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Trilha praiana

Brasil, São Paulo, Ubatuba

A bela Praia do Simão em Ubatuba - SP

A bela Praia do Simão em Ubatuba - SP


Depois de tantas trilhas nas montanhas, descemos a serra e decidimos explorar as trilhas praianas, aqui, na região de Ubatuba. Da última vez que viemos para cá fomos até as praias da Cassandoca e Cassandoquinha, uma região quilombola que está dentro de uma área de preservação. São praias belíssimas e que dão acesso por uma trilha a outras 3 praias praticamente desertas. O Ro e o Guto fizeram nesta ocasião a trilha completa, mas em um esquema meio tri-atleta que eu não conseguiria acompanhar. Desta vez nos planejamos e com a ajuda do Jairo, marido da Edna, pudemos fazer a travessia desta trilha desde a praia da Lagoa, até a praia da Cassandoca. O Jairo nos deixou na praia da Lagoa, onde começamos a caminhada.

Placa orientativa na Trilha da Cassandoca em Ubatuba - SP

Placa orientativa na Trilha da Cassandoca em Ubatuba - SP


É uma trilha tranquila, 3 horas andando em meio à Mata Atlântica, cruzando diversos riachinhos e com vistas belíssimas da costa. Passamos pela Praia do Simão, também conhecida como Brava do Frade e o Saco da Banana, que faz jus ao nome, tamanha a plantação de bananas que existe no lugar.

Atravessando um bananal na Trilha da Cassandoca em Ubatuba - SP

Atravessando um bananal na Trilha da Cassandoca em Ubatuba - SP


É importantíssimo levar repelente, principalmente nesta época de borrachudos. Eu fui pega desprevenida, mas já na Praia da Lagoa conhecemos um morador, o Bill, que nos emprestou um pouco de citronela e nos salvou das picadas.

Lagoa na Praia da Lagoa em Ubatuba - SP

Lagoa na Praia da Lagoa em Ubatuba - SP


A praia da Lagoa é maravilhosa, uma lagoa à beira mar, de água límpida é a principal atração, além da praia, é claro. Pescadores estavam acampando ali, passando uma semana talvez. Vida tranqüila, sem aborrecimento, a não ser dos borrachudos. A Praia do Simão é outra praia belíssima, praticamente deserta, longe de tudo e todos... Vi apenas uma casinha tímida no canto da praia. Possui uma área perfeita para camping, com bica de água doce e tudo! Andamos mais um pouco e chegamos à Cassandoquinha, uma região já habitada possui alguns sitiozinhos de cair o queixo, à beira da praia e do rio, casas e jardins muito bem conservados dão aquele ar bucólico à paisagem praiana.

Pequeno riacho no final da Praia da Cassandoca em Ubatuba - SP

Pequeno riacho no final da Praia da Cassandoca em Ubatuba - SP


Chegamos à Cassandoca e lá estava o Jairo para nos resgatar. No caminho de volta ele veio nos contando as histórias da sua família e de como a região se desenvolveu nos últimos 30 anos. Seu pai, caiçara, vivia apenas da roça e da pesca. Não precisava de mais nada no sertão de Ubatuba. Plantava sua cana, arroz, café, fazia farinha e vendia ou trocava na cidade uma vez por mês. Pra que mais? Tempo bom de quem sabia viver uma vida simples, saudável e feliz. Quem sabe não é por esta trilha que a humanidade deveria rumar? Infelizmente este é um caminho sem volta, mas devemos sempre nos lembrar dos simples prazeres, assim pelo menos valorizamos mais o pouco que temos.

Praia da Cassandoca em Ubatuba - SP

Praia da Cassandoca em Ubatuba - SP


Trabalhadores na estrada Tabatinga - Praia Mansa em Ubatuba - SP

Trabalhadores na estrada Tabatinga - Praia Mansa em Ubatuba - SP

Brasil, São Paulo, Ubatuba, Praia, trilha

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Até logo Fiona!

Brasil, Amazonas, Manaus

Área de passageiros e usuários, no porto flutuante de Manaus - AM

Área de passageiros e usuários, no porto flutuante de Manaus - AM


Dia de embarcar a Fiona no Luis Afonso, barco que irá nos levar de Manaus a Santarém através do maior rio do mundo, o Rio Amazonas. O barco irá partir apenas amanhã, mas combinamos com Zoca, uma das responsáveis pela embarcação, que o carro deveria ser entregue hoje para ser embarcado no Porto Demetrio.

O nosso barco, Luiz Afonso, que nos levará à Santarém (no porto em Manaus - AM)

O nosso barco, Luiz Afonso, que nos levará à Santarém (no porto em Manaus - AM)


A entrega foi no Porto Flutuante ao meio-dia, ali o nível do píer não é compatível com o andar onde a Fiona ficará estacionada. Depois ela foi levada até o outro porto próximo para a manobra. De qualquer forma foi bacana irmos até lá, já conhecemos a plataforma de embarque flutuante, agora de outra perspectiva.

Orla do Rio Negro no centro de Manaus - AM

Orla do Rio Negro no centro de Manaus - AM


A visão do píer onde fica a praça de alimentação, os prédios antigos e a placa que marca todas as maiores cheias do Rio Negro. Os níveis mais altos foram marcados nos anos de 1953, 1976 e depois no ano de 2009.

A placa com dados anuais da cheia máxima do Rio Negro durante o último século em Manaus - AM. A cheia máxima foi em 2009!

A placa com dados anuais da cheia máxima do Rio Negro durante o último século em Manaus - AM. A cheia máxima foi em 2009!


Nossa convivência com este carro é tanta que nós já sabemos o que ela pensa e como ela se sente. Com certeza estava pensado, “Ihhh, porto de novo? Vocês terão coragem de me abandonar mais uma vez?”. Mal sabe ela que amanhã iremos encontrá-la e que desta vez viajaremos juntos de barco, até Santarém!

Fiona aguardando para ser embarcada, no porto de Manaus - AM

Fiona aguardando para ser embarcada, no porto de Manaus - AM

Brasil, Amazonas, Manaus, Fiona

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Diz aí se você gostou, diz!

Maratona Serra do Cipó I

Brasil, Minas Gerais, Tabuleiro (P.E. Serra do Intendente)

As altas paredes do Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

As altas paredes do Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Primeiro dia da Maratona Serra do Cipó. Acordamos logo cedo, tomamos nosso delicioso Kit Café da Manhã no Eco Hostel e estamos prontos para começar o dia. Fabrício, nosso guia já chegou e está ansioso para iniciarmos a programação, pois segundo ele nunca fez 2 atrações no mesmo dia. Será que dá tempo?

Parque Estadual da Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Parque Estadual da Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Com o guia Fabrício na Cachoeira do Rabo de Cavalo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Com o guia Fabrício na Cachoeira do Rabo de Cavalo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Seguimos direto para a Cachoeira do Rabo de Cavalo, fica em um distrito próximo à Tabuleiro, Itacolomi. São 40 minutos de carro para chegar até o início da trilha. A informação que tínhamos é que a trilha era de nível médio e levaria 1h30 para ir mais 1h30 para voltar. Eu estava esperando muitas subidas e descidas, mas tive uma ótima surpresa, a trilha era praticamente toda plana, com leves inclinações. Andamos tranquilos e chegamos em 50 minutos. A cachoeira é maravilhosa! No inverno é época de seca, pouca chuva, portanto as cachoeiras estão menos volumosas, mas ainda assim guardam uma beleza incrível e um poço delicioso para nadarmos e nos divertirmos. Até o Fabrício teve que entrar!

Saltando (ou se equilibrando?) na Cachoeira do Rabo de Cavalo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Saltando (ou se equilibrando?) na Cachoeira do Rabo de Cavalo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Fiona enfrentando obstáculos na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Fiona enfrentando obstáculos na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Voltamos ainda mais rápido e seguimos para o cânion vizinho, o do Peixe Tolo. Nome engraçado este, surgiu na Piracema, época em que os peixes sobem os rios para desovar. Os moradores da região desconheciam este fenômeno da natureza e achavam engraçado ver os peixes nadando contra correte, muitas vezes abobados caindo nas pedras de tanta força que faziam... peixes tolos estes!

Os três viajantes posando para fotos na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Os três viajantes posando para fotos na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Seguimos cânion adentro, pulando de pedra em pedra sobre o rio para avançarmos. Sabíamos que havia três cachoeiras, nosso objetivo inicial era irmos até a primeira, já que não teríamos luz para ir até o final. Uma “saltitante” hora e chegamos lá, mas temos tempo e queremos avançar, depois voltamos dar um tchibum!

Com nosso guia Fabrício no Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Com nosso guia Fabrício no Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


Seguimos em frente e a paisagem vai se transformando, o cânion vai ficando cada vez mais estreito, a mata mais fechada e as pedras mais lisas. O cenário parece um jardim japonês, com bambus, bonsais, pedras redondas branquinhas e água corrente. Começa a ficar tarde e a trilha está cada vez mais suja e fechada, Fabrício nos disse que estávamos há apenas 40 minutos do fim, mas que não daria tempo de tchibum na cachoeira. Adivinha o que escolhemos?

Poço de águas geladas no Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG

Poço de águas geladas no Canyon do Peixe Tolo, na Serra do Intendente, em Tabuleiro - MG


É claro! Depois de um dia todo caminhando precisávamos de um banho neste lugar sensacional! A formação rochosa faz um eco fenomenal e a paisagem extra-terrestre nos faz esquecer os 13°C da água. Caminhamos saltitantes dentre pedras e rios e chegamos na Fiona exatamente as 18h, sol se pondo, tudo cronometrado. O primeiro dia já se foi e que venham os próximos!

Brasil, Minas Gerais, Tabuleiro (P.E. Serra do Intendente), cachoeira, Conceição do Mato Dentro, Serra do Intendente

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San Pedro de la Laguna

Guatemala, San Pedro La Laguna

Os caiaques são muito populares na Laguna Atitlán, na Guatemala. Ao fundo, o vulcão San Pedro

Os caiaques são muito populares na Laguna Atitlán, na Guatemala. Ao fundo, o vulcão San Pedro


Não poderíamos ir embora desse paraíso sem cruzar ao menos uma vez o lago. O primeiro plano era ir para Santa Cruz de La Laguna, uma pequena vila onde está localizada a única escola de mergulho do lago. Há pouco tempo foi anunciada a descoberta de ruínas de uma cidade maia, a Cidade Escondida.

Bela vista do lago Atitlán em San Pedro la Laguna, na Guatemala

Bela vista do lago Atitlán em San Pedro la Laguna, na Guatemala


Segundo os locais, todos já sabiam da sua existência há muitos anos, mas foi há pouco tempo que foi iniciado um trabalho de pesquisa. Infelizmente por este motivo está proibido o mergulho no local, embora todos também saibam que alguns “piratas” o fazem. A outra opção de mergulho no lago seria para ver a paisagem de um lago vulcânico, com rochas desta mesma origem e uma falha tectônica que está há uns 17m de profundidade. Diz que se pode sentir o calor vindo da falha, deve ser impressionante! Ainda assim foi difícil convencer o Rodrigo de mergulhar nas águas verdes e geladas, sem muita vida e visibilidade duvidosa.

Cruzando o lago Atitlán de San Marcos para San Pedro, na Guatemala

Cruzando o lago Atitlán de San Marcos para San Pedro, na Guatemala


Assim sendo decidimos conhecer San Pedro, a mais turística das vilas ao redor do Lago Atitlán. A mais festiva, a com o clima mais “mochileiro”, com mais opções de restaurantes, bares, boates, pousadas e com isso algumas das características que acompanham uma cidade.

Ruazinha da área turística de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala

Ruazinha da área turística de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala


Mais turistas, mais sujeira, muito asfalto, carros, e os tuk-tuks latino-americanos. Outro detalhe é que San Pedro não tem uma boa “praia” ou acesso ao lago para um mergulho e nem a vista maravilhosa para os três vulcões, que ficam na mesma margem do lago.

Rua movimentada do centro de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala

Rua movimentada do centro de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala


Não é que eunão tenha gostado de San Pedro, acho que este clima festivo pode ser bem convidativo as vezes, mas acreditem, mesmo eu que adoro uma festa, achei meio caído depois de passar por San Marcos. Subimos a ladeira, chegamos ao outro cais, onde finalmente o Rodrigo ficou convencido da cheia anormal do lago. Um hotel e restaurante na beira do lago foi completamente perdido, os rapazes na beira do cais nos contaram que há mais de 50 anos não se via uma cheia assim. Os antigos dizem que acontece de 50 em 50 anos, a água subiu em torno de 2 metros e cobriu completamente o passeio e a praia que existia ali. São os efeitos das chuvas demasiadas trazidas por La Niña.

A cheia do lago Atitlán faz estragos em San Pedro la Laguna, na Guatemala

A cheia do lago Atitlán faz estragos em San Pedro la Laguna, na Guatemala


Caminhamos e nos perdemos entre as ruelas e trilhas da pequena cidade. Almoçamos em um restaurante às margens do lago e aproveitamos o final da tarde em uma lage ensolarada tomando uma Brahva Extra, também conhecida como Brahma Extra pelos brasileiros.

Brahva Extra: qualquer semelhança NÃO é coincidência! (San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala)

Brahva Extra: qualquer semelhança NÃO é coincidência! (San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala)


A propósito, difícil entender por que a Inbev teria mudado o nome da cerveja aqui, mantendo o mesmo logo, mesmo tudo. Um local acha que é para que o nome seja mais forte contra a Gallo, a marca nacional “boa de briga”. Um guia com quem conversamos já teve uma melhor explicação, parece que “brama” aqui quer dizer algo parecido com “tarado”, palavra usada pelos mais velhos e já quase esquecida pelos jovens. Eu voto nessa opção!

Venda de artesanato em San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala

Venda de artesanato em San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala


Dia lindo, noite deliciosa para um bom descanso. Amanhã nos despedimos do paraíso e continuamos nosso caminho em direção à fronteira com o México, com um pit stop na cidade de Quetzaltenango.

Irmãs caminham em ladeira de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala

Irmãs caminham em ladeira de San Pedro la Laguna, no lago Atitlán, na Guatemala

Guatemala, San Pedro La Laguna, Lago Atitlán

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Calhetas e Galinhas

Brasil, Pernambuco, Porto de Galinhas, Calhetas, Carneiros

Fim de tarde em Porto de Galinhas - PE

Fim de tarde em Porto de Galinhas - PE


Acordamos em Olinda, enquanto eu arrumava todas as nossas mil malas, Rodrigo esperava os últimos ajustes nos pneus da Fiona. Tomamos um belo café da manhã, nos despedimos de Thomas e Francesca e pé na estrada. Hoje é um daqueles dias “on the road” que aproveitamos para conhecer a costa e ganhar alguns quilômetros no nosso itinerário. Rumamos para o sul, nosso destino final é a Praia de Carneiros ou a sua vizinha Tamandaré, onde ficam as pousadas mais baratas. No caminho paramos na Praia de Calhetas, há apenas meia hora de Recife. Rodrigo tem boas lembranças desta praia, pois veio para cá na época de Unicamp com vários amigos da turma.

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE. Ao fundo, é possível ver Boa Viagem - Recife

Praia de Calhetas, em Ipojuca - PE. Ao fundo, é possível ver Boa Viagem - Recife


Eu estava um pouco preguiçosa, nem entrei no mar, mas tomamos uma água de côco refrescante e tivemos, depois de tantos dias em Pernambuco, o nosso primeiro repente. Dois repentistas muito simpáticos rimaram ao som de pandeiros e conseguiram mudar o meu humor. A música cura! Rsrs.

Dupla de repentistas na praia de Calhetas, em Ipojuca - PE

Dupla de repentistas na praia de Calhetas, em Ipojuca - PE


Porto de Galinhas foi a nossa próxima parada, infelizmente chegamos lá com a maré cheia, então não pudemos ver as piscinas naturais. Praia lotada, aproveitamos a tarde para almoçar e fazer umas comprinhas rápidas nas lojas de Porto. Um mergulho no final da tarde só para dar sorte e não dizer que não aproveitamos.

Rua peatonal em Porto de Galinhas - PE

Rua peatonal em Porto de Galinhas - PE


Continuamos a nossa viagem até Tamandaré, cidade praiana vizinha da Praia de Carneiros. Já chegamos a noite e ainda tínhamos que encontrar uma pousada. A informação que tínhamos é que em Carneiros mesmo todos os beach bungalos e resorts são caríssimos. Mesmo assim um morador de Tamandaré insistiu que encontraríamos algo mais em conta e mais próximo das piscinas naturais. Encontramos na pequena vila de Carneiros a pousada de um português, Pousada do Farol. Mais cara do que estávamos esperando, mas a esta hora da noite o melhor que poderíamos fazer era ficar aqui mesmo. Afinal, conforto de vez em quando também não faz mal a ninguém!

Nadando no mar de Porto de Galinhas - PE

Nadando no mar de Porto de Galinhas - PE

Brasil, Pernambuco, Porto de Galinhas, Calhetas, Carneiros, Galhetas, mar, Praia

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Brasil no Haiti

Haiti, Port-au-Prince

Veículos do batalhão de engenharia do Brasil, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Veículos do batalhão de engenharia do Brasil, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


As Nações Unidas estiveram presentes no Haiti com diferentes missões de 1993 a 2000. Porém foi justamente no intervalo de saída da ONU, entre 2001 e 2004 que o país passou por sua mais recente crise política. Em 2001 foi eleito o presidente Jean-Bertrand Aristide, com menos de 10% da população indo as urnas. A oposição não aceitou o resultado e a partir daí um novo conflito começava.

As bandeiras da ONU, do Brasil e do Haiti tremulam na base da ONU em Port-au-Prince, capital do país

As bandeiras da ONU, do Brasil e do Haiti tremulam na base da ONU em Port-au-Prince, capital do país


O descontentamento com o governo foi se alastrando e nos anos seguintes o povo revoltado se armou para tirar o presidente do poder. As principais cidades do país estavam tomadas pelas forças revolucionárias e Aristide não teve outra opção senão sair do país. O ano era 2004, o Haiti acabava de sair de uma guerra civil. A revolução foi vitoriosa, mas encontrou um país à beira de um colapso econômico, político e social. O caos estava instalado e o novo governo provisório já não tinha mais como assegurar a ordem.

Aviso para quem deixa a base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Aviso para quem deixa a base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


O país pediu ajuda para a ONU que prontamente atendeu, entrando primeiramente com tropas americanas e elegendo o Brasil para comandar a nova missão de paz. O exército brasileiro foi muito bem recebido pelos haitianos, que mais do que ordens e regras, necessitavam de ajuda. Nosso jeito latino e caloroso de estender a mão, cuidar, tocar, e participar das soluções de problemas foi o grande diferencial para que o povo haitiano aceitasse estrangeiros na organização e reconstrução do seu país.

Monumenro aos militares brasileiros mortos no terremoto de 2010, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Monumenro aos militares brasileiros mortos no terremoto de 2010, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


A MINUSTAH – Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti – tem como principais objetivos estabilizar o país, desarmar os grupos de rebeldes e guerrilheiros, promover eleições livres e informadas e formar o desenvolvimento institucional e econômico no Haiti. Os primeiros anos sem dúvida foram os mais complexos, mas hoje com os ânimos mais calmos o principal trabalho das tropas das Nações Unidas são de segurança, dando suporte para a criação de uma nova guarda e polícia nacional, ajudando na construção da infraestrutura básica e na reorganização do país.

Chegando á base da Minustah em Port-au-Prince, no Haiti

Chegando á base da Minustah em Port-au-Prince, no Haiti


Tudo parecia estar indo bem, quando um desastre natural viria trazer novamente a tragédia e o caos para esse povo: o grande terremoto de 12 de janeiro de 2010. As tropas brasileiras sentiram o tremor desde o Campos Charlie. O Major Renato nos conta que ouviu um estrondo e sentiu o chão tremer “Pensei que era uma explosão no paiol e cheguei a me jogar no chão” nos conta enquanto caminhamos pelas ruas da base brasileira. Logo, quando olhou para trás percebeu que todos os contêineres do acampamento estavam fora do lugar, ele viu a imensa nuvem de fumaça subindo e vindo da direção do centro da cidade, foi quando finalmente se deu conta que havia ocorrido um terremoto.

Monumenro aos militares brasileiros mortos no terremoto de 2010, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Monumenro aos militares brasileiros mortos no terremoto de 2010, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


A missão que estava começando um período de transição para ser retirada do país, reafirmou seu compromisso de ajudar o Haiti e foi renovado o contrato para a permanência da MINUSTAH até que se estabilizasse a situação. O Major Renato está em sua segunda missão no Haiti, é um dos poucos oficiais brasileiros que está no país que realmente vivenciou o drama que se seguiu ao terremoto.

O Major Renato nos recebe na base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti

O Major Renato nos recebe na base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti


Dentro do Campo Charlie está montada uma verdadeira cidade que atende a todos os integrantes de diferentes países. Na nossa visita fomos à sede onde está baseada a tropa do BRAENGCOY – Companhia de Engenharia de Força de Paz. São prédios permanentes e algumas áreas provisórias com estrutura completa que reúnem as salas de comando, reunião e escritórios que organizam todos os trabalhos de engenharia que as Nações Unidas estão envolvidas.

Veículos do batalhão de engenharia do Brasil, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Veículos do batalhão de engenharia do Brasil, na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


Todos os soldados brasileiros que participam da missão são voluntários e ficam alocados por 6 meses. A área de moradias é formada por dezenas de contêineres adaptados para quartos onde dormem até 4 pessoas. O campo possui a sua própria estação de tratamento de água, ambulatório e uma grande área de estacionamento com todo o maquinário utilizado nas obras. Todo este maquinário foi muito útil após o terremoto e hoje continua sendo essencial para as obras de terraplanagem e pavimentação de estradas, perfuração de poços artesianos e as mais diversas obras necessárias no país. A companhia também participa de ações sociais de distribuição de água e doações em comunidades carentes.

Conteiners em que moram os militares brasileiros na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti

Conteiners em que moram os militares brasileiros na base da ONU em Port-au-Prince, no Haiti


Sempre fui curiosa para entender como funcionaria o dia a dia do exército, principalmente em uma missão como esta. O que eu percebo é que em geral nós, civis, não temos muita ideia do leque de atuação do exército no nosso país. Pensamos, o Brasil nunca entra em guerra, por que precisamos de tanto investimento nas forças militares? Bem, é sempre bom estar prevenido, mas ainda assim é importante sabermos que todos eles possuem um papel fundamental, não apenas na segurança e defesa das fronteiras como inclusive no desenvolvimento de infraestrutura do país. Rodovias, abertura de estradas, preparação do terreno e fundação para grandes obras no meio da floresta Amazônica ou onde seja, não seriam viáveis não tivesse “uma mãozinha” do exército. Resumindo, eles fazem o trabalho duro, depois as construtoras licitadas chegam e levantam as paredes.

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti


Conhecemos alguns dos integrantes do Batalhão de Engenharia do Exército quando eles estavam no seu dia de folga em uma praia na baía de Port-au-Prince. Vendo a minha curiosidade e interesse em conhecer a missão e um pouco do dia-a-dia deles aqui no Haiti, nos convidaram a visitar a sede. O Sub-Comandante Spetch que trabalha na área de comunicação do BRAENGCOY conseguiu a autorização do comandante, agendou a visita e mesmo em meio à uma inspeção da ONU, a equipe se desdobrou para atender-nos. Fomos recebidos pelo Sargento Josenilson e logo pelo Major Renato, que percorreu todo o campo conosco, explicando como funciona, quais as funções e qual era a organização do campo onde vivem os contingentes brasileiros.

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti


O Brasil tem mais de 2 mil soldados no Haiti e agora a missão de estabilização entra novamente em um período de transição, começando a diminuir as tropas. Foi um grande privilégio poder visitar e conhecer de perto o trabalho desse pessoal aqui, um orgulho para o povo brasileiro. Em um país com o histórico do Haiti, chego a achar que este é um programa quase obrigatório no roteiro. Hey comandante! Já pensou se a moda pega?

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti

Visita à base brasileira em Port-au-Prince, no Haiti

Haiti, Port-au-Prince, BRAENGCOY, Exército, MINUSTAH, Missão Brasileira no Haiti

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Îles du Salut

Guiana Francesa, Kourou, Îles de Salut

Ilha do Diabo, uma das três ilhas das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Ilha do Diabo, uma das três ilhas das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Em meados do século XVIII, logo após ter perdido o território canadense para os ingleses, o Primeiro Ministro da França organizou uma expedição para colonizar a Guiana Francesa. Na sua visão, se os ingleses iam dominar a América do Norte, então a América do Sul seria francesa! Para isso eles precisavam ter uma base sólida na América do Sul. A expedição Kourou trouxe para a Guiana Francesa em torno de 13 mil pessoas, a maioria homens, porém metade morreu logo nos primeiros meses vítimas de febre amarela e malária. A falta de planejamento, suprimentos alimentícios e afins, fez com que a população diminuísse ainda mais, algumas famílias que tinham apenas um filho homem foram mandadas de volta, pois não teriam serventia na colonização. A expedição foi um fracasso. Os pouco mais de 200 homens que restaram ficaram nas Îles du Salut, ou Ilhas da Salvação, pois assim se distanciavam dos mosquitos e doenças que encontraram no continente.

Caminhando na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Caminhando na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


As Ilhas da Salvação, são também conhecidas como Ilhas do Triângulo, por serem 3 a formarem o arquipélago, Île Royale, Île St. Joseph e Île du Diable. Quase um século depois, a França voltou aos planos de ocupação da região, mas agora a utilizando como Colônia Penal. Foram mais de 20 mil presos trazidos da Europa para cá a partir de 1854, quando foi assinada a lei do transporte de presos, dividindo-os entre os presos comuns, presos políticos e os inimigos do Rei Napoleão III. Os presidiários custavam caro aos cofres franceses, então deportá-los para uma nova terra a ser construída e ocupada era uma boa solução, já que sua pena incluía o trabalho pesado. Resolviam assim dois problemas, quando chegaram lá tiveram que construir toda a infra-estrutura na ilha, inclusive as suas celas. As condições de vida destes presidiários eram das piores, problemas sanitários, na alimentação, combate aos males tropicais acabavam fazendo com que muitos não suportassem e acabassem morrendo.

O antigo hospital na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

O antigo hospital na Île Royale, a principal das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Alguns presos ilustres passaram pelas Îles du Salut, Alfred Dreyfus foi o maior deles. Um alto comandante do exército francês que foi julgado culpado por traição, pois acreditavam que estaria passando informações confidenciais ao exército alemão. Dreyfus cumpriu a pena de 5 anos em reclusão total na Ilha do Diabo, que se tornou a mais conhecida após o episódio. Antes esta era a ilha onde ficavam os presos com doenças contagiosas, como lepra, etc. A prepararam para recebê-lo, queimando tudo o que havia na olha e construindo uma única cela para que vivesse em total isolamento, 14 guardas o vigiavam 24h por dia.

Cela do antigo presídio na Île Royale, nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Cela do antigo presídio na Île Royale, nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Em momento algum, porém, deixou de acreditar que provariam sua inocência. Um comandante da inteligência francesa conseguiu finalmente desvendar toda a questão, porém foi colocado de lado em um posto na Tunísia para não trazer o caso ao público. Émile Zola, renomado escritor francês, tempos depois um recebeu a informação e publicou uma carta na capa do principal jornal do país, dizendo “J´accuse! Lettre au Président de la République” ou “Eu acuso! Carta ao Presidente da República.”, colocando o governo na parede. Tempos depois Dreyfus foi reincorporado ao exército francês, recobrou sua honra e continuou a servir o seu país. Ele se tornou um símbolo da luta contra o anti-semitismo na França.

Alfred Dreyfus, o preso mais famoso das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Alfred Dreyfus, o preso mais famoso das Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Outro condenado que viveu nas prisões guianesas, este mais controverso, foi Papillon. Ninguém sabe ao certo qual é a sua identidade, pois o livro de mesmo nome escrito sobre as Colônias Penais, reunia histórias de mais de 20 anos de presídio. Acredita-se ser um preso comum, sem muito destaque e inclusive rejeitado pelos seus semelhantes, mas uma pessoa observadora e imaginativa, no mínimo, para relatar tais casos como seus. Este livro ficou famoso e acabou virando filme. As prisões foram fechadas ainda em meados do século XX, depois de um exaustivo trabalho feito pelo jornalista Albert Londres, de denunciando as condições subumanas a que eram submetidos os presos franceses.

Capa famosa de jornal em que Emile Zola intercede por Dreyfus, preso nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Capa famosa de jornal em que Emile Zola intercede por Dreyfus, preso nas Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Hoje as dependências da Île Royale, antes celas do presídio, são ruínas abertas à visitação. A casa do diretor virou um museu que nos conta em detalhes as histórias citadas acima e outras instalações foram adaptadas para serem usadas como restaurante e albergue. Quem busca conhecer a história da Guiana irá adorar e quem prefere a beleza natural irá se surpreender e ficar encantado com a flora e a fauna do lugar.

Dia chuvoso na visita às Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa

Dia chuvoso na visita às Îles de Salut, na costa próxima à Kourou, na Guiana Francesa


Terminamos nosso dia em Kourou, ainda buscando novidades e explorando a pequena cidade. Quase tudo fechado, nos foi indicado o Restaurante Petit Café, onde jantamos uma carne pouco comum no Brasil, Canguru, carne vermelha e macia ao molho roquefort, delícia!

Guiana Francesa, Kourou, Îles de Salut, Alfred Dreyfus, Île du Salut, Korou, Papillon

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Entramos no México!

Guatemala, Quetzaltenango, México, Comitan

Hoje foi um dia importantíssimo e muito simbólico para a viagem, afinal nós finalmente chegamos à América do Norte!

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)


A viagem de Quetzaltenango para a fronteira de La Mesilla passa por lindas paisagens de montanha e campos, estrada curva e muitos túmulos (lombadas). Durante um longo trecho, a estrada acompanha o cânion de um rio de águas verdes e convidativas, já que descemos e o clima fica mais quente. A fronteira entre Guatemala e o México tem sido bem citada como uma das mais violentas, rota de tráfico de drogas, além de ser bem cuidada pelos oficiais que estão de olhos nos imigrantes ilegais. A fronteira mais utilizada por ônibus e caminhões é Tapachula, mais próxima do Pacífico. Escolhemos um passo fronteiriço mais tranquilo e por isso também mais ágil.


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Nos preparamos sempre com toda a documentação, fotocópias, informações de seguro, valores e tudo o que pode dar errado, mas quando menos imaginávamos um novo tópico veio a tona. Eu estou passando toda a América Central utilizando o meu passaporte italiano, pois México, EUA e Canadá solicitam visto aos brasileiros. Rodrigo possui todos os vistos, por isso estava tranquilo. Bem, o meu passaporte demorou uns 2 minutos para ser carimbado, já o do Rodrigo... 3 horas! O problema foi uma inconsistência entre o nome do novo passaporte azul e o nome emitido no visto mexicano, no antigo passaporte verde.

Passaporte Azul
Nome: RODRIGO AFONSO Sobrenome: BRIZA JUNQUERA (correto)

Passaporte Verde
Nome: RODRIGO AFONSO BRIZA JUNQUEIRA (não há distinção entre nome e sobrenome)

Visto Mexicano
Nome: RODRIGO Sobrenome: AFONSO BRIZA JUNQUERA (hein?)

Juridicamente o Rodrigo Afonso do passaporte azul, não é o mesmo Rodrigo do visto mexicano. Acreditam numa coisa dessas? Pois é, principalmente quando existe uma coisa chamada sistema, um programa de computador que não pensa, apenas compara dados... chip do novo passaporte versus código de barras do visto são incompatíveis. Depois que as oficiais de fronteira compreenderam a confusão, passamos 3 horas esperando que elas fizessem um double (ou triple) check para garantir que esta seria a única inconsistência e que o Rodrigo não era um homem perigoso procurado pelo FBI ou coisas do gênero.

Sem a boa vontade das oficiais teríamos que voltar à Ciudad de Guatemala para tentar corrigir o visto, isso se ele não precisasse voltar ao Brasil, já que muitas vezes esse tipo de correção só se faz no país de origem! Surreal!

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)


Fronteira já é um trâmite chato, filas, imigração, licença especial para o veículo e mais filas, taxas e tempo de espera. Mas ao final, foi maravilhoso ouvir um “Bienvenido ao México”, que nos liberou da cidade fronteiriça em direção ao nosso 36° país.

A propósito, a entrada do México “ganhou” em taxas de Honduras e Guatemala, que são os mais caros para turismo. Bem não é segredo algum que o turismo é uma das grandes fontes de renda do México, com esses números isso fica ainda mais claro.

- Taxa de circulação de veículos estrangeiros (calcomania) – US$ 48,80
- Taxa de Turismo (acima de 7 dias no país) – US$ - 23,00 (por pessoa)

TOTAL: US$ 94,80

Ainda existe o depósito para o veículo, uma garantia que o carro irá sair do país – US$ 400,00*

* Este valor varia conforme o modelo e ano do veículo e será reembolsado em dinheiro, caso pago em dinheiro ou com o cancelamento do cartão de crédito (modalidade executada na entrada pelo turista), quando sair do país. Só será debitado caso o turista exceda o tempo de permanência de 180 dias.

Assim, depois das 3 horas e do “bienvenido”, não nos sobrava muito tempo de luz para viajarmos. Além da questão da segurança, fronteira suspeita, etc, ainda que os oficiais tenham nos dito que é muito segura, sabíamos também que a estrada para San Cristóbal de las Casas é muito bonita, por isso não fazia sentido algum fazê-la à noite. Mais algumas olhadas no guia e não restou dúvidas que deveríamos ficar em Comitán, cidade histórica e colonial mais próxima do Parque Nacional do Lago de Montebello, uma das grandes atrações do sul mexicano.

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)

Fronteira da Guatemala com o México, chegando à América do Norte! (em La Mesilla)


A cidade é realmente uma gracinha, pracinha linda durante a noite, várias opções de pousadas, restaurantes animados e com uma culinária típica aqui do estado de Chiapas. Comemos um restaurante fusion, que mistura os sabores e receitas da terra com um cardápio mais internacional, uma delícia! O México nos surpreendeu na fronteira, mas menos de 100km depois já começa a nos surpresar, agora positivamente!

Guatemala, Quetzaltenango, México, Comitan, Estrada, fronteira

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La Mauricie e Mont Tremblant

Canadá, Parc National de La Mauricie, Parc National du Mont-Tremblant

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Muitos de nós ouvimos falar de Quebéc e achamos que é apenas aquela cidade francesa do Canadá. Nos meus estudos de geografia eu já havia descoberto que não, mas não tinha ideia da grandeza e beleza natural de uma das maiores províncias canadenses.

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Os lagos e magníficas paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Parc National de la Mauricie está localizado à noroeste da cidade de Quebéc e compreende 546 km2 de montanhas e lagos, antes cobertas por um imenso glaciar, que no verão se tornam um paraíso para atividades como trekkings, camping, ciclismo, canoismo e pesca. Se você não quer fazer nada disso, o parque ainda é um ótimo escape de final de semana para respirar ar puro, pegar uma prainha na beira dos vários lagos e ter belas vistas dos variados mirantes ao longo da estrada que atravessa o parque.

Lendo informações sobre o processo de formação da maravilhosa paisagem no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Lendo informações sobre o processo de formação da maravilhosa paisagem no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Praia em um dos lagos do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Praia em um dos lagos do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


No centro de visitantes os park rangers são super atenciosos e nos ajudaram a montar o itinerário perfeito para o tempo que tínhamos e as atividades que queríamos fazer. Como tínhamos apenas um dia, nosso roteiro pelo parque mesclou paradas nos principais mirantes, trilhas curtas de meia hora, lagos, praias, rios e até a trilha do Lac Solitaire, com 5,5km que fizemos em pouco mais de 2 horas.

Início de trilha no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Início de trilha no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Chegando ao belíssimo Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Chegando ao belíssimo Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


As montanhas da região de Mauricie foram suavemente esculpidas durante a retração do imenso glaciar que cobria esta parte do Canadá, formando vales, cachoeiras e lagos maravilhosos, das mais diferentes tonalidades.

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial

Painel informativo sobre o processo de formação das paisagens do Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá, durante a última era glacial


O Lac Solitaire, que chega a ficar congelado no inverno, foi uma parada perfeita para um banho em suas águas transparentes. O tempo não estava aberto, mas a temperatura foi ideal para a caminhada e um dia bem tranquilo e prazeroso.

Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Delicioso banho no Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Delicioso banho no Lac Solitaire, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá


Sem tempo a perder, seguimos até a cidade de Rawdon, onde passamos a noite, recarregamos as baterias e seguimos para um dos parques mais conhecidos de Quebéc, o Mont Tremblant.

Placa de boasvindas na entrada do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

Placa de boasvindas na entrada do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Famoso por ser uma das maiores áreas de esqui, a apenas 60 km de Montreal, o Mont Tremblant também recebe turistas durante o verão. Localizado no sul dos Laurentians, o parque protege uma área de 1.510 km2 de montanhas, florestas, 6 diferentes rios e mais de 400 lagos que são o habitat de mais de 45 espécies de mamíferos, além de pássaros, peixes, anfíbios e répteis.

No meio do caminho, tinha uma cobra! (no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá)

No meio do caminho, tinha uma cobra! (no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá)


O pato interesseiro que tentou ficar nosso piquenique

O pato interesseiro que tentou ficar nosso piquenique


É o primeiro parque nacional do Canadá e foi criado em 1985 pela união de vários clubes de caça que viram o hobbie ameaçado pela atividade massiva das madeireiras. Hoje a caça é proibida na área do parque e um encontro com um urso pode ser uma boa surpresa.

visitando cachoeira no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

visitando cachoeira no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Rio cheio de corredeiras no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá

Rio cheio de corredeiras no Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá


Nós ficamos localizados no Setor Le Diable e o roteiro incluiu o Chute du Diable e Chute Croches, duas trilhas fáceis e curtas para ver duas belas cachoeiras. A terceira trilha, La Corniche são 3,4km morro acima para uma vista sensacional do vale glacial do Lac Monroe e de toda a cordilheira verde do Mont Tremblant. É, essa paisagem deve ficar bem diferente no inverno!

A magnífica vista do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá, vista do alto de uma das trilhas mais populares

A magnífica vista do Parc National du Mont -Tremblant, na província de Quebec, no Canadá, vista do alto de uma das trilhas mais populares


Foram dois dias intensos de contato com a natureza neste tour pelas grandes cidades do leste canadense. Um rápido e super indicado detour passando por pequenas estradas que entrecortam a colcha de retalhos que é o interior agrícola da província de Quebéc.

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

Algumas folhas se adiantam e já tem a cor do Outono, no Parc National de La Mauricie, província de Quebec, no Canadá

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Mesa Verde e os Povos Ancestrais

Estados Unidos, Colorado, Mesa Verde National Park

Uma cidade inteira sob a rocha no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Uma cidade inteira sob a rocha no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


O Mesa Verde National Park foi estabelecido em 1906 e foi o primeiro parque nacional criado para proteger um patrimônio histórico e arqueológico nos Estados Unidos. São 211km2 de área de preservação que incluem mais de 5 mil sítios arqueológicos pertencentes aos Anasazi, povos ancestrais que chegaram aqui muito antes das populações nativas americanas encontradas pelos colonizadores.

A magnífica vista do alto do platô do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

A magnífica vista do alto do platô do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Os Povos Ancestrais, aqui chamados de Ancestral Pueblos, viveram em cânions suspensos neste imenso platô, uma montanha em forma de mesa, do ano 600 até 1300d.C. Eles chegaram até a Mesa Verde seguindo os animais de caça como bisões e veados e encontraram um ambiente propício para a agricultura e a vida sedentária. Segundo os antropólogos e arqueólogos que estudam a região, foram várias as fases de desenvolvimento deste povo, que passou de nômade-caçador e coletor para uma sociedade de agricultores, hábeis artesãos e engenhosos construtores.

Antiga habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Antiga habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


As plantações de milho e outras plantas como feijão eram sabiamente posicionadas nas colinas com a angulação perfeita para receber a maior quantidade de sol, aumentando o sucesso das colheitas. A yuca, tipo de planta comum por estes desertos, era a principal matéria prima para todos os tecidos, sandálias e afins, que os aqueciam no inverno, assim como as peles de animais. As casas que inicialmente eram construídas praticamente todas embaixo da terra, com lareiras e esquemas de ventilação, passaram a uma das estruturas mais curiosas encontradas aqui na América do Norte.

Escavação arqueológica no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Escavação arqueológica no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Interior de habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Interior de habitação puebla no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


O inverno na região é duro, temperaturas abaixo de zero são mais do que comuns, muita neve e frio. Para se defender disso a sociedade desenvolveu uma rica arquitetura, cidades inteiras incrustadas nos penhascos dos cânions no alto da Mesa Verde. Só dentro da área do parque são encontrados mais de 600 cliff dwellings (moradias de penhascos), sendo que 90% destas possuem 10 quartos ou menos. E vários outros grupos de casas parecidas a estas são encontradas desde a região conhecida como Four Corners até o Colorado e o Novo México.

As surpreendentes ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

As surpreendentes ruínas pueblas no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Painel informativo sobre os pueblos e sua prática de morar em tocas na rocha do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Painel informativo sobre os pueblos e sua prática de morar em tocas na rocha do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Durante o inverno o parque não está completamente acessível, mas ainda assim foi possível visitarmos vários dos sítios arqueológicos e ter uma boa ideia da cultura e da história deste povo. Começamos pelo recém-inaugurado centro de visitantes, com ótimas explicações de uma senhora voluntária, além de uma ampla exposição sobre os puebloans e o parque.

Muito frio do lado de fora do centro de Visitantes do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Muito frio do lado de fora do centro de Visitantes do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


A segunda parada foi na impressionante Spruce Tree House, com mais de 130 quartos onde viviam centenas de pessoas. Acredita-se que cada agrupamento de casas como esta era uma vila que mantinha boas relações com as vilas vizinhas. Há ainda a Balcony House com 40 quartos e o Cliff Palace é o maior e mais famoso conjunto do parque, com 150 quartos e uma localização super privilegiada para os dias frios de inverno, com uma incidência mais longa dos raios solares.

Encontro com brasileiros no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Encontro com brasileiros no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Ruínas pueblas nas encostas de pedra do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas pueblas nas encostas de pedra do Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


As paisagens brancas do Mesa Verde são de uma serenidade incrível, entre árvores, cânions e rochedos continuamos encontrando novos sítios arqueológicos e inclusive uma construção inacabada que acreditam ter sido feita em honra ao sol. Qual era exatamente a crença deste povo é difícil adivinharmos, mas que o sol era um elemento chave para a sua sobrevivência (por sinal como ainda é para todos nós!), regrando os plantios e colheitas, aquecendo suas casas contra os invernos rigorosos, disso não se pode duvidar.

Ruínas de um antigo templo no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Ruínas de um antigo templo no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos


Vários povos indígenas americanos tem orgulho de reconhecer os puebloans como seus ancestrais, homens sábios, fortes e muito conectados com a natureza. As dúvidas e perguntas sobre este misterioso povo que vivia nesta região só aumentaram e continua o eterno paradigma do ser humano, quanto mais sabemos, mais temos consciência que não sabemos de nada.

Enfrentando a neve e o frio no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Enfrentando a neve e o frio no Mesa Verde National Park, no Colorado, nos Estados Unidos

Estados Unidos, Colorado, Mesa Verde National Park, arqueologia, Cortez, Mesa Verde, parque nacional

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