1 Blog do Rodrigo - 1000 dias

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A Outra Bahamas

Bahamas, Paradise Island, New Providence - Nassau

Praia de Paradise Island - Nassau - Bahamas

Praia de Paradise Island - Nassau - Bahamas


Hoje, após marcarmos um mergulho com tubarões para amanhã (obaaaa!), outro mergulho para o dia seguinte, além de acertarmos nosso hotel até o dia de partirmos (dia 13), resolvermos ir para Paradise Island. Com esse nome bem sugestivo, essa ilha está bem na frente do centro de Nassau, a cerca de 1 km de distância. Ela corre paralela à costa, cumprida e estreita. Há duas pontes que a ligam a New Providence (nome da ilha onde está Nassau) e para chegar lá, ou se vai de táxi ou de barco. Nem nadando (apesar de ser tentador, com essa água maravilhosa) nem de jitney (vans de transporte popular) que não podem cruzar a ponte.

Nós fomos de barco, lotado de turistas branquelos recém chegados dos 5 enormes barcos-cruzeiro que aportaram hoje (todos os dias saem 4 ou 5 e chegam outros tantos). No curto caminho, um guia vai dando as coordenadas do local: casas do Mick Jagger, do Sean Connery e do Nicholas Cage (antiga casa do Charles Chaplin), informações variadas sobre as pontes, prédios principais da cidade, sobre o próprio porto (o mais bem preparado do Caribe para receber cruzeiros) e sobre a história do país. Filtrados o barulho do motor do barco e o engraçado sotaque dele, aprendemos bastante com o resto que conseguimos entender.

Após chegarmos à ilha, não demora muito para entendermos a razão do seu nome. No caminho para a praia, cruzamos uma marina arrumadíssima cheia de iates, pequenos shopping centers a céu aberto, tudo bem limpinho e reluzente, mansões e hotéis gigantescos, praças com a grama verdíssima e muito bem aparada, ruas com asfalto e calçadas impecáveis até que, através de um pequeno bosque de pinheiros podemos vislumbrar o mais inacreditável verde que os olhos possam ver. Ficamos ali, esfregando os olhos para ver se é mesmo verdade. E é! Se eu achava o mar das Keys, na Flórida, lindo, já não sei como descrever esse. Mas, certamente, está alguns níveis acima. E, além da cor da água, uma espécie de verde transparente fosforecente (dá para imaginar?), a areia da praia também é linda, branca e fofa. Paradise Island, quero ver quem vai argumentar...

Praia de Paradise Island - Nassau - Bahamas

Praia de Paradise Island - Nassau - Bahamas


Bom, um lugar maravilhoso desse, tão a mão dos turistas, tinha de estar lotado. Mas, lotado para padrões caribenhos. Continua bem mais vazio que as nossas praias brasileiras, sem dúvida. Estou falando da faixa de areia. Porque, se for falar da água, aí nunca vi coisa igual. São dezenas e dezenas de jet skies correndo para lá e para cá, num "frenezi" (como se escreve isso???) maluco. Não sei como não há trombadas. Os banhistas tem uma faixa de proteção sinalizada por boias. Há também barcos fazendo parasail ou puxando banana boats. Todo mundo se divertindo. Ao contrário dos lugares onde estivemos ontem, a grande maioria das pessoas bem branquinhas. Parece um outro país.

Resort Atlantis - Nassau

Resort Atlantis - Nassau


Após um belo banho de sol nesse movimentado paraíso, eu e a Ana fomos ao maior e mais famoso dos gigantescos resorts do ilha: o Atlantis. É uma mega-blaster-ultra-giga-power resort, o maior do Caribe, com dezenas de prédios, restaurantes, cassino e outras atrações. A mais interessante, um enorme aquário, ligado a uma laguna, cheio de tubarões, arraias e outros peixes. Podemos vê-los de cima, do lado e mesmo de baixo. É muito bem feito mesmo. Paredes inteiras do lobby do hotel são vidros desse enorme aquário. Coisa de filme. O cassino também é enorme e reluzente, cheio de velhinhos tentando a sorte grande. Tiramos algumas fotos e só. Realmente, não é o tipo de coisa que me atraia. Nem à Ana.

Aquário do Atlantis - Nassau

Aquário do Atlantis - Nassau


Almoçamos, pagamos 7 dólares por cerveja e pegamos o barco de volta à Bahamas de ontem. Quer dizer, nem tando. Caminhando para casa, do porto, passamos pelo Café Matisse e resolvemos entrar. Finíssimo, muito bem decorado e com um jardim muito agradável. Apesar da pouca fome, resolvemos experimentar. Ótima idéia: nos refestelamos com o couvert, um apettizer delicioso, um vinho (o primeiro da viagem!) francês muito bem escolhido pela Ana e uma sobremesa saborosa. Passamos muito bem! Nós e vários membros da elite dessa ilha, que são os frequentadores desse simpático café. O proprietário já morou no Brasil e fez festa para nós. Enquanto conversávamos, ele ía cumprimentando todos os que entravam, vários com aquela cara de ingleses quatrocentões, das famílias mais abastadas da ilha. Foi muito legal ter estado por lá e conhecer essa outra face de Bahamas.

Aquário do Atlantis - Nassau

Aquário do Atlantis - Nassau


E amanhã, vamos ver mais uma: embaixo d'água!

Bahamas, Paradise Island, New Providence - Nassau, Praia

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A Catedral de Mármore

Chile, Puerto Rio Tranquilo

Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Confesso que quando saímos de Curitiba, no início dos nossos 1000dias, eu nunca tinha ouvido falar das “Capillas de Marmol”, uma das mais belas e inusitadas atrações ao longo da Carretera Austral, no sul do Chile. Mas durante a nossa viagem continente afora, fomos conhecendo e conversando com muitos outros viajantes, vários deles já conhecedores do Chile. E na usual de informações entre expedicionários, vários deles citaram esse verdadeiro tesouro natural encravado nas águas do lago General Carrera, na patagônia chilena. Vimos as fotos do lugar e instantaneamente ele passou a fazer parte do nosso roteiro. Um dia, chegaríamos lá. E esse dia, finalmente, chegou!

Puerto Rio Tranquilo e o lago General Carrera, na Carretera Austral, sul do Chile

Puerto Rio Tranquilo e o lago General Carrera, na Carretera Austral, sul do Chile


O lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

O lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Do alto da encosta e já na sombra, a Catedral e a Capela de Mármore parecem pequenas na imensidão do lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Do alto da encosta e já na sombra, a Catedral e a Capela de Mármore parecem pequenas na imensidão do lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


As Capillas de Marmol são o fruto de milênios e milênios de erosão de uma rocha rica em carbonato de cálcio. Essa é uma substância muito comum em seres vivos, como em formação de corais ou cascas de ovos, e em minerais presentes em cavernas, como aragonita, calcita e travertinos. Por fim, o carbonato de cálcio é o principal constituinte da popular pedra de mármore, representando praticamente 90% do seu conteúdo. Com toda a paciência do mundo, as águas do lago General Carrera vêm erodindo as encostas rochosas ao redor do lago na região de Puerto Rio Tranquilo formando uma intricada rede de tuneis, cavernas, janelas e portas através das rochas de mármore. Duas dessas formações, que acabaram por se destacar da encosta e se transformaram em ilhas isoladas, são chamadas de Capillas de Marmol, por sua semelhança com templos cristãos. A maior dessas ilhas é a Catedral de Mármore e a menor, a Capela de Mármore.

A caminho das 'Capillas de Marmol', no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A caminho das "Capillas de Marmol", no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Visitando as 'Capillas de Marmol', no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Visitando as "Capillas de Marmol", no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Chegando á Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Chegando á Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


A visita a essas formações era o ponto alto da nossa programação de hoje. Nossa preocupação era apenas chegar a Puerto Rio Tranquilo em um horário em que ainda houvesse passeios de barco até as Capillas. Nessa época do ano, a luz do dia vai longe por aqui, mas não tínhamos certeza do horário das embarcações. Assim, quando o horário começou a chegar perto das 18:00 e a gente ainda na estrada, nossa apreensão foi aumentando. Finalmente, apequena cidade apareceu no nosso radar e a gente acelerando com a Fiona e cruzando os dedos. Agora, já até víamos a cidade lá embaixo, na orla do lago, mas o nosso GPS ainda estimava mais 20 minutos até lá. Foi quando uma placa apontava para uma pequena estrada lateral e propagandeava passeios até as Capillas de Marmol. Um pouco incrédulos, mas esperançosos, fomos ler com mais calma e a placa também avisava que atalho era apenas para carros grandes e tracionados. Opa! É nóis! E ali nos metemos com a Fiona, ladeira abaixo, até uma pequena fazenda na orla do lago.

Turistas observam a Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Turistas observam a Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


A Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Turistas observam a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Turistas observam a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


O proprietário estava fechando as portas, mas nos recebeu feliz, quem sabe uma última corrida no dia? Aquele local está muito mais perto das Capillas de Marmol do que a própria Puerto Rio Tranquilo, mais barato para ir e menos tempo para chegar lá. Como somos os últimos, ele faz um preço bem camarada, algo que só cobraria normalmente se o barco estivesse cheio, com cinco turistas. Mas éramos apenas nós e rapidamente já estávamos com nossos coletes a caminho da maravilha natural.

A formação rochosa conhecida como Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A formação rochosa conhecida como Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


A Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Iluminada pelo sol de fim de tarde, a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Iluminada pelo sol de fim de tarde, a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


De longe já percebemos bem os dois blocos de rocha, as pequenas ilhas, as famosas Capillas de Marmol. Suas próprias encostas são bem claras, rocha pura, enquanto o topo é tomado por vegetação. Um barco de turistas que passeia por ali nos dá a noção de seu real tamanho. A Catedral é mesmo bem maior do que a Capela.

O labirinto de túneis sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

O labirinto de túneis sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Um dos pilares da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Um dos pilares da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Quase flutuando sobre a água, a Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Quase flutuando sobre a água, a Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


É só quando nos aproximamos mais que percebemos que a base dessas ilhas, aquela que está em contato com a água e as pequenas ondas do lago, está completamente erodida, uma rede de túneis e cavernas lá embaixo. Com a base comida e desgastada, as ilhas tem a forma de grandes cogumelos sobre as águas azuis do General Carrera.

A Capela de Mármore, nolago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A Capela de Mármore, nolago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Esses túneis sob as ilhas são grandes o suficiente para que pequenos barcos passem por eles. Como disse, um outro barco, esse repleto de turistas, já explorava a área. Ele veio de Puerto Rio Tranquilo, da direção oposta a que viemos. Nosso simpático guia deixa que eles escolham uma das capillas para explorar para, então, nos levar a outra.

Filmando o interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Filmando o interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Visita á Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Visita á Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Visita á Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Visita á Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


É assim que começamos pela Capela de Mármore, a menor delas. Aí não há túneis, mas apenas portas e janelas naturais escavadas no mármore branco. Nosso barco entra cuidadosamente sob o cogumelo e aí sem temos a noção exata das cores envolvida na paisagem de outro mundo. O mármore branco e as manchas causadas por impurezas na rocha ficam quase azuis devido ao reflexo da água do lago. Essa é mesmo de uma cor azul bem forte, quase igual a cor do céu. Mas apenas aonde a luz do sol ainda bate com força. Nas partes em sombra, onde o fundo branco do mármore está raso, a cor da água fica esverdeada.

Visão do interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Visão do interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Visão do interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Visão do interior da Capela de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


O mais estreito pilar da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

O mais estreito pilar da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Extasiados com o que vemos, ficamos ali tirando fotos, nosso barqueiro tentando estabilizar o melhor possível nosso barco naquela pequena caverna. Ao mesmo tempo, através das janelas naturais, ele observa o outro barco com turistas. Quando eles terminam sua observação da Catedral e vem para a capela, é a nossa vez de seguir para a maior das formações.

Observando o interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Observando o interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Nosso guia manobra o barco no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Nosso guia manobra o barco no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


A Catedral sim é cheia de túneis, quase um labirinto de passagens, portas e janelas, tudo isso no mais puro mármore e sobre a mais azul das águas. Parece que estamos em um sonho. Não é fácil captar toda essa beleza com as fotos. É uma luz difícil, de um lado muito claro e de outro, muito escuro. Ana tenta, se esforça, mas este não é o melhor horário. Dizem que de manhã é melhor, a luz entrando nos túneis de forma mais enviesada.

A Ana fotografa as formações de mármore sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

A Ana fotografa as formações de mármore sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Portas, janelas e túneis no interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Enfim, a máquina pode não captar, mas nossos olhos e sentidos sim. Não é apenas a visão, mas também a audição que nos ajuda a dar o real sentido de onde estamos. O barulho da água batendo escorrendo sobre o mármore polido e o seu eco ressoando em cada uma das cavidades complementam nossa visão desse mundo azulado de túneis escavados na rocha branca.

Atravessando um túnel na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Atravessando um túnel na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Os muitos túneis da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Os muitos túneis da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Turistas atravessam um túnel na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Turistas atravessam um túnel na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


É até estranho quando deixamos os recintos limitados dos túneis sob o cogumelo e voltamos às águas abertas do lago, limitadas apenas pelo céu e pelo horizonte. Era o que acontecia quando transitávamos novamente entre a Capela e a Catedral, entre a Catedral e a Capela. E assim foram dois ou três ciclos de explorações e de fotos, um barco para lá e outro para cá, a gente bem feliz de estarmos sós no nosso enquanto os outros estavam repletos de gente.

Uma piscina interior na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Uma piscina interior na Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Interior da Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Outra vantagem de termos vindo da fazenda mais próxima é que, como leva menos tempo para chegarmos aqui, sobra muito mais tempo para explorarmos e desfrutarmos das Capillas. Para os que vêm da cidade, eles dão uma volta e logo retornam. Enquanto ficamos por aqui transitando entre a Capela e a Catedral, vários barcos de lá chegaram e se foram.

Turistas observam a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Turistas observam a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Nosso guia nos leva de volta após a visita às 'Capillas de Marmol', no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Nosso guia nos leva de volta após a visita às "Capillas de Marmol", no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile


Mas chegou também a nossa vez e partimos. Felizes por ter conhecido mais essa joia do nosso continente, mas já pensando em nosso próximo desafio: encontrar um lugar para dormirmos no Valle Exploradores, a oeste de Puerto Rio Tranquilo, entre geleiras gigantes, a meio caminho da famosa laguna San Rafael e bem longe da Carretera Austral.

Uma tentativa de foto subaquática sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Uma tentativa de foto subaquática sob a Catedral de Mármore, no lago General Carrera, região de Puerto Rio Tranquilo, na Carretera Austral, sul do Chile

Chile, Puerto Rio Tranquilo, Capillas de Marmol, Carretera Austral, General Carrera, Lago, Patagônia

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Receita de Jangadeiro

Brasil, Alagoas, Marechal Deodoro (Praia do Frances)

Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL

Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL


Há trinta anos, após passarmos alguns dias sem sair do Jatiuca e cercanias, meu pai alugou um chevete azul baleado para levar a família para passear na região de Maceió. A gerente do hotel nos indicou que fôssemos a uma praia maravilhosa, no sul, em estado semi-selvagem. Era a Praia do Frances.

Lá fomos a família toda. Realmente, não havia infra nenhuma na praia. O carro chegava praticamente na areia. Foi abrirmos as portas do carro apertado para o tamanho da família e corrermos para aquele praião maravilhoso, muito mais convidativa que a Praia do Jatiuca (que nos fazia preferir frequentar a piscina). Eu e meus irmãos vencemos rapidamente a larga faixa de areia e entramos em disparada pela água, em busca das ondas que estouravam mais ao fundo. Continuamos correndo e as primeiras ondas já tinham sido vencidas quando senti uma enorme dor no pé direito, como que um corte profundo. Que beleza! Tinha pisado no único ouriço naquela gigantesca praia de quilômetros de extensão. De certo, ele se soltou dos recifes e veio dar uma passeadinha em mar aberto. Foi como ganhar na loteria. Alguns ficam milionários e outros pisam em ouriços...

Saindo do mar na Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL

Saindo do mar na Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL


Saí manquitolante e choroso da água. Não custou muito para que a minha mãe percebesse o que tinha acontecido. Afinal, eram dezenas de espinhos no meu pé. E assim, minha temporada em Maceió tomou um rumo "diferente". Naquela mesma tarde, até meus irmãos, tomando sol na piscina, se compadeceram do pobre irmão mais novo que berrava lá do quarto. Minha mãe fazia uma tentativa de retirar os espinhos "à seco", mas meus gritos a demoveram da idéia após algumas tentativas. Para minha alegria e a do resto dos hóspedes do Jatiuca naquele verão de 81. De lá para o hospital e, com auxílio de uma anestesia local, os espinhos foram retirados.

Dois dias mais tarde, pé envolto em bandagens, acompanhei a família, de jangada, para as piscinas naturais de Maceió. Naquela época, não havia Maragogi nem Porto de Galinhas e as piscinas naturais de Maceió eram uma atração única! Não seria um pé enfaixado que me impediria de ir lá. O jangadeiro, ao ver o meu pé e saber da história, fez ar de reprovação...

Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL

Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL


Foi essa a história que preencheu a minha mente enquanto eu e a Ana passamos a manhã de hoje nesta praia maravilhosa e movimentada. Hoje há uma pequena cidade por lá. Mas basta caminhar um pouco que é possível fugir da multidão e da farofada. A praia continua linda, areias brancas e água verde. Um colírio para os olhos.

Ah, sim, de volta ao jangadeiro, trinta anos antes. Ele dividiu conosco a sabedoria de quem vive no mar e não tem medo de ouriços. Basta embeber um algodão em querozene e enrolá-lo no pé durante a noite. No dia seguinte, todos os espinhos terão saído. Se dor e sem intervenção cirúrgica. Vivendo e aprendendo...

Antigas memórias na Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL

Antigas memórias na Praia do Frances, em Marechal Deodoro - AL

Brasil, Alagoas, Marechal Deodoro (Praia do Frances),

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Temporada em Tulum

México, Tulum

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Voltamos à Tulum. Para uma longa temporada, dessa vez. Mas não estamos de “férias”, como foi em Isla Mujeres e Holbox. Não. Aqui viemos para “estudar”. Isso mesmo, viemos completar um curso que havíamos começado no Brasil, há mais de três anos: mergulho em cavernas. Esse curso é dado em três módulos e já havíamos feito os primeiros dois. O terceiro, deixamos para fazer aqui, terra das mais belas cavernas alagadas do mundo.

Rua praiana de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Rua praiana de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


A temporada está sendo de uma semana. Mas não ficamos apenas mergulhando nesse período. Sobrou um pouco de tempo também para as praias, para os bons restaurantes e para novas amizades também. Os posts sobre a nossa inesquecível experiência nos cenotes são os seguintes. Nesse, falo um pouco da nossa rotina fora das cavernas.

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Como expliquei da outra vez que estivemos em Tulum, a cidade é dividida em duas: a parte nova e chique fica na beira da praia, onde ficamos da outra vez; a cidade de verdade fica a três quilômetros do mar, ao lado da rodovia que liga Cancún à fronteira com Belize. É onde estão os hotéis mais em conta. Com uma temporada mais longa dessa vez, foi onde resolvemos ficar.

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Restaurante muito bem locaiizado em praia de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Foi ótimo! Vários restaurantes gostosos e com bons preços, muitos turistas que preferem não pagar o dobro para ficar perto da praia e a sensação de se estar em um lugar com vida própria. Tudo num raio de poucos quarteirões e ao alcance dos nossos pés.Nós acordávamos cedo e íamos para nossas aulas/mergulhos, cada dia em um cenote diferente da região. Voltávamos no meio da tarde e, se não estivéssemos muito cansados, ainda dávamos uma passadinha na praia. Só para esticar um pouco as pernas, sentir a terra firme e, claro, comer alguma coisa em frente ao mar.

Litoral de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Litoral de Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


O mar de Tulum é muito bonito, cor de esmeralda. Mas venta bastante e as águas são sempre agitadas. Um colírio para os olhos, mas está longe de ser uma banheira. Para isso, melhor ir para perto das ruínas, onde estivemos da outra vez. Na vila mesmo, mais pedras e mar agitado.

Fiona encontra uma parente em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Fiona encontra uma parente em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México


Ficamos hospedados no hotel Nadet, da Dona Erminia. Depois de 15 minutos, a Ana já estava amiga dela. Depois de uma semana, então, era como se fosse nossa casa. Enfim, foi uma ótima ideia ter ficado por lá, muito bem tratados, pertos de tudo e a oito minutos de carro das praias. Vamos ficar com saudades de nossos lanches no restaurante francês e de um apartamento que pudemos chamar de casa por mais de cinco dias, um recorde nesses últimos doze meses. Mas, o que vai deixar saudades mesmo são os mergulhos nas cavernas...

Despedida de nossa simpática pousada em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

Despedida de nossa simpática pousada em Tulum, na costa caribenha do Yucatán, no México

México, Tulum, Yucatán

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Brazilian Day!

Estados Unidos, Flórida, Cape Canaveral, Saint Augustine

Comendo uma legítima feijoada brasileira em St Augustine, na Flórida - EUA

Comendo uma legítima feijoada brasileira em St Augustine, na Flórida - EUA


Depois de passarmos duas semanas como os “únicos brasileiros do mundo”, na nossa viagem pela Islândia e Groelândia, hoje foi o dia de voltar à realidade. Começamos a manhã na casa do Marcelo e da Su, em Key Biscayne, no meio de três gerações de brasileiros. Mas isso foi só o começo...

No meio do caminho para Cabo Canaveral, precisamos parar num posto. Como meus cartões não funcionam na bomba, fui pagar no caixa da loja. Vi que ele ficou reparando no meu sotaque. Um minuto depois, veio conversar comigo ao lado da Fiona. Brasileiríssimo da Silva, super feliz de ver um conterrâneo com um carro nacional visitando o seu posto. Fez a maior festa!

Uma hora mais tarde, estávamos visitando o Kennedy Space Center. Nós e uma enorme excursão de brazucas, uniformizados a caráter, vindos diretamente de Orlando. Eram umas vinte pessoas, pelo menos.

Depois, já na estrada para St. Augustine, a mais de 120 km/h, o carro do nosso lado que nos ultrapassava abaixa a janela e uma bela moça começa a fazer festa do lado de lá. Abaixo a janela também e conversamos rapidamente, aos gritos, para superar o barulho do vento. Brasileira, surpresa e feliz de ver um carro brasileiro transitando nas estradas da Flórida. Já estava acessando o site pelo celular e até tirou uma foto para nos enviar.

Por fim, chegamos à St. Augustine e fomos logo procurar mais um brasileiro, amigo do meu irmão, que se mudou para lá recentemente. Não o achamos, pois só vai chegar amanhã. Em compensação, comemos num restaurante da terrinha, uma legítima feijoada para matar as saudades. O dono é italiano. Mas casado com uma brasileira, que é que faz as comidas. Quem nos serviu foi o genro, brasileiro também.

Pois é, ainda mais depois que o Obama facilitou os vistos, acho que a Flórida já pode ser considerada nosso 28º estado. Será que posso colocar nas estatísticas do site?

Estados Unidos, Flórida, Cape Canaveral, Saint Augustine,

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De Caiaque pelo Rio até o Mar

Brasil, Paraíba, Jacumã (Tambaba)

Chegando de caiaque no encontro do rio com o mar, na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Chegando de caiaque no encontro do rio com o mar, na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Depois da seção de "esportes radicais" pela manhã, resolvemos fazer algo mais light na nossa tarde. A nossa pousada disponibiliza caiaques para seus hóspedes. Como estamos ao lado do rio, fica bem prático!

De caiaque pelo rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

De caiaque pelo rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Lá fomos nós, rio abaixo, em direção ao mar. "Rio abaixo" é modo de falar já que a maré subia e, na prática, estávamos indo rio acima em direção ao mar. E com todo o cuidado para não molhar a máquina fotográfica. Não é uma distância longa e logo estávamos lá, visual lindo do encontro do rio com o mar, uma língua de areia separando os dois corpos d'água e várias crianças brincando por ali. Duas delas até se animaram e vieram andar com a gente.

Levando crianças para passear de caiaque no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Levando crianças para passear de caiaque no rio de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Encontro do rio com o mar na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Encontro do rio com o mar na praia de Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Depois, seguimos para o interior, explorando o mangue à nossa volta, até chegar numa ponte. O sol se pondo compos um belo fim de tarde aquático e esportivo! Explora daqui, explora dali, ilhas, pontes, pequenos lagos, temperatura agradabilíssima, tanto fora como dentro d'água e era tempo de voltar.

Atravessando sob a ponte do rio em Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB

Atravessando sob a ponte do rio em Tabatinga, em Jacumã, distrito de Conde - PB


Dia tranquilo, saudável e "natural". Amanhã ainda teremos tempo para uma caminhada na praia até Coqueirinhos e depois, pé na estrada até à vizinha "John People", como carinhosamente chamamos a capital paraibana. Já temos uma longa lista de coisas para acertar por lá...

Fim de tarde no rio de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB

Fim de tarde no rio de Tabatinga em Jacumã, distrito de Conde - PB

Brasil, Paraíba, Jacumã (Tambaba), caiaque, Conde, Praia, Tabatinga

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Nas Praias de Chiloé e o Famoso Curanto

Chile, Ancud

O cenário bucólico do noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

O cenário bucólico do noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Nos quadros de aviso do nosso hostel em Ancud, no norte da ilha de Chiloé, muita propaganda de dois dos mais concorridos passeios oferecidos pelas agências de turismo da cidade: pinguineras e avistamento de baleias azuis. Ambos são feitos na costa noroeste da ilha, não muito longe daqui, a menos de uma hora de distância do centro da cidade.

Fazenda em uma das baías no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Fazenda em uma das baías no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Ir ver pinguins realmente não estava no topo da nossa lista de prioridades. Depois de tantos encontros com essas simpáticas aves no sul da patagônia e também nas colônias gigantes da Geórgia do Sul, dificilmente algo nos surpreenderia nesse sentido. Em compensação, a chance de chegar perto, ver e fotografar baleias as azuis, isso sim nos deixou bastante animados.

Felicidade com o dia de sol em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Felicidade com o dia de sol em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Um belo dia de sol na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Um belo dia de sol na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


A costa de Chiloé é conhecida como o melhor lugar do hemisfério sul para se observar as baleias azuis, o maior animal que já existiu na face da terra. E janeiro é considerado alta temporada para elas. Essas eram as boas notícias. Mas Infelizmente, para nós, as más notícias sobrepujaram as boas. O passeio é bem caro, perto de 200 dólares por pessoa. Ainda são poucas as companhias a oferecer o passeio e as vagas são limitadas. Estava tudo reservado por um bom tempo. Finalmente, nos últimos dias não haviam tido sucesso em achar os animais. Tudo posto e colocado, acabamos decidindo pelo plano B.



E qual esse plano? Ora, se estamos de Fiona por aqui, para que agência de turismo? Porque não usar nossas próprias rodas para explorar a região? E assim foi, abordamos nosso querido carro e fomos explorar as estradas rurais que cortam o litoral noroeste de Chiloé, nos levam à praias desertas, mirantes de observação do mar, cruzam fazendas centenárias e, para finalizar, dão acesso aos melhores restaurantes de curanto da ilha. O que é curanto? É o principal prato da culinária chilota e todas as agências de turismo terminam seus passeios em um desses restaurantes. O nosso também poderia terminar assim!

Chegando à playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Chegando à playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Pássaros sobrevoam rochedo na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Pássaros sobrevoam rochedo na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Então, mapa na mão, GPS ligado e olhos atentos na paisagem, apenas o sentido definido, sem rotas pré-estabelecidas, lá fomos nós em direção a oeste. A vinte quilômetros de Ancud, já passamos pela simpática Quetalmahue, uma vilazinha de pescadores onde estão os restaurantes de curanto. Ou seja, o principal já estava garantido: já tínhamos localizado o local do nosso almoço. Mas antes disso, rumo às praias!

Caminhando na belíssima e deserta playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Caminhando na belíssima e deserta playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Testando as águas frias do Oceano Pacífico em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Testando as águas frias do Oceano Pacífico em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


O asfalto acabou e começamos a dirigir em estradas de terra. Muitas dessas estradas nem aparecem no nosso GPS, mas se elas existem, é porque devem levar a algum lugar. Com o nosso senso exploratório em alta, é para lá que seguiríamos. E a primeira praia não demorou a aparecer. Uma linda e reclusa baía que se vê de longe, já que chegamos pelo alto. É a praia de Guabun.

Algas se amontoam em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Algas se amontoam em playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Uma estranha alga nas areias de playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Uma estranha alga nas areias de playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


O estranho é que a estrada termina antes de chegarmos lá. Pelo menos, algo que possamos chamar de estrada. Adiante, trilhas na areia que a Fiona pode enfrentar, mas não carros normais de passeio. Enfim, a Fiona nos leva até lá, uma belíssima praia e inacreditavelmente deserta. Exceto pela grande quantidade de aves, claro. Já fazia muito tempo que a gente não via uma praia de verdade, com faixa de areia, ondas, morros delimitando seus contornos e, o melhor de tudo, um irretocável céu azul. Não é a toa que ficamos felicíssimos!

Estrada rural no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Estrada rural no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


O cenário bucólico do noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

O cenário bucólico do noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Aí passamos quase uma hora, caminhando até a ponta da praia, testando a temperatura gelada da água, observando as revoadas de pássaros, fotografando ou simplesmente curtindo o momento. Vimos também a enorme quantidade de algas que chegam até as areias. As algas são muito importantes na cultura chilota, servem de alimento e tempero em uma infinidade de pratos. Ao ver a quantidade delas na praia, não foi difícil entender o porquê!

Vacas pastam tranquilamente no belo cenário da Playa Mar Brava, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Vacas pastam tranquilamente no belo cenário da Playa Mar Brava, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Encontrando uma lhama na ilha de Chiloé, no sul do Chile

Encontrando uma lhama na ilha de Chiloé, no sul do Chile


De volta para o carro e mais explorações. De novo, fomos nos metendo em cada estradinha que víamos, agora tentando acompanhar a costa rumo ao sul. Queríamos chegar até a Playa Mar Brava, de onde saem os passeios para as pinguineras e para ver as baleias azuis. O caminho até lá, subindo e descendo encostas e colinas e atravessando a mais bucólica e rural das paisagens já foi uma atração em si. Felizes das vacas que pastam com um visual desses.

Praia de pedras no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Praia de pedras no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Mas não foi só vacas que vimos, não. Encontramos até uma fotogênica lhama! Pois é, o que estará fazendo esse animal andino por aqui? Pelo sorriso em seu rosto, acho que ela gosta mesmo mais do mar do que das montanhas, mais do calor do litoral do que do frio das alturas. Ficou posando para nós, quase nos perguntando o que achávamos do lugar em que morava. Pois é, difícil reclamar! Tranquilidade e beleza inspiradoras!

Admirando a bela e extensa Playa Mar Brava, na costa noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Admirando a bela e extensa Playa Mar Brava, na costa noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Um belo dia de sol na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Um belo dia de sol na playa Gabún, no noroeste da ilha de Chiloé, no sul do Chile


De praia em praia, de fazenda em fazenda, acabamos por chegar na região de Puñihuil, de onde saem os barcos e excursões para ver a vida animal. Do alto de uma encosta, uma espécie de mirante natural, passamos uns 10 minutos procurando as baleias azuis, mas elas realmente não estão por ali nesses dias. Fomos então caminhar um pouco na longuíssima Playa Mar Bravo, um último exercício para nos dar ainda mais fome para enfrentar o curanto.

Chegando a um famoso restaurante na pequena Quetalmahue, região de Ancud, norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Chegando a um famoso restaurante na pequena Quetalmahue, região de Ancud, norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Dito e feito, menos de uma hora mais tarde já estávamos chegando ao nosso restaurante escolhido, a sorte de chegar lá num horário entre excursões. A exceção foi um grupo de animados e gulosos alemães que já se fartavam com as especiarias chilotas. O curanto é uma espécie de síntese de todas elas, um prato que reúne todos os produtos da terra e do mar de Chiloé.

Preparação de Curanto em forno escavado no chão, num restaurante típico em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Preparação de Curanto em forno escavado no chão, num restaurante típico em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile


O “curanto em hoyo” tem origem indígena. Ele é assado em um buraco no chão com pedras quentes. Uma enorme quantidade de mariscos, abundantes em todo o litoral, é envolto em folhas de nalca, uma planta que se encontra por toda a ilha. Junto com os mariscos, alguns dos mais de 100 tipos de batatas que são cultivados em Chiloé. Por fim, como toque final, e assado conjuntamente, carne de frango e de porco, animais criados em todas as fazendas da ilha. Toda essa mistura fica enterrada no buraco por horas e o resultado são pratos gigantes e cheios de comida que desafiam a fome de qualquer camioneiro.

Um legítimo prato de Curanto, uma das especialidades de Chiloé, num restaurante em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Um legítimo prato de Curanto, uma das especialidades de Chiloé, num restaurante em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile


Mesmo para alguém que não é muito fã de mariscos, como eu, é difícil não se esbaldar com tanta fartura. Os mariscos são fresquíssimos e os especialistas nesse tipo de alimento concordam que dificilmente se encontrará, no mundo, mariscos melhores que os daqui. Com a mão na massa (mariscos se comem com a mão!) e cerveja para ajudar a lubrificar a garganta, aí passamos uma hora de banquete. Mais do que pinguins e baleias azuis, curanto é a cara de Chiloé e esse não poderíamos deixar para trás! Missão dada, missão cumprida!

Um legítimo prato de Curanto, uma das especialidades de Chiloé, num restaurante em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Um legítimo prato de Curanto, uma das especialidades de Chiloé, num restaurante em Quetalmahue, perto de Ancud, no norte da ilha de Chiloé, no sul do Chile

Chile, Ancud, Chiloé, comida, Curanto, Guabun, Playa Mar Brava, Praia, Quetalmahue

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Temos Visto!

Guiana Francesa, Cayenne

O visto do Suriname, obtido em Cayenne - Guiana Francesa

O visto do Suriname, obtido em Cayenne - Guiana Francesa


Um pouco depois das sete da manhã a Ana já estava na porta do consulado do Suriname, que fica bem perto do nosso hotel, o Best Western Amazonia. Ela foi a terceira à chegar e logo ficou bem amiga do segundo, um alemão que viaja seis meses por ano com um budget de 15 dólares por dia.

Colhereiros e garças aproveitam a maré baixa em Cayenne para se alimentar na lama deixada para trás pelo mar, na Guiana Francesa

Colhereiros e garças aproveitam a maré baixa em Cayenne para se alimentar na lama deixada para trás pelo mar, na Guiana Francesa


Eu cheguei um pouco depois e logo fui procurar um lugar para a foto. Abria às oito, enquanto o consulado abria às nove. Então, fiquei guardando o lugar da Ana enquanto ela foi tirar a foto. Finalmente, tínhamos toda a documentação necessária. O problema agora era o visto demorar dois dias úteis para ficar pronto (sexta) e o fato de não termos passagem de avião para sair do Suriname, já que estamos de carro. Aliás, nem documentação do carro temos, só a brasileira, já que para entrar na Guiana Francesa não nos deram nada de documento pelo carro.

Garça se alimenta durante a maré baixa em Cayenne - Guiana Francesa

Garça se alimenta durante a maré baixa em Cayenne - Guiana Francesa


Tiramos aí o último ás da manga. Eu fui conversar com uma pessoa bem relacionada que havia nos sido indicada ontem. Ele foi super atencioso e conseguiu me colocar em contato com alguém do consulado, enquanto a Ana ainda estava na fila. Enfim, tudo se deu às mil maravilhas, documentos, formulários e foto entregues, taxa paga e conseguimos um visto de múltiplas entradas e em tempo hábil!

Baía em Cayenne, na maré baixa (Guiana Francesa)

Baía em Cayenne, na maré baixa (Guiana Francesa)


Ou seja, manhâ "ganha" no consulado, pudemos relaxar e passear por Cayenne. Fomos ao antigo porto da cidade onde, hora da maré baixa, garças e colhereiros faziam a festa na nutritiva lama deixada para trás pelo mar.

Passeando no porto velho de Cayenne - Guiana Francesa

Passeando no porto velho de Cayenne - Guiana Francesa


Na volta, sempre caminhando, passamos por um lado que ainda não tínhams andado, a Place du Coq. Pelas ruas, se ouve muito português. Acho que brasileiros e chineses disputam o título de maior comunidade estrangeira. Mas o comércio, sem dúvida, é dominado pelos orientais.

Place du Coq, em Cayenne - Guiana Francesa

Place du Coq, em Cayenne - Guiana Francesa


De noite, tiramos a Fiona da garagem pela primeira vez. Fomos até o subúrbio de Montjoly encontrar a Elza, uma das francesas que conhecemos em Algodoal. Jantamos numa pizzaria gostosa por ali mesmo, conversando e aprendendo sobre o país e seus costumes, principalmente o carnaval. A Elza é uma entusiasta da capoeira e se mudou para a Guiana há pouco tempo. Ela nos contou de uma festa que tem aqui todos os anos, no carnaval, onde as mulheres se fantasiam até ficarem irreconhecíveis, enquanto os homens não se fantasiam. Elas também disfarçam a sua voz de modo que mesmo seus amigos e namorados não às reconhecem. Deste modo, elas sabem sempre quem são os homes, mas estes não sabem com quem estão falando, dançando, bebendo, etc... Ela disse que muita gente desconfia que essa festa foi feita para que as mulheres possam ficar com outros homens, sem serem reconhecidas. Hmmm... espertinhas!

Com a Elza e sua super vespa, depois do jantar em Montjoly, região de Cayenne - Guiana Francesa

Com a Elza e sua super vespa, depois do jantar em Montjoly, região de Cayenne - Guiana Francesa


Amanhã, vamos a Korou, ao centro espacial. Mas voltamos para dormir em Cayenne, já que todos os hoteis por lá estavam lotados. Depois de amanhã, Île de Salut, perto de Korou também. Mas nesse dia poderemos dormir por lá. Rumo ao oeste!

Guiana Francesa, Cayenne,

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Caminhada Solo

Venezuela, Mérida VEN

A bela paisagem do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

A bela paisagem do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Desde que subimos, em apenas um dia, do Caribe para as altitudes andinas, que a Ana não vinha se sentindo bem. Vir tão rápido de zero para quatro mil metros, aparentemente, não foi bem assimilado pelo corpo dela. Cansada, dor de cabeça, sem muito ânimo para esforços maiores.

A belíssima Laguna Macubaji, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

A belíssima Laguna Macubaji, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Por isso, e também pelo nosso calendário eternamente apertado, acabamos desistindo de fazer o trekking até o alto do Pico Humboldt ou do Bolívar. Muita energia e dias que não tínhamos. Então, decidimos seguir viagem, agora rumo aos llanos venezuelanos, a confortáveis 150 metros de altitude.


Saindo de Mérida (A), subindo até os 3.700 metros do Parque da Laguna Negra (B) e descendo para Barinas (C), já no nosso caminho para Los Llanos, versão venezuelana do nosso Pantanal

Mas, para isso, antes de descer, teríamos de subir novamente. Mérida, no fundo de um vale nos Andes, está a 1.600 metros de altitude. As planícies alagadas dos llanos estão do outro lado da cordilheira e, para chegarmos até lá, teríamos de cruzar as montanhas novamente.

A belíssima Laguna Macubaji, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

A belíssima Laguna Macubaji, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Então, pé na tábua, a Fiona nos levou com toda a paciência do mundo até Apartaderos, aquela pequena cidade da nossa amiga galega dona da fábrica de embutidos, pouco acima dos 3 mil metros. Uma pouco mais alto que isso sai uma estrada que desce para o outro lado dos Andes, para Barinas, e de lá para os llanos.

Trilha no Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

Trilha no Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Logo no início dessa estrada está um pequeno Parque Nacional, criado para proteger a magnífica paisagem ao redor da Laguna Negra. É quase uma continuação do muito mais famoso Parque da Sierra Nevada, onde estão os picos Bolívar e Humboldt. Aí, não resistimos e entramos, pelo menos para um rápido passeio.

Aproximando-se das montanahs e cachoeiras do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

Aproximando-se das montanahs e cachoeiras do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


A combalida Ana ficou no carro mesmo, descansando. Eu, representando a expedição 1000dias, fui fazer uma trilha rápida de poucos quilômetros até um rio encachoeirado que descia das montanhas do parque. Uma paisagem magnífica para onde quer que se olhe: lagos, montanhas, cachoeiras e rios gelados e uma vastidão sem fim. Tudo coberto por aquela vegetação típica de altitude, exceto por pequenos bolsos de floresta, os bosques mais altos do mundo! Apesar da altitude de quatro mil metros, a proximidade do equador favorece o clima e permitem que as árvores cresçam mais altas que em qualquer outro lugar.

Vegetação típica de altitude no Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

Vegetação típica de altitude no Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Outra coisa especial do parque é que logo abaixo dele passa uma importante falha geológica. Do ponto mais alto até onde caminhei, pode-se ver bem a falha no terreno que marca essa fissura. De um lado, a placa do Caribe, do outo, a da América do Sul. Aqui, na junção das duas, uma entrando abaixo da outra, o solo se ergue a 4 mil metros! Muito estranho pensar que o Caribe começa ali, naquela altitude...

Uma das cachoeiras de águas geladas do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

Uma das cachoeiras de águas geladas do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos


Enfim, depois da rápida caminhada, sem coragem para banho na cachoeira e morrendo de vontade de percorrer as outras poucas dezenas de quilômetros de trilhas dentro do parque, voltei para o carro onde a Ana ainda descansava. Despedimo-nos das belezas dos Andes e rumamos para baixo. Na verdade, a despedida foi só um “até logo!”, pois ainda vamos nos encontrar mais para baixo no continente. Mas, por hora, chega de montanhas e vamos às planícies! Dormimos em Barinas e amanhã, mais um ecossistema desse verdadeiro caleidoscópio de mundos diversos que é a Venezuela. Fascinante!

A bela paisagem do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

A bela paisagem do Parque Nacional Laguna Negra, perto de Apartaderos, na região de Mérida, nos Andes venezuelanos

Venezuela, Mérida VEN, Andes, Parque, trilha

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Um Vulcão Depois do Café

San Eustatius, Oranjestad_SE, The Quill

Indicações na trilha para o The Quill, em Statia - Caribe

Indicações na trilha para o The Quill, em Statia - Caribe


Tem lugar onde a gente toma um café e depois vai caminhar na praça. Em outros, damos um pulo na praia. Coisa normal, do cotidiano. Praças, praias e, por aqui, vulcões, coisas do dia a dia, todo mundo acostumado...

Início da trilha para a subida do The Quill, em Statia - Caribe

Início da trilha para a subida do The Quill, em Statia - Caribe


Aqui no Caribe, principalmente nesta região, as ilhas são todas de origem vulcânica e o progenitor, em muitos casos, ainda está lá, cheio de saúde, meio dorminhoco. Ninguém se assusta. Assim era em Montserrat, uma pequena e pacata ilha muito parecida com essas que temos visitado (ainda vamos lá, numa outra temporada caribenha dentro desses 1000dias!). Por gerações e gerações o vulcão era só parte da paisagem, um ponto de referência. Até que, um belo dia, no final da década de 90, acordou e mudou para sempre a vida de todos. Acabou com a capital da ilha, expulsou quase toda a população do país e voltou a dormir. Simples assim. De nada adiantou toda a tecnologia do séc. XX, cientistas do mundo inteiro, canais de TV, etc... Numa hora dessa, voltamos a ser o que sempre fomos perto das grandes forças: formiguinhas indefesas.

A floresta no fundo da cratera do The Quill, em Statia - Caribe

A floresta no fundo da cratera do The Quill, em Statia - Caribe


Bom, aqui em Statia, felizmente, o The Quill anda dormindo profundamente nos últimos quinze séculos. O bastante para uma densa floresta se desenvolver nas encostas da montanha e, principalmente, no fundo da cratera. Ali, um microclima particular se encarrega de criar muita umidade, quase 3 mil mm de chuva por ano que, aliado à terra fértil, sustenta árvores grandes e pesadas. Do lado de fora, faz tempo que o homem branco devastou a floresta e agora ela cresce novamente, de pouquinho em pouquinho.

Cratera do The Quill, em Statia - Caribe

Cratera do The Quill, em Statia - Caribe


Pois então, eu e a Ana tomamos calmamente nosso café e seguimos em direção ao The Quill, palavra que vem do holandês e significa algo como "pinico". Uma longa rua asfaltada segue diretamente para as encostas do vulcão e nos leva para o início da trilha. Esta nos leva gentilmente através da mata renovada da montanha, ganhando altitude aos poucos. No caminho, pequenas lagartixas e o carangueijo ermitão, uma espécie engraçada que carrega sua casa nas costas. Quando ele se sente ameaçado, se espreme nela e vira uma bola. Os menores, parecem uma bola de pinqueponque. Os maiores, de tênis. Neste formato, simplesmente rolam montanha abaixo, tentando escapar. Muito engraçados!

Equilibrando-se sobre a cratera do The Quill, duzentos metros abaixo de nós! (em Statia - Caribe)

Equilibrando-se sobre a cratera do The Quill, duzentos metros abaixo de nós! (em Statia - Caribe)


Sempre na sombra, seguimos até a parte mais baixa da crista do vulcão, a uns 430 metros de altura. Aí, a primeira vista da grandiosa caldeira. Como já disse antes, não é uma caldeira vermelha, de fogo, mas verde, de mata. O cenário deveria ser bem diferente há dois mil anos!

No alto do The Quill vive um galo! (em Statia - Caribe)

No alto do The Quill vive um galo! (em Statia - Caribe)


Além da beleza do cenário, algo mais nos chamou a atenção! O guardião da cratera nos esperava: um orgulhoso e vistoso galo de penas vermelhas. Não sei se ficou ali esperando alguma comida ou apenas nos vigiando, mas não parou de nos observar, desfilando suas belas penas entre nós. Sujeito engraçado!

Uma das dezenas de cobras que vimos na caminhada ao The Quill, em Statia - Caribe

Uma das dezenas de cobras que vimos na caminhada ao The Quill, em Statia - Caribe


Deste ponto saem três trilhas: a primeira, mais curtinha, para um mirante; a segunda para o fundo da cratera; e a terceira para o ponto mais alto da crista, chamado Mazinga, com exatos 600 metros de altura. Por esta última seguimos, ávidos por chegar ao ponto mais alto da ilha. Mas o nosso ritmo teve de diminuir bastante. Primeiro porque a trilha ficou bem mais rústica, serpenteando entre pedras e árvores na estreita crista. Mas principalmente pela enorme quantidade de cobras malhadas, com pouco mais de um metro de comprimento, não venenosas. A Ana foi se apavorando com elas quase tanto quanto elas conosco. Devemos ter visto umas cinquenta. Ao final, para mim, já eram como minhocas. Mas não para a Ana, que não conseguia se acostumar. Enfim...

A neblina encobre a Ana, na encosta do cume falso do The Quill, em Statia - Caribe

A neblina encobre a Ana, na encosta do cume falso do The Quill, em Statia - Caribe


Pouco antes de chegar, o tempo fechou, muita neblina. Chegamos ao ponto onde havia a placa do tal de Mazinga e verificamos que se podia subir mais. A trilha ficou mais rústica ainda. Mas, na crista estreita, não tem como errar. Abrindo caminho nas folhagens, chegamos ao que parecia ser o pico, uma grande pedra se destacando do resto. Mas, eis que a neblina abriu um pouco e verifiquei que ainda havia outro ponto mais alto, um cocurucho à frente. A Ana resolveu ficar e eu segui, questão de orgulho. Dez minutos mais tarde, chegava aos 600 metros de altura. Junto comigo chegou uma mensasem de celular do primo Haroldo, que viaja pela região de Chamonix, na França. Naquele mesmo momento, estava a 3.600 metros de altura, dizia a mensagem. Isso é que é coincidência!!!

Incrível figueira na cratera do The Quill, em Statia - Caribe

Incrível figueira na cratera do The Quill, em Statia - Caribe


Voltei para a Ana, enfrentamos as cobras novamente e voltamos ao ponto inicial, agora para descer para a cratera. Fica a 280 metros de altura e tem árvores gigantes, verdadeiras maravilhas da natureza, dignas de contemplação e adoração! Árvores que já existiam quando escravos fugidos das plantations usavam a cratera como esconderijo. Aliás, que dureza ser escravo numa ilha pequena... Fugir para onde???

Belo fim de tarde em Oranjestad, em Statia - Caribe

Belo fim de tarde em Oranjestad, em Statia - Caribe


Voltamos para a crista e de lá para a cidade, em tempo para admirar o belo fim de tarde. E com muita fome! Afinal, um passeio pelo vulcão pede um bom jantar, não? Amanhã, despedida do mar, da ilha e de volta a Siint Maarten. Nossa temporada caribenha se aproxima do fim. Chega de sol, praias e... vulcões.

O orgulhoso guardião do The Quill, em Statia - Caribe

O orgulhoso guardião do The Quill, em Statia - Caribe

San Eustatius, Oranjestad_SE, The Quill, Mazinga, Parque, Sint Eustatius, trilha

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