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Blog da Ana - 1000 dias

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SHUFFLE Há 1 ano: Estados Unidos Há 2 anos: Estados Unidos

As meninas do futevôlei

Brasil, São Paulo, Maresias

Com a Laura em Maresias, São Sebastião - SP

Com a Laura em Maresias, São Sebastião - SP


O sol hoje pela manhã estava tímido, pouco convidativo para pegar uma praia. Mas em Maresias este não era o principal chamariz, estávamos todos muito curiosos para ver as tão faladas meninas do futevôlei! Esperamos o Rafa e a Laura chegarem de São Paulo enquanto assistíamos ao jogo Alemanha x Argentina, uma lavaaada, diga-se de passagem.

Depois da corrida nas areias de Maresias, com o Haroldo em São Sebastião - SP

Depois da corrida nas areias de Maresias, com o Haroldo em São Sebastião - SP


Desde que combinamos de vir para Maresias com o Haroldo ele comentou conosco que a parte sul da praia era a maior seleção de beldades femininas. A forma mais fácil de nos explicar como eram tão bonitas era assim: “Gente, elas ficam ali jogando futevôlei e não balança nada!”. Isso realmente é impressionante, difícil para eu, como mulher, acreditar que isso ainda exista! Nas revistas o photoshop domina e as campanhas pela beleza natural são cada vez mais parte da nossa vida. É até mais bacana hoje você ser uma mulher real desencanada e feliz com o seu corpo, a La Dove, Real Beauty Campaign (http://www.youtube.com/watch?v=iYhCn0jf46U), do que uma saradona viciada em academia e mega preocupada com a sua imagem e o seu corpo. Já dizia uma marca de refrigerante: “Imagem não é nada! Sede é tudo!”

Tudo isso é muito legal, agradecemos às marcas que tentam influenciar de alguma forma a mídia e tirar um pouco deste peso e cobrança de nós mulheres. Porém o fato é que isso tudo pode até nos ajudar a ficar mais desencanadas com os outros, mas não consigo mesmas. Pelo menos falo por mim... Queremos nos sentir bem e bonitas quando nos olhamos no espelho. Quando chegamos à praia algumas destas beldades deram o ar da graça e conseguiram me deixar até encabulada. A sorte foi que o time de futevôlei feminino pelo jeito estava de folga hoje, ou tinha mudado do sul para o surf. O Super Surf estava rolando na praia do meio, afinal, cada qual com seu cada qual. Ainda assim ali é, sem dúvida, um lugar de pessoas bonitas e saudáveis, uma ótima influência sempre! Basta manter a auto-confiança, erguer a cabeça e não desistir! Disciplina, dieta de baixas calorias e muita academia, um dia chegaremos lá! Só nos damos uma trégua quando estamos de férias, por que aí você também merece viver, tomar uma cervejinha e comer aquele brownie de chocolate de vez em quando, né?

Eu? Bem, como as minhas férias estão apenas no início, ainda tenho 901 para começar a me preocupar!

Brasil, São Paulo, Maresias, Praia

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Maratona Serra do Cipó IV

Brasil, Minas Gerais, Lapinha

A bela Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

A bela Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Acordamos na Lapinha e que grata surpresa! A vila é rodeada de belíssimas montanhas e à beira de uma represa maravilhosa. A Lapinha é um distrito do município de Santana do Riacho e é bem conhecida por suas cachoeiras e pelo seu sotaque muito diferente. A princípio eu estava achando que eram apenas diferenças de sotaque, mas logo descobrimos que eles realmente possuem uma linguagem própria, o Inhangatú, derivado da mescla entre o português e o tupi. Algumas famílias sabem falar português mas utilizam em seu cotidiano apenas o inhangatu, não é difícil de entender desde que falem devagar. Os jovens utilizam ainda algumas palavras, mas aos poucos a língua vai se perdendo.

Com o nosso guia Walter, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Com o nosso guia Walter, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


O centro comunitário Inhangatu é o responsável por organizar a atividade de ecoturismo na região, oferecendo guias locais para acompanhar nas principais atrações que são os Pocinhos, Cachoeira do Lageado, Cachoeira da Bicame e ainda a travessia Lapinha-Tabuleiro, passando pelo Pico do Breu, maior Pico da região com altitude em torno de 1600m.

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Encontramos no nosso guia, Valter e fomos até a sede do Inhangatu para conhecer. Lá já conhecemos rapidamente o Seu Juquinha, mestre do batuque, dança típica aqui da Lapinha. O Seu Juquinha é o responsável por puxar as diversas cantigas, acompanhadas de batuques, palmas e de uma ciranda com passos marcados.

Com o Walter, Flávio e Gislei, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Com o Walter, Flávio e Gislei, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Começarmos o dia com uma longa caminhada até a Cachoeira da Bicame. A Fiona conseguiu nos levar quase até o portão da RPPN da Bicame, mas foi uma das piores estradas que ela já enfrentou. No caminho conhecemos o Flávio e a Gislei e demos uma carona a eles, ótimas companhias de caminhada. Foram 2 horas de caminhada, por campos rupestres em recuperação, uma área alta e plana com um cenário maravilhoso! Lá do alto avistamos a queda d´água e seu poço de águas ferruginosas.

Área da Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Área da Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Curioso pensar que um dia esta cachoeira já teve seu poço todo drenado pelos mineradores em busca de diamantes, durante a drenagem se formaram várias bicas d´água, daí o nome Bicame. Lá em cima o vento não nos deixava nada a vontade para um banho nas suas águas frias, mas o próprio paredão da cachoeira a protege do vento e cria o ambiente perfeito para um mergulho.

Tomando banho na Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Tomando banho na Cachoeira do Bicame, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Voltamos os quase 8km de trilha e, do alto, avistamos o nosso próximo objetivo: a Represa da Lapinha. Será uma atividade diferente, atravessar de canoa a represa para conhecer as pinturas rupestres datadas de em torno de 8 mil anos. Voltamos à vila e já combinamos de encontrar nossos novos amigos a noite no bar em frente à igreja com a esperança que o Valter consiga falar com o Seu Juquinha para agitar um batuque para hoje a noite.

Represa na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Represa na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Quarto e último dia, estávamos ansiosos para finalmente encerrar a Maratona da Serra do Cipó, mas infelizmente tivemos um pequeno probleminha. O Ivan, o canoeiro da cidade que ia nos levar teve que ir à Santana do Riacho resolver algumas pendências. Já deixamos o passeio agendado para amanhã cedo e fomos fazer um lanchinho, afinal também somos filhos de Deus.

Final de caminhada na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Final de caminhada na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


No bar conhecemos dois casais interessantíssimos! Todos de Belo Horizonte aproveitando o final de semana aqui na Lapinha. Conversamos sobre a viagem, dicas na região, na capital a também para o Inhotim, que já está no nosso roteiro. Nos divertimos muito e já os chamamos para o batuque da noite. Pena que não aconteceu... a cidade foi acometida por uma ventania ao grande que quase todos se esconderam do vento e do frio em suas casas e o Valter não conseguiu encontrar o Seu Juquinha. Tudo bem, mais um motivo para voltarmos.

Flávio, Walter, Dedé, Rosa e Gislei com a Ana em boteco na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Flávio, Walter, Dedé, Rosa e Gislei com a Ana em boteco na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Brasil, Minas Gerais, Lapinha, cachoeira, Lapinha, Santana do Riacho

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Santiago de Cali

Colômbia, Cali

Igreja em Cali, na Colômbia

Igreja em Cali, na Colômbia


Fundada em 1.536, Cali é a terceira maior cidade do país, com quase 2,4 milhões de habitantes. Na Colômbia a Cordilheira dos Andes se divide em 3 e Cali está situada entre a Cordilheira Ocidental e Central, no Vale do Cauca.

O rio Cali e uma das igrejas de Cali, na Colômbia

O rio Cali e uma das igrejas de Cali, na Colômbia


A cultura vallecaucana tem um espaço próprio, história, música, sotaques e tipos de comida específicos, como as regiões brasileiras. Para nós que somos de fora e vemos tudo como Colômbia não é tão fácil enxergar estas diferenças, mas fica claro que este povo lutou pelo reconhecimento do seu estado, que foi declarado definitivamente apenas em 1910.

Cali, na Colômbia

Cali, na Colômbia


Nós ouvimos falar de Cali apenas pelo seu cartel de drogas, que vivia em pé de guerra com o Cartel de Medellín, de Pablo Escobar. A cidade sofreu muito com as crises e guerras entre os cartéis do narcotráfico entre as décadas de 70 e 90 e embora o narcotráfico até hoje seja uma grande economia no mercado negro, os cartéis acabaram e a criminalidade já está mais controlada.

Escrevedor de cartas em praça de Cali, na Colômbia

Escrevedor de cartas em praça de Cali, na Colômbia


Assim saímos caminhar pelo centro, cruzamos o Rio Cali, a Plaza dos Poetas, uma versão colombiana da nossa Central do Brasil. Os poetas com suas máquinas de escrever parecem personagens da literatura de cordel. Cada um tem seu espaço reservado para sua mesa, guarda-sol (ou chuva), para escrever as cartas dos moradores que passam por ali.

Escrevedor de cartas em praça de Cali, na Colômbia

Escrevedor de cartas em praça de Cali, na Colômbia


Caminhamos até a Iglesia de San Francisco e quando começou a chover nos refugiamos no Centro Cultural em frente ao Teatro Municipal. Ali estava rolando um Congresso Latino-Americano de Agricultura Sustentável e também descobrimos que nesta semana está acontecendo o Festival Mundial de Salsa de Cali – 2011, não é a roa que Cali é mundialmente conhecida por ser a capital da salsa!

Enfrentando a chuva em Cali, na Colômbia

Enfrentando a chuva em Cali, na Colômbia


Esta área tem vários restaurantes vegetarianos, para os que curtem um verde. Já era meio tarde e pegamos os buffets fechando, acabamos o nosso passeio pela Iglesia de La Merced, local onde foi celebrada a fundação da cidade em 1536. Não estávamos presentes nessa data, mas tivemos a sorte de ver um casamento sendo celebrado no mesmo lugar!

Igreja La Merced, em Cali, na Colômbia

Igreja La Merced, em Cali, na Colômbia


Retornamos à Avenida 9, rua com restaurantes e bares mais bacanas, que faz a linha Itaim Bibi, bairro residencial e comercial com bastante vida noturna. Almoçamos uma deliciosa pasta que levamos também para o jantar. No caminho para o Iguana encontramos Oscar, o vocal da banda e Douglas, baixista, que reiterou o convite. Vamos dormir para começar a nossa epopéia rumo ao Hot en Paraíso!

A avenida chique de Cali, na Colômbia

A avenida chique de Cali, na Colômbia

Colômbia, Cali, Arquitetura, centro histórico, Santiago de Cali

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Sobradinho

Brasil, Minas Gerais, São Thomé das Letras

São inúmeras cachoeiras em torno de São Tomé, o Vale das Borboletas, Cachoeira do Flávio, Véu da Noiva, Eubiose, entre outras. Todas deliciosas e muito disputadas no verão e feriados.

Arraial de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG

Arraial de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG


Tivemos a grande sorte de chegar aqui em uma das semanas mais frias do ano, então como o tempo não está nos ajudando, decidimos explorar um arraial próximo, conhecido como Sobradinho. Bairro distante do município de São Tomé das Letras, Sobradinho fica a uns 10 km em direção à cidade de Luminárias. No caminho para lá passamos pela Cachoeira da Lua e pela Cidade das Estrelas, comunidade alternativa que recebe visitantes em suas pousadas para vivências, meditações, etc.

Poço Esmeralda em São Thomé das Letras - MG

Poço Esmeralda em São Thomé das Letras - MG


Interior da gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG

Interior da gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG


Nosso destino era conhecer a Gruta e Cachoeira de Sobradinho, Gruta do Labirinto e Poço Esmeralda. As grutas são caminhos abertos pela água em meio à pedra São Tomé, pequenas e relativamente estreitas, são um exemplo de como realmente estamos em cima de um belo queijo suíço, cheio de túneis e cavernas que desconhecemos, por não encontrarmos entradas ou saídas.

Entrada da gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG

Entrada da gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG


Saída gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG

Saída gruta de Sobradinho em São Thomé das Letras - MG


O Poço Esmeralda é um lago no meio de uma pedreira desativada. Parece que onde a mineradora tentou cavar encontrou esta água límpida e gelada, que forma a lagoa de coloração esmeralda, pois são vários poços formados na área de extração. No caminho entre eles passamos pelo bairro, que dizem ser parecido com São Tomé há 20 anos, pequeno, tranquilo, quase difícil de imaginar.

Poço Esmeralda em São Thomé das Letras - MG

Poço Esmeralda em São Thomé das Letras - MG


No caminho de volta paramos na cachoeira da Lua, tomamos uma cervejinha olhando a vida e a boiada passar.

Cachoeira da Lua em  São Thomé das Letras - MG

Cachoeira da Lua em São Thomé das Letras - MG


Gado no meio da estrada em São Thomé das Letras - MG

Gado no meio da estrada em São Thomé das Letras - MG


Dia dos namorados, à noite fomos comemorar no restaurante de nossa mais nova amiga, a Lei, dona do restaurante Massaroca. Conhecemos Lei em Carrancas, na sua filial, e demos carona para ela até aqui. A Lei chegou a São Tomé há 27 anos e viu toda a mudança que a cidade sofreu. Ela organizou um jantar de dia dos namorados delicioso, com direito a DJ, drink afrodisíaco, decoração especial e tudo! Uma delícia!

Depois fomos dar uma volta, congelando com o vento e o frio que devia estar perto de 0°C. Artistas independentes tocavam no Espaço Dois, abaixo de um dos céus mais estrelados que vimos na viagem. Depois de vários “toca Rauuuul” e uma ajuda básica como socorrista no bar, já era hora de irmos dormir. É, pelo menos à noite São Tomé continua “quase” a mesma.

Com “H” ou sem “H”?
Vocês devem ter percebido que o Rodrigo escreve São Tomé sempre com “H” e eu sem “H”. Até agora não conseguimos descobrir qual é a forma correta de escrever o nome da cidade. Em placas do Governo Estadual está escrita sem, São Tomé das Letras, porém em algumas placas turísticas municipais encontramos “São Thomé das Letras”. Enfim, eu que gosto do mais simples e brasileiro possível mantenho sem. O Ro acha que fica mais charmoso escrever com, então fica ao gosto do freguês.

Brasil, Minas Gerais, São Thomé das Letras,

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Little India

Suriname, Paramaribo, Nickerie

Templo indiano, muito comum no Suriname

Templo indiano, muito comum no Suriname


Estamos nos aproximando de um dos momentos mais tensos e esperados desta etapa guianesa da viagem. Hoje seguimos em direção à Nieuw Nickerie, na fronteira entre o Suriname e a Guiana, o mais inexplorado e inseguro dos vizinhos nortistas. Antes de sair tivemos apenas que resolver uma pendência crucial para esta viagem, o seguro da Fiona. Para cruzar qualquer fronteira precisamos ter o seguro internacional, ou ao menos válido no país em questão.

Observando a Guiana do outro lado do mar, no final de tarde em Nickerie - Suriname

Observando a Guiana do outro lado do mar, no final de tarde em Nickerie - Suriname


Compramos o seguro com a Fatum, empresa do Suriname que segurou a Fiona para os dias restantes no país e um mês de seguro na Guiana. Essa história do seguro é um capítulo à parte, mas resumindo, a porcaria da Mafre (nossa seguradora para a América toda, melhor indicada pela abrangência, etc) nos vendeu a extensão territorial do seguro para as Guianas, produto que eles não possuem e não fazem cobertura. Surreal! Descobrimos isso aqui depois de pressioná-los para recebermos um documento que comprovasse a cobertura, do qual precisávamos para passar nas fronteiras. Totalmente indignada e passada com essa situação, não tivemos outra opção prática a não ser procurar uma empresa local e depois decidir o que fazer com a espanhola.


Exibir mapa ampliado

A estrada para Nieuw Nickerie segue paralela ao litoral do Suriname, cruzando a região com maior concentração populacional do país, além da capital. Passamos pelo região do País Samaraca, de maioria africana e uma cultura muito arraigada à sua origem e história, cruzamos alguns rios amazônicos e entramos em uma imensa área de zona rural.

Grandes fazendas no oeste do Suriname

Grandes fazendas no oeste do Suriname


Ao mesmo tempo que dá dó imaginar a quantidade de madeira e floresta devastada, é muito bacana ver uma área produtiva, uma paisagem completamente diferente. Todos os campos são irrigados por canais, diques holandeses. São fazendas gigantescas de produção de grãos e gado.

Chegando à Nickerie, segunda maior cidade do Suriname

Chegando à Nickerie, segunda maior cidade do Suriname


Final de tarde chegamos à Nieuw Nickerie, segunda maior cidade do Suriname, com 10 mil habitantes. As dezenas de templos hindus confirmam a origem da população, uma cidade rural de maioria indiana. Bandeirinhas coloridas que simbolizam os pedidos e preces hindus estão por toda parte. As casas tem uma arquitetura bem característica, com dois andares, sendo o térreo apenas parte fechado e a outra parte coberta utilizada como garagem. A escada lateral sobe por fora para uma varanda que dá acesso ao piso superior. Todas as casas ficam atrás dos pequenos canais que irrigam a região, possuem portanto uma pontezinha, que dá um ar ainda mais encantado à cidadezinha, uma graça. Entramos aos poucos na cidade e chegamos à avenida principal, com um canteiro central de palmeiras imperiais e um lago forrado de flores de lótus, que simboliza elevação e expansão espiritual e é considerada sagrada pela maioria dos países asiáticos. Lindíssimo!

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)


Quem diria, hein? Uma ótima surpresa para quem achava que só encontraria florestas e aldeias indígenas. Agora estamos aqui, logo após um jantar de comida tipicamente asiática (daquelas bem ardidas), com uma das melhores conexões da internet, na fronteira do Suriname com a Guiana.

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Avenida principal de Nickerie, com palmeiras e muitas flores de Lotus (Suriname)

Suriname, Paramaribo, Nickerie, Fatum Seguros, fronteira, Guiana

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Popo e Itza!

México, Amecameca

De camarote, em rochedo do Izta, admirando o maravilhoso vulcão Popo, perto de Amecameca, na região central do México

De camarote, em rochedo do Izta, admirando o maravilhoso vulcão Popo, perto de Amecameca, na região central do México


Popocatépetl (5.465m) e Itzaccíhuatl (5.230m) são, consecutivamente, a segunda e a terceira maiores montanhas do México. Popoca “fumegante”, tepétl “montanha”, em nahuátl, ou simplesmente El Popo, como chamado carinhosamente, é um vulcão ativo com mais de 730 mil anos de idade. Um dos vulcões mais ativos do México teve pelo menos 15 grandes erupções desde a chegada dos espanhóis e desde 1994, quando sua atividade voltou a ser constante, está proibida a aproximação da montanha, pelos efeitos tóxicos dos gases emitidos constantemente.

Chegando perto do vulcão Popo, que solta funaça há 15 anos, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)

Chegando perto do vulcão Popo, que solta funaça há 15 anos, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)


Itzaccíhuatl, Itzac “branca”, cíhuatl “mulher”, está conectado ao Popo pelo Paso de Cortéz e seu nome se refere ao formato da montanha, que lembra uma mulher deitada, coberta por um manto de neve. O Itza é formado por uma série de vulcões cônicos sobrepostos, apresentando vários picos. O mais alto deles é o peito da mulher deitada, “El Pecho” com 5.230m, seguido por “La Cabeza” e “Los Pies”. Os múltiplos vulcões estão extintos desde a última grande era glacial.

Izta, a mulher de branco deitada, vulcão próximo à Amecameca, na região central do México

Izta, a mulher de branco deitada, vulcão próximo à Amecameca, na região central do México


Reza a lenda que Itzaccíhuatl era uma linda princesa asteca apaixonada por Popo, o mais bravo guerreiro do seu reino. O imperador prometeu a mão de sua filha a Popocatepétl se ele retornasse da Guerra de Oaxaca com a batalha vencida e a cabeça de seu inimigo. Ainda durante a batalha, um dos guerreiros inimigos que tinha ódio a Popo, veio ao imperador e lhe disse que Popo havia morrido. Itza entrou em depressão, chorando incessantemente e sem se alimentar direito, desfaleceu de desgosto. No dia do seu enterro Popo retornou vitorioso da guerra e encontrou a sua amada morta. Furioso e desconsolado ele a levou para o alto de uma montanha e prometeu velar por seu sono eternamente. Os Deuses, emocionados por tamanho amor, os transformaram em montanhas, Itza, a mulher branca, deitada e velada pelo guerreiro Popo, que envia sinais de que está sempre desperto cuidando de sua amada. E o salafrário mentiroso que provocou tudo isso, o que aconteceu com ele? Onde está? Vocês devem estar se perguntando. Ele é o Pico de Orizaba, que pode ver à distância os dois amantes eternamente unidos pelos Deuses.

Quadro representando a lenda de criação dos vulcões Popo e Itza, um guerreiro e uma mulher deitada, em exposição no centro de visitantes do parque onde estão esses dois vulcões, perto de Amecameca, na região central do México

Quadro representando a lenda de criação dos vulcões Popo e Itza, um guerreiro e uma mulher deitada, em exposição no centro de visitantes do parque onde estão esses dois vulcões, perto de Amecameca, na região central do México


Achei linda essa história! A lenda tem algumas variações, mas esta foi a que mais se repetiu em nossas pesquisas. Algumas dizem que o “salafrário” seria o Nevado de Toluca, e que Popo lhe teria cortado a cabeça. É possível... Apenas os Deuses devem saber.

Do alto do Izta, a visão da maior montanha mexicana, o Pico Orizaba, na região central do país

Do alto do Izta, a visão da maior montanha mexicana, o Pico Orizaba, na região central do país


Popo e Itza passaram a fazer parte dos 1000dias, dentro do roteiro de aclimatação para a escalada que Gera e Rodrigo farão nos próximos dias ao ponto mais alto do país, o Pico de Orizaba (5.636m).

Aos pés do fumegante vulcão Popo, no dia da nossa subida ao Izta, perto de Amecameca, na região central do México

Aos pés do fumegante vulcão Popo, no dia da nossa subida ao Izta, perto de Amecameca, na região central do México


Localizados no Eixo Neovulcânico dentro do Parque Nacional Itzaccihuátl – Popocatepétl, a cidade mais próxima para explorar o parque é a pequena Amecameca, que está a pouco mais de 70km da capital mexicana. Vários ônibus conectam a Ciudad de Mexico a Amecameca do TAPO – Terminal de Autobuses de Pasajeros del Oriente, e de lá táxis podem te levar ao parque, ou ainda várias operadoras turísticas na Cidade do México organizam excursões guiadas.

Uma bela visão do Izta, a terceira mais alta montanha do país, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)

Uma bela visão do Izta, a terceira mais alta montanha do país, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)


O Gera e a Valéria, os novos passageiros da Fiona, a caminho do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México

O Gera e a Valéria, os novos passageiros da Fiona, a caminho do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México


O centro de visitantes antes servia como abrigo aos montanhistas que queriam ter uma primeira noite na altitude, já que ele está localizado próximo dos 3 mil metros. Hoje vimos que foi proibido o pernoite no salão, que além de uma bela vista do Popo, possui uma pequena exposição sobre o parque nacional e seus dois principais atrativos.

Subindo o vulcão Iztaccihuatl e com visão para o vulcão Popocatépetl, perto de Amecameca, na região central do México

Subindo o vulcão Iztaccihuatl e com visão para o vulcão Popocatépetl, perto de Amecameca, na região central do México


O mapa da trilha que sobe a mulher deitada, o vulcão Iztaccihuatl, perto de Amecameca, na região central do México

O mapa da trilha que sobe a mulher deitada, o vulcão Iztaccihuatl, perto de Amecameca, na região central do México


Deixamos o carro no estacionamento do La Joya, ponto onde iniciamos a caminhada nos arredores do Itzaccíhuatl. Antes, umas quesadillas de milho negro moído, que resulta em uma massa azulada, feita à mão, assadas na chapa do fogão a lenha e recheada com os mais diversos sabores, pelas tiazinhas que vivem ali na região. Uma delícia! Ali se reúnem todos os montanhistas antes da escalada, muitos mexicanos vindos de diferentes cantos do Estado do México, porque hoje é sábado.

Preparando quesadillas em um restaurante aos pés do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México

Preparando quesadillas em um restaurante aos pés do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México


Preparando quesadillas em um restaurante aos pés do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México

Preparando quesadillas em um restaurante aos pés do vulcão Izta, perto de Amecameca, na região central do México


Gera e Rodrigo aceleram para o seu treino e aclimatação e eu e a Val subimos bem tranquilas, mais falantes do que nunca, parando a cada passo para aproveitar a incrível paisagem e recuperar o fôlego da matraquisse aos 4 mil metros de altitude.

durante a subida do vulcão Izta, temos vistas magníficas do vulcão Popocatéptl, perto de Amecameca, na região central do México

durante a subida do vulcão Izta, temos vistas magníficas do vulcão Popocatéptl, perto de Amecameca, na região central do México


Descendo uma das encostas do Iztaccihuatl, perto de Amecameca, na região central do México

Descendo uma das encostas do Iztaccihuatl, perto de Amecameca, na região central do México


Assim que alcançamos o primeiro portal começamos a ter a presença contínua de um dos maiores personagens desta história, Popocatepétl, com seu formato cônico e caldeira fumegante, o vulcão mais clássico e perfeito que poderíamos imaginar. Passamos o Vale Feliz em direção ao segundo portal e depois de uma longa e íngreme subida temos a vista de boa parte da cordilheira do Itza, um lindo e profundo vale abaixo e o Popo do outro lado.

Subindo o vulcão Iztaccihuatl e com visão para o vulcão Popocatépetl, perto de Amecameca, na região central do México

Subindo o vulcão Iztaccihuatl e com visão para o vulcão Popocatépetl, perto de Amecameca, na região central do México


Encontramos uma bela pedra, plana e com vista para todos os lados, perfeita para descansarmos e deixarmos o tempo passar, enquanto Rodrigo e o Gera se embrenhavam montanha acima. Eles foram longe, o Ro chegou até o primeiro glaciar, o Glaciar de Ayoloco, no começo da Panza, a barriga da Julieta mexicana.

Para chegar ao cume do Izta, é preciso atravessar essa grande geleira (perto de Amecameca, na região central do México)

Para chegar ao cume do Izta, é preciso atravessar essa grande geleira (perto de Amecameca, na região central do México)


Dois alpinistas atravessam a geleira que dá acesso ao cume do Iztaccihuatl, vulcão próximo à Amecameca, na região central do México

Dois alpinistas atravessam a geleira que dá acesso ao cume do Iztaccihuatl, vulcão próximo à Amecameca, na região central do México


Cruzamos vários grupos subindo, famílias, escolares, locais e estrangeiros, todos equipados com seus piolets e crampons para os trechos de gelo, bem intencionados de chegar ao cume. Era difícil imaginar onde todos conseguiriam encontrar um lugar para acampar esta noite, mas animação não faltava.

O refúgio de alta altitude no vulcão Iztaccihuatl, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)

O refúgio de alta altitude no vulcão Iztaccihuatl, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)


Com o Gera no alto do vulcão Izta, com o Popo ao fundo, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)

Com o Gera no alto do vulcão Izta, com o Popo ao fundo, na região de Amecameca, no centro do México (foto de Geraldo Ozorio)


Retornamos já com a luz de final de tarde e logo fomos alcançadas pelos montanhistas, Rodrigo e Gera, que se sentiam bem preparados para os desafios que estavam por vir. Mais um lindo dia nas montanhas mexicanas, finalizando com chave de ouro a temporada de aclimatação e descobertas das belezas naturais no altiplano mexicano.

Nas encostas do Izta, com o Gera e a Val, com o Popo ao fundo, perto de Amecameca, na região central do México

Nas encostas do Izta, com o Gera e a Val, com o Popo ao fundo, perto de Amecameca, na região central do México


Uma belíssima lua cheia nasce perto de Amecameca, na região central do México

Uma belíssima lua cheia nasce perto de Amecameca, na região central do México


A noite de comemorações e breves despedidas foi em uma pequena lanchonete em Amecameca, com direito a Pozole, uma sopa de milho e vegetais, Panbazo, uma massa de pão frita e recheada com queijo, frango e nata e uns tacos enfrijollados dos mais tradiças impossíveis!

A Valéria se refstelando com comida típica mexicana na cidade de Amecameca, na região central do país

A Valéria se refstelando com comida típica mexicana na cidade de Amecameca, na região central do país


Amanhã o Rodrigo segue para Puebla, onde terá um último dia de descanso antes da ascensão do Orizaba. Enquanto isso eu, a Val e o Gera pegamos um ônibus para a Cidade do México. O Gera retorna a casa, rever a esposa Rosa antes da subida do Orizaba e nós seguiremos com as nossas explorações turísticas da região. Serão quase 3 dias de separação do casal que convive 24 horas por dia, 7 dias por semana, nos últimos 1000dias, a maior delas! Mas tenho certeza que iremos sobreviver.

O casal 1000dias com o vulcão Popocatépetl ao fundo, perto de Amecameca, na região central do México

O casal 1000dias com o vulcão Popocatépetl ao fundo, perto de Amecameca, na região central do México

México, Amecameca, Itzaccíhuatl, parque nacional, Popocatépetl, vulcão

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Lapinha à Beagá

Brasil, Minas Gerais, Lapinha, Belo Horizonte

Com o Ivan, nas pinturas rupestres da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Com o Ivan, nas pinturas rupestres da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Domingo. Primeiro dia após a Maratona da Serra do Cipó. Dia perfeito para descansarmos até mais tarde, dormirmos aproveitando a cama deliciosa da Pousada Travessia, onde ficamos hospedados na Lapinha. Que lugar gostoso... Hoje seria o dia de folga para estes dois folgados, no seu ponto de vista, mas cansados, exauridos no meu. Ainda assim, nada de folga, pois ontem não conseguimos terminar a maratona, ainda temos que ir até a represa, atravessá-la de canoa até as pinturas rupestres junto com o Ivan.

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Minha vontade era de dizer ao Rodrigo... “vá, vá você enquanto eu durmo.” Nos atrasamos um pouco, porém um personagem não me deixou ter coragem de desistir, o Ivan, o tão comentado canoeiro que faz este passeio. Eu precisava conhecê-lo, e não era à toa, personagem saído dos livros de Guimarães Rosa, Ivan nos vê e a primeira coisa que diz é: “não era as 8h?” e não nos agüentamos... ”Mas ontem era as 15h30, não era?” Sem nenhuma cerimônia nos cumprimentamos e seguimos viagem para a represa, já contando vários causos da região. Precisamos prestar atenção, pois além de falar muito rápido ele deve ter o inhangatú entranhado nas veias.

Preparada para cruzar a lagoa de canoa, com o Ivan, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Preparada para cruzar a lagoa de canoa, com o Ivan, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


No caminho ele vai nos contanto todos os causos, dos 8 “veados” e das 15 “sapatas” que ele teve que levar, os apertos que teve, em falar o que queria, e ouvir o que não queria. Sem pensar nas reais conseqüências. Ele fala que o povo mais velho não está acostumado com essas coisas de homem beijando homem, etc, mas é claro que este é uma atitude invasiva naquela pequena comunidade parada no tempo.

Patos selvages na lagoa da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Patos selvages na lagoa da Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


As pinturas rupestres são geniais, até ET o povo enxerga lá, a melhor é um veado fêmea que está prenha, era comum as manifestações em torno da fertilidade, acreditando que traria mais alimento e caça para a comunidade.

Pinturas rupestres de 7 mil anos, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG

Pinturas rupestres de 7 mil anos, na Lapinha, região da Serra do Cipó - MG


Voltamos à pousada e é hora de seguirmos viagem para Belo Horizonte. Não vejo a hora de encontrar um pouco de civilização, cidade grande, estrutura. Tirar os quilos de pó da Fiona, lavar roupa... Estamos precisados deste oposto. Só para vocês terem uma idéia, hoje a hora que tomei banho, não conseguia tirar um pontinho preto do meu dedo mindinho do pé... Adivinhem? Encontrei um jovem bicho de pé o perfurando faceiramente! ARGH! Eu nunca mais tinha visto esse negócio, desde criança, nem lembrava a cara dele... É, coisas que fazem parte dessa vida de ecoturismo e aventura.

Placa indicatica da Estrada Real, na Serra do Cipó - MG

Placa indicatica da Estrada Real, na Serra do Cipó - MG


A viagem foi ótima, chegamos à BH e logo nos acomodamos em um hotel na Savassi, bairro central, com tudo o que precisamos por perto. O assistente do hotel ficou horrorizado com a quantidade de poeira em tudo o que tirávamos do carro. Descarregamos o carro todo, pois amanhã a Fiona vai para sua revisão dos 10mil km. É, 10km, quase 150 dias! O tempo está voando! Daqui a pouco já estamos de volta.

Brasil, Minas Gerais, Lapinha, Belo Horizonte, Lapinha

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Praia cor-de-rosa

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island

Um dia na praia...

Um dia na praia...


A cor da areia é rosa, um rosa bebê bem clarinho. Isso devido às conchas que se esmigalham e viram grãos cor-de-rosas, ajudando a formar esta areia colorida. O mar é azul transparente, isso por que estamos no Caribe e toda a formação da ilha é calcária, o que ajuda a filtrar a água nos seus arrecifes e praias. Em toda a praia encontramos uma alga, verdinha que parece couve refogada, beeeem fininha. São tantas algas que varrê-las já faz parte da rotina diária dos hotéis na beira da praia, todas as manhãs. Enquanto andamos observando esta cena, percebo que a praia está repleta de águas-vivas, ou “portugueses” como aprendemos por aqui e continuo rindo sozinha do nome que resolveram dar a este bicho, afinal, por que esse nome engraçado? Depois de olhar com cuidado as “portugueses” na beira da praia foi que me dei conta, não sei como isso não me ocorreu antes! Essas águas-vivas, cheias de fios daqueles bem doloridos, são conhecidas no Brasil como caravelas! Caravelas = Portugueses! Viu só, tudo tem um por que! Hahahaha! Filosofias de uma brasileira nas Bahamas... Quem agüenta?

Felizes na praia - Harbour Island - Bahamas

Felizes na praia - Harbour Island - Bahamas


Depois de andar na praia, estudar o nosso computador de mergulho da Fun Dive e cansar de me esconder do vento enrolada na toalha, resolvemos voltar à pousada e sair para uma corridinha. Uma bela forma de conhecer a Ilha. Corremos pelas novas vizinhanças, ainda não exploradas e percebi que realmente eu não estava tão “out” quando falei dos podres de ricos. Corremos pela Bay Street até chegarmos a uma praia formada na maré baixa, uma espécie de mangue seco. Digo uma espécie, pois não consigo ter certeza se é mangue ou não, já que aqui mangue não faz lama, mesmo se fizesse a lama seria rosa, e também não tem cheiro ruim. Seguindo por esta praia passamos por várias casas onde só se pode chegar de barco. Todas elas com seus barcos e iates nos seus piers privados, mesmo que vazias. É... realmente é mais fácil viver se olhamos para baixo na pirâmide, por que se olhamos para cima vemos como ainda somos pobres!

Relaxando na praias de areias rosa

Relaxando na praias de areias rosa


Mais tarde vamos para a pousada do John, figuraça, (vocês acreditam que até no enterro do Bob Marley ele foi?) ver o sol se por na baía, escrevendo os nossos posts. Jantar na Marina Valentines onde vamos deixar uma camiseta do 1000dias fazendo parte da decoração do bar, amanhã colocarei uma foto para vocês verem. Vamos ver qual será a programação do dia. Tínhamos mergulhos agendados, mas a droga do vento nordeste (eu achei que era noroeste) estragou todos os pontos de mergulho de Eleuthera... Acho que teremos que nos contentar com os corais e a praia cor-de-rosa.

Pôr-do-sol na pousada em Harbour Island - Eleuthera - Bahamas

Pôr-do-sol na pousada em Harbour Island - Eleuthera - Bahamas

Bahamas, Eleuthera - Harbour Island, Caribe, ilha, Pink Sand Beach, Praia

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Memphis, King e o Blues!

Estados Unidos, Tennessee, Memphis

Museu Nacional dos Direitos Civis, em Memphis, no Tennessee - EUA

Museu Nacional dos Direitos Civis, em Memphis, no Tennessee - EUA


Saímos cedo de Fort Smith em direção à Memphis, nas margens do Rio Mississipi. A cidade foi fundada em 1819 e batizada em homenagem à Mênfis egípcia, que se localizava as margens do Rio Nilo. Cidade que estava no centro da comercial dos Estados Unidos, devido à sua localização estratégica entre o sul agrícola, sendo um dos maiores mercados de algodão, madeira e escravos dos Estados Unidos, fornecendo escravos para quase todos os estados do sul do país.

Chegando ao estado do Tennessee, perto de Memphis, nos Estados Unidos

Chegando ao estado do Tennessee, perto de Memphis, nos Estados Unidos


Toda essa riqueza trouxe consigo um grande investimento em cultura e educação entre 1910 e 1950 e não por acaso a cidade se tornou o berço para manifestações dos direitos civis dos negros e trabalhadores. Incrível relembrar que na década de 60, há apenas 50 anos atrás, existia uma imensa parte dos Estados Unidos que lutava pela segregação racial, da forma hipócrita, racista e preconceituosa que se pode imaginar.

Museu Nacional dos Direitos Civis, em Memphis, no Tennessee - EUA

Museu Nacional dos Direitos Civis, em Memphis, no Tennessee - EUA


Bancos dos ônibus e balcões de bares que não podiam ser divididos entre brancos e negros, se houvesse apenas um branco querendo se sentar, todos os negros deveriam levantar-se. O episódio de Rosa Parks em 1955 ficou conhecido, pois ela se negou a liberar uma fileira inteira no ônibus para apenas um homem branco. “Estou cansada de ser tratada como um ser inferior”, teria dito Rosa, que foi presa por desobediência. A partir daí Memphis, Atlanta e outras cidades americanas se tornaram palco para diversas manifestações pacíficas lideradas pelo Pastor e o mais jovem ganhador do Nobel da Paz, Martin Luther King.

Luther King em um de seus memoráveis discursos

Luther King em um de seus memoráveis discursos


King era seguidor das ideias de desobediência civil não violentas, iniciadas por Mahatma Gandhi. A organização da Conferência de Liderança Cristã do Sul (CLCS, ou em inglês, SCLC, Southern Christian Leadership Conference) da qual ele foi presidente, ganhou força e grande cobertura da mídia e obteve êxito na maioria de suas reivindicações.

Fomos prestar nossas homenagens a Martin Luther King em Memphis, no Tennessee - EUA

Fomos prestar nossas homenagens a Martin Luther King em Memphis, no Tennessee - EUA


King tinha apenas 38 anos quando foi assassinado com um tiro na cabeça, quando se preparava para um jantar na noite anterior à mais uma manifestação. O local foi o Motel Lorraine, que hoje se tornou o Museu Nacional de Direitos Civis, com uma bela explanação sobre a luta dos afro-americanos contra o racismo, discriminação e a favor da liberdade e igualdade de direitos.

Motel Lorraine, onde Martin Luther King foi assassinado, em Memphis, no Tennessee - EUA

Motel Lorraine, onde Martin Luther King foi assassinado, em Memphis, no Tennessee - EUA


O direito ao voto, o fim da segregação racial e das discriminações no trabalho foram algumas das vitórias obtidas. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei americana com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964), logo após a morte de King.

O famoso motel onde Luther King fo iassassinado. Hoje virou museu, em Memphis, no Tennessee - EUA

O famoso motel onde Luther King fo iassassinado. Hoje virou museu, em Memphis, no Tennessee - EUA


A visita ao museu vale muito à pena, desde do vídeo “A testemunha”, documentário gravado com os companheiros de King que estavam com ele no momento do seu assassinato, até as diversas salas recheadas de informações, vídeos e relatos das histórias vividas na época. O quarto onde King estava, assim como a sacada ainda estão lá, como homenagem póstuma e para que a sua vida não tenha sido levada em vão.

O espetacular pôr-do-sol em Memphis, no Tennessee - EUA

O espetacular pôr-do-sol em Memphis, no Tennessee - EUA


Encontramos um hotel no centro de Memphis e ainda com todas as histórias e discursos de Martin Luther King na cabeça saímos andando pela cidade. Vimos o sol se pôr no famoso Rio Mississipi e chegamos à Beale Street, local onde nasceu um dos mais aclamados gêneros musicais no mundo, o Blues.

Bonde passa pela charmosa Main Street, em Memphis, no Tennessee - EUA

Bonde passa pela charmosa Main Street, em Memphis, no Tennessee - EUA


O ritmo afro-americano surgiu dos cânticos religiosos cantados por escravos libertos que incluíam em suas letras palavras de protesto e contra a escravidão. O ritmo e teor melancólico do blues trazem consigo essa tristeza, sofrimento e as angústias desse povo. O blues não só influenciou outros estilos musicais como o Jazz e o R&B como foi base para a criação de novos estilos como o Rock and Roll.

Guitarras expostas em loja da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA

Guitarras expostas em loja da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA


Um dos jovens que andou aqui pela Beale Street e também recebeu esta influência foi ninguém menos que Elvis Presley! Percorrendo a cidade até a Main Street passamos pela estátua do Rei e a loja do alfaiate que fez seu primeiro figurino. Elvis dizia, “Hoje não posso te pagar, mas quando ficar rico comprarei todos os seus ternos!”, a parceria deu certo e os dois juntos lançaram e tendências da moda mundial.

A famosa estátua de Elvis Presley em Memphis, no Tennessee - EUA

A famosa estátua de Elvis Presley em Memphis, no Tennessee - EUA


Envolvidos neste clima vamos ao que interessa! Provamos as famosas Southern Pork Ribs no Irish Pub e saímos em busca do som que está sendo produzido hoje, aqui e agora pelos artistas e músicos em Memphis. Esses caras têm a grande oportunidade de beber na fonte onde nasceu o blues!

banda de blues em bar da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA

banda de blues em bar da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA


Ah, se as paredes falassem. Quantas histórias, quantos encontros, quanta música poderíamos escutar! Fechamos os olhos com uma Guiness na mão e deixamos nos levar em uma viagem musical no túnel do tempo, enquanto o blues rola solto aqui, na Beale Street.

Caminhando na noite agitada da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA

Caminhando na noite agitada da Beale Street, em Memphis, no Tennessee - EUA

Estados Unidos, Tennessee, Memphis, Blues, Martin Luther King, Música

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St. Augustine,The Ancient City

Estados Unidos, Flórida, Saint Augustine

A mais antiga escola dos Estados Unidos, em St Augustine, na Flórida

A mais antiga escola dos Estados Unidos, em St Augustine, na Flórida


Fundada em 1565, St. Augustine é a cidade mais antiga dos Estados Unidos. Imaginem vocês que essa cidadezinha de apenas 13 mil habitantes, possui o registro de nascimento do primeiro europeu e do primeiro negro em solo continental norte-americano!

Lendo placa informativa da mais antiga casa do país, em St Augustine, na Flórida - EUA

Lendo placa informativa da mais antiga casa do país, em St Augustine, na Flórida - EUA


Em 1513 a região conhecida hoje como “Flórida” foi declarada pelos exploradores espanhóis território da Coroa Espanhola. Quase 50 anos depois franceses iniciaram a ocupação, construindo na região dois fortes, um deles, o Fort Caroline, se tornou base para ataques piratas aos navios espanhóis que navegavam pelo Caribe. Assim para se proteger de ataques piratas os espanhóis finalmente resolveram fincar os pés na região e fundaram St. Augustine em 1565.

Rua de pedestres em St Augustine, na Flórida - EUA

Rua de pedestres em St Augustine, na Flórida - EUA


Em 1763, após quase dois séculos de ocupação espanhola o Tratado de Paris passou a Flórida para o controle britânico em troca de Havana, Cuba. Vinte anos mais tarde um novo Tratado de Paris devolveu a Flórida à Espanha, reconhecendo seus esforços no processo de independência das colônias americanas ao norte da Flórida. Em 1821 este território foi finalmente cedido aos Estados Unidos pela Espanha.

Entrada de galeria e museu em St Augustine, na Flórida - EUA

Entrada de galeria e museu em St Augustine, na Flórida - EUA


Cercada de por histórias de grandes piratas, batalhas e acordos entre franceses, espanhóis e ingleses, o pequeno município respira muita história e cultura. Tantas idas e vindas entre os povos colonialistas europeus tiveram um papel importante na sua rara composição arquitetônica. Bem preservada, St. Augustine é uma cidade colonial com características únicas, ruas aprazíveis, restaurantes deliciosos e uma atmosfera festiva.

O Forte de San Marcos, na cidade de St Augustine, na Flórida - EUA

O Forte de San Marcos, na cidade de St Augustine, na Flórida - EUA


Descoberta para o turismo há tempos pelos norte-americanos, já começou a receber visitantes também de outras partes do globo, fazendo do turismo uma das principais atividades econômicas da cidade. Um passeio pelo Castillo de San Marcos e arredores dá uma bela vista para a baía e uma boa noção da cidade.

O Forte de San Marcos, na cidade de St Augustine, na Flórida - EUA

O Forte de San Marcos, na cidade de St Augustine, na Flórida - EUA


A parada estratégica em um dos bares das ruas do centro histórico foi na Taberna del Gallo ou Tavern of the Rooster, com cerveja artesanal, guitarra espanhola ao vivo e um com jogo de dados dos tempos em que os marinheiros e piratas frequentavam o lugar.

Show de música em taverna de St Augustine, na Flórida - EUA

Show de música em taverna de St Augustine, na Flórida - EUA


Nos fundos um mercado temático reproduz cenas da antiga vila de St. Augustine, com ferreiro, chapeleiro, vendedores e até escribas caracterizados com os costumes da época.

Réplica do interior das antigas casas de St Augustine, na Flórida - EUA

Réplica do interior das antigas casas de St Augustine, na Flórida - EUA


Existem dezenas de Inns e Bed & Breakfasts charmosinhos no centro, os valores variam conforme a temporada e dias da semana. Nós ficamos hospedados no Pirate Haus Inn, um hostal no centro da cidade, mais roots, mas com um ótimo preço e a melhor localização. Seus donos são muito bem humorados e super solícitos para quaisquer dicas e informações sobre a cidade.

Cão espera pacientemente a dona na porta de loja, em St Augustine, na Flórida - EUA

Cão espera pacientemente a dona na porta de loja, em St Augustine, na Flórida - EUA


Opções de restaurantes também não faltam! Italiana, grega, americana e até brasileira! O restaurante brasileiro abriu há apenas um mês e já é um sucesso! O cardápio inclui comidinhas de boteco, pastéis, escondidinhos, coxinhas, até pratos como picanha na chapa e feijoada. Nós, há 10 meses fora do Brasil, aproveitamos para matar a saudades de casa!

Comendo uma legítima feijoada brasileira em St Augustine, na Flórida - EUA

Comendo uma legítima feijoada brasileira em St Augustine, na Flórida - EUA


Outra boa surpresa foi o encontro com Márcio e a Taciana, um casal de mineiros que se mudou para os EUA há 6 meses. O Márcio é amigo da época de escola do meu cunhado Pedro, irmão do Rodrigo. Eles moram em uma das praias ao norte de St. Augustine e adoram a região que está perto de Jacksonville, onde seus dois filhos estudam, e à beira da praia. Qualidade de vida e uma experiência internacional que deixará a família ainda mais unida.

Encontro com o Márcio e a Taciana em St Augustine, na Flórida - EUA

Encontro com o Márcio e a Taciana em St Augustine, na Flórida - EUA

Estados Unidos, Flórida, Saint Augustine, cidade histórica, cultura

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