0 Blog do Rodrigo - 1000 dias

Blog do Rodrigo - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão

paises

Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Geórgia Do Sul Há 2 anos: Geórgia Do Sul

Itaipu

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu

Visitando a Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Visitando a Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Saímos correndo do Parque Nacional do Iguaçu para chegar à tempo em Itaipu, onde tínhamos reservas para a visita especial à usina, visitando sua parte externa e também o interior de parte de suas instalações. Depois das cataratas essa é, sem dúvida, a maior atração turística de Foz do Iguaçu. E não é para menos, pois estamos falando da maior usina hidroelétrica do mundo em geração de energia, um verdadeiro símbolo da engenhosidade humana na sua luta em controlar as forças da natureza em benefício próprio.

Painel informativo sobre as maiores usinas do mundo, na Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Painel informativo sobre as maiores usinas do mundo, na Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


A usina foi projetada e construída nas décadas de 70 e 80, portanto há mais de 30 anos. Desde então, ela vem fornecendo uma enorme parte da energia que o Brasil precisa para funcionar e crescer. Mas, se sua construção fosse hoje, tenho sérias dúvidas se ela seria mesmo construída, pelo menos com o porte que tem. Naquela época, os ambientalistas não tinham a força que tem hoje e a balança sempre pendia mais para o desenvolvimentismo do que para o preservacionismo. Hoje parece ser o contrário e projetos como o de Belo Monte, no rio Xingu, que já foi bastante diminuído desde sua concepção original, ainda enfrentam enormes dificuldades para sair do papel.

A represa vista do alto da barragem da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

A represa vista do alto da barragem da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


É uma discussão com muitos bons argumentos dos dois lados, sem que haja um lado "certo". O fato é que, apesar da energia hidroelétrica ser a mais limpa de todas, a construção de uma grande usina e de sua represa tem grandes consequências ambientais. Um antigo ecossistema é destruído, mas será substutído por outro, que pode ser igualmente sadio. Ao mesmo tempo, o país cresce, a população cresce, e mais energia é necessária. Se vier da queima de carvão, os efeitos serão ainda mais danosos. Qual caminho seguir?

Torres levam a energia produzida pela Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Torres levam a energia produzida pela Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Enfim, a discussão é boa mas Itaipu está aí, um verdadeiro colosso que domou as águas do rio Paraná e produz, sozinha, 95% da energia que o Paraguai consome e 16% da energia que o Brasil necessita. Tudo ali é enorme, mega, gigantesco. Por cada uma de suas turbinas passa metade da água de todas as cataratas do rio Iguaçu, em sua vazão média. E são vinte dessas turbinas! A quantidade de concreto usado em sua construção também impressiona: um sem número de Maracanãs jogados ali, alturas equivalentes à Torre Eiffel, material equivalente a uma estrada de muitas pistas entre Moscou e Lisboa, são várias as formas de tentar mostrar como tudo é gigantesco.

Entrando nas instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Entrando nas instalações da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


E realmente é. Quando conseguimos chegar perto das estruturas, damos conta de como somos minúsculos, parecemos perdidos naquele mundo de uma antiga série americana, Terra de Gigantes. Para quem faz a visita especial, como nós fizemos, o interior da usina também é mostrado, as gigantescas galerias e corredores por onde passaram milhares de trabalhadores e máquinas gigantescas As menores peças do maquinário de cada turbina pesam dezenas de toneladas, como o eixo que nos mostraram rodando, gerando energia ali, nos nossos olhos, capaz de iluminar uma cidade com 2 milhões de habitantes. Impressionante!

Passando por cima das gigantescas turbinas da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Passando por cima das gigantescas turbinas da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai


Enfim, é uma visita que vale muito à pena, não só pela grandiosidade a que ficamos expostos, mas também pela discussão que levanta, fazendo-nos pensar sobre os prós e contras das grandes obras que estão umbilicalmente ligadas ao desenvolvimento da humanidade.

Grande explosão para a construção da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Grande explosão para a construção da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, fronteira de Brasil e Paraguai

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Itaipu

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

De Volta à Praia

Porto Rico, Fajardo, Luquillo

Ana aproveitando a sombra para ler sobre USVI, em para de Luquillo - Porto Rico

Ana aproveitando a sombra para ler sobre USVI, em para de Luquillo - Porto Rico


Nosso plano hoje era ir conhecer Culebra e a praia Flamenco, considerada a mais bonita do país. Culebra é uma ilha a cerca de uma hora de barco, na costa leste de Porto Rico. Antigamente, junto com outra ilha, Vieques, era conhecida como Ilhas Virgens Espanhóis.

Confusão para abordagem do Ferry para Culebra - Porto Rico

Confusão para abordagem do Ferry para Culebra - Porto Rico


São três ferries diários indo para lá, saindo aqui de Fajardo. O primeiro horário de saída é às 9 da manhã. Seguindo as recomendações aqui da nossa pousada, chegamos ao porto com uma hora de antecedência. Doce ilusão! As passagens já se haviam esgotado fazia tempo e, mesmo assim, havia uma enorme fila para um possível ferry extra. Hoje é sábado e nós subestimamos isso. Famílias inteiras indo para lá passar o dia, toda a farofa acomodada em isopores e coolers. Uma enorme confusão no porto. Basicamente, um programa de índio (com todo o respeito!).

Desistindo do Ferry para Culebra - Porto Rico

Desistindo do Ferry para Culebra - Porto Rico


Não dava para encarar e partimos para o plano B: ir à praia em uma cidade aqui pertinho, chamada Luquillo. Não poderíamos ter tomado decisão melhor! Praia super tranquila, muito sol, água limpa, bonita e com temperatura agradável. Aliás, é impressionanmte como a água do mar em Porto Rico é mais quente que nas Bahamas e em Turks e Caicos.

Playa del Sur, em Luquillo - Porto Rico

Playa del Sur, em Luquillo - Porto Rico


A praia é toda ladeada de palmeiras que fornecem sombras refrescantes. A gente se aboletou em uma delas e lá ficamos por várias horas, se revezando em corridas pela praia, natação no mar, leitura do guia sobre nosso próximo destino e um soninho também. Horas preguiçosas e deliciosas, sob medida para nos ajudar a nos recuperar da correria dos últimos dias. E que fique registrado: o trecho da praia entre Playa del Sur e Luquillo é dos mais bonitos da viagem! Escapamos da farofa e caímos no paraíso.

Porto Rico, Fajardo, Luquillo, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

Fantásticas Cavernas - 2a Parte

Estados Unidos, New Mexico, Carlsbad Caverns National Park

Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Voltei ao centro de visitantes, onde reencontrei a Ana. Ali, nos poucos minutos que ainda tínhamos, admiramos uma exposição de fotos incríveis sobre as cavernas. Fotos antigas, da década de 30, dos primeiros exploradores. E fotos recentes, da pesquisa que se faz em uma caverna aqui do lado, a Lechuguilla. Essa já era uma caverna conhecida há 100 anos, sem grandes atrativos. Mas uma insistente corrente de ar que saía por detrás de umas pedras sempre atraiu a curiosidade de exploradores. Por fim, na década de 80, pesquisadores obtiveram a permissão de cavar por lá. O que descobriram foi um mundo novo e impressionante de túneis e salões secretos, ainda em condições pristinas. É a mais bela caverna do parque, cheia de formações exóticas, lagos subterrâneos, um verdadeiro tesouro da natureza. Infelizmente (ou felizmente!), a caverna é totalmente off-limits para turistas. Apenas pesquisadores podem entrar, de tempos em tempos, para encontrar mais alguns túneis (ela não está totalmente explorada ainda) e documentar as belezas dali. Que privilégio! A gente, pessoas normais, só podemos ver as fotos. E que fotos...

Lechuguilla Cave, aberta apenas para felizardos pesquisadores, no Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Lechuguilla Cave, aberta apenas para felizardos pesquisadores, no Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


A caminho das câmaras inferiores da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

A caminho das câmaras inferiores da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Bom, nós, até para podermos fugir um pouco dessa “normalidade” enfadonha, fomos fazer o nosso tour. Agora, com capacetes e lanternas na cabeça, já me sentia um pouco menos turista e um pouco mais espeleólogo. Mais ou menos, pois ainda estávamos bem limitados pelas regras do grupo. Dez pessoas e duas simpáticas guias em fila indiana pelos corredores e túneis bem menos frequentados dos salões inferiores da caverna.

Parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Formações na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Formações na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Aqui, não há iluminação artificial e tudo o que podemos ver é aquilo que nossas lanternas iluminam. O ambiente é mais estreito que no “andar de cima”, mas nem por isso menos impressionante. De alguma maneira, podemos chegar mais “perto” das formações e da caverna e entramos mais no clima. A guias vão dando as explicações, históricas e geológicas, e tudo vai ficando mais claro. Duas agradáveis horas pelas entranhas da natureza.

Turistas ficam maravilhados com a formação de pérolas no solo da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Turistas ficam maravilhados com a formação de pérolas no solo da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Formações de pérolas no solo da parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Formações de pérolas no solo da parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Passamos por um campo de pérolas, pequenas formações de calcário arredondadas, do tamanho de bolas de gude, cuidadosamente elaboradas ao longo de incontáveis anos pela natureza. São lindas! Nunca tinha visto tantas delas ao mesmo tempo. Foi engraçado ver a admiração dos outros turistas, alguns deles pela primeira vez dentro de uma caverna! Passamos também por uma incrível cortina natural. Nós já vimos centenas dessas, em outras cavernas, mas essa tinha um detalhe que a tornava única. Cortinas são sempre verticais, seguindo a lei da gravidade. Mas aqui, são diagonais!!! Na verdade, todo o bloco de pedra onde se formaram caíu do teto e se afundou no chão, ficando nessa posição. O “milagre” está no fato da formação não ter se espatifado na queda. A explicação para isso está no fato de que a caverna era mais úmida antes, e o solo era, na verdade um raso lago com chão mole e encharcado embaixo. Hoje, está tudo seco e temos aquela cortina na diagonal. Impressionante!

Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Caminhando com o grupo na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Também nos chamou muito a atenção uma formação translúcida de calcário com um morcego dentro. Um fóssil milenar e muito bem preservado, congelado no tempo. Até parecia uma cena de Parque dos Dinossauros, mas ao invés de um mosquito preso no âmbar, era um morcego no calcário. Mais um pequeno detalhe que faz dessa a mais interessante caverna aberta ao turismo nos Estados Unidos. Por falar em detalhe, tem também a pedra com uma pichação que já se tornou histórica. Afinal, é uma assinatura que agora já é centenária, escrita exatamente pelo grande explorador dessa caverna, Jim White. Aos poucos, sua pichação vai ganhando status de “pintura rupestre”.

Formação caída no chão na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Formação caída no chão na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Esqueleto de morcego preso em estalagmite translúcida, na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Esqueleto de morcego preso em estalagmite translúcida, na parte inferior da caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Foi um ótimo passeio, que valeu muito a pena. Saímos daqui com a certeza de que as cavernas daqui também estão entre as mais belas do mundo, não devendo nada para as nossas. Pena só que sejam tão “civilizadas” ou então, completamente fechadas aos nossos olhos, os simples mortais. É o preço que se paga pela sua conservação (as que não são abertas à visitação) ou para que todos tenham acesso e possam admirá-las (as que estão abertas, pavimentadas e iluminadas). Para fugir disso, só tendo nascido há um século ou ser um pesquisador renomado ou, quem sabe, voltar às inexploradas e quase virgens cavernas de países do 3º mundo.

Atravessando túnel na caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Atravessando túnel na caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Visitando a caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Visitando a caverna em Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos


Aqui em Carlsbad, abaixo da terra, já está tudo regulamentado. Acima dela, aí sim sem guias ou regras, pudemos caminhar e dirigir por uma estrada de terra que nos levou à mirantes e pontos históricos. Muito interessantes, sem dúvida, mas os maiores atrativos daqui estão mesmo embaixo da terra. Fechamos, com chave de ouro, nossa sequência de visitas aos parques nacionais americanos. Cada um mais bonito do que o outro.

Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Carlsbad Caverns National Park, no sul do Novo México, nos Estados Unidos

Estados Unidos, New Mexico, Carlsbad Caverns National Park, Caverna, Parque, trilha

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Desilusão

Chile, La Serena

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Voltamos para a Fiona ainda saboreando aqueles momentos mágicos do pôr-do-sol na praia de Totoralillo, o céu pintado de tons avermelhados, quase roxos. Mas fomos despertados do nosso torpor de forma abrupta, quase rude. Uma estranha borracha estava do lado do nosso carro, em um lugar onde antes não havia nada. Foram uns poucos segundos de estranhamento, que pareceram durar uma eternidade, como se o tempo tivesse parado. De repente, BUM!, a realidade desabou sobre nossas cabeças: tinham quebrado o vidro da Fiona.

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Um vidro não, dois deles, abrindo acesso tanto ao bagageiro como à cabine. Por algum tempo, ainda tentamos acreditar que era uma miragem. Não era. Ainda inebriados pela triste descoberta, olhamos para dentro do carro arrombado, tentando lembrar o que estava lá e já não mais estava. Uma mochila com nosso equipamento de camping. Uma pequena mochila com nossa querida Lumix, a máquina fotográfica mais simples e prática. Também na mochila nossa máquina para fotografias subaquáticas. Com elas, algumas belas fotos que havíamos tirado na última semana e que se perderiam para sempre. Lembranças roubadas. Meu óculos de sol, que havia me acompanhado por tantas praias e montanhas. A carteira da Ana, com documentos e dinheiro. A cada nova descoberta, um novo suspiro.

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Pessoas se aproximam de nós. Se compadecem conosco. Falam mal do próprio país, assim como brasileiros gostam de falar mal do Brasil. Dizem que os vidros já estavam quebrados há meia hora. Aparentemente, o roubo foi logo após deixarmos o carro. Forçamos a memória e já temos nossos suspeitos. Pessoas que ali estavam, caras de poucos amigos, quando descemos do carro. Lançamos nossas maldições, procuramos por algo ali por perto, mas nada desfaz nossa tristeza.

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile

Depois de alguns poucos minutos na praia, a desagradável surpresa, ao reencontrar a Fiona com os vidros arrombados, em Totoralillo, na região de La Serena, no Chile


Logo aparecem os pensamentos reconfortadores: melhor o carro do que nós, que estamos bem; que milagre a Ana ter descarregado o carro na noite anterior, senão o prejuízo teria sido bem maior; ainda bem que tínhamos a Nikon e os passaportes conosco. Os pensamentos ajudam, sim. Mas não são o suficiente. Logo aparecem outros: porque viemos para essa praia? Porque deixamos essas coisas no carro? Porque esses idiotas estavam aqui? Porque isso tinha de acontecer?

A Fiona já está de vidros novos, colocados em vidraçaria em La Serena, no Chile

A Fiona já está de vidros novos, colocados em vidraçaria em La Serena, no Chile


Dali seguimos para a polícia, guiados por uma gentil família que ali estava. Melhor fazer um BO. No dia seguinte, hoje, um sábado, o trabalho foi achar uma vidraçaria. Até o meio da tarde, a pobre Fiona estava reparada. Mas os vidros novos sem película, destoando dos antigos, mais escuros, seriam sempre um lembrete do que havia acontecido. Nas semanas seguintes, em diversas ocasiões nos lembramos de algo mais que havia sido roubado, perdido para sempre. Objetos sem muito valo financeiro, mas com grande valor sentimental, lembranças de passagens maravilhosas por essa longa América. A cada nova descoberta, uma nova pontada. Mas o tempo há de curar isso. Ele cura tudo. As boas lembranças são infinitamente maiores e intensas que as más. Uma experiência a mais no nosso currículo. Uma que não precisaríamos nem desejávamos ter. Tivemos. Três anos passando incólumes por tantos lugares haviam nos deixado com uma sensação de invencibilidade. Algo se quebrou. E não foram apenas os vidros. Quebrou-se um encanto. Olhos abertos daqui para frente...

Chile, La Serena, Coquimbo, roubo, Totoralillo

Veja mais posts sobre Coquimbo

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

Portland 2 x 1 Boston

Estados Unidos, Oregon, Portland

Muitas áreas verdes em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Muitas áreas verdes em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Se tem uma coisa que aprendemos rápido, viajando de carro com GPS aqui nos Estados Unidos, é que o país tem centenas de cidades com o mesmo nome. Dentro de um mesmo estado, não pode haver repetições, mas fora das fronteiras estaduais, não há limites! Pegue, por exemplo, o nome “Washington”. Sempre achei que a confusão fosse apenas entre o nome da capital federal e do estado na costa oeste, pelo qual acabamos de passar. Que nada! São simplesmente 25 Washingtons espalhadas pelo país! Um em cada dois estados tem a “sua” Washington. Nem o nome das grandes cidades internacionais são respeitados. Por exemplo, são 15 “Paris” nos Estados Unidos. E eu que sempre achei que, além da original, às margens do Sena, só houvesse uma, no Texas, feita famosa por Wim Wenders...

Portland, a cidade das pontes, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Portland, a cidade das pontes, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Nós viemos conhecer a cidade de Portland, no Oregon. Não confundir com Portland, no Maine, onde já estivemos também! E nem com as outras onze que existem em diferentes estados americanos. Mas aprendemos que essa daqui deve o seu nome àquela do Maine! É uma história engraçada. Tudo começou com um empreendedor, Overton, que comprou o terreno onde a cidade começaria por ver aqui um grande potencial. Mas, como não tinha o dinheiro necessário para iniciar seu investimento, chamou um sócio, o amigo Lovejoy, de Boston, Massachussets (tem outras seis no país!). Pouco depois, impaciente em fazer logo dinheiro, vendeu sua parte para uma terceira pessoa, Pettygrove, de Portland, a do Maine. O ano era 1845 e tanto Lovejoy como Pattygrove queriam batizar a nova cidade com o nome de suas respectivas cidades natais. Boston ou Portland? A disputa foi decidida num amigável e pacífico “cara ou coroa”. Decisão importante dessa, não foi um cara ou coroa simples, mas uma melhor de três! E sagrou-se vencedor o nome de “Portland” por 2x1. A moeda que decidiu a peleja é, ainda hoje, guardada como relíquia, conhecida como “Portland Penny”.

Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Tradicional cooper ao lado do Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Tradicional cooper ao lado do Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Depois desse começo “atribulado”, a cidade de Portland logo se transformou no principal porto americano na costa oeste. E olha que Portland nem está no litoral, mas ao lado do importante Columbia River, que desagua naquele oceano. Mas no final do século XIX a cidade de Seattle foi ligada ao resto do país através de ferrovias e, estando na beira do mar, roubou esse posto de Portland. Talvez por isso a cidade não tenha crescido tanto e mantido um certo charme interiorano.

Os modernos pontos de ônibus de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Os modernos pontos de ônibus de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Muito bem marcada, pista exclusiva para ciclistas em rua central de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Muito bem marcada, pista exclusiva para ciclistas em rua central de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Bom, de interiorano, só o charme, pois a cidade é uma das mais vanguardistas do país, tanto em costumes como na tecnologia. Por aqui, os pontos de ônibus, bondes e trólebus tem até tela de LCD, enquanto uma faixa enorme das ruas centrais da cidade é reservada aos ciclistas. E não fica no canto não, fica quase no meio da rua, muito bem marcada pela cor verde. Bastante espaço para as duas rodas e os carros é que se apertem lá no canto! Bem legal!

Caminhando por uma das muitas praças de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Caminhando por uma das muitas praças de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Observando o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Observando o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Outra alternativa e caminhar! A cidade é plana e tem muitos parques e praças, todas muito bem cuidadas e floridas. Daí vem um dos apelidos de Portland, a “cidade das rosas”. O outro apelido vem do fato que se desenvolveu nos dois lados co Columbia River. É a “cidade das pontes”. A mais famosa delas, com mais de cem anos de idade, é a Iron Bridge, ou ponte de ferro. É aí que começa o parque que acompanha toda a orla do rio e por onde passam milhares de pessoas todos os dias, praticando o seu cooper ou a sua caminhada matinal.

Reencontro com nosso amigo franco-espanhol, lá de Tofino (Canadá!), em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Reencontro com nosso amigo franco-espanhol, lá de Tofino (Canadá!), em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


E foi exatamente fazendo nossa saldável caminhada ao lado do rio, para conhecer o parque e as pontes, que reencontramos o Morgan, um franco-espanhol que havíamos conhecido no albergue lá de Tofino, no Canadá. Era seu último dia de trabalho no albergue e ele se preparava para uma longa viagem com a namorada. Ficou completamente encantado com o projeto 1000dias, perguntando milhões de coisas e nos parabenizando pela coragem. E não é que, sentados em um banco tomando nosso iogurte de café da manhã, eis que ele passa caminhando e nos vê! Êta continente pequenininho! Esses reencontros, estatisticamente tão improváveis, sempre acontecem nas viagens. Tão deliciosa e misteriosamente frequentes!

A famosa Portlandia, deusa do comércio com ares de Netuno, no centro de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

A famosa Portlandia, deusa do comércio com ares de Netuno, no centro de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Museu de Artes de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Museu de Artes de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Além do parque, também fomos caminhar pelas praças e ruas do centro. Vimos uma das marcas arquitetônicas registradas da cidade, a enorme figura da deusa do comércio “Portlandia”, com uma pose de Netuno, com um tridente nas mãos. Estivemos também na praça central e no enorme Museu de Artes da cidade.

Aproveitando a chuva para testar as cervejas de uma cervejaria em Portland, no Oregon, costa oeste dos Estados Unidos

Aproveitando a chuva para testar as cervejas de uma cervejaria em Portland, no Oregon, costa oeste dos Estados Unidos


Escondemo-nos da chuva sob um dos pontos de ônibus com suas telas de LCD e sob as marquises das grandes lojas. Como a chuva insistia, procuramos abrigo numa das cervejarias da cidade, onde pudemos fazer nossa tradicional degustação.

A famosa Iron Bridge, sobre o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

A famosa Iron Bridge, sobre o Columbia River, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


No movimentado mercado de sábado, ao ar livre, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

No movimentado mercado de sábado, ao ar livre, em Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos


Por fim, aproveitando o tempo que melhorou no dia de hoje, fizemos mais uma caminhada gostosa ao lado do rio e fomos ao tradicional mercado ao ar livre que acontece aos sábados. Ao ar livre também é outra das marcas da cidade, as dezenas e dezenas de carros de lanches e comida rápida, algo que não víamos desde que saímos da América Latina e entramos na Anglo-saxônica. Some-se a isso o maior número de homeless que vimos aqui nos EUA e vimos que Portland é mesmo uma cidade diferente. Mas, nesse caso, os homeless daqui não nos lembram aqueles da nossa américa aí do sul. Parecem muito bem alimentados, tem mochilas de botar inveja em qualquer viajante e se misturam muito bem com os outros habitantes da cidade, que não parecem se incomodar com eles. Um respeito mútuo que não se confunde com medo. Verdadeiro exemplo de convivência democrática. Mais uma coisa para se aprender e admirar nessa gostosa cidade. Uma cidade que, se eu aqui morasse, não teria carro, muito bem substituído por uma bicicleta. Certamente, daria conta do recado!

Carrinhos de comida, típicos de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Carrinhos de comida, típicos de Portland, no Oregon, oeste dos Estados Unidos

Estados Unidos, Oregon, Portland, história

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

St. Barth: Ilha de Gente Bacana

Saint Martin, Marigot, Saint Barth, Gustavia, Anse du Gouverneur, Grande Saline

O maior iate do mundo, do bilionário russo dono do Chelsea, ancorado em St. Barth - Caribe

O maior iate do mundo, do bilionário russo dono do Chelsea, ancorado em St. Barth - Caribe


Ainda no porto de Saint Martin, cumprindo as burocracias para o embarque em direção à Saint Barth, ouvimos o familiar idioma português à nossa volta. Era algo que já não acontecia há um bom tempo! Pois é, um grupo de brasileiros seguia viagem no mesmo barco que a gente, guiados pelo simpático Koy, um catarinense surfista e velejador há muito radicado por aqui.

A cor da água em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe

A cor da água em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe


Ele foi uma ótima companhia de viagem, no deck superior do barco onde a Ana lutou bravamente contra o enjôo de mar. Essa viagem é notória em deixar as pessoas enjoadas já que balança bastante. Voltando ao Koy, ele já está aqui há uns vinte anos e nos deu muitas informações sobre as ilhas da região. Ele nos confirmou que o número de brasileiros viajando para cá vem aumentando bastante. Ele mora do lado holandês e quando voltarmos para lá, depois nosso tour pelas várias ilhas daqui, vamos procurá-lo.

A marina de Gustavia, vista do nosso hotel (St. Barth - Caribe)

A marina de Gustavia, vista do nosso hotel (St. Barth - Caribe)


Chegando em St. Barth, ele já foi logo nos mostrando alguns "barquinhos". Entre eles, o maior e mais caro iate do mundo, do bilionário russo dono do Chelsea, o Abramovich. Iate com mais de 100 metros de comprimento, custo de 1,2 bi de dólares. Tripulação de 80 pessoas, gasto mensal de combustível de 2 milhões de dólares. Tudo coisinha bem simples... E pensar que o cara só é três anos mais velho do que eu... Bem, perto dele, não sou só eu o pobre, não. Ali do lado, bem pequenininho, também estava o barco do Nelson Piquet. Ao lado do Abramovich, pobre de doer, hehehe

O Grand Cul-de-Sac, em St. Barth - Caribe

O Grand Cul-de-Sac, em St. Barth - Caribe


Nosso carro em St. Barth - Caribe

Nosso carro em St. Barth - Caribe


St. Barth é um refúgio dos ricos e famosos. O primeiro a chegar foi o Rockfeller, ainda na década de 50. Depois dele, não pararam mais. A quantidade de iates na marina realmente impressiona. Faz até parecer uma coisa normal, ter um iate de 30-40 metros. Bem em frente a esta marina estava o nosso hotel, o Sunset. Conseguimos pegar o último quarto disponível, o que nos deixou tranquilos para poder passar o dia e a noite explorando a ilha.

Típica estrada e visual em St. Barth - Caribe

Típica estrada e visual em St. Barth - Caribe


St Barth foi inicialmente colonizada pelos franceses. Mas o solo e relevo da ilha não eram muito propícios às plantations e, por isso, ela nunca foi muito para frente, não. Tanto que, no final do séc. XVIII o rei francês decidiu dá-la de presente ao rei da Suécia. Pois é... vivendo e aprendendo, colonização sueca aqui no Caribe! Para combinar com os dinamarqueses nas Ilhas Virgens e os Courlanders em Tobago. Um Caribe bem loirinho... Os suecos ficaram por aqui por cem anos, trabalhando duro, ou fazendo seus escravos trabalharem duro. Mas, ao final, após um furação devastador e um grande incêndio, resolveram devolver o presente à França. Mas as suas marcas ficaram, na arquitetura e até no simpático nome da capital da ilha, Gustavia.

Chegando à praia da Grande Saline, em St. Barth - Caribe

Chegando à praia da Grande Saline, em St. Barth - Caribe


Outra coisa que diferencia St. Barth das outras ilhas caribenhas é a pequena população de afrodescendentes. Com o fim da escravião e a ausência de plantations na ilha, faltou emprego por aqui e os negros libertos não tiveram outra chance senão imigrar para as ilhas vizinhas. O resultado é que a ilha, hoje, é a mais européia do Caribe.

Refrescando-se na praia da Grande Saline, em St. Barth - Caribe

Refrescando-se na praia da Grande Saline, em St. Barth - Caribe


Eu e a Ana alugamos logo um carro para dar a volta na ilha e conhecer suas praias. O mar é belíssimo, aquela cor de piscina que começamos a nos acostumar novamente. Como a ilha é bem pequena, não demorou muito para que déssemos a volta, subindo e descendo morros na estreita estrada que dá a volta em St. Barth. Paramos em duas das praias mais bonitas: a Grande Saline e a Anse du Gouverneur. A diferença com Anguilla é que aqui o mar é agitado, formando até ondas. Mesmo assim, a cor é azul. Impressionate!

Maravilhosa praia do Gouverneur, em St. Barth - Caribe

Maravilhosa praia do Gouverneur, em St. Barth - Caribe


'Bordeauzinho' básico na Shell Beach em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe

"Bordeauzinho" básico na Shell Beach em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe


No final da tarde, de volta à Gustavia, fomos à praia da cidade, a Shell Beach. Lá está um bar que atende pelo singelo nome de "Do Brazil" e é uma das atrações de St. Barth. No menu, tem até muqueca"! Preços exorbitantes, mas um ótimo lugar para se passar o final de um dia. Para não passar em branco, tomamos um vinhozinho básico. Nacional, claro! Aliás, isso é a única coisa barata por aqui: queijos e vinhos da melhor qualidade. Dá para fazer a festa, num supermercado. Vinhos muito bons por 4-5 euros. Uma tentação!

O famoso bar 'Do Brazil' na Shell Beach em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe

O famoso bar "Do Brazil" na Shell Beach em Gustavia, capital de St. Barth - Caribe


Saímos de lá correndo para ainda pegar o pôr-do-sol no alto do farol de Gustavia. Aqui se diz que são os mais belos pores-do-sol do Caribe. E não sou eu que vou duvidar! Ainda mais depois do espetáculo que foi o de hoje.

Vista de Gustavia, capital de St. Barth - Caribe

Vista de Gustavia, capital de St. Barth - Caribe


De noite, fomos comer na Creperia. Conselho do Koy, para fugir dos altos preços da ilha. Aqui, qualquer prato simples pode custar vinte, trinta euros. Os mais refinados, então, nem se fala... Depois, fomos tomar uma cerveja num dos mais famosos bares de todo o caribe, o Le Select. Bar de marinheiro! Fez 60 anos em 2009 e por ele já passaram os mais famosos marinheiros e velejadores dessas águas. Foi muito legal! Tem aparência de bar de filme de pirata.

Magnífico pôr-do-sol em St. Barth - Caribe

Magnífico pôr-do-sol em St. Barth - Caribe


O esquema do carro foi tão bom que resolvemos ficar mais um dia com ele. Sem carro (ou barco) por aqui, não se faz nada. Transporte público, nem pensar. Amanhã, nos planos, tem até uma caminhada até uma praia isolada. E, no final de tarde, de volta para St. Martin. Mesmo antes de irmos embora, já estamos com saudades. Não é á tôa que esses bilionários todos vem para cá...

Magnífico pôr-do-sol em St. Barth - Caribe

Magnífico pôr-do-sol em St. Barth - Caribe

Saint Martin, Marigot, Saint Barth, Gustavia, Anse du Gouverneur, Grande Saline, Anse Gouverneur

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

Um Dia (e uma Noite) em Mangue Seco

Brasil, Bahia, Mangue Seco

Bancos de areia no rio em Mangue Seco - BA

Bancos de areia no rio em Mangue Seco - BA


A grande maioria dos turistas que vem para Mangue Seco, vem apenas para passar o dia. Na verdade, nem o dia, pois chegam no meio da manhã e já partiram no meio da tarde. Vem de Aracaju, do Sauípe, da Praia do Forte e até mesmo de Salvador.

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA

Bugues carregados de turistas chegam em Mangue Seco - BA


Pois não é que eles perdem exatamente o melhor da festa que é a tranquilidade do final de tarde, a beleza do pôr-do-sol e a serenidade da noite estrelada! É uma pena para eles, mas uma grande felicidade para os afortunados que aqui ficam até o final do dia.

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA

Homenagem à Tieta, nas dunas de Mangue Seco - BA


Tive essa mesma sensação em Boipeba quando passamos alguns dias maravilhosos na pequena Moreré e quando fomos embora, ao pegar um barco na vila de Boipeba percebemos que aquela confusão na hora do almoço era tudo o que os turistas que vem de Morro em excursão conhecem daquela ilha maravilhosa. Bom, cada um, cada um...

Sombra e água fresca na praia em Mangue Seco - BA

Sombra e água fresca na praia em Mangue Seco - BA


Hoje eu e a Ana tivemos o da que pedíamos à Deus fazia tempo: simplesmente, fomos para a praia maravilhosa e lá ficamos o dia inteiro sem fazer nada além de ler, palavras cruzadas, pequenas caminhadas, muitos mergulhos refrescantes, cerveja gelada e água de côco. Vidinha totalmente estressante. Bom, falando sério, a única coisa mais "agitada" era quando passavam as dezenas de bugues carregando os turistas de day-trip. Era só eles passarem e o sossego voltava a reinar.

Fazendo cooper na praia em Mangue Seco - BA

Fazendo cooper na praia em Mangue Seco - BA


O mar é daquele tipo que adoramos, cheio de ondas, que vai afundando aos poucos. Água quente, claro. Praia enorme, se extendendo até onde a vista alcança. Ladeado de coqueiros e dunas brancas. Cenário de cinema. Ou de novela. Tiêta que o diga...

Final de pescaria em Mangue Seco - BA

Final de pescaria em Mangue Seco - BA


O pôr-do-sol foi de cima da duna. Maravilhoso, se pondo em cima do rio que separa a Bahia de Sergipe. Do outro lado, a lua quase cheia iluminava o encontro do rio com o mar. E também uma cabana construída num banco de areia no meio do rio. Cena idílica total!

Admirando o fim de tarde em Mangue Seco - BA

Admirando o fim de tarde em Mangue Seco - BA


Posto o sol, era hora de correr duna abaixo, iluminado pela lua cheia. Uns trinta metros de altura, inclinação de uns 50 graus. Sensação de voar, de liberdade, de sonho. Quando chegamos lá embaixo, demos pela falta de nossas havaianas. "Hmmmm..." - pensei - "é o destino conspirando para que eu tenha o prazer de descer de novo!". Bom, antes de descer de novo, tive de subir de novo! Os quinze segundos de descida se transformam em árduos três minutos de subida. Lá estavam os chinelos, sem entender nada, largados ao leo. Uma última visão do lindo visual, do rio prateado pela lua e nova descida mágica, poucos segundos de êxtase e vontade incontrolável de gritar.

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA

Lua quase cheia em Mangue Seco - BA


Uma bela despedida do mar. Um mergulho no sertão nos espera. Mar de novo, só daqui a três semanas, em pleno Oceano Atlântico, na paradisíaca Fernando de Noronha. Até lá, muita estrada, muito interiorzão. E vamos começar em grande estilo: Chapada Diamantina, aí vamos nós!

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA

Pôr-do-sol do alto da duna em Mangue Seco - BA

Brasil, Bahia, Mangue Seco,

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

Capitais

Brasil, Santa Catarina, Florianópolis

Correndo em um dos cartões postais de Florianópolis

Correndo em um dos cartões postais de Florianópolis


Chegamos ontem de noite à Florianópolis, mais uma capital no nosso caminho. Mas não é apenas “mais uma”. Na verdade, é a última, não só da nossa jornada, mas a única que faltava para completar a nossa coleção de capitais brasileiras nos 1000dias. Quis o destino e o nosso planejamento que justo a capital mais próxima de Curitiba, nosso ponto de largada, fosse a última, ou a vigésima sétima da nossa lista.

Mapa do Brasil mostrando seus estados e capitais. Agora que chegamos à Florianópolis, podemos dizer que estivemos em todoas elas durante os 1000dias!

Mapa do Brasil mostrando seus estados e capitais. Agora que chegamos à Florianópolis, podemos dizer que estivemos em todoas elas durante os 1000dias!


Tão próxima de casa, já a conhecemos bem de outras viagens anteriores aos 1000dias. Mas não tem importância. Sempre que viajamos à Florianópolis, descobrimos coisas novas. Não só isso, temos também um enorme prazer em rever as “coisas velhas”. Por isso, pretendemos ficar um bom tempo na capital catarinense, rodar a chamada “Ilha da Magia” de sul ao norte, além de também dar um pulo na Florianópolis continental, parte da cidade onde nunca estivemos antes. Estaremos muito bem instalados na casa de um tio da Ana que mora a um quarteirão da avenida Beira-mar norte. Vamos passar bem!

Mapa de Florianópolis

Mapa de Florianópolis


De qualquer maneira, antes de iniciar os posts relatando nossas explorações de Floripa, fiquei com vontade de reunir todas as outras capitais brasileiras em um só post. Elas foram parte fundamental dos nossos 1000dias. Todos sabem que adoramos a natureza, parques, cachoeiras, praias, desertos e montanhas. Mas também gostamos muito de cidades, das pequenas e das grandes. É onde visitamos mercados movimentados, igrejas históricas, museus e monumentos. É onde também conhecemos parte importante da cultura de um povo, sua comida, costumes, cultura e entretenimento. Abaixo, fotos de cada uma das capitais brasileiras, na ordem cronológica que as conhecemos. Antes da foto, o nome da cidade é um link para a coleção de posts daquela capital, para quem estiver interessado em saber como foi a visita. Depois do nome, o mês e o ano em que estivemos por lá.

SÃO PAULO

– Junho de 2010

O famoso prédio Copan

O famoso prédio Copan



GOIANIA

– Agosto de 2010

Dia de sol em Goiânia

Dia de sol em Goiânia



BRASILIA

– Agosto de 2010

Catedral de Brasília - DF

Catedral de Brasília - DF



BELO HORIZONTE

– Agosto de 2010

A Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte - MG

A Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte - MG



CURITIBA

– Setembro de 2010

O famoso 'Olho', no museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR

O famoso "Olho", no museu Oscar Niemeyer, em Curitiba - PR



RIO DE JANEIRO

– Setembro de 2010

Tradicional foto com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - RJ

Tradicional foto com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - RJ



VITORIA

– Outubro de 2010

O Palácio Anchieta, sede do governo, em Vitória - ES

O Palácio Anchieta, sede do governo, em Vitória - ES



SALVADOR

– Novembro de 2010

O Elevador Lacerda em Salvador - BA

O Elevador Lacerda em Salvador - BA



RECIFE

– Dezembro de 2010

Decoração natalina da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE

Decoração natalina da cidade vista durante passeio de catamarã no rio Capibaribe, em Recife - PE



MACEIO

– Dezembro de 2010

Jangadas em Maceió - AL

Jangadas em Maceió - AL



ARACAJU

– Dezembro de 2010

Palácio do governo em Aracaju - SE

Palácio do governo em Aracaju - SE



JOÃO PESSOA

– Janeiro de 2011

Estação Cabo Branco, espaço cultural em João Pessoa - PB

Estação Cabo Branco, espaço cultural em João Pessoa - PB



NATAL

– Janeiro de 2011

O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN

O Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal - RN



FORTALEZA

– Janeiro de 2011

Restaurantes no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE

Restaurantes no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE



TERESINA

– Fevereiro de 2011

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI

Monumento no encontro dos rios, em Teresina - PI



SÃO LUIS

– Fevereiro de 2011

Rua com sobrados restaurados no centro histórico de São Luís - MA

Rua com sobrados restaurados no centro histórico de São Luís - MA



BELÉM

– Fevereiro de 2011

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA

Região do Mercado Ver-o-Peso, em Belém - PA



MACAPA

– Março de 2011

Bem encima da linha do Equador (em Macapá - AP)

Bem encima da linha do Equador (em Macapá - AP)



BOA VISTA

– Abril de 2011

Belo 'arco retangular', em Boa Vista - RR

Belo "arco retangular", em Boa Vista - RR



MANAUS

– Abril de 2011

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado

O famoso Teatro Amazonas. Estamos mesmo de volta a Manaus, a capital do estado



PALMAS

– Maio de 2011

Palácio Araguaia, sede do governo de Tocantins, em Palmas - TO

Palácio Araguaia, sede do governo de Tocantins, em Palmas - TO



PORTO VELHO

– Julho de 2013

A praça das caixas d'água, uma das atrações turísticas em Porto Velho, capital de Rondônia

A praça das caixas d'água, uma das atrações turísticas em Porto Velho, capital de Rondônia



RIO BRANCO

– Julho de 2013

O simpático passeio em frente ao rio, em Rio Branco, no Acre

O simpático passeio em frente ao rio, em Rio Branco, no Acre



CUIABA

– Agosto de 2013

Catedral de Cuiabá, capital do Mato Grosso

Catedral de Cuiabá, capital do Mato Grosso



CAMPO GRANDE

– Setembro de 2013

Caminhando na Av. Afonso Pena, a principal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul

Caminhando na Av. Afonso Pena, a principal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul



PORTO ALEGRE

– Fevereiro de 2014

1000dias na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul

1000dias na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul

Brasil, Santa Catarina, Florianópolis, cidade

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Daniel Boone, Asheville e os Moicanos

Estados Unidos, North Carolina, Asheville

A bela igreja metodista de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

A bela igreja metodista de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


Saímos do Mammoth Cave National Park, no Kentucky, em direção à Carolina do Norte. Queríamos chegar até uma estrada chamada Blue Ridge Parkway, a mais conhecida estrada cênica do país. É um caminho que percorre boa parte dos Apalaches, a cadeia de montanhas paralela à costa do Atlântico e que serviu, durante mais de um século, como uma barreira natural à colonização branca do interior do continente.

A pomposa arquitetura do centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

A pomposa arquitetura do centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


Tanto lemos e ouvimos falar dessa estrada e de suas belezas que foi por ela que decidimos subir a costa leste dos Estados Unidos. Certamente, não é o caminho mais rápido, pois a estrada é estreita e cheia de curvas. Mas a ideia ali não é a da velocidade, mas exatamente a de ter tempo de admirar uma das regiões mais belas do país, montanhosa, cheia de florestas e vales, repleta de parques e pequenas cidades charmosas.

Caminhando pelo centro histórico de  Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

Caminhando pelo centro histórico de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


Certamente vou falar muito da estrada e de sua história nos próximos posts, pois vamos passar uns cinco dias percorrendo e explorando a região, entre os estados da Carolina do Norte e da Virginia. E já começamos isso ontem, viajando até a cidade de Asheville, a mais conhecida cidade na rota.

A bela igreja metodista de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

A bela igreja metodista de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


No caminho, entre vales e montanhas cobertas por florestas, passamos pelo território inicialmente desbravado por um certo Daniel Boone. Os mais velhos certamente se lembrarão de um enlatado americano que passava nas nossas TVs na década de 70, contando as histórias e lendas dessa personagem que realmente existiu. Com seu chapéu de pele de castor e sua machadinha, Boone criou fama de desbravador, numa época em que todo o território a oeste dos Apalaches era território indígena. Abriu rotas, fundou cidades e, enfim, encarnou o espírito americano da conquista do oeste, numa época (final do século XVIII) em que “oeste” ainda significava Kentucky e Tennessee, e não Texas ou Arizona.


Clip de abertura do seriado "Daniel Boone"

Eu era pequeno na época dessa série de TV, mas nunca me esqueci da música e da abertura de cada episódio. Graças ao YouTube, pude dar boas risadas revendo isso, depois de me emocionar na estrada vendo placas e sinais de onde teria passado e vivido Daniel Boone. Mas me lembro muito bem de um outro filme, que ainda hoje me emociona, principalmente na sua antológica cena final: “O Último dos Moicanos”. Pois é, tanto o filme como a história se passam por aqui, nos Apalaches. É a mesma época de Daniel Boone, e a linda fotografia do filme até lhe valeu um Oscar. Boa parte filmada nas cercanias de Asheville, a cidade onde chegamos ontem e passamos o dia de hoje.


A emocionante cena final do filme "O Último dos Moicanos", filmado nos Apalaches

Descubro agora que, assim como Boone, os moicanos também existiram. Mas, ao contrário do que afirma o livro e o filme, eles nunca foram extintos. Ao contrário, estão aí até hoje, embora tenham sido deslocados mais para oeste. Aliados dos americanos em suas guerras contra os franceses, ainda na época de colônia, e também contra os ingleses, na guerra de independência, acabaram se dando mal, traídos pelos “amigos”. Mas, felizmente, não chegaram a desaparecer...

A catedral católica de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

A catedral católica de Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


Com moicanos e Boone na cabeça, passamos o dia de hoje explorando a simpática Asheville, cidade que figura em vários rankings de melhores lugares para se viver nos Estados Unidos. Para quem gosta de música, boa comida e linda arquitetura, isso é certamente verdade!

Deliciosa e apimentada comida mexicana requintada, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

Deliciosa e apimentada comida mexicana requintada, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


Driblando a chuva que teimava em cair, caminhamos por suas ruas, admiramos o prédio neoclássico da prefeitura e as pomposas edificações das igrejas católica e metodista. Esbaldamo-nos num restaurante de cozinha mexicana refinada e depois, uma suculenta sobremesa em casa especializada.

Uma das milhares de cervejas artesanais americanas, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos

Uma das milhares de cervejas artesanais americanas, em Asheville, na Carolina do Norte, Estados Unidos


De noite, entre diversos pubs com boa música, escolhemos um em que havia uma jam session. Pessoas se alternavam no palco, sem nenhum tipo de ensaio, muitas vezes sem se conhecer, formando bandas ou grupos de até sete pessoas. A música, típica da região, era o folk, músicos fazendo milagres com seu violinos, guitarras, baixos e outros instrumentos de corda. Um espetáculo! Enfim, depois desse dia gostoso por aqui, estamos prontos para pegar a estrada amanhã. E que estrada!

Balada com jam session com muita música Folk, em Asheville, na Carolina do Norte - EUA

Balada com jam session com muita música Folk, em Asheville, na Carolina do Norte - EUA

Estados Unidos, North Carolina, Asheville, Apalaches, Blue Ridge Parkway

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Valle Los Exploradores e Laguna San Rafael

Chile, Valle Los Exploradores

O belíssimo Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O belíssimo Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


No final do séc. XIX, quando se iniciava a colonização da região de Aysén, no sul do Chile, vários exploradores percorriam aquelas terras quase virgens em busca de áreas próprias ao plantio, criação de animais, exploração de madeira, etc... Outra coisa que se buscava era a melhor passagem desde terras argentinas até o Oceano Pacífico, o que facilitaria muito o comércio na região. Numa terra sem estradas, o melhor caminho para escoar produtos sempre é o mar. O problema é que os Andes, a mais longa cordilheira do mundo, com montanhas altíssimas, percorre toda a região fronteiriça dos dois países. É muito normal encontramos postos fronteiriços entre as duas nações a mais de 2 mil metros de altitude. Podem ser belos, mas não são muito práticos quando se quer levar um carregamento de madeira ou uma tropa de animais de um lado a outro. Ainda mais no século XIX.

O Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Essa passagem ideal foi encontrada, afinal, por aqueles pioneiros. O lago Buenos Aires/General Carrera, a pouco mais de 200 metros de altitude, é uma ligação perfeita entre os países. Faltava, então, o caminho entre a costa ocidental do lago e o Oceano Pacífico. Foi quando descobriram o vale que seria batizado de Los Exploradores, em homenagem aos pioneiros na busca desses caminhos. Começando em Puerto Rio Tranquilo, o vale se eleva não mais do que duas centenas de metros para depois descer em direção aos fiordes da costa chilena. Sem dúvida, muito mais fácil do que ter de subir milhares de metros até as passagens mais tradicionais pela cordilheira andina.

A rústica estrada que nos leva através das belas paisagens do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

A rústica estrada que nos leva através das belas paisagens do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Dirigindo no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Dirigindo no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Um século mais tarde, finalmente, resolveram implementar uma estrada por onde já passavam esses caminhos centenários. E foi exatamente por aí que seguimos ontem, após o passeio às Capillas de Marmol, em Puerto Rio Tranquilo. Deixamos a Carretera Austral para trás e resolvemos explorar um de seus mais recentes e belos ramais, uma rústica estrada de 70 km que corre sempre no fundo de um vale cercado por enormes geleiras e paredões de pedra por onde escorrem cachoeiras geladas. Um visual de perder o fôlego, a cada curva, a cada lombada que vencemos.

A paisagem grandiosa do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

A paisagem grandiosa do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


A rústica estrada que nos leva através das belas paisagens do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

A rústica estrada que nos leva através das belas paisagens do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Além de facilitar a vida dos poucos moradores do vale, o intuito da nova estrada é fomentar o turismo na região e facilitar bastante o acesso a uma das maiores atrações turísticas do país, a Laguna de San Rafael. Apesar de ser chamada de “laguna”, na verdade ela é apenas a extremidade de um intrincado sistema de fiordes e está, portanto, ligada diretamente ao mar, embora seja um longo caminho até lá. É exatamente por esse longo caminho através de estreitos canais que cruzeiros começaram a trazer centenas de turistas a partir da década de 80 para observar essa verdadeira maravilha natural. Uma gigantesca geleira, talvez a mais bela do país, deságua e alimenta a Laguna de San Rafael com paredes de gelo que superam os 100 metros de altura. Os cruzeiros ficam mais distantes, mas os turistas são levados em botes infláveis até bem perto desse monstro de gelo.

Mais uma das cachoeiras presentes no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Mais uma das cachoeiras presentes no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Uma das cachoeiras mais belas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Uma das cachoeiras mais belas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Esse passeio virou moda entre os bacanas brasileiros e de outras nacionalidades na década de 80. Viagens em barcos luxuosos que partem de Puerto Montt, duram quase uma semana entre ida e volta e servem até uísque com gelo azul milenar e puríssimo das geleiras. Muito interessante, mas só para carteiras mais rechonchudas. Então, essa foi a ideia da nova estrada: dar acesso a um pequeno porto bem mais próximo da Laguna San Rafael de onde barcos rápidos partem para a geleira e voltam rapidamente. Agora, em tours organizados em Puerto Rio Tranquilo, é possível ir até a Laguna e voltar no mesmo dia e de forma bem mais econômica. A única dificuldade extra é que a estrada não está completa ainda. Falta uma ponte sobre um rio mais caudaloso apenas 10 km antes de se chegar ao fiorde. A estrada do lado de lá também está pronta. Então, o que as agências fizeram é manter uma van do lado de lá. Os turistas são levados até o rio sem ponte, atravessam num barco e pegam a van que os leva até o fiorde. Fazem o passeio até a geleira monumental e percorrem todo o caminho de volta.

Nosso caminho contornando o Campo de Gelo Norte, passando por Tortel, Cochrane e saindo da Carretera Austral em P. Rio Tranquilo para entrar no Valle Los Exploradores. Esse vale, junto com o lago B. Aires, liga a Argentina ao Pacífico sem ter de cruzar as

Nosso caminho contornando o Campo de Gelo Norte, passando por Tortel, Cochrane e saindo da Carretera Austral em P. Rio Tranquilo para entrar no Valle Los Exploradores. Esse vale, junto com o lago B. Aires, liga a Argentina ao Pacífico sem ter de cruzar as


Só falta uma ponte para ser possível chegar de forma muito mais barata à famosa laguna San Rafael sem depender dos caros cruzeiros que partem de Puerto Montt, ao norte. Antes disso, temos de nos contentar com o Glaciar Exploradores

Só falta uma ponte para ser possível chegar de forma muito mais barata à famosa laguna San Rafael sem depender dos caros cruzeiros que partem de Puerto Montt, ao norte. Antes disso, temos de nos contentar com o Glaciar Exploradores


Nós, depois de todas as geleiras que já vimos nesses 1000dias, desde aquelas do hemisfério norte até as da Antártida, sem esquecer das mais recentes, na Argentina, como a famosa Perito Moreno, não quisemos investir no passeio. Preferimos ir com a própria Fiona conhecer todo o vale, seus lagos e geleiras e encontrar um lugar para dormir ali mesmo. Quem sabe, se aparecesse alguma chance, tentaríamos nos encaixar em algum tour até a Laguna. E assim, já quase oito da noite (que aqui ainda é bem claro!), nos embrenhamos na estrada que atravessa o Valle Los Exploradores.

Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Montanhas e geleiras cercam e delimitam o Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Outros viajantes haviam nos recomendado a única pousada do vale, pertencente a um alemão meio “esquisito”, mas muito interessante. Fica um pouco antes da grande atração dessa estrada, o glaciar Exploradores, no quilômetro 50. Esse glaciar, assim como o glaciar San Rafael e tantos outros, nasce no Campo de Gelo Norte. Mas o Exploradores corre para o norte do Campo de Gelo, justamente onde passa a estrada, enquanto que o San Rafael corre para oeste, onde estão os fiordes e a laguna.

Uma geleira em forma de cachoeira, no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Uma geleira em forma de cachoeira, no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Uma geleira em forma de cachoeira, com mais de 200 metros de altura, no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Uma geleira em forma de cachoeira, com mais de 200 metros de altura, no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


O Campo de Gelo Norte não é tão extenso como o Campo de Gelo Sul, ao redor do qual viajamos bastante nesse último mês, para cidades como Villa O’Higgins, aqui no Chile, ou El Chaltén e El Calafate, na Argentina. Diferentemente de seu irmão maior, o Campo de Gelo Norte está inteiramente em terras chilenas e nele se localiza a montanha mais alta de toda a patagônia chilena, o San Valentin, com pouco mais de 4 mil metros de altitude. Pois bem, no dia de ontem, nós praticamente contornamos esse enorme banco de gelo pelo seu lado oriental, desde Caleta Tortel até Puerto rio Tranquilo e depois, nos embrenhando no Valle Los Exploradores, ao norte. Como ele fica atrás das montanhas mais altas, tudo o que vemos dessa enorme massa de gelo são as geleiras que escorrem montanha abaixo, aqui e ali.

Nossas acomodações no Campo Alacaluf, hostel de um alemão no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Nossas acomodações no Campo Alacaluf, hostel de um alemão no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Fazendo experimentação de geleias no Campo Alacaluf, o hostel de um alemão no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Fazendo experimentação de geleias no Campo Alacaluf, o hostel de um alemão no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Aliás, foi o que mais vimos ao percorrer ontem de noite o Valle Los Exploradores: geleiras penduradas em montanhas. Uma delas mais parecia uma enorme cachoeira, espremida numa fresta de rocha mais estreita, mas com cerca de 200 metros de altura. Incrível! Final da tarde, a luz já escasseando, não estava fácil fotografar, mas as imagens devidamente gravadas na nossa memória eram mesmo alucinantes.

Caminho através de um bosque no Valle Los Exploradores que nos leva ao mirante da geleira que dá nome à região, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Caminho através de um bosque no Valle Los Exploradores que nos leva ao mirante da geleira que dá nome à região, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Caminho através de um bosque no Valle Los Exploradores que nos leva ao mirante da geleira que dá nome à região, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Caminho através de um bosque no Valle Los Exploradores que nos leva ao mirante da geleira que dá nome à região, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Além de fotografar, nossa preocupação no fim do dia de ontem era encontrar lugar na pousada do alemão louco. Nosso plano B era pedir para armar a barraca por lá, pois voltar a Puerto Rio Tranquilo nem passava pela nossa cabeça. Quando finalmente chegamos, ele nos recebeu calorosamente, mas realmente suas vagas convencionais estavam esgotadas. Mas ele tinha sim, lá nos fundos, um quarto com camas para nós. Não estavam arrumadas, mas nossos sacos de dormir dariam conta do recado. Ufa!!! Nada como uma cama e um colchão num quarto fechado em uma noite fria!

Mirante do glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Mirante do glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Mirante do glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Mirante do glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Além do quarto, ainda conseguimos deliciosas refeições quentinhas e, no dia seguinte, um café da manhã com muito pão preto e vários e vários tipos de geleia, tudo feito ali mesmo. O alemão era exatamente como haviam nos descrito, uma pessoa com um parafuso a menos, mas muito interessante. Principalmente quando ele vai com a sua cara, como foi no nosso caso. Conversamos muito com ele sobre o vale, as dificuldades do dia a dia, do presente e do passado. A estrada realmente melhorou bastante a vida deles por aqui. Além dele, conversamos muito com outros hóspedes, um casal de americanos que adora viajar por essas bandas, o lugar do mundo preferido deles.

O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


O alemão também nos tirou a esperança de nos encaixarmos em algum tour para a Laguna San Rafael. Eles são muito concorridos e devem ser reservados com semanas de antecedência. Teríamos mesmo de nos contentar com o glaciar Exploradores. E quem sabe, com muita sorte, avistar algum puma na região durante nosso passeio. Ele mesmo já viu vários e seus cachorros são um dos pratos preferidos desses felinos. Na hora de dormir, melhor botá-los para dentro de casa!

O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Visita ao glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Visita ao glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Então, hoje cedo, depois do café da manhã delicioso, avançamos mais alguns quilômetros até o estacionamento onde a Fiona fica nos esperando enquanto atravessamos um bosque e subimos uma encosta para chegar ao mirante da geleira Exploradores. São uns 40 minutos de caminhada e lá chegando, temos uma visão ampla do enorme rio de gelo descendo a montanha diretamente do Campo de Gelo Norte e trazendo consigo toda sorte de detritos. É uma visão grandiosa, tanto para o lado do glaciar como para trás, um vale preenchido por um lindo lago. Para completar, sobre nós um casal de pássaros esbanja liberdade naquele cenário maravilhoso. Ficamos sem os pumas, mas o voo desses pássaros foi mesmo sensacional!

Casal de pássaraos voa entre as montanhas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Casal de pássaraos voa entre as montanhas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Casal de pássaraos voa entre as montanhas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Casal de pássaraos voa entre as montanhas do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


O ponto triste é perceber, a olhos vistos, como também aquela geleira vem recuando recentemente. A prova são as morenas deixadas para trás, os enormes montes de pedra e rocha entulhados e deixados ali pelo gelo que retrocede. No curto espaço de tempo da memória de um guia jovem que conhece aquele lugar a menos de duas décadas, o gelo retrocedeu quase dois quilômetros. Na verdade, o próprio morro que subimos e onde está o mirante é uma morena gigante mais antiga. Imaginar que o rio de gelo já teve força para criar uma morena daquela altura nos dá bem a medida do tamanho que a geleira já foi. Na verdade, há alguns milhares de anos, o próprio Valle Los Exploradores era todo uma geleira única. Foi a força do gelo que criou aquele caminho entre as montanhas descoberto pelos pioneiros um pouco mais de um século atrás.

Uma antiga e enorme morena deixada para trás pelo glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Uma antiga e enorme morena deixada para trás pelo glaciar Los Exploradores, no vale de mesmo nome, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


O belíssimo Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

O belíssimo Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Nós descemos de volta pela trilha até a Fiona e resolvemos seguir adiante na estrada. Mais cachoeiras e mais geleiras, para onde quer que olhássemos. Ou então, belos lagos encaixados no vale, com direito a praia, mas sem mergulho. Imagina só a temperatura das águas por ali... Nossa ideia era chegar até o rio sem ponte, mas pouco antes de chegar lá, já sem esperanças de nos encaixar em algum tour, achamos melhor voltar para o longo caminho que ainda nos esperava, primeiro até Puerto Rio Tranquilo e depois, já na Carretera Austral, para o norte, até Coyhaique.

Mais uma cachoeira nas enormes paredes do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Mais uma cachoeira nas enormes paredes do Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Um enorme e verde lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

Um enorme e verde lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Agora, com mais luz, reencontramos as cachoeiras e geleiras conhecidas. Um cenário cheio de vida e que também nos enche de vida. Sem dúvida um dos mais belos trechos de estrada da patagônia chilena. A única tristeza foi partir sem conhecermos a famosa Laguna San Rafael. Tentava me convencer que já conhecemos geleiras o suficiente e que ela seria apenas mais uma. Certamente o impacto em chegar na Laguna é bem maior para aqueles que nunca viram um rio de gelo antes, mas, confesso, é impossível não ficar boquiaberto quando chegamos perto das enormes paredes de gelo que se desfazem na água. Mesmo tendo visto tão de perto geleiras bem maiores na Antártida, San Rafael vai ser mesmo um buraco na nossa experiência por aqui, um bom motivo para, um dia voltarmos.

A Fiona nos leva até um pequena praia em um lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

A Fiona nos leva até um pequena praia em um lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


A Ana numa pequena praia em um lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile

A Ana numa pequena praia em um lago no Valle Los Exploradores, perto da Carretera Austral, região de Puerto Rio Tranquilo, no sul do Chile


Deixo abaixo dois vídeos do YouTube que mostram um pouco desse lugar maravilhoso. Se a experiência de estar lá já é inesquecível, no caso desses vídeos ela se multiplica ainda mais. Nos dois casos, os turistas tiveram a sorte (???) de presenciar enormes desmoronamentos de gelo que chegam a produzir mini-tsunamis. Os dois vídeos mostram também como os turistas se aproximam da face da geleira, em botes infláveis motorizados, os zodiacs. Aliás, se não estivessem em zodiacs, certamente teriam morrido, pois não teriam tido tempo de escapar. O segundo vídeo, mais longo e até musicado, mostra também os barcos maiores de onde partem os zodiacs. Eles ficam mais afastados da geleira, em um local mais seguro. O primeiro vídeo, infelizmente, não pode ser incorporado e passo apenas o link. Vale muito a pena ser visto, dá um frio na barriga! Enjoy it!

Primeiro vídeo: http://youtu.be/IaI-Ni6awS0

Segundo Vídeo

Chile, Valle Los Exploradores, cachoeira, Carretera Austral, Estrada, geleira, Lago, Laguna San Rafael, Patagônia

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Página 215 de 161
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet