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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Visitando a bela 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Antes de seguirmos para Seattle, ainda temos uma região a explorar: a península de Olympic, no extremo noroeste do estado de Washington que já é, por sua vez, o estado mais a noroeste dos Estados Unidos. Aí estão duas das grandes atrações dessa parte do país: a cidade de Port Townsend e o Olympic National Park.
Ponte que atravessa o Deception Pass, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Para chegar lá, ou se dá uma enorme volta rodoviária pelo lado sul, único trecho onde a península se conecta com o continente, ou se pega um dos inúmeros ferries que ligam a região com o resto do país. É o caminho mais prático e o preferido das milhares de pessoas que fazem o percurso diariamente, tornando esse trecho o segundo sistema de ferries mais movimentado do mundo. E eu que achava ter tomado o último ferry (entre Victoria e Vancouver) por um bom tempo, só precisei esperar 10 dias para confirmar que nada sei do meu futuro. A Fiona já quase sabe entrar sozinho nesses barcos enormes e luxuosos e rapidamente eu e a Ana já estávamos no convés admirando as belezas dessa região dividida entre água e terra. O caminho era curto e não poderíamos perder tempo.
Farol em Port Townsend, no Puget Sound, litoral do estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
O destino era Port Townsend, uma cidade com uma história curta, mas muito interessante. Fundada no final do século XIX, ela era uma grande aposta de construtores, investidores e especuladores de que se tornaria a “Nova York da costa oeste”, a mais importante cidade portuária na costa do Pacífico. A aposta era que o comércio com a Ásia cresceria rapidamente e que Port Townsend estava assentada em uma baía com excelentes condições para operar um porto movimentado. Havia também a promessa de que todas as ferrovias americanas no noroeste do país convergiriam até ali, o ponto final de milhares de quilômetros de estradas de ferro, vindas dos centros produtivos agrícolas no centro do país.
Chegando à Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Terrenos foram comprados, grandes galpões e prédios construídos, todos esperando pelo grande boom que se seguiria. Mas as ferrovias não chegavam e outras cidades portuárias aproveitaram a oportunidade para “crescer” também. Por fim, veio a depressão, afundando de vez os sonhos de uma grande metrópole por ali. Cansados de esperar, investidores e população bateram em retirada e a cidade com grandes prédios vitorianos ficou para trás, a Nova York que nunca foi.
Fazendo música em um Cafe de Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
No meio da década de 70 a cidade foi redescoberta para o turismo, especialmente por pessoas mais sofisticadas, amantes da boa música e comida. Port Townsend se tornou um destino charmoso, com estrutura, mas sem multidões. Um lugar que une as qualidades do interior, como a tranquilidade e segurança, com as de uma cidade grande (boa comida e variada cena cultural). Sem contar o fato de estar localizada numa região de enormes belezas naturais, quase ao lado do Olympic National Park.
Menu com presença brasileira em um Cafe de Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Nós nos instalamos num dos hotéis mais tradicionais, o Plaza. Funcionou como um bordel na primeira metade do século passado e hoje é incrivelmente charmoso, pé direito alto, mobiliário antigo e staff super simpático, além do preço acessível. Todos os quartos tem o nome de suas antigas ocupantes e nós só ficamos imaginando se as paredes pudessem falar...
Fazendo música em um Cafe de Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Resolvemos passar o resto do dia na própria cidade e deixar nossas explorações no parque para o dia seguinte. Decisão acertadíssima! Passamos deliciosas horas em um café à beira mar que servia boa comida natureba e que era o ponto de encontro de músicos. Iam chegando e se juntando à roda, produzindo música de ótima qualidade. Mais interessante ainda, quase todos eles eram da terceira idade, na sua melhor forma. A música era feita por puro prazer, amor pela arte. Interessante também foi ver a mãe de um deles, essa já na “quarta idade” (para lá de 90), se divertindo com a música produzida pela “nova geração”. Muito legal!
Senhoras dão show de música em um Cafe de Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
De noite, a programação foi semelhante, mas em outro restaurante, o Upstage. Além da boa comida, ele organiza jornadas musicais todas as noites. Ontem, foi a vez de uma jazz jam session. Novamente, um grupo de senhores, idade média acima dos 60, foi se revezando no palco, instrumentos variados e muito talento. Uma verdadeira aula de música e de amor pela vida. Fiquei impressionado!
montanhas nevadas de North Cascades vistas de Port Townsend, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
O magnífico Lake Crescent, no Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Hoje pela manhã, ao fazermos o check out do hotel antes de seguirmos para o parque, uma surpresa: o dono do hotel gostou tanto da nossa história que resolveu nos dar a diária de graça! Nós, que já havíamos gostado tanto de lá, ficamos ainda mais fãs do Plaza. Tanto que combinamos de voltar amanhã no final do dia, para mais uma noite no hotel e nessa bela cidade. Isso nos dava o dia de hoje e boa parte do de amanhã para explorar o parque.
Pequeno veado cruza estrada do Olympic national Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
O Olympic National Park pode ser dividido em três “pedaços”: a parte de montanhas, a parte de matas e a parte de praias. Infelizmente, com o tempo que está fazendo aqui, a parte de montanhas está com acesso bem dificultado. Estradas fechadas pela neve e gelo, para chegar até lá, só com uns bons dias de caminhada. Lá está o famoso Mt Olympus, um destino muito procurado por montanhistas, sempre protegido por seus glaciares. No verão, além do incrível visual, deve ser um programa e tanto! Nessa época, está sempre entre as nuvens e o máximo que pudemos ver foi um pouco de neve nas janelas que apareciam entre as nuvens.
A 2a Beach, praia repleta de troncos em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Atravessando os troncos da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Nós ainda fomos até a entrada principal do parque, de onde parte a estrada cênica até a parte alta das montanhas. Não havia previsão para ser aberta. Assistimos a um filminho institucional sobre o parque e seguimos em frente. Afinal, como já disse, nem só de montanhas vive o Olympic. Resolvemos deixar a parte da mata para amanhã e seguimos para as praias. Aqui, a chuva desses dias não faz muita diferença, afinal as florestas do parque são as mais úmidas do mundo, depois do Hawaii. Basicamente, chove o ano inteiro. Uma garoa quase constante que deixa todos os troncos de árvores aveludados pelos musgos. Troncos literalmente verdes.
Cadeia de ilhas em frente à 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Admirando o fim de tarde na 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Mas as florestas ficam para amanhã, mesmo. Seguimos para a pequena localidade indígena de La Push. Achamos um hotel em frente ao mar, preços rebaixados por quase da época do ano. Apesar do tempo nublado, o barulho do mar é sempre música nos ouvidos! Depois, compramos comida numa loja de conveniências que, junto com nosso vinho lá do Okanagan Valley, serviria de piquenique romântico de noite, no nosso quarto, com o mar ao fundo. Uma bela maneira de comemorar o aniversário do irmão a 15 mil quilômetros de distância.
A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Mas antes de escurecer e do piquenique, ainda fomos conhecer outra praia da região, dica da gerente do hotel. Uma trilha pela mata nos levou até lá onde pudemos admirar a beleza selvagem, quase primitiva da chamada 2nd Beach. Areias escuras misturadas com pedras finas, nuvens cinzentas no céu, água gelada e troncos espalhados pela praia, tudo combinado para criar um clima sombrio e espetacular. Parecia um outro mundo. Ou melhor, o mesmo mundo, mas há 100 milhões de anos. Não iria estranhar que aparecesse um dinossauro por trás de um dos inúmeros rochedos que enfeitavam a praia e o mar. Paisagem fantástica!
Admirando as pequenas ilhas da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Mas, ao final, o dinossauro não apareceu. No seu lugar, foi o sol que deu as caras. Quer dizer, só um pouquinho dele, bem na hora do pôr-do-sol, como que a dizer: “Hey, eu existo!”. Sol posto, voltamos para nosso hotel, comemos o nosso lanchinho, bebemos o nosso vinho e enviamos nossas energias através de continentes e oceanos, até a distante Ribeirão Preto. Amanhã, é dia de mais praias jurássicas, florestas temperadas úmidas e o ex-bordel mais charmoso do mundo!
A beleza selvagem da 2a Beach, em La Push, pequena localidade indígena no litoral do Olympic National Park, no estado de Washington, oeste dos Estados Unidos
Que lindo ler estas palavras,exemplos são para a vida inteira ....capacidade vc tem de sobra a Ana tb,um abraço
Resposta:
Olá Lurdes
Pois é, esse jovens músicos são realmente uma inspiração!!!
Abs
Lendo o post de hoje , veio-me à memória as matérias que eu lia com tanto prazer e curiosidade naquela coleção que tínha-
mos da Geographical Magazine , lembra? Acho que você po-
deria vender suas reportagens para ela (a revista).
As fotos são muito interessantes!
Bjs. Mm
Resposta:
Oi Mama
Jamais vou me esquecer da sua coleção de National Geographics, que tanto me inspiraram. Desde a adolescência que virei fã delas e folheei (muitas vezes!) cada um dos exemplares, embora achasse o inglês da revista meio além da minha capacidade, na época. Mas só as fotos já valiam a pena!
Imagina só, poder escrever para eles... Seria um sonho, mas acho que ainda tenho de comer muito feijão para isso, hehehe
Beijos e saudades
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