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Fernanda (24/06)
PESSOAL DO MST O MST está cobrando a entrada para os couros, mas eles N...
Tatiana Wolff (23/06)
Acabamos de voltar! A viagem foi muito legal, mas frustrante ao mesmo tem...
Ricardo (23/06)
Irei meio de setembro, e vou direto para fairbanks. Te perguntei dos rada...
Dhian (22/06)
Olá... Sensacional o relato de Bonaire... estou bastante feliz!! Estou ...
Ricardo (22/06)
Ola, farei uma viagem ao alaska (de anchorage ate fairbanks), de carro, e...
Baía de Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Nas nossas “férias das férias” edição 80 anos do Seu Gustavo, seguimos com a programação especial Litoral Paulista! Em meio às manifestações que estão acontecendo em todo o Brasil e inclusive na praia de Ubatuba, fechando o trânsito da estrada entre Ubatuba e as praias do norte, nós nos isolamos na última prainha do litoral paulista, quase na fronteira com o Rio de Janeiro: Picinguaba!
Chegando de barco à pacata vila de Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Conhecida por seus longos roteiros de caiaque nas baías de águas verdes cristalinas, grutas e inúmeras baías, Picinguaba é uma pequena vila de pescadores que resiste ao tempo e ao desenvolvimento pouco sustentável do litoral de São Paulo.
Picinguaba e a Serra do Mar, no litoral norte de São Paulo
Canoas na pequena praia de Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
A vila está aos pés do chamado Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar e possui poucas opções de hospedagem. A Pousada Picinguaba, onde ficaram hospedados meus sogros e a Lina, está no canto esquerdo, subindo uma pequena ladeira entre casas e o verde do parque, com uma privilegiada vista do mar, da baía e da Praia da Fazenda.
Hotel em Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Baía de Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Picinguaba estava com tempo nublado, meio chuvoso e bastante frio para nós que vínhamos do calor do norte brasileiro. Nossa rotina nos 3 dias na vila incluiu caminhadas na praia da Fazenda, a mais longa delas com cerca de 3 km, aperitivos na nossa pousada Sobre as Ondas, à beira da praia, apetitosos jantares na Pousada Picinguaba todas as noites e o mais importante, todo o tempo dedicado à aproveitar a companhia da família.
No hotel em Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Caminhando na praia da Fazenda em Picinguaba, no litoral norte de São Paulo
Estávamos torcendo para ter um dia ensolarado para poder cruzar de barco para a Ilha das Coves, em frente à Picinguaba, onde dizem estar a praia de areias brancas mais linda da região. Infelizmente o sol não apareceu e decidimos então dar uma esticadinha e ir até a sempre charmosa Parati.
De volta à sempre charmosa Parati, no Rio de Janeiro
Parati com suas ruas de pedra no irregular e melhor estilo pé-de-moleque é sempre um deleite para qualquer turista com sede fotográfica. As carroças puxadas à cavalo, as donas de casa varrendo a rua em frente à sua casa, com eira e com beira, cada janela, cada porta, cada igrejinha e cada história do centro de Parati.
Uma típica rua de Parati, no Rio de Janeiro
Com meu pai, visitando Parati, no Rio de Janeiro
Como turistas entramos em todas as lojinhas de artesanatos, cachaças de todas as idades, doces de leite, banana e goiabada. Almoçamos em um restaurante de cinema em preto e branco e tomamos coragem de nos despedir da encantadora cidadezinha de Parati.
Igreja em frente à baía de Parati, no Rio de Janeiro
Nossa próxima parada após uma breve manhã de sol na piscina da pousada, foi a sempre Ilhabela. Lá ficamos hospedados na casa dos primos Celina e Dudu. Uma casa sobre a montanha projetada para o mar. De todos os cômodos tem-se uma ampla vista para o oceano!
Casa em Ilhabela, no litoral de São Paulo
Com frio, calor ou o que for, uma vez estando nesta casa com ótimas companhias, não precisamos de mais nada. Chegamos junto da Gogóia, Tio Carlos e Chico, seguidos por Lalau, João Pedro e Antônio, Guto e Léo no dia seguinte.
Pais e tia em Ilhabela, no litoral de São Paulo
praia de Jabaquara, em Ilhabela, no litoral de São Paulo
Na sexta-feira veio o primo Haroldo disposto a pegar uma praia e nos dar carona de volta direto à Guarulhos, de onde voamos para Boa Vista. Mas ainda tivemos tempo de pegar uma praia em Jabaquara, curtir os sobrinhos, tios e irmãos/cunhados e, ainda almoçar com os donos da casa, Celina e Dudu, grandes cicerones que chegaram no sábado com os filhos Kalú e Zé.
Com a Celina e o Dudu, os felizes proprietários da linda casa em Ilhabela, no litoral de São Paulo
Família (quase) toda reunida novamente, faltaram sobrinhos, mais cunhados e tios, mas já deu aquele gostinho bom e aquele aperto ainda maior na despedida. Calma, faltam só uns 7 meses para o nosso retorno. São momentos como este que fazem a nossa volta ao mundo real menos amedrontadora! Enquanto isso voltamos ao mundo dos 1000dias, nossa Fiona e ainda muitas estradas para percorrer e mais histórias para contar.
Foto familiar em Ilhabela, no litoral de São Paulo
A incrível cor da Laguna Verde, no lado chileno do Paso San Francisco, passagem andina entre Argentina e Chile
O San Francisco é um dos pasos mais ao norte na Cordilheira dos Andes, entre a Argentina e o Chile e é também um dos mais altos. Famoso não apenas pela beleza cênica de seus campos de altitude, o Paso San Francisco se fez conhecido entre os montanhistas e aventureiros também por abrigar algumas das montanhas mais altas da cordilheira, dentre elas o Ojos del Salado (6.896m), a segunda montanha mais alta da América.
A magnífica paisagem do lado argentino do Paso San Francisco, na região de Fiambala, a caminho do Chile
Há muito vínhamos namorando este cruze dos Andes, inclusive com uma tentativa frustrada no início do mês de agosto de 2011. O lado chileno do passo estava coberto de neve e totalmente intransitável. Nós conseguimos chegar aos 4 mil metros em Las Grutas, onde está localizada a imigração e a aduana argentinas. Andamos mais 15 km e topamos com neve por todos os lados, uma paisagem branca maravilhosa e a impossibilidade de continuarmos.
A magnífica paisagem do lado argentino do Paso San Francisco, na região de Fiambala, a caminho do Chile
Desta vez foi diferente, chegamos quase dois meses mais tarde e a primavera já derreteu boa parte da neve que caiu neste inverno, um dos mais fortes dos últimos anos nesta região. Saímos cedo de Fiambalá e depois de cruzarmos campos dourados, salares, lagos congelados e hordas de vicuñas selvagens, finalmente estávamos de volta à mesma Gendarmeria de Las Grutas.
Encontrando vicunhas ao longo da estrada que leva ao Paso San Francisco, entre Fiambalá, na Argentina, e Copiapo, no Chile
Encontrando vicunhas ao longo da estrada que leva ao Paso San Francisco, entre Fiambalá, na Argentina, e Copiapo, no Chile
Os oficiais demoraram mais que o normal para a revisão dos documentos e do veículo, pois estavam treinando o novo batalhão que vem substituí-los nos próximos meses. A nós a demora não foi incômoda, pois pudemos aproveitar para trazer à memória como foi aquele dia em que passamos aqui há mais de dois anos. Lá estava o nosso adesivo colado na janela (em meio à tantos outros) para comprovar isso.
Chegando à fronteira entre Argentina e Chile, no Paso San Francisco, a mais de 4.700 metros de altitude
De volta ao Paso San Francisco, entre Argentina e Chile, lá está o adesivo do 1000dias, deixado ali há mais de dois anos!
Passadas as burocracias, o caminho daqui em diante desta vez seria diferente. Uma imensa planície sobre os 4.000 metros, negra e acinzentada do lado chileno. Subimos lentamente até os 4.700m cercados de antigos vulcões e montanhas negras pintadas com neve, escovadas pelo vento forte em contraste com um belo céu azul. Ali, há uns 15 km da fronteira chegamos a um dos pontos altos dessa estrada, a Laguna Verde! Um mar de cor caribenha, temperaturas polares e ondas insistentes, rodeado por dunas de areia, penhascos de pedras multicoloridas em plena Cordilheira dos Andes.
A fantástica paisagem da Laguna Verde, no lado chileno do Paso San Francisco, passagem andina entre Argentina e Chile
Aí mesmo, com essa paisagem de outro mundo nós almoçamos protegidos e aquecidos pela nossa Fiona. Seguimos pela estrada de rípio, longa e incansável entre as curvas, subidas e descidas, blocos de neve talhadas pelas máquinas que, sem dúvida, trabalharam muito para mantê-la assim. O lado chileno sofre mais com as intempéries do clima, a paisagem árida, as pesadas nuvens no céu e a quantidade de neve que encontramos no caminho corroboram com a teoria dos observadores.
Há dois anos, a neve não nos deixou passar desse ponto, no nosso caminho para o Paso San Francisco, entre Argentina e Chile
Estrada de rípio no lado chileno do Paso San Francisco, ligação entre o país e a Argentina
Esperávamos baixar mais rápido, sentíamos a altitude, a pressão na cabeça, repentinas faltas de ar que passavam rapidamente, assim como a fadiga dos poucos metros que arriscávamos andar naquele vento e naquela altitude. Ventos de muitos quilômetros por hora que faziam difícil o simples ato de abrir e fechar a porta do carro. “Sorte dos que estão de carro”, deviam pensar os bravos motociclistas que passaram por nós.
Coordenadas do Paso San Francisco, entre Argentina e Chile, uma das mais belas passagens sobre a cordileira dos Andes
Muitos quilômetros depois, finalmente chegamos à uma placa que nos indicava o principal motivo de estarmos aqui, o vulcão Ojos del Salado. Há muito tempo o Rodrigo vem namorando essa montanha, um sonho que um dia ainda irá realizar. Chegamos a imaginar que conseguiríamos subi-la neste regresso ao Paso San Francisco, mas o timing não bateu, a temporada abre apenas em janeiro e fevereiro, quando o clima é mais propício para a ascensão.
Chegando perto da segunda maior montanha das Américas, na fronteira entre Chile e Argentina
Ao longe vimos o imponente vulcão, a segunda maior montanha da América e o vulcão ativo mais alto do mundo! Passamos pelo Refúgio Claudio Lucero a 4.530m, andamos por sua sala e vimos os restos de comida e suprimentos deixados pelos montanhistas que passaram por ali. A mesma casa hoje quase fantasma que assoviava com o vento inclemente, recebe todos os anos dezenas de montanhistas com o único objetivo de chegar ao cume do Ojos del Salado.
Um dos refúgios de apoio aos alpimistas que tentam subir o Ojos del Salado (ao fundo, na foto), na região do Paso san Francisco, entre Chile e Argentina
Nossa primeira visão do majestoso Ojos del Salado, a segunda maior montanha das Américas, na fronteira entre Chile e Argentina, região do Paso San Francisco
Um dos refúgios de apoio aos alpimistas que tentam subir o Ojos del Salado, na região do Paso san Francisco, entre Chile e Argentina
Seguindo os rastros antigos e ainda mais desgastados vamos em sua direção, como em um intento de nos sentirmos mais próximos, mais íntimos, tentando refazer os passos do Guto e do Haroldo, cunhado e primo que há alguns anos estiveram lá em cima. São 20km até o Atacama, último refúgio antes do ataque ao cume, mas o Rio Salado estava congelado e a neve travava o nosso caminho. As nuvens sobre o Ojos trovejavam e relampejavam como se quisessem nos avisar, não... esta não é a hora. Voltamos e chegamos a pensar em dormir ali no refúgio, mas o frio e a altitude me assustavam, dormir a esta altitude sem estarmos aclimatados seria muito arriscado, então seguimos adiante mais 30, 50km, não sei... perdemos a noção. A esta altura só queríamos encontrar algum lugar para nos abrigar e de preferência abaixo dos 4.000m de altitude.
Trilha de aproxima~]ao do Ojos del Salado, na fronteira entre Argentina e Chile
Chegamos à Gendarmeria chilena com grandes esperanças que encontraríamos um refúgio, como existe do lado argentino. Os escritórios todos estavam abertos, mas desertos, ninguém na imigração, ninguém na aduana e depois de muito procurar Rodrigo encontrou um simpático carabinero (policial) que nos ofereceu um quarto dentro do edifício da imigração. Perfeito! Melhor impossível, o plano era dormirmos em uma barraca, com grandes chances de pegarmos -15, -18°C e muito vento! Enquanto carimbávamos os passaportes, Juan Carlos, o funcionário responsável pela organização do local, nos conseguiu colchões, aquecedor, chaleira elétrica para um chá, leite, chocolate em pó, bananas e quilos de cobertores. Era um quarto 5 estrelas! Mais engraçado ainda era sair dali e dar de cara com uma máquina de raio X da aduana e toda a infra da imigração.
Confortavelmente instalado no prédio da aduana chilena, no Paso San Francisco, a caminho de Copiapo
Nosso delicioso jantar no prédio da aduana chilena, no Paso San Francisco, a caminho de Copiapo
Bem abrigados ainda cozinhamos um macarrão delicioso, acompanhados de um bom vinho argentino. Copiapó estava a 180 km dali, mas as nossas aventuras pelo altiplano chileno ainda não haviam terminado.
Passando pela imigração argentina, a caminho da fronteira com o Chile, no Paso San Francisco
No alto da torre da Catedral, em Potosí - Bolívia
Postosí nasceu em 1545 meio à exploração das minas de prata do Cerro Rico. Durante dois séculos foi a cidade mais rica e importante do Império Espanhol na América Latina.
A cidade de Potosí - Bolívia, ao pé do Cerro Rico
Em um cenário de escravidão, onde africanos e indígenas sofreram nas mãos dos colonizadores, a cidade também passava por um processo de aculturamento, onde o desenvolvimento da arquitetura colonial e a cena das artes resplandecia no altiplano Boliviano. As ruas eram pavimentadas com prata, mansões e igrejas ornamentadas davam formas à cidade que hoje se tornou Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
A bela fachada da igreja de San Lorenzo, em Potosí - Bolívia
Hoje estas pérolas da arquitetura colonial foram restauradas e abrigam diversos museus, como o Convento São Francisco, ou o Museu e Convento Santa Teresa, ambos no centro da cidade. A Casa da Moeda, que antes cunhava as moedas do reino feitas com o metal extraído, hojefoi transformada em um dos melhores museus da Bolívia.
Convento São Francisco, em Potosí - Bolívia
Na Praça Central visitamos a Catedral, que está passando por uma longa reforma. As imagens em restauração mostram ícones da maçonaria, presente não apenas na construção das igrejas da época, como dentre os grandes líderes que mais tarde formaram a nova república. Os Generais Simón Bolívar, San Martín, na Argentina e outros grandes personagens da história mundial faziam parte das ordens maçônicas. Um órgão afinadíssimo de nada mais nada menos que 3 toneladas foi trazido da Alemanha, doado por um dos Barões do Estanho.
Restauração da parte interna da Catedral em Potosí - Bolívia
O ponto alto, literalmente, é a visita ao Campanário da Igreja de onde temos uma vista 360° da cidade de Potosí. Ele é formado por 5 sinos, 4 menores ao redor feitos de estanho e o principal, feito de estanho e ouro, conhecido por produzir o som mais puro, as melhores e mais altas badaladas de toda a Bolívia, podendo ser ouvido há mais de 30 km.
A torre do relógio da CAtedral em Potosí - Bolívia
Nosso guia nos surpreendeu com a qualidade das informações e bom humor, tornando o tour à catedral uma passagem obrigatória.
Com nosso ótimo guia da Catedral de Potosí - Bolívia
Mesmo sob temperaturas próximas a zero, a cidade não perde a sua vivacidade. Próximo à Catedral está o Mercado Central, super movimentado mesmo durante a noite. No momento “gastronomia” resolvemos explorar também a culinária local e ver o que existe além dos “pollos com papas” (frangos com batata frita).
Venda de pão nas ruas de Potosí - Bolívia
Fomos ao Restaurante El Mesón e provamos a deliciosa carne de llama, preparada em medalhões e cobertas com um molho vermelho bem concentrado, provavelmente de tomate e ervas. Acompanhavam arroz, legumes e batata cozidos. Delicioso! Para acompanhar, um bom vinho boliviano vindo da região de Tarija. Mais uma vez voltamos ao hotel bem impressionados com a riqueza cultural e turística que nos apresenta esta nova Bolívia.
A torre do relógio da CAtedral em Potosí - Bolívia
Junto com a banda The Hall Effect, no hotel Paraiso, em Girardot, na Colômbia
Um festival de música com um conceito diferente de tudo que já foi feito na Colômbia. 17 horas de música e muita rumba, com um ambiente super tropical, piscina, gramados e uma infra-estrutura digna de filmes hollywoodianos.
Esperando pelo show do The Hall Effect, em Girardot, na Colômbia
No Brasil, festivais como este (talvez sem a piscina, ok), são comuns, porém aqui na Colômbia geralmente os festivais são realizados em praças, gratuitos e por isso muito mais lotados, porém sem o conforto, infra-estrutura e principalmente a liberação de venda de comida e bebidas alcoólicas, o que, convenhamos, faz uma diferença em festas como esta. A festa aconteceu no Paraíso Hotel Estudios en Ricaurte, Cundinamarca, a 10 minutos de Girardot, menos de 2 horas de Bogotá. Além de proporcionar um clima mais quente e convidativo, o hotel em si já é uma atração, já que foi idealizado e construído também para cenografia de filmes e novelas.
Preparativos para o concerto Rock in Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Hot em Paraíso é o primeiro festival em piscina no país e apresentou no seu line-up uma constelação de estrelas latinas como Los Amigos Invisibles, Yotuel (de Orishas), Superlitio, Bomba Estéreo, The Hall Effect, Sidestepper y Systema Solar, que fizeram desta uma das melhores festas do ano! Na primeira edição a organização esperava receber um público com em torno de 2 mil pagantes e o número chegou a quase 4 mil pessoas!
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Aqui faço uma pausa para reflexão. Quantos de vocês já ouviram falar nessas bandas acima? Eu confesso que só conhecia o Yotuel do Orishas e a The Hall Effect, por motivos óbvios já contados aqui neste blog. Convivendo e conversando com os nossos novos amigos músicos, nos demos conta de como o Brasil é uma ilha dentro da América Latina. O intercâmbio cultural entre o Brasil e os nossos hermanos latinos é praticamente zero! Bandas que fazem sucesso em toda a América, inclusive nos EUA, onde a população latina é imensa, nunca tiveram espaço nas programações de rádios e TVs brasileiras. Ritmos e músicas sensacionais, salsa, ballenato, rumba, fusion mal chegam ao Brasil. Assim como o melhor da nossa música também nem chegou perto daqui. É claro que a língua é uma barreira, mas se estamos tão abertos ao mercado americano, por que não abrirmos mais uma fronteira e deixarmos a latinidade tomar conta?
Chegamos ao festival e a cada música eu ficava mais indignada por não conhecer e não ter acesso a estas bandas antes. Mal tiveram tempo de se instalar e a The Hall Effect, depois de 12 horas de viagem e pouquíssimas horas de sono, já foi chamada ao palco. Como não somos daqui e nunca tínhamos ouvido falar, demora um pouco para captarmos o tamanho do sucesso que a banda tem. Eu já tinha entendido, sabia que eles eram super requisitados na mídia, TV, rádios e principalmente pelos fãs. Mas quando os vimos no palco pela primeira fez foi que o Rodrigo caiu na real... Eles são grandes mesmo! Profissionais! Rsrsrs!
O rock brit criollo, como foi classificado pela revista Rolling Stones, criado pela banda de rock colombiana The Hall Effect é simplesmente sensacional! A única banda colombiana que compõe e canta em inglês já fez tours pela França e Inglaterra e trilha seu caminho para estrelar ao lado de gigantes da música internacional, com produção dos melhores da música latina e européia.
Show do The Hall Effect no hotel Paraíso, em Girardot, na Colômbia
Fica ainda mais difícil de ter esta noção pela simplicidade e carisma de todos os integrantes da banda, Oscar (vocal), Charry (guitarrista), Douglas (baixista) e Andres (baterista), que estão há 7 anos na estrada, possui milhares de fãs por todo o país. Eles nos receberam de braços abertos no meio da sua turnê e nos carregaram para este festival animal! É mole ou quer mais?
Com o Andres e a Viviana antes do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
Coloco aqui um dos clips das músicas deles para começarmos a expandir essas fronteiras da música latina!
A noite caiu e a festa só ficava cada vez melhor. Mesmo sem dormir e cansados das 12 horas de estrada, não tinha como ficarmos parados! Festa, boa música, piscina e bons amigos, a mistura perfeita!
Com o Andres, a Viviana, o Sharry e a Mari depois do show do The Hall Effect, em Girardot, na Colombia
Com o Pablo e a Andrea, observando a cidade de Santiago, capital do Chile, do alto do Cerro San Cristobal
Há tempos esperávamos chegar a Santiago, uma das últimas capitais que nos faltava conhecer nas Américas e Caribe. Santiago para mim não era apenas sinônimo de uma grande metrópole, mas também um lugar que encontraríamos facilmente nos seus arredores bons vinhos, águas termais, os Andes e onde teríamos o prazer de rever um dos primeiros viajantes que encontramos no caminho, o casal do América Sin Fronteras.
Com a Andrea e o Pablo, casal chileno em viagem pela América do Sul (em Ubajara - CE)
Pablo e Andrea, são chilenos viajados, eles também tiveram o ímpeto de pegar a sua caminhonete Toyota Hilux e viajar por toda a América do Sul por pouco mais de um ano. Nós o encontramos no Ceará em um lugar que poucos brasileiros conhecem, o Parque Nacional Ubajara. Nós passamos uma noite e um dia inteiro juntos explorando a Serra do Ipiapaba, fazendo trilhas e encontrando cachoeiras lindas, como a Cachoeira do Frade. Foi uma tarde inolvidable, peleando com o nosso espanhol que naquela época só estava engatinhando.
Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE
Com os chielenos Pablo e Andrea, na Cachoeira do Frade, em Ubajara - CE (foto de America Sin Fronteras)
Pablo e Andrea continuaram a viagem rumo ao litoral do nordeste, enquanto nós seguimos para o norte, a caminho das Guianas, mas mantivemos contato e quando eles chegaram em Curitiba ficaram hospedados na casa da minha mãe, aproveitando para conhecer a cidade um pouco mais de perto. Rodaram a cidade toda com a Diana, minha cachorra que adorava passear, e foram até acompanhar um dia em uma unidade de saúde junto com a minha mãe, já que a Andrea é assistente social e tinha curiosidade de conhecer como é feito este trabalho no Brasil.
A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011
O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011
A Andrea, nossa amiga chilena, passeia com a saudosa Diana nas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011
O Pablo, nosso amigo chileno, descansa com a saudosa Diana durante passeio pelas ruas de Curitiba, no Paraná, em Maio de 2011
Depois disso muita estrada rolou, nós até o Alasca, eles pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina e agora já estão na aventura de construir sua nova casa e ter filhos! Andrea está grávida de 5 meses e hoje eles vivem em Rengo, que está uma hora e meia ao sul de Santiago, mas não hesitou em vir até a capital para nos mostrar a cidade ao lado de Pablo.
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Nosso encontro em 3 de Fevereiro de 2011
Parque Nacional de Ubajara, Ceará - Brasil
Com o Pablo e a Andrea no Parque Nacional de Ubajara - CE
Reencontro em 09 de Outubro de 2013
Cerro San Cristóbal, Santiago - Chile
Com os amigos chilenos Pablo e Andrea no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile
Nossa chegada à Santiago foi em uma tarde ensolarada, fomos direto para a região de Lastarria, indicada pelo Pablo por ser super central, localizada entre o Bellas Artes, o centro e Bellavista. Naquela tarde rodamos o centro, caminhando pela Alameda, uma das principais avenidas da cidade. À noite enquanto o Rodrigo descansava se recuperando de uma indisposição alimentar, eu saí com Pablo e Andrea para conhecer o agitado bairro de Bellas Artes e tomar uma cerveja acompanhado de uma porção de chorrilanas no tradicional Galindo.
O Pablo e a Andrea no topo do Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile
No dia seguinte eles voltaram a nos encontrar aqui no centro, mas desta vez para nos mostrar toda a cidade! Montaram um roteiro com o melhor de Santiago para vermos em um dia (que vocês podem ler aqui). Conhecer uma cidade em um dia é complicado, por isso decidimos caminhar e sentir os diferentes bairros, cerros e paisagens, com um misto de restaurantes, bares e o melhor, guiados pelos locais mais viajantes que poderíamos encontrar no Chile!
Com o Pablo e a Andrea no restaurante Venezia, em Santiago, capital do Chile
A noite nos mudamos para a casa de Maria Esther, a mãe de Pablo, na parte sul de Santiago no bairro de La Cisterna. Uma zona residencial super agradável há 20 minutos do centro em metrô e onde guardaríamos a Fiona pelos próximos 6 dias enquanto nós voávamos para a Ilha de Páscoa. Maria Esther foi a nossa super anfitriã! Nos recebeu com um belo café da tarde, palta, que nunca pode faltar na mesa, braços de princesa de manjar (nosso rocambole de doce de leite) e uma ótima conversa! Nada como conviver com pessoas que vivem na cidade para entender melhor a dinâmica do seu dia-a-dia.
Visita ao tradicional restaurante Venezia, em Santiago, capital do Chile
No caminho tivemos a má sorte e péssima surpresa de encontrar novamente a Fiona com o vidro quebrado. A deixamos parada 10 minutos no estacionamento de um supermercado enquanto saímos para comprar um vinho, quando voltamos ela estava assim.
A pobre Fiona tem os vidros quebrados pela segunda vez em 5 dias, dessa vez no estacionamento de um supermercado em Santiago, capital do Chile
A pobre Fiona tem os vidros quebrados pela segunda vez em 5 dias, dessa vez no estacionamento de um supermercado em Santiago, capital do Chile
Detalhe: desta vez tínhamos TUDO dentro dela, computadores, nossos HDs com back up de fotos e vídeos de toda a viagem... TUDO! A sorte foi que o segurança do supermercado chegou e o ladrão teve tempo apenas de levar a mochila do Pablo, que tinha uma câmera digital e algumas coisas de menor valor dentro... Pablo ficou inconformado de chegarmos ao seu país, depois de tanto tempo viajando, e sermos roubados duas vezes em 5 dias! Bem, nós também ficamos... Mas enfim, tivemos sorte, nada mais foi levado e logo iríamos deixar Fiona guardada em um lugar seguro pelos próximos dias e poderíamos pegar umas férias da inseguridade do continente.
Com o Pablo, subindo de funicular o Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile
Na volta à Santiago Maria Esther também nos recebeu com braços abertos, e nós, carentes de uma casa de família, aceitamos de coração! Rsrs! Pablo e Andrea estava em Rengo com um compromisso importantíssimo, neste dia eles descobriram o sexo do bebê e será um menino! Simón estará grandão na barriga da Andrea quando passarmos por Rengo para visitá-los!
Com a Maria Esther, a mãe do Pablo, que nos recebeu em casa e guardou a Fiona por lá enquanto viajávamos para a Ilha de Pascoa
Na chegada uma bela surpresa, Pablo já havia arrumado o vidro quebrado da Fiona, nos poupando tempo de passeio e deixando a Fiona linda e novinha em folha! Ficamos mais duas noites e até comemoramos com a família o aniversário da Joselin, irmã de Pablo. Nos sentimos mais do que em casa, super acolhidos por nossa família chilena. A todos, o nosso muito obrigada! Nossa futura casa já está de portas abertas para todos lá no Brasil!
Com a Andrea, subindo de funicular o Cerro San Cristobal, em Santiago, capital do Chile
Fiona enfrenta sua primeira estrada de terra
Parque Estadual do Alto Ribeira. A primeira vez que ouvi falar sobre o PETAR foi na revista Capricho, acreditem se quiser! Primeiro porque, sim, eu lia Capricho, coisas de adolescentes. Segundo porque, sim, a Capricho tinha uns conteúdos interessantes, como por exemplo ½ página apresentando o PETAR às suas leitoras. Eu e a Paulinha vimos e adoramos! Escoteiras “natas” e dedicadas resolvemos organizar o acampamento com nossos pais e irmãos em um feriado, acho que foi Páscoa. Só tínhamos 13 anos, de lá para cá muita coisa mudou no Parque, para variar o mesmo que eu já venho falando dos outros parques que visitamos. O PETAR está muito mais burocrático, regulamentado pelo Ibama e outros órgãos estaduais.
Casa na estrada de terra
Chegamos aqui perto das 16h, quando já não se pode entrar em nenhuma caverna. Antes podíamos agendar com o guia local às onze da noite que ninguém iria se incomodar. Mas como sempre, existem os turistas malucos, descuidados com a natureza e consigo mesmo, que fazem com que as regulamentações sejam feitas pensando neles e não em quem é responsável e respeita a natureza. Enfim, faz parte da evolução do ecoturismo ou turismo de aventura, temos que nos acostumar. Nos alojamos na Pousada da Serrinha e já fechamos com os guias locais a agenda para os próximos dois dias:
- Sexta-feira - 21/05: Caverna do Santana, Água-Suja e Lambari. Bóia-cross no final da tarde.
- Sábado – Caverna Temimina, no Núcleo Cabloco. Linda, o Ro ainda não conhece, adoro levar o Rodrigo conhecer coisas novas!
Merecida cerveja após a viagem de 3 horas entre Curitiba e Iporanga, onde está o Petar
Assuntamos com o pessoal da pastelaria, vimos a Romaria da Nossa Senhora de Fátima que está viajando o Brasil inteiro passar pelo Bairro da Serra, aqui em Iporanga e agora vamos jantar para ficarmos bem fortes e alimentados. Amanhã o dia promete!
Obs.: A força estranha está se dissipando, mas hoje ainda agiu. Saímos de casa rumo à BR-116 e ali no Cabral me dei conta que havia esquecido o celular em casa! Socoooorro! O Ro queria me matar. Pelo menos ele aproveitou para dar um alô para o Carneiro e conferir o andamento do site.
Fiona pronta para partir
Banho de mar matinal em Santa Teresa, no litoral do Pacífico na Costa Rica
Principalmente quando é de um lugar tão tranquilo e pessoas tão bacanas. Acordamos hoje com a intenção de pegar estrada cedo em direção ao Parque Nacional Tenório, no norte da Costa Rica e ainda cruzar a fronteira com a Nicarágua. Doce ilusão... não sei por que tanta pressa?
Preparando-se para entrar no mar pela manhã, em Santa Teresa, no litoral do Pacífico na Costa Rica
Que tal um banho de mar de manhã cedo, depois de um alongamento e uma breve sessão de fitness ioga à beira mar?
Banho de mar matinal em Santa Teresa, no litoral do Pacífico na Costa Rica
Banho, arrumações e logo estávamos nos despedindo da nossa room mate, Catarina. Ela me fez uma surpresa sensacional, me deu de presente seus tampões de ouvido super especiais! Isso por que comentei com ela o meu sofrimento noturno com os roncos do meu atlético maridão. Não é um amor?
Com a alemã Catherine, nossa companheira de quarto em Santa Teresa, no litoral do Pacífico na Costa Rica
Depois hora de dizer um até logo a Peter e Fátima e um tchauzinho de longe para Ananda Sofia, a bebê linda do casal, que se nos visse saindo ia querer vir junto! Rs! Não que tenhamos sido assim tão especiais, mas ela é assim mesmo, super social!
Com o Peter e a Fátima, donos do Ranchos Itaúna em Santa Teresa, no litoral do Pacífico na Costa Rica
Pegamos o rumo para a estrada, mas tivemos que dar aquela paradinha na famosa padoca. Pães deliciosos, sanduíches elaborados, saladas de fruta com granola e iogurte, sucos, café, chá, doces de comer ajoelhado e free wi-fi é igual à Bakery lotada!
A rua principal de Santa Teresa, surf town da costa pacífica da Costa Rica
Assim acabamos saindo meio tarde e chegamos à portaria do Parque Nacional Tenório só as 15h30, quando já não rolava entrar na trilha, já que o passeio dura em média 3h30 e aqui as 17h30 já está escuro! Bem, nos acomodamos nessa pousadinha bacana à 2km da portaria do parque, conhecemos um casal de suíços, Liz e Marcel, e o alemão Lutz. Matamos a saudades de um arroz com feijão, frango e chuchu e fomos dormir rezando para o temporal melhorar.
Nosso quarto no Parque Nacional Tenorio, na Costa Rica
Cachoeira Rei da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
As Cachoeiras do Prata são um grupo de 9 cachoeiras e incontáveis quedas d´água, corredeiras e poços de águas verdes cristalinas no meio do cerrado. Um programa que, dependendo do preparo e da disposição, pode durar o dia inteiro, subindo o rio e explorando cada canto deste paraíso.
Caminhando no rio da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
O Complexo das Cachoeiras do Prata tem acesso pela estada que vai ao Vão do Moleque, aproximadamente 60km de Cavalcante. A estrada de terra está boa, poucos buracos e algumas pontezinhas em curvas meio capciosas. As vistas da estrada são lindas, principalmente do mirante que fica logo no início da viagem. Hoje, finalmente, retiraram o cavalo morto que estava há 3 dias na beira da estrada, fedendo até! Na ida ainda encontramos eles, nem os urubus o queriam mais.
Mirante para o canyon da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
A entrada do Prata foi alterada recentemente, a placa leva a uma estrada que está fechada por uma cerca de arame. A propriedade foi vendida recentemente e os novos donos alteraram a entrada, mas ainda não alteraram as placas. Seguindo mais uns 800m está uma outra entrada a direita, por onde logo encontramos a casinha do Seu Jerulino e da Dona Geni, pagamos nossa entrada (5,00 por pessoa) e já encomendamos uma comidinha caseira, feita no fogão à lenha para o final do passeio.
Belo fogão à lenha, na casa onde almoçamos no Rio da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Zé Pedrão conhece bem a região e pelo horário que chegamos lá nos indicou descermos primeiro nas 4 cachoeiras “de baixo”, maiores e mais bonitas e depois voltarmos às cachoeiras de cima. A estrada dentro da fazenda tem trechos bem conservados e cascalhados, cortando o cerrado, dentre montanhas e pequenos vales. No caminho encontramos uma plantação natural de arnicas, eu nunca tinha visto fora do pote, elas parecem pinheirinhos de natal, lindas.
Fiona nos leva para as cachoeiras do Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Paramos com o carro quando a estrada ficou impraticável, a Fiona já tinha andado demais, era nossa vez de fazer exercícios. Uma hora de caminhada, acompanhados de mutucas, os meninos não precisavam se preocupar, pois eu era o repelente natural das mutucas para eles. Matei pelo menos umas 30 junto com o Zé Pedrão.
Banho de cachoeira no rio da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Finalmente chegamos à primeira das quatro cachoeiras, só ela já vale todo o passeio. O Rei do Prata possui um lago imenso de águas verdinhas e uma queda de água de uns 30m que começa por um túnel lotado de andorinhas. Chegamos pelo alto, onde o Rodrigo já queria pular, doido de pedra. Nem demos muito tempo dele empolgar com a ideia, larguei um “nem pensar!!!” e descemos. A cachoeira é belíssima, água deliciosa.
Andorinhões, sempre em casais, no vão da Cachoeira Rei da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Continuamos o cânion e logo encontramos outras cachoeiras a segunda está começando a ser batizada de “Rainha”, mas não sei se o nome já pegou. O ponto alto é a vista do alto da quarta cachoeira, do Urubu, com mais de 100m, do cânion e do vale do Rio Prata, com chapadas imensas e cerrados floridos.
Canyon do Rio da Prata, na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Apertamos o passo na caminhada de volta e perto da Fiona, vimos a quinta cachoeira que é mais uma queda d´água com poços gostosos de banhar. Voltamos um trecho de carro e no alto, passamos por outras 4 cachoeiras. Demos uma última “banhada” no poço da terceira cachoeira, gelada e revigorante.
Belo poço no rio da Prata,na Chapada dos Veadeiros, região de Cavalcante - GO
Terminamos o dia com um almoço delicioso na casa da Dona Cida e voltamos os 50km ouvindo histórias do Zé Pedrão, boas lembranças de Cavalcante.
Centro da cúpula da Capilla del Rosário. Puebla, México
Puebla, depois da Cidade do México, Guadalajara e Monterrey, é a quarta maior cidade do país, com aproximadamente 2,1 milhões de habitantes somando a sua área metropolitana. Puebla de Los Angeles foi fundada em 1531 para sobrepor a vizinha Cholula, um grande centro administrativo e cerimonial dos nativos americanos ainda ativo na época em que os espanhóis chegaram à região.
Ruas de Puebla, no México
Puebla deixou de ser “La Angelópolis” e ganhou seu novo nome e sobrenome em 1862, quando um grupo de 2 mil soltados liderados pelo General Ignacio Zaragoza lutaram heroicamente contra 6 mil soldados franceses, meio debilitados por um surto de diarreia, adiando em pelo menos um ano a ocupação francesa da cidade.
Iglesia de la Compañía em Puebla, no México
Eu diria, porém, que o heroísmo de Puebla está mais presente nas suas ruas, cultura e tradição que em sua história. Uma cidade que mantém um centro histórico preservado com mais de 70 igrejas, uma arquitetura colonial reconhecida por seus coloridos azulejos e uma gastronomia que se tornou sinônimo de excelência em todo o país. O mole pueblano é sua marca registrada, encontrado nos melhores restaurantes de comida tradicional mexicana. Sua receita é quase impossível de ser reproduzida por nós, meros mortais, com mais de 20 ingredientes que vão de chocolate à pimenta e outros diversos condimentos bem mexicanos.
Iglesia de la Compañía em Puebla, no México
Nossa passagem por Puebla infelizmente foi mais rápida do que gostaríamos, mas com um roteiro espremido tratamos de sentir a cidade mais do que ticar pontos no nosso mapa turístico. Um passeio pelo Zócalo e a Casa de Cultura, seguidos por uma visita a uma das principais igrejas da cidade, o Templo de Santo Domingo.
Zócalo, praça principal na cidade de Puebla, no México
A igreja dominicana já impressiona por seu tamanho e imponente altar, mas a grande atração é mesmo a Capilla del Rosario, à esquerda do altar principal, completamente adornada em ouro. A capela foi construída entre 1550 e 1690 em devoção à Virgen del Rosario e é considerada por muitos a oitava maravilha do mundo.
Templo de Santo Domingo. Puebla, no México
Capilla del Rosário coberta em ouro. Puebla, México
Altar em ouro na Capilla del Rosário. Puebla, México
O estilo barroco traz referências dos navegantes do além-mar, como as sereias quase impossíveis de serem encontradas em meio às milhares de figuras. A cultura indígena também está presente não apenas nos traços mas também nas técnicas empregadas pelos artistas locais. O estuco (argamassa de cal fino), para os adornos em alto relevo e o sangue bovino para impermeabilizar e proteger as camadas folheadas à ouro da oxidação.
Teto adornado em ouro na Capilla del Rosário. Puebla, México
Detalhes em ouro da decoração barroca na Capilla del Rosário. Puebla, México
Foram usados dois tipos diferente de ouro, 18 e 21 quilates, doados por um rico minerador devoto da Virgen del Rosário. Nota-se que os adornos de 18 quilates já estão um pouco mais escuros que os de 21, pelo tipo de liga utilizado, mas não menos brilhante e dourado. Hoje, 323 anos depois, podemos confirmar a efetividade da técnica, já que a capela nunca precisou ser restaurada.
Detalhes barrocos em estudo e ouro na Capilla del Rosário. Puebla, México
Detalhes barrocos em estudo e ouro na Capilla del Rosário. Puebla, México
Como não poderia deixar de ser, nosso próximo passo foram as experiências gastronômicas pueblanas. Chile relleno, mole e várias botanas (aperitivos) em um dos restaurantes ao redor do Zócalo, vendo a vida passar embaladas por uma boa chelada!
Templo de Santo Domingo em Puebla, México
O final da tarde foi um tanto quanto ansioso, pois depois de dois dias separada do marido a saudade apertava e eu já estava inquieta para saber do paradeiro do meu herói das montanhas. Hoje, enquanto eu e a Val acordamos no DF e viajamos à Puebla, meu amado marido e nosso amigo Gera chegavam ao topo do vulcão conhecido como Pico de Orizaba!
A maior montanha do país, o majestoso Pico Orizaba, no México (foto de Geraldo Ozorio)
Eles começaram a caminhada ainda na madrugada e sob temperaturas negativas encararam a imensa rampa de gelo, com seus crampons e piolets até o cume da maior montanha do país!
Subindo a longa geleira do Pico Orizaba, no México (foto de Geraldo Ozorio)
Cruz mara o alto do Pico Orizaba, a montanha mais alta do México (foto de Geraldo Ozorio)
Uma homenagem à distância à sua mãe que comemora, lá no Brasil, mais um lindo ano de vida! Parabéns aos aventureiros e montanhistas que realizaram mais um sonho e chegaram em casa são e salvos!
Com o Gera e o Piotr no cume do Pico Orizaba, no México
* Informação útil: a viagem da Cidade do México à Puebla é rápida e indolor. Pegamos o ônibus da companhia Estrella Roja no TAPO - Terminal de Autobuses de Pasajeros Oriental, bem confortável e dura em torno de 2 horas. Em Puebla o ônibus chega em um terminal a uns 20 minutos de táxi do centro da cidade. Nós nos hospedamos no Hotel Colonial, bem no centro da cidade. Top pick indicado pelo Lonely Planet, não era dos mais baratos, mas depois de uma noite na montanha o Rodrigo resolveu se esbaldar em um bom chuveiro e cama quentinhos.
Uma hora e alguns quilômetros depois chegamos a Penedo, cidade às margens do Rio São Francisco, na divisa entre Alagoas e Sergipe. Mais uma vez encontramos o Velho Chico e em uma noite muito especial, a noite de natal.
Missa do Galo em Penedo - AL
Depois de uma soneca rápida nos arrumamos para a nossa noite de natal. Eu queria ter comprado um vinho e umas uvas, mas não foi uma prioridade na lista do Rodrigo, então saímos para descobrir o que poderíamos cear. A primeira e ótima surpresa foi uma missa de natal a céu aberto, em frente à Igreja próxima à pousada. Uma missa linda, com um coral cantando e centenas de pessoas acompanhando, foi ali que o clima de natal tomou conta de mim.
Missa do Galo em Penedo - AL
Há apenas duas quadras dali fica a segunda ótima surpresa da noite, o Oratório, sugestivo nome do restaurante onde fizemos a nossa ceia de natal. Às margens do São Francisco pedimos sua especialidade, tilápia frita, com purê de batata e salada.
Ceia natalina: Tilápia! (em Penedo - AL)
Ao invés do vinho, caipirinhas deliciosas e embaladas por uma ótima música ao vivo, bossa nova, MPB, sertaneja, rock anos 80 e tudo mais. Bar lotado e o mais curioso, nenhuma menção à noite tão comemorada em todo o mundo. Nem uma música, nem uma árvore de natal, nem um feliz natal do cantor, mas nem por isso foi um natal menos comemorado!
Celebrando o natal em Penedo - AL, ao lado do São Francisco
Fiquei muito bem impressionada com a cidade nesta noite, em Curitiba era difícil encontrar algum lugar aberto para cear a algum tempo atrás, imagine como era quando tinha apenas 20 mil habitantes!?! Certamente não tão animada quanto aqui. Nos divertimos, cantamos e brindamos com familiares ao telefone, em um clima completamente diferente de todos os meus natais. Ainda assim aquele clima delicioso de estar com os amigos e familiares, trocando boas energias se manteve graças à tecnologia.
Noite de natal ao lado do rio São Francisco, em Penedo - AL
O ritual é importante, mas aos poucos vamos descobrindo que ele pode ter várias formas, qualquer forma, não interessa qual, afinal, o natal não está fora, mas sim dentro de nós! Um natal maravilhoso, com muuuito amor, paz e energias positivas a todos vocês!
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