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Novo País: Canadá!

Canadá, Montreal, Quebec

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Kanata, do iroquoise “aldeia ou povoado”, é a origem da palavra Canadá. Curioso nome para o segundo maior país do mundo em área, apenas atrás da Rússia. Esse tamanho todo e sua fronteira gelada com o Oceano Ártico fazem do Canadá um dos países de menor densidade populacional em todo o mundo (aprox. 3 hab/km2). Toda essa extensão de terras desabitadas faz do Canadá um país especial em áreas naturais praticamente intocadas. O que as protege é justamente uma de suas maiores belezas, também a maior barreira para os exploradores: o gelo, a neve e muito frio.

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial


Mais de 80% dos seus 33 milhões e meio de habitantes vivem a 150km da fronteira com os Estados Unidos, adicionando mais um superlativo para a coleção, já que é a maior fronteira terrestre do mundo. As regiões do Golden Horseshoe (Toronto, Montreal e Ottawa), Lower Mainland (Vancouver e arredores) e o corredor Calgary-Edmonton em Alberta se somam às áreas mais populadas, o que facilita muito o planejamento da nossa viagem, já que desta vez não teremos tempo para fazer explorações da região ártica do país.

Ruas cheias no centro de Montreal, no Canadá

Ruas cheias no centro de Montreal, no Canadá


Curiosidade: o Canadá também abriga a população mais setentrional (ao norte) do planeta, 168 habitantes (dado de 2001) nas ilhas de Ellesmere, quase na fronteira com a Groelândia. Um grupo de inuits parentes dos groelandeses que deve ter ficado com preguiça de cruzar o estreito de mar gelado ao norte da Baía de Baffin.

Arte Inuit no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá

Arte Inuit no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá


Os inuits são os parentes mais próximos dos povos mongóis que iniciaram a colonização de todo o continente americano em torno de 15 mil anos atrás. Na teoria mais aceita pela comunidade científica tribos mongóis cruzaram o Estreito de Bering e começaram a colonizar a América partindo do Alasca, Canadá e descendo pelo oeste dos Estados Unidos até a América do Sul. Hoje, 600 povos das chamadas Primeiras Nações são reconhecidos pelo governo do Canadá, com aproximados 1,2 milhão de indivíduos pertencentes a elas.

Tenda indígena no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá

Tenda indígena no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá


O resgate da cultura do povo que chegou primeiro é claro em várias cidades por onde passamos. Apenas no estado de Quebéc são 13 nações indígenas, cada uma delas tentando se adaptar às mudanças da sociedade moderna. Algumas se adaptaram “tão bem” que já nem se reconhecem mais, perderam seu idioma nativo e sua identidade indígena. O trabalho de recuperação desta identidade aparentemente tem sido efetivo, as escolas passaram a ensinar o idioma indígena como primeira língua e depois o francês ou o inglês, dependendo da região.

Máscaras indígenas que enfeitam e protegem dos maus espíritos a nossa pousada em Gananoque, na região das 1000 Islands, na fronteira do Canadá e Estados Unidos

Máscaras indígenas que enfeitam e protegem dos maus espíritos a nossa pousada em Gananoque, na região das 1000 Islands, na fronteira do Canadá e Estados Unidos


O primeiro contato com uma população europeia foi por volta do ano 1.000 d.C. quando vikings estabeleceram um posto avançado em Labrador nas suas explorações nos mares do norte. O primeiro assentamento escandinavo na América do Norte não durou muito. A primeira visita documentada, porém foi em 1.497/98 pelo italiano Giovanni Caboto a serviço do Rei da Inglaterra. A colonização europeia da região se iniciou no Século XVI, formando as primeiras colônias permanentes de Port Royal em 1.605 e Quebéc em 1.608, na região conhecida como Nova França ao longo do Rio St. Lawrence. Foi apenas em 1.763, depois de diversas batalhas entre os franceses e os ingleses, que a França cedeu todos os seus territórios da Nova França e Acádia aos britânicos através do Tratado de Paris.

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá

Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá


Em 1.775 o ânimo dos revolucionários americanos começou a esquentar contra a Coroa Britânica. Eles convidaram os canadenses a se unir na luta contra a coroa, porém os canadenses se negaram, mantendo sua lealdade ao Rei da Inglaterra.

A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá

A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá


Em 1.812 os americanos invadiram alguns dos territórios britânicos no Canadá e foram expulsos pelos ingleses, franceses e indígenas, que se uniram em defesa do seu território. Engraçado é que nesta guerra, conhecida como Guerra de 1812 os dois lados se julgam vitoriosos: os canadenses por que se defenderam, expulsaram os americanos e continuaram ao lado da coroa. Os americanos por terem ganhado várias batalhas contra os ingleses, inclusive a principal delas em New Orleans, depois da guerra já ter oficialmente acabado. Um dos principais ganhos desta guerra foi o fortalecimento da identidade canadense.

O solene prédio da antiga sede da prefeitura, em Toronto, no Canadá

O solene prédio da antiga sede da prefeitura, em Toronto, no Canadá


Em 1° de Julho de 1.867 o Canadá tornou-se uma federação parcialmente independente da Inglaterra e aos poucos outros territórios britânicos foram se anexando ao novo país. Toda primeira semana de julho acontecem as festas comemorativas do 1° de Julho conhecido como “O Dia do Canadá”, perdemos por pouco!

Canadá e suas províncias

Canadá e suas províncias


O nosso roteiro nas duas próximas semanas será conhecer as principais cidades do leste do Canadá, passando pelo estado francês de Quebéc, a capital Quebec City, Montreal e alguns dos seus principais Parques Nacionais. Seguiremos pelo estado de Ontário para conhecer Ottawa, a capital do país, e Toronto, a maior cidade de todo o território. O caminho ainda nos reserva algumas surpresas, pois o melhor de uma road trip é descobrir e se aventurar por novos horizontes e novas fronteiras. Welcome, Bienvenue, Bem vindo ao Canadá!

Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!

Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!

Canadá, Montreal, Quebec, história, roteiro

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Diz aí se você gostou, diz!

Curitiba, 10 graus.

Brasil, Paraná, Curitiba

Surreal! Passar 40 dias pelo Caribe e chegar a Curitiba com temperatura girando em torno de 10°C, com sensação térmica de 6! Chegamos hoje depois de 10 horas em trânsito e fomos calorosamente recepcionados pelo Dr. Mário Sérgio, meu pai. Como é gostoso chegar “em casa”. Nossa casa hoje não é mais Curitiba e sim a Fiona, mas chegar a um lugar que conhecemos, encontrar a família, os amigos, é definitivamente o que faz nos sentirmos em casa.

Temos milhares de tarefas para fazer nos poucos dias que programamos aqui em Curitiba, dá uma olhada na agenda de hoje:

11h - Buscar a Fiona – ela passou essa temporada na casa de amigos ali no Ahú.
11h30 - Levar a máquina fotográfica para o conserto - as praias do Caribe são lindas, mas cheias de areia, que são um suplício para os eletrônicos. Provavelmente um grão de areia entrou e travou a lente dela. Por isso vocês devem ter achado as fotos piorzinhas ultimamente, na última semana fotografamos tudo com o nosso celular, de dia até que vai, mas a noite ficamos todos com olhos vermelhos e luz beeem mais ou menos.
12h30 - Almoço na casa da mãe - arroz, feijão, farofa e bife acebolado. Tem coisa melhor que a comida de casa?
14h30 - Reunião na Acquanauta - eles continuam nos dando uma super consultoria na configuração dos nossos equipamentos de mergulho.
17h30 - Reunião na Race - empresa que está desenvolvendo o nosso site. Ees passaram por alguns probleminhas, o que atrasou a entrada do site, mas agora temos várias páginas “quase” prontas e espero adiantarem bastante coisa até pegarmos a estrada no domingo.
20h30 - Jantar - nachos deliciosos na nova casa da Dani e do Dudu, irmã e cunhado. A Dani está maravilhosa com uma barrigona de 32 semanas, mas ainda bem que a Luiza está lá dentro bem quentinha.

Para terminar o dia, 8°C a noite, vento e sensação térmica de 4. Ai que saudade do Caribe.

Configurando o equipamento, com a Carol

Configurando o equipamento, com a Carol


Testando o equipamento,na Acquanauta

Testando o equipamento,na Acquanauta

Brasil, Paraná, Curitiba,

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Laguna Colorada

Chile, San Pedro de Atacama, Bolívia, Salar de Uyuni

Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia

Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia


O Parque Nacional da Fauna Andina Eduardo Abaroa, já na Bolívia, geralmente é conhecido pelos turistas de São Pedro do Atacama apenas como o caminho mais bonito para o Salar de Uyuni.

A Laguna Verde, a primeira de muitas lagoas altiplânicas na rota para a Laguna Colorada e o Salar de Uyuni, na Bolívia

A Laguna Verde, a primeira de muitas lagoas altiplânicas na rota para a Laguna Colorada e o Salar de Uyuni, na Bolívia


O parque criado em 1973, foi ampliado em 1981, depois do naufrágio de um acordo territorial em que a Bolívia cederia este território ao Chile em troca da região de Arica, sua tão sonhada saída para o Oceano Pacífico. O acordo estava prestes a ser fechado quando o Perú entrou nas negociações e acabou inviabilizando-o. A água das lagoas seria utilizada para a mineração de cobre chilena, esgotando e poluindo as lagoas de degelo e mananciais que fazem desta região uma das mais importantes áreas para os milhares de flamingos, vicuñas e vizcachas que vivem neste parque.

Lhamas parecem flutuar no céu, ao lado da Laguna Colorada, na Bolívia

Lhamas parecem flutuar no céu, ao lado da Laguna Colorada, na Bolívia


O parque possui aproximadamente 715 mil hectares de superfície, entre uma cordilheira vulcânica e uma serra, com altitude média de 4 mil metros e temperatura média de 2°C, podendo chegar à -30°C! A fauna que se adaptou a estas condições extremas portanto é muito especial e conta com diversas espécies que correm risco de extinção, como os flamingos (chileno, andino e James), as vicuñas e outras aves como el suri e La soca cornuda. Também são encontradas as llamas, vizcachas (um tipo de roedor como o coelho) e uma tímida variedade de vegetação. As principais atrações são as lagoas cercadas por vulcões e montanhas nevadas e a observação dos glamorosos flamingos.

Gelo retorcido da Laguna Blanca, no caminho para a Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia

Gelo retorcido da Laguna Blanca, no caminho para a Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia


O primeiro dia de viagem começou pelo extremo sul do parque, logo após cruzar a fronteira do Chile com a Bolívia que tem acesso pela mesma estrada do Paso de Jama. Seguiam conosco o nosso guia Cristóbal e, de carona, sua amiga Krasna chilena de origem croata.

Muito bem  acompanhado,entrando na Bolívia a caminho da Laguna Colorada

Muito bem acompanhado,entrando na Bolívia a caminho da Laguna Colorada


A primeira parada é no mirante da Laguna Verde, com mais de 17km2 de superfície, ela é dividida em duas, sendo a primeira metade conhecida como Laguna Blanca. Com suas águas congeladas não fica difícil entender por que recebeu este apelido. Ao fundo vemos as costas do Vulcão Licancabur, nosso companheiro de horizonte em São Pedro do Atacama.

O magnífico cenário no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia

O magnífico cenário no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia


As estradas são de terra e alguns trechos não muito bem conservados, o que leva aos motoristas mais experientes a abrirem novos caminhos fugindo dos buracos e da neve acumulada. Assim, existem diversos caminhos e todos eventualmente irão nos levar ao mesmo lugar. Portanto se resolverem se aventurar no parque, vale a pena esmiuçar um mapa, tentar se atualizar sobre os novos caminhos e talvez tentar seguir os carros turísticos. Nem sempre os “choferes” bolivianos gostam de compartilhar estas informações, afinal este é o seu ganha pão, mas com sorte pode ser que encontrem algum mais descolado. Nós tínhamos pouco tempo e por isso decidimos tentar fazer o roteiro completo em 2 dias. Assim, contratamos Cristóbal, que já conhecia o caminho e as manhas dos refúgios onde ficaríamos abrigados.

Jipes levam turistas para a Laguna Colorada, na Bolívia

Jipes levam turistas para a Laguna Colorada, na Bolívia


Nossa segunda parada foi em um pequeno complexo de águas termais. O frio e o vento desafiam os mais corajosos a entrar na pequena piscina que águas calientes perto dos 40°C! A paisagem dos arredores também é recompensadora! Eu estava em dúvida se entraria, mas todo este ambiente, somados ao fato de que o refúgio não teria banho quente, não deixaram dúvida de que seria uma oportunidade única! Rsrs!

Maravilhosa piscina de águas quentes a quase 4.500 metros de altitude e temperatura externa próxima do 0 graus, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia

Maravilhosa piscina de águas quentes a quase 4.500 metros de altitude e temperatura externa próxima do 0 graus, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia


Continuamos o nosso roteiro rumo à principal atração do dia, a Laguna Colorada! Passamos por uma região com pequenos geisers e atividades térmicas de origem vulcânica, conhecida como o Sol de Mañana e seguimos adiante! Ainda tínhamos que fazer um pequeno desvio para chegar à Aduana onde tiraríamos a nossa permissão para entrar com a Fiona na Bolívia. Estávamos ansiosos para chegar cedo, ver a Laguna Colorada ainda com luz e para conseguirmos uma boa vaga no refúgio para a noite gelada.

Uma das mais altas aduanas do mundo!

Uma das mais altas aduanas do mundo!


O espetáculo da Laguna Colorada já começa ao longe. Sua coloração avermelhada se destaca na paisagem predominantemente marrom. A cor vermelha acontece devido à alga surirella, rica em betacaroteno e dieta do crustáceo Artemia Salina. Esta por sua vez é a principal fonte alimentar dos pássaros da região, tornando-se responsável pela coloração avermelhada nas plumas dos flamingos. A natureza é mesmo perfeita!

Chegando à fantástica Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia

Chegando à fantástica Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia


Depois de muito bem instalados, eu e o Rodrigo fomos até as margens da lagoa, observar os flamingos, que muito bem adaptados e se sentindo acolhidos na sua casa, nem se incomodam com a presença dos turistas. Todo e qualquer ângulo é perfeito e o resto de sol no final da tarde deixa as cores ainda mais intensas!

Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia

Flamingos se alimentam nas águas vermelhas da Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia


Retornamos ao nosso abrigo, Refúgio La Cordilleira, um hotel 5 estrelas comparado com os outros abrigos, segundo os nossos amigos. Lá interagimos com o pessoal dos tours que também estavam hospedados, brasileiros, espanhóis e até um casal de alemães que está cruzando de Uyuni para São Pedro de bicicleta!

A Laguna Verde semi-congelada, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia

A Laguna Verde semi-congelada, no caminho para a Laguna Colorada, na Bolívia


Eles dormiram as duas primeiras noites em barracas, com seus sacos de dormir para -30°C, um equipamento de segurança importantíssimo nessas condições. O sol se pôs e a temperatura despencou! Na preparação do jantar me lembrei que o nosso fogareiro não é adequado para altitude... o pouco oxigênio deixa a chama quase inexistente e a velocidade de fervura ridícula. Sorte que depois do jantar da tropa toda, conseguimos emprestar o fogão industrial do refúgio e fazer o nosso macarrão quentinho.

Pessoas se reúnem ao lado do fogareiro do nosso refúgio na Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia

Pessoas se reúnem ao lado do fogareiro do nosso refúgio na Laguna Colorada, no sudoeste da Bolívia


Já com as luzes do refúgio apagadas, brindamos à esta noite inesquecível com um vinho chileno, vendo a lua cheia iluminar a Laguna Colorada.

Maravilhada com a beleza da Laguna Colorada, na Bolívia

Maravilhada com a beleza da Laguna Colorada, na Bolívia

Chile, San Pedro de Atacama, Bolívia, Salar de Uyuni, Laguna Colorada, Laguna Verde, Parque Nacional Eduardo Abaroa

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ECO - Papo de Boteco

Brasil, Minas Gerais, Tabuleiro (P.E. Serra do Intendente)

Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Ultimamente não temos passado por muitos botecos, muito menos com os amigos, para jogar conversa fora e socializar. Como isso faz parte do meu ser, vou tendo que achar outras formas de matar esta vontade. Hoje a noite, depois do nosso jantar preparado com muito amor pela Lelé, engatamos na conversa, eu Lelé e Gustavo. Falamos sobre a viagem, sobre viagens que ele já havia feito e chegamos ao assunto de sonhos. Um sonho mais maluco que o outro... A Lelé também é espírita, aí já viu! Falamos de vidas passadas e sobre como enxergamos o que acontece depois da morte. Isso tudo fica muito a flor da pele principalmente quando perdemos um ente querido. Como é bom encontrarmos alguém que nos entende, né Lelé? Muito maluco como as pessoas não passam por acaso na nossa vida, mesmo que rapidinho ali no Tabuleiro.

Logo depois chegou o outro Gustavo, sócio do Eco Hostel e mudamos o rumo da prosa, falando novamente de aventuras mil e sobre a região. Foi quando chegamos ao assunto mais polêmico que vem sendo debatido por todos aqui, mas que infelizmente não vai mudar: a chegada de mineradoras na região entre Serro e Conceição do Mato Dentro.

Há dez anos começou uma sondagem nas terras desta região, em busca de minério de ferro. O Eike Batista fez a sondagem, providenciou as licenças para extração e colocou o projeto à venda para mineradoras. Durante estes 10 anos a região recebeu o título de Patrimônio da Biosfera, aparentemente um jogo político para encarecer as terras e as licenças. Enquanto todos achavam que a Serra do Cipó e a região do Tabuleiro estariam ainda mais seguras, era na verdade uma bela jogada comercial. Junto de todo este arranjo, surgiram também o Parque Estadual do Tabuleiro, que era Municipal e recebeu um up grade, e o Parque Estadual da Serra do Intendente, onde ficam as cachoeiras que visitamos hoje. Áreas que estão protegidas das mineradoras, mas que são muito pequenas se comparadas com as áreas que serão exploradas. Para fechar o plano com chave de ouro, eles irão construir um minério-duto interligando a região ao Rio de Janeiro. O problema é que o transporte do minério no duto se faz através de flutuação, utilizando toda a água da região! Uns dizem que irão tratar e abastecer duas cidades no Rio de Janeiro, outros que esta água deverá voltar tratada para abastecer a própria região. O maior problema é esta água é extraída direto dos lençóis freáticos que estão sendo perfurados, sendo assim não se pode precisar que rios e cachoeiras serão impactados.

Já pensaram todos os problemas que estão envolvidos em um negócio como este? Além dos rejeitos da extração e do mega impacto ambiental na fauna e flora locais, a cidade tem que lidar com o impacto nas comunidades, que são indenizados por suas terras, mas habituados a viver no campo passam a sofrer de problemas de saúde, contaminação pelos resíduos e já é sabido que o índice de suicídios em regiões de mineração, aumenta claramente. Isso tudo sem contar o impacto da importação de mão de obra para a região. Os 10 mil homens que virão trabalhar irão precisar de infra-estrutura, mulheres e aí aumenta o índice de criminalidade, estupros, etc.

Quando o homem irá encontrar soluções que tragam menor impacto para o meio-ambiente? Quando os políticos irão sair do discurso verde e começar a transformá-lo em ação? Quando os empresários passarão a dar valor à vida, em detrimento ao lucro? O homem continua violentando a terra, até quando?

Brasil, Minas Gerais, Tabuleiro (P.E. Serra do Intendente), cachoeira, Conceição do Mato Dentro, Serra do Intendente

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Peña de Bernal

México, Bernal

O imenso monolito conhecido como Peña de Bernal, no México

O imenso monolito conhecido como Peña de Bernal, no México


Continuamos na nossa rota pelos Pueblos Mágicos Mexicanos, rumo à Cidade do México. Depois de passarmos por Real de Catorce simplesmente apaixonamos e resolvemos riscar do roteiro as grandes cidades como San Luis Potosí e Queretaro, já que não teríamos tempo suficiente para conhecer tudo.

Bernal, no México

Bernal, no México


Tempo? Temos 1000dias! Já estamos estourando deliberadamente o nosso “prazo” de 1000dias e ainda estamos com pressa? É, eu também acho isso intrigante, mas o fato é que mesmo viajando, livres e descompromissados, a vida vai nos colocando surpresas pelo caminho. E a surpresa que está vindo por aí não poderia ser melhor: esta semana recebemos a visita de uma grande amiga minha, Valéria, amiga da vida inteira! Há tempos a Val está tentando nos encontrar, mas estava difícil conseguir sincronizar as agendas de trabalho e férias dentro dos roteiros desejados. Aqui no México finalmente as agendas coincidiram! Ela está chegando hoje na Cidade do México e nós estamos acelerando para encontrá-la.

Charmosa entrada de residência na pequena Bernal, Pueblo Mágico no México

Charmosa entrada de residência na pequena Bernal, Pueblo Mágico no México


O detalhe é que não bastava uma, tivemos que combinar aqui outra surpresa, na realidade um sonho do Rodrigo que está próximo a se realizar: subir o vulcão Orizaba, o ponto mais alto do México. Quem irá acompanha-lo é o Gera, amigo do seu irmão Guto, um montanhista brasileiro que vive aqui no México. Eu normalmente estaria nesta empreitada junto com eles, mas com a chegada da Val, decidi acompanhar a minha amiga nos roteiros turísticos e fizemos um combinado perfeito, separando o Clube das Lulus e dos Bolinhas, afinal depois de tanto tempo longe, nós teremos muito papo para colocar em dia.

Propaganda de restaurante em Bernal, no México

Propaganda de restaurante em Bernal, no México


O Orizaba está localizado a oeste do Distrito Federal e até lá o Rodrigo tem que se aclimatar. O planejamento foi um pouco trabalhoso, mas no final não poderia ter ficado mais perfeito! Os Pueblos Mágicos que estamos visitando são, geralmente, próximos a lindas áreas naturais e acima dos 2 mil metros.

Igreja do Pueblo Mágico de Bernal, no México

Igreja do Pueblo Mágico de Bernal, no México


San Sebastián de Bernal, no estado de Queretaro, é um pueblo mágico e seu principal cartão postal é um antigo vulcão que se solidificou há mais de 10 milhões de anos e foi levado pela erosão, restando apenas uma rocha única do magma sólido, um monolito a 2.510m de altitude sobre o nível do mar.

Bernal, no estado de Queretaro, com a famosa pedra ao fundo, no México

Bernal, no estado de Queretaro, com a famosa pedra ao fundo, no México


A Peña de Bernal, com 350m de altura, é considerada o terceiro maior monolito do mundo, atrás apenas da Pedra de Gibraltar e do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. Nós ficamos na maior dúvida, pois outras pedras igualmente grandes nos vêm à memória, mas várias fontes confirmam a versão do governo mexicano.

Peña de Bernal, no México

Peña de Bernal, no México


Dizem que a cidade foi construída sobre uma imensa pedra de quartzo, antes minerada pelos espanhóis, hoje procurada por diferentes grupos por ser um local de energia muito especial. Verdade ou não, há milhares de anos o local recebe milhares de peregrinos de origem Otomí-chichimeca que no sincretismo da religião indígena e católica, carregam lindas cruzes milagrosas nas suas peregrinações anuais para pedir por proteção e rezar pela água escassa nos desertos desta região.

Vegetação semidesértica ao redor da Peña de Bernal, no México

Vegetação semidesértica ao redor da Peña de Bernal, no México


Cactos florido na região de Bernal, no México

Cactos florido na região de Bernal, no México


Depois de uns dias sem muitos exercícios, hoje começamos o treino para o Orizaba. A subida da Peña de Bernal é bem tranquila e tem vistas maravilhosas! Subimos por uma trilha e depois pelos caminhos de pedra até o último mirante. Parei por um momento, fechei os olhos e senti uma energia muito especial por estar ali, em um dia ensolarado, em um lugar sagrado de uma natureza super distinta e especial.

Meditação na Peña de Bernal, no México

Meditação na Peña de Bernal, no México


Para subir até o topo só com equipamento de escalada, já que as escadas de ferro que existiam foram retiradas. O Rodrigo até tentou encarar um “free style” no começo, onde ainda encontrava alguns degraus, mas depois de ver a cara da esposa preocupada ele resolveu voltar.

Pausa na subida da Peña de Bernal, no México

Pausa na subida da Peña de Bernal, no México


Amanhã continuamos o treinamento, enquanto a Valéria já começa suas explorações pela capital mexicana, Zócalo e arredores. Nosso encontro será no dia seguinte na cidade de Toluca, não vejo a hora de encontrar a minha amiga! Enfim, exercitados e felizes, retornamos para mais algumas horas de estrada, cruzando DF em direção ao nosso próximo pueblo mágico.

Caminhada na famosa Peña de Bernal, no México

Caminhada na famosa Peña de Bernal, no México

México, Bernal, cidade histórica, Peña de Bernal, Pueblo Mágico, San Sebastián de Bernal

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Tren a las Nubes y Salinas

Argentina, Salta, San Antonio de los Cobres

O impressionante viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O impressionante viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


O Tren a las Nubes é o quarto trem mais alto do mundo em operação e fica aqui, em Salta, Argentina. O trem sai de Salta a 1187m de altitude a nível do mar, corta montanhas, vales e quebradas e chega aos 4200m de altura.

O Tren de Las Nubes atravessa o altiplano rumo à San Antonio de Los Cobres - Argentina

O Tren de Las Nubes atravessa o altiplano rumo à San Antonio de Los Cobres - Argentina


O ferrocarril atravessa o Valle de Lerma, entra na Quebrada del Toro até chegar à Puna, como são conhecidos os altiplanos argentinos localizados na Cordilheira dos Andes. São 434km (ida e volta), atravessa 29 pontes, 21 túneis e 13 viadutos e custa a “bagatela” de 170 dólares ou 695 pesos.

Vegetação típica das terras altas argentinas na região de Salta

Vegetação típica das terras altas argentinas na região de Salta


A rota completa está neste infográfico, muito informativo:
http://www.trenalasnubes.com.ar/turismo_salta/es_tren_a_las_nubes_recorrido.html
Aos que não querem (ou podem) gastar esta grana toda, há outra opção. Existe uma estrada que percorre o mesmo roteiro do trem, desviando apenas em alguns trechos, quando o trem está cortando as montanhas pelos túneis. Algumas agências de turismo em Salta oferecem o passeio de van por 85 dólares por pessoa e ainda incluem no tour as maravilhosas Salinas Grandes. É importante confirmar se a agência irá até o Viaducto La Polvorilla, 64m de altura, 224m de comprimento e 4200m de altitude, ponto final do passeio onde o trem faz uma parada.

O famoso viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O famoso viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Já viemos até aqui de carro justamente para ter a liberdade de ir e vir, então decidimos economizar esta e fazer o trecho de carro. Foi a melhor escolha! Saímos mais tarde, o trem sai as 6h30, nós saímos do hotel as 9h, da cidade as 10h30 (1h30 buscando combustível! Vide nota no rodapé). A estrada é lindíssima, montanhas multicoloridas, cactos cardones adornam a seca paisagem até o ponto mais alto da estrada, 4060m de altitude, onde foi quebrado o recorde mundial de carro em altura em 1915!

Ponto mais alto da estrada, no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina

Ponto mais alto da estrada, no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina


Ali encontramos uma moradora de Santo Antônio de Los Cobres, cidade mais próxima onde o trem também faz uma parada. Na carona descolamos umas tortillas de queijo deliciosas e um bom papo sobre a região. Uma cidade muito pobre, a economia de Santo Antonio está embasada no turismo gerado pelo trem. Neste horário, ela e dezenas de outros ambulantes correm para o La Polvorilla, para vender seus artesanatos, tortillas, levam suas llamas para tirar fotos com os turistas.

Filhote de lhama meio desengonçada, no viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

Filhote de lhama meio desengonçada, no viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


O carro chegará ao viaduto por baixo, onde se tem uma das vistas mais lindas da ponte. O córrego congelado dá uma ideia do frio. É importante já estar aclimatado e ter paciência para subir a trilha que leva as llamas e vendedores ao mirante. Cercados de picos nevados esperamos o trem que em minutos inunda um lugar calmo e tranquilo com turistas loucos para esticar as pernas depois de 7h30 dentro do trem, todos ávidos por fotos e compras de lãs e artesanatos.

O Tren de Las Nubes sobre o viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina

O Tren de Las Nubes sobre o viaduto La Polvorilla, na região de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Antes mesmo do trem partir, foi a nossa vez de seguir viagem para a segunda maior atração do dia: Salinas Grandes. São em torno de 100km de estrada de rípio entre Santo Antônio de Los Cobres até o encontro com a Ruta 52.

Casebres abandonados no altiplano no norte da  Argentina

Casebres abandonados no altiplano no norte da Argentina


As salinas são simplesmente fantásticas. Uma imensidão branca. Uma das maiores salinas da Argentina, possui 12 mil hectares de sal a céu aberto. São três áreas distintas no salar: a salina poligonal, o florescências salinas e o limoso.

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina


Ao redor as montanhas em diferentes tons de vermelhos, verdes, róseos, amarelos, brancos, cinzas e violetas, são explicados pelos minerais presentes na rocha como o ferro, cobre, dolomita, enxofre, lima, dianteira e hematita.

Montanhas coloridas no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina

Montanhas coloridas no caminho para San Antonio de Los Cobres - Argentina


Tanto sal nos deu sede! Ali há um bar feito de blocos de sal, que mesmo desativado, ainda nos vendeu uma cervejinha. Retornamos à Salta pela estrada de Purmamarca, onde encontramos a Rota 9, entre Tilcara e Jujuy.


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Aos amantes o passeio de trem deve ser ótimo, sem dúvida tem o conforto dos vagões, a opção de ir aproveitando uma cervejinha no vagão restaurante, além dos inúmeros túneis e viadutos. Aos que querem conhecer o roteiro com mais liberdade, parando quando quiser, tirando fotos e aproveitando para conhecer pessoas e a cultura local, acredito que a opção de carro ou van seja mais indicada, e ainda tem o grande diferencial de conhecer as Salinas.

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina

O enorme campo de sal em Salinas Grandes, na rota do Paso de Jama - Argentina


Seja qual for a opção escolhida, as paisagens do norte da Argentina continuarão a surpreender e deixar mesmo os viajantes mais urbanos de queixo caído.

Chegando perto da neve e de San Antonio de Los Cobres - Argentina

Chegando perto da neve e de San Antonio de Los Cobres - Argentina


Informação útil aos expedicionários
A Argentina está em crise de combustíveis. A maioria dos postos YPF, a maior rede nacional, está sem diesel (gasoil) em seus postos. A Refinor geralmente tem, mas é um diesel sabidamente de péssima qualidade e mais caro. O ideal é buscar os postos Shell e Esso, estão abastecidos e garantem melhor qualidade e preço.

Argentina, Salta, San Antonio de los Cobres,

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Setiiiiiba!

Brasil, Espírito Santo, Iriri, Guarapari

Onde as águas se encontram, na praia de Setiba, em Guarapari - ES

Onde as águas se encontram, na praia de Setiba, em Guarapari - ES


Setiba é uma praia que ficou marcada na minha memória de infância. Tudo começou em uma viagem de carro que eu e minhas irmãs fizemos com os meus pais, rodando o interior de SP, circuito das águas e circuito histórico de MG, litoral do Espírito Santo e litoral do RJ. No Espírito Santo exploramos boa parte do litoral sul, começando por Vila Velha e Guarapari. Setiba é uma das primeiras praias ao norte de Guarapari e foi também uma das primeiras que paramos para conhecer em um tour diário lá em 1992. As três filhas pequenas votaram por passar o dia lá, apaixonadas por suas águas transparentes e tranqüilas. A praia tinha uma geografia diferente de tudo o que conhecíamos, suas águas se encontravam em duas praias formadas por um pequeno morro de pedras ligado por uma estreita faixa de areia.

A Ana na praia de Setiba, em Guarapari - ES

A Ana na praia de Setiba, em Guarapari - ES


Esta imagem ficou na minha memória durante anos, e principalmente os pedidos incansáveis das filhas para ficar em “Setiiiiba”. Porém alguém tinha que ser racional, estava apenas começando o dia e o tour, tínhamos muitas praias para conhecer ainda e não tínhamos como saber qual seria a mais bonita. Meu instinto me dizia que nenhuma seria mais bonita do que Setiba, mas voto vencido, seguimos para o norte e acabamos parando na praia particular conhecido como Três Praias. Coitada da minha mãe, que teve que aguentar as reclamações das filhas que queriam voltar à Setiba durante muito tempo, inclusive após a viagem. Quando contei para ela que viríamos para cá ela me pediu: “tire muitas fotos, dê um mergulho, aproveite bastante!” Olha que horror, mesmo sendo crianças, conseguimos deixá-la meio traumatizada. Ainda bem que o tempo passa e as distâncias diminuem, hoje aproveitamos bastante, caminhamos pela praia, tomamos banho de mar e até uma sonequinha eu consegui tirar!

Finalmente, depois de 18 anos, nadando na praia de Setiba, em Guarapari - ES

Finalmente, depois de 18 anos, nadando na praia de Setiba, em Guarapari - ES


Novamente acho que meu photoshop mental de criança era melhor, pois a praia estava muito mais bonita na minha lembrança do que hoje. Não quero ser injusta com a natureza, pois em 92 nós viemos para cá durante o verão e agora no inverno, com os ventos mais fortes e o tempo mais nublado.

Fim de tarde na praia de Setiba, em Guarapari - ES

Fim de tarde na praia de Setiba, em Guarapari - ES


Saímos de lá para Guarapari com o sol bem baixo, linda luz de fim de tarde. Não lembro de, naquela ocasião, termos conhecido a Praia do Morro, principal praia de Guarapari. Mas agora quem refrescaria sua memória seria o Rodrigo, demos uma passadinha rápida lá para conhecê-la e relembrar da temporada que ele passou com a família. É, é o Espírito Santo tão forte em nossas lembranças, vai deixando saudades, amanhã continuamos a viagem seguindo para o interior, Cachoeira da Fumaça e Serra do Caparaó, estamos a caminho!

Praia do Morro, em Guarapari - ES

Praia do Morro, em Guarapari - ES

Brasil, Espírito Santo, Iriri, Guarapari, Praia, Setiba

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30 anos na estrada!

Equador, Baños, Cuenca

Bela paisagem no fim de tarde na viagem para Cuenca, no Equador

Bela paisagem no fim de tarde na viagem para Cuenca, no Equador


Gostaria que esse título fosse mesmo o que vocês imaginaram. “Decidimos que iremos passar os próximos 30 anos na estrada!” Ou ainda melhor, “hoje comemoramos 30 anos de estrada!” Hahaha! Mas nada disso, a frase tem por trás um motivo muito mais simples, mas não menos nobre: hoje comemoro os meus 30 anos de idade na estrada!

Propaganda de Gatorade no Equador (Cuenca)

Propaganda de Gatorade no Equador (Cuenca)


Laura tomou seus últimos remédios na veia até as 11h e finalmente recebeu alta da clínica! Pé na estrada, dia longo de viagem para o sul do Equador, rumo à cidade de Cuenca. O Equador possui uma densidade populacional imensa, durante todo o caminho passamos por cidades grandes, vilas e povoados.


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Quase todos os estados aqui recebem o nome dos respectivos vulcões presentes em cada região. Ontem, por exemplo, saímos de Cotopaxi, passamos por Tungurahua, onde está Baños, e pelo estado do Chimborazo, vulcão extinto e mais alta montanha do Equador, com 6.310m.

O vulcão Tungurahua, perto de Baños, na viagem para Cuenca, no Equador

O vulcão Tungurahua, perto de Baños, na viagem para Cuenca, no Equador


Essa estrada é linda e muito popular pelo passeio de trem que corta as montanhas de Riobamba, passando por Alausí e chegando ao trecho mais famoso conhecido como Nariz del Diablo. A linha férrea está em manutenção e o trecho mais bonito está fechado para as obras. Assim sendo aproveitamos a nossa Fioninha para conhecer do carro mesmo as paisagens que cortam o Equador, passando pelo mesmo caminho do trem, até Cuenca.

A bela paisagem na viagem para Cuenca, no Equador

A bela paisagem na viagem para Cuenca, no Equador


A viagem foi longa e cansativa, mas não poderíamos deixar de comemorar! Em Cuenca fomos ao Tiesto, restaurante de culinária equatoriana bem despojado, passagem obrigatória na cidade. A principal atração do Tiesto é Juan, o chef, uma figura simpaticíssima e com muita personalidade. Sabe que é bom e faz questão que todos tenham a melhor experiência gastronômica em sua casa, mesmo que isso signifique ir contra a escolha (geralmente equivocada) do cliente.

Com o simpático chef do restaurante Tiesto, no aniversário da Ana, em Cuenca, no Equador

Com o simpático chef do restaurante Tiesto, no aniversário da Ana, em Cuenca, no Equador


O conceito dos pratos é que a comida deve sempre ser compartilhada, por isso são pratos para 2 ou mais pessoas. Se queremos experimentar mais de um, Juan nos diz quais pratos harmonizam e intensificam seu sabor, espetacular! Na sobremesa veio a surpresa: um prato todo decorado com molhos açucarados e com uma vela para a velhinha aqui.

Bolo de aniversário no Tiesto, excelente restaurante de Cuenca, no Equador

Bolo de aniversário no Tiesto, excelente restaurante de Cuenca, no Equador


Durante a vida, nunca imaginei que comemoraria os 30 anos no Equador, muito menos com a companhia dos amados Rodrigo, Laura e Rafael, foi sensacional! Cuenca, sem fazer muito esforço, já entrou para a lista de preferidas na história dos 1000dias.

Celebração dos 30 anos da Ana no excelente restaurante Tiesto, em Cuenca - Equador

Celebração dos 30 anos da Ana no excelente restaurante Tiesto, em Cuenca - Equador

Equador, Baños, Cuenca, Ecuador, Nariz del Diablo, Tiesto

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As três pontas

Brasil, Bahia, Salvador

Sol se pondo na Baía de Todos os Santos, visto de Pedra Furada, em Salvador - BA

Sol se pondo na Baía de Todos os Santos, visto de Pedra Furada, em Salvador - BA


A cidade de Salvador tem um formato meio triangular e por isso possui 3 pontas sinalizadas por famosos faróis: o Farol de Itapoã, o Farol da Barra e o terceiro não tão falado, mas não menos importante, Farol da Ponta do Humaitá e Forte de mesmo nome da Igreja ali localizada, Igreja da Nossa Senhora de Mont Serrat, construída em 1650. A Ponta do Humaitá possui uma vista de 270° para a baía e a praia de Boa Viagem. A praia estava lotada, todos aproveitando o sabadão de feriado para um futeba, peixinho frito e cerveja gelada!

Praia cheia num sábado em Salvador - BA

Praia cheia num sábado em Salvador - BA


Nós fugimos deste agito e fomos direto para a Pedra Furada, lugar indicado pela Lívia para almoçarmos uma comida típica. A Pedra Furada é uma ruazinha próxima à Ponta do Humaitá que possui alguns restaurantes voltados para o mar, com uma bela vista, cerveja gelada, som ao vivo e o melhor, pouco freqüentado pelos turistas. Almoçamos um prato diferente chamado Arrumadinho, parece um feijão tropeiro com lingüiça e carne de porco picadas, farofa e um tipo de feijão diferente, verde. Sou suspeita para falar, mas é um prato delicioso, pois eu adoro feijão!

Sol se pondo na Baía de Todos os Santos, visto de Pedra Furada, em Salvador - BA

Sol se pondo na Baía de Todos os Santos, visto de Pedra Furada, em Salvador - BA


Ainda na Península de Itapagipe se encontra a igreja mais visitada de Salvador, quiçá do Brasil, a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Chegamos no horário da missa da tarde, igreja lotada e com vários grupos de romeiros de todos os lados.

Igreja do Bonfim, em Salvador - BA

Igreja do Bonfim, em Salvador - BA


Na porta, vários ambulantes cadastrados com numeração e tudo para venda de fitinhas do Senhor do Bonfim, chaveiros, escapulários, terços e até outros objetos de sorte demonstravam o sincretismo religioso da Bahia.

As famosas fitinhas do Bonfim, em Salvador - BA

As famosas fitinhas do Bonfim, em Salvador - BA


Nosso próximo compromisso era só as 20h no Teatro Vila Velha, então consegui convencer o Rodrigo a ir até o MAM, Museu de Arte Moderna, que fica no Solar do Unhão. Eu já conhecia, mas o Ro às vezes é um pouco reticente em conhecer este tipo de exposição. Todos os sábados as 18h rola um Jam Section de Jazz no MAM, cenário perfeito, música boa, programa delicioso! O parque de obras à beira mar faz o espaço ficar ainda mais mágico.

Visitando o MAM de Salvador - BA

Visitando o MAM de Salvador - BA


Consegui convencê-lo já que era caminho, chegamos lá as 18h30 e pudemos só dar uma volta rápida, já que ele resolveu apostar com o guardador de carro que pagaria 10 reais se demorasse mais de 30min... aí quem tem que sair correndo sou eu, tudo para o moço não perder uma aposta. 19h já estávamos no Teatro Vila Velha comprando os nossos convites para assistir à peça “A Bença” do Bando de Teatro do Olodum.

Apresentação do Grupo de Teatro do Olodum no Teatro Vila Velha em Salvador - BA

Apresentação do Grupo de Teatro do Olodum no Teatro Vila Velha em Salvador - BA


Um espetáculo que faz jus ao título, A Bença comemora os 20 anos do bando pedindo “a bença” aos mais velhos, mais experientes, fazendo reverência a sabedoria dos nossos ancestrais. A montagem de teatro contemporâneo mistura elementos do candomblé, danças e músicas africanas com recursos super modernos de vídeo, exibindo em dois telões depoimentos de grandes personagens do teatro e da cultura negra. Um banho de cultura e um show à parte nestes nossos 1000dias.

Na Ponta do Humaitá, em Salvador - BA

Na Ponta do Humaitá, em Salvador - BA


Um dia que começou na Ponta do Humaitá, passou pelo Bonfim e terminou no teatro Vila Velha não poderia ser mais significativo. Hoje unimos as três pontas soteropolitanas: a beleza natural do Humaitá, o sincretismo religioso no Bonfim e a cultura baiana e negra de altíssima qualidade no Teatro Vila Velha.

Brasil, Bahia, Salvador, MAM, Olodum, pedra furada, Pontal do Humaitá, Solar do Unhão, teatro

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Ponta Negra

Brasil, Rio Grande Do Norte, Natal

Jangadas na praia de Ponta Negra, em Natal - RN

Jangadas na praia de Ponta Negra, em Natal - RN


Chegamos à Ponta Negra, tudo lotado, ontem a noite foi difícil encontrarmos um hotel com 3 diárias vagas, portanto pegamos uma diária em um hotel e outras duas em outro. Saímos caminhar na orla, o calçadão até é simpático, mar verdinho e ao fundo o famoso Morro do Careca.

O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN

O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN


Este, de tanto ser abusado em tempos anteriores, hoje está fechado para recuperação dos seus parcos cabelos que restaram. A vegetação ajuda a fixar a duna e com tantos esqui-bundas e turistas ela estava desaparecendo.

Morro do Careca interditado, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN

Morro do Careca interditado, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN


A impressão que tenho é que Ponta Negra não é exatamente Natal, até deve haver uma intersecção, já que ocupa parte do seu município, mas a vida aqui é outra. Um lugar totalmente voltado ao turismo, com arquitetura de gosto duvidoso, centenas de hotéis e pousadas empilhadas, alguns bares, restaurantes e uma praia lotada.

Descendo do hotel para a praia de Ponta Negra, em Natal - RN

Descendo do hotel para a praia de Ponta Negra, em Natal - RN


Nesta viagem já estamos vendo muitas praias bonitas, então quando chegamos em uma cidade maior quero conhecer mais sobre a sua história, ver a sua gente e não ficar trombando com turistas o tempo todo. Ok, então talvez eu não esteja no lugar certo, mas precisamos chegar aqui para descobrir, não é?

Praia de Ponta Negra lotada, em Natal - RN

Praia de Ponta Negra lotada, em Natal - RN


Aproveitamos nossa tarde para resolver algumas pendengas, trocar de hotel, dar uma faxina geral na nossa casa, Fioninha, e matar a nossa vontade de comer churrasco! Hummm, delícia!

Checando o banho da Fiona, em Natal - RN

Checando o banho da Fiona, em Natal - RN


Já havíamos conversado com alguns natalenses e o programa de verão deles é mudar de praia, ir para a Pipa ou Pirangi no sul, ou ainda explorar algumas praias do litoral norte. No centro de Natal algumas praias ainda fazem sucesso entre os populares, Praia dos Artistas, do Meio e a Praia do Forte. Amanhã vamos conferir o que rola fora de Black Point.

Banho tomado, mapa atualizado! (em Natal - RN)

Banho tomado, mapa atualizado! (em Natal - RN)

Brasil, Rio Grande Do Norte, Natal, Ponta Negra, Praia

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