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Entre Águias, Geleiras e Totens - Blog do Rodrigo - 1000 dias

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Entre Águias, Geleiras e Totens

Alaska, Haines

Uma Bald Eagle voa sobre nossas cabeças, em Haines, no sudeste do Alaska

Uma Bald Eagle voa sobre nossas cabeças, em Haines, no sudeste do Alaska


Ainda no dia de ontem, no escritório de turismo da cidade, verificamos todas as possibilidades de programas aqui em Haines. É uma região belíssima, cheia de montanhas, geleiras, lagos, florestas, baías e fiordes. Não é a toa que são várias trilhas marcadas para trekking e, para quem gosta de caiaque, muitas opções de “remadas”. Mas o principal atrativo para os turistas que chegam nessa época é a pesca de salmão. Vários dos lodges e campings estão ao lado de rios por onde sobe este saboroso peixe em direção ao mesmo local onde nasceu. Voltam para lá para procriar e, depois de tanto esforço, morrer. Pelo menos os que passaram pelas barreiras de águias, ursos e pescadores que os esperam em cada temporada.

Encontro com as incríveis Bald Eagles,pássaro-símbolo dos EUA,  em Haines, no sudeste do Alaska

Encontro com as incríveis Bald Eagles,pássaro-símbolo dos EUA, em Haines, no sudeste do Alaska


Falando nesses animais, esse é outro dos grandes atrativos de Haines: a possibilidade de ver de perto o animal-símbolo da nação americana, a Bald Eagle, além d os ursos grizzlies em ação, tão felizes com seus salmões que praticamente não representam perigo aos humanos que vem para fotografá-los.

Encontro com as incríveis Bald Eagles,pássaro-símbolo dos EUA,  em Haines, no sudeste do Alaska

Encontro com as incríveis Bald Eagles,pássaro-símbolo dos EUA, em Haines, no sudeste do Alaska


Por fim, a última grande atração é cultural. Toda a costa norte do Pacífico aqui na América do Norte é famosa pelos enormes totens de madeira representado espíritos, animais e antepassados do povo que por aqui viveu (e ainda vive!) por mais de 100 gerações. Haines é mais uma das cidades onde podemos observar e admirar essas belas esculturas e trabalhos de arte, tão representativos dessa cultura indígena.

Uma Bald Eagle voa sobre nossas cabeças, em Haines, no sudeste do Alaska

Uma Bald Eagle voa sobre nossas cabeças, em Haines, no sudeste do Alaska


Bom, diante de tantas possibilidades, pode até parecer difícil escolher o que fazer ou ver. Mas, conciliando o tempo chuvoso e os nossos interesses, não foi não. A chuva afastou a possibilidade de trekkings e saídas em caiaque. Nós não gostamos de pescar e, já tão tarde no ano, não há mais tours que nos levassem a lugares mais remotos. Então, resolvemos nos concentrar nos animais, aprender um pouco sobre os totens e, no intervalo, dar uma olhada nas geleiras.

Enorme geleira na região de Haines, no sudeste do Alaska

Enorme geleira na região de Haines, no sudeste do Alaska


Para ver os ursos, o melhor horário é o fim de tarde. Felizmente, ainda tínhamos dois finais de tarde por aqui, o último deles justamente um pouco antes do ferry sair. Vimos vários deles, bem de perto e esse foi, sem dúvida, o ponto alto da nossa passagem por Haines. Conto sobre isso no próximo post.

Enorme cachoeira nasce aos pés de geleira na região de Haines, no sudeste do Alaska

Enorme cachoeira nasce aos pés de geleira na região de Haines, no sudeste do Alaska


Começamos nosso dia indo com a Fiona por uma estrada que nos leva a um mirante de uma belíssima geleira. Mas antes de chegar lá, passamos numa das áreas de onde pode se observar as águias. Que aves magníficas! Ficam ao lado dos rios, sempre de olho numa refeição fácil, par si e seus filhotes. Dessa vez, tínhamos a máquina fotográfica e mãos e pudemos, além de admirá-las, registrá-las também. Sinceramente, não sabia que eram tão majestosas. A cada movimento, a cada olhar, um sinal de realeza e dignidade. Mesmo quando cantam, inspiram respeito.

Visita à bela Mud Bay, com suas enormes geleiras, em Haines, no sudeste do Alaska

Visita à bela Mud Bay, com suas enormes geleiras, em Haines, no sudeste do Alaska


Por incrível que pareça, mesmo esse lindo animal quase foi extinto pelo homem. Sua caça movimentava muita gente e elas eram consideradas verdadeiros troféus. Foi uma enorme batalha para, finalmente, estabelecer uma reserva de proteção. Hoje, felizmente, o número delas aumentou bastante e por aqui podemos vê-las às dezenas. Também há outras aves, como gaivotas, grandes corvos e gaviões, mas é a Bald Eagle aquela que atrai nossos olhos instantaneamente.

A paisagem grandiosa de Mud Bay, fiorde em Haines, no sudeste do Alaska

A paisagem grandiosa de Mud Bay, fiorde em Haines, no sudeste do Alaska


Depois da águia, chegamos à Mud Bay, local de onde se pode ver, ao longe, enormes geleiras feitas de gelo azul. Não é “meio” azul não, é azul de verdade! As geleiras nascem num gigantesco campo de gelo por detrás das montanhas e, após anos de acumulação de neve, transformam-se em verdadeiros rios de gelo que escorrem lentamente por entre os picos, criando e moldando seus próprios vales. Aqui no Alaska, várias delas chegam até o mar, como as que vimos na Groelândia. Mas esse não é o caso dessas geleiras que vimos hoje, com exceção de uma, que quase chegava à baía. Ficam mais ao alto, penduradas em encostas, altas e altivas. Sob uma delas, uma enorme cachoeira escorria pelas pedras. Uma paisagem tão grandiosa, tão perfeita, que mais parecia um cenário criado para cinema, um grande outdoor pintado à mão. Mesmo com o tempo nublado, o azul do gelo e da água do fiorde logo abaixo chamava a atenção. Na verdade, nem senti falta do sol, pois a minha sensação era de pensar: “Nossa... é tão perfeito que, se melhorar, estraga!”.

Totens indígenas, tradição nessa parte do Alaska (em Haines, no sudeste do estado)

Totens indígenas, tradição nessa parte do Alaska (em Haines, no sudeste do estado)


Ficamos por ali algum tempo, apenas nós dois em meio àquela paisagem cinematográfica. Finalmente, chegou mais uma pessoa para admirar tudo aquilo e nós aproveitamos a chance para voltar à cidade. Nosso objetivo agora era, depois de um farto almoço, seguir para o centro cultural da cidade. Aliás, aqui vale um parêntesis. No restaurante vimos fotos de mais uma das (literalmente!) enormes atrações de Haines: baleias! Infelizmente, essa não é a época delas (não se pode ter tudo!), mas quando é, nadam aqui no quintal da cidade, na baía bem em frente ao restaurante. As fotos das humpbacks (jubartes) saltando quase inteiras para fora d’água ou então, cerca de dez delas reunidas, boa parte da cabeça fora do mar, são absolutamente incríveis e emocionantes. Nunca tinha visto fotos tão boas de baleias assim. Disseram-nos que poderemos ver algumas delas no nosso caminho de ferry. Mas para tirar fotos como as que vimos, aí tem de voltar na temporada...

Ferramentas para trabalhar em madeira, em Centro Cultural em Haines, no sudeste do Alaska

Ferramentas para trabalhar em madeira, em Centro Cultural em Haines, no sudeste do Alaska


Totens sendo esculpidos em Haines, no sudeste do Alaska

Totens sendo esculpidos em Haines, no sudeste do Alaska


Baleias, assim como águias e ursos, são alguns dos motivos que os índigenas usam nos seus totens milenares, Quer dizer, milenar é a cultura de fazer os totens. Eles próprios, duram poucas centenas de anos, pois a madeira acaba por apodrecer e os tens caem na terra. Esse é um dos aspectos que aprendemos por aqui. Para eles, não há sentido em lutar contra os efeitos do tempo. Ao contrário, quando um totem que “voltar à natureza”, é porque está na hora disso acontecer.

Grande painel com motivos indígenas em Haines, no sudeste do Alaska

Grande painel com motivos indígenas em Haines, no sudeste do Alaska


Totens são uma maneira de contar a história da tribo ou do clã, homenagear os antepassados e se relacionar com os espíritos que regem a natureza. Além do detalhado trabalho para moldar a madeira, eles também são pintados, tornando ainda mais reais as figuras que representam. Eu os imaginava baixos, com a altura de um ser humano. Que nada! São enormes, chegam a 8 metros de altura e podem ser vistos de longe, quando colocados em lugares abertos, geralmente em belos cenários. Outros ficam em meio à florestas, onde se mesclam com os trocos das árvores, numa perfeita combinação.

Toten indígena em Haines, no sudeste do Alaska

Toten indígena em Haines, no sudeste do Alaska


A Ana passou um bom tempo conversando com um dos artistas que se especializaram na confecção desses totens, aprendendo diversas coisas sobre seus significados e história. Ao final da nossa visita, eu até ganhei de presente da amada esposa uma bela camiseta com um dos motivos usados nos totens. Mais um belo amuleto para nos proteger ao longo dessa jornada pelas Américas. E já estava na hora de colocá-lo à prova: era fim de tarde e chegava o momento de ir ver os ursos no rio...

De volta ao rio Chilkat, perto de Haines, no sudeste do Alaska

De volta ao rio Chilkat, perto de Haines, no sudeste do Alaska

Alaska, Haines, Bichos

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Comentários (1)

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  • 30/09/2012 | 16:38 por mabel

    Muito lindo!!! Mesmo com o frio deve ter sido uma experiência e tanto!

    Resposta:
    Oi Mabel

    Foi sim, muito legal mesmo! As águias são incríveis. Não imaginava que fossem tão majestosas!

    Abs

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