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O Casal

Brasil, Paraná, Curitiba

Aproveitando o dia de sol no teto do catamaran de Ilha Grande para Angra dos Reis - RJ

Aproveitando o dia de sol no teto do catamaran de Ilha Grande para Angra dos Reis - RJ


Há cinco anos, numa tarde ensolarada na Ilha do Mel, depois de um dia muito gostoso pelas praias da ilha, eu e a Ana demos nosso primeiro beijo. Era o pontapé inicial numa bela história que hoje faz aniversário num dia frio e nublado aqui em Curitiba. Dois anos mais tarde, aproveitando a mesma data, demos um passo adiante e nos tornamos noivos. O "evento" foi num restaurante especializado em fondues aqui em Curitiba, com a presença da família dela e também da minha, via telefone. Hoje, três anos depois, voltamos ao mesmo restaurante para celebrar, um verdadeiro banquete de fondues variados e vinho francês. O duplo aniversário merecia!!!

Também hoje, numa bela coicidência, chegou nosso novo passaporte. Azul, moderno e com chip. Não vou ficar com o meu por muito tempo. Na segunda-feira ele segue para São Paulo, para o consulado canadense. A produção do "dossiê" está em fase final. Depois, falo mais disso. Além do passaporte, pegamos a Nikon também, novinha em folha e pronta para mais 20 mil fotografias, com o devido cuidado com a areia das praias e desertos...

A homenagem no post de hoje não poderia ser outra, né? Algumas fotos do casal nesses primeiros 450 dias de viagem:

Início da viagem, apaixonados em Miami

Balada no Nikki - South Beach

Balada no Nikki - South Beach


Primeira vez no Caribe, já entrando no clima praiano

Felizes na praia - Harbour Island - Bahamas

Felizes na praia - Harbour Island - Bahamas


Enfrentando juntos o friozinho das montanhas do sul de Minas

Pôr-do-sol no Pico do Gavião em Andradas - MG

Pôr-do-sol no Pico do Gavião em Andradas - MG


Sempre à procura de belas cachoeiras!

A bela Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

A bela Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Juntos até embaixo d'água!

Mergulhando na Laje de Santos - SP

Mergulhando na Laje de Santos - SP


Devidamente abençoados!

Tradicional foto com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - RJ

Tradicional foto com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - RJ


A hora certa, no lugar certo, com a pessoa certa!

Felizes da vida, no Riacho Doce, fronteira da Bahia com Itaúnas - ES

Felizes da vida, no Riacho Doce, fronteira da Bahia com Itaúnas - ES


O clima inspirador do sul da Bahia...

Pôr-do-sol em Caravelas - BA

Pôr-do-sol em Caravelas - BA


Como diz a música: "Almoça junto todo dia..."

Almoçando no Daniel, na ilha de Boipeba - BA

Almoçando no Daniel, na ilha de Boipeba - BA


Sem conforto, mas com muuuita vista!

No nosso local de acampamento, ao lado da queda da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA

No nosso local de acampamento, ao lado da queda da Fumaça, próxima à vila do Capão, na Chapada Diamantina - BA


Olha só a devoção!

Viva a Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Viva a Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Admirando, juntos, ao espetáculo diário da natureza. De cadeira cativa!

Autofoto assistindo ao pôr-do-dol em Jericoacoara - CE

Autofoto assistindo ao pôr-do-dol em Jericoacoara - CE

Brasil, Paraná, Curitiba,

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Chegamos ao Canadá, à Quebec, à Montreal...

Canadá, Montreal

Artista de rua tenta faturar seu ganha-pão em Montreal, no Canadá

Artista de rua tenta faturar seu ganha-pão em Montreal, no Canadá


Não demorou muito, hoje pela manhã, a chegarmos à fronteira dos Estados Unidos e Canadá. Afinal, tínhamos dormido pertinho dali, já pensando em poder chegar cedo à Montreal e ainda aproveitar o dia. Quando apareceu a placa dos 5 km, deu até um friozinho na barriga. O Canadá foi o último país que eu consegui o visto (para a Ana, italiana, é muito mais fácil...). Já sem emprego, sem passagens aéreas, sem reservas de hotel ou cursos de língua, tive de fazer um verdadeiro dossiê da viagem e do projeto para eles. Acho que gostaram, pois ganhei um visto de múltiplas entradas. Melhor, impossível, pois vamos entrar e sair do país algumas vezes mesmo!

Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!

Aproximando-se da fronteira. O Canadá é logo ali!


Mesmo com o visto em mãos, o friozinho na barriga veio. Era a ansiedade de passar numa fronteira terrestre depois de tanto tempo. A última vez foi há pouco mais de 4 meses, passando do México para os EUA (aquele bendito dia em que cruzamos a fronteira 5 vezes!). Desde a nossa primeira fronteira terrestre, do Brasil para a Guiana Francesa, em Março de 2011, a Fiona não ficava tanto tempo no mesmo país.

Chegando à Montreal, no Canadá

Chegando à Montreal, no Canadá


Bom, na verdade, acabou sendo a fronteira mais rápida e eficiente de todas as que cruzamos. Nenhuma burocracia, ninguém enchendo o saco querendo vender algum produto ou “facilidade”, nem um papelzinho para preenchermos. A oficial, de dentro de seu guichê, olhou os passaportes, mostrou-se surpresa com a procedência do carro e nos deu os parabéns e as boas-vindas. Muito legal! Civilizado como deveria ser em todas as fronteiras. Viva o Canadá!

Canadá e suas províncias

Canadá e suas províncias


Pois é, chegamos ao Canadá, o país mais ao norte da América continental. Difícil de acreditar até onde a nossa Fiona nos trouxe. Parabéns para ela também! Além de ser o mais setentrional do continente, o país também é o maior das Américas, com quase 10 milhões de quilômetros quadrados. Com esse espaço todo e uma população de apenas 30 milhões de habitantes, um sexto da população brasileira. Quase toda ela está na parte sul do país, nas grandes cidades próximas à fronteira americana. Quase metade da população vive nas cinco maiores cidades, principalmente em Toronto e Montreal.

Caminhando pelas charmosas ruas centrais de Montreal, no Canadá

Caminhando pelas charmosas ruas centrais de Montreal, no Canadá


Meu conhecimento de geografia e história canadense tem aumentado de maneira exponencial nesses últimos dias. Por exemplo, finalmente ficou claro para mim que Quebec, além de uma cidade, é um estado também (na verdade, província, que é como chamam os estados aqui). E uma estado bem grande, quase do tamanho do nosso Amazonas. A capital é Montreal que, com quase 4 milhões de habitantes, é a segunda maior cidade do país.

Rua da Old Montreal, no Canadá

Rua da Old Montreal, no Canadá


Esse era o nosso destino hoje: Montreal, capital de Quebec. Ontem de noite, através do milagroso PriceLine, já tínhamos reservado um hotel na cidade para nós, pelas próximas três noites. Assim, depois de deixarmos a fronteira para trás, rapidamente a Fiona já nos levou pelos 40 km restantes de viagem, pelas estradas e depois ruas da grande cidade. Mas chegamos cedo demais para o check-in. Então, deixamos o carro com malas na garagem e partimos para o centro, agora já com mapas da cidade e do eficiente sistema de metrô.

Fachada do Mercado Central de Montreal, no Canadá

Fachada do Mercado Central de Montreal, no Canadá


A primeira providência foi desenferrujar o meu francês, já que essa é a língua mais falada por aqui. A região de Quebec foi colonizada por franceses e, embora tenha passado para o domínio inglês em 1764, a cultura francófila, incluindo a língua, permaneceu muito forte. Certamente ainda vou falar sobre isso nos próximos posts, mas o Canadá é um país “binacional”, com duas línguas oficiais. E aqui na região de Quebec, o francês é o predominante.

Fim de tarde na orla fluvial de Montreal, no Canadá

Fim de tarde na orla fluvial de Montreal, no Canadá


Nós seguimos de metrô até o centro histórico e aí passamos o dia. Caminhamos pelas ruas cheias de restaurantes charmosos, pelos parques onde os canadenses celebram continuamente o verão (outro assunto para algum post, com certeza!), pelos monumentos e prédios importantes como igrejas, o mercado e a prefeitura.

Basílica de Notre-Dame, na Place d'Armes, em Montreal, no Canadá

Basílica de Notre-Dame, na Place d'Armes, em Montreal, no Canadá


É na Place d’Armes onde estão os mais belos prédios, como o centenário Banco de Montreal e, principalmente, a basílica de Notre-Dame. Ela já é imponente por fora, mas é seu interior que mais impressiona. O altar muito bem cuidado e cheio de cores prende os nossos olhos assim que entramos pela igreja. De tão belo, não parece real. Fico só imaginando como deve ter sido o concerto que Pavarotti deu em seu interior. Deve ter sido memorável!

O esplendoroso interior da Basílica de Notre-Dame, em Montreal, no Canadá

O esplendoroso interior da Basílica de Notre-Dame, em Montreal, no Canadá


O fabuloso altar da Basílica de Notre-Dame, em Montreal, no Canadá

O fabuloso altar da Basílica de Notre-Dame, em Montreal, no Canadá


O almoço já foi saboreando queijos e vinhos. Pois é, não é só a língua que ficou francesa não! A comida também lembra muito a da velha Gália. Uma delícia! Nessa época do ano, com temperaturas agradáveis, todos os restaurantes tem varandas e terraços e eles ficam sempre lotados. Com a decoração florida, o clima é totalmente parisiense!

O charme da cidade antiga no centro de Montreal, no Canadá

O charme da cidade antiga no centro de Montreal, no Canadá


Depois de batermos muita perna, ao final do dia (o que é bem tarde por aqui!) voltamos ao nosso hotel para, finalmente, nos instalarmos. Começamos apenas a arranhar esse gigantesco país, começando por esse enorme estado, talvez o mais interessante do Canadá, no aspecto cultural. Nessa nossa primeira passagem pelo país, vamos nos concentrar em Quebeq e Ontário. Mesmo nesses dois estados, veremos apenas a parte sul, mas é onde está concentrada boa parte da população e infraestrutura existentes. No próximo post falo um pouco mais do nosso roteiro pelas cidades, interior e parques nacionais dessa região que já estamos aprendendo a amar: Quebec.

Descansando e namorando em parque em frente ao Mercado Central de Montreal, no Canadá

Descansando e namorando em parque em frente ao Mercado Central de Montreal, no Canadá

Canadá, Montreal,

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O Tempo Não Para

Brasil, Paraná, Curitiba

Sanduíche de Luiza, em Curitiba, no Paraná

Sanduíche de Luiza, em Curitiba, no Paraná


Fazer longas viagens altera completamente a nossa percepção do tempo ou, mais especificamente, da passagem do tempo. A ausência de rotina nos tira referências com as quais nossa mente percebe que os dias e os meses estão passando. Quando uma segunda-feira é igual a um sábado que é igual a uma quinta-feira que é igual a um feriado, dias da semana e mesmo do mês perdem o sentido prático, se tornam apenas uma palavra a mais, pronta para ser esquecida na próxima esquina.

Buscando a Luiza na escola, em Curitiba, no Paraná

Buscando a Luiza na escola, em Curitiba, no Paraná


Buscando a Luiza na escola, em Curitiba, no Paraná

Buscando a Luiza na escola, em Curitiba, no Paraná


Outro fator que nos faz parecer que o tempo está parado são as notícias que chegam do Brasil. Francamente, sempre que abrimos algum dos portais de internet com notícias do nosso país ou mesmo do mundo, nada parece ter mudado. Algum escândalo político, alguma briga de futebol, guerra na Síria, réus do Mensalão, nada parece estar mudando. Quando se acompanha essas notícias diariamente, podem parecer que estão se movendo, como uma novela. Mas quando se dá uma olhada rápida, apenas umas poucas vezes por mês, sinceramente, parece tudo igual.

Voltando da escola, na cadeirinha, rm Curitiba, no Paraná

Voltando da escola, na cadeirinha, rm Curitiba, no Paraná


Brincando com a Luiza, em Curitiba, no Paraná

Brincando com a Luiza, em Curitiba, no Paraná


Paradoxalmente, a intensidade de nossa viagem, a quantidade e variedade de coisas que vemos e fazemos a cada dia, nos faz parecer que o tempo está voando. Em uma vida dita “normal”, são poucos os dias espetaculares que temos a cada ano, dos quais vamos guardar boas memórias pelas próximas décadas. Pois bem, na nossa vida de viagens, se passa ao contrário: são poucos os dias “normais” ou, na verdade, o normal para nós é ter um dia espetacular. Com isso, memórias incríveis e inesquecíveis vão se acumulando, disputando o espaço limitado de nossos neurônios. Quando visitamos um incrível vulcão e achamos que aquilo vai nos marcar para sempre, na semana seguinte já estamos caminhando sobre uma geleira e as memórias do vulcão já estão apertadinhas lá embaixo, junto com aquelas do mergulho, da cachoeira e do museu. A sensação é que já se passaram alguns meses desde o tal vulcão, apesar de ter sido apenas há alguns dias.

Com a Luiza na Fiona, em Curitiba, no Paraná

Com a Luiza na Fiona, em Curitiba, no Paraná


Com a Dani e a Luiza em Curitiba, no Paraná

Com a Dani e a Luiza em Curitiba, no Paraná


É claro que a memória não se perde, mas aquela emoção, o sentimento vívido de ter estado lá encima, isso foi, de certa forma, substituído por sentimento igualmente intenso e emocionante de se estar caminhando sobre um rio de gelo que desce da montanha. Felizmente, temos sempre muitas fotos e histórias para tentar reavivar um pouco a emoção e o sentimento de ter estado encima do vulcão, mas a percepção de que muito tempo passou, isso não muda.

Tentando ganhar a confiança da sobrinha, em Curitiba, no Paraná

Tentando ganhar a confiança da sobrinha, em Curitiba, no Paraná


Brincando com a Luiza, em Curitiba, no Paraná

Brincando com a Luiza, em Curitiba, no Paraná


Enfim, vivemos sempre nessa espécie de confusão mental sobre a passagem (ou não) do tempo. Tentando conciliar as duas percepções aparentemente opostas, a sensação é de ter vivido vários anos em apenas um ano verdadeiro, ao mesmo tempo em que esse tal ano verdadeiro não parece ter passado. Mas a realidade nua e crua é que ele passou sim. Uma olhada mais cuidadosa no espelho e uma contagem dos fios de cabelos brancos acaba rapidamente com o sonho do tempo parado. Não, ele está passando sim! A comparação das fotos do início e do fim da viagem é inclemente, hehehe Acho até que ter vivenciado tantos anos em apenas 3 anos dessa nossa viagem tão intensa teve também seus reflexos nos fios de cabelo. Aparentemente, eles também sentiram mais a passagem do tempo...

A Dani e a Luiza, em Curitiba, no Paraná

A Dani e a Luiza, em Curitiba, no Paraná


A Luiza, nossa linda sobrinha, em Curitiba, no Paraná

A Luiza, nossa linda sobrinha, em Curitiba, no Paraná


Agora, na nossa rápida passagem por Curitiba para recarregar as energias e fazer algumas das burocracias inadiáveis (ver post anterior) para podermos seguir viagem até o sul do continente, novamente as idiossincrasias da passagem do tempo apareceram. As mesmas ruas, as mesmas avenidas, as mesmas pessoas correndo para restaurantes para aproveitar seu intervalo de almoço nos respectivos empregos. Nada parece ter mudado, o tempo parece ter estado congelado nesses últimos quatros anos, ao mesmo tempo em que fomos e voltamos do Alaska, numa viagem aparente de 40 anos. Será que fomos mesmo? Não terá sido tudo um belo e longo sonho alimentado por imagens de lugares que queremos tanto conhecer? Será que se eu botar minhas antigas roupas sociais e seguir para o escritório que um dia trabalhei, terei mesmo alguma prova de que o tempo passou nesses últimos 4 anos?

Depois de mais de dois anos, reencontro com a mãe, a irmã e a sobrinha em Curitiba, no Paraná

Depois de mais de dois anos, reencontro com a mãe, a irmã e a sobrinha em Curitiba, no Paraná


Almoço com o pai, irmã e sobrinha, em Curitiba, no Paraná

Almoço com o pai, irmã e sobrinha, em Curitiba, no Paraná


A resposta para essa pergunta é um sonoro “sim”! Sim, aqui mesmo, em Curitiba, temos a prova viva de que o tempo está passando, que ele não para nunca e que, enquanto explorávamos os rincões do continente, também em Curitiba e na vida “normal” as coisas mudam. Essa prova viva tem até nome próprio: Luiza!

Sanduíche de Luiza, em Curitiba, no Paraná

Sanduíche de Luiza, em Curitiba, no Paraná


Na verdade, Luiza é o nome da nossa sobrinha, filha da irmã mais nova da Ana. Quando saímos de viagem, no final de Março de 2010, a Dani já estava grávida da Luiza e, pouco mais de três meses depois, ela veio ao mundo quando estávamos em Ilhabela, no litoral de São Paulo. Corremos de volta a Curitiba, para também lhe dar as boas-vindas a este mundo, e logo retomamos nossos 1000dias, subindo em direção aos estados do nordeste e do norte do país.

Brincando com a sobrinha em Curitiba, no Paraná

Brincando com a sobrinha em Curitiba, no Paraná


Embevecido! (em Curitiba, no Paraná)

Embevecido! (em Curitiba, no Paraná)


Depois, meio planejado, meio coincidência, passamos de volta em Curitiba no nosso caminho para o Paraguai e a etapa internacional da nossa viagem justamente quando a pequena Luiza fazia 1 ano de idade. Deu até para participar da primeira festa de aniversário.

Essa tinha sido nossa última vez, ao vivo, com nossa querida sobrinha. Desde então, contatos, só pelo Skype. Pela telinha do computador, fomos vendo ela crescendo, fazendo dois anos e depois, três. Ao mesmo tempo, para ela, nós viramos os tios que moravam dentro do computador. Fazia festa às vezes, mas em outras, achava meio entediante falar com aquelas pessoas de quem não se lembrava de ter estado. Para nós, ver aquela menina crescendo e ficando mais esperta a cada contato era a prova mais concreta de que o tempo estava, sim, passando e, pior, que nós estávamos perdendo coisas importantes aqui na nossa cidade.

A Luiza e o Alfred, em Curitiba, no Paraná

A Luiza e o Alfred, em Curitiba, no Paraná


Agora, no nosso caminho para o sul do continente, tínhamos de passar por aqui de qualquer maneira. A história de renovar o passaporte ou fazer a cirurgia do dente eram só boas desculpas para vermos nossa sobrinha outra vez. Estava mais do que na hora dela saber que nós também existíamos fora da tela do computador!

Reencontrando amigos em Curitiba, no Paraná

Reencontrando amigos em Curitiba, no Paraná


Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná

Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná


E assim, logo no nosso primeiro dia na cidade, já fomos buscar ela no colégio. Ela nos olhou meio desconfiada, olhos arregalados ao perceber que éramos de carne e osso. Depois, aos poucos, tratamos de ganhar sua confiança, um presentinho aqui, uma brincadeira ali. De pouco em pouco, encontros quase diários, fomos ficando mais e mais amigos. Tios de verdade!

Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná

Brincando com a Luiza na piscina, em casa de amigos em Curitiba, no Paraná


Foram duas semanas aqui em Curitiba, revendo amigos e correndo atrás de papelada, planejando o resto da viagem e curtindo estar num mesmo lugar por tanto tempo. E o mais doce de toda a estadia: ver, rever e re-rever nossa querida sobrinha, a prova inconteste que estamos mesmo envelhecendo, que o tempo está passando e que o mundo e a vida podem ser tão divertidos em Curitiba como também no resto do continente! Logo estaremos na estrada novamente, mas agora, quando nos falarmos no Skype, não seremos mais apenas os tios do computador... Melhor assim!

A Luiza, nossa linda sobrinha, em Curitiba, no Paraná

A Luiza, nossa linda sobrinha, em Curitiba, no Paraná

Brasil, Paraná, Curitiba,

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Uma Volta no Lake Tahoe

Estados Unidos, Califórnia, Lake Tahoe

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos


O Lake Tahoe é um dos mais concorridos e conhecidos destinos turísticos no estado da California. Talvez seja pela sua beleza cênica, talvez pelo fato de ali se poder desenvolver atividades nas quatro estações do ano, o fato é que o lago já se tornou um destino preferido há mais de 100 anos.

Um belíssimo fim de tarde na Emerald Bay, baía do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Um belíssimo fim de tarde na Emerald Bay, baía do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Com uma forma meio ovalada, mas cheio de baías, Lake Tahoe é o maior lago alpino da América do Norte. Por definição (arbitrária!), um lago alpino está localizado acima dos 5 mil pés, ou cerca de 1.525 metros de altitude. Pois o Lake Tahoe está a 1.900 metros de altura, o que o coloca com folga nessa classificação. Os seu cerca de 35 km de comprimento e 20 km de largura já o fazem enorme, mas é a sua profundidade de mais de 500 metros que realmente chama a atenção: o segundo lago mais profundo dos Estados Unidos, bem à frente dos enormes lagos na fronteira com o Canadá e atrás apenas do Crater Lake, que visitamos há poucos dias.

Lindo fim de tarde no Lake Tahoe, cercado de montanhas nevadas, na Califórnia, nos Estados Unidos

Lindo fim de tarde no Lake Tahoe, cercado de montanhas nevadas, na Califórnia, nos Estados Unidos


Para um lago com essas medidas, não é surpresa que sua formação tenha a ver com os movimentos tectônicos. O choque de enormes placas muitos quilômetros abaixo da superfície da Terra levantaram a Sierra Nevada, ao leste e a cordilheira Carlson, a oeste. No meio, uma enorme planície, uma bacia, boa parte dela preenchida pelas águas do lago. Séculos de chuvas e nevascas acumularam água suficiente para encher o lago. Dezenas de riachos nas numerosas montanhas ao seu redor garantem o suprimento de água, enquanto apenas um rio, o Truckee, serve de escape. Interessante é que esse rio desemboca no Lake Pyramid que, por sua vez, não possui nenhuma saída. Assim, as águas do Lake Tahoe jamais chegam ao oceano! Outra consequência de ter uma fonte tão pura de água (chuva, neve e riachos vindos diretamente das montanhas nevadas) é que as águas do lago tem uma grande visibilidade. Por fim, a grande profundidade impede uma maior variação da temperatura do lago, que não esquenta tanto no verão e, ao contrário de lagos menores, jamais congela no inverno. Portanto, é navegável durante todo o ano!

Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Pois era exatamente através da navegação que os diversos resorts e pequenas vilas que foram se estabelecendo na sua costa se comunicavam até o meio do século passado. Cruzeiros pelo Lake Tahoe já eram famosos na década de 20 e um deles, no horário noturno, garantia música e dança até o sol raiar. Programa de gente bacana!

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Aos poucos, as estradas foram sendo construídas e o lago passou a ser inteiramente circulável por automóvel. Certamente, não é mais aquela aventura de 100 anos atrás, quando verdadeiros rallies eram organizados entre os carros da época, para ver quem chegava ao lago antes, saindo de San Francisco, mas as belezas de quem faz esse percurso continuam as mesmas. Dar a volta no lago significa transitar entre dois estados, Califórnia e Nevada, pois Lake Tahoe fica bem na divisa entre eles. Para os melhores resorts e durante o dia, melhor o lado californiano. Mas, para quem gosta de cassinos ou quer ver um inesquecível pôr-do-sol, o lado de Nevada é insuperável.

Carro fantasiado de morro de neve ao lado do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Carro fantasiado de morro de neve ao lado do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Durante o verão, os programas incluem caminhadas pelas montanhas e os esportes náuticos. A água pode ser um pouco fria, mas muita gente aproveita para nadar em suas praias de águas limpas. Durante o inverno, tudo gira em volta da neve. São diversos resorts de esqui que atraem pessoas de todo o mundo em busca da infraestrutura oferecida. Em comum nas duas estações, as muitas possibilidades de hotéis e restaurantes.

A bela vista do nosso quarto de hotel no Squaw Valley, região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

A bela vista do nosso quarto de hotel no Squaw Valley, região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Estalagtites de gelo se formam em casa no Squaw Valley, região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Estalagtites de gelo se formam em casa no Squaw Valley, região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Para nós, que sempre buscamos um precinho mais camarada, a escolha natural seria a cidade de South Lake Tahoe, na divisa entre os dois estados. É aí que se concentram as redes de motéis mais conhecidas com preços acessíveis. Um pulinho para o lado de lá da fronteira e aí estão os grandes cassinos com seus hotéis conjugados, sempre com uma boa oferta de hospedagem e comida. Afinal, é no jogo que eles gostam de te tirar o dinheiro.

Brunch com vista para o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Brunch com vista para o Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Bem, não é exatamente a nossa praia. E nesse caso, a sorte nos ajudou bastante. Nós, que durante as últimas semanas, sempre encontramos tantas portas fechadas por causa da estação, dessa vez acertamos o timing. A temporada de verão já terminou há algum tempo e a de esqui só começa semana que vem. Então, vários dos bons resorts estavam com ótimas promoções. Assim, pudemos ficar, praticamente pela metade do preço, em um dos mais famosos, no Squaw Valley, noroeste do lago. Foi aí que se realizaram as Olimpíadas de Inverno de 1962. Num resort com espaço para centenas de pessoas, éramos praticamente os únicos clientes. Andar pelos longos corredores do hotel, de noite, até me lembrava o clássico filme com Jack Nicholson no papel de louco sanguinário, “O Iluminado”. Quem se lembra?

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Muita neve em marina no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Pois bem, meio esquisito de noite, mas de manhã era um prazer abrir as janelas do quarto e dar de cara com as montanhas nevadas. Elas estão prontinhas para receber os esquiadores a partir da próxima semana! Nosso resort faz parte da antiga vila olímpica e serão dezenas de restaurantes e lojas abertos em poucos dias. Todo mundo na correria para deixar tudo pronto. Para nós, foi um exercício imaginativo tentar ver aquelas ruas e calçadas sem movimento borbulhando de gente. Quem sabe uma outra vez? Mas algo me diz que eu gosto mais assim, do jeito que conhecemos...

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Ontem, saímos de carro para a clássica volta em torno do lago. Sem paradas, deve durar pouco menos de duas horas. Obviamente, o ponto alto são exatamente as paradas, o que faz da volta um programa para o dia inteiro. E o nosso dia começou com um brunch (sempre saindo tarde...) na beira do lago, na cidade de Lake Tahoe. Marina coberta pela neve, assim como as montanhas que circundam o lago. Paisagem de cartão postal! Foi quando começamos a entender, na prática, porque a região é tão famosa.

Mirante para a Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Mirante para a Emerald Bay, canto mais famoso do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Depois, começamos nossa volta no sentido anti-horário. Essa é a costa mais pitoresca do lago, várias praias de pedras cobertas pela neve intercaladas por parques estaduais com florestas de pinheiros. Aqui e ali, mirantes para observação da paisagem.

Um belíssimo fim de tarde na Emerald Bay, baía do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Um belíssimo fim de tarde na Emerald Bay, baía do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Ali na ponta sudoeste do lago, chegamos à mais famosa baía de Lake Tahoe, a Emerald Bay. Do alto de um promontório, pode-se observar toda a baía e boa parte do lago. Painéis informativos contam a história de ocupação do lago, seu processo de formação e como o turismo se desenvolveu por lá. Certamente, é o mirante mais visitado e fotografado da região.

Na orla do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Na orla do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Para aqueles com vontade de se exercitar um pouco, pode-se descer por uma trilha de pouco mais de uma milha até a orla do lago. A distância nem é tão grande, mas a volta é subida! Também é preciso administrar o gelo e a neve no caminho. Em alguns trechos, mais patina-se do que se anda, hehehe. Mas tudo vale a pena quando chegamos lá embaixo, bem ao lado de uma antiga mansão construída na década de 20 no estilo nórdico. É a Viking Holme (Baía Viking), aberta durante o verão para visitas. Nessa época, só podemos andar por seus jardins e pátios internos. Muito interessante, mas nada supera o próprio visual do lago, ali na baía. Naquela hora da tarde, luz, cores, sombras, reflexos, montanhas e árvores se combinavam em um cenário inesquecível. Lindo!

Pátio interno do Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Pátio interno do Vikingsholm Castle, na Emerald Bay, sul do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos

Um maravilhoso fim de tarde no Lake Tahoe, visto do lado de Nevada, nos Estados Unidos


Seguimos pelo nosso tour ao redor do Lake Tahoe e logo atravessamos a fronteira. A entrada em Nevada é inconfundível, os grandes cassinos construídos exatamente do outro lado da rua onde começa o estado. Passamos rápido por ali para podermos subir um pouco a costa leste do lago, de onde pudemos assistir a um magnífico sol se pondo atrás da Sierra Nevada, lá no lado californiano. O céu foi se pintando de rosa e roxo e todas essas cores e seus tons sendo refletidos nas águas do lago. Realmente, muito especial!

Olha só o tipo de trânsito que a Fiona está cruzando na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Olha só o tipo de trânsito que a Fiona está cruzando na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Socializando com uma esquiadora cross-country, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Socializando com uma esquiadora cross-country, na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


A parte final da volta foi dada no crepúsculo e depois, de noite mesmo. Voltamos para o nosso hotel do “Iluminado” e, oito horas mais tarde, acordávamos novamente com aquela paisagem de sonho nas nossas janelas.. A primeira tarefa do dia era arrumar umas coisinhas da Fiona: uma das luzes de freio estava queimada, o que aqui nos EUA é multa certa; e uma das dobradiças da porta da capota tinha arrebentado e tivemos que trocá-la. Depois de 110 mil km, não podemos nem reclamar...

A bela paisagem tomada pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

A bela paisagem tomada pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Fiona enfrenta estradas cobertas pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Fiona enfrenta estradas cobertas pela neve na região do Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Depois, a diversão! Seguimos por uma pequena estrada que sobe nas montanhas, recomendação de um amigo curitibano. Paisagem fantástica, cruzando florestas cobertas de neve. Não só as florestas, mas a estrada também! A Fiona, devidamente tracionada, tratou de enfrentar a neve, sem acelerar muito, claro! Seguimos até onde era possível. Até um ponto onde uma porteira fechada impedia continuarmos. Adiante, era neve demais! Proibido para carros, mas uma festa para esquiadores e para aquelas motos de neve, com trenós no lugar das rodas! A gente encontrou e conversou longamente com uma esquiadora, que nos deu várias dicas do esporte (ainda vamos tentar!). Foi engraçado também ver a Fiona cruzando uma das tais motos na neve. Acho que igual aquela, ela jamais imaginou que iria cruzar, hahaha

O magnífico Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

O magnífico Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Momento de contemplação em frente ao Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Momento de contemplação em frente ao Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos


Voltamos para o lago, fomos até uma praia tomada pela neve e, por fim, até o alto de outra montanha para assistir o entardecer. De novo, um show. Amanhã cedo, já no nosso caminho para o sul para conseguir cruzar a Sierra Nevada (vamos para Yosemite!), passaremos ao longo do Lake Tahoe mais uma vez. Mais chances de fotografar essa região deliciosa e realmente muito bonita. Esses dias por aqui foram de encher os olhos...

Celebrando a vida no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Celebrando a vida no Lake Tahoe, na Califórnia, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Califórnia, Lake Tahoe, Emerald Bay, Lago, Sierra Nevada, trilha

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Tobago Cays, Franceses e a Espaçonave Russa

São Vicente E Granadinas, Union Island, Tobago Cays

Admirando praia de Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Admirando praia de Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


Logo cedo, estávamos embarcando na voadeira do “Tiger” para um dia de explorações pelo parque marítimo de Tobago Cays e outras pequenas ilhas próximas. Outra opção teria sido pegar um dos barcos grandes que fazem um day-tour parecido, mais esquematizado. No preço da passagem já estaria incluído comida e bebida também. Mas, fazendo as contas, principalmente a viagem para Granada amanhã (o mesmo Tiger vai nos levar), ficou melhor irmos no nosso “pequeno” grupo, composto por nós mesmos, hehehe. Além disso, o Tiger combinou um esquema de comermos e bebermos com outro grupo maior, todos de franceses, que seguiam em outro barco.

Saindo de voadeira de Union Island para Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Saindo de voadeira de Union Island para Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


O mar não estava para peixe, e foram uns 40 minutos de muito sacolejo para chegarmos à ilha onde foi filmado uma das cenas de “Piratas no Caribe”. Um pequeno paraíso cercado por areias brancas, mar caribenho e habitado apenas por coqueiros e caranguejos. Mas havia lá também uma outra coisa, que parecia meio fora do lugar. O Tiger logo disse: “São destroços de uma espaçonave russa”. Bem incrédulo, me aproximei. E não é que era mesmo! Claramente se via os escritos naquele estranho alfabeto cirílico, assim como as várias camadas de insulação que protegem a nave contra o choque de partículas no espaço, a velocidades muito maiores que da bala de um revólver.

Restos de nave russa em tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Restos de nave russa em tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


Estava ali tentando imaginar como aquela estrovenga tinha chegado naquela ilha perdida no meio do Caribe quando nossa atenção teve de se concentrar em algo muito mais premente: o céu ameaçador anunciava a chegada de uma forte tormenta tropical. Foi só o tempo do Tiger levantar parte dos destroços da nave e encostá-los num coqueiro, fazendo um pequeno abrigo, que os fortes ventos e intensa chuva começaram. Ainda bem que não tinha sido quinze minutos antes, quando ainda estávamos em alto mar!

Protegendo-se de tormenta em abrigo improvisado com restos de nave russa em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Protegendo-se de tormenta em abrigo improvisado com restos de nave russa em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


Pois bem, lá ficamos os três nessa situação realmente inusitada. Em uma ilha supostamente paradisíaca em pleno Caribe, cercados por uma forte tempestade e tendo como único abrigo os destroços de uma nave espacial! Difícil de acreditar... Ainda não sabia como a nave havia chegado aqui (de certo, o mar a trouxe de longe...), mas já sabia o porquê! Era para proteger dois manés brasileiros perdidos no meio de uma tormenta, hehehe!

Praia paradisíaca em manhã nublada em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Praia paradisíaca em manhã nublada em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


A tempestade demorou um pouco mais para ir embora do que tinha demorado para chegar. Mas, enfim, se foi... E nós pudemos caminhar um pouco pela pequena ilha, já não tão bela sob aquele céu cinzento. Começamos a conhecer também o grupo de franceses, que tinha se abrigado sob folhagens de coqueiros. Os franceses, pelo menos na nossa experiência, formam a maioria dos turistas por aqui. Talvez pela proximidade de Martinica e Guadalupe, talvez porque toda essas ilhas fizeram parte da história do país, nas suas guerras com a Inglaterra, o fato é que vimos dezenas deles, nesse último mês pelo Caribe.

Snorkel com tartarugas em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Snorkel com tartarugas em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


Não demorou muito para vermos toda a ilha e logo o Tiger já estava nos levando para as próximas ilhas, bem ali do lado. Agora estávamos no coração das Tobago Cays, dezenas de iates e veleiros ancorados em suas baías protegidas. O mar estava com aquela cor verde esmeralda e, dessa vez, ao invés de nos deixar na praia, o Tiger nos deixou no meio da baía. É o melhor local possível para quem quer mergulhar com tartarugas. Nunca vimos tantas num mesmo lugar. Cheguei a enquadrar quatro na mesma foto, embora fique meio difícil de discernir todas elas na fotografia. Mas foram dezenas desses simpáticos animais. Essa espécie se alimenta de “sea grass”, e isso não falta naquela baía rasa de águas claras e tranquilas.

Snorkel com tartarugas (tem 4 delas na foto!) em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Snorkel com tartarugas (tem 4 delas na foto!) em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


Depois de muita natação e perseguição às ariscas cascudas, nadamos para uma pequena ilha ali pertinho. Novo período de socialização com os franceses e tive de desenferrujar a língua novamente. Justo agora que já pensava que inglês e espanhol seriam suficientes para o resto da viagem, hehehe. Todos muito curiosos sobre a nossa viagem, explicaram que vinha numa viagem de grupo, organizada pela internet, onde se conheceram apenas no aeroporto, para um tour de duas semanas pelas ilhas do sudeste do Caribe.

Local do nosso almço em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Local do nosso almço em Tobago Cays, no sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe


A próxima parada foi em uma ilha onde já estava preparado nosso banquete. Muito peixe, rum, batatas, saladas, arroz, frutas e o que eles chamam aqui de “lamby”. Apenas outro nome para “conch” (muito popular nas Bahamas), um tipo de marisco que vive dentro de conchas. Uma delícia! Mais uma oportunidade para socializar não só com os franceses, mas também com os rastas que organizavam o day-tour deles. Umas figuras!

Chegando à minúscula Happy Island, em frente à Union island, em São Vicente e Granadinas, no Caribe

Chegando à minúscula Happy Island, em frente à Union island, em São Vicente e Granadinas, no Caribe


Mais tempo para snorkel com peixes a arraias e seguimos para a pequena Happy Island, já bem perto de Union Island e do fim do passeio. Na verdade, a pequena ilha foi feita artificialmente, com conchas, areia e um pouco de cimento. É exatamente do tamanho de um bar e, na verdade, é um bar. Aí ficamos amigos de um simpático casal de canadenses que, além de nos pagar de surpresa nossos rum punches, ainda nos ofereceram estadia em sua cada, no Nappa Valley, a região produtora de vinhos na Califórnia, onde moram atualmente. Muito legal!

Novos amigos em Happy Island, em frente à Union Island, no sul São Vicente e Granadinas, no Caribe

Novos amigos em Happy Island, em frente à Union Island, no sul São Vicente e Granadinas, no Caribe


De volta à Union Island e á simpática e agitada Clifton, onde tivemos mais uma noite gostosa no bar da Niki (onde tínhamos conhecido a Eugenia), depois de comer outra pizza deliciosa na francesa, em companhia de uma dominicana que fazia aniversário e de um casal de franceses que estava no day-tour e que está de mudança para San Francisco. Ótima companhia, mas fomos todos dormir cedo. Amanhã é dia de viajarmos, de voadeira, para o último país desse nosso giro pelo Caribe, Granada. Serão dois dias em Carriacou e outros dois na própria Granada, de onde voamos no dia 1º para Barbados e Nova York. A tristeza de deixar o Caribe começa a bater...

Visitando loja de duas super figuras em Clifton, na Union Island, sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

Visitando loja de duas super figuras em Clifton, na Union Island, sul de São Vicente e Granadinas, no Caribe

São Vicente E Granadinas, Union Island, Tobago Cays, Clifton, Happy Island, Praia

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Caminhando entre Gigantes

Estados Unidos, Califórnia, Three Rivers

Junto a um imponente grupo de enormes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Junto a um imponente grupo de enormes sequoias no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Bem agasalhados, lá fomos nós de volta ao Sequoia National Park. Queríamos ver a General Grant mais uma vez, agora durante o dia. Além disso, ainda tínhamos esperanças de fazer algumas das trilhas lá encima, nem que fosse sobre a neve. Principalmente aquela que leva ao alto da Moro Rock, um enorme rochedo de onde se tem uma vista magnífica de toda a região.

Uma das atrações da parte baixa do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Uma das atrações da parte baixa do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


No caminho para o parque já deu para perceber que hoje o visual seria ainda mais bonito. Afinal, o sol brilhava num céu azul quase sem nuvens. Hoje, segunda-feira, certamente o número de visitantes seria menor, mesmo nas atrações mais famosas.

As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

As primeiras sequoias quando se chega na parte alta do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Outra vez, paramos no centro de visitantes para inquirir sobre as trilhas. Outra vez, a resposta foi de que haveria muita neve e que não era recomendável. Mas, também outra vez disseram: “A trilha é livre. Se você quiser tentar, não tem problema!”.

A Fiona fica pequenina perto das gigantescas sequoias do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

A Fiona fica pequenina perto das gigantescas sequoias do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


E lá fomos nós. O primeiro bom sinal foi quando, ainda na parte baixa do parque, passamos por uma das mais fotografadas atrações do parque, um túnel que passa sob uma enorme rocha. Ontem, quando passamos aí, havia umas vinte pessoas por lá tirando fotos. Hoje, ela estava só, esperando por nós. Hehehe!

Muita neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Muita neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


O segundo sinal já foi o resultado de um cálculo meio arriscado que eu fiz. A estrada que atravessa o parque está em obras de ampliação justo no trecho de subida. Só abre por 10 minutos a cada hora, para deixar passar os turistas. Então, se forma uma grande fila nesse bloqueio e, quando ele abre, todos partem em fila para a parte alta do parque. Lá no alto, as primeiras sequoias que aparecem são maravilhosas. Mas não há onde parar o carro e as fotos tiradas em movimento não ficam legais.

Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Ursos, só vimos nas placas do Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Pois bem, meu cálculo foi o de ser o último da fila a conseguir passar no bloqueio. Assim, teria todo o tempo do mundo, lá encima, para tirar as fotos, pois não chegaria nenhum outro carro nos próximos 50 minutos. O risco era a gente perder o período de passagem e ter de esperar até a próxima hora. Pois é, apesar da aflição da Ana, o cálculo foi perfeito e passamos em último na fila, um minuto antes do bloqueio fechar novamente!!!

Gigantesca sequoia caída no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Gigantesca sequoia caída no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


E assim, o plano deu certo! Tiramos ótimas fotos dessas árvores maravilhosas que formam um imponente portão logo no início da “floresta das árvores gigantes”.

Caminhando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Caminhando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Aproveitando a maré de sorte, resolvemos enfrentar a trilha para a Moro Rock, com neve mesmo. A estrada de acesso estava fechada para carros, o que significava 2,5 milhas a mais de caminhada. Não poderia ter sido melhor! Pelo desaconselhamento dos park rangers e pela estrada fechada, quase ninguém estava fazendo o caminho. Assim, eram pouquíssimas as pessoas por lá, todos maravilhados com a energia que parece pairar naquela floresta mágica.

Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Admirando as árvores gigantes no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


A estrada está toda limpa, sem neve, enquanto na mata que nos cerca todo o solo está branco. No caminho, passamos por sequoias solitárias, sequoias em grupo, sequoias caídas e sequoias cercadas de pinheiros. É impossível não parar para admirar cada uma delas. No meio daquela neve toda, o vermelho do seu tronco parece se destacar ainda mais. E nos trechos onde elas não estão, a gente começa a reparar nos pinheiros e pensar: “Nossa, eles são grandes também!”. Mas aí, uma sequoia aparece novamente e a realidade volta com força: perto delas, os pinheiros parecem brincadeira de criança!

Enorme raíz de sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Enorme raíz de sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


No final da estrada está a trilha propriamente dita. Aí sim, como não foi limpa, temos de caminhar sobre a neve. Para brasileiros acostumados apenas com areia das praias, é diversão pura! A neve era fresca, bem fofa, um convite para brincadeiras como deitar sobre ela ou atacar um ao outro com bolas de neve. Tudo sobre a sombra das sequoias gigantes, no silêncio daquela floresta sagrada. Difícil imaginar momentos mais perfeitos...

Brincando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Brincando na neve no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Vinte minutos de caminhada e brincadeiras depois e chegamos à base da Moro Rock. Uma estreita escada nos leva rochedo acima. Se o piso estivesse congelado ou com mais neve, seria mesmo perigoso. Mas não estava! Pouco mais de duzentos degraus nos levam ao topo dela, um mirante incrível de onde se pode admirar a cordilheira nevada ao fundo e o vale verde abaixo.

Escadas para o alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Escadas para o alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Como estamos nos EUA, lá estão um monte de painéis explicativos, com informações sobre o parque, sobre as montanhas em volta, sobre a história da ocupação do vale e até mesmo sobre a trilha que acabávamos de subir. Já tem quase um século! Os caras já faziam turismo com esse tipo de organização no início do século passado! É de tirar o chapéu!

Chegando no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Chegando no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Ficamos lá nos inspirando na beleza da paisagem e na pureza do ar por um bom quarto de hora. Lá estava também um casal de alemães, que também teimou em fazer a trilha. Assim, pudemos tirar as fotos uns dos outros e seguirmos com nosso passeio.

Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Mirante no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Voltamos por um caminho diferente, mas nos divertindo da mesma maneira com a neve. Passamos por uma enorme sequoia caída por onde passam carros em um túnel! Com a estrada fechada, hoje só passavam por aí os turistas que chegaram até aqui a pé!

Magnífica paisagem no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Magnífica paisagem no alto da Moro Rock, no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


De volta à Fiona, seguimos em direção a General Grant, mas paramos antes em uma outra trilha que nos leva por um circuito cheio de sequoias e painéis explicativos sobre essas árvores gigantes. Uma verdadeira aula prática que terminou em um local onde duas sequoias cresceram juntas, fundindo-se numa grande árvore e formando uma gruta embaixo delas. Fantástico!

Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Estrada passa em tunel dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


O dia passou rápido e já estávamos no fim de tarde. Achamos melhor ficarmos com as inesquecíveis lembranças do encontro de ontem com a General Grant do que voltar lá e encontrá-la novamente, dessa vez com mais gente. O encontro havia sido especial o bastante, assim como o dia de hoje, explorando outras atrações do parque.

Explorando uma gruta dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Explorando uma gruta dentro de uma sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA


Voltamos “saciados” para nosso hotel e, para amanhã, temos longa viagem atravessando o sul da California, dando a volta pelo sul da Sierra Nevada em direção ao deserto de Mojave e, de lá, para o Death Valley. Pois é, da neve, das alturas e dessa umidade toda, vamos diretamente para o deserto que detém o recorde da maior temperatura do continente, assim como o ponto mais baixo de todo o hemisfério ocidental. Vai ser um contraste...

Abraçando uma gigantesca sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Abraçando uma gigantesca sequoia no Sequoia National Park, na Califórnia - EUA

Estados Unidos, Califórnia, Three Rivers, Parque, Sequoia National Park, trilha

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Deixando Tudo Para Trás

Brasil, Paraná, Curitiba, Ilha do Mel

Na barca, voltando da Ilha

Na barca, voltando da Ilha


Hoje, dia 01/04, foi um dia bem representativo do difícil processo de deixar tudo para trás, para poder seguir em frente. Começamos o dia com uma manhã linda, céu azul, a Ilha do Mel bonita e serena como poucas vezes vi. Despedimo-nos do Zeco e da sua Pousada Grajagan, que consideramos nossa segunda casa. Antes fosse mesmo! Que delícia! Depois, caminhando rapidamente para o pier para não perder a balsa das 8 da manhã, encontramos o André, do restaurante Marisol (onde tantas vezes almojantamos no final da tarde, aqueles pratos fartos que dão para 4 pessoas - delícia!), que nos acompanhou na travessia para Pontal, sobre um mar que mais parecia um tapete. Lá, encontramos a Lúcia, do Portal do Mel Estacionamento, que sempre cuida muito bem do nosso carro e que fez muita festa para gente, principalmente depois de saber da nossa viagem. Ela adorou a Fiona adesivada.

Depois de nos despedirmos, nós já estávamos em frente ao balneário Atami, no caminho de volta para Curitiba quando a Lúcia apareceu no meu retrovisor, a toda, fazendo sinal e mandando eu encostar. Eu tinha esquecido nosso computador no estacionamento e ela veio atrás de mim para devolver. Que amor! Muito obrigado, Lúcia!!!

Em Curitiba, dei uma última passada no nosso antigo apartamento, todo pintado e preparado para o próximo felizardo que for alugá-lo. Quem me dera fosse eu! Tenho muita dificuldade de deixar minhas coisas para trás. Principalmente aquelas que me trazem tantas boas lembranças. Aproveitei para me despedir do casal de zeladores, Alcides e Cida, que cuidaram tão bem da gente nos últimos 5 anos. Do apartamento, tive de ir na concessionária verificar uma questão da Fiona. No caminho, passei pela loja que tinha comprado o meu Fox, fiel companheiro de tantas viagens. Cheguei lá e o carro tinha sido revendido no dia anterior mas, por sorte minha, o novo proprietário só iria buscá-lo hoje. Desse modo, ainda pude dar um "último abraço" no companheiro de aventuras. E ainda tirei uma foto com a Fiona e o Fox juntos. Passado e futuro, mas o mesmo espírito!

Despedida do Fox, chegada da Fiona.

Despedida do Fox, chegada da Fiona.


De lá para a casa da Patícia, minha querida sogra. Ficamos lá arrumando e rearrumando as malas, decidindo o que ía e o que ficava. Soma-se a isso a reunião que tivemos com os desenvolvedores do nosso site e mais a visita ao apartamento novo da Dani e do Dudu (cunhados e pais da nossa sobrinha que está quase chegando) e ficamos bem apertados para chegar a tempo ao aeroporto. Principalmente com a pane nos semáforos em todo o centro de Curitiba. A Patrícia se esgueirava pelo trânsito engarrafado e eu ligava e atazanava o pessoal da TAM. Resultado, chegamos no último minuto possível, literalmente no ÚLTIMO minuto possível, a Ana segurando a moça do check-in enquanto eu carregava a nossa enorme bagagem por um aeroporto lotado, véspera de feriado, com cara de rodoviária.

Enfim, tudo está bem quando termina bem. Nós, nas nossas apertadas poltronas do avião, muitas das nossas coisas (inclusive a Fiona!) nos esperando em Maio, e muitas outras coisas, queridas para sempre, nos esperando em algum lugar da nossa memória.

Em tempo: no nosso embarque internacional, já em Guarulhos, a Ana apelidou o vidro que separa os viajantes internacionais dos nacionais de "Muro de Berlim". Ao mesmo tempo tão perto e tão longe uns dos outros. Nessa hora, estávamos do "lado certo" do muro. Mas, depois, quando entramos no avião, fomos parar do lado "errado" de outro muro de Berlin. Uma fina divisória separa os que viajam amontoados na classe econômica dos que que viajam confortavelmente na business class. Um desses, o nosso eterno ídolo do tênis, Gustavo Kuerten, que viajava para jogar e se divertir em Miami.

Brasil, Paraná, Curitiba, Ilha do Mel, Praia

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No Litoral Sul de Pernambuco

Brasil, Pernambuco, Olinda, Porto de Galinhas, Calhetas, Carneiros

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE


Hoje deixamos Olinda e fomos conhecer alguns dos pontos mais badalados do litoral sul pernambucano. Esmos indo em direção aos estados de Alagoas e Segipe já que, no nosso caminho para o norte, quando chegamos à Mangue Seco, última praia da Bahia, viramos em direção à Chapada Diamantina e ao sertão, e não passamos por esses dois estados. Agora, aproveitando os últimos momentos de tranquilidade no litoral antes do verão que se aproxima, vamos conhecer os dois menores estados do Nordeste, suas praias e cidades históricas. Depois, mais um pequeno tour pelo interior rumo ao norte, até chegarmos ao litoral da Paraíba. Ziguezagueando assim, vamos conhecendo esse Brasilzão...

Antes de sair de Olinda, ainda tive tempo de levar a Fiona para balancear e alinhar os pneus. Estava passando da hora. É estranho andar pela Olinda moderna, no caminho para a Pneuac, que nos atendeu muito bem. Pois é, além daquela Olinda que vemos na TV, com suas ladeiras de paralelepípedo, prédios históricos e muito frevo, também tem a Olinda "normal", com orla onde se faz cooper, ruas planas cheias de comércio, enfim, uma cidade como as outras.

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE. Ao fundo, é possível ver Boa Viagem - Recife

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE. Ao fundo, é possível ver Boa Viagem - Recife


Nossa primeira parada na viagem para o sul foi a praia de Calhetas. Uma pequena enseada de onde, ao longe, ainda é possível avistar os prédios de Boa Viagem. Com o mar calmo, é muito boa para fazer snorkel. Não foi o caso hoje, com mar mais agitado. Mas estava muito gostosa de nadar, nosso primeiro banho de mar no continente em muito tempo! Dei uma boa volta nadando pela baía, sempre com uma pulga atrás da orelha, observando Recife ao longe. Será que os tubarões de Boa Viagem nunca dão um pulinho por aqui? Nunca houve nenhum caso mas, sendo tão perto, porque será?

Dupla de repentistas na praia de Calhetas, em Ipojuca - PE

Dupla de repentistas na praia de Calhetas, em Ipojuca - PE


Há 17 anos estive aqui com minha turma de faculdade. Tínhamos vindo para um congresso da SBPC em Recife. Não pelas palestras, mas pela viagem de graça, claro! Aproveitamos para conhecer Calhetas. Estudantes pobres, viemos de trem e de carona (num caminhão de pedras! Não recomendo a ninguém andar sentado sobre pedras numa estrada de terra!). Junto com um amigo (e agora padrinho), o Kina, também nadador, nadamos de Calhetas até a vizinha Gaibu, contornando o costão. Já naquela época, lembro de pensar nos tubarões. Hoje, sozinho, resolvi ficar dentro da baía mesmo. Primeiro dentro d'água e depois na areia, com direito à apresentação de uma dupla de repentistas que encheram a Ana de elogios rimados, ao justo custo de um pagamento, por supuesto.

Rua peatonal em Porto de Galinhas - PE

Rua peatonal em Porto de Galinhas - PE


De Calhetas para Porto de Galinhas. Fomos por um atalho, estrada de terra cortando fazendas de canaviais. Mesma paisagem do interior de São Paulo, serpenteando por entre a cana de açúcar, período de queimadas e colheita. A única diferença é que o mar está ali pertinho. Mas tive aquela sensação meio estranha de, ao fechar os olhos, me imaginar em Ribeirão Preto, dois mil quilômetros para o sul.

Jangadeiros de folga na maré alta em Porto de Galinhas - PE

Jangadeiros de folga na maré alta em Porto de Galinhas - PE


Chegamos em Porto com a maré cheia o que, evidentemente, esconde boa parte do seu charme. Passeamos por suas ruas peatonais, cheias de lojas, pousadas e restaurantes. Na temporada é um movimento infernal. Hoje estava bem tranquilo. No mar e na praia, jangadeiros e jangadas esperavam pela próxima maré baixa para levar os turistas para os bancos de corais, ali pertinho, e as piscinas naturais repletas de peixes. Hoje, a cidade vive do turismo. Bem melhor que há alguns séculos, quando era um porto importante para receber escravos. Muitos deles vindos de uma região no interior da África, onde eram chamados de galinhas. Daí o nome da cidade. A luz do fim de tarde na praia estava linda e a Ana não resistiu e deu um mergulho. E nós seguimos viagem rumo ao sul, à muito mais tranquila e menos urbanizada Praia de Carneiros.

Fim de tarde em Porto de Galinhas - PE

Fim de tarde em Porto de Galinhas - PE


Foi aqui que chegamos, depois de atravessar Tamandaré, já no escuro. Lua cheia, praia claríssima, um colírio para os olhos. Tão claro que eu jurava ser possível ver o verde do mar. Mas só vamos poder conferir amanhã cedo.

Porto de Galinhas - PE

Porto de Galinhas - PE

Brasil, Pernambuco, Olinda, Porto de Galinhas, Calhetas, Carneiros, Gaibu, Tamandaré

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Pelas Belas Praias da Baja California

México, Loreto, Santa Rosalía

Praia Requesón ocupada por trailers de americanos, região de Mulegé, na Baja California - México

Praia Requesón ocupada por trailers de americanos, região de Mulegé, na Baja California - México


Começamos o dia com um passeio a pé pelo simpático centro histórico de Loreto, espremido entre a praça da igreja e a orla do Malecón. Muitos restaurantes gostosos, casas charmosas, uma rua peatonal na sombra de árvores e uma praça ainda com pouco movimento pela manhã. A “Capital Histórica de Todas as Californias” parece ter parado no tempo, há uns 200 anos. Ainda bem!

Alameda peatonal em Loreto, na Baja California - México

Alameda peatonal em Loreto, na Baja California - México


Vegetação característica da região de Loreto, na Baja California - México

Vegetação característica da região de Loreto, na Baja California - México


Depois, hora de pegar estrada e seguir no nosso incansável rumo norte. A próxima cidade no caminho é Mulegé, também na orla do Mar de Cortez. O caminho entre as duas cidades primeiro passa um longo trecho de deserto, para depois seguir ao lado do mar. É exatamente neste trecho que estão as mais belas praias da península da Baja California.

Litoral entre Loreto e Mulegé, no Mar de Cortez, na baja California - México

Litoral entre Loreto e Mulegé, no Mar de Cortez, na baja California - México


A magnífica praia de Requesón, próxima a Mulegé, na Baja Califórnia - México

A magnífica praia de Requesón, próxima a Mulegé, na Baja Califórnia - México


Depois de acompanhar um longo trecho de litoral rochoso e belíssimo, chegamos a um local que mais parece uma pintura: a praia Requesón. É uma estreita faixa de areia branca que liga a costa com uma ilha logo em frente, separando uma baía de águas calmas e cristalinas em duas. Muito linda! Nessa faixa de areia estão alguns trailers estacionados, americanos que ficam acampados em grande estilo por lá por até 10 dias.

Praia Requesón, em Mulegé, na Baja California - México

Praia Requesón, em Mulegé, na Baja California - México


Caminhando na belíssima praia Requesón, próxima à Mulegé, na Baja California - México

Caminhando na belíssima praia Requesón, próxima à Mulegé, na Baja California - México


Esse é um programa muito popular entre californianos (do norte!) mais descolados. Empacotam tudo em suas casas rodantes e vem para a Baja California acampar em alguma das belas praias que existe nessa área de Mulegé. Por aqui, foram pequenas comunidades provisórias, todos com seus cachorros, uma boa parte deles já aposentada, só curtindo a vida. No Requesón havia uns 5-6 traillers, mas nas praias mais adiante, vimos mais de uma centena.

Paciente cão tenta pescar no Mar de Cortez, praia de Requesón, em Mulegé, na Baja California - México

Paciente cão tenta pescar no Mar de Cortez, praia de Requesón, em Mulegé, na Baja California - México


Nós também fomos até a praia, com a nossa Fiona. Até chegamos a cogitar em acampar por ali mesmo, fazer parte daquela pequena comunidade por um dia. Mas o vento frio e forte que soprava hoje nos desanimou. A água estava convidativa, mais quente do que do lado de fora, mas a sensação térmica causada pelo vento não animava. Conversamos um pouco com os americanos de bem com a vida que ali estavam e seguimos viagem.

Encontro com um simpático grupo de americanos em restaurante em praia próxima à Mulegé, na Baja California - México

Encontro com um simpático grupo de americanos em restaurante em praia próxima à Mulegé, na Baja California - México


Logo em seguida, mais praias apareceram, sempre com seus trailers por ali. Numa das primeiras, tinha um restaurante mais roots, onde resolvemos parar para um brinde àquela beleza toda. Logo ficamos amigos de outro grupo de americanos felizes, em seu caminho em direção à Los Cabos, no extremo sul da península. Todos de San Diego, até nos convidaram para ficar em suas casas, mas vamos passar por lá antes que retornem de sua própria viagem.

O farol de Mulegé, na Baja California - México

O farol de Mulegé, na Baja California - México


Visitando a Missión Santa Rosalía, em Mulegé, na Baja California - México

Visitando a Missión Santa Rosalía, em Mulegé, na Baja California - México


Algumas paradas em outras praias mais adiante e finalmente chegamos à Mulegé, construída bem num ponto onde um oásis encontra o mar. A cidade também oferece bons restaurantes e pousadas charmosas, mas a gente já tinha decidido seguir mais à frente. Mas ainda visitamos o farol, que fica bem no encontro do rio com o mar e também a bela missão jesuítica de Santa Rosalía.

Visitando a Missión Santa Rosalía, em Mulegé, na Baja California - México

Visitando a Missión Santa Rosalía, em Mulegé, na Baja California - México


Essa fica um pouco mais afastada da costa, no alto de um morro de onde se tem uma bela vista do rio, do oásis, do deserto que o cerca e do mar ao fundo. Sabiam muito bem aonde construir suas igrejas, esses jesuítas! Passamos aí algum tempo para tirar fotos e explorar o prédio histórico, quase os únicos turistas por ali. A única companhia era de três italianos, também maravilhados com a beleza do lugar.

Dirigindo no final da tarde entre Mulegé e Santa Rosalía, na Baja California - México

Dirigindo no final da tarde entre Mulegé e Santa Rosalía, na Baja California - México


Da missão para a cidade de Santa Rosalía, uma hora de estrada mais ao norte. Chegamos lá de noite, depois de acompanhar um fim de tarde belíssimo no deserto. Nessa cidade mineira, parecida com uma vila dos filmes de faroeste, a gente se instalou no Hotel Frances, um casarão no alto do morro que já foi um grande bordel. Bordel da época clássica, daqueles dos filmes de faroeste também. Ele é dessa época, e foi criado no início do século passado para atender aos trabalhadores da mina da cidade, explorada por uma empresa francesa. Hoje, o hotel e seus quartos são um charme só, pé direito bem alto, tudo feito de madeira e quartos sem janelas, com paredes revestidas de longos tecidos avermelhados. Tudo para garantir a intimidade dos clientes. De hoje e de outrora, hehehe!

Uma linda 'jacaroa de olhos azuis', em restaurante de praia próxima à Mulegé, na Baja California - México

Uma linda "jacaroa de olhos azuis", em restaurante de praia próxima à Mulegé, na Baja California - México

México, Loreto, Santa Rosalía, Baja California, deserto, missões jesuíticas, Mulegé, Praia, Requesón

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Finalmente, Descendo a Cunha-Parati

Brasil, Rio De Janeiro, Parati

Paisagem da estrada Cunha-Parati - RJ

Paisagem da estrada Cunha-Parati - RJ


Desde que fui estudar em Campinas que frequento habitualmente o litoral norte paulista, incluindo as cariocas Parati e Ilha Grande. Como sempre gostei de estradas, gosto herdado do pai e do avô, procurava variar de estradas e caminhos, mesmo quando o destino fosse o mesmo. Para quem conhece esse belo trecho do litoral brasileiro, sabe que o caminho é seguir pela Dutra ou Ayrton Senna, que correm no Vale do Paraíba, paralelas ao litoral e descer numa das várias estradas que as conectam com a Rio-Santos, lá embaixo. Partindo de São Paulo, essas conexões são a Imigrantes, a Anchieta. a Mogi-Bertioga, a Tamoios, a descida de Taubaté, a descida por Cunha e a descida por Barra Mansa.

Pois bem, aos poucos fui conhecendo cada uma dessas alternativas. Todas, exceto uma, a mítica descida por Cunha. Essa estrada, afamada por sua beleza, corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina e nesse trecho do parque ela é de terra. Quer dizer, terra no período de seca. No verão ela é de lama, paus, pedras, deslizamentos e precipícios. Para aumentar ainda mais a minha curiosidade sobre a estrada, foi nela que, há cerca de 25 anos meu irmão rodou seu carro, já meio impaciente com a estrada de terra que não terminava mais. Fora o trampo de achar um guincho, nada de sério ocorreu.

Totem da Estrada Real entre Cunha e Parati - RJ

Totem da Estrada Real entre Cunha e Parati - RJ


Mas, já é daquela época que tenho essa estrada na cabeça. Mas, a sua precariedade, mais o fato de sempre estar com um carro baixo e a raridade das vezes que fui tão ao norte nesse litoral me impediram de conhecê-la até hoje. Mais recentemente, a estrada manteve-se fechada por um bom tempo, depois da chuvarada do final de 2009.

Agora, desde o início dessa jornada, estava decidido a conhecê-la, de uma vez por todas. Apesar de ter ouvido que ela ainda estaria interditada, uma rápida pesquisa pela internet me mostrou que não, que estava precária mas aberta. Nos blogs, muitos conselhos para não tentar, mas alguns recados dizendo que não, que dava para passar sim.

Ponto de parada entre Cunha e Parati - RJ

Ponto de parada entre Cunha e Parati - RJ


Bom, eu e a Ana decidimos tentar. Ainda mais que faz parte da Estrada Real. Mais de 300 km depois de deixarmos Tiradentes, chegamos à Cunha. Lá, a última chance de desistir. Mas, ao conversar no posto de gasolina, o cara olhou bem a Fiona e disse: "Ihhhh, passa fácil! Vive passando gente de Fusca e Brasília por aí!" He he he, tinha de ser! Depois dessa, a Fiona, que já estava cabreira com minhas dúvidas, nem quis mais conversa...

Queimada na Serra da Bocaina - RJ

Queimada na Serra da Bocaina - RJ


E assim foi. Viemos devagarzinho, curtindo a vista, a Fiona tirando de letra os trechos mais chatos. Carro baixo realmente sofre. Mas para a Fiona, foi mamão com açúcar. Pena que, além da cachoeiras e da mata, pudemos "admirar" também uma enorme queimada no Parque.Triste de ver... E assim chegamos à Parati, junto com o início da Festa de Sta. Rita. Mesmo assim, a cidade está bem tranquila. Charmosa como sempre. Já estava quase escuro quando chegamos. Mal posso esperar para ver a cidade de dia e a magnífica baía que a rodeia.

Quanto à estrada Cunha-Parati, uma pendência a menos na minha vida!

Missa em Parati - RJ

Missa em Parati - RJ

Brasil, Rio De Janeiro, Parati, Cunha, Estrada, Estrada Real, Parque, Serra da Bocaina

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