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Casas ribeirinhas na região de Tefé, no Amazonas
Sempre ouvimos dizer que na Amazônia as estradas são os rios, mas dificilmente imaginamos que assim as ruas são seus afluentes menores, os canos e igapós. Os animais se adaptaram a viver entre as copas das árvores e as águas da floresta alagada na Amazônia, mas e o homem? Quando chegamos é impossÃvel passar por estas comunidades e não se perguntar, como eles vivem tão isolados? Como vieram parar aqui? Como conseguem sobreviver?
Arquitetura tÃpica de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Os ribeirinhos chegaram em diferentes levas em busca de uma oportunidade nos seringais amazônicos. Os ciclos de ocupação destas margens acompanham os ciclos da borracha, no seu auge e no seu declÃnio. A maioria dos ribeirinhos é originária dos estados vizinhos nordestinos, principalmente Maranhão e Ceará, povo reconhecido por desbravar e ter a coragem de enfrentar adversidades em novas fronteiras.
Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Desde a Guiana Francesa, Suriname e os confins de Roraima temos encontrado esta mesma caracterÃstica nos imigrantes da mineração, construções e atividades correlatas. A sobrevivência na floresta os ensinou sobre o ciclo da vida, dos peixes, da madeira e dos frutos, mas em um ambiente tão rico quanto a floresta amazônica a sensação de que este é um bem infindável não é de toda errada. Mas como a chegada deste novo animal impactou a floresta? A caça e a extração de madeira, a pesca no perÃodo da piracema e a produção de lixo mudaram a dinâmica natural da floresta.
FamÃlia se diverte durante nossa visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Somos parte integrante da natureza, não estamos isolados dela.
Garoto nos observa durante visita a uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Visita à comunidade ribeirinha na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Hoje é dia de visita a uma comunidade ribeirinha. Depois do café da manhã subimos no nosso único meio de transporte, o barco, e seguimos para a Comunidade Vila Alencar. Uma vila com não mais de 20 casas suspensas, tipo palafitas, uma escola, um barzinho palafita e até um curral flutuante! A vida desses brasileiros teve que se adaptar ao ritmo da floresta, 6 meses seca, 6 meses inundada. A visita foi guiada pelo Manuel, simpático morador que nos mostrou as curiosidades da vila.
Um dos habitantes locais nos recebe na escola de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Arquitetura tÃpica de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Há pouco foi instalada uma caixa d´água comprada com a verba dos projetos desenvolvidos pelos moradores junto com o Instituto Mamirauá e quem faz o orçamento e define as prioridades de investimento são os próprios moradores.
Nosso guia nos mostra crânios de jacaré durante visita à comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Na escola as turmas reúnem crianças de várias idades. Uma escola simples, quase sem carteiras e cadeiras, mas com todos os cartazes e beabás que as crianças precisam para aprender a ler e escrever. A aula do Ensino Médio acontece via satélite pela televisão, é o Telecurso 2000.
Visitando a escola de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Quando perguntamos se gostam mais da seca ou da cheia, a maioria responde que prefere a seca, quando eles têm praias e podem jogar futebol. É, posso imaginar, note na foto abaixo o campinho alagado.
Completamente alagado na época das cheias, o campo de futebol de uma das comunidades ribeirinhas na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Não é só o campinho que alaga, mas também toda a área semeável, o que dá apenas 6 meses para que as comunidades plantem sua mandioca, milho ou hortaliças. Já foram feitos alguns estudos e tentativas de hortas hidropônicas flutuantes, mas aparentemente elas não funcionaram. Já o curral vai muito bem e inclusive serve como um pequeno reservatório de mudas para as bananeiras que serão plantadas no próximo verão.
Um pequeno curral flutuante, que funciona durante a cheia do rio, em comunidade localizada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Enquanto isso ao nosso redor as crianças brincavam tranquilas, sem nem pensar nos amigos jacarés e piranhas que habitam esses rios. Aqui é lei, uma criança aprende a nadar antes mesmo de andar! No final da visita ainda fizemos uma parada na lojinha de artesanatos da vila onde nos esbaldamos em colares, penas e escamas de pirarucus, ótimas lixas de unha.
Encontro com jacaré em rio em frente à Pousada Uacari, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Voltamos à pousada para o almoço e logo estamos novamente nos rios, mas agora em pequenas canoas guiados pelo guia indÃgena Izael. Ele é de uma tribo próxima, se apaixonou por uma moça lá da Vila Alencar e acabou vindo morar aqui, dentro do Mamirauá.
Entrando de canoa na floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
O conhecimento empÃrico desse menino é incrÃvel, ele tem os olhos e os ouvidos treinados no dia a dia da floresta. Enquanto nos localizamos pelo número de quadras, aquele semáforo ou tantas lombadas, ele sabe exatamente em que tipo de árvore deve virar, qual é mata que estamos atravessando e aonde os bichos devem morar.
Durante passeio na floresta alagada, nosso guia nos mostra árvore repleta de formigas em seu interior, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Passeio na floresta alagada na Reserva de Mamirauá, perto de Tefé, no Amazonas
Passeamos a tarde toda com Izael pelas trilhas do Pagão, um trecho da Apara e Cano do Zeca. Vimos muitos macacos de cheiro comum e da cara preta, pequenininhos fazem sons agudos quase como passarinhos. O prego já é um pouco maior, brincalhão, bem preto e espuleta. O guariba ou bugio é grande, pesadão e muito barulhento, com seus uivos assustadores. Faltou apenas o afamado Uacari, macaco loiro da cara vermelha. Parece que a estrela da reserva está fugindo dos holofotes.
Macaco salta entre árvores sobre nossas cabeças durante passeio à floresta alagada, na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
Fim de tarde na Reserva do Mamirauá, região de Tefé, no Amazonas
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