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Máscara maya no museu das ruínas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Situada em meio à floresta das montanhas úmidas de Chiapas, Palenque é a perfeita cidade perdida para arqueólogos profissionais, amadores ou simples turistas como nós. Uma das principais cidades da civilização Maya no sul do México, calcula-se que Palenque tenha chegado a abrigar 15 mil habitantes. As cores predominantes nas construções eram o vermelho sangue, com detalhes em azul e amarelo. O primeiro agrupamento data de 100a.C e a cidade teve seu apogeu durante o reinado de Pakal, em 615 a 683d.C, seguindo até aproximadamente 900d.C, período em que todas as cidades Mayas foram abandonadas.
Mapa mostrando a região da civilização maya, no museu das ruínas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
A maior parte das construções abertas a visitação, agora restauradas, são um conjunto de monumentos funerários dos antigos governantes da cidade. O primeiro é tumba da caveira, assim apelidada pela caveira esculpida na base de uma coluna no alto das suas dezenas de degraus.
A caveira que dá nome ao Templo de La Calavera, nas ruínas mayas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Ao lado está o templo da tumba da Reina Roja, onde foram encontrados os restos mortais em tons avermelhados de uma mulher importante na sociedade. A coloração é resultado de um tratamento feito com cinnabar, ela estava coberta de jóias e uma máscara de malachita lindíssima que está em exposição no museu. Não se sabe ao certo se esta mulher seria esposa ou mãe de Pakal, o governante enterrado no edifício ao lado.
O Templo das Inscrições visto do alto do Palácio, nas ruínas mayas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
O Monumento das Inscrições é um dos mais importantes e famosos dos edifícios, já que aí foram encontradas diversas informações sobre a história de Palenque e a tumba de Pakal, impecavelmente preservada. Infelizmente está fechada à visitação, pois a umidade exalada pelos turistas acabava acelerando o processo de deterioração das pinturas no local. A máscara funerária de Pakal, de valor inestimável, foi roubada em 1985. Existe uma réplica da tumba no Museu Nacional na Cidade do México, é claro que vamos até lá conferir.
O famoso Templo das Inscrições, nas ruínas mayas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
O mais impressionante dos edifícios abertos a visitação é o Palácio de Palenque, onde viviam a corte e por onde passaram diversos governantes. As diversas fases da construção marcam as mudanças na estrutura da corte, quantidade de pessoas que cercavam o Ajaw (imperador) e sua família. Além dos nobres da corte e da família real, no palácio viviam também artesãos e escribas reais, que tinham um papel importante no registro das atividades de cada governante.
As magníficas ruínas do Palácio em Palenque, em Chiapas, no sul do México
No lixeiro do Palácio foram encontrados muitos indícios da vida palaciana, oferendas, objetos utilizados na cozinha e restos de alimentos que deram uma boa pista sobre a diversificada dieta dos nobres. A alimentação tinha como base o milho e o feijão, peixes, moluscos, aves (pavões, faisões e outros) e alguns animais como macacos, tatus e cachorros, que foram domesticados para este fim.
Visão geral das ruínas mayas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Além da área de vivenda, encontra-se também no palácio a sala de cerimônias onde eram passados os comandos entre governantes. O registro era feito em pedras esculpidas mostrando o antigo e o novo soberano, ladeados pelas divindades que regiam os seus mandatos, e um personagem central que comandava a cerimônia e passava o bastão do poder.
Placa maya com desenhos e hieroglifos, no museu das ruínas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Outra sala curiosa é o Pátio dos Cautivos (prisioneiros), onde eram recebidas as visitas de outras cidades mayas. Este espaço estava decorado com as imagens de todos os governantes de outros povos que teriam sido capturados e mortos em rituais de sacrifício. Sem dúvida uma forma bem convincente de deixar claro quem mandava por ali.
Escultura maya num dos pátios do Palácio em Palenque, em Chiapas, no sul do México
Continuando o tour chegamos ao conjunto de edifícios datados de 692d.C, construídos pelo filho de Pakal, Kan B´alam II, que ascendeu ao poder em 684d.C. Os monumentos com fins religiosos são uma homenagem às divindades de Palenque. Batizamos de Templo del Sol, Templo de La Cruz Foliada e o Templo de las Cruz, que possuem registros da história de Kan B´alan II e uma das melhores vistas de todo o complexo.
Ruínas mayas do Grupo das Cruzes, em Palenque, Chiapas, no sul do México
O lugar é imenso, passamos ainda pela Acrópole Sul e Norte, com outra infinidade de edifícios, todos restaurados e um deles que chegou a servir de casa para o excêntrico Conde de Waldeck, que viveu sobre um dos templos na sua passagem pela região.
O templo do Conde em Palenque, Chiapas, no sul do México
As principais peças cerimoniais encontradas nas tumbas e no palácio são incensários de cerâmica com um trabalho requintado em alto relevo com imagens de seus deuses que faziam a interlocução entre os mayas e o inframundo, ou o mundo espiritual. Figuras de serpentes, jaguares e morcegos representam seus deuses para diferentes esferas e níveis de cada integrante da comunidade.
Estátuas mayas no museu das ruínas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Os antepassados tinham um importante significado, sempre sendo enterrados sob as casas onde vivia a família, junto com diferentes oferendas, que variavam de tamanho e valor conforme a condição da família. O povo pagava tributos aos governantes sacerdotes, que se exerciam o poder com base no conhecimento da astrologia, sendo os mais próximos representantes das divindades neste mundo material. O poder era mantido em uma mesma família e a linhagem real passada de pai para filho, aparentemente não excluía as filhas, já que foram encontrados registros de governantes do sexo feminino em Palenque.
Quem consegue entender essa escrita? (placa no museu das ruínas de Palenque, em Chiapas, no sul do México)
Os glifos mayas foram decodificados em meados dos anos 80 e a partir deste códice os especialistas encontraram várias referencias de datas e nomes dos governantes, seus feitos e suas ligações com cada uma das divindades. Terminamos o recorrido passando pelos Baños de La Reina, uma cascata de águas transparentes que escorrem em formações rochosas belíssimas, travertinos e lindos poços de água, próximos a ruínas de casas menores conhecidas como Grupo de los Murciélagos (morcegos).
Os belíssimos e cristalinos Banhos da Rainha, em Palenque, Chiapas, no sul do México
Alguns dizem que apenas 5% de todos os edifícios de Palenque foram escavados até agora. Guias locais oferecem caminhadas por trilhas na mata para encontrar ruínas ainda intocadas, que estão como estas foram encontradas pelos arqueólogos. Montes de terra e pedra, em formato piramidal, cobertas por vegetação e árvores frondosas. Além das ruínas, com sorte se vêem e escutam macacos, bugios gritadores, aves e outros pequenos animais. Nós não contratamos guia, mas demos uma escapadinha em uma área supostamente “proibida”, para dar uma olhada nas ruínas que estão sendo escavadas. Ali conseguimos ter uma ideia da emoção que deve ter um arqueólogo ao encontrar um lugar como este pela primeira vez... Fantástico!
Explorando ruínas mayas tomadas pela vegetação em Palenque, Chiapas, no sul do México
Diferente do Rodrigo, eu sempre prefiro ter um guia nos acompanhando e contando a história e detalhes de sítios, acho que aproveitamos muito mais as visitas ao invés de apenas olhar as construções contando com a nossa imaginação e a escassa informação das placas informativas. Aqui, porém, não achei viável pagar 80 dólares por um guia, valor oferecido pela associação local. Talvez barganhando com guias independentes deva ser possível achar algo mais barato.
Ruínas mayas do Grupo das Cruzes, em Palenque, Chiapas, no sul do México
Terminamos o dia de caminhadas e escaladas por tantas escadarias com a impressão que de que não vimos nada e aprendemos menos ainda. Entramos buscando respostas e saímos de lá com ainda mais perguntas, tamanha a riqueza de histórias que estão gravadas em estas paredes e construções. Imaginamos toda a sociedade de Palenque em plena atividade e deixamos a imaginação voar, nos transportando por alguns segundos aos momentos de glória dessa civilização, hoje em ruínas.
O Templo das Inscrições visto do alto do Palácio, nas ruínas mayas de Palenque, em Chiapas, no sul do México
Muito legal heim ... Lindas as ruínas ... Lindos os glifos ... Na região de cancun também tem muita pirâmides cobertas como vcs mostraram tem muito a ser escavado ainda .... Acredito que vale sim a pena ter um guia nestes lugares para contarem historias e passarem mais informações, especialmente vcs que irão passar por incontáveis ruínas neste trajeto do México ... Isso ajuda a ter uma informação mais completa .. Já que tudo que eles falam e muito fragmentado e Mistificado .... uma coisa que acredito que conseguem é entrar dentro das pirâmides .... Vc é boa de papo e amizade Ana .... Acho que conseguem ... Antigamente era permitida a visitação hj em dia noa mais por causa dos maus turistas ... As pirâmides não são solidas ... Chegam a ter 3 ou 4 pirâmides construídas umas sobre as outras e com espaço entre elas ... Dentro ainda se pode ver as pinturas originais e tal ...
Continuamos a viajar juntos com vcs ... Beijos
Resposta:
Pois é Gusta! Soubemos do interior da pirâmide do Pakal, tristeza... perderam todas as pinturas murais por causa da umidade exalada pelos bandos de turistas! Surreal... Vamos ver se conseguimos visitas guiadas ao interior delas, com certeza seria um furo para o blog! hahaha! Obrigada pelo apoio, nas próximas ruínas contratarei guia para ter uma noção geral, além do que já estudamos. Saudades de vc amigo. Beijos!
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