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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Admirando a grandiosa paisagem do Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Depois da nossa visita à colossal ponte de pedra de Natural Bridge, seguimos no nosso rumo norte. Mas abandonamos a Blue Ridge Parkway para seguir por uma autoestrada paralela, infinitamente mais rápida. Só por umas poucas dezenas de quilômetros. Em breve reencontramos a famosa estrada cênica, justamente no ponto em que ela termina, na entrada do Parque Nacional de Shenandoah. Na verdade, ela acaba apenas no nome, pois o caminho segue sobre os Apalaches, agora batizado de Skyline Drive. Foi por ele que entramos nesse belíssimo Parque Nacional criado para proteger esse setor da cordilheira dos Apalaches.
A bela paisagem dos Apalaches no Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos
Na entrada do parque recebemos um mapa da região, mostrando as principais atrações e infraestrutura de Shenandoah. Os guarda-parques sempre nos tratam muito bem, principalmente quando veem nosso passe anual de parques nacionais, uma das melhores compras que fizemos nessa viagem. O guarda também me explicou onde encontrar hotéis, já que queríamos dormir o mais perto do parque, para poder aproveitar o dia seguinte também.
O belo cenário dos Apalaches no Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos
A própria estrada já é uma das atrações do parque, cheia de mirantes o tempo todo, nos oferecendo vistas dos dois lados da cordilheira, sempre aquela miríade de vales e montanhas verdejantes. Quase toda a vegetação é mata secundária, a natureza se recuperando depois da destruição causada nos séculos XIX e início do XX.
Caminhando na "Apalachian Trail" no Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos. A trilha, com centenas de milhas, cruza toda a cordilheira dos Apalaches
Em um dos mirantes, um simpático americano veio conversar conosco, atraído pela Fiona. Afinal, ele trabalhava com revenda de Toyotas e nunca tinha visto um carro como o nosso. Aproveitamos para perguntar sobre o parque e ele nos indicou uma pequena trilha ali perto, para subir no alto das Black Rocks. Além da bela vista, a curiosidade desse monte de pedras quase todo tomado por fungos e líquens que lhe dão essa cor escura.
No alto das Black Rocks, no Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos
Para lá seguimos, aproveitando para caminhar num pequeno trecho de uma das maiores trilhas dos Estados Unidos, a Apalachian Trail, que atravessa toda a cordilheira, de norte a sul, num percurso de centenas de milhas. Até deu aquela pontadinha de vontade de seguir adiante na trilha. Mas, para completá-la, são precisos meses e não horas... Uma viagem só para isso e não para ver todos os países do continente.
Fungos cobrem as "Black Rocks", no Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos
Chegamos no amontoado de pedras escuras, uma verdadeiro jardim negro de líquens. Do alto, uma magnífica vista para as montanhas que nos cercavam por todos os lados. Na volta para o carro, depois de todo o verde das florestas, o azul do céu e o negro das dark rocks, foi a vez do colorido das flores. Agora, em plena primavera, os Apalaches são um verdadeiro jardim, um paraíso para quem gosta dos “órgãos reprodutores das plantas”. Tem de todas as formas, cores e tamanhos. Um espetáculo da natureza.
Muitas flores na primavera do Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos, região dos Apalaches
Muitas flores na primavera do Shennandoah National Park, na Virginia, Estados Unidos, região dos Apalaches
O dia estava terminando e nós seguimos em frente. Pelo avançado da hora, até desistimos de descer algumas centenas de metros num caminho que nos levaria até uma cachoeira. O problema seria ter de subir essas mesmas centenas de metros já no escuro. Ao invés disso, seguimos lentamente de carro, tomando cuidado para não atropelar os diversos veados que vivem soltos por ali, quase não temem humanos e muito menos estradas.
É comum encontrar veados no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Restaurante com uma belíssima vista no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Chegamos em tempo a um restaurante construído estrategicamente no alto da cordilheira, parede com janelas grandes voltadas para o oeste, lugar ideal para uma refeição com direito à vista. Especialmente na hora do pôr-do-sol! A gente não sabe se come ou se fica de boca aberta admirando o espetáculo.
Pôr-do-sol no Shennandoah National Park, na Virginia - Estados Unidos
Agora, já no escuro, pegamos uma pequena estrada perpendicular à Skyline para sair do parque em direção à pequena cidade de Sperryville. Era a nossa melhor opção para um hotel menos caro. Dito e feito! Achamos um bed&breakfast bem simpático, de uma senhora muito amável, ex-hippe mochileira e amante das viagens. A empatia foi tão grande que decidimos fazer daí a nossa casa por duas noites!
Nossa Guest House em Sperryville, perto do Shennandoah National Park, na Virginia - Estados Unidos
Nosso quarto na acolhedora pousada de Sperryville, perto do Shennandoah National Park, na Virginia - Estados Unidos
Isso porque ainda queríamos voltar ao parque hoje, para fazer a mais famosa e desafiadora caminhada de Shenandoah, a subida de Rag Mountain. Mas, infelizmente, o dia amanheceu chovendo hoje. Chuva e neblina nas montanhas. Que beleza!
Trilha no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Esperamos, esperamos, esperamos e foi ficando cada vez mais tarde para iniciar uma caminhada em que a propaganda diz ser necessário 8 horas para fazer o circuito. Pois é, perto das 11 horas, com a chuva já bem fininha, decidimos que eu iria e a Ana ficaria. Tinha conseguido um programa bem mais interessante: uma sessão de massagem com a Elizabeth, a dona do B&B e terapeuta holística e corporal de mão cheia. Enfim, tudo o que a Ana procurava fazia tempo!
Trilha para subir a Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Quanto à mim, parti mesmo para o programa de índio. Programa de índio no melhor sentido da expressão, afinal, estava saindo para caminhar no mato e com chuva, Sempre entendi a expressão como um elogio, hehehe!
Muitas flores entre nuvens no topo de pedra da Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
O mapa da Elizabeth me levou direitinho até o início da trilha. Ali, dois mochileiros que já conheciam o caminho me disseram que, fazendo acelerado, era bem possível fazer todo o caminho em 4 horas. Ótimo, pois já era quase uma da tarde! E assim saí apressado montanha acima, numa trilha muito bem feita no meio da floresta, ziguezagueando gentilmente para o alto.
Muita neblina no caminho para a Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Pouco menos de uma hora depois, finalmente deixei a mata para trás e cheguei à parte de pedras. O manto negro da neblina cobria quase tudo e eu não tinha a menor noção da distância até o cume verdadeiro. Na verdade, com a visão restringida a uns 20 metros, acho que devo ter passado nuns 20 “cumes”, hehehe! Mas sempre havia um mais alto um pouco adiante.
Marcas azuis nos guiam no labirinto entre pedras no caminho para a Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
O caminho era um verdadeiro labirinto entre as pedras, por baixo delaa e, às vezes, por cima delas. Se eu tivesse de desbravá-lo, naquelas condições de nebulosidade, certamente demoraria um dia para achar o caminho correto. No meio daquele branco todo, as pedras bem parecidas, não dá para saber que direção seguir. Mas, felizmente, sitas azuis pintadas nas pedras me levavam elegantemente pelo emaranhado de pedras. Cada sinal azul avistado lá na frente se tornava um novo objetivo a ser alcançado, além de atiçar a curiosidade em descobrir o que haveria mais adiante.
Passagem estreita no caminho para a Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
E assim fui, escalaminhando atrás das setas azuis até chegar no cume verdadeiro. A falta de uma visão ampla da paisagem foi mais do que recompensada pelo prazer da caminhada e do desafio conquistado. O silêncio e a solidão lá de cima também eram maravilhosos, dignos de momentos de contemplação. E de refeição também, devorando meu sanduíche e frutas carregadas até lá.
No alto da Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
A descida foi par o outro lado, para completar o circuito circular. Para baixo, todo santo ajuda. Principalmente para aquele lado, que não tinha trecho de escalaminhada. Passei por dois refúgios simpáticos no meio da mata e cheguei à estrada de incêndio. Por ela, pude fazer uma deliciosa corrida de poucos quilômetros, sempre morro abaixo e no meio daquela floresta encantada e inspiradora, até o estacionamento onde iniciei a trilha. Tempo total: 03h:45min, com direito à lanche e paradas para fotos. A trilha perfeita!
Refúgio na trilha da Old Rag Mountain, no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Estrada de incêndio no Shennandoah National Park, na Virginia, nos Estados Unidos
Não pude deixar de registrar, ainda no meio da mata onde encontrei a estrada de incêndio, a placa informativa sobre as belezas do parque. Entre as informações, a lei nacional criada na década de 60 para proteger as áreas de belezas naturais do país. É de tirar o chapéu como esses americanos sabem cuidar do que é seu. Parques muito bem cuidados, trilhas que permitem acesso à todos os lugares e leis muito bem escritas que procuram proteger esse patrimônio natural mundial para as gerações vindouras. Parabéns!
A lei que protege o meio ambiente nos Estados Unidos (placa no Shennandoah National Park, na Virginia)
Oi, Rodrigo. Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia
Resposta:
Obrigado Boia
Abs
Olha, acompanho vcs pelo facebook e leio os "1000 dias" sempre que o tempo me permite. Amo viajar e me delicio com as postagens de vcs. Parabéns! Estive recentemente em Roma e também fiquei num "bed&breakfast" muito simpático e fomos recebidos por uma senhora muito hospitaleira. A descrição do Rodrigo me remetou logo a este episódio recente. Gente boa tem em qualquer lugar, né? Certamenteo diário desta viagem vai render um livro e estou ansioso para lê-lo. Felicidades!
Resposta:
Olá Nelson
Concordamos inteiramente. Achamos gente hospitaleira e interessante em todos os lugares. Estar de mente e coração abertos ajuda bastante a encontrar essas pessoas!
O livro é um sonho também. Projeto para depois da viagem. Histórias não vão faltar...
Abs
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