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Karina (27/09)
Olá, também estou buscando o contato do barqueiro Tatu para uma viagem ...
ozcarfranco (30/08)
hola estimado, muy lindas fotos de sus recuerdos de viaje. yo como muchos...
Flávia (14/07)
Você conseguiu entrar na Guiana? Onde continua essa história?...
Martha Aulete (27/06)
Precisamos disso: belezas! Cultura genuína é de que se precisa. Não d...
Caio Monticelli (11/06)
Ótimo texto! Nos permite uma visão um pouco mais panorâmica a respeito...
Chegamos ao Círculo Polar Ártico, no norte do Alska!
Desde que saímos do Brasil, sabíamos que, um dia, chegaríamos ao Alaska. Mas a gente não pensava muito nos detalhes, não. O Alaska era apenas um nome, um destino meio difuso, lá na frente. Finalmente, no último mês, o Alaska começou a aparecer no nosso horizonte, tornou-se mais real, tangível. Então, era hora de decidir o que fazer e aonde ir quando chegássemos lá.
Nosso percurso hoje, pela Dalton Highway, passando pelo Círculo Polar, chegando à pequena Coldfoot
O Alaska é um estado enorme, de longe, o maior dos Estados Unidos. Mas sua malha rodoviária não é tão extensa assim. Então, não são muitas opções para a Fiona. A maioria da população e das atrações turísticas estão localizadas no sul, perto de Anchorage, a maior cidade do estado, ou na estreita língua de terra que avança sobre o Canadá, mas que não tem acesso por estradas. É sobre essas duas áreas que nosso livro- guia gasta quase todas as suas páginas. Para todo o resto, um mísero quadro de meia página intitulado “The Best of the Rest”. Nesse balaio de gatos, colocam o Denali (mais alta montanha da América do Norte), Fairbanks (segunda cidade do Alaska) e o Círculo Polar Ártico.
Início da Dalton Highway, que vai até o norte do Alaska
Enfim, recorremos á outras fontes e fomos nos animando, cada vez mais, a explorarmos a parte norte do Alaska. A decisão final de irmos para lá foi quando assistimos a Aurora Boreal, ainda no Canadá. Paixão à primeira vista! Tínhamos de ver mais vezes! E o melhor lugar para isso é no minúsculo lugarejo de Coldfoot, na Dalton Highway, 60 milhas ao norte do Círculo Polar.
A estrada e o oleoduto seguem juntos até a costa do Oceano Ártico, no norte do Alaska
Nós já tínhamos estado nessa latitude quando estivemos na Groelândia. Mas estávamos sem nossa fiel companheira, a Fiona. Ela reclamou e achamos justo que ela fosse até lá também, hehehe. Afinal, se nos trouxe até aqui, porque não mais um pouco?
A belíssima paisagem antes de chegarmos à Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar Ártico, no Alaska
E assim, estava decidido! Pela Aurora e pela Fiona, para o norte seguimos! Deixamos Fairbanks para trás e, numa estrada meio asfaltada, meio encascalhada, meio em obras, meio completa, seguimos até o início da Dalton Highway. Essa estrada foi construída no início da década de 70, ligando o centro do Alaska até o Oceano Ártico, no norte. A razão não foi política nem turísticas, mas puramente econômica. Tinham acabado de descobrir imensas reservas de gás e petróleo por lá, justo quando estourava a primeira crise internacional do petróleo. Para transportá-lo para o sul, era necessário construir um oleoduto. E para construir esse oleoduto, precisava-se de uma estrada. Em menos de um ano estava pronta (o oleoduto demorou três!), com grande tráfego de caminhões e máquinas pesadas. Menos de uma década mais tarde, a estrada foi aberta para o público e tornou-se um grande atrativo para aventureiros de todo o mundo.
A Dalton Highway atravessa floresta completamente amarelada, com montanhas nevadas ao fundo, pouco antes de chegar ao Círculo Polar, no norte do Alaska
Pois bem, falando em aventureiros, chegou a nossa vez! Decidimos que queríamos dirigir até a simbólica marca do Círculo Polar Ártico e, mais do que isso, dormir por lá, para assistirmos de camarote o show de luzes da Aurora. Fomos informados que só havia duas lugares onde encontraríamos alojamentos: na passagem pelo rio Yukon, o maior do Alaska, ainda antes do Círculo Polar, e em Coldfoot, antigo assentamento mineiro, 60 milhas ao norte da linha imaginária que marca o início das regiões polares. Essa passou a ser, então nosso objetivo do dia.
Muitas expedições (várias de brasileiros, mas só de moto!) deixam seus adesivos no lodge de Yukon Crossing, no norte do Alaska
Imaginávamos a Dalton Highway em pior estado. Mas, acostumados que estamos com nossas estradas da América Latina, achamos ela, na verdade, muito boa. Mesmo nas partes encascalhadas, o piso é de tão boa qualidade que podemos andar a mais de 100 km/h. Então, a viagem foi bem mais rápida que tínhamos imaginado inicialmente.
Um dos dois lugares para ficar na estrada Dalton Highway, Yukon Crossing, no norte do Alaska
Não demorou muito e já passávamos pelo Yukon Crossing. Local muito frequentado por pescadores e caçadores. Infelizmente, a caça é super popular por aqui e não é a toa que a Sarah Palin é popular no estado. Diversas vezes cruzamos com caminhões repletos de cabeças e chifres de alces e caribus. Pessoas em trajes de camuflagem, sempre com seus rifles, também são visão comum. Pobres animais, que chance tem contra armas dessas, com miras telescópicas?
Um magnífico lago que se transforma num gigantesco espelho, pouco antes de chegarmos à Coldfoot, na zona polar do Alaska
Bom, tirando esse aspecto, todo o resto é absolutamente maravilhoso. As paisagens são grandiosas. Nessa época do ano, as árvores já estão amarelas e vermelhas, pois o Outono chega muito mais cedo por aqui. Florestas inteiras amarelas com montanhas nevadas ao fundo, são verdadeiros quadros a cada quilômetro que andamos.
Vegetação com cores de outono e a montanha, já com cores de inverno, 90 km ao norte do Círculo Polar, na Dalton Highway, no Alaska
Isso sem falar dos rios pitorescos e dos lagos que formam grandes espelhos. A paisagem, que já era maravilhosa quando era única, duplicada nas águas dos lagos parece um sonho. Realmente, é de tirar o fôlego.
Um inesquecível encontro com um lobo, na Dalton Highway, a caminho do Círculo Polar, no norte do Alaska
Outra coisa muito legal foi termos visto um lobo na estrada. Desde Yellowstone que estamos procurando um e nada até agora. Hoje, lá no Yukon crossing, a mulher do alojamento tinha me desanimado, dizendo que só por milagre veríamos um aqui por perto. Pois o milagre aconteceu! Ele estava no meio da estrada, majestoso. Com a Fiona se aproximando, correu para o alto do barranco. Ali, ainda antes de desaparecer no mato, posou todo elegante e imponente, contra o céu azul atrás de si. Que visão mais mágica que foi isso!
Chegada ao Círculo Polar. Nosso destino era Coldfoot, ainda 60 milhas ao norte! (Dalton Highway - Alaska)
Também foi legal deixarmos nosso adesivo em Yukon Crossing, junto com adesivos de outras expedições. Várias brasileiras, mas todas de moto. Pelo menos ali, a Fiona foi o primeiro carro brazuca a deixar seu registro, hehehe.
Chegamos ao Círculo Polar Ártico, no norte do Alska!
Mas a frente, foi a vez do monumento ao Círculo Polar. Também foi emocionante passar lá. São nessas placas que a gente realiza de verdade o quanto já andamos e o quanto estamos longe de casa. A América do norte está muito mais ao norte do que a América do sul está ao sul. Esta latitude que estamos, mais de 66 graus, equivaleria a estar muito além de Patagônia e Terra do Fogo.na verdade, estaríamos em plena Península Antártica! Não é demais?
Observando as vastidões árticas no norte do Alaska, a caminho do Círculo Polar
Por fim, um último lugar muito legal que passamos foi em uma pedra que é um ponto de referência, não só na estrada, mas em toda a região. E tem sido assim há milhares de anos! Junto a essa mesma pedra se reuniam os caçadores de mamutes, pois dali podiam observar os animais caminhando pelas planícies abaixo. Pois é, imaginar mamutes caminhando naquela tundra que nos cercava nos fez sentir muito perto dessa outra realidade que, um dia, existia por aqui. Estávamos sós, eu e a Ana, naquele enorme vastidão, visão de 360 graus para todos os lados, quilômetros e quilômetros de tundra e espaços vazios. Nós e os fantasmas dos antigos caçadores e dos gigantescos mamutes. Foi muito especial ter estado ali...
A vastidão da tundra, na Dalton Highway, a caminho do Círculo Polar, no norte do Alaska
Mas havia algo mais especial nos esperando. Um show de luzes cósmico que também era visto por esses mesmos caçadores e mamutes. Coldfoot está pertinho, assim como o fim da tarde, que por aqui, nessa época, se dá por volta das 22 horas. E antes disso, ainda queríamos nos instalar e comer. Portanto, pé na tábua para o norte, Círculo Polar Ártico já no nosso retrovisor fazia tempo!
A belíssima paisagem antes de chegarmos à Coldfoot, 95 km ao norte do Círculo Polar Ártico, no Alaska
Parabéns pelas fotos e a qualidade do roteiro. O grande sonho da minha vida é contornar as Américas e chegar até os estremos Alasca e Terra do Fogo. Ainda não deu, já fui até o Pacifico pelos Andes e cruzei os EUA da Flórida até Montana chegando na divisa do Canadá, tudo de carro e achei maravilhoso. Gostaria muito de receber um adesivo da expedição 1000dias.
Resposta:
Olá Dario
Viajar de carro é mesmo muito especial. Nós estamos adorando essa experiência! Espero que vc continue a viajar assim e possa realizar o seu sonho de viajar pelas Américas!
Será um prazer envia para vc um adesivo da nossa expedição. Só precisamos de um endereço!
Abs
Valeu, casal!!! A Fiona também deve estar feliz!! Cada cenário deslumbrante!!! Vou em família para Diamantina no 12 de outubro ter minha semaninha www.7dias.com, abraços, Guto
Resposta:
Oi Guto!
A Fiona está felicíssima, assim como o casal! O cenário é mesmo de tirar o fôlego, coisa de cinema!
Estou ansioso para ler os posts do 7dias.com. Nós adoramos Diamantina, tanto a cidade como as redondezas. Vai ter tempo para uma passadinha em Milho Verde?
Grande abraço
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