0 Blog da Ana - 1000 dias

Blog da Ana - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha

paises

Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Haiti Há 2 anos: Haiti

Tiradentes

Brasil, Minas Gerais, Tiradentes

Feliz da vida em Tiradentes - MG

Feliz da vida em Tiradentes - MG


Tiradentes é uma cidade histórica um pouco diferente de Ouro Preto, Mariana e Diamantina. É uma menor, mais plana, quase não precisamos nos afobar subindo e descendo ladeiras. Ao mesmo tempo em que tem um clima interiorano, justamente por ser pequena, também tem um ar muito cosmopolita. Hoje além de abrigar vários artistas de áreas diversas, Tiradentes se tornou uma cidade completamente turística. Durante o ano são realizados dois grandes festivais que movimentam ainda mais a cidade: o Festival de Gastronomia e o Festival de Cinema de Tiradentes. Toda a cidade é estruturada para sediar estes eventos. Dezenas de pousadas, restaurantes, bares e lojas de artesanato fazem parte do dia a dia dos moradores, com ou sem turistas.

Descanso merecido em Tiradentes - MG

Descanso merecido em Tiradentes - MG


Nós chegamos em uma segunda-feira, aquele dia internacional do não turismo, onde dificilmente encontramos igrejas e museus abertos. Ainda assim conseguimos visitar a Igreja de Santo Antônio, segundo o guia a terceira mais rica do Brasil em quantidade de ouro nos seus adornos. Curioso foi que um português de Macao, colônia portuguesa na China, demorou 24 anos para finalizar a construção do altar, completamente adornado e com muitas influências da arte chinesa, pagodes, carpas e também algumas referências à mitologia grega como a face do Netuno nas colunas laterais ao altar.

Fachada de casa em Tiradentes - MG

Fachada de casa em Tiradentes - MG


Caminhamos pelas ruas estreitas, e chegamos à Igreja Nossa Senhora do Rosário, igreja construída pelos escravos, já que não podiam freqüentar a mesma igreja de seus senhores. Uma das questões que mais me instiga neste nosso roteiro turístico por cidades históricas é como os escravos aderiram tão rapidamente à uma nova fé. Vieram da África de diversas tribos e fés diferentes, na Bahia logo percebemos o sincretismo religioso entre catolicismo e a umbanda ou candomblé. Porém nas Minas Gerais não se fala em outras crenças, vemos apenas igrejas e mais igrejas que os negros penaram para construir durante a noite, roubando ouro em pó para adornar os seus altares. Curioso, deve haver alguma explicação. Sei que houveram algumas missões que trabalharam na conversão dos negros, tentando oferecer melhores condições, alimentação, mas não sei se foram as responsáveis por uma conversão com tanto fervor.

Igreja N.S. Rosário dos Pretos, em Tiradentes - MG

Igreja N.S. Rosário dos Pretos, em Tiradentes - MG


No caminho encontramos uma loja das marcas que mais gosto e havia encontrado apenas no Bazar do Melo em Curitiba, a Ave Maria, marca de BH com um trabalho maravilhoso em rendas, fuxicos, com um design super alternativo. Nada de compras, era só para babar mesmo. Em um restaurante reencontramos Ricardo e Andalice, um casal hospedado na mesma pousada em que estamos. Ficaram curiosos com a viagem quando viram a Fiona, o que nos rendeu muito assunto para o final da tarde. Começa a noite e voltamos ao trabalho. Amanhã –pela manhã nos despedimos de Minas Gerais e rumamos à Parati, fechando finalmente o roteiro da Estrada Real.

Na frente da igreja de Sto. Antonio, em Tiradentes - MG

Na frente da igreja de Sto. Antonio, em Tiradentes - MG

Brasil, Minas Gerais, Tiradentes,

Veja mais posts sobre

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Os 15 Moais e a Dança Rapa Nui

Chile, Ilha de Pascoa, Ilha De Pascoa, Hanga Roa

Um inesquecível nascer-do-sol por detrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Um inesquecível nascer-do-sol por detrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


5 horas da manhã. Levantamos da cama e ainda estava escuro... O clima essa época do ano aqui na Ilha de Páscoa é bem temperado, não queria lembrar que encontraria frio em uma ilha no meio do Pacífico (SUL!). O Ro sempre bem disposto encarou os quase 30 minutos de estrada vendo o dia raiar enquanto eu cochilava no banco pouco confortável do nosso jipinho rapa nui. Mas nada, nem sono, nem frio e muito menos a preguiça nos fariam perder um dos espetáculos imperdíveis da Ilha de Páscoa: o nascer do sol no Ahu Tongariki!

O sol começa a se levantar atrás dos Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

O sol começa a se levantar atrás dos Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Mais conhecido como 15 Moais, o Ahu Tongariki está localizado na costa sudeste da ilha há apenas 2 km da Fábrica de Moais. De costas para o mar azul turquesa e olhando para a única escarpa rochosa da ilha, o Rano Raraku, este é um dos altares mais imponentes da ilha.

Restaurados por arqueólogos japoneses, os Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Restaurados por arqueólogos japoneses, os Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Sâo 220m de extensão e 15 estátuas gigantescas representando os líderes da antiga comunidade que vivia na região de Hanga Nui. Até 1993 este ahu estava totalmente irreconhecível, ele havia sido derrubado e soterrado por um tsunami causado pelo terremoto de 9,5 pontos na escala Richter que destruiu a costa chilena de Valdivia em 1960. A restauração foi feita pelo arqueólogo chileno Claudio Cristino com base nos desenhos de uma arqueóloga britânica que visitou a ilha em 1914. Foram mais de 2 milhões de dólares doados pelo governo japonês e por uma empresa privada também japonesa (Tadano). Toda a estrutura do altar teve que ser reconstruída e utilizou partes de outros 17 moais encontrados na área.

Turistas assitem ao nascer-do-sol atrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Turistas assitem ao nascer-do-sol atrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Como contrapartida o Governo da Ilha de Páscoa emprestou um Moai para exposições e feiras em Osaka e Tokio, o Moai Viajante é o único que está posicionado na entrada do sítio arqueológico recebendo os visitantes. Ao lado estão alguns dos pukaos que não puderam ser recolocados sobre os moais.

Um Moai parece assistir o amanhecer nas ruínas de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Um Moai parece assistir o amanhecer nas ruínas de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Mesmo em uma manhã nublada não perdemos a viagem, a luz do sol filtrada pelas nuvens coloriu o céu com amarelos, laranjas rosados tons de lilás e azuis incríveis!

Um inesquecível nascer-do-sol por detrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Um inesquecível nascer-do-sol por detrás da fileira de Moais de Tongariki, no sul da Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Mal o sol nasceu, nós já tivemos que voltar correndo para Hanga Roa para embarcar em nosso barquinho de madeira para o mergulho dos Motus, que mesmo com garoa e vento frio nos garantiu a água marinha mais roxa e a melhor visibilidade que já encontramos na viagem. Mais detalhes aqui.

A caminho de mais um mergulho na Ilha da Páscoa, território chileno no meio do Oceano Pacífico

A caminho de mais um mergulho na Ilha da Páscoa, território chileno no meio do Oceano Pacífico


A tarde ainda tivemos tempo para passear pelo porto de Hanga Roa, comemos uma torta de nozes impecável no café ao lado do Mike Rapu Dive e já garantimos as nossas entradas no show de Dança Tradicional e Música Rapa Nui do grupo Maori Tupuna no Vai te Mihi!

Observando o mar que rodeia a Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Observando o mar que rodeia a Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


O colorido pier de Hanga Roa, capital e única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

O colorido pier de Hanga Roa, capital e única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


A noite assistimos de camarote este show que traz a energia da cultura ancestral traduzida pela dança e pela música. A arte da pintura corporal abre o espetáculo, seguido por várias apresentações masculinas de demonstração de poder e força, com gritos cheios de testosterona contrabalançados pela delicadeza e graciosidade das mulheres com uma boa ginga polinésia. Um show que reúne o melhor da cultura Rapa Nui, imperdível!

Artista demonstra como fazer pinturas típicas polinésias durante show em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Artista demonstra como fazer pinturas típicas polinésias durante show em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Show de danças e músicas típicas da Polinésia em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Show de danças e músicas típicas da Polinésia em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Show de danças e músicas típicas da Polinésia em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Show de danças e músicas típicas da Polinésia em bar de Hanga Roa, única cidade na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico


Existem pelo menos 3 grandes grupos que realizam shows de música e danças tradicionais. O Ballet Kari Kari fica na avenida principal e se apresenta 3 vezes por semana é bem conhecido. O Matato´a que faz uma fusão do tradicional e do moderno, e o Maori Tupuna que foi o que escolhemos. Os shows são turísticos, é claro, mas mais do que isso eles são um extenso trabalho de resgate da cultura e do orgulho Rapa Nui entre os jovens da Ilha de Páscoa. Foi uma bela despedida deste mundo mágico polinésio, com sotaque sul americano que é a Ilha de Rapa Nui.

As incríveis cores do entardecer na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

As incríveis cores do entardecer na Ilha de Páscoa, ilha chilena no meio do Oceano Pacífico

Chile, Ilha de Pascoa, Ilha De Pascoa, Hanga Roa, 15 Moais, Ahu Tongariki, arqueologia, cultura, Dança, ilha, Maori Tupuna, Sol

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

Saksawaman, a Forteleza Inca

Peru, Cusco

As ruínas da antiga fortaleza de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

As ruínas da antiga fortaleza de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Saksawaman, mais conhecido pelos turistas gringos como “Sexy Woman” pela difícil pronúncia e similaridade fônica, é um dos principais sítios arqueológicos incas próximos à cidade de Cusco. Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, está localizado a 3.700m de altitude no alto das montanhas que rodeiam a antiga capital inca.

A bela vista que se tem de Cusco do alto das ruínas de Saqsaywamán, no Peru

A bela vista que se tem de Cusco do alto das ruínas de Saqsaywamán, no Peru


Sua localização não é apenas estratégica para rituais e cerimônias religiosas, como já haviam pensado os Incas, mas também como ponto de defesa das invasões espanholas em meados do século XV. Pedro Pizarro relatou nos idos de 1500 que suas numerosas salas estariam repletas de armamentos militares para combate e defesa da cidade.

As imponentes ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

As imponentes ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Na atualidade além de um interessantíssimo sítio arqueológico, Saksawaman também é um dos mais lindos mirantes da cidade de Cusco, com vista para todo o vale e montanhas ao seu redor. Jovens cusquenhos também frequentam o local como ponto de encontro para fazer todas aquelas coisas que jovens gostam de fazer... Humm, você sabe.

A bela vista que se tem de Cusco do alto das ruínas de Saqsaywamán, no Peru

A bela vista que se tem de Cusco do alto das ruínas de Saqsaywamán, no Peru


A nós, turistas não andinos, nos é cobrada uma taxa de entrada no sítio arqueológico e ali mesmo, na porta, vários guias locais oferecem seus serviços. Com a chegada do mais novo tripulante para o nosso tour pelo mundo andino, meu amigo e irmão Gustavo, decidimos que seria bacana ter uma explicação geral sobre a cultura inca antes de chegarmos ao Vale Sagrado.

Com o Gustavo, visitando as ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Com o Gustavo, visitando as ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Dentre muitas informações, Julieta, nossa guia, comentou que o formato da fortaleza vista de cima é parecido com o símbolo de um raio, e que existe uma possível relação com o Deus Trovão dos Incas, Chiqui-Illapa – Deus das tempestades que norteia a cadência das secas e das chuvas. Ainda assim, ao que tudo indica, o local foi construído com finalidades militares e era utilizado como academia de treinamento para as tropas de defesa e conquista dos grandes Incas.

O incrível encaixe das construções incas nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

O incrível encaixe das construções incas nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Caminhamos pela Gran Plaza entre as ruínas da antiga fortaleza que não hesita em nos apequenar diante dos seus imensos muros de pedra. Estes muros são sua principal atração, construídos com blocos de pedra gigantescos que guardam um dos maiores mistérios desta construção. Sabe-se que as pedras não são originárias daqui e sim de uma montanha a pelo menos 3 quilômetros de distância em linha reta. Como os antigos incas teriam conseguido cortar, polir e transportar estas pedras até aqui?

Os enormes monolitos das ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Os enormes monolitos das ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Outra coisa que chama a atenção dos arqueólogos é a perfeição do encaixe de cada um desses blocos, que estão aí, perfeitos, sem precisar de nenhum tipo de cimento, por centenas e centenas de anos. Nas paredes encontramos a pata do jaguar e outros formatos curiosos.

A 'Pegada do Jaguar', nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

A "Pegada do Jaguar", nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


A grandeza da praça, contudo, não está apenas no tamanho de suas pedras e muros, mas também no espaço aberto dos seus pátios internos, que devem ter recebido milhares de pessoas para grandes rituais e cerimônias.

Turistas visitam, no fim da tarde, as ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Turistas visitam, no fim da tarde, as ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Caminhamos até o mirador da cidade, passando pelo Portal del Inca, porta mais fotografada de Saksawaman e depois cruzamos para o lado esquerdo do sítio onde se encontram um teatro que lembra os teatros do estilo romano, com uma ótima acústica, além das áreas cerimoniais.

O casal 1000dias assediado por fotógrafos durante visita às ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

O casal 1000dias assediado por fotógrafos durante visita às ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


As salas de rituais eram utilizadas para cerimônias religiosas pelos antigos incas. Mesas cerimoniais de sacrifícios de animais, nichos mortuários e até uma poltrona real pomposa e imponente, de pedra, é claro. Fico imaginando como ela seria adornada... Ouro? Jade? Plumas? Peles de Jaguar? Provavelmente tudo junto e misturado. Nós esquecemos de olhar estes lugares como casas, palácios vivos e com cores, mas essas pedras frias e escuras nem sempre foram assim. Quando visitamos ruínas e templos antigos temos que treinar a nossa mente e deixar a imaginação se levar pela energia do lugar, enxergando as cores e a vida que um dia existiram ali.

Descansando em um dos muitos tronos reais nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Descansando em um dos muitos tronos reais nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


Já no final do dia o Gustavo não resistiu e até encarou o escorregador natural esculpido na rocha, lisinho e rápido perfeito para uma corrida entre o Gustavo e o Paolo, filho da nossa guia Julieta. Finalizamos a visita e ainda demos carona para mãe e filho que nos acompanharam e dividiram tantas experiências e conhecimentos conosco, um jeito gostoso e prático de entrar mais em contato com a cultura local.

O Gustavo aproveita um escorregador natural nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

O Gustavo aproveita um escorregador natural nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru


De volta à Cusco jantamos em um restaurante fora do percurso mais turístico, em frente à Plaza San Francisco. Carne de llama, papas horneadas e risoto de quinoa, hummm, como é bom poder voltar a comer normalmente! Uma bisbilhotada noturna na Plaza Mayor, só para deixar o Gustavo ainda mais animado para as nossas explorações andinas.

Fim de tarde glorioso nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Fim de tarde glorioso nas ruínas de Saqsaywamán, em Cusco, no Peru

Peru, Cusco, arqueologia, Inca, Patrimônio da Humanidade, Ruínas, Saksawaman, Unesco

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

O Homem Americano

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara)

Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


De onde somos? Para onde vamos? De onde viemos? As perguntas existenciais que não querem calar, tem várias formas de serem respondidas. Alguns buscam explicações religiosas, outros preferem a ciência, são diversas teorias que procuram responder a estas perguntas. Uma delas é a arqueologia, que procura provas da existência do homem na terra, assim como a descoberta de informações que expliquem a sua evolução até os tempos atuais.

Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Algumas questões nunca serão respondidas, sobre os seus costumes, os rituais, por que pintavam? Como pintavam? Nunca teremos certeza, mas estas pinturas são hoje a conexão mais próxima que temos com a história de nossos antepassados. A Serra da Capivara está repleta de evidências da existência de tribos que ali viveram há 10, 12 mil anos.

Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


A principal corrente hoje afirma que o homo sapiens sapiens chegou à América através do Estreito de Bering e teria levado mais 2 mil anos para alcançar o sul do continente. Antes de iniciar as suas pesquisas no Piauí, Niède compartilhava desta teoria com seus colegas, porém algumas descobertas aqui realizadas mudaram o rumo desta história.

Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Niède defende uma teoria revolucionária sobre a chegada do homem na América do Sul, alegando em suas descobertas vestígios de atividades humanas há mais de 50 mil anos. Uma fogueira estruturada foi descoberta em um sítio arqueológico na Serra da Capivara. Esta fogueira foi datada de 50mil BP (before present) através da técnica de decaimento do Carbono 14. É uma teoria muito controversa, pois para os outros arqueólogos apenas poderá ser totalmente comprovada quando se encontrar fóssil com a mesma datação. O solo da região semi-árida é muito ácido, não permitindo a conservação dos elementos orgânicos que poderiam ser datados através do C14. Nesta teoria o homem teria alcançado a América do Sul através do Oceano Atlântico, que na época possuía um nível muito mais baixo, encurtando, portanto as distâncias entre o continente africano e americano.

Um 'calendário'? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)

Um "calendário"? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)


Se Niede está correta, estes homens tinham feições negróides, africanas, como as de Luzia, fóssil de 11 mil anos encontrado na década de 70 em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. São centenas de sítios pesquisados, milhares de pinturas rupestres e dezenas de fósseis humanos e de animais da mega-fauna já catalogados. A exposição permanente no Museu do Homem Americano com fósseis, pinturas e textos sobre a teoria da chegada do ser humano no continente sul americano é imperdível. Assim como a exposição da mega fauna que expõe fósseis de preguiças gigantes, tigre de dente de sabre, uma espécie de tatu que chegava ao tamanho de um fusca, entre outros.

Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


O exercício que fazemos durante as caminhada pelas trilhas do parque e suas centenas de tocas, é de imaginar esta caatinga secam uma floresta tropical. Nesta Floresta Amazônica ou Atlântica corriam rios caudalosos, cheios de vida. Os desenhos nos dão uma pista sobre os animais que aqui viviam, emas, peixes, siris, veados, pássaros, onças, entre outros. A caça era atividade constante na vida destes homens pré-históricos, assim como os rituais.

Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Eles se retratam nestas pinturas rupestres com vestes e cocares, em atividades grupais como rituais, caças, situações do cotidiano. O vigor dos homens está presente praticamente em todas as paredes, homens de falos eretos um ao lado do outro, desde o ato sexual, até o registro do nascimento de uma criança. A fertilidade já parecia ser um conceito conhecido e trabalhado por eles, mas algumas respostas estes arqueólogos nunca poderão encontrar.

Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI

Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI


Falta um elo de ligação nesta teoria. Que ligação terão estes homens pré-históricos com os nossos índios? Como teria desaparecido este povo? Por quanto tempo viveram aqui na América antes do aparecimento dos nossos antepassados? Enfim, as perguntas são infinitas e é esta sede que move o trabalho incansável desta equipe aqui na Serra da Capivara. Um lindo e incansável trabalho. Tudo isso acessível à visitação turística de forma super organizada. Além de cenários naturais magníficos é um maravilhoso museu a céu aberto.

Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara), arqueologia, FUNDHAM, Museu do Homem Americano, Niede Guidon, parque nacional, Parque Nacional da Serra da Capivara, pinturas rupestres

Veja todas as fotos do dia!

Gostou? Comente! Não gostou? Critique!

SP sem carro

Brasil, São Paulo, São Paulo

Estamos dando um tempo para a Fiona, primeiro por que ela está cheia de equipamentos que não queremos ter que desembarcar e embarcar, baita trampo. Segundo por que andar de carro em SP é um parto... Trânsito absurdo por tudo! Isso não é novidade para ninguém. Então resolvemos explorar a cidade a pé.

Metrô de Sâo Paulo - Estação da Consolação

Metrô de Sâo Paulo - Estação da Consolação


Saímos aqui do Jardim Paulista em direção ao metrô Trianon-Masp, nossa primeira parada é a Vila Madalena, onde temos uma reunião para uma possível parceria de divulgação. O metrô está impressionante, limpo, bem sinalizado e com diversas campanhas de educação para o trânsito dos usuários. O mais bacana é o trabalho de incentivo ao uso deste meio de transporte aliado à bicicleta. Anúncios que dizem “Aqui sua bicicleta é bem vinda”, dentro do trem e ao lado da estação também encontramos um bicicletário. Nosso plano já era conhecer a nova linha amarela que está em fase de testes das 9h as 15h, mas não conseguimos chegar a tempo, ficou para amanhã.

Bicicletário da Estação de metrô de Vila Madalena

Bicicletário da Estação de metrô de Vila Madalena


Caminhando descobrimos na FIESP a exposição fotográfica de Maureen Bisilliat, irlandesa radicada no Brasil, fotojornalista da antológica Revista Realidade - Ed. Abril. A exposição traz uma retrospectiva da sua carreia com mais de 200 imagens magníficas retiradas de seus livros fotográficos inspirados em obras de grandes escritores brasileiros como Jorge Amado, Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. Vale a pena conferir, a exposição vai até 4 de Julho. De carro provavelmente teríamos passado batido.

Vemos que o governo da cidade está trabalhando para tentar melhorar a situação do trânsito, em vários bairros está acontecendo o novo zoneamento de estacionamento “Zona Azul”, o equivalente ao Estar dos curitibanos. Em Moema, por exemplo, diversas ruas já não possuem mais local para estacionar, liberando uma ou até duas pistas para o trânsito fluir melhor.

É uma pena que tenham esperado o trânsito chegar à situação calamitosa que se encontra hoje, para começar este trabalho. Mas já acho estimulante ver diversas iniciativas do governo para resolvê-las. O mais complicado, e por isso o mais urgente, é o trabalho de mudança cultural do paulistano: em vez de carro, metrô ou bicicleta. Bacana não é andar de carro, poluindo e demorando duas horas em qualquer trajeto. Bacana é pegar um metrô e em 10 minutos cruzar a cidade sem nem sequer ouvir uma buzina, sem queimar combustível, poluindo o meio-ambiente. É... São Paulo tentando entrar para o hall de cidades do primeiro mundo.

Brasil, São Paulo, São Paulo, Capital, FIESP, Maureen Bisilliat, Metropole, Paulista

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Mercado Central

Brasil, Ceará, Fortaleza

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do vão central do Mercado Central em Fortaleza - CE


Nos despedimos de Fortaleza neste dia ensolarado depois de tantas experiências: piratas, chuva, toboáguas, chuva, alta gastronomia, sol, rock cordel pauleira e muita arte! Sendo assim, não poderíamos deixar de conhecer o lugar que concentra as mais diversas culturas populares cearenses, o Mercado Central!

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE

Produtos de renda no Mercado Central em Fortaleza - CE


Artesanato em couro, palha, redes, redinhas, redonas, mantas, castanhas de caju aos milhares e de todos os sabores. Pingas curtidas em caranguejos ou cajus imensos, doces regionais, pinturas em azulejos e esculturas em cerâmica. Restaurantes por quilo, tapiocarias e até a música sertaneja de Asa Branca, na entrada principal do mercado.

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE

Loja no Mercado Central em Fortaleza - CE


O Mercado Central fica em um edifício todo modernoso, a la Niemeyer, com passarelas interligando os andares e corredores lotados de produtos dependurados de todos os tipos, tamanhos e cores.

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE

Visão do Mercado Central em Fortaleza - CE


Tudo isso é maravilhoso, uma abundância de vida, de arte e energia que transborda do povo que faz deste lugar ser o que é. Cearenses vindos de todos os cantos do estado, buscando um jeito para viver, sobreviver e lutando por condições melhores de vida. Povo trabalhando, turistas e locais comprando, (quase) tudo como deve ser.

Mercado Central em Fortaleza - CE

Mercado Central em Fortaleza - CE


A cena que mais me marcou foi a de um mendigo bem senhorzinho pedindo dinheiro. Eu estava na fila do caixa 24h e ele, já sem enxergar direito, sem voz, sem dentes, sem nada, parou em minha frente, estendeu seu dedo indicador bem nos meus olhos e pediu “UM REAL”. Eu entendi por que sou boa em leitura labial e mímica e não tive como negar, busquei cada moeda que tinha em minha carteira para lhe dar, tamanha a minha surpresa perante aquela figura. Infelizmente a surpresa não é por não estar acostumada com a pobreza, mas pela expressão que vi em seu rosto, a dor que senti nos seus olhos e o sofrimento em sua voz calada.

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE

Visitando o Mercado Central em Fortaleza - CE


Nessas nossas andanças vemos muita pobreza, mas sem dúvida as capitais são mais chocantes. Elas tornam o rico e o pobre muito mais visíveis e o gap muito mais claro. A cidade grande é cruel com os pouco abonados, não apenas pelo alto custo de vida, mas pela simples comparação a que eles próprios se submetem e são submetidos a toda hora. No campo ao menos existe a possibilidade de uma moradia simples, mas digna, um trabalho na terra de onde se tira o que comer e de uma vida mais saudável. Quanto mais caminhamos, mais vejo o quanto o homem complica. Afinal, por que ser simples é tão complicado?

Brasil, Ceará, Fortaleza, Artesanato, Mercado Central

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Amigos!

Canadá, Toronto

Despedida do Alê, Dani e Lucas, na casa deles em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Despedida do Alê, Dani e Lucas, na casa deles em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Duas coisas parecem incabíveis durante uma viagem como a nossa: reclamar e parar. Reclamar do que? Estamos realizando todos os nossos sonhos como nunca imaginamos que poderíamos fazer. Pois é galera, mas vocês já devem ter ouvido falar que viajar cansa. Manja aqueles viajantes que voltam das férias mais cansados do que saíram? Aí dizem, “cansados no corpo, mas renovados na mente”. É por aí, nós estamos vendo muita coisa nova, aprendendo sobre o mundo, culturas, natureza e pessoas. A mente está renovadíssima, até demais eu diria, quase em curto com tanta informação nova. O corpo... este já se acostumou com uma cama diferente a cada dia, mas anda cansado desta vida cigana que arranjamos para ele. Eis que em meio aos cansaços e reclamações surge a oportunidade ideal para fazermos um dos pecados capitais dos viajantes: parar.

O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Sim, nós paramos. Por dois dias, nós paramos. Paramos de correr, dirigir, conhecer, viajar, paramos de nos cobrar em fazer tudo e conhecer tudo ao mesmo tempo agora. Paramos para dormir descentemente, comer saudavelmente e principalmente, paramos para curtir algo que sentimos muita falta, os amigos!

Recebidos pelo Alê e pela Dani com delicioso jantar em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Recebidos pelo Alê e pela Dani com delicioso jantar em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Quando começamos a planejar esta viagem comentamos com o Alê e a Dani que iríamos nos encontrar na Costa Rica, país que os dois já moraram e onde nasceu o filho Lucas. Eles tinham acabado de voltar para o Brasil e nos deram várias dicas do país centro-americano da ondas, vulcões e praias paradisíacas. O que não imaginávamos, e nem eles, é que quando chegássemos ao Canadá iríamos encontrá-los morando aqui, em Toronto!

Os amigos que nos receberam tão bem em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Os amigos que nos receberam tão bem em sua casa em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


O casal trabalha em uma multinacional, vivem viajando e têm oportunidades como esta, de serem transferidos para outros países. A Dani já viveu na Suíça, junto com o Alê na Costa Rica e há 6 meses eles foram transferidos para cá. Moram hoje em Markham, um subúrbio bacana nos arredores da metrópole.

Reencontro com o Alê, antigo amigo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Reencontro com o Alê, antigo amigo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Passamos um final de semana maravilhoso na casa do casal que já conheço há quase 10 anos. 10 anos de muitas festas, churrascos, shows, viagens e histórias juntos. Chegamos na quinta-feira a noite e junto conosco chegou a chuva. Na sexta-feira aproveitamos o dia útil e fizemos o tínhamos que fazer: revisão dos 90 mil km da Fiona, cortamos os cabelos, lavamos roupas, etc.

Adeus, barba e cabelo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Adeus, barba e cabelo, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


A noite, um jantar especial em uma pizzaria em Toronto e um passeio pela rua mais longa do mundo, a Young Street. 1.800 milhas de rua, que vira estrada e volta a ser rua atravessando toda a província de Ontário. Não sei qual foi o critério para definir que ela é uma rua e não uma estrada, mas a fama de rua mais longa do mundo está garantida anyway.

Assistindo à derrota brasileira na final olímpica, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Assistindo à derrota brasileira na final olímpica, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


A parada foi providencial, tempo chuvoso, olimpíadas e amigos reunidos, quer situação mais perfeita? O sábado foi de muitas emoções acompanhando os jogos brasileiros nas Olimpíadas. O Brasil perdeu no futebol masculino e levou a prata. As meninas do vôlei deram um show e levaram o ouro, o coraçãozinho brazuca aqui vibrou a cada ponto!

Alegria delas e nossa nas Olimpiadas (em Toronto, no Canadá)

Alegria delas e nossa nas Olimpiadas (em Toronto, no Canadá)


À tarde enquanto as meninas foram ao shopping, os meninos ainda assistiram a final do Boxe, onde o brasileiro levou prata. Final do dia com churrasquinho, cervejinha, lutas de espadas e um super encontro com o Homem Aranha! O Lucas está lindo e esperto demais! O time dele do Summer Camp ganhou no futebol, ele nos ensina a pronúncia das palavras em inglês, dá as dicas sobre o ipad e é ligeiro demais na espada! Amigos, obrigada por tudo, foi demais reencontrar vocês!!!

O Lucas na sua roupa predileta, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

O Lucas na sua roupa predileta, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Reencontro de amigas na casa da Dani, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Reencontro de amigas na casa da Dani, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá


Amanhã o dia será de explorações em Toronto e tristes despedidas dos amigos. Que seja só um até logo, esperaremos vocês na nossa casa de rodas lá na Costa Oeste! Vancouver, Califórnia ou onde vocês escolherem, estaremos esperando com a Fiona de portas abertas!

O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

O queridíssimo Lucas, filho da Dan e do Alê, em Markham, subúrbio de Toronto, no Canadá

Canadá, Toronto, Amigos, Markham, Olimpíadas

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Meu primeiro live aboard

Brasil, Bahia, Caravelas, Abrolhos

Saltando do deck para o mar, em Abrolhos - BA

Saltando do deck para o mar, em Abrolhos - BA


A internet é algo impressionante realmente. Tudo começou com o mestre google! Pergunte ao mestre e ele responderá: “Mergulho em Abrolhos” e caí em um site de mergulhos que indicava a Apecatu como a melhor operadora para live aboards em Abrolhos. Logo entrei no site e encontrei os vários pacotes oferecidos pela empresa, fotos da embarcação e entrei em contato com eles. A Laila nos atendeu prontamente com a melhor notícia do dia! Eles estavam com uma saída Especial Sea Shepherd, incluindo baleiada, mergulhos e tinham exatamente uma suíte de casal vaga nos esperando!

Voltando ao barco após mergulho, em Abrolhos - BA

Voltando ao barco após mergulho, em Abrolhos - BA


A saída era justamente na data que estávamos procurando, de 14 a 17/10. Checamos a previsão do tempo e confirmamos com a Laila, nesta data a previsão apontava uma janela de sol dentre as diversas frentes frias que tem avançado sobre o Espírito Santo e sul da Bahia nas últimas semanas. Perfeito! Fechamos o pacote e rumamos a Caravelas. Fomos recepcionados pela equipe da Apecatu com um belo café da manhã e já nos instalamos na nossa cabine, uma suíte bem aconchegante.

Nosso quarto no barco em Abrolhos - BA

Nosso quarto no barco em Abrolhos - BA


Aos poucos vamos conhecendo os nossos colegas de live aboard com os quais iríamos conviver, mergulhar e viajar até domingo. O barco começou a navegação, saímos pela barra do Rio Caravelas, com o tempo ainda nublado e muito vento. Ao longo do rio, um manguezal, berçário natural para diversas espécies marinhas. Abrolhos fica em uma cadeia de montanhas há 70km da costa, o que significa em torno de 5 horas de navegação. Eu estava tranqüila, pois havia tomado o remédio para enjôo, mas ainda assim um pouco apreensiva, afinal nunca tinha ficado tanto tempo dentro de um barco, não sabia como o meu organismo iria reagir.

Chegando em Abrolhos - BA

Chegando em Abrolhos - BA


Nossa rotina no barco basicamente era de mergulhos, interação e diversão! Acordávamos cedo já com uma bela mesa de café da manhã nos esperando. Navegávamos para o ponto de mergulho do dia e começava a preparação. Montar os equipamentos, revisar as cargas dos cilindros, vestir as roupas de neoprene, cintos de lastro, nadadeiras e máscara, enquanto o Dingão nos colocava no ponto certo para cairmos. Os mergulhos duram entre 40 minutos e uma hora, dependendo da profundidade.

Preparando-se para mergulhar no Morro do Mato Verde, em Abrolhos - BA

Preparando-se para mergulhar no Morro do Mato Verde, em Abrolhos - BA


Quando voltávamos ao barco o almoço já estava quase pronto, dava tempo de subirmos ao solarium tomar um sol e bater um papo com o pessoal, enquanto a Manú dava o seu toque final. Depois do almoço mais um período de descanso, trabalho, leitura, macaquices, sol ou o que mais lhe apetecesse até irmos ao segundo ponto de mergulho do dia.

Macaquice no deck do barco em Abrolhos - BA

Macaquice no deck do barco em Abrolhos - BA


Novamente nos equipávamos e íamos para o mar e quando retornávamos da água, um pão de queijo delicioso e quentinho estava nos esperando. Mais tarde, assim que o sol baixava e a noite chegava começava tudo de novo, equipar e água!

Preparando-se para mergulho noturno em Abrolhos - BA

Preparando-se para mergulho noturno em Abrolhos - BA


O bote vem nos buscar após mergulho em Abrolhos - BA

O bote vem nos buscar após mergulho em Abrolhos - BA


Eu fiz os três mergulhos noturnos, para mim um melhor que o outro! Para fechar o dia com chave de ouro, jantar e um filminho. Na última noite assistimos à palestra do Caio sobre tubarões. Aí já eram onze horas da noite, senão mais..., eu estava prontinha para cair no sono. Hummm! Adorei esta rotina! Até eu, que enjôo pra caramba em barco, consegui acostumar. Tomei remédio só nos 2 primeiros dias, nos 2 últimos não precisei, o labirinto já estava acostumado ao balanço, que na cama embalava o sono profundo de cada noite.

Briefing de mergulho em Abrolhos - BA

Briefing de mergulho em Abrolhos - BA


Registro aqui o nosso muito obrigado à Apecatu e ao Titan que nos receberam super bem e com tanto carinho. Foi uma ótima experiência do meu primeiro live aboard, depois dessa tenho certeza que virão muitos outros!

Tomando sol no deck do barco em Abrolhos - BA

Tomando sol no deck do barco em Abrolhos - BA

Brasil, Bahia, Caravelas, Abrolhos, Ilha de Santa Bárbara, Live Aboard, Mergulho

Veja mais posts sobre Ilha de Santa Bárbara

Veja todas as fotos do dia!

Não nos deixe falando sozinhos, comente!

Guayaquil a Montañita

Equador, Guayaquil, Montañita

As famosas iguanas da Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador

As famosas iguanas da Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador


Guayaquil é a cidade mais populosa do Equador, com 2 milhões e meio de habitantes. Localizada às margens do Rio Guayas, foi fundada por Francisco de Orellanas em 1538. Nos tempos coloniais era a principal cidade deste território, por seu porto fluvial e marítimo que além do comércio também era um reconhecido estaleiro, famoso por suas madeiras extraídas dos montes aos seus arredores. O porto continua sendo até hoje o principal porto do país, concentrando 73% das importações e 43% das exportações do país. Durante muito tempo Guayaquil foi o principal centro econômico do Equador. Este cenário se alterou recentemente, quando Quito além de política, ganhou também maior importância econômica.

Comparação da Guayaquil de hoje com a Guayaquil de 1880, retratada num enorme painel no alto da Penha(Equador)

Comparação da Guayaquil de hoje com a Guayaquil de 1880, retratada num enorme painel no alto da Penha(Equador)


A cidade de Guayaquil vem investindo em projetos urbanos e turísticos, com diversas áreas em revitalização, como a orla do Rio Guayas, conhecida como Malecón. Um calçadão bem iluminado com área de restaurantes, parques infantis, praças, jardins, shoppings e até um imenso centro cultural do Ministério da Cultura com salas de exposições, teatros, etc. Depois de uma caminhada no sol escaldante, chegamos ao Bairro de La Peña, para subir os 444 degraus até mirante.

Subindo as escadarias da Penha, em Guayaquil, no Equador

Subindo as escadarias da Penha, em Guayaquil, no Equador


O bairro também foi todo revitalizado, casas caindo aos pedaços foram reformadas e entregues aos seus antigos moradores. Imaginei como poderia ficar bacana um projeto como este em algumas vizinhanças no Rio de Janeiro. Vistas privilegiadas da cidade e da praia, barzinhos, rodas de samba e lojinhas de bugigangas turísticas... Ia ser um sucesso! Pelo que percebemos La Peña não era muito diferente de algumas favelas cariocas, mas a revitalização deu uma nova vida ao bairro, mesmo que com um policial a cada 20 degraus! Rsrs!

Bairro da Penha em Guayaquil, no Equador

Bairro da Penha em Guayaquil, no Equador


Aproveitamos também a luz do dia para conhecer a Plaza Bolívar, ou praça das iguanas, com elas acordadas! São dezenas de iguanas bem alimentadas convivendo com pombos em plena harmonia. Elas são lindas, preguiçosas e não estão nem aí para a nossa presença. Muito doido!

Iguanas e pombas socializam na Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador

Iguanas e pombas socializam na Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador


Tentamos fechar nosso rápido tour por Guayaquil visitando um dos bairros do norte da cidade, que segundo o nosso guia era mais moderno e com muitas opções de restaurantes e bares. Sinceramente? Não achamos nada... o restaurante mais indicado estava fechado e os outros escondidos em suas largas avenidas ou imensos shoppings. Desistimos e nos mandamos para Montañitas, praia com aquele clima Jericoacoara no litoral equatoriano. A estrada era boa parte duplicada até o litoral e quando entramos na rodovia costeira vamos novamente cruzando vários povoados entre morros verdejantes, baías e portos de pescadores. Mais uma vez muito parecido com o Brasil.

Pura saúde em restaurante no Malecon 2000, em Guayaquil, no Equador

Pura saúde em restaurante no Malecon 2000, em Guayaquil, no Equador


Instalados em uma pousadinha à beira-mar Hanga Roa, conhecemos Cristian, um empresário quiteño que está organizando uma competição de caiaque aqui na região. Ele nos deu uma aula sobre o Equador, Quito, dicas sobre as estradas e caminhos que deveríamos tomar e foi uma ótima companhia no jantar no centro de Montañitas. Nós curiosos sobre a cultura e as histórias locais e ele curioso sobre a nossa viagem, histórias e o Brasil. Falamos de tudo, filhos, religião, história, viagens, foi um encontro especial! Ainda vamos nos reencontrar em Quito quando voltarmos de Galápagos!

As famosas iguanas da Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador

As famosas iguanas da Plaza Bolívar, em Guayaquil - Equador


Até agora, das iguanas de Guayaquil à hospitaleira Montañita, o Equador apenas nos proporcionou ótimas surpresas!

Equador, Guayaquil, Montañita, iguanas, Praia, Rio Guayas

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

A caminho da Pipa

Brasil, Rio Grande Do Norte, Praia da Pipa

O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


Uma das partes mais gostosas da viagem é quando pegamos rotas diferentes, por que estrada de asfalto são todas iguais, muda um pouco a paisagem aqui e ali, mas não é tão curtida como um off-road, por exemplo. Hoje saímos de Sagi pela praia e os chapadões até a Praia da Pipa. Aquela sensação de “easy rider”, rodando pelas areias, vento, sol, mar, sempre fez parte do meu imaginário de viagem de carro pelo nordeste e aqui vamos nós!

Longas praias desertas no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN, antes de chegar à Baía Formosa

Longas praias desertas no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN, antes de chegar à Baía Formosa


São quase 30km entre as duas cidades e na maré baixa conseguiríamos fazer praticamente todo o caminho pela areia. Passamos por Baía Formosa e ali já vimos que a maré ainda estava alta nas pedras e falésias, tivemos que entrar pela Fazenda Estrela e fazer parte da estrada entre coqueiros e alagados. Chegamos à Barra de Cunhaú, um rio largo que atravessamos numa balsa de um carro só.

Embarcando a Fiona para cruzar o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

Embarcando a Fiona para cruzar o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


Era comum seguir de carro pela areia daqui até a próxima balsa, mas a proibição foi feita e esta eu obedeço com gosto! A praia é berçário para as tartarugas marinhas que ainda estão em época de reprodução e fazem seus ninhos nestas areias. Já pensaram as coitadinhas tendo que agüentar carros e bugues?

Na balsa sobre o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

Na balsa sobre o rio Cunhaú, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


Por isso pegamos um trechinho de estrada até a Barrinha e dali seguimos para a próxima balsa do Rio Sibaúma, essa balsa ainda menor e quase desnecessária. A Fiona ficou até meio chateada de não ter estreado seu snorkell, mas não poderíamos burlar o ganha pão dos balseiros dali.

Cruzando o rio Sibaúma numa pequena balsa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

Cruzando o rio Sibaúma numa pequena balsa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


De Sibaúma até a Pipa são mais 3km sobre um chapadão maravilhoso! A vista do alto das falésias é ainda mais bonita, o verde contrastando com a terra da chapada à beira mar, fantástico!

O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

O magnífico Chapadão, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


Logo vemos que estamos chegando à Pipa, aumenta o movimento de carros e o golpe final, excursões da CVC por toda parte. Centenas de turistas descendo dos trenzinhos puxados por tratores, mega empreendimentos imobiliários “Pipa Beach Bungalos”, praia lotada de barracas e guarda-sóis. É o desenvolvimento chegando...

Praia próxima à Pipa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN

Praia próxima à Pipa, no caminho entre a praia do Sagi e a Praia da Pipa - RN


A Praia da Pipa é um daqueles destinos obrigatórios para qualquer brasileiro. Um lugar especial que virou atração turística não apenas por suas belas praias, mas pela infra-estrutura turística e pelo astral das pessoas que fazem o lugar. O Rodrigo já conhecia e sugeriu que ficássemos apenas um dia e uma noite, mas eu tinha lá minhas dúvidas, queria sentir o lugar antes para decidir ficar, quem sabe, pelo menos mais uma noite.

Caminhando na Praia da Pipa - RN

Caminhando na Praia da Pipa - RN


É realmente estranho sair de lugares como os que temos andado, tranquilos e distantes de tanto agito e chegar à Pipa. Ficamos meio tontos com tantas coisas, mas a energia e a própria infra do lugar vai nos envolvendo e não nos deixa ir embora. As praias são bonitas, mas lotadas. Temos que treinar os olhos para ver a beleza em meio a tanta gente e tanta farofa. Chegamos à praia do centro e logo pensei, “se for só isso podemos ir amanhã”. Caminhamos até a baia dos golfinhos, praia com falésias imensas, águas tranqüilas onde os golfinhos costumam passar o dia e caçar alguns cardumes de sardinha. É uma caminhada curta para chegar até lá, aí nos perguntamos: por que as pessoas gostam tanto de ficar aglomeradas? Uma praia dessas, tão linda e tão vazia, enquanto a outra está lotada? Enfim, mistérios do ser humano.

Baía dos Golfinhos, Praia da Pipa - RN

Baía dos Golfinhos, Praia da Pipa - RN


O fim de tarde foi chegando, os bares e restaurantes começaram a abrir e as ruas começaram a ganhar vida. Lanchamos um sanduíche delicioso que não encontrávamos há muito tempo, até aqui, só cheeseburguer e olha lá! Risoterias, bares, lojas, enfim... um mundo de coisas e pessoas alternativas vindas de todos os cantos do mundo, para formar esta atmosfera “pipana”. Decidido, vamos ficar mais um dia! Já vimos lugares tão ou até mais bonitos, mas a viagem e a vida não são feitas apenas disso. Precisamos respirar um pouco desta atmosfera e nos alimentar da energia cosmopolita que transborda neste lugar.

Falésias na baía dos Golfinhos, em Praia da Pipa - RN

Falésias na baía dos Golfinhos, em Praia da Pipa - RN

Brasil, Rio Grande Do Norte, Praia da Pipa, Barra do Cunhaú, off road, Praia, Simbaúma

Veja todas as fotos do dia!

A nossa viagem fica melhor ainda se você participar. Comente!

Página 89 de 113
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet