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Bicicleya estacionada em praia de Livingston, no litoral caribenho da Guatemala
Nós chegamos a Livingston de Rio Dulce e logo fomos cercados por garotos querendo vender Deus e o mundo, pousadas, passeios, restaurantes, artesanato, qualquer ajudinha terá um bom preço, situação bem comum nos lugares turÃsticos aqui na América Central. Às vezes passamos batido e escapamos deles, mas desta vez dois, bem insistentes e simpáticos nos acompanharam e garantiram que não terÃamos que pagar nada pela simpatia. Um era maya e o outro garifuna, além do espanhol se viravam no inglês e foram muito prestativos.
O rio Dulce é a principal "estrada" na região de Livingston, no litoral da Guatemala
Eles nos levaram até o Nostra Casa Hostal, a casa de um nova iorquino casado com uma guatemalteca que fica na beira do rio. A pousada é simples, mas bem simpática. A casa possui 2 quartos extras que são alugados a turistas, compartilhando o mesmo banheiro da famÃlia. A cozinha e a palapa em frente ao rio a noite viram uma pizzaria, a melhor da cidade. O café da manhã não está incluÃdo, mas os sucos, vitaminas e os sonhos recheados de frutas que eles fazem são deliciosos!
TRabalhando no quintal da nossa pousada em Livingston, no litoral da Guatemala
Todo o lugar está sob os auspÃcios do casal e nas nossas conversas ficamos curiosos em saber como ele havia vindo parar aqui. Perguntamos e sem titubear, com seu jeito acertivo e acelerado (bem diferente do ritmo livingstoniano), ele nos respondeu:
"Eu trabalhava em um grande banco em Manhattan, na Wall Street. Andava em porches e ferraris, ternos Armanis e Guccis. Vi toda a crise se formar, acompanhei de dentro o que aconteceu e eu não conseguia concordar com o que os mercado financeiro, os bancos, os Estados Unidos estavam fazendo com o mundo. Foi horrÃvel! Resolvi sair deste mundo, vendi meu apartamento, doei quase tudo o que tinha e saà viajar. Em 15 dias de viagem pela Guatemala cheguei aqui e decidi que era onde eu ia morar. Passei a vida procurando o mundo perfeito, a mulher perfeita e, quase aos 50 anos, eu ainda era solteiro, estava estressado e não era feliz, pois é claro, isso tudo não existe!
Hoje estou vivendo com a minha mulher guatemalteca, que não é perfeita mas temos um relacionamento divertido. A pousada e a pizzaria não me deixarão rico, mas com o pouco dinheiro que faço eu pago as minhas contas e vivo tranquilo, sem pressão. Não sei quanto tempo ficarei aqui, cheguei há três anos e até agora não pensei em voltar. Minha famÃlia toda pensa que eu sou louco por ter trocado que eu tinha lá em Nova Iorque pela vida que tenho hoje, mas o que interessa é que eu estou feliz. A vida pode ser simples."
Eu fiquei ali, parada e estupefata perante tal depoimento. Era claro que ele não pertencia aquele lugar, mas eu não imaginava a rica história e experiência de vida que estava por escutar. Nunca é tarde para alguém decidir mudar, ver o mundo, ter uma nova vida, valorizar as coisas simples e cultivar o que realmente lhe faz feliz.
Em dia de muito sol, delicioso mergulho em praia de Livingston, no litoral da Guatemala
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