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Mais um dia de chuva... Nossa primeira intenção era subirmos o Pico do ...
Além da gloriosa memória da resistência de Mossoró contra Lampião, a...
O Jalapão é conhecido como um dos mais exóticos destinos turísticos d...
Marcos (25/05)
Prezados Viajantes Parabéns pelo site e pelas fotos. Muito informativo....
Ana Paula (22/05)
Ola. PARABÉNS pelo blog. Gostaria de uma ajudazinha... vou me mudar pra...
karina (19/05)
gostaria de saber sobre a internet nesses lugares ?? estou planejando uma...
Reginaldo (16/05)
legal a ideia gostei pena que haja grana pra isso. Site de chácaras par...
ANDRE LUCIO CHAVES (07/05)
Embora tardio, li seu relato de viagem e parabenizo a vocês por essa tã...
Observando de perto Kaiteur Falls, na Guiana
Hoje tivemos o nosso dia de Indiana Jones. Tudo bem, sem tantas lutas e perseguições, mas com aquela mesma sensação imaginamos que ele tem quando está sobrevoando uma floresta intocada e descobrindo pela primeira vez uma magnífica cachoeira, nunca antes vista pelo homem branco. Sim, homem branco, pois somos recebidos por um guianês de origem indígena, contratado pelo parque nacional para nos guiar pela floresta. Quase como o Indiana, que sempre tem um africano ou índio que conhece os caminhos e o leva até o tesouro.
O avião que nos levou à Kaiteur Falls, na Guiana
Sobrevoamos a Amazônia Guianesa quase na fronteira com o Brasil. A primeira visão que temos da cachoeira é no sobrevôo, espetacular que o nosso piloto faz pela direita e pela esquerda para todos poderem ver e fotografá-la. As vistas aéreas são sempre privilegiadas, sensacional conseguirmos ter a noção da amplitude e grandeza deste cenário.
Sobrevoando a magnífica Kaiteur Falls, na Guiana
O pouso é na pequena pista de pouso do Parque Nacional da Kaiteur Falls. A trilha para a cachoeira começa na própria pista e no caminho o nosso guia vai nos passando algumas informações básicas sobre a vegetação local. Sobre um imenso platô formado por um tipo especial de conglomerado rochoso, único na América do Sul.
Parque Nacional de Kaiteur Falls, na Guiana
A mata é repleta de bromélias gigantes e de árvores conhecidas como “rubber trees”, comumente confundidas com a seringueiras. Estas possuem o nome “rubber” que significa borracha, devido à elasticidade da sua madeira. As bromélias são casa para os pequenos “golden frogs”, sapinhos minúsculos (em média 17mm) e de coloração amarela. Este minúsculo sapo possui um veneno letal, 160 mil vezes mais potente que a cocaína.
Um dos sapos mais venenosos do mundo, em Kaiteur Falls, na Guiana
Caminhamos apenas 15 minutos e chegamos ao primeiro mirante. É de tirar o fôlego. Milhares de litros de água despejados de 266m de altura, fazem Kaiteur a maior cachoeira em uma única queda d´água do mundo!
Kaiteur Falls, na Guiana
Mais dois mirantes fazem parte do tour, sendo a terceira parada sobre a própria cachoeira. Dali é onde temos uma das melhores visões do cânion formado pelo mesmo rio. Um espetáculo á parte, que sozinho já valeria a viagem. Todo o cenário lembra muito a região da Chapada Diamantina, porém em uma escala amazônica. Os rios são imensos, as montanhas mais altas e, portanto, as cachoeiras e os cânions ainda mais imponentes!
Kaiteur Falls, na Guiana
Assim como Indiana Jones, tivemos que fazer tudo correndo e ir embora voando, literalmente. Mais uma vez com aquela visão sensacional da selva amazônica, Kaiteur Falls e a maravilhosa Guiana.
O rio e a floresta na parte baixa de Kaiteyr Falls, na Guiana
PS: O nosso herói em questão também nunca tem que esperar durante 3 hora no aeroporto para o avião dele decolar, mas isso é um detalhe básico, truque de edição.
Estudando o mapa da Guiana no aeroporto, esperando avião para Kaiteur Falls
Tentando organizar nossas coisas, em Salvador - BA
Dia de faxina geral em Salvador. Este definitivamente é um dos últimos lugares que teremos o privilégio de poder ficar instalados em uma casa, confortável e com estrutura. Hoje em dia uma das coisas que mais sinto falta de tempos em tempos é uma área de lavanderia! Rsrsrs!
A Fiona está um desastre de suja e com uma bagunça absurda! Passamos a manhã empenhados em atualizar o site, responder emails, comentários do site, redes sociais e outras burocracias. A tarde foi dedicada a organizar esta bagunça, jogar os lixos fora, lavar roupa, esvaziar o carro para poder levá-lo a um lava-car.
Nossas mochilas e equipamentos, em Salvador - BA
A noite resolvemos tomar um banho de “civilização” e fomos ao Shopping Iguatemi. Levamos um baile para conseguir estacionar no shopping depois de todo o engarrafamento nas avenidas Paralela e ACM, pudera, saímos bem no horário de pico. Meia hora depois, estacionados a Dry wash se recusou a lavar a Fiona, suja demais, só com jato de água mesmo.
Finalmente consegui ir ao salão e pegamos um cineminha. Correção, cineminha não, cinemão! Assistimos ao filme Tropa de Elite 2, faca na caveira! O filme é muito bom, realidade nua e crua. Será que conseguiremos mudar o Brasil? A mudança cultural é sempre lenta, por isso temos que ser persistentes para que aconteça também uma faxina geral nas instituições públicas e políticas brasileiras.
Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá
Kanata, do iroquoise “aldeia ou povoado”, é a origem da palavra Canadá. Curioso nome para o segundo maior país do mundo em área, apenas atrás da Rússia. Esse tamanho todo e sua fronteira gelada com o Oceano Ártico fazem do Canadá um dos países de menor densidade populacional em todo o mundo (aprox. 3 hab/km2). Toda essa extensão de terras desabitadas faz do Canadá um país especial em áreas naturais praticamente intocadas. O que as protege é justamente uma de suas maiores belezas, também a maior barreira para os exploradores: o gelo, a neve e muito frio.
Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial
Mais de 80% dos seus 33 milhões e meio de habitantes vivem a 150km da fronteira com os Estados Unidos, adicionando mais um superlativo para a coleção, já que é a maior fronteira terrestre do mundo. As regiões do Golden Horseshoe (Toronto, Montreal e Ottawa), Lower Mainland (Vancouver e arredores) e o corredor Calgary-Edmonton em Alberta se somam às áreas mais populadas, o que facilita muito o planejamento da nossa viagem, já que desta vez não teremos tempo para fazer explorações da região ártica do país.
Ruas cheias no centro de Montreal, no Canadá
Curiosidade: o Canadá também abriga a população mais setentrional (ao norte) do planeta, 168 habitantes (dado de 2001) nas ilhas de Ellesmere, quase na fronteira com a Groelândia. Um grupo de inuits parentes dos groelandeses que deve ter ficado com preguiça de cruzar o estreito de mar gelado ao norte da Baía de Baffin.
Arte Inuit no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
Os inuits são os parentes mais próximos dos povos mongóis que iniciaram a colonização de todo o continente americano em torno de 15 mil anos atrás. Na teoria mais aceita pela comunidade científica tribos mongóis cruzaram o Estreito de Bering e começaram a colonizar a América partindo do Alasca, Canadá e descendo pelo oeste dos Estados Unidos até a América do Sul. Hoje, 600 povos das chamadas Primeiras Nações são reconhecidos pelo governo do Canadá, com aproximados 1,2 milhão de indivíduos pertencentes a elas.
Tenda indígena no Museu da Civilização, em Quebeq, no Canadá
O resgate da cultura do povo que chegou primeiro é claro em várias cidades por onde passamos. Apenas no estado de Quebéc são 13 nações indígenas, cada uma delas tentando se adaptar às mudanças da sociedade moderna. Algumas se adaptaram “tão bem” que já nem se reconhecem mais, perderam seu idioma nativo e sua identidade indígena. O trabalho de recuperação desta identidade aparentemente tem sido efetivo, as escolas passaram a ensinar o idioma indígena como primeira língua e depois o francês ou o inglês, dependendo da região.
Máscaras indígenas que enfeitam e protegem dos maus espíritos a nossa pousada em Gananoque, na região das 1000 Islands, na fronteira do Canadá e Estados Unidos
O primeiro contato com uma população europeia foi por volta do ano 1.000 d.C. quando vikings estabeleceram um posto avançado em Labrador nas suas explorações nos mares do norte. O primeiro assentamento escandinavo na América do Norte não durou muito. A primeira visita documentada, porém foi em 1.497/98 pelo italiano Giovanni Caboto a serviço do Rei da Inglaterra. A colonização europeia da região se iniciou no Século XVI, formando as primeiras colônias permanentes de Port Royal em 1.605 e Quebéc em 1.608, na região conhecida como Nova França ao longo do Rio St. Lawrence. Foi apenas em 1.763, depois de diversas batalhas entre os franceses e os ingleses, que a França cedeu todos os seus territórios da Nova França e Acádia aos britânicos através do Tratado de Paris.
Pessoas fantasiadas passeiam pelo centro histórico de Quebec, no Canadá
Em 1.775 o ânimo dos revolucionários americanos começou a esquentar contra a Coroa Britânica. Eles convidaram os canadenses a se unir na luta contra a coroa, porém os canadenses se negaram, mantendo sua lealdade ao Rei da Inglaterra.
A guarda da Citadela de Quebec, no Canadá
Em 1.812 os americanos invadiram alguns dos territórios britânicos no Canadá e foram expulsos pelos ingleses, franceses e indígenas, que se uniram em defesa do seu território. Engraçado é que nesta guerra, conhecida como Guerra de 1812 os dois lados se julgam vitoriosos: os canadenses por que se defenderam, expulsaram os americanos e continuaram ao lado da coroa. Os americanos por terem ganhado várias batalhas contra os ingleses, inclusive a principal delas em New Orleans, depois da guerra já ter oficialmente acabado. Um dos principais ganhos desta guerra foi o fortalecimento da identidade canadense.
O solene prédio da antiga sede da prefeitura, em Toronto, no Canadá
Em 1° de Julho de 1.867 o Canadá tornou-se uma federação parcialmente independente da Inglaterra e aos poucos outros territórios britânicos foram se anexando ao novo país. Toda primeira semana de julho acontecem as festas comemorativas do 1° de Julho conhecido como “O Dia do Canadá”, perdemos por pouco!
Canadá e suas províncias
O nosso roteiro nas duas próximas semanas será conhecer as principais cidades do leste do Canadá, passando pelo estado francês de Quebéc, a capital Quebec City, Montreal e alguns dos seus principais Parques Nacionais. Seguiremos pelo estado de Ontário para conhecer Ottawa, a capital do país, e Toronto, a maior cidade de todo o território. O caminho ainda nos reserva algumas surpresas, pois o melhor de uma road trip é descobrir e se aventurar por novos horizontes e novas fronteiras. Welcome, Bienvenue, Bem vindo ao Canadá!
Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!
Arte reciclável: um pneu virou flamingo
Tive que tirar uma foto para mostrar a vocês! O Flamingo é um pássaro símbolo de Turks and Caicos algum artista local desconhecido conseguiu transformar um pneu em um porta-vaso maravilhoso! Sensacional a criatividade do ser humano! Recicle, faça arte!
Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska
Sitka foi a primeira cidade da era colonial no sudeste do Alasca. Quando o homem branco aportou nestas águas nem imaginava que iriam encontrar um povo bravo e guerreiro, soberano e orgulhoso de sua cultura e origem. O Kiksadi Clan, pertencente à etinia Tinglít, batizou a cidade Sheet´ka, que significa “a terra por detrás das pequenas ilhas”.
A tranquila baía em frente ao local da batalha entre russos e Tinglits, em parque de Sitka, no sudeste do Alaska
Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska
Alexander Baranov, gerente da Russian-American Company, foi o primeiro a ter este encontro surreal com os nativos que há muito chamavam Sheet´ka de lar. Vocês conseguem se colocar no lugar dele? O ano era 1799, e o objetivo posto pela grande companhia, aumentar “a produção” de pele de lontras, uma das mais isolantes e quentes de qualquer mamífero marinho.
As tradicionais Babuskas russas, em loja de Sitka, no sudeste do Alaska
Ele construiu um forte ao norte da atual cidade e os Tinglíts logo perceberam que não seria um bom negócio para eles, pois entenderam que se submeter aos russos significaria trabalho escravo caçando os pobres animais. Em 1802 os Tinglíts destruíram o forte e em 1804 sofreram uma forte retaliação dos russos. Mesmo preparados com um grande forte e boas estratégias de guerrilha, os nativos foram obrigados a bater em retirada. Desde então Sitka prosperou e se tornou uma das principais cidades da costa oeste, recebendo o apelido de Paris do Pacífico. A propósito, várias cidades deste continente adoram este apelido... A Paris do Caribe, a Paris do Norte... já vimos umas 4 ou 5 “ex-parises” pela América.
A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska
Quando os russos quase extinguiram as lontras-marinhas perderam o interesse pela região (no caso o Alasca) e decidiram vendê-la aos Estados Unidos. A população americana achou um péssimo negócio, um monte de terras que não serviriam para nada, compradas por 7,2 milhões de dólares! Enfim, a negociação seguiu e em 18 de outubro de 1867, no Castle Hill aqui em Sitka, foi feita a cerimônia de transferência de terras da Rússia para os Estados Unidos. Não demorou muito e os americanos já descobriram a maior riqueza da região, o salmão! Novamente, onde há salmão há também ursos, águias, leões marinhos, lontras-marinhas e baleias em um cenário de vulcões e ilhas em pleno Pacífico.
Paisagens magníficas, apesar do tempo nublado na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska
Embora seja um pequeno desvio no roteiro da Inside Passage, Sitka é uma das cidades chaves para entendermos como tudo começou. Os ferries para Sitka não são muito frequentes e no trânsito entre Juneau e Ketchikan conseguimos programar apenas um dia para a cidade.
Chuva na Inside Passage, entre Junau e Sitka, no sudeste do Alaska
A temporada está no fim, então avistar algum desses animais é um golpe de sorte. Nós chegamos no ferry às 12h e seguimos direto para o sul da ilha direto para o Whale Park. Localizado em uma baía o parque promete ser um dos melhores pontos para visualização de baleias e outros animais marinhos, mas o mau tempo não colaborou.
Todos os mamíferos que costumam frequentar os mares de Sitka, no sudeste do Alaska
Continuamos na estrada em direção ao Green Lake e descobrimos a Herring Cove Trail. Uma trilha de pouco mais de 2 km em meio a floresta úmida que cobre todo o sudeste do Alasca. Nós brasileiros, tão orgulhosos da nossa imensa Amazônia, não pensamos que possa existir outra floresta úmida pelo mundo. Obviamente esta floresta não é nem um pouco parecida com a Floresta Amazônica, o clima temperado faz predominar espécies como a spruce tree, o cedro e outras variedades de coníferas.
Caminhada em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska
Não podemos comparar a diversidade da floresta tropical, porém a sua beleza e riqueza está em outros detalhes que muitas vezes passariam despercebidos por olhos menos treinados. Cedros de 200, 300 ou até 500 anos crescem nestas florestas em um solo rico em nutrientes, mas raso o suficiente para árvores de grande porte simplesmente não suportarem o próprio peso e despencarem. Árvores caídas se tornam casas para os animais, ninhos para outras espécies de árvores, fungos, cogumelos e um ecossistema totalmente diferente, mas ainda assim impressionantemente diverso.
A verdejante rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska
Subimos a trilha maravilhados com o tamanho das árvores que nos rodeavam, o vermelho, terracota verdejantes gritavam aos nossos olhos dizendo: “aqui no Alasca também existe floresta!” Que valente e colorida pode ser esta floresta úmida que luta para sobreviver ao frio, fortes tempestades da costa pacífica e ainda cresce forte como esta. Impressionante!
Atravessando riacho em rain forest de Sitka, no sudeste do Alaska
Riacho de águas geladas em floresta de Sitka, no sudeste do Alaska
Ainda na esperança da chuva parar seguimos em busca de outras trilhas e descobrimos o grande Lago Azul, reserva de água de toda a cidade, em uma paisagem montanhosa perfeita para vários trekkings, em dias mais secos.
Blue Lake, reservatório de água de Sitka, no sudeste do Alaska
De volta à cidade, gaiolas de pesca do gigante King Crab, piers das grandes empresas de pesca de Halibut, o enorme linguado das águas geladas do Alasca e barcos pesqueiros aportados reafirmam a tradição e a forma da economia da pesca que sustenta toda a região.
Armadilhas para carngueijos, em Sitka, no sudeste do Alaska
A movimentada marina de Sitka, no sudeste do Alaska
Ainda chovendo, saímos caminhando pela cidade em busca das heranças russas das mais originais e pristinas em toda América. St Michaels, a primeira Igreja Ortodoxa Russa, réplica da original destruída por incêndio em 1966, com seu peculiar cruz e teto abobadado. Em frente a primeira igreja protestante e uma das primeiras moradias e comércios russos na cidade. O Castle Hill sinais do primeiro palácio construído pela Companhia Russa-Americana para o gerente e sua esposa, que guardava uma coleção de arte e roupas tinglíts para apresentar aos seus convidados, aculturando os forasteiros à cultura nativa.
A famosa Igreja Ortodoxa Russa, em Sitka, no sudeste do Alaska
Ainda cruzamos o cemitério russo e a Sheet´ka Kwaán Naa Kahídi, sala de reuniões dos povos tinglíts construída no estilo tradicional, em madeira e com totens e painéis esculpidos em madeira.
Centro de Tradição e Cultura Indígena, em Sitka, no sudeste do Alaska
Perdemos o horário para o Sitka Historical Museum, mas chegamos a tempo de contemplar a paz do antigo e sangrento campo de batalha dos tinglíts e russos no Sitka National Historical Park. A cada 100m encontramos um totem contando uma história ou uma lenda, como a do menino que nasceu com duas flechas em sua cabeça.
Observando de perto um dos muitos totens em parque de Sitka, no sudeste do Alaska
“Um dia sua mãe o enfrentou e ele disparou as flechas e a matou, fugindo para a floresta. A criança sobreviveu matando animais e outros homens de aldeias vizinhas, até que foi capturado por seu tio, que o matou e queimou. As cinzas deste garoto tão perverso, porém, não iriam descansar. Elas foram a origem dos pernilongos que até hoje perturbam a todos!”
Totem marca o local onde estava a fortaleza Tinglit em parque de Sitka, no sudeste do Alaska
Hahaha! Adorei a lenda! Terminamos a caminhada já na penumbra, às margens do mar e do rio, águias, gaivotas e um cheiro de peixe podre. Pobres salmões, nadaram tanto e morreram na praia.
Águias e gaivotas compartem os salmões que sobem por riacho em parque de Sitka, no sudeste do Alaska
Um dia intenso e difícil de ser traduzido em algumas poucas palavras. Russos, tinglíts, americanos e quem mais quiser participar desta grande miscelânea cultural que forma a sempre capital histórica do Alasca.
Totem em meio a mata de parque de Sitka, no sudeste do Alaska
Com a Laura em Maresias, São Sebastião - SP
O sol hoje pela manhã estava tímido, pouco convidativo para pegar uma praia. Mas em Maresias este não era o principal chamariz, estávamos todos muito curiosos para ver as tão faladas meninas do futevôlei! Esperamos o Rafa e a Laura chegarem de São Paulo enquanto assistíamos ao jogo Alemanha x Argentina, uma lavaaada, diga-se de passagem.
Depois da corrida nas areias de Maresias, com o Haroldo em São Sebastião - SP
Desde que combinamos de vir para Maresias com o Haroldo ele comentou conosco que a parte sul da praia era a maior seleção de beldades femininas. A forma mais fácil de nos explicar como eram tão bonitas era assim: “Gente, elas ficam ali jogando futevôlei e não balança nada!”. Isso realmente é impressionante, difícil para eu, como mulher, acreditar que isso ainda exista! Nas revistas o photoshop domina e as campanhas pela beleza natural são cada vez mais parte da nossa vida. É até mais bacana hoje você ser uma mulher real desencanada e feliz com o seu corpo, a La Dove, Real Beauty Campaign (http://www.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U), do que uma saradona viciada em academia e mega preocupada com a sua imagem e o seu corpo. Já dizia uma marca de refrigerante: “Imagem não é nada! Sede é tudo!”
Tudo isso é muito legal, agradecemos às marcas que tentam influenciar de alguma forma a mídia e tirar um pouco deste peso e cobrança de nós mulheres. Porém o fato é que isso tudo pode até nos ajudar a ficar mais desencanadas com os outros, mas não consigo mesmas. Pelo menos falo por mim... Queremos nos sentir bem e bonitas quando nos olhamos no espelho. Quando chegamos à praia algumas destas beldades deram o ar da graça e conseguiram me deixar até encabulada. A sorte foi que o time de futevôlei feminino pelo jeito estava de folga hoje, ou tinha mudado do sul para o surf. O Super Surf estava rolando na praia do meio, afinal, cada qual com seu cada qual. Ainda assim ali é, sem dúvida, um lugar de pessoas bonitas e saudáveis, uma ótima influência sempre! Basta manter a auto-confiança, erguer a cabeça e não desistir! Disciplina, dieta de baixas calorias e muita academia, um dia chegaremos lá! Só nos damos uma trégua quando estamos de férias, por que aí você também merece viver, tomar uma cervejinha e comer aquele brownie de chocolate de vez em quando, né?
Eu? Bem, como as minhas férias estão apenas no início, ainda tenho 901 para começar a me preocupar!
Hoje não conseguimos acordar muito cedo tamanho o frio que fez durante a noite. Já havíamos combinado com o Lázaro, responsável pela AMA Matutu, que precisaríamos de um guia para a Cachoeira do Fundo. O vale tem o formato de ferradura e esta cachoeira fica a 4 km da entrada do parque, no fundo do vale, não é a toa que tem este nome.
Cachoeira do Fundo no Vale do Matutu - MG
Chegamos ao Casarão e enquanto esperávamos a Juana, nossa guia, chegar, ficamos assuntando sobre a vila, o parque e a região. A loja de artesanatos estava aberta e o Ro, muito prestativo, me ajudou a encontrar o famigerado sling que a Dani havia me “encomendado”. Eita coisa difícil de achar, sô! Mas sabia que em uma dessas comunidades alternativas por onde estaríamos passando eu iria encontrar! A Juana chegou e começamos a caminhada, vale adentro. Ela mora aqui no Matutu há 20 anos, na Comunidade do Santo Daime. Chegou quando era criança com seus pais e hoje já tem um filho de 5 anos. Ela nos contou sobre a história do Matutu, o início da comunidade, a sua história e de seus vários irmãos, enquanto caminhávamos tranquilamente em direção à cachoeira.
Trilha no Vale do Matutu - MG
Foi uma caminhada gostosa que começa passando pelo Povoado do Matutu que fica dentro do Parque. Vamos passando ao lado dos sítios, que me fazem pensar que estou em um vale encantado, tudo muito caprichado, riacho passando no meio dos terrenos e uma energia muito harmoniosa.
Bela Castanheira no Vale do Matutu - MG
A trilha foi toda acompanhada por um personagem famoso aqui do Matutu: Simba, o Rei da Floresta! O Simba é o pastor alemão do Cândido e do Paulo, da Pousada do Matutu, mas ele adora turistas e sempre se une a eles (hoje no caso, nós), para percorrer e desbravar o vale. Um companheiro e tanto, Simba é também um ótimo guia, conhece todas as trilhas!
O Simbad adora cachoeiras! (Vale do Matutu - MG)
Passamos pela Cachoeira do Meio e continuamos até chegar à Cachoeira do Fundo, com mais de 120m de altura! Ela desce um paredão de pedra e quase não forma poços. Mas Juana e Simba nos levaram até um pequeno poço perfeito para um mergulhinho rápido. A água devia estar em torno de 13°C, mas mesmo assim a nossa guia foi a primeira a dar o exemplo! Entrou e se esbaldou nas águas gélidas “do fundo”. O Rodrigo e eu entramos na sequencia, só para relembrar a sensação de queimação que uma água gelada pode dar.
Nossa guia, a Juana, foi a primeira a ter coragem de enfrentar a água fria da Cachoeira do Fundo no Vale do Matutu - MG
A Ana também enfrentou a água fria da Cachoeira do Fundo no Vale do Matutu - MG
Na volta passamos pela belíssima Cachoeira do Arco-Íris, esta menos visitada, pois a trilha é mais recente. O poço já estava na sombra, mas é muito maior que o anterior, ótimo lugar para dar umas “braçadas” no verão. O Ro ainda teve o azar de cair de bunda no rio, atravessando-o sentado em um tronco que servia de ponte. O tronco, já meio podre, não agüentou e nos deu a uma bela vídeocassetada, pena que eu fiquei mais preocupada com o Ro do que com a foto, por isso não tenho nenhuma para mostrar para vocês. Comemos uma comidinha mineira deliciosa no restaurante da Iraci, com direito a suco de limão com capim santo e uma banana flambada de sobremesa. Hummm, delícia! Na volta ainda emendamos uma caminhada rápida até o Poço das Fadas, agora apenas com a companhia do Simba.
Ana com o Simbad na Cachoeira das Fadas no Vale do Matutu - MG
Dia lindo e quente, enquanto o sol está sobre as montanhas. Assim que ele se põe, imediatamente a temperatura cai de 19°C para uns 10°C! Nos despedimos de Simba e rumamos para a pousada em busca de um banho quentinho e a sopinha do jantar. Eis a surpresa! O cachorro maluco correu atrás da Fiona os 3 km do Casarão até a nossa pousada! Ele chegou uns 15 minutos depois de nós, todo esbaforido coitado! Havíamos ouvido falar que ele gostava dos turistas, mas não a ponto de ir tão longe da casa dele para devolvê-los à pousada. Se existe um cachorro com alma livre é este... deve ser por isso que os outros caninos implicam tanto com ele. Hahahaha, inveja pura! O Simba resolveu dormir aqui na nossa pousada, acho que foi por que ele entendeu que amanhã vamos subir o Pico do Papagaio. Bem, eu tenho certeza que ele sobe, vamos ver se eu vou agüentar!
Descendo o Vale do Matutu - MG
Bela araucária no Vale do Matutu - MG
Nessa nossa etapa brasileira da viagem, onde vamos viajar de carro, temos que começar pelo começo. Portanto começamos aqui mesmo, em Curitiba, escolhemos nossos parques preferidos para visitar.
Visita ao Bosque do Alemão, em Curitiba
O Bosque do Alemão é mágico. Você pode passear pela trilha do João e Maria, parar na Casa da Floresta para ouvir uma história contada pela Bruxa e seguir até chegar no mirante, onde tem uma vista linda da cidade. Chegando lá foi que descobrimos que ele está interditado, pois a estrutura de madeira está debilitada e precisará de licitação para a reforma. O próprio guardinha nos lembrou: “Esta reforma precisa de licitação, aí vocês já viram, deve demorar”, e em ano eleitoral ainda? Tsc, tsc, tsc. De qualquer forma a vista e a trilha ainda estão lá, são lindas e você pode aproveitá-la tomando um chocolate-quente com bolachinhas alemãs de nozes com suspiro, na minha opinião são as melhores da cidade!
Visita ao Bosque do Alemão, em Curitiba
Depois fomos até a Unilivre, outro cantinho especial no meio do Pilarzinho, com uma trilha no meio da mata para chegar à pedreira e ao lago, um pedaço de silêncio no meio da cidade. Ali as vezes tenho impressão de que o tempo parou... o que é uma benção nos dias de hoje. Mas um dos motivos que faz isso ser ainda mais nítido é que todo o espaço da Universidade ali estava abandonado por muito tempo, será que ainda está sendo utilizado pela secretaria do meio ambiente para alguma coisa? É o espaço perfeito para oficinas de conscientização ambiental, espero que não deixem morrer.
Visita a Unilivre, em Curitiba
Às vezes não precisamos ir longe para nos refugiar da loucura e estresse diários, esses parques estão logo ali, é só olhar para o lado.
Um dos muitos cães que perambulam por San Pedro de Atacama, no Chile
Quem vê aí escrito “Day off” até pensa que nós estamos de férias. É engraçado como as coisas vão mudando e amadurecendo. Quanto mais tempo ficamos na estrada, mais fica claro o nosso compromisso em conhecer, explorar, aproveitar cada minuto que temos nestes 1000dias. Agora, quem viaja ou já viajou com esta intensidade sabe o quanto é cansativo... acordar cedo, camelar o dia todo, perguntar, receber trilhares de informações novas em lugares desconhecidos e ... quando pensa que vai chegar e descansar na pousada, começamos a trabalhar. Sim, manter o site é um trabalho e tanto. Não foi a toa que ficamos atrasados todos estes dias, muitas horas de estrada, muitos dias cansativos e quando vimos nossos posts estavam quase uma semana para trás. Para quem acompanha sempre os nossos blogs sabe que eu volta e meia estou atrasada, 2 ou 3 dias, mas o Ro geralmente está em dia. Pois é... o cansaço desta vez chegou a tal ponto que nem ele conseguiu manter o ritmo.
Rua em San Pedro de Atacama, no Chile
Então hoje em dia quando digo “Day off”, é por que tiramos o dia para dormir um pouco mais e quando acordamos começamos a escrever e trabalhar na seleção e organização das fotos e vídeos. É um dia sem um roteiro, sem atrativos turísticos, um dia que paramos para respirar e colocar as coisas em dia. O nosso plano inicial era pegar a estrada hoje para o Salar do Uyuni, atravessando a fronteira entre Chile e Bolívia pela Lagoa Colorada, cruzando um parque nacional sensacional. Porém duas coisas nos frearam: um convite e o tempo.
Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile
Estamos em um dos desertos mais secos do planeta, vizinho da Cordilheira dos Andes. Ontem no final da tarde o tempo virou, nuvens escuras fecharam o horizonte e da cidade não podíamos sequer enxergar os eu principal cartão postal, o vulcão extinto Licancabur. Será que vai chover no deserto? Fortes rajadas de vento indicavam que lá em cima (nos Andes), algo estava diferente.
Paisagem do deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile
Ontem a noite nos informamos e havia notícia de neve no lado boliviano, justo no nosso caminho ao Salar. Corre de lá, se informa de cá e eis que encontramos novamente a equipe de reportagem brasileira, que havia feito contato conosco. Aí veio o convite para gravarmos uma entrevista hoje! Imagina que delícia, nós que estamos longe de casa podermos nos fazer presentes na telinha?
Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile
É claro que topamos e unimos o útil ao agradável. Afinal, não pegaríamos estrada sem ter certeza da segurança. A equipe está em uma viagem longa para gravação deste documentário sobre o Atacama, uma correria absurda. A concorrência é desleal, tantos lugares e imagens maravilhosas, mas estamos torcendo para que a nossa entrevista seja eleita na edição do programa! Pensamento positivo!
Gravação no deserto de Atacama, próximo à San Pedro de Atacama, no Chile
A boa notícia do dia foi que o tempo abriu e os tours bolivianos que saíram hoje não tiveram problemas com a estrada e a neve! Depois de um dia de trabalho e para comemorar fizemos um happy hour no Adobe, um dos restaurantes mais badalados de São Pedro do Atacama. Amanhã partimos para o Salar de Uyuni!
O famoso bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP
Chuva e frio de 10°C em Ribeirão Preto? É quase inacreditável, mas é verdade. Em todos estes anos freqüentando Ribeirão e região (a família da minha mãe é de Araraquara), eu nunca havia encontrado esta cidade tão fria! Hoje, minutos antes de sairmos de casa, Ribeirão foi abatida por uma forte tempestade com ventos de até 100km/h! Árvores e postes caíram, a cidade ficou com um pequeno caos no trânsito e até o abastecimento de água da cidade foi comprometido, em 13 diferentes bairros! Tempo maluco.
Dia de chuva, no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP
Entretanto tivemos que tomar coragem e sair de casa. Precisávamos regularizar a nossa situação eleitoral no TRE, já que as nossas justificativas entregues por correio não foram válidas, sabe Deus porque cargas d´água. Fato é que, com um pouco de tempo, paciência e pagando R$ 3,51 (por eleição perdida) tudo se resolve. Fomos à zona eleitoral do Ro, lá mesmo tiraram as guias para pagamento de ambos e no banco ali próximo pagamos as taxas. Já temos nosso certificado de quitação eleitoral, imprescindível para a retirada do novo passaporte.
O histórico teatro Pedro II, em Ribeirão Preto - SP
E já que tivemos que sair do quentinho de casa para o centro, aproveitamos o ensejo e demos uma passadinha no bar mais tradicional da cidade, o Pinguim. São 75 anos de chopps servidos com maestria, petiscos e comidinhas de boteco deliciosas. A marca é tão forte que já possui até adereços de bar, camisetas e presentes com o famoso Pinguim.
Bar Pinguim, em Ribeirão Preto - SP
À noite o Rodrigo pôde reencontrar uma turma muito especial que não via há mais de 20 anos: a turma do colegial que se formou com ele no Marista. Hoje, homens e mulheres formados, com família, filhos e áreas completamente diferentes. Wladimir é cantor lírico, Simone é dentista, Murilo é professor e assim por diante.
Reencontro com os amigos da época do colegial, no Marista, em Ribeirão Preto - SP
É divertido demais, até para mim, que não conhecia ninguém, ficar ouvindo as histórias antigas da época de escola. Tudo o que eles aprontavam, as viagens, os amores, as trapalhadas. No final do ano que vem eles completarão 25 anos de formados e querem comemorar! É a nova era da tecnologia, maravilhas da internet que hoje proporciona encontros como este.
Momentos de descontração no Pinguim, em Ribeirão Preto - SP
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