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Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Ao Farol, com Sol!

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis

Correndo para as lagoas nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Correndo para as lagoas nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Já não era sem tempo, o sol resolveu aparecer hoje. Meio filtrado pelas nuvens, mas sol, finalmente! Nos nossos planos originais, queríamos retornar hoje de madrugada para Apicum Açu, e de lá para o Pará. Mas querer não é poder! Numa ilha como a de Lençóis, sem transporte público, ficamos na dependência de quem tem barco. E quem tem barco, o Mário, disse que só vai amanhã. Então, ficamos mais um dia nesse pequeno paraíso e fomos brindados com um dia ensolarado! Justo! hehehe

Remando de volta para a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Remando de volta para a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


O programa foi caminhar até o farol de São João que fica na ilha vizinha. A tentação de atravessar o canal no nado é grande, mas queremos levar a máquina e vamos de canoa mesmo, levados pelo Laílson. Ele num remo, eu no outro e a Ana de princesa, no meio. Contra a corrente, remo pesado, que saudade de um caiaque... Mas o esforço compensa e chegamos na praia de areias brancas do outro lado. Combinamos com o Laílson o horário de volta e seguimos em frente, agora caminhando.

Caminhada para o Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Caminhada para o Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Maré seca na praia a caminho do Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Maré seca na praia a caminho do Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


A praia é gigantesca. Uma casa de pescador aqui, uma rede de pescador ali e o farol no horizonte. São os sinais de civilização nesse pedaço perdido do Brasil e do mundo. Uma hora de caminhada, passos largos. Cruzamos uma antiga floresta de mangue, soterrada e morta pelas areias em movimento. Empresta um ar meio fantasmagórico àquela paisagem tão linda. Por aqui, até visão fantasmagórica é bonita!

Atravessando mangue seco no caminho para o Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Atravessando mangue seco no caminho para o Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Mangue seco e lagoas na praia do Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Mangue seco e lagoas na praia do Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Finalmente, chegamos ao farol, que não fica diretamente na praia, mas escondido atrás de pequenas dunas. Para chegar até lá, é preciso cruzar um terreno alagadiço e subir essas dunas. De lá, admiramos o farol e as casas em volta, sinal que de que o homem está presente. Resolvemos ir até o pé da construção, apesar da placa de proibição. O que nos animou a ir foram pescadores levando seu peixe para um pequeno porto que fica num igarapé atrás do farol. Estranhamos que eles cruzassem o terreno tão rapidamente, mesmo carregando uma carga pesada de peixes. Mas não demorou muito para entendermos. Foi descermos a duna do lado de lá que fomos atacados ferozmente por pernilongos famintos. Assim, a tática foi caminharmos rapidamente, tirarmos fotos e voltarmos correndo para o conforto do alto das dunas, onde sopra o vento e essa praga alada não existe.

O farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

O farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


O farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

O farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Agora, subimos na mais alta das dunas. Visão magnífica das redondezas. De um lado, o farol, mangue, igarapés, muito verde. Do outro, o mar ao fundo e várias lagoas no caminho. Visão idílica. Tanto que nos animamos a descer e nos refrescar em uma delas. Depois, o longo caminho de volta...

Refrescando-se em lagoa da praia do Farol,nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Refrescando-se em lagoa da praia do Farol,nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Aliás, até mais longo, porque a maré baixa aumentou muito o tamanho da praia e nós queríamos caminhar encostados no mar. Enfim, ao chegarmos, lá estava o Laílson nos esperando. Dessa vez, com maré seca, fui nadando mesmo, enquanto a Ana voltou de canoa. Belíssima caminhada premiada com um prato cheio de camarões na nossa pousada. E depois, a sagrada siesta da tarde.

Fim de tarde no alto das dunas na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Fim de tarde no alto das dunas na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Fim de tarde no alto das dunas na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Fim de tarde no alto das dunas na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Já em clima de despedida, fomos passar o mais belo fim de tarde da temporada no alto das dunas. De lá´para o Memorial de Dom Sebastião, para aprender um pouco das lendas e de como a comunidade tenta preservá-las. Por fim, uma última cerveja no bar do Martins, onde nos despedimos dos nossos amigos, inclusive dos pequenos gêmeos de 5 anos, Michael e Michaela, que foram nossos companheiros fiéis nessas três noites em Lençóis.

Exibição no Memorial de Dom Sebastião, na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Exibição no Memorial de Dom Sebastião, na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA


Amanhã, quatro e meia da matina, já estaremos no barco. Por isso, nada de dormir tarde. Mas a saudade desse lugar especial já começou a bater, mesmo antes de fecharmos nossos olhos. É aquela dura rotina já conhecida de estarmos sempre deixando para trás pessoas e lugares queridos. É, nem tudo são flores...

Os gêmeos Michael e Michaela, nossos companheiros de todas as noites no bar do Martins, na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Os gêmeos Michael e Michaela, nossos companheiros de todas as noites no bar do Martins, na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA

Brasil, Maranhão, Ilha de Lençóis, Dunas, ilha São João, Praia, Reentrâncias Maranhenses, trilha

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As Praias do Leste e do Sul de Bombinhas

Brasil, Santa Catarina, Bombinhas

Caminhando na praia deserta do Cardoso, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Caminhando na praia deserta do Cardoso, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Depois da nossa caminhada pelas praias do norte de Bombinhas (post anterior), resolvermos pedir ajuda para a Fiona no nosso segundo dia na cidade. Afinal, nosso destino dessa vez era bem mais distante: as praias que do lado leste da península, como Mariscal, Zimbros, Canto Grande e, especialmente, a praia da Tainha.

Em Bombinhas, no nosso 2o dia (em azul), fomos de carro até Tainha, passando por Mariscal e Zimbros. No 3o dia, fizemos a caminhada (vermelh) pelas praias da costa sul da penínsulha

Em Bombinhas, no nosso 2o dia (em azul), fomos de carro até Tainha, passando por Mariscal e Zimbros. No 3o dia, fizemos a caminhada (vermelh) pelas praias da costa sul da penínsulha


Vista do alto do Morro dos Macaccos, a caminho da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Vista do alto do Morro dos Macaccos, a caminho da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


O formato da península de Bombinhas, quando visto lá de cima, é bem interessante. Além da área principal, onde estão as praias de Bombas e Bombinhas, a península se alonga bastante na direção sudeste. Ela vai se afinando, formando uma espécie de istmo cada vez mais estreito. No lado norte (ou nordeste!) desse istmo, estão as praias de Mariscal, Canto Grande e Conceição. São praias que estão voltadas para o oceano, quase que para o mar aberto. Por isso a rebentação é bem mais forte, atraindo surfistas e um público mais jovem. O outro lado do istmo, o lado sudeste, está voltado para o chamado “mar de dentro”, uma grande baía de águas calmas que mais parece uma lagoa. É a praia de Zimbros. Não é a toa que aí ficam ancorados todos os barcos de pescadores ou iates de bacanas. Aí também é realizada a travessia aquática (para nadadores) de Bombinhas, com distâncias de 1.500 e 3.000 metros, que tantas vezes no passado eu e a Ana já participamos.

A rústica estrada para a praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A rústica estrada para a praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A pequena baía onde se encontra a praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A pequena baía onde se encontra a praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Lá na extremidade desse istmo, onde o mar de fora e o mar de dentro quase se tocam, está uma das mais antigas comunidades da península, chamada de Canto Grande. Quem se hospeda por aí está sempre a menos de dois quarteirões do mar. Se quer sossego, vai passar o dia no mar de dentro. Se quer um mar mais agitado, segue para o mar de fora. Com mercados, peixarias, restaurantes e farmácias, é uma comunidade praticamente autossuficiente. Já o bairro mais ao norte,. Conhecido como Mariscal, é muito mais recente e está se desenvolvendo rapidamente. É impressionante a diferença que fez desde que o conheci, dez anos atrás. São loteamentos e mais loteamentos, uma praia que costumava ser selvagem e hoje caminha para se tornar uma nova Bombinhas.

Vista da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina. Ao fundo, a ilha de Florianópolis

Vista da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina. Ao fundo, a ilha de Florianópolis


Fazendas de ostras no litoral de Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Fazendas de ostras no litoral de Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Mas, o mais interessante da geografia desse istmo é que, lá no seu final, onde parece que ele iria terminar, há um grande morro e o istmo se abre novamente. É uma área protegida por um parque municipal e atrás do morro está uma das mais belas surpresas de Bombinhas: a praia de Tainhas. Para chegar até lá, ou se pega uma longa trilha ou se enfrenta uma estrada de terra, pedras e buracos com quase 3 km de extensão a partir da praia da Conceição. A estrada sobe e desce o morro e em dias de chuva forte fica quase intransitável. Mas é um esforço que definitivamente vale a pena. A praia da Tainha, de águas límpidas e muito frequentada por golfinhos, é um colírio para os nossos olhos, desde o momento que a vemos pela primeira vez, ainda no alto do morro, até a hora da triste despedida, depois de uma boa caminhada de ponta a ponta e de um mergulho recompensador em suas águas.

Chegando à praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Chegando à praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Explorando as enormes pedras no canto direito da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Explorando as enormes pedras no canto direito da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Esse, então, foi o nosso programa de ontem. De Fiona, saímos de Bombas e percorremos os 12 quilômetros de asfalto, sempre pela costa, até a praia da Conceição. No caminho, Mariscal e Canto Grande. Mas o que queríamos mesmo era a Tainha. Então, diretamente para a estrada de terra que cruza o morro dos Macacos. Lá de cima, uma bela vista para todos os lados. Para o norte, o lindo desenho do istmo que separa Zimbros de Mariscal. Para o sul, a ilha do Arvoredo e, mais além, a silhueta inconfundível da ilha de Florianópolis. E para baixo, a pequena baía onde está a deliciosa praia da Tainha. Lá chegando, uma cerveja e um pastel no restaurante logo na entrada da praia e depois, caminhada até as enormes pedras que marcam suas extremidades. Aí passamos algumas horas, entre mergulhos e banhos de sol. Uma delícia!

Explorando as enormes pedras no canto direito da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Explorando as enormes pedras no canto direito da praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A isolada praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A isolada praia da Tainha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Na volta, um caminho diferente. Depois de uma parada na praia da Conceição (que é a ponta sul do Canto Grande), fomos percorrer a orla de Zimbros ao invés de Mariscal. Todos os caminhos levam à Roma e acabamos por chegar no morro que separa essas praias de Bombinhas. De lá para Bombas foi rapidinho, o mesmo percurso que havia nos tomado uma hora caminhando na noite da véspera, a Fiona o fez em 10 minutos. De volta ao nosso apartamento, a Ana nos brindou com a chave de ouro para fechar nosso dia: um delicioso macarrão com molho de camarão que havíamos comprado fresquinho, pela manhã. Como é bom ter nossa própria cozinha! E como é bom ter alguém com dotes culinários! Para mim, ao final, cabe a louça para lavar! Depois do banquete, lavo tudo feliz da vida!

Praia da Conceição, observando, ao longe, a praia do Mariscal, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Praia da Conceição, observando, ao longe, a praia do Mariscal, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Praia do Canto Grande, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Praia do Canto Grande, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Já o dia de hoje, nosso terceiro e último na cidade, foi novamente de caminhadas. Mas a Fiona ajudou um pouco também! Já tínhamos visto as praias do norte e do leste da península, faltavam as do sul. São as praias menos frequentadas de Bombinhas, o que as faz muito especiais!. Lá do final de Zimbros, seguindo para a direção oeste (rumo ao continente), uma sequência de pequenas praias ao longo do costão e acessadas apenas por trilhas fazem a alegria daqueles mais aventureiros. Mas para se chegar ao início dessa trilha, a ajuda da Fiona é imprescindível!

Um delicioso macarrão com molho de camarão, obra-prima da Ana no nosso apartamento (da tia Wal) em Bombas, litoral de Santa Catarina

Um delicioso macarrão com molho de camarão, obra-prima da Ana no nosso apartamento (da tia Wal) em Bombas, litoral de Santa Catarina


Um delicioso macarrão com molho de camarão, obra-prima da Ana no nosso apartamento (da tia Wal) em Bombas, litoral de Santa Catarina

Um delicioso macarrão com molho de camarão, obra-prima da Ana no nosso apartamento (da tia Wal) em Bombas, litoral de Santa Catarina


E então, lá fomos nós, subindo e descendo o morro de carro, dessa vez diretamente de Bombas, para chegarmos a Zimbros. Daí até o final da estrada, onde encontramos um lugar para deixar a Fiona e seguir a pé. Nós já conhecíamos o início da trilha de outras vezes que aqui estivemos, mas nunca havíamos ido até as praias mais distantes. Agora, em plenos 1000dias, chegava a hora de conhecer essas últimas praias da nossa querida Bombinhas!

Praia do Cardoso, início da nossa trilha pelas praias mais isoladas de Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Praia do Cardoso, início da nossa trilha pelas praias mais isoladas de Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A praia de Zimbros vista da praia do Cardoso, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A praia de Zimbros vista da praia do Cardoso, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


As primeiras delas, como já disse, já conhecíamos. São a praia do Cardoso e da Lagoinha. Por estarem mais perto do início da trilha, ainda é comum encontrar alguns gatos pingados por aqui. São praias espremidas entre a mata verde e o morro por trás e o mar tranquilo pela frente. Do Cardoso se vê bem a praia de Zimbros e suas construções do outro lado da baía. No mar, muitas daquelas “fazendas de ostras”, uma das especialidades aqui do litoral catarinense. Já na praia da lagoinha, o grande diferencial é a própria pequena lagoa que se forma na boca de um rio. Água doce e água salgada quase vizinhas, para quem quiser ficar tomando sol sem sal no corpo é um ótimo lugar e ainda relativamente próximo do início da trilha.

Fazenda de ostras na praia do Cardoso. AO fundo, a praia de Zimbros, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Fazenda de ostras na praia do Cardoso. AO fundo, a praia de Zimbros, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A praia Triste, na nossa trilha pelas praias do sudoeste de Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A praia Triste, na nossa trilha pelas praias do sudoeste de Bombinhas, litoral de Santa Catarina


É a partir daí que temos de caminhar mais, enfrentando o morro e a mata. Caminhada sempre na sombra e sem chance de errar. Basta seguir adiante com o barulho do mar sempre a nossa esquerda, atrás das árvores. Cruzamos alguns riachos de água refrescante, subimos e descemos algumas vezes até que chegamos à praia Triste. A praia é linda e totalmente selvagem, muito parecida com o que deve ter sido há milhares de anos, sem intervenção humana. Não tenho ideia de onde vem esse nome, praia Triste. Talvez pelo sentimento de solidão, pois o normal é não ver ninguém por ali.

A bela e selvagem praia Triste, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A bela e selvagem praia Triste, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A caminho da praia Vermelha, a mais isolada de Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A caminho da praia Vermelha, a mais isolada de Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Nós travessamos a praia e seguimos adiante. Ainda queríamos alcançar a próxima, a chamada praia Vermelha. São mais uns 40 minutos de caminhada, mas esse é um dos trechos mais belos da trilha, bosque amplo e muitos pontos de observação. Por fim, depois de uma curva, lá apareceu a praia vermelha, ainda meio escondida pelas árvores. Um oásis no meio da mata e do verde. Poucos minutos mais tarde e chegávamos à praia, recepcionados pelos latidos de dois cachorros.

Chegando à praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Chegando à praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Casa do Seu Osnildo, o único habitante da praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Casa do Seu Osnildo, o único habitante da praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Eles são os guardiões da praia e da única casa por ali, pertencente ao seu Osnildo. Ele já mora na praia Vermelha há 15 anos, o caseiro de uma grande propriedade que existe por ali. Morando em local tão isolado, acho que sua grande diversão é receber os poucos visitantes que ali chegam. Ele nos tratou muito bem e até nos convidou para sua choupana. Disse que a vida por lá é bem tranquila, mas também tem seus perrengues. Volta e meia aparece algum “vagabundo” que foge da cidade e da polícia, gente que mexe com drogas. Mas que ele não tem medo não e logo mostra que a praia tem dono. Disse também que aqui ele está mais perto de Governador Celso Ramos do que de Bombinhas e é para lá que ela vai quando precisa de suprimentos. Consegue ir até de bicicleta. Se fosse para ir até Bombinhas pela trilha, no mesmo caminho que viemos, a bicicleta mais atrapalharia do que ajudaria.

A linda e selvagem praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A linda e selvagem praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


A linda e selvagem praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

A linda e selvagem praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina


Bom, depois da nossa visita social, fomos aproveitar a praia também. Caminhamos, tomamos banho, curtimos a natureza exuberante que nos cercava. Era a nossa despedida de Bombinhas. Agora, só nos restava o caminho de volta, um mergulho rápido em cada praia do caminho, o reencontro com a Fiona e a volta para casa, em Bombas. Não sem antes dar mais uma paradinha em Zimbros para nos fartar com um delicioso pastel. Amanhã, estrada novamente, sempre rumo ao norte. Nossa próxima parada será na metrópole dessa parte do Brasil, a famosa e badalada Balneário Camboriú. E Curitiba vai ficando cada vez mais perto...

Caminhando pela praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Caminhando pela praia Vermelha, em Bombinhas, litoral de Santa Catarina

Brasil, Santa Catarina, Bombinhas, Praia, Tainha, trilha, Vermelha

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Tarzan e os Saltos Espetaculares

México, Puerto Escondido, Acapulco

O incrível salto mortal de 25 metros de altura em La Quebrada, em Acapulco, no México

O incrível salto mortal de 25 metros de altura em La Quebrada, em Acapulco, no México


A viagem de hoje foi bem mais longa que a de ontem. Com um agravante: fomos alertados por diversas pessoas que não deveríamos viajar no escuro de maneira nenhuma! As estradas de Guerreiro, onde está a cidade de Acapulco, têm péssima reputação de segurança. Pela costa do estado entra boa parte da cocaína vinda da Colômbia em rota para os Estados Unidos. Vem por mar até aqui e segue por terra até o Tio Sam. Um lugar estratégico assim é muito disputado pelos poderosos e sangrentos cartéis de droga mexicanos. Seguindo a tradição milenar mexicana, aqui eles adoram cortar as cabeças de suas vítimas, para depois expô-las em lugar público, como demonstração de poder e para assustar rivais, policiais e o público em geral.

Acapulco, no México

Acapulco, no México


Acapulco, tão famosa por atrações bem mais sadias antigamente, hoje também é conhecida por essa batalha sangrenta e pelas cabeças que vivem aparecendo por aí. Felizmente, os donos dessas cabeças geralmente são membros desses cartéis e não turistas incautos. Pelo sim e pelo não, resolvemos enfrentar os quase 400 km de estradas entre Puerto Escondido e Acapulco durante o dia, sem fortes emoções e chegamos à chamada Pérola do Pacífico ainda durante a tarde, com tempo suficiente para duas das grandes atrações da cidade.

Hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México

Hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México


A primeira foi encontrar e nos instalar no hotel Los Flamingos, também conhecido como hotel do Tarzan. Acapulco foi visitada e deixou muito impressionado em 1920 o Príncipe de Gales, futuro rei da Inglaterra, Eduardo VIII. Ele voltou para o velho continente falando muito bem das belezas da cidade. Com uma propaganda dessa, não demorou muito para que a nobreza europeia passasse a frequentar a cidade. Logo após a 2ª guerra mundial, foi a vez da “nobreza” americana, no caso, os ricos e famosos de Hollywood, tornarem a cidade o seu point de verão. Gente como Elizabeth Taylor, Frank Sinatra e John Wayne batia o ponto por ali. Até John e Jackye Kennedy resolveram passar em Acapulco sua lua de mel.

A piscina predileta do Tarzan, no Hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México

A piscina predileta do Tarzan, no Hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México


Tarzan, Jane, Boy e Chita, no hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México

Tarzan, Jane, Boy e Chita, no hotel Los Flamingos, em Acapulco, no México


Alguns gostaram tanto que resolveram ficar. O mais conhecido deles é Johnny Weissmiller, o primeiro e eterno Tarzan da época do cinema em preto e branco. Em sociedade, construiu um hotel no alto de um morro de frente ao mar, com uma vista fantástica. Aí se hospedavam seus amigos hollywoodianos. A cidade e seus hotéis perderam nas últimas décadas o glamour que tinham anteriormente, boa parte do seu público agora preferindo as praias de Cancun, mas mesmo com um ar decadente, o hotel Los Flamingos continua lá, todo decorado com fotos antigas de gente famosa, a maior parte delas com Weissmuller no seu auge, vestido de Tarzan, acompanhado da Jane ou da Chita. Muito legal e completamente vintage! Outra coisa que logo chamou a minha atenção foi a grande piscina que o Tarzan frequentava. Para quem não sabe, o excelente nadador, além de ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas, foi o primeiro homem da história a nadar os 100 metros livres abaixo da marca mágica de um minuto! Não naquela piscina, claro! Mas imaginá-lo nadando ali foi joia!

Belíssimo pôr-do-sol em Acapulco, no México

Belíssimo pôr-do-sol em Acapulco, no México


A outra atração que queríamos muito ver era o penhasco conhecido como La Quebrada. Para quem é um pouco mais velho e tem boa memória, o programa dominical da Globo Esporte Espetacular mostrava, durante a sua apresentação na década de 70, entre várias cenas de esporte, um homem escalando as pedras de um rochedo e saltando lá de cima, de ponta, no mar. Eu nunca me esqueci dessas cenas mágicas que assistia todos os domingos, quando criança. Pois é, foram filmadas aqui!

Escalando La Quebrada, em Acapulco, no México, para o mais famoso salto do mundo

Escalando La Quebrada, em Acapulco, no México, para o mais famoso salto do mundo


Desde a década de 30 que garotos de Acapulco, numa competição de hombridade, disputavam que era capaz de saltar mais alto desses rochedos que formam uma estreita garganta, apenas sete metros de largura e pouco mais de 4 metros de profundidade, quando a onda entra. Pois bem, nesse lugar o rochedo forma vários trampolins naturais, alguns com mais de 30 metros de altura! Os saltos deve ser no momento certo, quando a onda esta entrando na garganta e a profundidade aumenta, senão é morte na certa! Essas competições começaram a atrair pessoas que queriam ver os saltos e um dia alguém teve a brilhante ideia de começar a cobrar por isso.

Os 35 metros de altura de La Quebrada, em Acapulco, no México

Os 35 metros de altura de La Quebrada, em Acapulco, no México


Desde então, o que era uma disputa virou em espetáculo, atraindo milhares de pessoas há gerações! Cinco vezes ao dia quase uma dezena de garotos acapulquenhos escalam as rochas, oram no Altar de Nossa Senhora Guadalupe lá encima e, para deleite e tensão dos turistas presentes, saltam acrobaticamente lá de cima, de alturas de 25 a 35 metros. Um espetáculo de perícia impressionante! Dão cambalhotas no ar e entram como um míssil na água para serem aplaudidos logo em seguida, quando reaparecem na superfície.

Oração antes do salto de 34 metros de La Quebrada, em Acapulco, no México

Oração antes do salto de 34 metros de La Quebrada, em Acapulco, no México


Foto antes do salto de 34 metros de altura em La Quebrada, em Acapulco, no México

Foto antes do salto de 34 metros de altura em La Quebrada, em Acapulco, no México


Assistimos ao espetáculo das 21:30 e eu me rendi à condição de fã incondicional, coisa rara de acontecer. Tive o perfeito flashback daquelas aberturas do Esporte Espetacular de 35 anos atrás, só que agora estava ali, ao vivo e à cores. Vou até procurar no You Tube para ver se ainda encontro as cenas. Mas as cenas reais, estas gravamos e fotografamos. Incrível! Só faltou saber se o Tarzan saltou de lá alguma vez. Ela gostava de saltos, pelo menos nos filmes. Será?

A Ana com os herois saltadores de La Quebrada, em Acapulco, no México

A Ana com os herois saltadores de La Quebrada, em Acapulco, no México

México, Puerto Escondido, Acapulco, La Quebrada, Tarzan

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Chateação de Fronteira

Estados Unidos, Washington State, Winthrop

Visto de permanência do Rodrigo nos EUA (6 meses de permanência)

Visto de permanência do Rodrigo nos EUA (6 meses de permanência)


Para voltar aos Estados Unidos, faltava passar na fronteira. Apesar das dezenas e dezenas de fronteiras que cruzamos nesses 1000dias, várias delas entrando nos EUA, sempre me dá um frio na barriga ao me aproximar de uma delas. Nunca acho uma situação agradável. Os oficiais que ali trabalham tem todo o poder em suas mãos e, se acordam com dor de barriga ou resolvem te escolher para Cristo, haja paciência. Verdade seja dita foram raríssimas as dificuldades que tivemos até hoje nessas travessias. Sorte ou não, passamos rapidamente em todas as “temidas” fronteiras rodoviárias da América Central, nos aeroportos americanos e , lá em Tijuana, num dia épico, passamos cinco vezes a fronteira onde a única chateação foram as filas.

Passaporte italiano da Ana

Passaporte italiano da Ana


Boa parte desse sucesso se explica pelo fato de sempre estarmos com os devidos vistos. Assim como estávamos hoje, mas com um pequeno “detalhe” a resolver. A Ana viaja com o passaporte italiano dela, enquanto eu vou com o único que tenho, o brasileiro mesmo. Na América do Sul e Central, nosso passaporte azul é pau para toda obra, não necessitando de nenhum visto (exceto para a Guiana Francesa, juridicamente parte da Europa). Mas na América do Norte, precisamos de visto para os três países. Com o italiano é mais fácil. Só precisa de visto para os EUA e se pode consegui-lo num ágil processo pela internet mesmo. Não demora 10 minutos. Pois é, mas apesar dessa desvantagem de precisarmos de visto (os brasileiros), temos uma grande vantagem: quando entramos no país, ganhamos seis meses de permanência, enquanto os europeus (inclusive minha esposa “italiana”) só ganham três meses, NÃO renováveis. Para viagens curtas, não é problema. Mas a nossa viagem não é curta...

Passaporte brasileiro do Rodrigo

Passaporte brasileiro do Rodrigo


Uma solução para este problema é sair e entrar novamente do país. Só que, infelizmente, dependemos também do bom humor do oficial. Ele pode alegar que o visto de permanência anterior ainda está válido (nem que seja por poucos dias) e não renová-lo. Vai depender dele ter acordado bem ou não, ou se ele vai com a sua cara ou não. Felizmente, é bem difícil encontrar alguém que não vá com a cara da Ana. Enfim, nossos dois vistos de permanência haviam sido dados no final de Julho, quando voltamos das Bermudas. O meu válido até Janeiro de 2013 e o da Ana até o final de Outubro, agora. Quando voltamos aos EUA, lá perto de Chicago, o oficial até se ofereceu para extender o visto da Ana, mas achamos melhor deixar para mais tarde. E o “mais tarde” chegou hoje. Era agora ou nunca. E se fosse “nunca”, teríamos de atravessar o país até o México em uma semana. Adeus Califórnia, Hawaii, Seattle, Yosemite e muitas coisas mais...

Visto de permanência da Ana nos EUA (3 meses de validade)

Visto de permanência da Ana nos EUA (3 meses de validade)


Então, chegamos na fronteira e, apesar da surpresa do oficial em ver um carro brasileiro por ali, acho que teríamos passado rapidamente. Não fosse o pedido de extensão para a Ana. Aí, complicou! Fomos enviados para a “inspeção secundária”. Apareceram outros oficiais, determinados em seguir o procedimento padrão tipo: “Mãos ao volante aonde eu possa vê-las!” Nossa... precisa isso? Depois de perguntar umas duzentas vezes de quem era o carro, fomos instados a deixar a Fiona levando apenas o dinheiro. Lá dentro, nos deram formulários para preencher, depois de sermos revistados. Engraçado foi quando perguntaram quanto dinheiro eu tinha para viajar pelos Estados Unidos e eu mostrei todos os meus 10 dólares, hehehe. Enfim, apareceu um oficial mais simpático e o sorriso da Ana começou a fazer efeito. Ele passou uns 15 minutos examinando o nosso site, outros quinze na Fiona, onde confiscou duas laranjas e depois, venho conversar conosco. Desculpou-se pela demora, explicou que não é todo dia que passam por ali dois brasileiros desempregados, com seu próprio carro, querendo ficar três meses no país e que, por isso, tiveram que fazer uma averiguação mais detalhada. Mas estava tudo em ordem e podíamos seguir viagem.


Nosso roteiro pelos parques nacionais de North Cascades e Olympics, antes de seguir para Seattle

Viva! Uma fronteira a menos na minha frente! E um país enorme e lindo para ser explorado! Agora, pelos próximos 80 dias, nada mais desse frio na barriga. Quiçá, um dia, teremos um continente sem fronteiras, muros e arames ou, como diz a música, “um mundão grande sem porteiras”. Enquanto esse tempo não chega, agora é pensar no nosso roteiro nos EUA. O roteiro até Seattle já está definido. No caminho, muita natureza e dois parques nacionais. Vamos que vamos!

Estados Unidos, Washington State, Winthrop,

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Terra das Cachoeiras Gigantes

Brasil, Paraná, Curitiba, Prudentópolis

O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


Bem cedinho hoje deixamos Curitiba rumo à Prudentópolis, primeira parada de uma longa jornada pelo continente que nos levará até o Alaska e a Groelândia, no norte, e à Terra do Fogo e à Antártida, no sul. Como já dizia o sábio, todo grande caminho começa com o primeiro passo, hehehe.

Nossos cães entristecidos, pois já tinham percebido que sairíamos de viagem (em Curitiba - PR)

Nossos cães entristecidos, pois já tinham percebido que sairíamos de viagem (em Curitiba - PR)


O difícil desse primeiro passo foi se despedir dos cachorros da casa. De alguma maneira eles perceberam muito bem que estávamos partindo por um bom tempo. Em tempo de cachorro, uns dez anos... Ficaram lá no cantinho deles, tristonhos, e não queriam se despedir não. Enfim...

Prontos para partir de Curitiba - PR

Prontos para partir de Curitiba - PR


E assim viemos, eu, a Ana e a Patrícia, mãe da Ana e nossa companheira de viagem pela próxima semana. São cerca de 200 km até Prudentópolis, seguindo sempre para o oeste, onde o sol se põe. Essa é a terra das cachoeiras gigantes, tanto em altura como em volume d'água. Terra também de colonização ucraniana, o que nos faz lembrar da diversidade cultural de nosso país. Já se percebe logo pelo sotaque que o português daqui é mais... eslavo. Principalmente nas propriedades rurais, onde estão os acessos às cachoeiras. As crianças que saem correndo de campos ou estábulos parecem vindas de algum filme passado por ali, na Polônia, Ucrânia ou Lituânia, loiras do cabelo branco e olhos bem claros. Mas são tão brasileiras como todos nós.

O impressionante Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

O impressionante Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR. A Ana e a Patrícia aparecem, minúsculas, no alto da foto, à esquerda

O enorme Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR. A Ana e a Patrícia aparecem, minúsculas, no alto da foto, à esquerda


Ainda antes de chegarmos à zona urbana do município, já paramos em duas de suas atrações: o Salto do Barão do Rio Branco e o Salto da Rickli. Essas grandes cachoeiras, por aqui, são chamadas de "Salto". Os dois saltos, pelo volume de água que tem, foram aproveitados para a construção de PCHs, Pequenas Central Hidrelétrica, e fornecem energia para indústrias e para a própria cidade. São visões impressionantes, uma quantidade enorme de água desabando quase 100 metros de altura num canyon profundo. Cachoeiras para serem vistas e admiradas, mas não para se nadar. Muita água e muito frio, agora no inverno.

Observando o canyon abaixo do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

Observando o canyon abaixo do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


Enfrentando as centenas de degraus que levam à parte baixa do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR

Enfrentando as centenas de degraus que levam à parte baixa do Salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis - PR


No Salto Barão do Rio Branco, o maior deles, é possível descer por uma escada de ferro com centenas de degraus até o fundo do canyon, de onde temos visão privilegiada da enorme queda d'água. Lá de baixo, fotografei a Ana e a Patrícia no alto da cachoeira. Quase não é possível vê-las, diminutas que ficam naquela paisagem gigantesca.

Igreja São Josafat, em Prudentópolis - PR

Igreja São Josafat, em Prudentópolis - PR


De lá viemos nos instalar na cidade, no Hotel Burak. Fomos conhecer a mais bela igreja da cidade que estava fechada, infelizmente. É a São Josafat e faremos nova tentativa amanhã. Por enquanto, apenas fotos do seu exterior.

Mirante do magnífico Salto São João, em Prudentópolis - PR

Mirante do magnífico Salto São João, em Prudentópolis - PR


Depois do almoço, hora de conhecer mais saltos. O primeiro foi o impressionante Salto São João. AInda mais alto que os que conhecemos pela manhã e com um grande volume de água, é uma visão cinematográfica para quem o enxerga de um mirante de uma estrada rural do município. Lindo mesmo!

Olha a força da água no Salto São João, em Prudentópolis - PR

Olha a força da água no Salto São João, em Prudentópolis - PR


Mas, mais incrível ainda é caminhar até ele. É possível chegar até uma pedra bem ao lado da queda, um precipício de 85 metros de altura! A grandeza daquele lugar preenche todos os nossos sentidos. Uma coisa monstruosa, no bom sentido!!! Ali, tão perto daqueles milhares de litros de água se atirando no vazio por entre paredes de mais de 100 metros de altura, a gente percebe que o mundo é muito maior e mais belo que um shopping center, uma engarrafamento ou um escritório. Fiquei pensando que Curitba é tão perto daqui mas, das duas milhões de pessoas que lá vivem, quantas já estiveram nesse lugar matavilhoso? Talvez, menos de 0,1% da população. Um número muito maior das pessoas já viram esse tipo de paisagem nas telas de cinema mas, ao vivo, tão perto de casa, quase ninguém. Uma pena...

O melhor ponto para se observar o rio desabando 85 metros com enorme força, no Salto São João, em Prudentópolis - PR

O melhor ponto para se observar o rio desabando 85 metros com enorme força, no Salto São João, em Prudentópolis - PR


A última parada do dia, depois de um grande tour por estradas rurais, foi o Salto São Sebastião. Bem alto também, mas com uma quantidade de água infinitamente menor, a maior beleza desse salto é que, ao descermos lá embaixo, no fundo do canyon, descobrimos que não é uma, mas são duas cachoeiras, uma em frente à outra, é que caem nos poços lá do fundo. Difícil é chegar lá, pois a trilha é muito íngrime e escorregadia. Mas, com jeito, vai. Eu desci enquanto a Ana e a Patrícia socializavam com a interessante família proprietária do local. De certo, no seu post, a Ana vai relatar melhor essa conversa.

A Ana com a família proprietária da área do Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

A Ana com a família proprietária da área do Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR


O Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

O Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR


Quanto à mim, lá embaixo, pude ter meus momentos de contemplação diante dessa beleza dupla, mas tive também meus momentos de frustração. Afinal, é quase impossível tirar uma foto que mostre as duas cachoeiras ao mesmo tempo. Aos trancos, barrancos e escorregões, consegui seguir rio abaixo para, de longe, tentar. O resultado está numa das fotos desse post.

Cachoeira em frente ao Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

Cachoeira em frente ao Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR


Amanhã, visitaremos o mais alto dos saltos da região e do estado do Paraná: o Salto São Francisco. E, de lá, nossa idéia já é chegar em Foz do Iguaçu, bem no fim do dia. Parace que ali também tem uma quedinha d'água, coisa pequena, hehehe. Vamos conferir!

Frente à frente, duas enormes e lindas cachoeiras, no Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

Frente à frente, duas enormes e lindas cachoeiras, no Salto São Sebastião, em Prudentópolis - PR

Brasil, Paraná, Curitiba, Prudentópolis, cachoeira, Salto São João

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Paisagens do Açu

Brasil, Rio De Janeiro, Serra dos Órgãos

Sob a enorme rocha do Castelo do Açu, admirando a beleza do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Sob a enorme rocha do Castelo do Açu, admirando a beleza do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


A travessia da Serra dos Órgãos tem muitos pontos altos, no sentido figurado e no literal também. No segundo caso, destacam-se a Pedra do Sino, com 2,275 metros de altitude, e o Pico do Cruzeiro, bem próximo dos 2.220 metros. Já no caso figurado, talvez o melhor exemplo seja a formação rochosa chamada Castelo do Açu, um enorme bloco de rocha já partido em blocos menores e com a forma de uma gigantesca tartaruga. E é exatamente na região do Castelo do Açu que está o melhor refúgio da travessia. Para quem vem de Petrópolis, é o local normal de se passar a primeira noite. Para quem vem de Teresópolis, seria o pouso da segunda noite na trilha.

Ainda antes de nascer, o sol pinta de amarelo o céu do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Ainda antes de nascer, o sol pinta de amarelo o céu do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Seis e quinze da manhã, o sol está quase nascendo no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Seis e quinze da manhã, o sol está quase nascendo no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


O sol se levanta atrás das montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

O sol se levanta atrás das montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Além do interesse na própria formação rochosa, é a vista que se tem daí o seu maior atrativo. Em dias limpos, pode-se ver perfeitamente toda a Baía da Guanabara e as montanhas da cidade do Rio de Janeiro. Com um par de binóculos, o zoom da câmera fotográfica ou com olhos de águia, pode-se até divisar o Cristo redentor sobre o Corcovado. E olhe que ele está a 60 kms de distância em linha reta, quase 1.500 metros abaixo de nós.

Um cabo de aço nos ajudar a subir um rochedo para assistir o nascer-do-sol na região do Castelo do Açu,  Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Um cabo de aço nos ajudar a subir um rochedo para assistir o nascer-do-sol na região do Castelo do Açu, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Um cabo de aço nos ajudar a subir um rochedo para assistir o nascer-do-sol na região do Castelo do Açu,  Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Um cabo de aço nos ajudar a subir um rochedo para assistir o nascer-do-sol na região do Castelo do Açu, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Podemos observar também as montanhas mais famosas do parque e que marcam a direção que deveremos seguir rumo a Teresópolis. Lá estão o Dedo de Deus, o Garrafão e a Pedra do Sino, local do refúgio da segunda noite. O Dedo de Deus, maior ícone da Serra dos Órgãos e do alpinismo brasileiro, mesmo com seus 1.692 metros de altitude, está a mais de 500 metros abaixo de nós! Para quem tinha visto ele lá da estrada de Petrópolis, quando sua ponta parecia tocar o céu, o novo ângulo nos dá uma perspectiva bastante diferente.

Com frio e esperando o calor do sol que acaba de nascer no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Com frio e esperando o calor do sol que acaba de nascer no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Vários turistas assistem de camarote o nascer-do-sol no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Eu estou à direita!

Vários turistas assistem de camarote o nascer-do-sol no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Eu estou à direita!


Aproveitando os primeiros raios da manhã no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Aproveitando os primeiros raios da manhã no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


O momento mais mágico aqui no Castelo do Açu é, sem nenhuma dúvida, o nascer-do-sol. Tremendo de frio, os turistas que tem a sorte de aqui estar durante um dia limpo, se aconchegam em alguma pedra mais alta da região e passam a assistir o céu se pintar de azul claro, amarelo, laranja e vermelho, até que o astro-rei desponta atrás das montanhas do horizonte. Junto, vem o calor tão esperado, assim como a luz que banha aqueles campos de altitude e os diversos picos que compõe a paisagem. Em uma só palavra: espetacular!

O Dedo de Deus se banha nos raios do sol que acaba de se levantar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

O Dedo de Deus se banha nos raios do sol que acaba de se levantar no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Mais um dia que começa no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Mais um dia que começa no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Início de mais um belo dia no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Início de mais um belo dia no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


São dois os lugares prediletos dos visitantes que por aqui passam para assistir a este show da natureza. O primeiro, mais próximo e rápido de chegar, é uma das pedras que formam o Castelo do Açu, na sua extremidade leste. Um cabo de aço facilita muito a nossa chegada até o alto dessa pedra, uma das primeiras a ser atingida pelos raios solares. Durante a temporada e nos finais de semana, quem acordar mais tarde certamente não vai achar seu lugar lá em cima. Mas não tem problema, na verdade todo e qualquer lugar por ali é especial para ver o nascer-do-sol. Assim, para quem gosta de mais privacidade nesse momento mágico, é só caminhar um pouco.

A paisagem espetacular da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

A paisagem espetacular da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


As montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

As montanhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


O outro lugar preferido é o Morro do Cruzeiro. Está um pouco mais afastado, mas não muito. É considerado o ponto mais alto de Petrópolis, pois a partir daqui, entramos no município de Teresópolis. Sobre o morro, uma pequena cruz de metal não deixa dúvidas que aquele é o Morro do Cruzeiro. A cruz foi colocada ali em homenagem a um grupo de alpinistas mortos por raios durante uma grande tempestade elétrica no início dos anos 90. São uns 10 minutos de caminhada da base do castelo até lá, mas a vista compensa qualquer esforço. Com uma área maior, certamente não faltará espaço para ninguém aí, mesmo nos dias mais cheios.

No alto do Morro do Marco, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Ao fundo, a Baía da Guanabara

No alto do Morro do Marco, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Ao fundo, a Baía da Guanabara


Admirando a vista do alto do Morro do Marco, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Admirando a vista do alto do Morro do Marco, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


A região montanhosa  da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

A região montanhosa da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Hoje, eu e a Ana preferimos assistir o dia nascer do alto da pedra do cabo de aço. havia ali umas 10 pessoas, no máximo. Todos extasiados com o que viam. Temperatura um pouco acima de 0 grau, mas é para isso que servem os casacos. A ansiedade pelo sol que chega também ajuda a esquentar e, antes de percebermos, ele já ilumina toda aquela linda região. Os picos rochosos parecem estar se banhando nesses primeiros raios e esta é, talvez, a paisagem mais bela daquele momento.

O Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

O Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


O refúgio do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

O refúgio do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Os passarinhos também se agitam e cantam com o nascer-do-sol no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Os passarinhos também se agitam e cantam com o nascer-do-sol no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Depois do espetáculo, as pessoas voltam para sua barracas para se prepararem para mais um dia de caminhadas. Eu e a Ana não tínhamos pressa. Resolvemos ir dar uma olhada no Morro do Cruzeiro também, para dar aquela primeira esticada nas pernas antes de colocarmos o peso em nossas costas. Depois, de volta para a base do Castelo onde uma pequena gruta foi protegida por uma parede de pedras. As pessoas podem dormir lá dentro, protegidas do vento. Mas nós ficamos do lado de fora mesmo, uma espécie de varanda natural. Aí fizemos nosso alongamento e até um pouco de ioga, a luz do sol nos esquentando e inspirando.

Esquentando-se pela manhã sob o Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Esquentando-se pela manhã sob o Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Finalmente, o sol chega à nossa barraca ao lado do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Finalmente, o sol chega à nossa barraca ao lado do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Esquentando-se com o sol da manhã antes de desarmar a barraca, ao lado do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Esquentando-se com o sol da manhã antes de desarmar a barraca, ao lado do Castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


Só então voltamos para nossa barraca. era agora, uma hora depois do sol nascer, que os primeiros raios atingiam nossa casinha na montanha. Até então, estava gelado lá dentro. Aproveitando o novo calorzinho, tomamos nossa café da manhã tranquilamente e preparamos os sanduíches para o dia. A esta altura, todo mundo já tinha partido, mas nós resolvemos ficar outra hora por ali, agora caminhando para o sul, na direção do Rio de Janeiro.

Antes de partirmos para mais um dia de caminhada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, café da manhã e preparação dos sanduíches

Antes de partirmos para mais um dia de caminhada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, café da manhã e preparação dos sanduíches


Antes de partirmos para mais um dia de caminhada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, café da manhã e preparação dos sanduíches

Antes de partirmos para mais um dia de caminhada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, café da manhã e preparação dos sanduíches


Leitos de pedra descem do Castelo nessa direção, perdendo lentamente a altitude, até a borda da montanha. Até aí fomos, o melhor lugar para se admirar a Baía da Guanabara. Ontem de noite, tínhamos visto o mar de luzes da Baixada Fluminense, uma visão inesquecível (fotos no post anterior). Agora podíamos ver o mar e todo o contorno dessa que é uma das maiores baías do litoral brasileiro. As montanhas cariocas como o Corcovado, o Pão de Açúcar e a Pedra da Gávea pareciam minúsculas, mas, ao mesmo tempo, tão fáceis de serem reconhecidas.

Admirando a vista da Baía da Guanabara do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

Admirando a vista da Baía da Guanabara do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


A Baía da Guanabara, a Ilha do Governador e o Maciço da Tijuca vistos do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

A Baía da Guanabara, a Ilha do Governador e o Maciço da Tijuca vistos do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


O Rio de Janeiro e a Baía da Guanabara vistos do castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos

O Rio de Janeiro e a Baía da Guanabara vistos do castelo do Açu, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos


O Corcovado, a 60 km de distância em linha reta e quase 1,5 kms abaixo de nós, no alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro

O Corcovado, a 60 km de distância em linha reta e quase 1,5 kms abaixo de nós, no alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro


A Ana fez uma belíssima montagem de fotos, uma grande panorâmica em que se vê todo o contorno da baía e também as cidades da região. Infelizmente, a foto não fica muito grande no formato do site e quase não se pode perceber o que há nela. Mas os programas de fotos podem fazer mágicas e uma delas é distorcer a foto no sentido vertical. É como se achatássemos as medidas horizontais e alongássemos as medidas verticais. O resultado é que a extensa baía fica bem menos ampla, ao mesmo tempo em que as montanhas crescem muito em altura. Uma paisagem quase jurássica do Rio de Janeiro! Foi a maneira que encontramos de poder mostrar um pouco do que vimos lá de cima!

Do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em um dia limpo, é possível vislumbrar toda a Baía da Guanabara. Espetacular!

Do alto do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em um dia limpo, é possível vislumbrar toda a Baía da Guanabara. Espetacular!


A mesma foto da Baía da Guanabara, mas agora distorcida verticalmente. Alguém conhece reconhecer as montanhas famosas do rio de Janeiro (Pão de Açúcar, Corcovado e Gávea?)

A mesma foto da Baía da Guanabara, mas agora distorcida verticalmente. Alguém conhece reconhecer as montanhas famosas do rio de Janeiro (Pão de Açúcar, Corcovado e Gávea?)


Bom, o sol subia no horizonte e já estava mais do que na hora de retomarmos nossa travessia. Voltamos para a barraca, desmontamos e empacotamos tudo nas mochilas e pé na trilha novamente. O trecho mais belo da travessia ainda estava na nossa frente, justamente o trecho entre o Castelo do Açu e a Pedra da Mina, frente a frente com esses gigantes de pedra!

Feliz com mais um dia de céu azul no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Ao fundo, a Baía da Guanabara

Feliz com mais um dia de céu azul no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Ao fundo, a Baía da Guanabara

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Dias em Vancouver

Canadá, Vancouver

Caminhando pela orla do West End, em Vancouver, no Canadá

Caminhando pela orla do West End, em Vancouver, no Canadá


Vancouver, a maior metrópole canadense nesse lado do país, é uma cidade bem jovem, com cerca de 150 anos. O grande impulso ao seu crescimento foi a sua escolha pela Canadian Pacific Railway como o ponto final da primeira linha ferroviária transcontinental do país. A população saiu de 1.000 habitantes em 1880 para 20 mil em 1900 e cerca de 100 mil em 1910. Rapidamente, ela ultrapassou a capital da província, Victoria, como principal polo econômico e político da Columbia Britânica, chegando hoje perto dos 3 milhões de habitantes na sua região metropolitana.

Caminhando pelo centro de Vancouver, no Canadá

Caminhando pelo centro de Vancouver, no Canadá


Para padrões canadenses, é considerada uma cidade perigosa. Para nossos padrões latinos, é tão segura como um convento. Perigoso mesmo, é o tempo. Não o frio, pois estando tão perto do mar, a temperatura não esfria tanto como no interior ou em outras metrópoles. Temperaturas abaixo dos 10 graus negativos são um evento raro, assim como a acumulação de neve. Mesmo nos meses mais frios, a média fica no terreno positivo. Chato mesmo é a chuva, trazida pelo mesmo oceano que não deixa o frio aumentar. Não é a toa que a cidade tem o apelido de “Raincouver”, a metrópole da “Wet Coast”.

A Chinatown de Vancouver, no Canadá

A Chinatown de Vancouver, no Canadá


Outra característica marcante da cidade é a diversidade populacional. Imigrantes de todo o mundo moram aqui, principalmente os de origem asiática. Chineses começaram a chegar no final do séc XIX, trazidos pelas grandes empresas como mão-de-obra barata. Não demorou muito para começarem a ser hostilizados pela população local, assim como eram outros povos daquele continente, como japoneses e indianos. Mesmo as leis racistas que vigoraram no país até a metade do século XX não impediram que continuassem a chegar em grande número. Hoje, a população de origem asiática representa praticamente a metade da população da cidade e, felizmente, a integração é muito maior e mais pacífica do que há poucas décadas. Basta andar pela cidade para perceber que, na próxima geração, o sangue de todas essas etnias estará misturado, brancos, negros, amarelos, indianos, latinos. O belo resultado, quero voltar aqui daqui a trinta anos e ver com meus próprios olhos!

Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.

Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.


Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.

Nosso espaçoso hotel em Vancouver, no Canadá.


Bom, mas não vou ter de esperar 30 anos para visitar Vancouver pela primeira vez. Ao contrário, chegamos aqui no dia 13 de noite, vindos de ferry de Victoria. Foi nosso primeiro ferry mais cheio, muita gente voltando da capital após passar o dia por lá, a negócios, turismo ou em competições esportivas. Entre o tempo no ferry e pequenos trechos rodoviários, pouco mais de duas horas de viagem separam as duas cidades, sem contar o tempo de espera no terminal. Aqui chegando, seguimos diretamente para nosso hotel na Robson Street, no bairro de West End, quase no centro, excelente localização para quem quer conhecer a pé o distrito histórico de Gastown, onde nasceu a cidade, o Stanley Park, principal área verde da metrópole, ou a rua Granville, aonde acontece a night de Vancouver.

Enconttro das expedições brasileiras 1000dias e 4x1, além dos Kombianos, em frente ao Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá

Enconttro das expedições brasileiras 1000dias e 4x1, além dos Kombianos, em frente ao Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá


Nosso hotel foi uma bela surpresa do PriceLine. Quando entramos pela porta do nosso quarto, no oitavo andar, descobrimos que era, na verdade, quase um apartamento, com sala, cozinha, quarto, banheiro e até uma varanda! Entre os prédios e luzes da cidade grande, a minha sensação era a de estar no antigo apartamento de São Paulo. Pois é, quem diria que um dia eu adoraria ter essa sensação de estar em São Paulo? Acho que foi o sentimento de estar novamente no lar, no nosso lar. Uma delícia! Ao longo de toda a nossa estadia na cidade, era sempre um prazer voltar para o nosso “apartamento” em Vancouver. Olhar os prédios e até o Ibirapuera (Stanley Park) pela janela, esquecer da viagem e nos imaginar de volta à nossa “vidinha”.

O Outono chega em Vancouver, no Canadá

O Outono chega em Vancouver, no Canadá


Para aumentar ainda mais essa sensação de lar, logo no dia 14 de manhã a Ana saiu e foi a um mercado próximo abastecer a nossa casinha. Assim, pudemos sempre tomar o café da manhã em casa, em frente à nossa janela com vista para a cidade. Frutas, granola, iogurte e pães para torrada, não só para o café, mas também para aquela fome que dá na madrugada, ou para o meio da tarde, quando estamos presos pela chuva no apartamento. Enfim, realmente a sensação de estarmos na nossa própria casa. Típico domingão depois de uma balada no sábado. Pois é, na véspera, quando chegamos de Victoria, não resistimos e fomos conhecer a night da cidade, quinze minutos de caminhada de casa. Na movimentada e iluminada Granville, migramos de bar em bar até acharmos um que nos apetecesse, boa música, pista de dança e muita gente animada.

Caminhando pelas trihas do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá

Caminhando pelas trihas do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá


Tempo chuvoso e balada na véspera, condições ideais para um domingo em casa, só curtindo não fazer nada, ouvindo o barulho dos carros e da chuva caindo lá fora. Gostamos tanto da “programação” que até resolvemos esticar nossa temporada por aqui, agora até o dia 17. Afinal, ainda tínhamos muito por ver e fazer, como caminhar pela cidade, levar a Fiona para sua revisão atrasada dos 100 mil quilômetros, rever amigos viajantes que também estavam por aqui e conhecer novos, com quem só havíamos falado por internet.

Caminhando na Sea Wall do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá

Caminhando na Sea Wall do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá


Admirando o belo visual do alto do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá

Admirando o belo visual do alto do Stanley Park, em Vancouver, no Canadá


Pois é, aqui em Vancouver reencontramos os amigos colombianos que viajam em Kombi e encontramos os brasileiros da expedição 4x1, que também viajam pelas Américas de carro. Vou abordar esses encontros no próximo post, mas adianto que foi uma delícia ter estado com todos eles e fizemos várias coisas juntos, já começando na noite do dia 14, quando os colombianos vieram nos visitar em “casa” e, reunidos, fomos encontrar os brasileiros no Boteco Brasil, bar de uma brasileira que mora por aqui há mais de 20 anos. Não poderia ter sido mais apropriado, hehehe. Mas, como disse, isso é assunto para o próximo post!

Parece o Ibirapuera, mas é o Stanley Park, em Vancouver, no Canadá

Parece o Ibirapuera, mas é o Stanley Park, em Vancouver, no Canadá


Depois de matar a saudade de poder ficar em casa, no dia 15 começamos nossas explorações. Bom, primeiro a obrigação e depois, a diversão. Assim, logo cedo, levei a Fiona para a tão aguardada revisão dos 100 mil km, apesar de ela já estar com 107 mil. O problema foi que, no Alaska, as concessionárias só tinham horário disponível para o mês que vem. Aqui em Vancouver foi mais fácil, conseguimos marcar de véspera e, logo cedo, deixei nossa amiga por lá. Voltei para o centro de aerotrem, o metrô daqui, muito prático e eficiente. E bem mais rápido também, passando por cima do trânsito. Mesmo com a baldeação, levei metade do tempo que tinha levado para levar a Fiona até lá.

As lindas cores de Outono em Vancouver, no Canadá

As lindas cores de Outono em Vancouver, no Canadá


Em casa, café da manhã e saímos enfrentando a garoa (cada vez mais parecido com São Paulo!) para uma caminhada pela orla (é... isso São Paulo não tem!) até o Ibirapuera, quer dizer, o Stanley Park. A mata de árvores altas nos protegia da chuva, além de nos brindar com ar puro. As cores de Outono faziam tudo ficar ainda mais bonito e nós acabamos perdendo a noção do tempo e do espaço e, quando percebemos, já estávamos do outro lado do parque, na parte alta, com uma bela vista para o mar e para a ponte que leva aos bairros do norte da cidade. Inspiração para pararmos um pouco num restaurante estrategicamente colocado por ali, onde tomamos uma sopa quente, uma sobremesa doce e, para lubrificar tudo, uma deliciosa taça de vinho. Chique no “úrtimo”!

Taça de vinho no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá

Taça de vinho no Stanley Park, em Vancouver, no Canadá


A Fiona saindo da revisão dos 100 mil km em Vancouver, no Canadá

A Fiona saindo da revisão dos 100 mil km em Vancouver, no Canadá


Já estava na hora de buscar a Fiona e, dessa vez, a Ana também foi comigo. Não poderia perder a oportunidade de andar de aerotrem e conhecer a cidade lá de cima. A Fiona estava lá nos esperando e pronta para outros 100 mil quilômetros que nos levarão de volta ao Brasil, passando por tantos países no caminho. Começamos com modestos 15 quilômetros de volta à nossa casa em Vancouver, onde receberíamos um pouco mais tarde os novos amigos da expedição 4x1. Juntos todos, já de noite, fomos comer carne preparada na moda mongol. Como todas as metrópoles, Vancouver oferece gastronomia de todo o mundo, principalmente uma cidade com tantos imigrantes.

Preparação do nosso churrasco mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)

Preparação do nosso churrasco mongol, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)


Pão de queijo e guaraná, no Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá

Pão de queijo e guaraná, no Boteco Brasil, em Vancouver, no Canadá


Foi assim essa noite, foi assim no almoço do dia seguinte. Mas dessa vez, trocamos a Mongólia pelo nosso querido Brasil. A reunião das duas expedições foi novamente no Boteco Brasil, com direito à feijoada, pão de queijo, coxinha e caipirinha de pinga. Para tirar a barriga da miséria e matar as saudades de casa. A música que tocava também era brasileira, assim como a sobremesa, uma legítima goiabada. Presente da simpática Márcia, felicíssima de ter dois carros com placas e integrantes brasileiros bem em frente ao seu bar. Certamente, um feito inédito na história da cidade!

Museu Marítimo de Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)

Museu Marítimo de Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)


A digestão foi feita passeando mais um pouco na bela Vancouver, aproveitando um tímido sol que fazia força para aparecer. Passamos por parques, pela orla da cidade, pelo museu Marítimo e o de Antropologia e pela universidade. Ao final, chegamos à Wreck Beach, ainda em tempo de assistir ao pôr-do-sol. Um espetáculo para ser assistido de fora d’água, pois nessa época do ano já não dá para entrar no mar sem roupa, não!

Um dos muitos parques na orla de Vancouver, no Canadá

Um dos muitos parques na orla de Vancouver, no Canadá


Até o cachorro admira o pôr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)

Até o cachorro admira o pôr-do-sol na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá (foto da expedição 4x1 - Retratos da América)


Temos ainda a manhã de amanhã para passear por Vancouver, antes de seguirmos em frente. Provavelmente visitaremos o mercado, muito recomendado pelo Caio, o simpático músico brasileiro que toca no Boteco Brasil e é quem está hospedando o pessoal do 4x1. Com certeza, vamos partir com saudades dessa cidade que, embora não ofereça algum motivo especial para ser visitada, como uma Torre Eiffel ou uma praia de Ipanema, é um incrível lugar para ser saboreado e vivido aos poucos, com tempo e paciência. Um lugar que adoraríamos passar alguns meses, quem sabe fazendo algum curso e, de pouco em pouco, ir explorando suas vizinhanças, restaurantes, bares e esquinas. Uma cidade com alma. Já até temos um endereço para ficar: o “nosso” apartamento, lá na Robson Street, West End, perto de restaurantes, parque e até o famoso Whole Foods, aquele mercado de comidas naturebas. Só precisamos descobrir se existe alguma época do ano que chova menos por aqui, hehehe...

Tradicional foto do salto, durante o entardecer na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá

Tradicional foto do salto, durante o entardecer na Wreck Beach, em Vancouver, no Canadá

Canadá, Vancouver, British Columbia, história, Stanley Park

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Já Estamos no Suriname!

Guiana Francesa, Saint Laurent, Suriname, Paramaribo, Albina

Primeira visão de Paramaribo, no Suriname

Primeira visão de Paramaribo, no Suriname


O horário da balsa que cruza o rio Maroni saindo de St. Laurent, na Guiana Francesa e chegando em Albina, no Suriname, era 08:30. Animados que estávamos para conhecer mais um país, acordamos bem cedinho para ainda passar na feira da cidade, antes da balsa. O café da manhã tinha sido comprado na noite anterior e seria "tomado" durante a travessia.

Neblina toma conta de Saint Laurent, na Guiana Francesa

Neblina toma conta de Saint Laurent, na Guiana Francesa


Assim, numa manhã cheia de neblina, passeamos pelo movimentado mercado de Saint Laurent, observando frutas conhecidas com nomes diferentes e frutas desconhecidas para nós. Pitoresco também é observar a mistura de raças, de negros à chineses, de indianos à brasileiros e até mesmo os branquelos franceses. Os negros daqui são realmente negros, e não a mistura que temos no Brasil.

Passeando na feira de Saint Laurent, na Guiana Francesa

Passeando na feira de Saint Laurent, na Guiana Francesa


Mas não demoramos muito. Afinal, sabíamos que a balsa é pequena e que não cabem muitos carros. Se perdêssemos essa, ainda tinha mais uma chance, uma hora mais tarde. Depois, só amanhã, já com o visto vencido. Chegamos meia hora antes e éramos o quinto carro. Exatamente a conta para entrar na balsa!

Valorizando os produtos da terra! (em Saint Laurent, na Guiana Francesa)

Valorizando os produtos da terra! (em Saint Laurent, na Guiana Francesa)


Outra coisa que foi a conta foi o tempo de chateação na alfândega, que já expliquei no post anterior. A policial ainda teve de pedir que a balsa esperasse um pouco, a Fiona e a Ana já embarcadas, até que ela me devolvesse meus documentos.
Connection: close

O dia nublado emprestou um ar meio lúgubre à nossa partida. Mais ainda, parecia antever os problemas à frente, na alfândega surinamesa. Como relatado no post anterior, apesar dos problemas e das duas horas de negociações, acabamos passando.

Aí, foram 150 km de estrada cheia de buracos, defeitos e desvios. Ela, que foi destruída na guerra civil no final da década de 80, vem sendo reconstruída aos poucos. Pelo movimento que vimos na estrada, parece que agora vai. Enfim, pacientemente e devorando o café da manhã durante a viagem, fomos nos aproximando da capital Paramaribo. Usei esse tempo de estrada relativamente vazia para ir me acostumando com a direção na mão inglesa. Dirigir na mão contrária num carro com a direção do lado esquerdo é sempre meio estranho. Principalmente nas ultrapassagens. Mas, com cuidado vai.

Trânsito de mão trocada em Paramaribo, no Suriname

Trânsito de mão trocada em Paramaribo, no Suriname


Finalmente, chegamos à enorme ponte que cruza o rio Suriname e nos leva diretamente à Paramaribo. Viemos em busca de um hotel com garagem, para que pudéssemos deixar a Fiona por aqui para mais um tour pelo Caribe. Optamos pelo "Eco-Resort", ao lado do rio e razoavelmente perto do centro. Fui logo pedindo pela garagem, mas quando disse que queria deixar o carro por um mês, a atendente respondeu que precisaria falar com a gerente. Mesmo ela ficou sem resposta, diante de tanto tempo. Ficou de perguntar para a gerente geral, que só estaria no hotel na segunda. Assim, mais um fim de semana de futuro indefinido, só na torcida. Se não arrumarmos lugar para a Fiona, seguiremos direto para a Guiana e de lá para o Brasil. Não é o que gostaríamos...

A grande ponte que cruza o rio Suriname, em Paramaribo, no Suriname

A grande ponte que cruza o rio Suriname, em Paramaribo, no Suriname


Depois do dia difícil, acabamos passando a tarde chuvosa no hotel e só saímos de noite, chuvosa também, para jantar. AInda não deu para ver muito, mas algo já chama muito a atenção: ver e ouvir o povo daqui falando holandes. Ver um loiro fluente em holandes, tudo bem, mas um chines ou um negro, é muito estranho! Hehehe. Com o tempo, acho que vamos nos acostumar... Eu tinha a falsa impressão que teria muito mais coisa escrita em inglês, pelas ruas ou placas. Mas não tem não! Tudo nessa língua incompreensível para brasileiros. Para quem sabe um pouco de alemão, ainda dá para ter uma remota idéia. Pelo menos, não é difícil encontrar pessoas que falem inglês... Bem, amanhã, faça chuva ou faça sol, vamos às ruas!

Guiana Francesa, Saint Laurent, Suriname, Paramaribo, Albina,

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Andanças em Quixadá

Brasil, Ceará, Quixadá

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu 'rabo', em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu "rabo", em Quixadá, no sertão do Ceará


O primeiro programa do dia, logo depois do sadio café da manhã com vista para o verde sertão, foi subir a Pedra dos Ventos. Quem subiu foi a Fiona, tração 4x4 e marcha reduzida. Não é para qualquer carro, nem na subida nem na descida. Mas a nossa querida Fiona não é "qualquer carro" e nos levou lá tranquila e confortavelmente!

Tempo nublado no alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará

Tempo nublado no alto da Pedra dos Ventos, em Quixadá, no sertão do Ceará


Linda vista do sertão. Coberto de brumas e névoas, quem diria! Lá encima tem uma rampa de asa delta para os bravos que se atiram naquele vazio. Ouço falar que a região oferece ótimas térmicas e que, na época certa do ano, os praticantes desse esporte maravilhoso ficam horas voando, e chegam a voar mais de uma centena de quilômetros!

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará

A famosa pedra da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará


Descemos de volta ao hotel e, já com as coisas no carro, seguimos para o Açude do Cedro e Pedra da Galinha Choca. Basta vê-la para se entender o nome! Ali encontramos o Ciro, nosso guia para escalar a cabeça da galinha. Mas, por uma série de desencontros, ele estava achando que nós não iríamos, e não levou o equipamento. Nossa escalada virou um trilha, não até a cabeça, mas ao corpo da galinha. Nós é um grupo de pessoas de Fortaleza, familiares e amigos do Carlos Cláudio, uma fã de carteirinha da região de Quixadá.

Com nosso grupo, no alto da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará

Com nosso grupo, no alto da Galinha Choca, em Quixadá, no sertão do Ceará


É uma trilha bem tranquila que propicia vistas magníficas da região. Lá de cima, podemos ver todo o açude do Cedro, obra idealizada por nosso ex-imperador. Quanto mais viajamos e conhecemos o país e sua história, mais fãs ficamos deste senhor, D. Pedro II.

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará

A barragem iniciada por D. Pedro para formar o Açude do Cedro, em Quixadá, no sertão do Ceará


Durante a caminhada, chuva. Sinal de que não poderíamos ter mesmo escalado hoje, mesmo com equipamento. Menos mal, ficamos um pouco menos decepcionados... Mas foi rápida, apenas para molhar um pouco a rocha. Logo passou e já estávamos andando sobre a barragem, ali do lado do açude.

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará

Santuário de Nossa Senhora, a Rainha do Sertão, em Quixadá, no sertão do Ceará


Difícil foi não nadar ali. mas a gente se segurou. Ainda tínhamos outro programa antes de seguir para Guaramiranga, na Serra do Baturité. Seguimos para a Serra do Santuário, outro lugar com vistas magníficas, principalmente da Pedra da Baleia. Mas a principal atração do local, como indica o nome, é um belo Santuário. É em homenagem à Nossa Senhora Rainha do Sertão. Um longo caminho calçado leva até lá, oito quilômetros serra acima. Imagino que haja procissões que sigam à pé, um duro caminho se for feito durante os dias mais quentes, quando a temperatura pode chegar aos 40 graus! Nós, com um pouco menos de fé, seguimos de ar condicionado. Assim, chegamos ao santuário com bastante tempo para ler a história das padroeiras de todos os países da América Latina, uma verdadeira coleção de Nossas Senhoras, todas muito bem representadas dentro do santuário. Muito jóia ler a história de todas elas. Ainda mais naquele cenário grandioso.

Rampa de asa delta e a Pedra da Baleia, em Quixadá, no sertão do Ceará

Rampa de asa delta e a Pedra da Baleia, em Quixadá, no sertão do Ceará


Metade do dia tinha passado. Ainda tínhamos muitos quilômetros, sertão, chuva e montanhas pela frente...

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu 'rabo', em Quixadá, no sertão do Ceará

No alto da Galinha Choca, próxima ao seu "rabo", em Quixadá, no sertão do Ceará

Brasil, Ceará, Quixadá,

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Até Mais, Miami, EUA, Exterior

Estados Unidos, Flórida, Miami

Celebrando o aniversário da Su e um ano de casamento do Rodrigo e da Ana, em Miami


Último dia em Miami, nos Estados Unidos e no exterior por um bom tempo. Há 40 dias viemos para cá e hoje, após essa primeira temporada caribenha, retornamos ao Brasil para iniciar a nossa viagem de carro através das américas. Teremos um pequeno pit stop em Curitiba, mas vamos aproveitar para fazer uma viagen rápida lá por perto, além de passeios pela própria cidade. Tudo parte da viagem e do projeto dos 1000 dias. Mas vamos aproveitar também para resolver umas pendências, botar algumas coisasem ordem.

Depois, se tudo der certo, no domingo já estaremos com o pé na estrada. Dessa vez nós três já que a Fiona se junta a nós. Viva a nova viajante! Vamos subindo o Brasil, devagarinho, perto do litoral, até chegarmos ao Amapá e, de lá, de volta ao exterior, à Guiana Francesa. Um belo e longo caminho pela frente.

Marcelo e André, na piscina do condomínio em Key Biscayne - Flórida

Marcelo e André, na piscina do condomínio em Key Biscayne - Flórida


Mas,um passo de cada vez. Aqui em Miami o dia foi bem tranquilo novamente. Um pouco de praia, com a água bem quentinha. Um pouco de piscina, sempre obrigado a respeitar as excessivas regras americanas: não correr, não pular, não respirar... que falta total de liberdade e de jogo de cintura no país que diz defensor das liberdades. Um pouco de internet, para passar o tempo. Uma saída rápida para um almoço tardio. Pelo menos, comida saudável dessa vez, embora apimentada para a Ana. Depois, arrumação minuciosa das mochilas e caixas e corrida para o aeroporto, o Marcelo levando. Mais uma gentileza que não será esquecida.

Na piscina do condomínio em Key Biscayne - Flórida

Na piscina do condomínio em Key Biscayne - Flórida


E agora, voando a 10 mil metros de altura sobre um Mar do Caribe escuro lá embaixo, a Ana dormindo aqui do lado, fico bem feliz com os 45 dias deliciosos que já são passado e com os 955 dias que, espero, ainda temos pela frente. Como disse a Ana no aeroporto, geralmente ficamos meio tristes nessas viagens de volta ao Brasil. Quase sempre são o final de férias, o fim da festa e a hora de voltar ao trabalho, à dura rotina diária. No nosso caso, o que se aproxima é apenas a continuação de uma grande aventura que já começou. É, dessa vez essa viagem de volta não é triste não. Ao contrário, é estimulante!

Luiza e Su, na quadra de tênis do condomínio em Key Biscayne, Flórida

Luiza e Su, na quadra de tênis do condomínio em Key Biscayne, Flórida

Estados Unidos, Flórida, Miami, Praia

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