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Blog da Ana - 1000 dias

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Império Chimú

Peru, Trujillo, Mancora

Caminhando pelas extensas ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

Caminhando pelas extensas ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Hoje o nosso plano era logo pegar estrada para Mâncora, mas passar por Trujillo e não visitar as ruínas de Chan Chan pareciam um pecado tão grande quanto ir à Roma e não ver o Papa. Reservamos então uma hora da nossa manhã para conhecer o Palácio de Tschudi, apenas uma das 10 cidadelas, com muros de mais de 9m e altura. Imensas construções localizadas há apenas 10 minutos do centro de Trujillo. Chan Chan (Sol Sol) foi construída pelo Império Chimú, no século IX e é considerada a maior cidade de adobe da América com mais de 15km2, abrigou mais de 50 mil habitantes.

Entrando nas ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

Entrando nas ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Pescadores, a arquitetura de seu palácio possui motivos marinhos, peixes, redes de pesca, crustáceos e afins. As áreas do templo são gigantescas e a maioria deste palácio aberto a visitação já foi restaurado, aparentemente por uma empreiteira/ construtora brasileira. O trabalho neste sítio é feito diretamente pelo Ministério de Cultura do Governo peruano, um trabalho de acuracidade duvidosa segundo pessoas que trabalham neste ramo.

As ruínas da cidade de adobe de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

As ruínas da cidade de adobe de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Realmente fica difícil entendermos ali o que é real e o que foi reconstruído. Muitas placas sinalizam “réplicas” e as marcas da reforma feita no templo fazem o sentimento de exploração arqueológica se dissolver em meio à grandeza do espaço.

As ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

As ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Vizinhas ao templo, vemos ruínas abandonadas, sendo corroídas pelo tempo, ventos e intempéries. Que história será que está guardada nestas paredes e construções? Estaria aí a chave para muitas das nossas dúvidas? Difícil saber... pela abrangência das ruínas abandonadas, fica claro apenas que ainda levará muito tempo para ser descoberta.

As ruínas não restauradas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

As ruínas não restauradas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Infelizmente sem tempo e com algumas dores que insistiam em retornar, não nos demos mais chance de conhecer e entender melhor a história e a vida deste povo. Aos mais curiosos, o ticket de acesso à Chan Chan ainda dá acesso ao museu, simples, que visitamos ontem no final da tarde, à Huaca Esmeralda e à Huaca Arco Íris, localizados também próximos, em outro sítio.

As ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru

As ruínas de Chan Chan, em Trujillo, no Peru


Partimos para mais 600km de estrada entre Trujillo e Mancora, cidade praiana no norte peruano. Chegamos já estava escuro, visitamos vários hotéis buscando a famosa combinação qualidade e preço, até nos instalar no Hotel Punta del Sol. Antes paramos na Sunset Hostal, que parecia mais charmosinha, mas com apenas 5 quartos e em um final de semana, ela já estava lotada. Aproveitamos para jantar uma deliciosa comida italiana no seu deck à beira do oceano pacífico. Amanhã teremos um dia tranquilo à beira mar para tentar recuperar o nosso fôlego e colocar em dia os nossos diários.

Peru, Trujillo, Mancora, arqueologia, Chan Chan, Praia

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Feliz aniversário!

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande

Curtindo a vista maravilhosa do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

Curtindo a vista maravilhosa do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


Eu sempre adorei fazer aniversário, para mim é um dia de reunir os amigos, a família, festa, comemoração e muita energia positiva. Além do que um ano a mais é sempre bem vindo, representa o fechamento de mais um pequeno ciclo, um ano em que você realizou, aprendeu, amadureceu, evoluiu, ganhou muita experiência e sabedoria. O que mais pode te dar tudo isso se não o tempo? Por isso sou daquelas entusiastas dos aniversários, das maiores idades, das melhores idades. Eu sempre acho que ainda sou novinha, já faço 29 anos, quase uma balzaquiana, e ainda me sinto com 19. A única coisa que me faz duvidar disso é quando o Rodrigo me faz acordar cedo (coisa que eu odeio), para subir uma montanha, (coisa que eu adoro) no dia do meu aniversário! me lembrei do meu niver de 12 anos, foi comemorado também subindo o Anhangava.

Início da trilha do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

Início da trilha do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


Enfim, dia lindo, sol e céu azul que não víamos há dias, a vista lá de cima deve estar maravilhosa! Resolvemos encarar esta, do nível do mar à quase 1000m de altitude em 3 horas, descendo em 1h30, pois precisávamos pegar a barca as 12h30. Saímos cedinho e logo tivemos duas belas surpresas. A primeira foi a companhia de um dog guapeca na trilha. O Ro não estava botando fé que o cachorro ia subir, ele parecia meio preguiçoso demais, rsrsrs. Quando vimos, ele estava lá, encabeçando o grupo! Difícil competir com um cara com tração nas 4 patas!

Com o Dog, no alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

Com o Dog, no alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


A segunda e maravilhosa surpresa, num primeiro momento foi assustadora! Estávamos andando há uns 40 minutos e começamos a ouvir um barulho absurdo, parecia uma serra elétrica. Não sabia se deveria ter medo, pois não sabia o que temer! Caçadores? Lenhadores ilegais? Um monstro da floresta que vinha com um vento fazendo aquele barulho pelas árvores? Quanto mais nos aproximávamos, mais alto ficava e aos poucos começou a ficar mais claro também, pareciam vozes ecoando, estávamos presenciando a passagem de um bando imenso de bugios gritadores! Um macaco que pode chegar a mais de 1m de altura, naturais da mata atlântica e muito comuns na Ilha Grande, por isso eles se tornaram o símbolo do parque. Sentimos o cheiro deles, um cheiro forte de CC, horrível, eles estavam muito próximos, mas não conseguimos avistá-los na floresta. Foi uma experiência impressionante! Belo presente de aniversário! Chegando lá em cima a vista da Ilha estava maravilhosa, com o céu aberto vimos Lopes Mendes, Cachadaço, Abraão, diversas ilhas e o mar azul lindíssimo!

A enseada do Abraão, vista do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

A enseada do Abraão, vista do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


Praia do Cachadaço, vista do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

Praia do Cachadaço, vista do alto do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


Retornamos num pique de corrida, pois queríamos chegar ao Rio ainda a tempo de jantar com Pedro, Íris e Bebel para comemorar o aniversário. Penamos mas chegamos, pegamos o catamarã sem nem tomarmos um banho, sorte que a Gracieli, nossa amiga do Hotel Kuxixo, nos liberou um chuveiro providencial! Outro grande presente de aniversário! =)

Descendo a trilha do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ

Descendo a trilha do Pico do Papagaio, na Ilha Grande - RJ


Chegamos ao Rio e depois de uma sessão arrumação na Fiona saímos para caminhar pelo Leblon. Compramos um bolinho, vinhos para o jantar delicioso que a Íris estava preparando, pasta ao molho de salmão... très chic! Companhias maravilhosas, uma noite super agradável com direito até a velinha e parabéns. Primeiro aniversário na estrada, se todos forem assim, garanto que estarei muito bem!

Celebrando o aniversário da Ana no apartamento do Pedro e da Íris, no Rio de Janeiro - RJ

Celebrando o aniversário da Ana no apartamento do Pedro e da Íris, no Rio de Janeiro - RJ

Brasil, Rio De Janeiro, Angra dos Reis, Ilha Grande, Abraão, Montanha, Pico do Papagaio, trilha

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Novo Vídeo! Kaiteur Falls - Guiana

Guiana, Georgetown, Kaiteur Falls

Sobrevoando a magnífica Kaiteur Falls, na Guiana

Sobrevoando a magnífica Kaiteur Falls, na Guiana


Sobrevoamos a Amazônia Guianesa quase fronteira com o Brasil. A primeira visão que temos da cachoeira é no sobrevôo espetacular que o piloto faz para todos poderem ver e fotografá-la. As vistas aéreas são sempre privilegiadas, conseguirmos ter a noção da amplitude e grandeza deste cenário. Sensacional!

Guiana, Georgetown, Kaiteur Falls, cachoeira

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Cataratas do Iguaçu

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu

As mundialmente famosas cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

As mundialmente famosas cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


O Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu foi formado em 1935, após sobrevôo do nosso bravíssimo Santos Dummont, nos contou o guia do Macuco Safári. O aviador teria se apaixonado pelas belezas da região e sido um dos ilustres que encamparam a campanha para criação do parque. Transformado em Patrimônio Natural Mundial da Humanidade em 1986 pela Unesco, o parque está localizado na fronteira entre a Argentina e o Brasil e possui aproximados 255 mil hectares.

Santos Dumont, um dos idealizadores do P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

Santos Dumont, um dos idealizadores do P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


A maior e mais importante reserva da Bacia do Prata, o PARNA das Cataratas do Iguaçu foi o primeiro a receber um plano de manejo. Sua principal atração são os 2700m de cachoeiras formadas ao largo do Rio Iguaçu. São de 150 a 300 quedas d´água, dependendo da vazão do rio, com até 72m de altura.

As cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

As cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


“O Parque Nacional do Iguaçu é, além de espetacular, pioneiro. A primeira proposta de parque nacional brasileiro queria doar às "gerações vindouras", conservados "tal qual Deus os criou", um cenário natural que reúne "toda a gradação possível do belo ao sublime, do pitoresco ao assombroso" e "uma flora que não têm igual no mundo" no "magnífico salto do Iguaçu". Com essas palavras, publicadas no livro "Província do Paraná, Caminhos de Ferro para Mato Grosso e Bolívia", do engenheiro André Rebouças, começou no Brasil a campanha para a preservação das Cataratas do Iguaçu. Elas datam de 1876. E Yellowstone, o primeiro parque nacional do planeta, tinha quatro anos de idade.”
(Fonte: http://www.cataratasdoiguacu.com.br/parque.asp)

Observando de perto as cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

Observando de perto as cataratas do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


Deve ser a quarta vez que venho a este parque, não sei se é a minha falha memória, mas todas as vezes tive a sensação de estar pisando aqui pela primeira vez. As duas primeiras eu era criança, até justificam-se as vagas lembranças. A última, porém, foi em uma das maiores secas sofridas pelo Rio Iguaçu, em 2006. Vim à Foz para uma convenção de vendas da Batavo, onde estava incluído na programação um dia no parque. Fizemos o rapel, pois o Passeio Macuco estava cancelado devido à seca.

A primeira visão das famosas cataratas do P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

A primeira visão das famosas cataratas do P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


Desde a minha infância esperava por este momento, o passeio de barco até a amedrontadora “Garganta do Diabo”. Essa é outra história engraçada, desde criança imagino a tal garganta como um imenso buraco logo abaixo da passarela principal. Dali a água desceria mais um degrau, sumindo embaixo da terra. Ainda que tenha visto o rio depois de adulta, na minha última visita, eu continuava vendo em meus pensamentos essa maldita “garganta” e alimentando o meu medo que o barco do macuco fosse sugado e nunca mais encontrado.

Turistas caminham nas passarelas próximas às catartas no P.N do Iguaçu(Foz do Iguaçu - PR)

Turistas caminham nas passarelas próximas às catartas no P.N do Iguaçu(Foz do Iguaçu - PR)


Hoje foi o dia de enfrentar estes fantasmas! Entramos no esquemão Macuco de ser, trenzinho até a floresta, guia engraçadão, mas com várias informações interessantes. Uma delas a origem do nome Macuco, que vem de um pássaro outrora residente desta floresta, que colocava ovos azuis! Depois, uma pequena trilha de 600m enfrentada por apenas 4 corajosos passageiros dos 30 “ecoturistas” que estavam no bonde. Mal sabiam todos que a caminhada era um bom aquecimento para o banho que levaríamos dali alguns minutos.

Quati, animal comum no P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

Quati, animal comum no P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


O barco dá piruetas e cavalos de pau radicais, com uma vista belíssima do cânion do Iguaçu, além de uma parada para fotos no lado argentino. Eu achava que o barco iria até a garganta mesmo, perto daquele meu “buraco imaginário”, estava ansiosa por atravessar as brumas das Cataratas, quando fui surpreendida por um banho de cachoeira! Um não, vários... o barqueiro não se vê satisfeito enquanto não estamos completamente ensopados! Com capa ou sem capa de chuva, a dica é ir de biquíni ou maiô, roupas de dry fit e quem sabe levar uma muda seca. Caso contrário terá que agüentar as suas roupas de algodão e calça jeans completamente molhadas até o fim do dia.

Barco do Macuco Safari dá um banho de cachoeira em turistas, no P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

Barco do Macuco Safari dá um banho de cachoeira em turistas, no P.N do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


O parque oferece outras trilhas para visita, como a Trilha do Poço Preto, 9km a pé ou bike e um trecho de duck (bote inflável), pelo rio. O único porém, é que pelo passeio extra você paga 120 reais além da entrada de R$ 24,30 (valor para brasileiros). Nos conformamos em secar os nossos jeans na trilha dos mirantes e passarelas, caminhada de 30 a 40 minutos em ritmo acelerado parando para tirar fotos.

No barco para ver as cataratas pelo lado de baixo, no P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

No barco para ver as cataratas pelo lado de baixo, no P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)


Uma manhã não é suficiente para conhecer todo o parque e aproveitar cada vista e mirante dessa obra prima da natureza. A força das águas, a floresta, o ar puro e a potência do Rio Iguaçu não apenas nos equilibram como também nos enchem de energia, seja lá qual for o seu desafio no dia seguinte. Por mais turístico que esteja, mesmo tendo que enfrentar cada vez mais filas e regras, eu digo sem medo: venham conhecer as Cataratas do Iguaçu! Se já veio, volte, vale o retorno: uma, duas, três vezes, pois sua grandeza sempre irá emocionar!

O trio dentro do ônibus no P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

O trio dentro do ônibus no P.N. do Iguaçu (Foz do Iguaçu - PR)

Brasil, Paraná, Foz do Iguaçu, Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu

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Venezuela: del pueblo para el pueblo!

Venezuela, Maracaibo

Já estamos na Venezuela!

Já estamos na Venezuela!


Chegamos à Venezuela! Um país de tantas paisagens e tantas agruras, onde os Andes quase tocam o Mar do Caribe, subindo abruptamente entre amazônias e pantanais e se derramam no Delta do Orinoco. Onde encontramos um povo dividido entre suas riquezas e suas maiores fraquezas, onde o orgulho de se sentir no poder ao lado do Eterno Comandante cega o discernimento do que é certo e errado e os leva à miséria e ao caos econômico. Um país que está no rumo socialista e que metade de sua população apoia e pensa estar no caminho correto, mesmo quando tem que brigar por uma pasta de dente, implorar por um rolo de papel higiênico e matar por um saco de farinha. Enquanto a outra metade da população assiste à toda esta desgraça ciente de tudo que está acontecendo, também sofre indignada, mas mantém a fé de que tudo irá melhorar.

Muita propaganda do socialismo bolivariano nas ruas da Venezuela

Muita propaganda do socialismo bolivariano nas ruas da Venezuela


Preparando carne, plátano e queijo na chapa quente, na fronteira da Venezuela

Preparando carne, plátano e queijo na chapa quente, na fronteira da Venezuela


Entramos no país ansiosos não apenas para ver, com nossos próprios olhos o que está acontecendo, mas para sentir na própria pele as idiossincrasias deste sistema. Queríamos ver o que não vimos em 2007 e saber se aqueles mesmos amigos que antes apoiavam o Chavez, continuariam apoiando hoje. Queríamos também poder mostrar aos vizinhos brasileiros as belezas naturais que estão ao nosso alcance e poder dizer-lhes que sim, é possível viajar na Venezuela nos dias de hoje. A crise cambial que sofre o país é terrivelmente prejudicial para a economia venezuelana, mas é incrivelmente atrativa para nós turistas brasileiros. Ao irmos para lá não estaremos apenas aproveitando uma oportunidade, estaremos ajudando também a manter a economia girando, injetando nossos ricos reaizinhos em troca de momentos inesquecíveis em algumas das praias, montanhas e rios mais lindos da América do Sul.

Bolívar, herói máximo da Venezuela

Bolívar, herói máximo da Venezuela


Quando estivemos aqui em 2007 viajamos de Boa Vista por terra até a fronteira com a Venezuela, subimos o Monte Roraima, voamos para o Salto Angel, caminhamos pelas ruas de Caracas e descobrimos o significado da expressão “Paraíso Caribenho” no Arquipélago de Los Roques. Fomos colocados à todas as provas, cansaço e hipotermia no Roraima, teimosas caminhadas por autoestradas de Caracas e até fomos roubados, ficando sem dinheiro e cartões de crédito, ilhados em Los Roques. Mas a parceria, paciência, tolerância e criatividade do casal se mostraram melhores e nos provaram que juntos éramos melhores! Foi a nossa primeira viagem internacional juntos, viagem que cunhou profundamente o nosso companheirismo, nos revelou os medos, fraquezas e fortalezas de cada um e, sem grandes pretensões nos mostrou que seríamos capazes de um dia realizar uma grande viagem como a que estamos fazendo hoje.

O preço quase gratuito do combustível permite que as antigas banheiras ainda ocupem as ruas e estradas da Venezuela

O preço quase gratuito do combustível permite que as antigas banheiras ainda ocupem as ruas e estradas da Venezuela


Chegamos à Venezuela vindos da pequena cidade fronteiriça de Maicao, no lado colombiano. Almoçamos platanos assados na brasa com queijo branco, enquanto esperávamos mais de uma hora a abertura da Aduana Boliviariana del Pueblo de Venezuela! para tirarmos a documentação da Fiona.

Entrando na Venezuela, recião de Maracaibo,  vindos da Colômbia

Entrando na Venezuela, recião de Maracaibo, vindos da Colômbia


Banheiras velhas caindo aos pedaços lotavam as estradas, fazendo pensarmos que estávamos em Cuba, na década de 70. Uma reta interminável com escolas Simón Bolívar em cada povoado, acompanhadas de placas de propaganda do Governo Socialista da República Boliviariana de Venezuela.

Cartaz da última eleição que Chavez participou

Cartaz da última eleição que Chavez participou


Prédios caindo aos pedaços, lixo espalhado pela estrada e pelas ruas, comércios irregulares e quase nenhuma marca do dito capitalismo imperialista. Cruzando o lago Maracaibo, a galinha dos ovos de ouro, ainda encontram-se alguns resquícios, avenidas largas, algumas redes de fast foods e supermercados. Dirigimos por mais de 6 horas entre a fronteira e Coro, uma das mais conservadas cidades coloniais do país. O retrocesso econômico é claro, veremos o social nestas próximas semanas.

Lago de Maracibo, o maior do continente,  importante região produtora de petróleo na Venezuela

Lago de Maracibo, o maior do continente, importante região produtora de petróleo na Venezuela

Venezuela, Maracaibo, fronteira

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Middle Caicos

Turks e Caicos, Middle Caicos

A água do mar é um convite, em Middle Caicos

A água do mar é um convite, em Middle Caicos


Middle Caicos é hoje o que Providenciales foi há 20 anos atrás. Uma ilha tranqüila, dividida em pequenos vilarejos com apenas 300 habitantes que vivem da pesca, agricultura de subsistência e artesanato. Chegamos à Middle Caicos e fomos direto ao Mudjin Harbour, sem saber muito o que esperar. Sabíamos que havia ali um resort (pra variar) e uma trilha que passava por algumas praias. Bem, só posso dizer que este resort soube escolher muito bem o local para se fixar. Dragon Cay, em Mudjin Harbour é sem dúvida a praia mais bonita que já estivemos em Turks and Caicos. A formação calcária da ilha construiu aqui vários penhascos, cavernas e reentrâncias esculpidas pelas ondas, o nosso bairrismo nos faz pensar que é uma paisagem que caberia perfeitamente em Fernando de Noronha. A paisagem é de tirar o fôlego, o mar tem o degrade de todos os tons, do mais azul mais profundo ao verde mais transparente.

Vista de Dragon Cay, em Middle Caicos

Vista de Dragon Cay, em Middle Caicos


Já havíamos nos programado para fazer a Crossing Place Trail, uma trilha que costeia estes rochedos, passando por sete praias, uma mais linda que a outra. Iniciamos a trilha já com o sol forte e com muito vento, mas mesmo assim os pernilongos não perdoaram, eram centenas nos perseguindo, ainda bem que eu não ouvi o Rodrigo e comprei o OFF, foi a nossa salvação. A trilha não era fácil, andamos boa parte dela em uma barreira de corais seca e quebradiça só imaginando que este lugar deve ficar sem receber uma alma sequer durante meses!

Lixo na praia, durante caminhada em Middle Caicos

Lixo na praia, durante caminhada em Middle Caicos


É, mesmo assim os navios de cruzeiro ou mesmo os de carga se fazem presentes aqui tão longe, com os quilos e mais quilos de lixo que encontramos pelo caminho. Não é possível, deve haver alguma solução para isso! Eles simplesmente fecham galões plásticos com todo o seu lixo dentro e atiram ao mar. Revoltante! O mínimo que poderiam fazer seria trazê-lo de volta ao continente para providenciar a reciclagem. Se eles podem carregar contêineres de produtos ou sete mil pessoas, por que não poderiam ter um compartimento para destinar o lixo reciclável?
Andamos mais um pouco e logo depois da quinta praia encontramos mais um lago repleto de flamingos, logo ali, tranquilos, tomando o seu café da manhã. Voltamos por outra trilha um pouco mais fácil, mas ainda mais lotada de mosquitos! Dá-lhe off e pernas pra que ti quero!

Flamingos, em Middle Caicos

Flamingos, em Middle Caicos


Logo em seguida, passamos pela Indian Cave, uma caverna que teria resquícios dos primeiros habitantes da ilha. O meu bravo e amado marido foi lá ver a caverna, eu não tive coragem de sair do carro. Foi a cena mais hilária! Ele saiu do carro e foi imediatamente devorado por dezenas de mosquitos! Em um tapa matou cinco! Correu até a janela do carro, pegou o Off comigo e foi todo xexão1 correndo para a caverna, tentando se esquivar dos pernilongos.

A próxima parada, Bambarra Beach, uma praia tranqüila onde acontece o anualmente o Valentines Day Cup Model Sailboat Race, fiquei intrigada com este campeonato aqui, tão longe, mas logo depois obtive a explicação. Fizemos uma parada estratégica na Bambarra Village antes de retornarmos à Provo. Mal sabíamos o que nos esperava, sem dúvida um capitulo a parte.

1 – Xexão - um grande xexas.
2 – Xexas - palavra nascida na família Briza Junqueira que significa fofinho, cheio de graça. Não é fácil explicar, eu levei quase 4 anos para aprender o seu real significado, mas é por aí.

Turks e Caicos, Middle Caicos, Praia, trilha

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Mesa Verde e os Povos Ancestrais

Estados Unidos, Colorado, Mesa Verde National Park

Uma cidade inteira sob a rocha no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Uma cidade inteira sob a rocha no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


O Mesa Verde National Park foi estabelecido em 1906 e foi o primeiro parque nacional criado para proteger um patrimônio histórico e arqueológico nos Estados Unidos. São 211km2 de área de preservação que incluem mais de 5 mil sítios arqueológicos pertencentes aos Anasazi, povos ancestrais que chegaram aqui muito antes das populações nativas americanas encontradas pelos colonizadores.

A magnífica vista do alto do platô do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

A magnífica vista do alto do platô do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Os Povos Ancestrais, aqui chamados de Ancestral Pueblos, viveram em cânions suspensos neste imenso platô, uma montanha em forma de mesa, do ano 600 até 1300d.C. Eles chegaram até a Mesa Verde seguindo os animais de caça como bisões e veados e encontraram um ambiente propício para a agricultura e a vida sedentária. Segundo os antropólogos e arqueólogos que estudam a região, foram várias as fases de desenvolvimento deste povo, que passou de nômade-caçador e coletor para uma sociedade de agricultores, hábeis artesãos e engenhosos construtores.

Antiga habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Antiga habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


As plantações de milho e outras plantas como feijão eram sabiamente posicionadas nas colinas com a angulação perfeita para receber a maior quantidade de sol, aumentando o sucesso das colheitas. A yuca, tipo de planta comum por estes desertos, era a principal matéria prima para todos os tecidos, sandálias e afins, que os aqueciam no inverno, assim como as peles de animais. As casas que inicialmente eram construídas praticamente todas embaixo da terra, com lareiras e esquemas de ventilação, passaram a uma das estruturas mais curiosas encontradas aqui na América do Norte.

Escavação arqueológica no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Escavação arqueológica no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Interior de habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Interior de habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


O inverno na região é duro, temperaturas abaixo de zero são mais do que comuns, muita neve e frio. Para se defender disso a sociedade desenvolveu uma rica arquitetura, cidades inteiras incrustadas nos penhascos dos cânions no alto da Mesa Verde. Só dentro da área do parque são encontrados mais de 600 cliff dwellings (moradias de penhascos), sendo que 90% destas possuem 10 quartos ou menos. E vários outros grupos de casas parecidas a estas são encontradas desde a região conhecida como Four Corners até o Colorado e o Novo México.

As surpreendentes ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

As surpreendentes ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Painel informativo sobre os pueblos e sua prática de morar em tocas na rocha do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Painel informativo sobre os pueblos e sua prática de morar em tocas na rocha do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Durante o inverno o parque não está completamente acessível, mas ainda assim foi possível visitarmos vários dos sítios arqueológicos e ter uma boa ideia da cultura e da história deste povo. Começamos pelo recém-inaugurado centro de visitantes, com ótimas explicações de uma senhora voluntária, além de uma ampla exposição sobre os puebloans e o parque.

Muito frio do lado de fora do centro de Visitantes do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Muito frio do lado de fora do centro de Visitantes do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


A segunda parada foi na impressionante Spruce Tree House, com mais de 130 quartos onde viviam centenas de pessoas. Acredita-se que cada agrupamento de casas como esta era uma vila que mantinha boas relações com as vilas vizinhas. Há ainda a Balcony House com 40 quartos e o Cliff Palace é o maior e mais famoso conjunto do parque, com 150 quartos e uma localização super privilegiada para os dias frios de inverno, com uma incidência mais longa dos raios solares.

Encontro com brasileiros no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Encontro com brasileiros no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Ruínas pueblas nas encostas de pedra do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas pueblas nas encostas de pedra do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


As paisagens brancas do Mesa Verde são de uma serenidade incrível, entre árvores, cânions e rochedos continuamos encontrando novos sítios arqueológicos e inclusive uma construção inacabada que acreditam ter sido feita em honra ao sol. Qual era exatamente a crença deste povo é difícil adivinharmos, mas que o sol era um elemento chave para a sua sobrevivência (por sinal como ainda é para todos nós!), regrando os plantios e colheitas, aquecendo suas casas contra os invernos rigorosos, disso não se pode duvidar.

Ruínas de um antigo templo no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas de um antigo templo no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Vários povos indígenas americanos tem orgulho de reconhecer os puebloans como seus ancestrais, homens sábios, fortes e muito conectados com a natureza. As dúvidas e perguntas sobre este misterioso povo que vivia nesta região só aumentaram e continua o eterno paradigma do ser humano, quanto mais sabemos, mais temos consciência que não sabemos de nada.

Enfrentando a neve e o frio no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Enfrentando a neve e o frio no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Colorado, Mesa Verde National Park, arqueologia, Cortez, Mesa Verde, parque nacional

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Maré de lua nova

Brasil, Bahia, Moreré (Boipeba)

Maré baixa em Moreré, na Ilha de Boipeba - BA

Maré baixa em Moreré, na Ilha de Boipeba - BA


Moreré tem esta vida tranqüila, vivida no ritmo da Bahia, no ritmo das marés. Paraíso para uns inferno para outros. O Tony, dono da nossa pousada, e sua esposa vieram do norte da Inglaterra direto para cá. O choque cultural não é fácil, ainda mais em um lugar com pouca infra-estrutura e leis tão diferentes das que estavam acostumados. A lógica no Brasil não é lógica nem para nós brasileiros, imagine para eles.

Pesca na maré baixa, em Moreré, na Ilha de Boipeba - BA

Pesca na maré baixa, em Moreré, na Ilha de Boipeba - BA


Hoje a maré atingiu um dos níveis mais baixos no mês, maré de lua nova é parecida com a maré de lua cheia, ou muito cheia ou muito vazia. Quando chegamos ontem a maré estava alta, cobrindo o campo de futebol na praia, só víamos a metade da trave para cima d´água. Hoje cedo quando fomos para a praia o cenário estava completamente mudado! 400m de areia surgiram à nossa frente, uma paisagem surreal, com barcos “pendurados” na areia e novas entradas de mar, verde e tranquilo.

Recifes de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA (praia de Bainema ao fundo)

Recifes de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA (praia de Bainema ao fundo)


Agora entendi! Ontem à noite quando fomos lanchar eu vi pessoas andando com lanternas, mas achei que estava louca, deveriam ser barcos. Eram os pescadores de polvo e caranguejo andando à noite neste areião, próximos aos corais.

Pesca de budiões na Ilha de Boipeba - BA

Pesca de budiões na Ilha de Boipeba - BA


Saímos caminhar para conhecer as praias vizinhas, agora para o outro lado, onde só se atravessa com a maré baixa, tanto pelos corais, quanto pelo rio que só conseguimos cruzar quando está baixo.

Cruzando o rio para a praia de Cueira, na Ilha de Boipeba - BA

Cruzando o rio para a praia de Cueira, na Ilha de Boipeba - BA


Nesta praia também consegui entender onde ficavam as piscinas naturais que havia visto no mapa da ilha. Piscinas naturais no fundo do mar? Será que seriam corais tão altos, lá, tão longe?

Barcos visitam as pscinas de maré baixa na praia de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA

Barcos visitam as pscinas de maré baixa na praia de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA


Não, não é o mar que é fundo e nem os corais tão altos, a praia é que é rasa e a maré baixa demais! Esta é a maré de lua nova em Moreré, impressionante como a natureza está sempre mudando, sempre se adaptando e sempre nos surpreendendo!

Maré baixa, próximo aos recifes de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA

Maré baixa, próximo aos recifes de Moreré, na Ilha de Boipeba - BA

Brasil, Bahia, Moreré (Boipeba), Boipeba, ilha, Moreré, Praia, Valença

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Witti Creek

Suriname, Paramaribo, Brownsberg

Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname

Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname


Hoje decidimos fazer a maior caminhada do Brownsberg Park. Foi difícil para caraca levantar, dormi apenas 4 horas, mas eu já sabia que hoje o dia começaria cedo. O Rodrigo me acordou de bode, indignado com o meu pique de ficar conversando até tarde, o que pode ser tão interessante assim? Bem, quem leu o post acima já entendeu, que não leu ainda, irá entender. Eu adoro fazer caminhadas, mas convenhamos... Não consigo comparar a riqueza entre passar horas conversando com pessoas de cada canto do mundo, com uma trilha, ainda mais se esta é mais uma das várias que fazemos nesta nossa viagem. Conhecer matas e riachos entre a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, ao final das contas é meio parecido.

Atravessando a densa floresta da Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname

Atravessando a densa floresta da Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname


A caminhada era de uns 7 km, em meio a uma linda floresta úmida e descida dramática, pois sabíamos que depois teríamos que subir. Karin ia embora hoje cedo, mas ontem à noite ofereci carona para voltar conosco à Paramaribo, para poder aderir ao grupo do trekking ao Witti Creek. Nós descemos o tempo todo conversando, impressionante como nosso assunto nunca acaba! Falamos das respectivas famílias, namorados/maridos, saúde, relacionamentos, etc. Ainda bem que o Sven estava fazendo companhia ao Rodrigo. Os dois foram na frente, acelerados, falando de escaladas no Aconcágua e campo base do Everest. Ficou a própria Turma do Bolinha e da Luluzinha, engraçado como esta convivência com o mesmo sexo as vezes é necessária.

Com o Sven e a Karen no Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname

Com o Sven e a Karen no Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname


O Riacho Witti (creek = riacho), mesmo com toda a chuva e lama que temos visto por aqui, é límpido e convidativo. Uma piscina deliciosa com peixinhos esfomeados se forma dentre pedras e árvores gigantes. Os peixinhos nos cutucavam, mordendo a pele, não chega a doer, mas eram um tanto quanto decididos. Karin até perguntou se seriam piranhas! rsrs!

Delicioso banho no Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname

Delicioso banho no Witti Creek, na Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname


Sven ficou um pouco mais, sem pressa para voltar já que ficará mais um ou dois dias no parque. Entretanto nós tínhamos que pegar a estrada para Paramaribo. Mesmo sendo uma baita subida conseguimos subir bem, a chuvinha do meio-dia ajudou a refrescar durante a caminhada. Banho e despedidas depois pegamos estrada. O trecho de terra continuou bem escorregadio, mas para baixo é sempre mais fácil.

Despedida da Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname

Despedida da Reserva Natural de Brownsberg, no Suriname


Queríamos muito sair a noite, jantar com Karin e Scott, nosso amigo americano que está em Paramaribo, mas amanhã cedo voaremos para Trinidad logo cedo, então precisamos ficar arrumando nossas coisas, packing and unpacking a Fiona, equipamento de mergulho e modelitos caribenhos. Longa noite pela frente, já que 2:30am seremos acordados para a maratona até o aeroporto e Trinidad.

Suriname, Paramaribo, Brownsberg, Brownsweg, floresta úmida, parque nacional, Witti Creek

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Floresta Petrificada

Estados Unidos, Arizona, Petrified Forest

Troncos petrificados há mais de 200 milhões de anos no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Troncos petrificados há mais de 200 milhões de anos no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Nossa próxima parada foi o Parque Nacional da Floresta Petrificada. Um conjunto gigantesco de madeira fossilizada, que passou por um processo muito peculiar de mineralização, tornando-se pedra!

Madeira petrificada há mais de 200 milhões de anos, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Madeira petrificada há mais de 200 milhões de anos, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Olhamos por fora fica difícil de acreditar, mas todos estes troncos perfeitos hoje são rochas, pedras, minerais! E não são quaisquer calhaus, são pedras multicoloridas com verde, vermelho, amarelo, negro, azul e até branco, além do próprio tom da madeira mais escura ou mesmo clara.

Madeira petrificada há mais de 200 milhões de anos, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Madeira petrificada há mais de 200 milhões de anos, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Toda esta região foi, 225 milhões de anos atrás, uma floresta de imensas coníferas parecidas com as nossas araucárias. Viviam aqui os antecessores dos dinossauros, répteis carnívoros de grande estatura e estrutura, bípedes e quadrúpedes, alguns com carapaças, outros com imensas mandíbulas e ainda assim mais próximos aos crocodilos que aos dinossauros.

Observando troncos petrificados no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Observando troncos petrificados no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


As árvores foram caindo e sendo arrastadas pela água neste grande pântano lodoso, onde nem bactéria poderia sobreviver. Durante milhões de anos foram sendo enterradas por cinzas vulcânicas ricas em minerais. A água serviu como meio de transporte destes minerais que começaram a substituir sua estrutura original (celulose), por estruturas minerais, iniciando o processo de petrificação.

Gigantesco tronco petrificado, picotado por caçadores de cristais no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Gigantesco tronco petrificado, picotado por caçadores de cristais no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Vários destes minerais que foram se entranhando na estrutura de madeira formaram cristais e pedras semipreciosas. Assim, homens que pensaram que teriam descoberto um imenso depósito de madeira, logo se depararam com uma fonte de renda ainda maior, explorando extensivamente este tesouro da história natural.

Cristais coloridos no interior de árvores petrificadas no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Cristais coloridos no interior de árvores petrificadas no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Anéis, colares, enfeites, mesas, cadeiras, baquetas e tudo mais o que você imaginar que pode ser feitos com pedra, são vendidos nesta região. “Um tampo de mesa que há 60 anos eu compraria por 30 dólares hoje pode custar mais de 3.000!”, me conta um senhor que vive na região e viu o Parque Nacional ser formado, dificultando a ação dos extrativistas de madeira petrificada e ao mesmo tempo valorizando o produto. Mesmo com toda a infra-estrutura e rígida legistação que protege este fósseis, atualmente são roubados do parque em torno de 12 toneladas de madeira petrificada por ano! Isso sem contar com as outra toneladas que estão fora dos limites do parque. Surreal!

Enorme árvore petrificada no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Enorme árvore petrificada no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


A trilha do Rainbow Forest Museum e Crystal Forest são lindas e em menos de 30 minutos podem ser feitas. A estrada que cruza o parque é belíssima e passa por paisagens lunares, esculpidas pelo vento, pelas águas e pelo tempo.

Caminhando no surpreendente Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Caminhando no surpreendente Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Um dos monumentos mais impressionantes é a Agata Bridge. Uma árvore petrificada ficou sobre um solo mais débil e que aos poucos foi lavado pela erosão, formando a ponte. Ela foi uma das principais responsáveis pela criação do parque nacional.

Tronco petrificado forma ponte natural no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Tronco petrificado forma ponte natural no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Adiante visitamos os petroglifos com idade estimada entre 650 a 2.000 anos, creditados aos primeiros grupos humanos que habitaram esta região. As ruínas do Puerco Pueblo dão algumas pistas sobre como viveu esta população a base de milho e caça, em casas construídas de pedra. Sem portas nem janelas e com entrada pelo teto, as casas foram projetadas para proteger seus moradores do intenso vento que sopra no deserto.

A mais famosa pintura rupestre americana, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

A mais famosa pintura rupestre americana, no Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


O Petrified Forest National Park é belíssimo e vale muito a visita, que começando cedo pode ser combinada com a Cratera do Meteoro. Agora, se você tem tempo e quer curtir as paisagens sem pressa, ter mais tempo para ver os museus e ainda dar uma parada no restaurante próximo a entrada norte do parque, programe-se para um dia inteiro de passeio.

Fiona nos leva através do magnífico Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Fiona nos leva através do magnífico Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos


Nós já havíamos passado por outra floresta petrificada em Teresina, Piauí, mas infelizmente além de contar com poucas unidades de fósseis, ela está abandonada e não possui a infraestrutura de suporte como a que encontramos aqui. Espero que um dia o Brasil valorize e consiga cuidar de seus tesouros naturais.

Admirando a belíssima paisagem do Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Admirando a belíssima paisagem do Petrified Forest National Park, no Arizona - Estados Unidos

Estados Unidos, Arizona, Petrified Forest, Floresta Petrificada, Natureza, Petrified Forest National Park, Route 66

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