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Marcos (25/05)
Prezados Viajantes Parabéns pelo site e pelas fotos. Muito informativo....
Ana Paula (22/05)
Ola. PARABÉNS pelo blog. Gostaria de uma ajudazinha... vou me mudar pra...
karina (19/05)
gostaria de saber sobre a internet nesses lugares ?? estou planejando uma...
Reginaldo (16/05)
legal a ideia gostei pena que haja grana pra isso. Site de chácaras par...
ANDRE LUCIO CHAVES (07/05)
Embora tardio, li seu relato de viagem e parabenizo a vocês por essa tã...
fiona curtindo pôr-do-sol em Delfinópolis - MG
Um dia de despedidas, organização e pé na estrada. Quando chegamos a Ribeirão decidimos retirar toda a nossa bagagem de dentro do carro, tamanha a poeira de terra vermelha que poderia acumular na caçamba. Depois de vários dias rodando entre a cidade e a fazenda, vimos que a vedação feita melhorou muito, mas ainda não resolveu completamente este problema. Por isso além de uma bela limpeza, também cortamos a lona preta no tamanho correto para proteger as coisas e a caçamba. Feita toda a arrumação, nos despedimos dos meus sogros, com aquela dor no coração e a esperança que nos encontremos logo no caminho. Eles nos ajudaram a colocar a bolinha que simboliza a região de Ribeirão Preto no mapa da Fiona e ainda ganhamos um lanche delicioso da Dona Nilza para a viagem.
Atualizando o mapa da Fiona em Ribeirão Preto - SP
Casa dos pais em Ribeirão Preto - SP
No caminho passamos de ferry-boat na represa que separa Cássia e Delfinópolis. Desci do carro para comprar um refresco e quando olhei a balsa já tinha ido embora, com o Rodrigo, Fiona e tudo dentro! Foi muito engraçado, estávamos nos achando sortudos, pois chegamos bem no horário, mas não sabia que era tão pontual assim! Os carros entraram na balsa e foram embora ainda com o motor ligado, o Ro só percebeu que havia me deixado quando eu já estava lá, parada no portinho, olhando a balsa partir. 30 minutos depois estávamos juntos novamente e logo depois chegando à Delfinópolis.
Travessia de balsa em Delfinópolis - MG
Fomos direto para a pousada da Mariângela, Rosa dos Ventos, nos hospedamos e fomos aproveitar o finalzinho do dia nas corredeiras Santo Antônio. Vimos o pôr-do-sol na serra com vista para a represa e jantamos no charmoso Barco Pizza Bar. Agora trabalhar e descansar, pois amanhã, muitas cachoeiras nos aguardam!
Rio Sto Antônio em Delfinópolis - MG
Pôr-do-sol em Delfinópolis - MG
Carolina - MA e a Chapada das Mesas ao fundo, visto de Filadelfia - TO
Quarto e último dia de viagem, finalmente chegamos ao nosso destino tão esperado, a Chapada das Mesas. Saímos sem pressa, a viagem de Araguaína à Carolina é de apenas 100 km. Atravessamos a fronteira dos estados em uma balsa entre as cidades de Filadélfia, Tocantins e Carolina, já no Maranhão.
Travessia entre Filadelfia - TO e Carolina - MA
Na balsa já notamos que algo havia mudado, acesso alagado, será cheia do rio? Vimos algumas placas e ouvimos conversas dos barqueiros indignados, por que perderam o seu principal ganha pão. A região possuía muitas praias, a maioria acessível de barco a partir deste rio, o Rio Tocantins. Acontece que há apenas 2 meses as praias foram inundadas pela represa da nova Hidrelétrica de Estreito. Perdem os barqueiros, ganham os balneários à beira das dezenas de rios e cachoeiras da região, afinal sem área de lazer o povo não vai ficar.
Represa transbordando em Filadelfia - TO
Chegamos à Carolina, nos hospedamos na Pousada do Lajes, cujos donos são um paranaense de Cascavel e uma goiana. A pousada fica há 2 km da cidade na estrada para Riachão. Além dela há algumas outras acomodações no centro, Hotel Lírio e uma pousada mais simples. Aqui já deu para perceber que o melhor mesmo é estar de carro, caso contrário você já deverá ter em mente que irá contratar uma agência de eco-turismo para te levar a todas as atrações. A pioneira na região, é a Cia do Cerrado , dos mesmos donos da Pousada do Lajes.
Mesa em laje alagada nas Cachoeiras Gêmeas, região de Carolina, na Chapada das Mesas - MA
Aproveitamos a tarde para conhecer o Balneário Itapecuru onde estão localizadas as Cachoeiras Gêmeas. Uma imensa estrutura montada às margens do rio, bar, restaurante, banheiros e mesas espalhadas por todos os lados. Chegar aqui em dia de semana é tranquilo, tudo isso parece até exagero. Porém em finais de semana e principalmente feriados o lugar já chegou a receber mais de 40 ônibus de turistas!
Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
O rio estava cheio, passando sobre o concreto colocado ás margens do rio para fixação de mesas. Não é exatamente o tipo de lugar que estávamos esperando encontrar, mas confesso que como eu não estou nas minhas condições normais de temperatura e pressão, foi mais fácil assim. Ah, aproveitando o ensejo, descobri com a minha médica particular vipérrima, Dra Patrícia (mamãe) que estou com uma reação alérgica (tipo uma sinusite ou rinite), deve ser culpa destes ares condicionados podres e sem limpeza que existem por aí.
Curtindo as Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
O lugar antes tinha uma pequena hidrelétrica que foi desativada em 1996, então parte desta infra-estrutura já existia. Agora esta pequena barragem foi aberta e a cachoeira ficou com ainda mais volume. Como não é gripe (não estou com febre, etc), dar uma nadadinha pode até ajudar a desobstruir das vias respiratórias! Hehehe! Água deliciosa e as cachoeiras lindas! Deste jeito vou ficar boa logo!
Nadando no lago abaixo das Cachoeiras Gêmeas, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA
Como Chegar
Via Aérea – vôos diários da Gol e Tam para Imperatriz (MA) ou de BRA via Araguaína (TO)
Via Rodoviária – Ônibus vans e carros via Imperatriz (MA) – 220k m, Araguaína (TO) – 98 km.
Via ferroviária – Pela estrada de ferro São Luis/ Carajás descendo em Açailândia (MA), 300 km.
Obs: combinando com antecedência a Pousada do Lajes deve conseguir organizar um transfer das cidades de acesso acima citadas.
Entrando na Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
Um jovem potosino saiu em busca de sua llama nos arredores desta montanha. Finalmente a encontrou sobre um cerro e ali amarrou-a e para se aquecer acendeu uma fogueira. Não demorou muito e ele viu escorrer no chão um líquido, um metal derretido. Ele acabara de descobrir uma mina de prata! Trouxe alguns amigos e ali começou a escavação, porém nesta mesma época os espanhóis chegavam à região em busca das riquezas da sua nova colônia.
Painel com cenas importantes da história de Potosí no restaurante El Mesón (Bolívia)
Foi assim que começou Potosí, uma vila na base do Cerro Rico, a tal montanha de prata, estanho e seus derivados, chamados de “complexo” pelos mineiros na extração. O complexo é a maior parcela extraída, esta sai da mina em carrinhos e é despejada nos caminhões que as levarão até os lagos e peneiras que farão a separação manual e química dos compostos. Os minérios mais puros “el purito”, geralmente são carregados em sacas de 45 a 50kg nas costas de cada mineiro por 1 ou até 2km de túneis, até a boca da mina.
Entrada da Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
Fomos lá conhecer o trabalho de perto. As cooperativas permitem a visita de turistas e, embora nem todos os mineiros gostem de ser fotografados e/ou filmados, a incursão nas minas é uma experiência riquíssima.
Afloração de estanho na mina Rosário, em Potosí - Bolívia
No Cerro Rico são 45 cooperativas de mineiros trabalhando, dividindo a extensão do morro em diversas entradas. São mais de 300 entradas, dezenas e dezenas de quilômetros de túneis escavados, em mais de 17 andares. As condições de trabalho são as mais adversas, além do pó de sílica presente em cada duto, o calor nos veios mais profundos e ricos é insuportável. Os trabalhadores de utilizam a máquina perfuradora possuem uma média de vida de 35 a 40 anos, enquanto os que ficam longe dela podem chegar até aos 60, sempre sofrendo dos males da silicose.
Potosí - Bolívia, vista do Cerro Rico
Fomos à Mina de Rosário, caminhamos em torno de 1km dentre dutos centrais e secundários para conhecer o trabalho dos mineiros e o seu protetor. Tío Jorge é a entidade protetora da mina. Uma escultura de barro feita pelos próprios trabalhadores, possui dois chifres, e olhos de “pepa”e representa o diabo. Todas as terças e sextas-feiras os mineiros vêm ao Tío e lhe oferecem álcool 96 graus, álcool puro para um mineral puro, folhas de coca, cigarros de tabaco e coca e outras oferendas. Ele possui um pênis ereto para mostrar a sua força em fertilizar a patchamama e garantir que o minério não termine e que a mãe terra continue a lhes dar trabalho e segurança. Duas vezes por ano é feito o sacrifício de fetos llamas. Matam a llama, cortam o seu pescoço e derramam o sangue na porta da mina. Preparam um assado de llama e batatas, sem sal, pois se comem o sal (um mineral) o mineral pode desaparecer. Ali, aos pés do tio vemos o esqueleto da llama oferecida.
Com o protetor espiritual da Mina Rosário, o diabo "Tio Jorge", em Potosí - Bolívia
No caminho vemos mineiros entrando e saindo, alguns já estão na mina há mais de 10 horas. Outros estão no seu intervalo, quando aproveitam para tomar o álcool 96 e mascar a folha de coca, que lhes tira o sono, a fome e lhes dá mais força para continuar dentro da mina.
Junto aos mineiros na Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
Depois de ajudar a colocar o carrinho no trilho, Rodrigo finalmente o reconhecimento, “é hombre”, disse o chefe de um grupo que encontramos em um dos dutos. Chegamos mais perto dos locais de extração e conseguimos conversar com uma dupla de trabalho, que nos conta um pouco mais dos detalhes da mina. Mulheres não podem trabalhar ali, pois dão azar, assim como mudanças na rotina do grupo podem ser fatais. No dia do jogo da Bolívia na Copa América um acidente aconteceu, morreram 3 pessoas após uma explosão. Nos apresentaram o whisky boliviano, álgool 96 grados com “gaseosas”, forte como o que!
Junto aos mineiros na Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
Os corredores gelados aos poucos vão ficando quentes, o ar puro aos poucos vai ficando mais empoeirado, é a sílica. Cruzamos vários turistas. Já é perto do meio-dia, horário em que podem detonar as dinamites. Os mais antigos e experientes, como nossos amigos que já estão a 15, 20 e 30 anos de mina, sabem que devem avisar aos vizinhos, batendo um “código morse” nas pedras para que os outros fiquem preparados. Ali eles dizem que vão começar e quantas explosões serão. Já é hora de irmos embora... Se Roberta, nossa guia, nos deixa, ficamos o dia todo explorando essas cavernas. Estalactites de minerais verdes, sulfato de cobre, ou de gelo já nos mostram que estamos próximos da saída. Saímos quase 4 horas depois, a 4300m de altitude, um frio absurdo, um céu azul e sol lindo lá fora.
Pronta para entrar na Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
As minas de Potosí têm mais de 450 anos de história de riqueza e muito sofrimento. Túneis de mais de 300 anos construídos pelos espanhóis e que hoje ainda servem de caminho aos escravos atuais, não mais de uma coroa, mas de um ideal capitalista, quando nem sabem se estarão vivos para aproveitar.
Trabalhador de 16 anos na Mina Rosário, em Potosí - Bolívia
A van do grupo The Hall Effect, em parada durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Hoje aconteceu de tudo, fomos considerados quase mortos por tabela, junto com toda a Banda The Hall Effect. Como assim mortos? Hoje aconteceu de tudo, mas eu juro que vou tentar resumir.
Saímos de Cali já eram quase 4 horas da manhã, seguindo Angelo que dirigia a van da banda, o melhor guia de estradas que poderíamos encontrar. Nicolas resolveu vir conosco no carro, a revelia de seus amigos que tentaram impedi-lo, tamanho o porrete que ele tinha tomado no bar em Cali. Até uma batida de carro vimos acontecer ao vivo quando ainda estávamos no posto de gasolina antes de pegar a estrada.
Fomos por caminhos alternativos, tentando evitar pedágios, até chegarmos à rota principal. Passamos um, passamos dois e eis que amanhece o dia e começamos a encontrar alguns “trancóns de mulas”, vulgo engarrafamento de caminhões, carretas. Essa rodovia liga o principal porto do país à Bogotá, são centenas de mulas que trafegam nela todos os dias. Um dos trancóns conseguimos passar, quilômetros e quilômetros que estavam interrompidos pela polícia apenas para caminhões. Continuamos em direção à cidade de Armênia e encontramos outro trancón. Escolados, passamos pelo acostamento até chegarmos ao engarrafamento de carros onde o policial nos avisou, a via está fechada por derrumbres, deslizamentos de terra. São mais de 40km de mulas e sem previsão de abertura.
Exibir mapa ampliado
Paramos por um tempo em um restaurante na beira da estrada e a banda tomou seu café da manhã. Caldo de costela e Nicolas, se recuperando do porrete, comeu um digno prato de caminhoneiro, típico café da manhã aqui na região. Tentamos dar um olé nesse engarrafamento e tentamos uma via alternativa depois da cidade de Armênia... nada. A esta altura já estávamos preocupados com o horário de chegada da banda no show. Eles começaram a ligar para a organização e avisaram da situação. Tínhamos que chegar, não tinha jeito!
A banda The Hall effect durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A única alternativa era tentar uma via mais longa (muuuuuuito mais longa), por Manizales, passando pela Zona Cafeteira. Esta via estava fechada desde sexta-feira, mas segundo a polícia de carreteras tinha sido aberta novamente e era a nossa única chance de atravessar hoje a cordilheira para Bogotá. Uma viagem que era para durar 6 a 7 horas ia se estender por pelo menos mais 5 horas.
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Esta região era exatamente a zona que iríamos deixar de conhecer ou até fazer um grande detour de Bogotá para conhecermos, tida como uma das mais bonitas da Colômbia, pelas imensas plantações de café e o Parque Nacional de los Nevados. No final acabamos passando por ela muito antes do que imaginávamos, cansados, virados e numa pressa desgraçada, mas passamos. O detour que estávamos planejando caiu por terra ali mesmo! Rsrs!
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Em uma das paradas Nicolas que estava conosco no carro voltou para a van e recebemos um novo visitante, Douglas. Uma companhia sensacional, super interessado na nossa viagem e nós da dele! Troca de cultura, enquanto ele nos contava das suas experiências com a banda, quando viveu na França e na Inglaterra, eu ia mostrando para ele músicas brasileiras de todos os estilos. Casado e com uma filha de 3 anos, contava apaixonado sobre sua Clarita e Amelie.
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A esta altura a viagem já havia virado uma epopéia. Parte da estrada que estávamos foi inundada, chegamos neste trecho justamente na hora em que o rio transbordou e formou uma cachoeira e um rio cruzando a pista! Uma televisão nacional estava filmando esta cena e pegou a imagem da van da The Hall Effect e de um carro desconhecido escrito “1000dias” passando pela enchente. Já era meio-dia e o festival estava começando. Douglas e os outros integrantes ligavam para o Júlio (manager), que enlouquecido tinha que dar alguma notícia para o público que os esperava. Pronto, o telefone sem fio estava feito! Van da banda The Hall Effect foi atingida pelo deslizamento na estrada a caminho do festival. As cenas da TV e notícias da rádio correram e até o irmão do Douglas chegou a ligar para ele, pois ouviu na rádio que não se sabia se a banda chegaria para o show. Estão mortos! Pensaram! Hahaha!
Horas de rally, encontros e desencontros com a van em trechos de terra esburacados, finalmente chegamos à Girardot. 12 horas depois, acabados pelo pouco sono, cansaço da estrada e stress da viagem, estávamos finalmente no tão sonhado e esperado festival. Nós íamos apenas aproveitar, dançar e nos divertir... e eles que tinham que tocar!?! Coitados... essa vida de roqueiro em turnê não é fácil!
Quando o pessoal da organização e alguns fãs os viram entrando, foi que nós nos demos conta de toda a história. Eles diziam: vocês estão vivos! Hahaha! E aos poucos fomos ligando as peças, as notícias e cenas fecharam o telefone sem fio que rolou. Rodrigo foi firme no volante, não quis trocar comigo nem um instante! Eu cheguei até a ficar apreensiva que ele desistisse e quisesse ficar lá pela zona cafeteira, mas ele não pestanejou e finalmente chegamos! Vivos, sãos e salvos.
Jangadas na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Chegamos à Ponta Negra, tudo lotado, ontem a noite foi difícil encontrarmos um hotel com 3 diárias vagas, portanto pegamos uma diária em um hotel e outras duas em outro. Saímos caminhar na orla, o calçadão até é simpático, mar verdinho e ao fundo o famoso Morro do Careca.
O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Este, de tanto ser abusado em tempos anteriores, hoje está fechado para recuperação dos seus parcos cabelos que restaram. A vegetação ajuda a fixar a duna e com tantos esqui-bundas e turistas ela estava desaparecendo.
Morro do Careca interditado, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN
A impressão que tenho é que Ponta Negra não é exatamente Natal, até deve haver uma intersecção, já que ocupa parte do seu município, mas a vida aqui é outra. Um lugar totalmente voltado ao turismo, com arquitetura de gosto duvidoso, centenas de hotéis e pousadas empilhadas, alguns bares, restaurantes e uma praia lotada.
Descendo do hotel para a praia de Ponta Negra, em Natal - RN
Nesta viagem já estamos vendo muitas praias bonitas, então quando chegamos em uma cidade maior quero conhecer mais sobre a sua história, ver a sua gente e não ficar trombando com turistas o tempo todo. Ok, então talvez eu não esteja no lugar certo, mas precisamos chegar aqui para descobrir, não é?
Praia de Ponta Negra lotada, em Natal - RN
Aproveitamos nossa tarde para resolver algumas pendengas, trocar de hotel, dar uma faxina geral na nossa casa, Fioninha, e matar a nossa vontade de comer churrasco! Hummm, delícia!
Checando o banho da Fiona, em Natal - RN
Já havíamos conversado com alguns natalenses e o programa de verão deles é mudar de praia, ir para a Pipa ou Pirangi no sul, ou ainda explorar algumas praias do litoral norte. No centro de Natal algumas praias ainda fazem sucesso entre os populares, Praia dos Artistas, do Meio e a Praia do Forte. Amanhã vamos conferir o que rola fora de Black Point.
Banho tomado, mapa atualizado! (em Natal - RN)
Fotografando Parati - RJ
Primeira atividade do dia, descobrir algum barqueiro ou pescador que pudesse nos levar para o Pouso da Cajatiba. Já havíamos nos informado e as informações que recebemos foram diversas, poderíamos encontrar um barco de linha que nos levaria por um valor menor ou ainda encontrar um pescador de Pouso que estivesse retornando para lá. O Rodrigo foi ao porto e descobriu que não existe um barco de linha, sugeriram que a gente converse durante a tarde no cais dos pescadores para encontrar alguém que nos leve.
Casa em Parati - RJ
Segunda atividade do dia, fazer o check out da pousada e pegar a estrada para Paraty-Mirim, onde já tínhamos o esquema com o barqueiro para nos levar ao Saco do Mamanguá. Chegando lá descobrimos que o vento não estava permitindo saídas, nem para o Mamanguá, nem para Paraty-Mirim.
Aprendizado do dia: quando dependemos de fatores naturais não se deve criar expectativa, caso contrário poderá acabar frustrado.
Aproveitamos para assuntar no barzinho da praia e acabamos descobrindo algumas coisas interessantes. Paraty-Mirim é o nome do rio que desemboca nesta praia, mesmo rio que há 15 anos destruiu e refez toda a paisagem da praia de mesmo nome. A comunidade ficou isolada durante dias, pois a inundação fechou a estrada e só quando o mar acalmou é que puderam acessá-la de barco. A paisagem está completamente diferente, antes para chegar à praia tinha que atravessar o rio que corria à beira mar, a descrição me lembrou um pouco a Guarda do Embaú. Da história antiga local, restaram algumas ruínas de uma antiga fazenda do tempo dos escravos.
Igreja de Parati Mirim - RJ
Já que teremos um dia de espera, tivemos que passar a tarde em Paraty, que chato... Coisas da vida! Saímos fotografar a cidade imbuídos do espírito que tomou conta das ruas de Paraty com o Festival de Fotografia que está começando hoje, o Paraty em Foco. Dezenas de fotógrafos caminhavam pelo centro antigo com suas Nikons e Canons, cada um praticando o seu olhar e buscando o melhor ângulo para registrar a vila.
Parati - RJ
Passei o restante do dia trabalhando nos projetos do 1000dias e no site, enquanto o Rodrigo dormia profundamente ao meu lado. Um dia mais light como este é importante de vez enquando, faz bem a saúde, aos negócios e não tem contra-indicações!
Rua em Parati - RJ
As famosas construções Incas, com encaixe perfeito de pedras, em Cusco, no Peru
Demos uma volta na praça principal e almoçamos em uma das mais concorridas padarias e lanchonetes da cidade. Se passaram umas duas horas e minha sorte mudou. Comecei a passar mau e é claro que o Ro já culpou a garrafada da Dona Elsa. Eu só pensava na maionese do almoço de ontem. Fato é que a minha imunidade estava baixa e o meu sistema digestivo super frágil depois de 4 dias tomando amoxicilina para a pneumonia. Se foi a maionese ou a garrafada já não importava, logo percebi que nada que eu comesse iria parar no meu estômago, nem água! Fiquei algumas horas entre o banheiro e a cama passando muito mau, vomitando e num piriri danado. Foi quando vi que só iria piorar... Logo tive que tomar a decisão: vamos para o hospital.
O hospital que atendeu a Ana em Puerto Maldonado, na amazônia peruana
Eram perto das 23h quando chegamos à emergência do Hospital Santa Rosa. O hospital estava em greve e apenas um médico e duas enfermeiras atendiam as emergências que chegavam. Esperei quase uma hora, consultei, mediram febre, anotaram o meu histórico e sem melhora resolveram logo me colocar no soro. O primeiro soro na veia a gente nunca esquece, não é mesmo? O que eu não imaginava é que iria ficar ali por 24 horas! Dormi no hospital... mas tão entregue que nem vi o tempo passar naquela maca dura e gelada.
A Ana descansa em leito de hospital em Puerto Maldonado, no Peru
A cada turno mudava o médico e mudavam as informações que davam ao Rodrigo. Mudaram a minha medicação, retiraram a amoxicilina e sabe Deus o que me deram. O Rodrigo, coitado, fez um tour por todas as farmácias da cidade, pois tudo o que é usado no paciente, como tubos, agulhas, micropore e o próprio soro, devem ser comprados e fornecidos pelos pacientes. Depois da alta também é cobrado um valor pela consulta médica, exames e internação. Tudo num preço super acessível, bem coerente com a estrutura precária e o serviço prestado. Sorte que não tive que usar muito o banheiro que nem assento não tinha no vaso, ah, e detalhe, eles não forneciam nem o papel higiênico. Mas quando estamos mal nem é isso que interessa... só queremos melhorar.
Uma das muitas farmácias visitadas pelo Rodrigo em Puerto Maldonado, na amazônia peruana
Fato foi que mesmo sem comer nada eu fui reidratando e depois das 24 horas o Rodrigo fez questão de me tirar dali. Negociou com a médica que ele mais confiou, que me indicou tomar pedialite (soro oral) e alguns lactobacilos para reconstituir a flora do sistema digestivo.
Um dos muitos exames feitos pela Ana durante sua estadia no hospital de Puerto Maldonado, no Peru
O Ro já queria ir embora, não aguentava mais ficar em Puerto Maldonado, mas eu ainda não poderia viajar, principalmente considerando que a nossa próxima parada seria Cuzco, lugar com melhor infraestrutura, mas que está a 3.600m de altitude! A médica proibiu que pegássemos estrada ainda hoje... e nem precisava dizer, eu estava muito fraca, sem condições. Ficamos mais um dia no Wasaí Lodge, eu a base de bactrin, tomando muito soro, bolachinhas água e sal e até uma canja de galinha, aqui chamada de dieta de pollo.
Chegando ao ponto mais alto da estrada, na subida dos Andes na Carretera Transoceanica, em direção à Cusco, no Peru
Fizemos uma tentativa de viagem para Cuzco no dia seguinte, eu me sentia um pouco melhor, o Ro precisava sair dali e ainda por cima o lodge já não teria vaga para nós. Andamos uns 20km e não rolou, comecei a enjoar, passar mal e voltamos. Tentativa abortada. Tivemos que nos hospedar em um outro hotel por mais uma noite. Passamos o dia lá, descansando, trabalhando nos posts e a noite ainda arrisquei uma saída para tomar uma sopinha de aspargos em um dos restaurantes bacanas da cidade, o Burgo´s Restaurante.
O rio Madre de Dios, em Puerto Maldonado, na amazônia peruana
A noite seguinte já foi em Cuzco, depois de uma viagem incrível da Amazônia aos Andes que conto aqui. Na chegada um parto para achar uma pousada com estacionamento. Na falta de uma paramos perto da Plaza San Francisco, pousada de um lado, estacionamento de outro. Ainda tive forças para carregar mala e cuia para a pousada, tomar uma sopa de verduras e cama! Acordei bem no dia seguinte, mas não demorou para logo passar mal e cair de febre novamente, 38 a 39 graus de febre o dia todo de cama. Voltou o piriri e a fraqueza. Não sabemos se foi pela sopa, o mais provável é que tenha sido a reação do organismo pela mudança de altitude, menos oxigênio e maior necessidade de adaptação e produção de glóbulos vermelhos para o corpo.
A noite cai na Plaza de Armas, em Cusco, no Peru
A partir daqui parei com todos os remédios halopáticos e segui apenas com a medicação homeopática que já estava tomando com a orientação da minha médica particular preferida, mamãe! Segui tomando o Rhus Tox e soro oral, mais os cuidados do Ro, dieta de pollo no jantar e até que enfim a febre baixou.
Mais um exame da Ana, dessa vez em Cusco, no Peru
O dia seguinte passei sem febre, até saímos no final do dia para dar uma caminhada rápida, fomos à Plaza de Armas e jantamos na Cantina Italiana, brochetas de pollo y papas cocidas. Finalmente sinto que estou melhorando! Resolvi fazer exames no Laboratório El Sol no dia seguinte, precisava descobrir que praga era essa que não me deixava! Fiz uma massagem inca com a Jesica em um dos mercadinhos ali do lado. Em Cusco você encontra dezenas de meninas oferecendo massagem, algumas delas tem até “serviço especial” depois das 23h. O Ro conseguiu agilizar a compra dos nossos tickets para Machu Picchu no Ministério da Cultura e cortou o cabelo. Sara, a farmacêutica lá do laboratório conseguiu agilizar o resultado dos exames, que infelizmente se mostraram meio ruins, ainda tenho a infecção, só estou melhorando por que depois de uma semana, com a ajuda da homeopatia, meu corpo começou a reagir sozinho! Tanto estou reagindo que hoje resolvi testar meus limites e comi um bife de alpaca, com zero de gordura e colesterol, e batatas cozidas. Hummm! Preciso ficar forte, logo logo o Gustavo chega e teremos muitas aventuras por aí!
A noite cai na Plaza de Armas, em Cusco, no Peru
Bem, agora já é o dia 25, há 9 dias estou lutando contra essa porcaria de doença e parece que finalmente vou ganhar! Saímos para uma caminhada no centro histórico, trocamos alguns tickets para Machu Picchu no Ministério da Cultura, e conseguimos já comprar as passagens de trem na Peru Rail. Tudo pronto para Machu Picchu! Almoçamos em um restaurante thai na Plaza de Armas, sem temperos, comi sanduíche de frango e passei bem! Saiu o resultado do anti-biograma e consegui logo descobrir qual seria o medicamento que mataria de vez a bactéria. E adivinhem se não era o bom e velho ciprofloxacino? Mesmo amigo que me salvou de uma bactéria peruana em Huaráz a mais de um ano atrás. Mesmo bem, minha homeopata mamãe me indicou tomar o remédio, já que vou abusar nas montanhas incas daqui pra frente. Amanhã o Gustavo chega e começam as nossas explorações pela região de Cuzco e o Vale Sagrado. É a minha prova de fogo! E depois dessa tenho certeza que essas bactérias peruanas não me pegam mais!
Templo indiano, muito comum no Suriname
Estamos nos aproximando de um dos momentos mais tensos e esperados desta etapa guianesa da viagem. Hoje seguimos em direção à Nieuw Nickerie, na fronteira entre o Suriname e a Guiana, o mais inexplorado e inseguro dos vizinhos nortistas. Antes de sair tivemos apenas que resolver uma pendência crucial para esta viagem, o seguro da Fiona. Para cruzar qualquer fronteira precisamos ter o seguro internacional, ou ao menos válido no país em questão.
Observando a Guiana do outro lado do mar, no final de tarde em Nickerie - Suriname
Compramos o seguro com a Fatum, empresa do Suriname que segurou a Fiona para os dias restantes no país e um mês de seguro na Guiana. Essa história do seguro é um capítulo à parte, mas resumindo, a porcaria da Mafre (nossa seguradora para a América toda, melhor indicada pela abrangência, etc) nos vendeu a extensão territorial do seguro para as Guianas, produto que eles não possuem e não fazem cobertura. Surreal! Descobrimos isso aqui depois de pressioná-los para recebermos um documento que comprovasse a cobertura, do qual precisávamos para passar nas fronteiras. Totalmente indignada e passada com essa situação, não tivemos outra opção prática a não ser procurar uma empresa local e depois decidir o que fazer com a espanhola.
Exibir mapa ampliado
A estrada para Nieuw Nickerie segue paralela ao litoral do Suriname, cruzando a região com maior concentração populacional do país, além da capital. Passamos pelo região do País Samaraca, de maioria africana e uma cultura muito arraigada à sua origem e história, cruzamos alguns rios amazônicos e entramos em uma imensa área de zona rural.
Grandes fazendas no oeste do Suriname
Ao mesmo tempo que dá dó imaginar a quantidade de madeira e floresta devastada, é muito bacana ver uma área produtiva, uma paisagem completamente diferente. Todos os campos são irrigados por canais, diques holandeses. São fazendas gigantescas de produção de grãos e gado.
Chegando à Nickerie, segunda maior cidade do Suriname
Final de tarde chegamos à Nieuw Nickerie, segunda maior cidade do Suriname, com 10 mil habitantes. As dezenas de templos hindus confirmam a origem da população, uma cidade rural de maioria indiana. Bandeirinhas coloridas que simbolizam os pedidos e preces hindus estão por toda parte. As casas tem uma arquitetura bem característica, com dois andares, sendo o térreo apenas parte fechado e a outra parte coberta utilizada como garagem. A escada lateral sobe por fora para uma varanda que dá acesso ao piso superior. Todas as casas ficam atrás dos pequenos canais que irrigam a região, possuem portanto uma pontezinha, que dá um ar ainda mais encantado à cidadezinha, uma graça. Entramos aos poucos na cidade e chegamos à avenida principal, com um canteiro central de palmeiras imperiais e um lago forrado de flores de lótus, que simboliza elevação e expansão espiritual e é considerada sagrada pela maioria dos países asiáticos. Lindíssimo!
Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)
Quem diria, hein? Uma ótima surpresa para quem achava que só encontraria florestas e aldeias indígenas. Agora estamos aqui, logo após um jantar de comida tipicamente asiática (daquelas bem ardidas), com uma das melhores conexões da internet, na fronteira do Suriname com a Guiana.
Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)
Sobrevoando a belíssima Na'Pali Coast e a trilha para a Kalalao Beach, em Kauai, no Havaí
Kauai é a mais antiga das grandes ilhas do Hawaii. Formada há aproximadamente 6 milhões de anos a Garden Island abriga um dos lugares mais chuvosos dos Estados Unidos, próximo ao Monte Wai´Ale´Ale, com mais de 12.000mm de precipitação anual! Esta quantidade de chuva, além de torná-la a ilha mais verde do arquipélago, esculpiu cânions e formou uma mescla de ecossistemas única.
Chegando de avião à ilha de Kauai, no Havaí
É neste cenário que encontramos uma das paisagens naturais mais cruas e intocadas do Hawaii, suas catedrais esculpidas pela água, pelo tempo e pelo vento surgem do fundo do Oceano Pacífico para formar a Na Pali Coast.
Sobrevoando uma das regiões mais chuvosas do mundo, na ilha de Kauai, no Havaí
Toda a costa noroeste da ilha é protegida pelo Na Pali Coast State Park que compreende praias desertas, cânions ainda inexplorados, dezenas de cachoeiras que até pouco tempo só os pássaros podiam apreciar.
Sobrevoando a belíssima Na'Pali Coast, em Kauai, no Havaí
Sobrevoar as ilhas havaianas é um programa mais simples do que parece. As companhias de helicóptero operam em todas as ilhas, mas são Big Island e Kauai onde este sobrevoo toma outras proporções. Na Big Island a grande atração é o sobrevoo dos campos de lava e principalmente da caldeira do vulcão ativo Kilauea, que está em constante erupção há mais de 30 anos. O sobrevoo é uma das únicas formas de realmente ver o magma fervilhante que corre pelas entranhas da ilha.
Só falta a Ana no helicóptero para nosso sobrevoo de Kauai, no Havaí
Helicóptero chega para nosso sobrevoo de Kauai, no Havaí
Aqui no Kauai a emoção é outra, sobrevoar a Na Pali Coast é como estar em um filme hollywoodiano, descobrindo um novo mundo, explorando uma ilha selvagem, chegando ao parque dos dinossauros do Jurassic Park ou entrando em um dos filmes do King Kong. Sobrevoar esta paisagem é uma das únicas formas de compreender a magnitude da expressiva natureza do Hawaii.
Sobrevoando a belíssima Na'Pali Coast e a trilha para a Kalalao Beach, em Kauai, no Havaí
Esta é a imagem que eu sempre fiz dos jardins suspensos da Babilônia, milhares de cachoeiras despencando em cânions nunca antes explorados, praias desertas e uma diversidade de cores, florestas, plantas e tonalidades de verdes jamais imaginados.
São dezenas de cachoeiras que avistamos durante o sobrevoo de Kauai, no Havaí
O primeiro voo de helicóptero da minha vida realizou um sonho antigo e ainda conhecendo nada mais nada menos do que a Na Pali Coast! O sobrevoo começa no heliporto próximo da capital Kihei, com a trilha sonora de filmes como Indiana Jones e ET, ficamos envolvidos na aventura e logo alcançamos as montanhas, que surgem do zero direto para os 1.500 metros sobre o nível do mar. As cachoeiras são as primeiras a dar o ar da graça, uma, duas, três em cada esquina desta imensa cordilheira, correm incansáveis pelos cânions coloridos e dentre a maior diversidade de palmeiras e xaxins do mundo, alguns só encontrados aqui nas florestas do Kauai.
São dezenas de cachoeiras que avistamos durante o sobrevoo de Kauai, no Havaí
Cruzamos um primeiro cânion e logo nosso piloto avisa: “estamos chegando em um dos cânions mais bonitos do mundo, conhecido como o Grand Canyon do Pacífico, na minha opinião ele é mais bonito!”. O Waimea Canyon impressiona com suas cores terracota, amarelos, alaranjados e vermelhos vistos do helicóptero, que logo mergulha nas profundezas do cânion, que chega a 914m de profundidade.
O impressionante canyon de Waimea, em Kauai, no Havaí
Ganhamos altura novamente e finalmente cruzamos para o litoral. Piscamos os olhos e não conseguimos acreditar no que vemos: o Kalalau Cânion, a Kalalau Beach e o impressionante encontro destas estúpidas montanhas com o Oceano Pacífico. As cenas da chegada à ilha dos dinossauros, do filme Jurassic Park foram filmadas aqui!
O encontro das montanhas e o mar azul de Kauai, no Havaí
Este é o maior espetáculo desta hora de vôo sobre o Kauai, a Na Pali Coast, uma costa toda recortada, inexplorada, intocada, jovem e pulsante.
Voando sobre a magnífica Lalalao Beach, em Kauai, no Havaí
Quase sem respirar, com o tilintar das cortinas fotográficas quase incessantes e os sorrisos estirados de orelha a orelha, eu, Rodrigo, Laura e Rafael tínhamos certeza que este tinha sido o melhor investimento que fizemos nesta viagem.
A bordo do helicóptero, durante sobrevoo da ilha de Kauai, no Havaí
A ilha da fantasia ainda havia nos reservado outra surpresa, o encontro com amigos queridos vindos do Brasil e dos Estados Unidos: Sidney, Ane, Rafael e o Marcos, que também fez o sobrevoo em outro helicóptero. Nos encontramos de volta à terra firme, ele também com o sorriso estampado no rosto, pois acabávamos de sobrevoar uma das paisagens mais lindas do nosso planeta.
O grupo do nosso helicóptero, já na segurança da terra firme, em Lihue, em Kauai, no Havaí
Durante a tarde fomos conferir parte desta paisagem lá de baixo, onde nós humanos temos que nos contentar com mirantes e os lentos passos de quem ainda não está pronto para ter as próprias asas. Percorremos o Waimea Canyon até o mirante da Kalalau Beach, batemos papo com artistas e artesãos que escolheram este lugar como lar, assim como os nenes, gansos nativos, ave símbolo aqui do Hawaii.
Mirante do magnífico canyon de Waimea, em Kauai, no Havaí
Dirigindo na costa sul de Kauai, no Havaí
O pôr-do-sol foi no blow-hole no caminho para Poipu. Americanos são doidos por estes “chafarizes naturais” de água, em toda costa americana eles os sinalizam, mas eu nunca tinha visto um tão perfeito! Os corais formam cavidades e conforme as ondas do mar se encontram com esse espaço, colunas de águas altíssimas são esguichadas pelo blow-hole.
Um enorme blow hole na costa sul de Kauai, no Havaí
Um dia intenso, repleto de fortes emoções e paisagens maravilhosas marcou a nossa chegada ao Kauai. A nossa programação seguirá intensa para os próximos dias, liquidando com mais um dos sonhos de muito tempo, caminhar os 18km da Kalalau Trail, uma das trilhas costeiras mais lindas do mundo, segundo a National Geographic. Kalalau, here we go!
O sol de põe por detrás de um blow hole na costa sul de Kauai, no Havaí
Após a manhã de caminhadas pelo Rio Celeste, almoçamos rapidamente em Bijagua e pegamos a Carretera Inter-Americana em direção à Nicarágua. Os trâmites fronteiriços sempre são um pouco enrolados, a imigração da Costa Rica está em reforma e a fila de caminhões dos dois lados da fronteira deixa tudo um pouco confuso. No lado nicaragüense, uma enxurrada de guias de fronteira nos aborda oferecendo seus serviços, para ajudar a fazer os papéis de imigração e aduana por uma gorjeta. Já escolados, dispensamos a ajuda, seguimos para a imigração, compramos o seguro obrigatório, preenchemos os formulários e entramos nas filas da Polícia Federal e da Aduana. Nada muito complicado, só bastante enrolado.
Estrada entre PN Tenório, Peñas Blancas e San Juan del Sur
Aqui escurece cedo. Eram 17h30 quando nós pegamos a estrada, a nossa primeira na Nicarágua, à noite. Não gosto, não me sinto confortável, não sabemos por onde estamos passando, que tipo de gente pode haver nessas estradas, mas não tinha outro jeito. Depois de meia-hora presos no engarrafamento de caminhões, conseguimos nos liberar e seguir para a nossa primeira parada: San Juan del Sur, na costa do Pacífico.
Igreja decorada para o natal em San Juan del Sur, na Nicarágua
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