0 Blog do Rodrigo - 1000 dias

Blog do Rodrigo - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

Arquitetura Bichos cachoeira Caverna cidade Estrada história Lago Mergulho Montanha Parque Patagônia Praia trilha vulcão

paises

Alaska Anguila Antártida Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Falkland Galápagos Geórgia Do Sul Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Islândia Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Uruguai Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Geórgia Do Sul Há 2 anos: Geórgia Do Sul

Praia do Presente

Brasil, Ceará, Fortaleza

Movimento na barraca Crocobeach, na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE

Movimento na barraca Crocobeach, na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE


Hoje o sol voltou a sorrir nos céus da cidade. É a velha Fortaleza que todos conhecemos e amamos! Aproveitamos para ir passar algumas horas agradáveis na Praia do Futuro, a mais badalada da capital cearense.

Fim de tarde na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE

Fim de tarde na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE


Ela tem esse nome engraçado... Praia do Futuro. Lembro-me da minha primeira vez em Fortaleza, há quase 20 anos. A Praia do Futuro fazia jus ao nome. Começava a ser ocupada e a promessa era de uma ocupação inteligente, grandes barracas, boa infraestrutura. Na época, estava só começando, tudo era promessa. Prometiam uma praia do futuro.

Piscina da barraca Crocobeach, na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE

Piscina da barraca Crocobeach, na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE


Pois é, 20 anos depois, a realidade superou as promessas. As barracas e infra da praia impressionam! São verdadeiros clubes à beira-mar, com acesso gratuito. Até piscina elas tem. E, claro, chuveiros, vestiários, cadeiras, cofres, muita comida, música ao vivo, espaço para shows, etc...

Cuidando da beleza na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE

Cuidando da beleza na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE


Nós ficamos na mais equipada de todas, a Crocobeach. A Ana aproveitou muito bem o espaço para massagem que eles tem. Ótimo preço, considerando tudo o que ela fez. De certo, no post dela, vai contar os detalhes...

Voando na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE

Voando na Praia do Futuro, em Fortaleza - CE


Enfim, a Praia do Futuro hoje é uma realidade. As barracas fazem inveja à todas as praias do Brasil. Não é mais uma praia do futuro. É do presente mesmo!

Restaurantes no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE

Restaurantes no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE


De noite, fomos a outro orgulho da cidade: o espaço cultural Dragão do Mar. Homenagem àquele canoense que se mudou para Fortaleza em fins do séc XIX e foi um dos líderes na luta abolicionista no estado. No espaço, um pedaço renovado do centro antigo, caminha-se por passarelas por entre museus, livrarias, galerias e restaurantes. Muito jóia mesmo! É novo, pois não existia da última vez que estive aqui, há 11 anos. Andando por lá, mais uma vez percebi o quanto a cidade cresceu, no bom sentido. Jantamos no café Santa Clara, que bem poderia ser em São paulo ou Nova York. Fortaleza chique!

Uma das passarelas do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE

Uma das passarelas do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE


Depois desses dias por aqui, dirigindo em suas ruas, indo no Soho e neste café, na Praia do Futuro e no Beach Park, confesso que mudei a imagem que tinha da cidade. Para muito melhor!

O movimentado Café Santa Clara, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE

O movimentado Café Santa Clara, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza - CE

Brasil, Ceará, Fortaleza, Praia do Futuro

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

De Santo André à Ilhéus

Brasil, Bahia, Santo André, Ilhéus

Pousada Jacumã, em Santo André - BA

Pousada Jacumã, em Santo André - BA


Poucas situações nos fazem sentir mais saudáveis que comer um café da manhã baseado em frutas, em frente ao oceano, depois de já ter tomado banho de mar e se refrescado num chuveiro de água doce. Foi o que fizemos hoje, muito bem instalados na charmosa Pousada Jacumã, em Santo André.

Voltando do banho de mar para o café da manhã, em Santo André - BA

Voltando do banho de mar para o café da manhã, em Santo André - BA


O tempo variava entre o mormaço e o nublado e a gente ligou para as amigas cariocas, ainda em Ajuda, e pilhamos elas para que viessem nos encontrar novamente. Nosso plano era seguir viagem até Ilhéus, cerca de 250 km ao norte, mas resolvemos esperá-las na pousada, para uma derradeira despedida acompanhada de uma derradeira caipirinha. Elas vieram e foi ótimo revê-las mais uma vez. A próxima, quando e onde será?

Mais uma despedida da Ana, Gracie e Luciana, dsta vez em Santo André - BA

Mais uma despedida da Ana, Gracie e Luciana, dsta vez em Santo André - BA


Acabamos partindo perto das duas da tarde, tristes por não ficar mais alguns dias. Santo André é uma pacata vila de ruas de terra, pousadas e ateliês charmosos, espremida entre o rio e o mar. Fora os meses de janeiro e fevereiro, a vila é bem tranquila, muito mais calma que Trancoso e Ajuda. O rio é largo, com um rico mangue à sua volta. É possível fazer passeios de escuna ou chalana rio acima, mas a disputa será grande com os animados pacoteiros que vêm diariamente de Porto Seguro, para também fazer o passeio. Para quem gosta, alguns desses barcos tem até animadores de festa, que não deixam o pique cair, mesmo com o céu desabando como estava quando viemos ontem de balsa e cruzamos com uma chalana.

Mangue em Santo André - BA

Mangue em Santo André - BA


Uma estrada de terra cruzando gigantescas plantações de eucalipto e também a enorme fábrica da Veracel nos levou até a BR-101 e de lá para Itabuna e Ilhéus, onde chegamos já no escuro. Aqui, viemos nos instalar bem na praça da catedral e do bar Vesúvio, famoso por ser o cenário da paixão de Gabriela e do Turco Nacib no romance de Jorge Amado. E foi lá que jantamos. Infelizmente, a Sonia Braga dos anos 70 não apareceu...

Rua em Santo André - BA

Rua em Santo André - BA


Amanhã, finalmente, a Ana vai conseguir ir a um médico para examinar o ouvido. Ele parou de doer, mas continua entupido. Depois, seguimos para Itacaré. Ainda tem muito litoral pela frente...

Pequeno buraco na estrada entre Santo André e a BR-101 - BA

Pequeno buraco na estrada entre Santo André e a BR-101 - BA

Brasil, Bahia, Santo André, Ilhéus,

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

Fim de Uma Etapa...

Brasil, Paraná, Curitiba

Celebrando o aniversário do Mário na casa da Dani e Dudu

Celebrando o aniversário do Mário na casa da Dani e Dudu


Nossa chegada à Curitiba marcou o fim de mais uma etapa da viagem, a segunda. A primeira etapa tinha sido nossa ida ao Caribe, nos meses de Abril e Maio.

Jantar na casa da Karina e do Ricardo com Pasini e Fernanda

Jantar na casa da Karina e do Ricardo com Pasini e Fernanda


Essa segunda etapa foi de carro, aqui por perto mesmo. Sabíamos que não poderíamos ir longe já que tínhamos compromissos aqui em Curitiba, na terceira semana de Julho. O principal desses compromissos era conhecer a nossa sobrinha, a Luiza, que nasceu por esses dias. Mas tínhamos outros compromissos também, desde fazer o modem da Vivo funcionar e fazer alguns retoques na vedação da Fiona, até comparecer numa audiência judicial, sem esquecer da operação da Diana.

Diana pós-operatória

Diana pós-operatória


Essa semana por aqui foi bem produtiva e conseguimos resolver quase tudo, além de rever familiares e amigos. Em compensação, a viagem ficou meio parada. Ainda estamos na dúvida se esses dias aqui em Curitiba, tanto entre a 1a e a 2a etapa como esses agora devem ou não ser descontados da viagem, da contagem oficial dos dias. Vamos deixar para resolver mais à frente mas tenho a impressão que sim, que faltarão dias lá no final e vamos compensar com esses dias parados aqui.

Cassoulet na casa da Patrícia

Cassoulet na casa da Patrícia


Afinal, agora que já temos esses cento e poucos dias de viagem, ficou bem claro para nós que, por mais incrível que possa parecer, esses 1000 dias planejados são poucos para se conhecer um continente tão lindo e diverso como o nosso, principalmente pelo fato que nosso objetivo não é simplesmente conhecer ou passar pelas cidades grandes, as capitais. A gente gosta também, e principalmente, é do interior, das cidades pequenas, onde se pode ver a natureza intocada e as pessoas mais autênticas, que tanto tem para nos ensinar. Enfim, foram poucos os lugares que já estivemos nessa viagem nos quais não gostaríamos de ter ficados mais tempo, para ver e curtir outras coisas. Facilmente, esses cem dias poderiam ter sido duzentos e, portanto, os 1000 dias poderiam ser 2 mil. Assim, se esses dias curitibanos correndo atrá de compromissos faltarem lá na frente, vamos recuperá-los! É a vantagem de se estar fazendo uma viagem livre como a nossa...

Amigos celebrando chá de cozinha da Paula e do Gusta

Amigos celebrando chá de cozinha da Paula e do Gusta


Tivemos a sorte de pegar essa semana de tempo ruim justamente aqui (da outra vez também foi assim!). E agora que o tempo ameaça melhorar, estamos prontos para iniciar nova etapa. Ainda bem, já que eu, a Ana e a Fiona estamos loucos para por o pé na estrada de novo. É uma nova etapa se iniciando, Viva! Falo dela no próximo post...

Com o Gusta e Paula, que se casam em Setembro

Com o Gusta e Paula, que se casam em Setembro

Brasil, Paraná, Curitiba,

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Paisagens Patagônicas e Fly Fishing

Argentina, Trevelín

Admirando a beleza do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Admirando a beleza do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Deixamos El Bolsón no meio da manhã. A partir de agora, o sul é nosso norte! Por enquanto, o recorde de latitude sul da Fiona ainda é na pequena Los Altares, bem no centro da patagônia, a meio caminho entre a Península Valdés e El Bolsón, duas semanas atrás (veja esse post com o mapa aqui). Mas agora, com o nariz apontado para o sul, logo vamos pulverizar essa marca. Não vai demorar muito e chegaremos à Punta Arenas e Ushuaia, no extremo sul do continente. Mas antes, passaremos pelos principais atrativos da Patagônia andina argentina, como aparece no roteiro abaixo. Ele mostra nosso caminho até El Calafate, onde está a famosa geleira de Perito Moreno. De lá, seguiremos ao Chile antes de viajarmos à Terra do Fogo



Toda grande jornada começa com um primeiro passo! E o nosso primeiro passo foi dado hoje, num pequeno roteiro de menos de 200 quilômetros até a pequena cidade de Trevelin. Essa é uma daquelas cidades de origem galesa, mas nós estávamos interessados mesmo era no caminho até lá. Afinal, boa parte dele foi feito dentro do Parque Nacional Los Alerces, numa sequência linda de lagos e florestas. O caminho mais rápido teria sido pelo asfalto da famosa Ruta 40. Mas nós preferimos o rípio da estrada provincial 71, exatamente porque é ela que nos leva para o parque.

Estrada de rípio em direção ao Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Estrada de rípio em direção ao Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina




O parque que atravessamos hoje e onde fizemos uma deliciosa caminhada foi criado para justamente proteger a espécie de árvore que dá nome à reserva, os Alerces. Sem dúvida, seus bosques formam uma das grandes atrações do parque, mas há também muitas outras plantas, além de uma rica fauna a ser vista e admirada. Tanto que vou falar disso, flora e fauna, em um post separado. Nesse, vou falar apenas da caminhada que ali fizemos, das pessoas que conhecemos e do esporte mais admirado por essas bandas: a pesca de mosca. Além disso, claro, ainda mais em se tratando de um parque na patagônia andina, há sempre a beleza natural da região com seus lagos, rios, glaciares e montanhas.

Chegando ao Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Chegando ao Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Placa mostra o mapa do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Placa mostra o mapa do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Basicamente, a estrada nos leva através de uma sequência de lagos, como o Rivadavia, o Menéndez, o Verde e o Futalaufquen, cada um mais belo do que o outro. Assim como a maioria dos lagos andinos, todos esses têm origem glacial. Há 15 mil anos gigantescas geleiras desciam das montanhas ao redor abrindo seu caminho no relevo. Com o fim da era glacial as geleiras retrocederam, deixando em seu lugar diversos lagos que continuam a ser alimentados pela água que desce das montanhas, gelo e neve invernal derretidos com o calor da primavera e verão. O que sobrou de uma dessas antigas geleiras ainda pode ser admirado no parque: o glaciar de Torrecilhas, pendurado nas encostas da montanha de mesmo nome, a mais alta da região com 2.253 metros de altitude.

Praia do Lago Menendez, observando o glaciar Torrecillas, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Praia do Lago Menendez, observando o glaciar Torrecillas, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


O majestoso glaciar Torrecillas, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

O majestoso glaciar Torrecillas, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Essa sequência de lagos é toda ligada por rios cristalinos e gelados, alguns mais tranquilos, outros cheios de corredeiras. Salmões e trutas abundam por ali e fazem a festa dos pescadores, principalmente nos lagos e nos remansos de rio. Esse espetáculo das águas, que variam sua cor de um verde esmeralda até um azul profundo, mas sempre transparentes, é também um prazer para os olhos de quem passa por perto, seja de algum mirante na estrada, seja de alguma praia de lago, seja em alguma curva nas poucas trilhas que cortam a região.

A paisagem grandiosa do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

A paisagem grandiosa do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Belíssimo rio de águas geladas e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Belíssimo rio de águas geladas e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Um rio cheio de corredeiras que une os lagos no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Um rio cheio de corredeiras que une os lagos no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Vindos do norte, o primeiro lago no nosso caminho, após termos entrado no parque, foi o Rivadavia. Quando chegamos lá perto, a surpresa: seu acesso estava fechado por um “surto de ratos”! Ratos??? Isso mesmo! E olha que, dessa vez, a culpa não é nossa, dos humanos. Não, trata-se de um fenômeno natural, que ocorre a cada poucas décadas e se repete ao longo de toda a patagônia andina por onde cresce uma espécie de bambu. Vou falar disso no próximo post, mas os ratos tem a ver com o ciclo de vida dessa planta.

Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Típica paisagem patagônica no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Típica paisagem patagônica no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Bom, já que os ratos não deixavam, seguimos até o próximo lago, agora já atravessando as belas florestas de pinheiros que caracterizam grande parte do parque. Finalmente, chegamos a um estacionamento de acesso ao Lago Verde onde pudemos deixar a Fiona e esticar as pernas. Ainda ali no alto, uma das mais belas vistas do parque, a região entre os lagos Verde e Menéndes, os rios quase mágicos de tão belos que ligam esses dois lagos e as montanhas do parque parcialmente cobertas por florestas. É hora de respirar fundo e de ter certeza: “Sim, estamos mesmo na patagônia!”.

Chegando ao Lago Verde, um dos muitos existentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Chegando ao Lago Verde, um dos muitos existentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Ponte que cruza o rio que une o Lago Verde ao Lago Futlaufquen, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Ponte que cruza o rio que une o Lago Verde ao Lago Futlaufquen, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Uma ponte de madeira para pedestres cruza o rio e dá acesso a uma espécie de ilha entre os dois lagos. É aí que fazemos uma caminhada de poucos quilômetros que nos leva de um lago a outro, de um rio a outro e através da rica vegetação. Placas explicativas vão nos ensinando sobre os animais que aí vivem e, principalmente, sobre as diversas espécies de árvores encontradas na reserva, o principal tesouro do parque.

Belíssimo rio de águas geladas e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Belíssimo rio de águas geladas e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


As águas esverdeadas de remanso de rio no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

As águas esverdeadas de remanso de rio no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Antes da metade do caminho da trilha, encontramos e conhecemos três outros caminhantes, um pai e suas duas filhas também explorando o parque. Eram o Jeffrey, a Benna e a Miriam, que trabalha no Wall Street Journal. São americanos de Oregon, na costa oeste, e o Jeffrey trabalha como guia de natureza por lá. Juntos, caminhamos o resto da trilha, companhia muito agradável e ótima oportunidade para desenferrujar o inglês a aprender um pouco sobre um dos hobbies preferidos do Jeffrey: a pesca de mosca.

A Benna, o Jeffrey e a Miriam (a direita), pai e filhas, nossos amigos americanos durante caminhada pelo Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

A Benna, o Jeffrey e a Miriam (a direita), pai e filhas, nossos amigos americanos durante caminhada pelo Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Jeffery Gottfried, americano guia no Oregon e amante da pesca de mosca, maravilhado com as belezas do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Jeffery Gottfried, americano guia no Oregon e amante da pesca de mosca, maravilhado com as belezas do Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Aliás, estávamos juntos com eles quando encontramos um segundo grupo de pessoas, argentinos dessa vez. Eram pescadores de mosca e se preparavam para partir em um passeio de barco no lago Menéndez, justamente para fazer o que mais gostam: pescar! Apesar das dificuldades da língua, foi uma ótima oportunidade para o Jeffrey trocar informações sobre técnicas e tipos de mosca utilizados aqui no patagônia. Afinal, ele só é um especialista nos peixes lá do hemisfério norte.

Encontro com pescadores de mosca (fly fish) no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Encontro com pescadores de mosca (fly fish) no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Pescadores partem para a pesca no lago Menendez, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Pescadores partem para a pesca no lago Menendez, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Enquanto os pescadores argentinos saíam para seu passeio e posavam alegres para fotos, o Jeffrey nos mostrou orgulhoso sua coleção de moscas, as iscas utilizadas nesse tipo de pesca. Ao contrário da pesca tradicional, em que espetamos uma minhoca no anzol, jogamos na água e ficamos tranquilamente esperando que algum peixe venha morder a isca, a pesca de mosca, ou “fly fishing” em inglês, é muito mais dinâmica. Os peixes pescados nesse tipo de pescaria tem suas preferências, cada espécie gosta mais de um tipo de mosca. Então, a primeira coisa a fazer é descobrir a preferência dos peixes e depois, manufaturar, fazer moscas de mentira que enganem e atraiam os peixes para a “armadilha”.

Pescaria de Mosca no lago Menendez no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Pescaria de Mosca no lago Menendez no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Orgulhoso, um pescador nos mostra suas iscas de mosca no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Orgulhoso, um pescador nos mostra suas iscas de mosca no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Além disso, não basta jogar a isca e ficar lá, esperando. Os peixes atacam as moscas assim que elas caem na água. É muito rápido. Se nenhum peixe morder a isca logo que ela caia na água, não adiante deixar ela ali, boiando ou mergulhando. Não é esse o instinto do peixe. Seus reflexos o atraem para moscas entrando na água e não para moscas paradas dentro d’água. Se não deu certo logo de início, o pescador recolhe a isca e a atira novamente. Por isso é importante jogar a isca bem próxima do peixe, para que ele já possa atacá-la logo que ela cai na água. Essa é a razão dos pescadores de mosca terem varas com longas linhas que eles rodopiam para poder atirar mais longe, bem para o meio do remanso onde devem estar os peixes. Não devem caminhar até lá, para não assustá-los e, ao mesmo tempo, é justo ali que devem atirar a isca. Vimos muito isso no Alaska e agora aqui, na patagônia. São dois dos melhores lugares do mundo para esse tipo de pesca.

Para a alegria dos fotógrafos, cores fortes e vivas no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Para a alegria dos fotógrafos, cores fortes e vivas no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Um rio cheio de corredeiras que une os lagos no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Um rio cheio de corredeiras que une os lagos no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Sem dúvida, é bonito de se ver. Não somos muito fãs de pescaria (e muito menos de caça!), mas quem gosta, gosta mesmo! Tanto que chegam a competir com ursos (!!!) por espaço nos rios do Alaska (veja nosso post quando estivemos por lá) ou então, investem alguns milhares de dólares em viagens para lugares propícios à prática, mesmo que seja em outros continentes, como é o caso da patagônia para os americanos ou canadenses, origem de boa parte dos turistas não nacionais que frequentam o Parque Nacional Los Alerces. Por falar nisso, apesar de ser uma área protegida, o parque permite sim esse tipo de pesca. Mas apenas essa, durante a temporada e com a obrigação de conseguir uma permissão especial da sede do parque.

Rio de águas verdes e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Rio de águas verdes e transparentes no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Placa de aviso de que apenas a pescaria de mosca é permitida (é preciso uma licença!) no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Placa de aviso de que apenas a pescaria de mosca é permitida (é preciso uma licença!) no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Bom, quase ao final da caminhada, chegamos à praia do lago Menéndes de onde se pode admirar o glaciar Torrecillas e de onde partem os barcos que levam turistas à floresta de Alerces nas encostas daquela montanha. Boa parte da área do parque está inacessível para quem apenas caminha. Por razões de segurança (evitar incêndios!), somente poucas trilhas foram criadas e são mesmo os barcos que cruzam os lagos que são o principal, senão o único meio de acesso à várias das atrações turísticas da reserva. E dentre os diversos passeios de barco, esse que cruza o lago Menéndes rumo ao bosque de Alerces é o mais popular. Mas para nós, isso não era uma opção. O longo passeio parte apenas pela manhã e nós tínhamos de seguir viagem. É o sul que nos chama, hehehe!

Estrutura para barcos e pesca no lago Menendez, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Estrutura para barcos e pesca no lago Menendez, no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Caminhando no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Caminhando no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina


Chegamos de volta à ponte de onde iniciamos a trilha, não sem antes passar em outros mirantes para aproveitar a belíssima paisagem. Despedimo-nos de nossos novos amigos e seguimos viagem, agora de carro, pelas estradas do parque. Os americanos tinham vindo do sul e já nos deram as dicas do que ver pela frente. Passamos pelo lago Azul e pela pequena vila de Futalaufquen, local idílico e muito procurado pelos frequentadores do parque. Mas não tínhamos mais tempo para percorrer mais trilhas e decidimos seguir viagem até Trevelin, deixando esse belo parque para trás. Amanhã será um dia de estradas, perto de 600 km entre asfalto e muito rípio e precisamos sair cedo. Seguimos felizes pelo que nos espera, mas ficou mesmo faltando o passeio de barco até o bosque dos Alerces. Vamos deixando, espalhados pelas Américas, ótimos motivos para novas viagens!

Fim de tarde belíssimo no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Fim de tarde belíssimo no Parque Nacional Los Alerces, ao norte de Trevelin, na patagônia argentina

Argentina, Trevelín, Lago, Parque, Parque Nacional Los Alerces, Patagônia, pesca de mosca, Rio, trilha

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Convivendo com a Chuva

Brasil, Ceará, Fortaleza

Night com chuva no Pirata, em Fortaleza - CE

Night com chuva no Pirata, em Fortaleza - CE


Muita chuva em Fortaleza. Acho que há muito não chovia assim por aqui. Aproveitamos para tentar resolver algumas pendências que tínhamos e cuja solução não podia mais esperar.

Conseguindo a Carteira Internacional de Vacinação, em Fortaleza - CE. Pronta para sair do país!

Conseguindo a Carteira Internacional de Vacinação, em Fortaleza - CE. Pronta para sair do país!


A Ana foi tomar vacina contra a Febre Amarela. Exigência para se poder entrar em vários países vizinhos. A validade da vacina dela iria terminar semana que vem. Agora, ela está protegida pelos próximos 10 anos! Depois da vacina, já passamos na Anvisa para providenciar a carteira internacional. Tudo tinindo!

Depois, a gente se embrenhou no movimentado centrão da cidade. Com chuva mesmo. Queríamos achar alguma loja que consertasse nossas mochilas, descosturadas, e sapatos, descolados. Achamos uma loja que conserta de tudo e as nossas encomendas ficarão prontas na quarta de tarde. Oba! Mochila rasagada, ninguém merece!

Conversando com o pai pelo Skype, em Fortaleza - CE. Viva a internet!

Conversando com o pai pelo Skype, em Fortaleza - CE. Viva a internet!


Finalmente, hora de ver o celular. Desde que Lampião surrupiou o nosso, na Grota do Angico, que estamos incomunicáveis. Chip bloqueado, para conseguirmos outro com o mesmo número lá de Curitiba não é tarefa fácil. Teria de ser pessoalmente. Nada muito simples, estando a 4 mil quilômetros de distância. Lá se vai pelo correio procuração de próprio punho reconhecida em cartório para que um santo parente resolva isso para nós. Depois, é arrumar um jeito de mandar o chip de volta para algum endereço no nosso percurso... Esse processo está se encaminhando.

Enquanto isso, que tal um pré-pago? Foi o que fizemos ontem. Agora, temos um número de Fortaleza! Que chique! O problema é que, ao sairmos do estado, as ligações, para fazer ou receber, ficam absurdamente caras e inviáveis. Com exceção das nossas ligações para outros telefones TIM, por todo o Brasil. Ei, amigos, quem é que tem TIM por aí? É, o mais provável é que fiquemos mesmo nos torpedinhos...

Entrada do famoso bar Pirata, em Fortaleza - CE

Entrada do famoso bar Pirata, em Fortaleza - CE


De noite, um pouco de vida social. Segunda-feira é dia de Pirata aqui em Fortaleza. Já há uns 20 anos, esse bar atrai multidões no início da semana. Conhecido de 110% dos turistas que chegam por aqui. Pois é, fomos conferir também. Maior esquemão! Caro para entrar, mas barato de se consumir. A chuva atrapalhou bastante, já que boa parte do bar é aberta. Mesmo assim, muita animação. Show de piratas semi-nus no palco, para alegria das senhoras e meninas na platéia. Muita gente se animava a ficar na chuva mesmo, dançando e tentando imitar as coreografias dos dançarinos no palco (tinha duas dançarinas também!). Os cantores até que faziam um bom trabalho de animação.

Mesmo com chuva, show no bar Pirata, em Fortaleza - CE

Mesmo com chuva, show no bar Pirata, em Fortaleza - CE


Na hora que começou a imperar a música breganeja (não confundir com a legítima sertaneja), aí foi o alarme para batermos em retirada. Amanhã, faça chuva ou faça sol, vamos atrás de outro esquemão aqui em Fortaleza: o famoso Beach Park. Será que toca bregaanejo por lá também?

Mesmo com chuva, show no bar Pirata, em Fortaleza - CE

Mesmo com chuva, show no bar Pirata, em Fortaleza - CE



P.S Andamos bastante de carro por aqui, hoje. É incrível o porte de Fortaleza. Cidadezona! Em muitos lugares, parece que estamos em São Paulo. Estou falando das partes belas de S. Paulo, tipo Jardins. Muito jóia! E com uma grande vantagem: trânsito cem vezes melhor, mesmo com chuva! Será sempre assim ou por causa das férias?

Brasil, Ceará, Fortaleza,

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Dia em sucre

Bolívia, Sucre

Igreja em Sucre - Bolívia

Igreja em Sucre - Bolívia


Aqui em Sucre que nasceu o "país" Bolívia. Foi onde os notáveis da época se reuniram em 1816, num congresso, para proclamar a independência do país, a antiga região do Alto Peru, e criar a República da Bolívia. Já há vários anos as colônias espanholas lutavam uma guerra sangrenta pela sua independência, da Colômbia à Argentina. Nomes como Simon Bolivar, mais ao norte, e San Martin, mais ao sul, lutavam grandes batalhas contra os exércitos da metrópole, enquanto na atual Bolívia se lutava uma guerra de guerrilhas, sem maiores enfrentamentos.

Homenagem ao grande nome da independência da américa espanhola, em Sucre - Bolívia

Homenagem ao grande nome da independência da américa espanhola, em Sucre - Bolívia


Finalmente, em 1816, os bolivianos estavam prontos para, formalmente, declarar sua independência. Como presidente vitalício do novo país foi apontado Simon Bolívar. Mas este estava mais preocupado com outro país que também lutava pela independência, a Gran-Colômbia (união das atuais Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá), e não pode assumir. Foi eleito então um dos grandes generais da época, Sucre, que depois foi homenageado com o nome dessa cidade. Mas, muito antes da homenagem, tentaram foi assassinar Sucre, dando origem a um péssimo histórico de expectativa de vida para presidentes do país. Desde a criação do país, 20% deles foram assassinados. Sucre escapou, mas deixou logo o país para poder viver por mais tempo. Não teve a mesma sorte o próximo presidente eleito, assassinado uma semana depois de tomar posse...

Porta de igreja em Sucre - Bolívia

Porta de igreja em Sucre - Bolívia


Bom, além dessa contínua briga entre grupos políticos rivais, que resultaram em dezenas de golpes e assassinatos, houve outra, agora entre cidades, para decidir qual seria a capital do país. La Paz foi ganhando força econômica aos poucos, principalmente por ter mais fácil acesso ao oceano. Assim, as sedes dos poderes executivo e legislativo se mudaram para lá antes do final do século XIX. Tornou-se a capital de fato do país enquanto Sucre, ainda hoje, é considerada a capital constitucional. É o simbolismo que resiste, mas não passa disso.

Palácio em Sucre - Bolívia

Palácio em Sucre - Bolívia


A cidade é belíssima e se eu tivesse de morar na Bolívia, aqui seria a minha escolha. A minha e de muitos gringos, que vem para cá para estudar espanhol. Sucre tem muitas igrejas da época colonial, com rica ornamentação interna e bela arquitetura externa. Há muitos palácios também, restaurantes gostosos e pousadas charmosas, que funcionam em antigas mansões.

Abundância de frutas no mercado em Sucre - Bolívia

Abundância de frutas no mercado em Sucre - Bolívia


Cholas descansam no mercado em Sucre - Bolívia

Cholas descansam no mercado em Sucre - Bolívia


Nós passamos o dia caminhando em suas ruas do casco histórico, a cor branca predominante, vinda da cal que ajudava a proteger de antigas pestes e que hoje viraram marca registrada da cidade. O movimento de pessoas é intenso, principalmente de estudantes. Sucre é uma cidade universitária hoje, atraindo muitos bolivianos e mesmo estrangeiros. Isso traz um clima bastante relaxado à Sucre, além da vida cultural e noturna intensas. Eu a e Ana, por exemplo, até tivemos tempo para assistir dois curtas de um festival de cinema que está ocorrendo na cidade.

Cerveja de frente para a praça 25 de Maio, em Sucre - Bolívia

Cerveja de frente para a praça 25 de Maio, em Sucre - Bolívia


No meio da tarde, lanchamos de frente à praça central, numa sacada bem charmosa. Antes, tínhamos visitado o movimentado Mercado Municipal, onde se vê as pessoas da cidade comprando e vendendo, de frutas e verduras à artesanato e refeições. Muito legal! De noite, jantamos num restaurante de um brasileiro, o "Vieja Bodega", cheio de turistas europeus e estrangeiros que moram na cidade. Realmente, gostamos muito da cidade. Pode-se fazer e ver tudo à pé e a Fiona ficou devidamente guardada num estacionamento que custa menos de 5 reais por dia. Ainda bem porque as ruas estreitas dessas cidades históricas e o trânsito intenso e meio desordenado não foram feitos para carros do tamanho da nossa Fiona.

A 'Casa da Liberdade', local da ploclamação da independência boliviana, em Sucre - Bolívia

A "Casa da Liberdade", local da ploclamação da independência boliviana, em Sucre - Bolívia


Amanhã, passamos a manhã por aqui ainda, visitando atrações que ainda não fomos e seguimos para Potosi, a cidade grande mais alta do mundo, acima dos 4 mil metros de altitude!

Iluminação noturna da bela igreja de São Francisco, em Sucre - Bolívia

Iluminação noturna da bela igreja de São Francisco, em Sucre - Bolívia

Bolívia, Sucre,

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

"Here Was Granada"

Nicarágua, Granada

Admirada com os grafites de Granada, na Nicarágua

Admirada com os grafites de Granada, na Nicarágua


No final de dezembro de 2011, por nove dias cruzamos a Nicarágua, de sul a norte, no nosso caminho para os Estados Unidos. Passamos pela capital, estivemos na histórica Leon, exploramos a deliciosa ilha de Ometepe, subimos vulcões e até atravessamos o canyon de Somoto. Foram nove dias memoráveis que nos fizeram escolher o país como um de nossos destinos preferidos na América Central. Mas deixamos para trás, sem conhecer, justamente a mais visitada cidade do país, a joia arquitetônica de Granada. E o fizemos de propósito! Afinal, nosso caminho de volta passaria necessariamente pelo país e tínhamos de deixar algo para nosso retorno.


Viajando de Tegucigalpa à Granada. Na verdade, o google não consegue desenhar o caminho correto, que passou por Dani (em Honduras) e Ocotal (na Nicarágua)

De volta à Nicarágua, região de Granada, lá estão os vulcões e suas formas inconfundíveis!

De volta à Nicarágua, região de Granada, lá estão os vulcões e suas formas inconfundíveis!


Pois bem, o retorno chegou e ontem, vindos de Tegucigalpa, seguimos diretamente para Granada, na costa norte do maior lago da América Central, o mesmo onde está a ilha de Ometepe, o famoso lago Nicarágua. O sol se punha por detrás da silhueta de um vulcão, aquele formato cônico tradicional, coisa que há muito não víamos, mas que nos fez sentir em casa. Estávamos novamente na Nicarágua para, dessa vez, fazer nossas reverências à Granada.

Igreja de Guadalupe, em Granada, na Nicarágua

Igreja de Guadalupe, em Granada, na Nicarágua


Interior da Igreja de Guadalupe, em Granada, na Nicarágua

Interior da Igreja de Guadalupe, em Granada, na Nicarágua


Durante séculos a cidade disputou com León a primazia de ser a cidade mais influente no país, desde o período colonial até o século XIX. A disputa só se acalmou quando, em uma espécie de resolução salomônica, foi decidido construir uma nova cidade, a meio caminho entre as duas, para ser a nova capital do país, a atual Manágua.

O mais belo prédio da Calle La Calzada, em Granada, na Nicarágua

O mais belo prédio da Calle La Calzada, em Granada, na Nicarágua


Prédios no Parque Central, a principal praça de Granada, na Nicarágua

Prédios no Parque Central, a principal praça de Granada, na Nicarágua


Na época da disputa, partidos políticos se formaram, cada um associado a uma das cidades. O Partido Conservador tinha sua base em Granada enquanto o Liberal tinha sua base em León. Na década de 50 do século XIX, os Liberais de León resolveram pedir ajuda ao flibusteiro americano William Walker. O aventureiro americano trouxe para cá seu exército de mercenários e, após algumas batalhas, conquistou a histórica cidade. Depois de dar uma banana para seus antigos aliados de León, Walker proclamou-se líder da nação e fez de Granada a sua capital. Entre suas primeiras medidas como presidente estava e reinstituição da escravidão dos negros e a definição da língua inglesa como a oficial do país.

A vistosa Catedral de Granada, na Nicarágua

A vistosa Catedral de Granada, na Nicarágua


Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua


Walker sonhava alto. Queria governar toda a América Central como um só país e transformá-la em uma república aos moldes dos estados ao sul dos Estados Unidos, que nessa época ainda eram escravocratas. De lá vinha seu apoio, logístico e econômico. Mas os países vizinhos da Nicarágua resolveram se antecipar aos planos de Walker e uniram suas forças para derrotá-lo. Atacado pelo sul e pelo norte e sem o apoio local, o flibusteiro foi perdendo terreno, até refugiar-se apenas em sua capital, Granada. Ao perceber que também ela cairia frente aos exércitos invasores, não teve dúvida: ordenou que a cidade fosse incendiada e, antes de abandoná-la em chamas, ali deixou sua infame mensagem escrita em um cartaz: “Here was Granada” (Aqui Foi Granada), tudo o que encontraram seus perseguidores.

casas colorem as ruas de Granada, na Nicarágua

casas colorem as ruas de Granada, na Nicarágua


Um orgulhoso guarda faz a sua ronda nas ruas de Granada, na Nicarágua

Um orgulhoso guarda faz a sua ronda nas ruas de Granada, na Nicarágua


Alguns anos mais tarde, Walker seria fuzilado em Honduras, quando fazia nova tentativa de se estabelecer na região, enquanto a outrora gloriosa Granada era reconstruída. Foi essa magnífica cidade que conhecemos hoje, com suas ruas de paralelepípedos, suas casas coloridas, suas igrejas coloniais, todos cercados pelo imenso lago ao sul e o grande vulcão a leste, um cenário de tirar o fôlego de qualquer um.

Caminhando pelas ruas coloridas da histórica Granada, na Nicarágua

Caminhando pelas ruas coloridas da histórica Granada, na Nicarágua


Conhecendo a charmosa Granada, na Nicarágua

Conhecendo a charmosa Granada, na Nicarágua


A parte central da cidade é sempre cheia de turistas, seja caminhado em suas ruas, explorando suas igrejas ou bebericando em seus bares. Granada tem uma rua peatonal com vários bares lado a lado, todos com mesas na calçada e que, de noite, são o principal ponto de encontro da cidade. Uma cena agitada que fazia muito que eu não via e que não imaginava encontrar em um país como a Nicarágua. Vivendo e aprendendo, Granada tem uma balada que não deve nada à muita metrópole por aí...

Depois de tanto tempo, o prazer de compartir uma grande garrafa de cerveja, a deliciosa Toña, em Granada, na Nicarágua

Depois de tanto tempo, o prazer de compartir uma grande garrafa de cerveja, a deliciosa Toña, em Granada, na Nicarágua


Outra coisa gostosa que encontramos por aqui foi a Toña. Quem é? Ora... trata-se da principal cerveja do país, muito gostosa por sinal. Mas o melhor: vem também em uma garrafa de litro! Há mais de um ano que só encontramos essas garrafinhas de cerveja individuais pela frente. Não tínhamos percebido a falta que faz uma cerveja para compartir com os amigos! Pois é, aqui encontramos! Saborear uma Toña de litro no calor de fim de tarde foi um prazer incomensurável!

O lago de Nicarágua, o maior da Améica Central, em Granada, na Nicarágua

O lago de Nicarágua, o maior da Améica Central, em Granada, na Nicarágua


Praia do lago Nicarágua, em Granada, na Nicarágua

Praia do lago Nicarágua, em Granada, na Nicarágua


Nós começamos o dia de hoje caminhando até a orla do lago Nicarágua, nosso velho conhecido dos tempos da visita à ilha de Ometepe. Olhamos para ele e só imaginamos os tubarões-touro que frequentam suas águas doces, um fenômeno quase único na natureza. Mesmo como os touros por ali, crianças aproveitam as praias do lago e não tenho notícia de nenhum acidente. As duas espécies coabitam em paz.

Subindo a torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Subindo a torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua


Uma espuma protege a cabeça dos mais distraídos ao descer a escadaria da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Uma espuma protege a cabeça dos mais distraídos ao descer a escadaria da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua


Depois do lago, uma longa caminhada pelas ruas históricas, com passagens por diversas igrejas. O ponto alto, literalmente, foi no alto da torre de uma delas. Uma belíssima vista da cidade e seu entorno, seus telhados vermelhos, o lago ao fundo e o imponente vulcão.

A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua


Os telhados da cidade e o vulcão ao fundo, vistos do alto da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Os telhados da cidade e o vulcão ao fundo, vistos do alto da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua


Realmente, bastaram 40 horas na cidade, duas noites agradáveis adocicadas pela Toña e um dia inteiro de caminhadas e explorações para entender o porquê da cidade ser o principal destino turístico no país. Sinto muito, William Walker, mas a sua frase não faz o menor sentido. Granada está mais presente do que nunca!

A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

A Catedral e o Lago Nicarágua vistos do alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua



Em uma incrível e emocionante coincidência, uma nuvem desenha o mapa das Américas nos ceús de Granada, na Nicarágua. Espetacular!

Em uma incrível e emocionante coincidência, uma nuvem desenha o mapa das Américas nos ceús de Granada, na Nicarágua. Espetacular!


P.S Levaremos de Granada uma lembrança inesquecível: enquanto compartíamos uma Toña, a Ana percebeu nos céus da cidade um verdadeiro e auspicioso milagre! Lá estava uma nuvem com o formato perfeito da América, o continente que temos viajado esses últimos 3 anos. Groelândia, Alasca, América do Sul, estavam todos lá! Incrível!!! Não poderíamos nos sentir mais homenageados e inspirados. Granada, São Pedro ou o acaso, ADORAMOS!

Visita ao alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Visita ao alto da torre da Igreja La Merced, em Granada, na Nicarágua

Nicarágua, Granada, história

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

No Parque de Ubajara

Brasil, Ceará, Ubajara (P.N de Ubajara)

Visão do famoso bondinho que leva à entrada da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE

Visão do famoso bondinho que leva à entrada da caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE


Depois de tantos dias acordando na praia e dormindo de ar condicionado ou ventilador, foi meio estranho dormir no alto da Serra do Ibiapaba. O dia amanheceu tomado pela neblina, friozinho bem gostoso. Do lado de fora do nosso chalé de João e Maria, a vegetação densa se confundia com o branco das nuvens. O Herbert já tinha armado nosso café da manhã num pequeno quiosque ali do lado, entre pés de café, de banana e de mamão. Posso soar repetitivo, mas mais uma vez, era difícil nos imaginar em pleno Ceará!

Café da manhã no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE

Café da manhã no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE


Neblina matinal no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE

Neblina matinal no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE


Para degustar o delicioso pão integral e as maravilhosas geléias caseiras, a Ana precisou até de casaco! Hmmmmm, as tais geléias continuam tão boas como há dez anos atrás! Ainda mais naquele clima frio. Infelizmente, tivemos de sair correndo para encontrar nossos amigos chilenos no parque e não pudemos conversar muito com o Herbert. Apesar de ter vindo se instalar aqui no friozinho cearense há mais de 30 anos, ele não deixou de viajar pelo mundo. Tem uma coleção de Lonely Planets bem mais "robusta" que a minha e, este ano, planeja uma grande viagem pela China!

Com o Herbert, no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE

Com o Herbert, no Sítio do Alemão, em Ubajara - CE


Esperando o bondinho no Parque Nacional de Ubajara - CE

Esperando o bondinho no Parque Nacional de Ubajara - CE


Nós, mais modestos, fomos para o Parque Nacional de Ubajara. Criado por Juscelino no final de década de 50 (é o 4o parque mais antigo do Brasil) foi, durante muito tempo, o menor parque nacional do país, com 500 hectares. Mas, em 2002, foi aumentado em mais de dez vezes, chegando a 6 mil hectares! As novas áreas ainda não foram desapropriadas, mas já estão sendo protegidas. A magnífica Serra do Ibiapaba e sua vegetação luxuriante agradecem!

Serra do Ibiapaba no Parque Nacional de Ubajara - CE

Serra do Ibiapaba no Parque Nacional de Ubajara - CE


Mesmo aumentado assim, ainda são apenas duas as atrações abertas ao público: a famosa gruta, ou caverna, e uma trilha pelo alto da serra que passa por algumas cachoeiras. Para se chegar até a gruta, o mais fácil e bonito é descer o bondinho, uma bela obra de engenharia que nos leva rapidamente centenas de metros abaixo. Fomos juntos com o Pablo e a Andrea, o casal chileno que também viaja a américa de carro e mantém um blog muito interessante com o nome de "America Sin Fronteras".

Entrada da caverna no Parque Nacional de Ubajara - CE

Entrada da caverna no Parque Nacional de Ubajara - CE


Juntos e acompanhados de um grupo de Teresina, levados por um guia, demos uma volta na caverna. A parte aberta ao público, cerca de 300 metros, está toda iluminada e tem muitas formações típicas de cavernas de calcário. A iluminação tira um pouco do senso de aventura mas, com suas luzes e sombras, ajuda a delinear as formas interessantes que existem no mundo subterrâneo. Trabalhos árduo, meticuloso e paciente da mãe natureza que opera em escalas de tempo difíceis de serem compreendidas quando comparadas com nossas vidas fugazes.

Formações de calcário na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE

Formações de calcário na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE


A caverna vem sendo explorada desde o séc XVIII por pessoas que buscavam o vil metal. Nesta procura, parte das formações foram destruídas, já que os exploradores confundiam o brilho da calcita com algum metal precioso. Era o chamado "ouro de tolo". Mais tarde, no início do séc. XX, começou a haver um turismo também. É dessa época que vem outra atração da caverna, pelo menos para mim: pichações! Há na caverna pichações com mais de 100 anos! Estão no limite de serem consideradas pinturas rupestres, hehehe! Há uma de 1906! Naquela época, os habitantes locais ganhavam um dinheirinho entregando aos visitantes pigmentos naturas, para que eles pudessem registrar sua passagem por lá. Essas pichações pararam com a criação do parque. Mas as antigas, muito bem conservadas pelo ambiente da caverna, continuam por lá. Parecem ter sido feitas ontem!

Pichação de 1906 na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE

Pichação de 1906 na caverna do Parque Nacional de Ubajara - CE


Com o Pablo e a Andrea no Parque Nacional de Ubajara - CE

Com o Pablo e a Andrea no Parque Nacional de Ubajara - CE


Voltamos de bondinho para o alto da serra e fomos, o mesmo grupo, fazer a trilha para a Cachoeira do Cafundó. O nome é um bom indicativo de onde ela fica... A caminhada é toda na mata viçosa e verdejante. Parace a mata atlântica, quase. No caminho, uma mirante para se admirar a serra, que na verdade é uma grande chapada, e várias cachoeiras que escorrem para o sertão através de seus paredões. A mais bela é justamente a Cachoeira do Cafundó, onde chegamos algum tempo depois.

no Parque Nacional de Ubajara - CE

no Parque Nacional de Ubajara - CE


Encima da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE

Encima da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE


Lá, um refrescante banho nas suas águas frias, se comparadas com as águas das praias que temos frequentado. O local também propicia uma visão belíssima do sertão e do bondinho, lá longe, cortando os céus da região. A Ana foi aproveitando todo o tempo para botar em dia o seu castelhano, já que assunto não faltava com nossos colegas aventureiros. E a conversa continuou pela tarde afora já que, do parque, seguimos juntos, em comboio, para a Cachoeira do Frade, ainda dentro do município. Mas isso é assunto para outro post...

Tomando banho na parte alta da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE

Tomando banho na parte alta da Cachoeira do Gavião, no Parque Nacional de Ubajara - CE

Brasil, Ceará, Ubajara (P.N de Ubajara), Caverna, Parque, Serra do Ibiapaba, trilha

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Pétion-Ville e o Le Perroquet

Haiti, Port-au-Prince

Arte nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique de Port-au-Prince, no Haiti

Arte nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique de Port-au-Prince, no Haiti


Depois de acordarmos em frente ao mar na praia Obama e passarmos pelo vibrante mercado de rua de Cabaret, voltamos para nossa “casa” na cidade de Port-au-Prince, o hotel Le Perroquet. Na verdade, ele fica no subúrbio da cidade, no bairro chamado Pétion-Ville (fala-se “Péchion-Vil”), o mais famoso da capital haitiana.

Muito equilíbrio nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Muito equilíbrio nas ruas de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Pétion-Ville é o bairro chique da cidade, onde moram a maioria dos diplomatas e expatriados e onde se hospedam boa parte das pessoas que visitam Port-au-Prince. Esses visitantes dos dias de hoje são, na maior parte, pessoas ligadas à ONGs que atuam no país, pois o número de turistas ainda é bem pequeno, embora venha crescendo ultimamente e, esperamos todos, continue a crescer.

Principal praça de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Principal praça de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Igreja na praça principal de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Igreja na praça principal de Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Mesmo sendo considerado chique, já faz tempo que também ele foi tomado pelos haitianos mais pobres, que vieram em busca de oportunidades de emprego e comércio. O bairro é cercado de favelas coloridas em todas as encostas ao redor e seus habitantes passam o dia no bairro, seja trabalhando em hotéis, restaurantes ou supermercados, seja no comércio ambulante. Ou então, simplesmente perambulando por ali, para ver se aparece alguma oportunidade.

Área de mansões em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Área de mansões em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


As favelas de Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

As favelas de Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


O resultado é aquele contraste que tanto caracteriza o país: pobreza e riqueza convivendo lado à lado. Para quem acha que isso é bem claro no Brasil, precisa vir ao Haiti. Vizinhos separados por alguma cerca, muro ou encosta, algumas das maiores mansões que se possa imaginar e extensas favelas onde moram milhares de pessoas. Nas ruas, quarteirões inteiros tomados por feiras livres e sua característica confusão e supermercados e lojas exclusivas, com produtos trazidos diretamente da França, com custos que devem valer o salário anual da maioria das poucas pessoas que tem emprego fixo.

Uma das muitas escolas em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Uma das muitas escolas em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Embora isso possa assustar quem não está acostumado, nossa experiência e sensação, após dois dias caminhando por lá foi de total segurança. Nas ruas, logo chamamos a atenção pela nossa cor de pele, mas não tanto assim dentro dos supermercados mais chiques, que quisemos conhecer também. A poucos quarteirões do hotel, a principal praça de Pétion-Ville, com igreja, escola, floricultura, muita arte nas esquinas e centenas pessoas nesse grande espaço público, aparentemente apenas vendo a vida passar. Fizemos o mesmo, observando a movimentação na escola em frente e o belo dia que fazia.

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Além da praça, não há muitas atrações turísticas por aqui. Talvez, a maior delas seja simplesmente perambular sem rumo, observar o comércio e cruzar as feiras agitadas. Ver que, de alguma maneira, a vida anda por aqui, com sua dinâmica própria.

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti

Socializando em floricultura em Pétion-Ville, bairro mais chique da capital Port-au-Prince, no Haiti


Ficamos amigos (A Ana, principalmente! Claro!) do vendedor de quadros da praça e também do pessoal da floricultura. No último dia, a Ana não resistiu e comprou uma bela gravura por lá, a lembrança que sempre teremos desse país nas paredes da nossa futura casa. Ela comprou também, lá na floricultura, flores de bananeira. Um presente para a Lana, que usa essas flores em alguns de seus exóticos e deliciosos pratos.

Feliz após a compra de um quadro em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Feliz após a compra de um quadro em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


O hotel Le Perroquet, nossa casa em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

O hotel Le Perroquet, nossa casa em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


A Lana e seu marido, o Eric, possuem um verdadeiro oásis bem no coração desse agitado bairro. Para conseguir chegar à porta do hotel, temos de passar por vendedores de sapatos e motoristas de mototáxi, mas quando subimos os poucos degraus até a recepção, o barulho alto fica para trás e é substituído por boa música e um ambiente de paz e tranquilidade, onde fomos recebidos na primeira vez com um coquetel de boas vindas e aonde sempre parávamos um pouco para nos refrescar com uma cerveja gelada ou nos esbaldar com alguma comida.

Vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Port-au_Prince vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital, no Haiti

Port-au_Prince vista do telhado do nosso hotel em Pétion-Ville, no subúrbio da capital, no Haiti


Do alto do telhado do prédio de quatro andares, uma excelente vista, não só do bairro com suas favelas e mansões dividindo o mesmo espaço, mas também do centro da cidade, lá longe, no vale a uns 5 quilômetros de distância.

Com a Lana e o Eric, donos do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a Lana e o Eric, donos do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Com a simpática funcionária do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a simpática funcionária do hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


O Eric e a Lana vieram para o Haiti há pouco tempo, para transformar o imóvel da família nesse simpático hotel. O Eric é haitiano, mas viveu boa parte da vida fora do país. Conheceu a russa Lana na Tailândia, onde vivam os dois. Depois, tiveram um hotel em Bali. Mas o chamado de um tio os fez voltar à pátria do Eric, onde desejam contribuir para a retomada do turismo no Haiti. O Le Perroquet foi o primeiro e importante passo: o primeiro bom hotel com preços acessíveis nesse bairro. Antes, era preciso pagar o dobro para ficar em locais bem menos agradáveis. O plano é abrir outros hotéis, em cidades de praia e montanha do país, um verdadeiro tesouro turístico ainda inexplorado.

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti


Despedida do Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti. Hora de seguir para o aeroporto com a Elise

Despedida do Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti. Hora de seguir para o aeroporto com a Elise


Nós fomos embora do Le Perroquet no dia 24, já com saudades do lugar a da companhia. Não só deles, mas também dos funcionários. A sensação é que voltaremos a nos ver, seja aqui no Haiti, no Brasil ou em algum lugar do mundo. Quem sabe na Ucrânia? A descrição que a Lana fez de sua cidade natal foi tentadora! Vamos ver... Eric e Lana, muito obrigado por nos receber tão bem em sua casa e nos ajudar a compreender um pouco mais desse lindo país que vocês estão ajudando a construir!

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Com a Lana, no hotel Le Perroquet, em Pétion-Ville, no subúrbio da capital Port-au-Prince, no Haiti

Haiti, Port-au-Prince,

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Reencontro no Alabama

Estados Unidos, Mississippi, Tupelo, Alabama, Tuscaloosa

Com a Jenn e o Andrew, em restaurante de Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Com a Jenn e o Andrew, em restaurante de Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Em Agosto de 1998 eu estava iniciando um mochilão pelo sudeste da Ásia, vindo da Austrália e Nova Zelândia, onde tinha viajado com um primo. A parte australiana, de Sydney à Darwin, já havia siso “solo”, mas para quem já mochilou pela Austrália, sabe que a gente nunca fica “solo” de verdade. Ficamos hospedados sempre nos “backpacker’s”, juntos com outras centenas de viajantes (os mochileiros movimentam milhões de dólares na economia australiana!) e, enfim, sempre estamos com alguém, nesse ou naquele trecho da viagem.

Chegando ao estado de Mississipi, nos Estados Unidos

Chegando ao estado de Mississipi, nos Estados Unidos


Enfim, após alguns deliciosos dias em Darwin, parti para um trecho mais aventuroso da viagem. Voei para Timor, na Indonésia, que na época ainda englobava Timor do Leste (hoje independente). O país estava em pleno furacão da crise asiática, a moeda derretendo, população das grandes cidades em polvorosa (no mal sentido!) e turistas, amedrontados, desaparecidos do país. Pois foi exatamente esse ambiente que fez da minha passagem por lá alguns dos melhores meses da minha vida.

Interseção de estradas secundárias no interior do Alabama, nos Estados Unidos

Interseção de estradas secundárias no interior do Alabama, nos Estados Unidos


Com 100 dólares por mês, se vivia como um rei. E como rei éramos tratados também em todos os lugares, pousadas, restaurantes, vilas, todos felizes de estarmos por lá, movimentando seu comércio, justo quando mais precisavam de nós. Podia-se contar turistas nos dedos e um deles era o simpático americano-argentino Andrew Dewar. Juntos com uma inglesa, e depois com um casal de escoceses, cruzamos as ilhas do sul do país, passando por Flores, Sumbawa, Komodo, Lombok e Gili Islands e, finalmente, chegando à Bali, aí sim ainda com turistas. Viajávamos no teto de ônibus, no convés de barcos, em vans apertadas. Foi um período inesquecível.

A enorme universidade em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

A enorme universidade em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Quatorze anos mais tarde, chegou a hora de rever o músico Andrew, hoje respeitável professor universitário na Universidade do Alabama. Casado com Jen, música e professora também, eles nos convidaram para ficar na casa deles em Tuscaloosa. Saímos de Graceland, cruzamos o Mississipi passando pela cidade natal de Elvis e chegamos ao Alabama, estado que eu só conhecia pelo filme de Forrest Gump. Já no estado, deixamos a autoestrada para trás e seguimos por um atalho por estradas secundárias, cortando as lindas e verdes paisagens do Alabama, maior clima de interiorzão. Ao longo da estrada, fazendas, pequenas cidades e postos de gasolina familiares. Paramos em um para abastecer e comer algo e tinha até um enorme cartaz glorificando o General Lee, principal líder militar sulista na Guerra de Secessão. Achei bem legal!

Aproveitando para trabalhar, na casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Aproveitando para trabalhar, na casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Em Tuscaloosa fomos otimamente recebidos pelo antigo amigo e pela simpaticíssima esposa. Moram numa casa joia, no meio de uma imensa área verde. Nosso plano era ir embora no dia seguinte, mas conseguimos marcar a revisão de 80 mil km da Fiona na concessionária Toyota para o dia seguinte, assim resolvemos ficar mais um dia inteiro por aqui. Foi ótimo para poder aumentar o tempo de convivência com os dois, que ficaram nos pajeando na cidade.

Lugar popular para se comer sanduíches de pernil em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Lugar popular para se comer sanduíches de pernil em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Na primeira noite, um jantar delicioso num dos bons restaurantes da cidade e, depois, bar com ótima música, vários dos músicos alunos dos nossos anfitriões professores. Hoje o almoço foi num lugar mais raiz, onde comemos um típico sanduiche de pernil do Alabama. Uma casinha que jamais teríamos achado se não estivéssemos com “guias locais”. Finalmente, no jantar de hoje, comida japonesa, pude devolver a gentileza do jantar anterior.

Fiona volta da revisão dos 80 mil km (casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA)

Fiona volta da revisão dos 80 mil km (casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA)


Bagagem da Fiona guardada na garagem da casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Bagagem da Fiona guardada na garagem da casa do Andrew e da Jenn em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Ao longo do dia, enquanto aguardávamos a Fiona, pudemos trabalhar na internet e até fazer um cooper pelo parque ali do lado da casa deles. Quanto à Fiona, nessa importante revisão que é a dos 80 mil km, ela até ganhou filtros novos, trazidos pelo Rafa e entre para nós em Cuba. Afinal, aqui na América do Norte, não há “fionas” à diesel, e portanto, não há peças específicas para esse tipo de motor.

Correndo com o Andrew no parque ao lado da sua casa em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Correndo com o Andrew no parque ao lado da sua casa em Tuscaloosa, no Alabama - EUA


Amanhã, depois desse ótimo descanso por aqui, viajamos para New Orleans, uma das cidades americanas que mais queria conhecer! Bourbon Street, aí vamos nós!

O belo parque ao lado da casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

O belo parque ao lado da casa do Andrew em Tuscaloosa, no Alabama - EUA

Estados Unidos, Mississippi, Tupelo, Alabama, Tuscaloosa,

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Página 200 de 161
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet