos ao máximo seu conhecimento e a experiência centenária de sua família no cultivo do tabaco em terras cubanas, um privilégio que ele tenta proporcionar a todos os seus visitantes e convidados. Rafael, após a explicação completa à luz de uma lanterna, ainda nos mostrou como é feita a montagem de um verdadeiro puro cubano.
Folha de tabaco já seca para ser enrolada em charuto, em Pinar del Rio, no oeste de Cuba
Eu já estava de olho nas plantações de tabaco, mas o Rodrigo estava reticente, “se der tempo faremos”, íamos direto para Viñales e pronto. Foi como seu Cuba tivesse nos dito: “vocês não podem sair daqui sem ver isso!” Uma experiência inigualável, um momento único e puramente cubano que só o destino e a nossa estrela viajante poderia ter nos proporcionado.
Quer saber mais sobre este assunto? Acesse este site super completo sobre a história e as curiosidades do tabaco.
As incríveis pedras que se movem, no leito seco de um antigo lago no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Desmontamos acampamento, mal dormidos e acabados. Ainda assim reunimos forças para parar mais uma vez e ver este incrível mistério da natureza. Serão ETs? Ou os ITs, intra-terrestres, se tentando comunicar com os terráqueos?
Nosso acampamento em meio a bela paisagem perto da Race Track, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Eu acho que a teoria da argila, gelo, ventos boa, mas acho que mais um agente pode ser adicionado aí, a seca. Quando o solo seca, erode e quebra, ele se parte e “empurra” a pedra em diferentes direções. E aí, convenci? Espero viver para ver os cientistas encontrarem uma explicação.
Encruzilhada nos setores mais isolados do Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Nosso caminho para Las Vegas nos levava novamente à Furnace Creek e os vales do banho e das piscinas ainda estava válido, um banho quentinho após uma noite tão gelada era a nossa única saída para aguentar 3h de estrada e uma provável balada no encontro com a minha irmã.
A deliciosa piscina do hotel em Furnace Creek, no Death Valley National Park, na Califórnia - EUA
Passar a Páscoa com a minha irmã em Las Vegas foi um dos motivos de termos decidido pelo roteiro das duas semanas. A Juliane vive em Londres e tem um namorado inglês que vive em Nova Iorque, assim eles vão e vêm do velho ao novo continente para se ver sempre que podem e dessa vez decidiram conhecer juntos a Sin City! Para nós era perfeito, pois Las Vegas não era muito a nossa praia mesmo, melhor estar com um casal animado, matando as saudades da pequena que eu não via há 1 ano e meio!
Chegando à Las Vegas, em Nevada, nos Estados Unidos
Viajamos para Las Vegas e chegamos no final do domingo de páscoa e aproveitamos os 3 dias para conhecer a cidade, ver alguns shows e planejar os nossos próximos meses de viagem. Daqui dos Estados Unidos iremos fazer duas etapas importantes da viagem, voaremos para Islândia e Groelândia, que geograficamente também fazem parte da América e iremos aproveitar os preços baixos para voar para mais uma etapa caribenha dos 1000dias.
Foram 3 dias de muita pesquisa de preços, pacotes, passagens aéreas, mapas e guias para conseguir fechar o roteiro pelos Estados Unidos, a tempo de voar para estes lugares e finalmente ficou definido.
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Cruzaremos os EUA pela Route 66 até Memphis, desceremos para New Orleans e seguiremos em direção à Orlando. Em Orlando uma parada estratégica, encontramos vôos diretos do Sandford International Airport com bons preços para a Islândia e um pacote que parte da Islândia para um tour de 5 noites na Groelândia. Odiamos pacotes, mas o transporte na Groelândia é todo feito por aviões e acaba saindo muito caro viajar de forma independente. Dia 25/04 pegamos o voo em Orlando para Reikjavik e depois dos 5 dias na terra verde teremos uma semana na Ilha Viking. De volta à Orlando no dia 08/05 a noite, teremos 20 dias para subir a costa leste, antes descendo até o Everglades e Miami, subindo pela Georgia e fazendo um pequeno detour pelo Kentuky para conhecer o Mamooth National Park! Pensem na correria!
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Teremos pouco mais de 30 dias para conhecer 9 países caribenhos e voltamos para Nova Iorque, agora para encontrar a nossa querida sobrinha Bebel, que irá passar duas semanas viajando conosco pelo extremo leste dos EUA e parte do Canadá. Depois disso hora de cruzar novamente para a costa oeste rumo ao Alasca! Ufa, acho que estamos conseguindo conciliar quase tudo!
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Sugestões? Não deixem de comentar aqui abaixo e nos ajudar a enriquecer os nossos 1000dias por toda América!
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