0
arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha
Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela
Maurício Furlan (13/08)
Boa tarde Ana tudo bem? Estou me programando para uma viagem e quero conh...
Xalaco (03/07)
Oi! Parabéns pelo site. Desde pequeno meu pai me chamava de Xalaco! Meu ...
Marco ( Marquinho ) (08/06)
olá boa noite meu nome é marco codinome marquinho hoje com 45 anos tec....
Henrique Faria (30/03)
Excelente seu blog. Coisa rara na Net, escrito com capricho, como a nossa...
Adi Barbosa (23/03)
Parabéns pela viagem a nossa cidade. São Thomé das Letras, especialmen...
Barco na vega na orla de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Cap-Haitien foi um dos principais portos de cruzeiro do Caribe na década de 70. Recebia navios de cruzeiros que lotavam os restaurantes, bares e casas de jogos da pequena urbe haitiana. Hoje a charmosa cidade de arquitetura colonial francesa anseia por reviver seu passado de glória. Nos tempos de vacas gordas toda a cidade era beneficiada pelo turismo.
Vendedora de frutas, em Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Joseph, que hoje pede dinheiro nas ruas, arranha 4 ou 5 idiomas aprendidos nos tempos em era guia das centenas de turistas “gringos e europeus” que vinham ao norte da ilha. Pergunto à ele, então, o que aconteceu que os cruzeiros desapareceram daqui e ele diz que a AIDS foi uma das culpadas. Desde que a AIDS apareceu no começo da década de 80, uma das hipóteses é de que ela teria surgido no Haiti, um dos países mais afetados no início da epidemia. Nada se sabia sobre a doença, forma de contágio, etc, e assim o Haiti ganhou a fama. A fama somada às agitações políticas contra a ditadura comandada por Papa Doc e Baby Doc e à guerra civil subsequente, fizeram com que as companhias de cruzeiro se afastassem e mudassem de destino. Quem soube se aproveitar da oportunidade foi o país vizinho, República Dominicana, que passou a ser uma alternativa mais segura para os turistas.
Vista de Cap-Haitien, no norte do Haiti
A cidade de Cap-Haitien é a segunda maior do país, bem espalhada entre o mar e as montanhas com aproximadamente 200 mil habitantes, porém é à beira mar no Boulevard du Cap-Haitien que os hotéis e restaurantes se concentram. Uma das zonas mais nobres da cidade, a área do Boulevard está entre o centro histórico e a Praia de Rivas. Uma curta caminhada nos leva à Catedral, praça principal e à uma viagem no tempo entre as casas antigas das ruas da cidade.
Arquitetura colorida no centro de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Estudantes por todos os lados nos dão um bom sinal de que o país está mudando. O novo presidente haitiano é muito popular, todos gostam dele. Michel Martelly, conhecido também como “Sweet Micky”, era um cantor de Kompa Music e se tornou presidente em 14 de maio de 2011. Um cantor no poder é algo controverso, já que não possui nenhuma experiência administrativa e política, mas ele tem algo que os outros políticos não possuem, amor pelo país. Este amor e a vontade de transformar o Haiti o fazem aceito em todas as parcelas da população, dos mais pobres e simples, até àquela pequena parcela mais politizada. Uma das primeiras e maiores resoluções do novo presidente foi que todas as crianças deveriam ir à escola, e assim está sendo, todos os dias vemos uma incontável soma de crianças e jovens uniformizados indo e vindos de suas escolas. Ótimo começo!
Dirigindo pelas ruas de Cap-Haitien, a segunda maior cidade do Haiti
Na Catedral encontramos um grupo de meninas curiosas, me olhavam sem parar, queriam interagir, fotos, não sei. É nessas horas que me odeio por não saber falar a língua local e aqui, no caso, nem o francês! Fotos, porém, são a linguagem universal e dentro da catedral elas posaram para mim sorridentes e faceiras.
Meninas no interior da catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Esta cena, por sinal, me fez lembrar uma informação curiosa. Todos temos uma imagem de que o Haiti é o país do voodoo, a tal da religião de base africana que se desenvolveu e é predominante na ilha. Verdade? Bem, os dados do último censo revelam que 80% dos haitianos se dizem católicos. Acho que se o voodoo fosse mesmo tão disseminado nós teríamos visto sinais mais claros... de qualquer forma, mesmo curiosos, não nos empenhamos muito na busca dos rituais de voodoo por aqui.
Catedral de Cap-Haitien, cidade na costa norte do Haiti
Durante a tarde almoçamos no Restaurante Lakay, um dos pontos de encontro de haitianos de classe média e expatriados que vivem na cidade. Em frente ao mar, com boa música e um menu bem diversificado o restaurante tem o ambiente perfeito para um almoço tardio, uma cervejinha no final da tarde ou um jantar com os amigos. A noite o Lakai estava cheio de locais e expats, um ambiente animado e festivo que ainda não tínhamos encontrado no Haiti, um bar-restaurante que poderia estar em qualquer outro lugar do mundo. Philipe ficou curioso quando nos viu por lá e fez a esperada pergunta: “com que organização (ONG) vocês estão aqui?”, quando respondemos que éramos turistas ele sorriu e confirmou, “Turistas? É raríssimo encontrarmos turistas por aqui, mas quando eu era criança era mais comum, estamos torcendo para que o turismo volte a crescer.”
Com o Felipe, dono do nosso bar preferido em Cap-Haitien, o La Kay (Haiti)
Conversamos sobre a nossa viagem, as suas experiências e visões do país, além de dicas para os roteiros pela região. Philip foi tão atencioso que nos deu uma carona até a sua casa, em frente à Praia de Rivas, deixando sua casa à nossa disposição. Não tínhamos muito tempo e tampouco queríamos abusar, assim acabamos ficando na praia, apenas observando o pouco movimento de locais, meninas tomando banho com água do mar e sabão, rindo e se divertindo, enquanto os meninos assistiam ao longe. É o velho ritual do acasalamento, igual em todas as espécies e em todos os lugares! Hahaha!
Antigo forte francês em Cap-Haitien, no norte do Haiti
Garotas tomam banho na água do mar, em praia de Cap-Haitien, no norte do Haiti
Cap-Haitien é a principal base para exploração de duas grandes atrações turísticas do país: a fortaleza conhecida como Citadelle Laferrière e Labadie, um paraíso tropical escondido na costa norte do Haiti. Amanhã começamos as nossas explorações na região.
Fim de tarde na beira-mar em Cap-Haitien, no norte do Haiti
2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet