0 Blog da Ana - 1000 dias

Blog da Ana - 1000 dias

A viagem
  • Traduzir em português
  • Translate into English (automatic)
  • Traducir al español (automático)
  • Tradurre in italiano (automatico)
  • Traduire en français (automatique)
  • Ubersetzen ins Deutsche (automatisch)
  • Hon'yaku ni nihongo (jido)

lugares

tags

arqueologia cachoeira Caribe cidade histórica Estrada mar Mergulho Montanha parque nacional Praia Rio roteiro Trekking trilha

paises

Alaska Anguila Antígua E Barbuda Argentina Aruba Bahamas Barbados Belize Bermuda Bolívia Bonaire Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Cuba Curaçao Dominica El Salvador Equador Estados Unidos Galápagos Granada Groelândia Guadalupe Guatemala Guiana Guiana Francesa Haiti Hawaii Honduras Ilha De Pascoa Ilhas Caiman Ilhas Virgens Americanas Ilhas Virgens Britânicas Jamaica Martinica México Montserrat Nicarágua Panamá Paraguai Peru Porto Rico República Dominicana Saba Saint Barth Saint Kitts E Neves Saint Martin San Eustatius Santa Lúcia São Vicente E Granadinas Sint Maarten Suriname Trinidad e Tobago Turks e Caicos Venezuela

arquivo

SHUFFLE Há 1 ano: Guatemala Há 2 anos: Guatemala

100 dias!

Brasil, São Paulo, São Sebastião, Maresias, Ilha Bela

Um dia de transito, transição de paisagens, ares e mundos. Saímos de Maresias, aconchegados nas companhias de nosso primo e amigos, para um novo lugar onde parecemos encontrar novos amigos e primos em nossas antigas lembranças.

Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP

Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP


Já estivemos em Ilha Bela, em momentos anteriores. O mais recente deles foi justamente para conhecer um dos projetos de vida de outra família. Celina e Dudu, primos do lado Junqueira, na época nos mostravam o terreno que haviam comprado para começar a construir este sonho. Hoje já estamos aqui, dentro do sonho. Uma casa linda, deliciosa, que avista o mar e as montanhas em todos os lados.

Vista do quarto na casa da Celina e Dudu em Ilha Bela - SP

Vista do quarto na casa da Celina e Dudu em Ilha Bela - SP


A casa está terminando de ser construída, mas já vemos em cada detalhe o cuidado, carinho e atenção que aqui foram investidos. Infelizmente não conseguimos nos encontrar com eles, pois só chegamos na segunda-feira, mas com certeza não faltarão oportunidades!

Centro histórico de São Sebastião - SP

Centro histórico de São Sebastião - SP


A caminho daqui passamos por São Sebastião, conhecemos rapidamente a Praça da Igreja Matriz e as ruas centrais e já nos encaminhamos para a balsa.

Atravessando de balsa para Ilha Bela - SP

Atravessando de balsa para Ilha Bela - SP


Almoçamos no Viana, vendo o sol se pôr nas montanhas da serra do mar. A noite fomos para a vila comemorar os nossos 100 dias de viagem!

Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP

Final de tarde na praia do Viana em Ilha Bela - SP


100 dias de estrada completos HOJE, segunda-feira. 10% da viagem já se passaram! 1000dias parecem muitos, mas voam quando se trata de uma viagem que tem como objetivo conhecer cada pedacinho da América. Nestes 100 dias vemos que o nosso maior desafio não será completar a viagem, mas sim fazer vocês viajarem junto conosco! Compartilhando os lugares, pessoas, momentos e sentimentos, tentando traduzi-los em palavras e imagens que os encorajem a realizar também os seus 1000dias! E aí? Vão encarar?

Almoço no Viana em Ilha Bela - SP

Almoço no Viana em Ilha Bela - SP

Brasil, São Paulo, São Sebastião, Maresias, Ilha Bela, Praia

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Curtindo a Vida!

Panamá, Boquete

A macaca Chita demonstra suas habilidades na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá

A macaca Chita demonstra suas habilidades na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá


A nossa programação foi prejudicada pelo mal tempo e a constante garoa trazida pelos ventos do norte. Conversamos com algumas pessoas que tinham acabado de voltar do Sendero dos Quetzales, que nos disseram não ter visibilidade de mais de 10m na trilha, além do perigo do cruze dos rios. O Barú estava o tempo todo encoberto, não valendo uma caminhada de 5h para não ver nada. Por fim, não conseguimos agendar o rafting ontem, pois chegamos a noite na cidade, quando as agências já estavam fechadas. Tentamos as 7h30 da manhã, mas os grupos já haviam saído 30 minutos antes. Quando tudo parecia perdido, adivinhem quem encontramos na mesmíssima situação que nós? Os nossos amigos australianos de San Blás, Alex, Ben, John e Alex!

Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá

Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá


A alternativa foi buscar programas que pudéssemos fazer de forma independente. Subimos os 6 na Fiona e pé na estrada! Logo na saída da cidade ficamos uns 20 minutos parados na estrada que foi fechada pela explosão de um caminhão de combustíveis, 10 minutos antes de passarmos. Ufa, essa foi por pouco! Encontramos uma rota alternativa e nos mandamos para o cânion no povoado de Gualaca.

Chegando ao canyon na região de Boquete, no Panamá

Chegando ao canyon na região de Boquete, no Panamá


O que a princípio parecia meio sem graça, aos poucos foi se transformando. A molecada da região estava lá e foi nos ensinando onde podíamos saltar no estreito cânion rochoso para depois tentar escalar as paredes de pedra, com uns 5m de altura. As águas a princípio barrentas, aos poucos foram se tornando transparentes e o céu que estava cinzento, azulou! No final tivemos um lindo dia de sol!

O canyon, ideal para saltos e rock climbing, na região de Boquete, no Panamá

O canyon, ideal para saltos e rock climbing, na região de Boquete, no Panamá


Saltando em canyon na região de Boquete, no Panamá

Saltando em canyon na região de Boquete, no Panamá


Foi uma curtição só, água deliciosa e diversão garantida. Dali fomos aos poços de águas termais do Rio Caldeira. Os poços 100% naturais, chão de terra e raízes de árvores com temperaturas variando de 38 a 42°C.

Poço termal com água a mais de 35 graus, na região de Boquete, no Panamá

Poço termal com água a mais de 35 graus, na região de Boquete, no Panamá


A principal atração foi a pequena Chita. Uma macaca-aranha de apenas 3 anos de idade que foi criada pela dona da propriedade. Embora nunca tenha entrado em contato com outros macacos, de boba também não tem nada! Adora uma cervejinha, prefere o colo dos homens e tem uma imensa área verde para se divertir e fazer suas macaquices.

A Chita tenta pegar a cerveja do australiano Alex, na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá

A Chita tenta pegar a cerveja do australiano Alex, na fazenda dos Poços Termais, na região de Boquete, no Panamá


Sabe aquele dia que parecia perdido? No final a combinação do alto-astral dos amigos australianos, sol, natureza e disposição o transformou em um dia de pura curtição!

Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá

Junto com os australianos, indo para o canyon e as fontes termais, na região de Boquete, no Panamá

Panamá, Boquete, águas termais, Chiriquí, Macaco, Rio

Veja mais posts sobre águas termais

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

Mac’me cuh tohr toc cym xwa?

Brasil, Maranhão, Carolina (P.N. Chapada das Mesas)

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Pedra Caída, uma das principais atrações turísticas da Chapada das Mesas. Fora da área do Parque Nacional, na estrada de Estreito e Imperatriz, há aproximadamente 30km de Carolina. O Rodrigo já conhecia de uma viagem feita há 10 anos. De lá para cá soubemos que a área foi vendida para um novo dono, também proprietário da empresa de balsas Pipes, que domina o mercado aqui nos Rios Tocantins e Araguaia. Empreendedor, o novo proprietário esta montando uma nova infra-estrutura, inaugurou 3 tirolesas e mudou também os valores para visitar o local, cada atração dentro da propriedade tem um valor, 20, 30 reais por pessoa, com acompanhamento de guias locais. Já fomos para lá com medo do esquemão em que íamos nos meter, mas o Rodrigo era taxativo, Pedra Caída é obrigatória.

Paredões do canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Paredões do canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Chegamos lá e a infra já impressiona, o receptivo é feito por um rapaz que explica todas as atrações, preços e horários de saída dos passeios. O guia do Santuário da Pedra Caída sai de hora em hora, para a Caverna e o Capelão as 10h e as 14h. Além destes queríamos ainda tentar fazer a tirolesa, mas estava meio corrido, saindo as 14h não teríamos tempo hábil até as 17h, hora em que fecha o parque. Não é por nada, mas nós gostamos de eco-turismo, dentre outros motivos óbvios, pela liberdade que temos de ir e vir dentro das nossas aptidões e disposição, não conseguir fazer por causa de agenda é muito chato. Eis que surge uma solução! Tino, guia experiente da Pedra Caída, propôs um esquema especial já que estávamos com o nosso carro, eles rearranjaram os horários dos guias na agenda e tudo certo para começarmos o dia!

Caminho pelo rio até a Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Caminho pelo rio até a Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


As atrações aqui da Pedra Caída têm um acesso muito fácil, estradas de terra para carros 4x4 e trilhas de 5, 10 minutos que qualquer pessoa consegue fazer. Antigamente o lugar era uma farofa, só o Santurário era explorado, ingresso mais barato e 500 pessoas lá dentro, comendo, bebendo e lotando o local. Visando um público diferenciado e a preservação do meio natural foi que o novo proprietário mudou a tabela de preços. Hoje com os preços mais salgados o povo pensa duas vezes em vir até aqui. Além da estrutura que já existia, piscinas (artificiais) de água natural, mesas e bares na área mais próxima à entrada, foram montadas passarelas de madeira, áreas de descanso, uma ponte pencil, as rampas de acesso e plataformas das tirolesas de 400, 600 e 1200m, a segunda maior do Brasil. Antenado nas tendências do eco-turismo e do turismo de aventura, a empresa investe em treinamento dos profissionais, é associada da Abeta e está de olho em novos projetos como, por exemplo, o acesso de PPNEs (Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais), como a pioneira cidade de Socorro, no interior de SP.

Passarela para a Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Passarela para a Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Depois de toda essa explicação a nossa disposição até começou a mudar, assim até pagamos mais felizes! Começamos o tour pela Cachoeira do Capelão, nome dado na região para o macaco bugio gritador, que costuma aparecer nesse pequeno éden. A cachoeira é uma pintura, um pequeno lago de areias vermelhas, águas transparentes e uma queda desenhada na ferradura formada pela rocha. Tudo isso a apenas 5 minutos do estacionamento.

A belíssima Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

A belíssima Cachoeira do Capelão, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A segunda parada é a Cachoeira da Caverna, 10 minutos de caminhada pelo leito do rio e chegamos à uma gruta linda e infestada de morcegos. Tudo bem, eles não gostam de turistas não, estes só gostam de frutas. Esta trilha nos lembrou muito os cânions secos dos parques nacionais vizinhos, Confusões e Serra da Capivara, porém aqui tem água o tempo todo. Lá estas trilhas por cânions e leitos de rios são comuns, mas os rios só aparecem no período de chuvas.

Saindo da Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Saindo da Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


O encanto desta cachoeira está na sua localização, cercada por paredões de pedra, com acesso apenas por dentro do rio. A temperatura da água é perfeita, nem quente, nem fria, podemos ficar horas ali que não sentíamos frio. Há uma pequena gruta atrás da cortina d´água e um lugar perfeito para você se instalar na hidromassagem da cachoeira. Foi difícil do Tino nos arrancar dali, mas o tempo estava correndo e precisávamos seguir para a o Santuário.

Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Cachoeira da Caverna, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


O Santuário da Pedra Caída é assim chamado por ser um lugar muito especial para a tribo indígena que habita a região há muitos anos, a tribo Krikati ou Crêcateh, como se escreve na sua língua. “O criador se manifesta para as criaturas através da sua criação” e este é sem dúvida um dos lugares para nos lembrarmos que a Mãe-Natureza existe.

Aproveitando ao máximo a Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA

Aproveitando ao máximo a Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA


Caminhamos pela passarela de madeira, atravessamos a ponte pêncil sobre um estreito cânion de onde conseguimos ter uma noção do que está por vir. Descemos uma rampa de madeira, ziguezagueando defronte ao imenso paredão. A passarela continua margeando o rio, de um lado ela segue para a plataforma onde é feito o rapel e do outro para o nosso objetivo, a Cachoeira da Pedra Caída.

Ponte sobre o canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Ponte sobre o canyon da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


É nesta hora que Tino nos faz o convite “Mac’me cuh tohr toc cym xwa?”, (Mac’me = vamos, cuh tohr toc = cachoeira, cỹm xwa = banhar) ou “vamos tomar um banho de cachoeira?”, entrando em um território sagrado para os Crêcateh. Entramos no rio e continuamos subindo, conforme o cânion ia se afunilando. Parecemos estar entrando em um cenário de filme do Indiana Jones, todas as paredes possuem escritos cavados no arenito. Alguns datam da década de 40 e 50, são tantos, tão apinhados e com limo por cima, que parecem hieróglifos! O meu espanto e indignação, do início, tiveram que dar espaço para a imaginação e deixar as antigas pichações virarem escritas sagradas dos antigos povos que ali viveram.

Quase chegando à Cachoeira da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Quase chegando à Cachoeira da Pedra Caída, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Ao final do cânion chegamos ao último salão, de onde cai a imensa cachoeira da Pedra Caída. São uns 40m de queda, muita água, muito vapor e um salão circular e particular. Estávamos apenas nós, no útero, no santuário da mãe natureza, experiência inesquecível!

A clarabóia da Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA

A clarabóia da Cachoeira da Pedra Caída, em Carolina, região da Chapada das Mesas - MA


Fizemos todo o caminho de volta maravilhados e no meio do caminho os gritos emocionados de uma moça não nos deixaram ter dúvida, vamos à tirolesa! A segunda maior tirolesa do Brasil, com 1200m, a tirolesa da Pedra Caída foi inaugurada há uns 3 meses pelo Sabiá. O doido cortou o seu cabo na parte mais alta, enquanto a tirolesa estava em movimento e chegou ao chão com o seu pára-quedas depois do base-jump básico.

A famosa tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

A famosa tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A subida é desleal, mesmo no final da tarde o sol ainda estava quente, pouco vento e quase quarenta minutos de rampa pela frente. É claro que o caminho de volta é muito mais rápido, prazeroso e o principal, com uma vista linda de toda a chapada!

Descendo a tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Descendo a tirolesa dos 1.200 metros, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Fomos embora da Pedra Caída felizes e muito mais do que satisfeitos. Tino foi perfeito, atencioso, nos deu boas explicações sobre a flora, fauna e história do local, além da ótima companhia.

Junto com o Tino, nosso guia no Complexo da Pedra Furada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Junto com o Tino, nosso guia no Complexo da Pedra Furada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Tenho um único adendo. É bom lembrar aos desbravadores e eco-turistas mochileiros que toda essa estrutura que está aqui é linda e ajuda a preservar o local, mas ela não foi feita pelo que já foi, mas sim pelo que está por vir! Agências de turismo (do tipo CVC) estão estudando o local e incluindo nos seus roteiros, com toda a razão, já que a empresa tem a estrutura perfeita para todas as idades e perfis de público. Então, venham logo!

Fim de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Fim de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Sol se pondo, mas ainda tínhamos tempo de dar uma última esticada para conhecer o Portal da Chapada. Uma formação rochosa em forma de portal (ou janela?) em meio a um imenso paredão de arenito.

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

O Portal da Chapada, na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


A luz avermelhada do sol deixou o espetáculo ainda mais bonito! Do alto pudemos ver o Morro do Chapéu e suas montanhas irmãs em formato de mesa.

Magnífico visual de final de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA

Magnífico visual de final de tarde na Chapada das Mesas, região de Carolina - MA


Amanhã saímos de Carolina, mas continuamos nossas explorações pela Chapada das Mesas, agora no município de Riachão. Veremos que outras surpresas nos aguardam.

Brasil, Maranhão, Carolina (P.N. Chapada das Mesas), cachoeira, Cachoeira do Capelão, Cerrado, Chapada das Mesas, parque nacional, Pedra Caída

Veja todas as fotos do dia!

Faz um bem danado receber seus comentários!

Taganga

Colômbia, Taganga

A simpática vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A simpática vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


Taganga, vila de pescadores que se tornou refúgio hippie e nos tempos mais modernos o esconderijo dos turistas mais antenados, mergulhadores alternativos e mochileiros quebrados, num bom sentido, é claro! Rsrs!

Comércio de bolsas em Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

Comércio de bolsas em Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


A pequena baía de Taganta não possui uma praia espetacular, mas suas águas verdes transparentes dão acesso à outras praias mais tentadoras. As pequenas guesthouses, hostels, restaurantes e bares dão o clima ideal de backpackers paradise no Caribe Colombiano. Daqui é fácil organizar excursões para o Parque Nacional Tayrona, cursos de mergulho por um ótimo preço e passeios de barco pelas praias próximas, com a galera, se você está nos seus dias mais sociáveis, ou mesmo sozinho, se quiser um pouquinho de paz e isolamento.

A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


De táxi está a menos de 30 minutos do centro de Santa Marta, perto o suficiente para um dia de explorações no centro histórico da irmã mais velha, mas longe o suficiente para se afastar dos perigos, estresses e destemperos da cidade grande.

A pacata vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A pacata vila de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


Taganga já estava no nosso radar, mas ela veio mesmo para o nosso mapa enquanto cruzávamos Santa Marta e tínhamos aquele misto de preguiça com desespero ao nos depararmos com uma cidade grande após um chá de cadeira do porto de Cartagena. Assim estes viajantes inveterados aqui também resolveram trocar a bela Santa Marta por uma noite tranquila na pacata e alternativa Taganga.

A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


Nos hospedamos no simpático Pelicano Hostal, jantamos em um restaurante palestino simples e delicioso, aprendendo mais sobre a visão dos que estão do lado de lá da Faixa de Gaza e conseguiram escapar para cá em busca de uma vida mais pacífica, ainda que não deixando de lado a luta pelo seu ideal. Nas paredes do restaurante vemos notícias, bandeiras, fotos e mensagens lutando por paz na Faixa de Gaza e se as paredes não são suficientes, o dono pode te explicar melhor.

A bela e tranquila praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A bela e tranquila praia de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia


A manhã seguinte foi de explorações rápidas na praia e nas calçadas hippies de Taganga enquanto nos preparávamos para a nossa incursão ao Parque Nacional Tayrona, a quase 2 horas dali. Queria ter tempo de ficar e aproveitar, andar de barco e mergulhar, mas foco! Esta tarde estaremos caminhando em um dos parques nacionais mais lindos da Colômbia e logo logo você irá nos encontrar lá. Até breve!

A baía de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

A baía de Taganga, ao lado de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia

Colômbia, Taganga, Alternativo, Praia, Tayrona

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

Mergulho e Cultura baianos

Brasil, Bahia, Salvador

Mergulho no naufrágio Artemides, em Salvador - BA

Mergulho no naufrágio Artemides, em Salvador - BA


Hoje era um dia em que estaríamos indo embora de Salvador, o Rodrigo que é o cara do cronograma havia programado que hoje iríamos passar o dia em alguma cidadezinha do Recôncavo e já emendaríamos para a Praia do Forte. Porém eu ainda tenho poder de voto nessa casal e de Salvador eu entendo um pouco mais que ele! Há 10 anos atrás quando estive aqui tive a grandessíssima sorte de conhecer o Ho-Mei, um naufrágio chinês na Baia de Todos os Santos.

Embarcada para mergulho em Salvador - BA

Embarcada para mergulho em Salvador - BA


Eu tinha acabado de fazer o curso de mergulho, mas não tinha o check out no mar ainda, não tinha a certificação, então procurei uma operadora que pudesse me levar para um batismo. Não lembro o nome da escola, só sei que fui em uma lancha rápida até o local do primeiro mergulho, onde fiquei esperando os mergulhadores avançados mergulharem e voltarem. Eu estava maravilhada, tudo era lindo, água quente, mar azul transparente! Eu e o dive master ficamos no barco enquanto todos desceram conhecer o naufrágio que estava ali, aos 36m de profundidade há apenas 12 anos. Eu queria muito conhecê-lo também, mas estava conformada que eu não podia, fazer o que? Eis que o instrutor de mergulho do barco, dono da escola retornou, olhou para os meus olhos extasiados e me perguntou “você quer muito ir, não é?” e eu respondi “é claro, muito!”. Ele deve ter avaliado bem e visto que as condições estavam ideais, não tinha corrente, a água estava a 29°C e com uma visibilidade de uns 30m!

Mergulho no naufrágio Artemides, em Salvador - BA

Mergulho no naufrágio Artemides, em Salvador - BA


“Você sabe que não pode ir, você se responsabiliza?”, e eu do alto dos meus 17 anos respondi com toda a firmeza “SIM, me responsabilizo, assino o que precisar!” E assim fomos eu e o dive master para a água no primeiro mergulho da minha vida, direto para os 36m de profundidade! O naufrágio estava lá maravilhoso, eu senti uma paz tão grande, aquela imensidão azul, azul azul mesmo! Não foi a toa que eu me apaixonei pelo mergulho, o que parece, ou até pode ter sido um ato de irresponsabilidade, foi também o que me apresentou da melhor forma possível uma das minhas maiores paixões.

Mergulho em banco de corais ao lado do Farol da Barra, em Salvador - BA

Mergulho em banco de corais ao lado do Farol da Barra, em Salvador - BA


Com uma história como esta não foi tão difícil convencer o Rodrigo a mergulhar. Postergamos a viagem e agendamos uma saída com a Dive Bahia, operadora de mergulho que conhecemos pela revista da secretaria de turismo que ganhamos no pedágio. Salvador não possui uma tradição muito grande como ponto de mergulho, mas já possui diversas operadoras e escolas, sendo a Dive Bahia uma das melhores opções! Logo em frente ao Porto da Barra encontramos Gian, dono e instrutor da escola e a equipe que iria nos acompanhar.

Praia do Porto da Barra lotada num Domingo em Salvador - BA

Praia do Porto da Barra lotada num Domingo em Salvador - BA


A Baía de Todos os Santos possui mais de 70 naufrágios, destes mergulha-se em apenas 20, sendo o Cavo Artemidis, com 180m de comprimento, considerado o maior de todos os naufrágios da costa brasileira. Um cargueiro grego que afundou em 1980 há apenas 40 minutos da costa. Navegamos e quando chegamos no ponto, havia uma outra embarcação de mergulho e os dive masters malucos que se conheciam começaram a gritar “A água está roxa! A água está roxa! Água mineral!!!” A manha deste mergulho é chegar na parada da maré, logo que pára de vazar, pois as correntes se acalmam e a água tem mais chances de ficar com melhor visibilidade. Dito e feito, meu santo aqui na Bahia é forte mesmo, caímos na água a 26°C com 30m de visibilidade!

Naufrágio Artemides, em Salvador - BA

Naufrágio Artemides, em Salvador - BA


Já da superfície conseguíamos avistar o Cavo, lindíssimo, deitado na areia. Descemos, passamos embaixo do casco, entre a hélice e uma duna de areia e ali próximo eu já avistei um badejo de um metro e meio nadando ao lado do navio, gigantesco! Exploramos o navio, que já formou uma colônia imensa de corais e esponjas e por isso tem muita vida ao seu redor. Procurando por um polvo dos grandes que vive por ali encontramos um senhor mero entocado, segundo Gian, com Mero o mergulho é mais caro! O polvo não deu o ar da graça, vai ter que ficar para a próxima.

Pequena moréia em mergulho em banco de corais ao lado do Farol da Barra, em Salvador - BA

Pequena moréia em mergulho em banco de corais ao lado do Farol da Barra, em Salvador - BA


O segundo mergulho foi no Remanso, mais próximo da costa, com a maré subindo a água ficou um pouco mais fria e um pouco mais turva, mas ainda vimos algumas moréias e uns peixinhos bacanas.

Pronta para cair na água, em Salvador - BA

Pronta para cair na água, em Salvador - BA


Que bom que convenci o Rodrigo, o mergulho foi maravilhoso, o grupo que mergulhou conosco era muito divertido, foi uma bela manhã de domingo!

Foto da turma após mergulho em Salvador - BA

Foto da turma após mergulho em Salvador - BA


Na sequência fomos para a Marina Bahia onde encontramos Monica, Lívia e Wilson no restaurante Lafayette, um dos mais bacanas da cidade. Pudera, com aquela localização e aquele cardápio não poderia ser melhor. Almoçamos uma bela salada de folhas verdes, figos e queijo de cabra e um filé de linguado ao molho de camarão divino! Isso sem falar no melhor, que é a companhia dessa família tão especial que me recebeu novamente aqui na Bahia, 10 anos depois, como se fosse ontem.

Com a Mônica e a Livia em Salvador - BA

Com a Mônica e a Livia em Salvador - BA


Depois do delicioso almoço fizemos um tour pelo Centro Histórico dentro da Fiona junto com Mônica, é outra história termos uma guia turística como ela dentro do carro. Conhecemos o Largo e a Igreja da Piedade, logo em frente à Rua da Forca, onde antigamente eram enforcados os infratores, passamos pela Igreja de São Bento, com seu imenso e belíssimo domo e finalizamos o passeio na Praça Castro Alves, um dos pontos mais conhecidos para o carnaval baiano.

Igreja São Bento, em Salvador - BA

Igreja São Bento, em Salvador - BA


Em frente à Praça Castro Alves se encontra o Espaço Unibando de Cinemas, construído em um prédio histórico ao lado do antigo prédio do jornal “A Tarde”, mais importante periódico da Bahia. Tomamos um café e descemos para a Igreja da Barroquinha, onde iria acontecer a nossa programação cultural do dia.

Igreja da Barroquinha, em Salvador - BA

Igreja da Barroquinha, em Salvador - BA


A peça “Quem é ela?”, encenada por 3 atrizes baianas, sendo uma delas Edvana, amiga de Mônica que já participou do Bando de Teatro do Olodum e até de séries como “Ó pai ó”, fala de uma forma bem humorada sobre a Violência Contra a Mulher. Logo na entrada já observamos uma exposição fotográfica sobre o tema e no teatro, uma antiga igreja reformada e transformada em espaço cultural, assistimos à peça que apresenta cenas comuns sofridas pelas mulheres na sociedade, falando da lei Maria da Penha, sancionada pelo Governo Federal que torna a violência contra a mulher um crime e não apenas injúria que antes era perdoado em troca de uma cesta básica. Uma peça deliciosa, divertida e muito instrutiva, vale muito a pena!

Peça de teatro em Salvador - BA

Peça de teatro em Salvador - BA


Fechamos o dia com um lanche super gostoso em família na casa de Mônica, nos divertindo com as histórias de Yasmin e as recordações de viagens e passagens desesperadoras como assaltos na última viagem na Europa e etc, que depois se tornam hilárias. Afinal, se nada acontecer que histórias teríamos para contar, não é mesmo Monica?

Com a Mônica na Praça Castro Alves, em Salvador - BA

Com a Mônica na Praça Castro Alves, em Salvador - BA

Brasil, Bahia, Salvador, cultura, Lafayette, marina, Mergulho, Praça Castro Alves, quem é ela, teatro

Veja todas as fotos do dia!

Diz aí se você gostou, diz!

O Homem Americano

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara)

Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Viajando nas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


De onde somos? Para onde vamos? De onde viemos? As perguntas existenciais que não querem calar, tem várias formas de serem respondidas. Alguns buscam explicações religiosas, outros preferem a ciência, são diversas teorias que procuram responder a estas perguntas. Uma delas é a arqueologia, que procura provas da existência do homem na terra, assim como a descoberta de informações que expliquem a sua evolução até os tempos atuais.

Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Paredes com muitas pinturas rupestres na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Algumas questões nunca serão respondidas, sobre os seus costumes, os rituais, por que pintavam? Como pintavam? Nunca teremos certeza, mas estas pinturas são hoje a conexão mais próxima que temos com a história de nossos antepassados. A Serra da Capivara está repleta de evidências da existência de tribos que ali viveram há 10, 12 mil anos.

Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Pintura Rupestre na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


A principal corrente hoje afirma que o homo sapiens sapiens chegou à América através do Estreito de Bering e teria levado mais 2 mil anos para alcançar o sul do continente. Antes de iniciar as suas pesquisas no Piauí, Niède compartilhava desta teoria com seus colegas, porém algumas descobertas aqui realizadas mudaram o rumo desta história.

Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Setas indicativas na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Niède defende uma teoria revolucionária sobre a chegada do homem na América do Sul, alegando em suas descobertas vestígios de atividades humanas há mais de 50 mil anos. Uma fogueira estruturada foi descoberta em um sítio arqueológico na Serra da Capivara. Esta fogueira foi datada de 50mil BP (before present) através da técnica de decaimento do Carbono 14. É uma teoria muito controversa, pois para os outros arqueólogos apenas poderá ser totalmente comprovada quando se encontrar fóssil com a mesma datação. O solo da região semi-árida é muito ácido, não permitindo a conservação dos elementos orgânicos que poderiam ser datados através do C14. Nesta teoria o homem teria alcançado a América do Sul através do Oceano Atlântico, que na época possuía um nível muito mais baixo, encurtando, portanto as distâncias entre o continente africano e americano.

Um 'calendário'? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)

Um "calendário"? (na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI)


Se Niede está correta, estes homens tinham feições negróides, africanas, como as de Luzia, fóssil de 11 mil anos encontrado na década de 70 em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte. São centenas de sítios pesquisados, milhares de pinturas rupestres e dezenas de fósseis humanos e de animais da mega-fauna já catalogados. A exposição permanente no Museu do Homem Americano com fósseis, pinturas e textos sobre a teoria da chegada do ser humano no continente sul americano é imperdível. Assim como a exposição da mega fauna que expõe fósseis de preguiças gigantes, tigre de dente de sabre, uma espécie de tatu que chegava ao tamanho de um fusca, entre outros.

Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Paisagem da Toca do Catitu II, na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


O exercício que fazemos durante as caminhada pelas trilhas do parque e suas centenas de tocas, é de imaginar esta caatinga secam uma floresta tropical. Nesta Floresta Amazônica ou Atlântica corriam rios caudalosos, cheios de vida. Os desenhos nos dão uma pista sobre os animais que aqui viviam, emas, peixes, siris, veados, pássaros, onças, entre outros. A caça era atividade constante na vida destes homens pré-históricos, assim como os rituais.

Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Observando um dos inúmeros paredões na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI


Eles se retratam nestas pinturas rupestres com vestes e cocares, em atividades grupais como rituais, caças, situações do cotidiano. O vigor dos homens está presente praticamente em todas as paredes, homens de falos eretos um ao lado do outro, desde o ato sexual, até o registro do nascimento de uma criança. A fertilidade já parecia ser um conceito conhecido e trabalhado por eles, mas algumas respostas estes arqueólogos nunca poderão encontrar.

Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI

Museu do Homem Americano em São Raimundo Nonato - PI


Falta um elo de ligação nesta teoria. Que ligação terão estes homens pré-históricos com os nossos índios? Como teria desaparecido este povo? Por quanto tempo viveram aqui na América antes do aparecimento dos nossos antepassados? Enfim, as perguntas são infinitas e é esta sede que move o trabalho incansável desta equipe aqui na Serra da Capivara. Um lindo e incansável trabalho. Tudo isso acessível à visitação turística de forma super organizada. Além de cenários naturais magníficos é um maravilhoso museu a céu aberto.

Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Fim de tarde na Serra da Capivara, próximo à São Raimundo Nonato - PI

Brasil, Piauí, São Raimundo Nonato (P.N. Serra da Capivara), arqueologia, FUNDHAM, Museu do Homem Americano, Niede Guidon, parque nacional, Parque Nacional da Serra da Capivara, pinturas rupestres

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

Via Junqueira

Brasil, Minas Gerais, São Thomé das Letras, Caxambu

Temos andado por uma região histórica para a Família Junqueira, o que torna a viagem ainda mais curiosa, uma vez que o Rodrigo vem descobrindo novas informações sobre os primeiros Junqueiras no Brasil. O patriarca, João Francisco Junqueira foi o primeiro a chegar de Portugal por volta de 1750, ao que tudo indica, ele começou a fortuna dele no garimpo de ouro. Posteriormente casou-se com uma mulher de linhagem nobre européia e reuniu neste inventário uma das maiores fortunas da época. Um de seus filhos, o Barão de Alfenas, foi homem muito influente, deputado oposicionista à Dom Pedro I, um dos grandes motivos para D. Pedro I voltar a Portugal, passando seu trono ao seu filho, D. Pedro II.

Todas as terras por onde estamos passando, de Carrancas à Caxambu eram parte do grande latifúndio pertencente à João Francisco e herdado por seus filhos, dentre eles Gabriel Francisco Junqueira, tio distante de Rodrigo, o Barão de Alfenas. Em Cruzilha ouvimos dizer que existe um busto de João Francisco e na biblioteca livros com a história da cidade, que girava em torno da família. Quem nos contou foi a garçonete do Massaroca de Carrancas, que é de Cruzilha e comentou sobre o assunto ao reparar no sobrenome do Ro no seu cartão de crédito.

O latifúndio era dividido em diversas fazendas, algumas delas ainda existem com o mesmo nome, como a Atraituba, que fora preparada para uma visita de S. Pedro II com um portal especial que nunca fora aberto. Corre na boca pequena que ele não faltou à visita, mas sim que gostava de entrar pela senzala, fazendo a farra com as belas negras que lá viviam. Na Fazenda Bela Cruz aconteceu a maior revolta escravagista da história imperial no sul do Brasil, o Levante de Bela Cruz, onde os escravos revoltados acabaram com todos os brancos (leiam mais detalhes no blog do Ro). O Rodrigo ficou indignado com os negros que trucidaram seus primos distantes, mas eu confesso que não consigo ficar com raiva... Já pensaram? Só o Barão, irmão e tio dos Junqueiras assassinados, tinha 111 escravos, imagine os outros! Não gosto nem de pensar como eram tratados para terem ficado tão indignados.

Chegando à Caxambú o Rodrigo, sempre nostálgico e com este sangue nobre, não titubeou em escolher o Hotel Glória, o mais tradicional da cidade. Vamos explorar as águas milagrosas de e nos preparar para o Vale do Matutu.

Brasil, Minas Gerais, São Thomé das Letras, Caxambu,

Veja mais posts sobre

Veja todas as fotos do dia!

Não se acanhe, comente!

#DoAviãoEuVejo

Sint Maarten, Juliana

Finalmente, o mar do Caribe! (pousando em St. Maarten)

Finalmente, o mar do Caribe! (pousando em St. Maarten)


Resolvi emprestar o tema do #fotosdeviagem desta semana, já que o post de hoje é dedicado ao mesmo assunto. Voar é sempre bom, nos dá uma perspectiva diferente dos destinos e lugares que vamos conhecer. Hoje cedinho pegamos o vôo St Kitts para St Maarten, com 6 horas de intervalo para o vôo para Saba. Nos vôos madrugueiros da winair o check in internacional funciona na prática como nacional, pois sempre que chegamos 2 horas ou 1h30 adiantados, temos que esperar dormindo nos bancos dos aeroportos até os funcionários chegarem.

Fila de mochilas e malas no balcão da Liat, no aeroporto de St. Kitts - Caribe

Fila de mochilas e malas no balcão da Liat, no aeroporto de St. Kitts - Caribe


O pouso em St Marteen já foi sensacional. Pousamos no Juliana International Airport, logo ao lado das famosas Maho e Mullet Beaches. Esta cena foi a primeira que tivemos ao chegar no Caribe e irá se repetir algumas vezes neste island hopping pela região, já que St Maarten é o hub aéreo das cias aéreas.

Avião de grande porte passa sobre Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe, fazendo a alegria da galera!

Avião de grande porte passa sobre Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe, fazendo a alegria da galera!


Conseguimos já fazer o check in para Saba, nos livrando das bagagens e saímos a pé para as praias. Uma caminhada de 10 a 15 minutos numa estrada sem calçamento, mas tranquila. Finalmente chegamos ao lado holandês da ilha! Realmente tudo muito diferente por aqui, se comparado a St. Martin. Imensos hotéis-cassinos, lojas de todos os tipos e, não sei se por acaso, muitos brasileiros.

Chegando em Sint Maarten - Caribe

Chegando em Sint Maarten - Caribe


Na Maho Beach o esquema é sentar na praia de areias branquinhas e fofinhas, mar daquele azul inacreditável e ficar curtindo os aviões pousarem. Desde os pequenos da Winair e outros vindos de Anguila, até os jatinhos particulares e super jatos da American Airlines e companhia. A praia fica lotada de curiosos, todos procurando lá longe no céu qual será o próximo a pousar. É uma emoção diferente realmente, você tem a sensação nítida que eles vão “pousar” em você.

Avião de grande porte se prepara para pousar no aeroporto de Juliana, ao lado de Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe

Avião de grande porte se prepara para pousar no aeroporto de Juliana, ao lado de Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe


O único problema é que a pista de pouso, também é uma pista de decolagem, e o vento que as turbinas e hélices destes aviões fazem não está no gibi. Tomamos uma chuva de areia surreal, super dolorida. Eu tentei resistir deitada numa barreira que fiz com as malas e me dei muito mal.

Aviso em Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe

Aviso em Maho Bay, praia de Sint Maarten - Caribe


Mais 15 minutos andando pela mesma estrada sem graça e chegamos à Mullet Bay. Praia belíssima, mas abarrotada de turistas. Foi só um pit stop para uma água, um tchibum rápido e já tínhamos que voltar para o aeroporto.

A tranquila e bela praia de Mullet Bay, em Sint Maarten - Caribe

A tranquila e bela praia de Mullet Bay, em Sint Maarten - Caribe


Voando para Saba foi que me dei conta que estava prestes a realizar um sonho de criança, conhecer SABA! O Rodrigo duvidou, pois nunca tinha ouvido falar até pouco tempo atrás. Eu lembro que ouvi este nome no refrão de uma música e perguntei para o meu pai o que era, ele respondeu: uma ilha. Eu sempre a imaginei como uma Jamaica, já que a música era um reggaezinho.

Chegando em Saba, no Caribe

Chegando em Saba, no Caribe


A primeira grande emoção de chegar aqui é o pouso do avião. Já é um avião pequenininho, bimotor de uns 15 lugares e a pista é curtinha, se o piloto não conseguir frear rápido, era uma vez!

Final da pequena pista de pouso da ilha de Saba,  no Caribe

Final da pequena pista de pouso da ilha de Saba, no Caribe


#DoAviãoEuVejo uma montanha imensa de origem vulcânica, Saba é um monte de pedras no meio do mar. Não possui praias, a primeira estrada foi construída na década de 50, até então as pessoas só transitavam por trilhas. Cada passo que você dá na ilha é subindo ou descendo. What a hell viemos fazer aqui? Saba é um paraíso para mergulhadores e hikers, os que gostam de encarar trilhas íngremes e montanhas. Perfeito!

Chegando na pequena e montanhosa Saba, no Caribe

Chegando na pequena e montanhosa Saba, no Caribe


Pegamos um táxi para subir do aeroporto até o El Momo, guesthouse administrada por um holandês figuríssima. Ele só tinha vaga para amanhã, então passamos uma noite na Scout´s Place, bem mais cara, mais central e mais chiquetosa. Eles tem 3 tipos de cottages, os preços variam de 118 UD dolars a 129 + 5% de taxas. O El Momo é mais roots, só para chegar nela já temos que subir uns 50 degraus até o alto da íngreme colina. Lá os preços são mais palatáveis, 65 US dolars com banheiro compartilhado, mas em contrapartida a área comum (restaurante e piscina) é ampla e tem uma vista é maravilhosa.

Caminhando em Windwardside, principal cidade de Saba, no Caribe

Caminhando em Windwardside, principal cidade de Saba, no Caribe


Bom que além de pousada o Scout´s Place possui também um dive center e um restaurante delícia. Agendamos nossos próximos 3 dias de mergulho, um dos melhores do Caribe e mais tarde jantamos lá mesmo. Conseguimos arrumar as coisas e nos inteirar um pouco do mundo pela internet. Não foi difícil descobrirmos da tragédia acontecida no Rio, uma história totalmente sem cabimento. Fico chocada com o poder que um psicopata abandonado pode ter! Já se falou tanto sobre isso na mídia que acho que só me resta lamentar, de coração apertado, e rezar pela paz de espírito destas crianças. #DoAviãoEuVejo um mundo muito mais calmo e pacífico do que este aí embaixo.

Passando sobre as Granadinas, durante o vôo entre Trinidad e Sint Maarten, no Caribe

Passando sobre as Granadinas, durante o vôo entre Trinidad e Sint Maarten, no Caribe


Ah! Não esqueçam de entrar no facebook na página “Fotos de Viagem” (http://www.facebook.com/home.php#!/FotodeViagem) e curtir as fotos do concurso desta semana com o tema que emprestei a este post. Fotos lindas, gente bacana da melhor qualidade.

Sint Maarten, Juliana, #DoAviãoEuVejo, beach, Caribbean, Maho Beach, mar, Praia, sea, Sint Maarten

Veja todas as fotos do dia!

Comentar não custa nada, clica aí vai!

As montanhas de Minas

Brasil, Minas Gerais, Poços de Caldas

Vista da Casa da Serra em Poços de Caldas - MG

Vista da Casa da Serra em Poços de Caldas - MG


Casa da Serra, Pedra Balão e Pico do Gavião. Esta foi a programação do dia de hoje. Depois de um belo café da manhã mineiro, com direito à torrada de nata com queijo ralado e bolo de cenoura, fomos para a casa da serra, torcendo para que o dia abrisse. Ainda estava nublado, mas quando chegamos lá em cima do céu azul já estava aparecendo e a paisagem mineira novamente nos deixa maravilhados.

Com o Lulu na Casa da Serra em Poços de Caldas - MG

Com o Lulu na Casa da Serra em Poços de Caldas - MG


Montanhas e mais montanhas e ao fundo a Pedra Balão, outra atração turística da cidade. É para lá que vamos, pegamos todos os sobrinhos e andamos mais alguns quilômetros em sua direção. Parece que alguém equilibrou estas pedras para vermos ainda mais do alto, esta bela paisagem.

Pedra Balão em Poços de Caldas - MG

Pedra Balão em Poços de Caldas - MG


Com o Antônio na Pedra Balão - MG

Com o Antônio na Pedra Balão - MG


Com o João Pedro na Pedra Balão - MG

Com o João Pedro na Pedra Balão - MG


Almoçamos e rumamos à Andradas, principal atração do dia. 30km de Poços de Caldas, Andradas possui um dos pontos mais altos da região, utilizado como rampa de paraglider e asa delta, o Pico do Gavião. No caminho vemos como a produção de eucalipto na região aumentou, há inclusive uma discussão sobre os possíveis malefícios para a terra, alguns defendem que o eucalipto seca as fontes de água naturais no seu entorno. Curiosa e importante discussão, justamente uma região conhecida pelo Circuito das Águas. No alto da montanha, antes de chegar a Andradas dobramos à direita e mais 14km de terra até o pico. Parte da estrada passa pelo Caminho da Fé, o Caminho de Santiago brasileiro, muito conhecido pelos ciclistas.


Mais alguns quilômetros de eucaliptos e um riacho depois, chegamos à portaria do Pico do Gavião. Dentro de uma propriedade particular, são cobrados apenas 3 reais por pessoa para manter uma ótima infra-estrutura lá em cima. Banheiros, churrasqueira, estacionamento, além do mais importante: um vasto gramado bem conservado e diversas birutas apontando a direção do vento.


São quase 360° de visão do alto dos seus aproximados 1660m de altitude. O vento, agora gelado, também mostra que mais cedo as condições para os vôos devem ser perfeitas! Que lugar maravilhoso! Chegamos no horário certo para ver o pôr-do-sol. Inclusive já estava com saudades dele, depois de tantas cidades e arranha-céus já nem lembrava como foi nosso parceiro inseparável nos fins de tarde caribenhos.


Vontade de voltar para acampar lá em cima, saltar de asa delta, paraglider, tomar um vinhozinho no pôr-do-sol ou sob o céu estrelado. Mais um programa que fica anotado para depois, quando voltarmos dos nossos 1000dias!


Brasil, Minas Gerais, Poços de Caldas, Andradas

Veja todas as fotos do dia!

Participe da nossa viagem, comente!

Austin, Texas!

Estados Unidos, Texas, Fredericksburg, Austin

O capitólio estadual, maior que o federal, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

O capitólio estadual, maior que o federal, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Texas, um dos estados mais conservadores e republicanos dos Estados Unidos, conhecido por suas grandes pradarias, megafazendas, boa carne, cowboys, botas, chapéus e fivelas. A verdadeira terra de Malboro onde os mexicanos abriram as portas e levaram uma puxada de tapete histórica, perdendo espaço para os gringos que, aliados aos indígenas, fizeram uma guerra para tornar o território mexicano, “o mais americano” de todos eles.

Quadro representando a famosa batalha do Alamo, no prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Quadro representando a famosa batalha do Alamo, no prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Não é curioso que justamente os defensores do porte de arma, nacionalistas aguerridos e caçadores de troféus tenham, no coração do seu estado, uma das capitais mais independentes, modernas, tecnológicas e progressistas do país? Pois é, estes americanos não cansam de nos surpreender.

Do alto do capitólio, a visão da cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Do alto do capitólio, a visão da cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Quem faz Austin uma ilha independente, eclética e liberal são as pessoas que escolheram viver ali. Estudantes, músicos, geeks que ao invés do Silicone Valley, vem direto para as Silicone Hills, junto com as empresas de tecnologia como Google, Facebook, Apple, Cisco, Ebay/Paypal, Intel, AMD, Samsung, Oracle, HP e tantas outras que empregam milhares de graduados das turmas de engenharia e ciência da computação da University of Texas em Austin.

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A cena musical a rendeu o apelido “The Live Music Capital of the World”, devido ao grande número de bares com música ao vivo e músicos que vivem por aqui. Não vale a pena comparar e discutir se ela realmente é a capital, pois não sei se já notaram, mas aqui nos Estados Unidos tudo é “o maior, o melhor, e a capital do mundo”. Fato é que a cidade abriga grandes festivais como o Austin City Limits Music Festival, 3 dias que reúnem 150 apresentações e mais de 225 mil pessoas no Zilker Park, além do Austin Reggae Festival ou Marleyfest (Abril) e até um Carnaval Brasileiro! Aqui são lançadas novas bandas, gravadoras descobrem novos talentos e, com o potencial de consumo do país, é aonde tudo acontece. É, eles tem motivos para se sentirem “a capital mundial da música”.

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Recentemente os austinites adotaram um slogan extraoficial “Keep Austin Weird”, quase como um movimento cultural local que tem orgulho do seu ecletismo, liberalidade e independência não apenas em relação ao Texas, mas ao mundo. Somos assim, podemos ser “weird”, mas e daí?

Camiseta vendida em Austin, no Texas, nos Estados Unidos

Camiseta vendida em Austin, no Texas, nos Estados Unidos


Os restaurantes locais são os melhores, os pequenos bares, os negócios alternativos e lojas que ainda não foram dominadas pelas grandes corporações americanas. Uma cidade onde podemos encontrar uma alma americana, orgulhosa das suas raízes locais. Los Angeles, San Francisco, Nova Iorque possuem esta alma, mas grande parte do que as ajudou a construí-la foram os milhares de imigrantes que fazem parte do consciente coletivo da cidade. Aqui encontramos sim alguns mexicanos, mas a maior parte de quem forma esta identidade e suas esquisitices são os próprios americanos. Genial!

O famoso Whole Foods Market nasceu em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

O famoso Whole Foods Market nasceu em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Nós chegamos à Austin depois de uma rápida passagem por Fredericksburg, uma pequena cidade de colonização alemã, onde almoçamos em uma padaria deliciosa e o Rodrigo finalmente fez a barba e cortou a imensa cabeleira. Já estava na hora!

A influência alemã continua forte em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos

A influência alemã continua forte em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos


Pronto para fazer barba e cabelo em barbearia tradicional de Fredericksburg, no Texas, nos Estados Unidos

Pronto para fazer barba e cabelo em barbearia tradicional de Fredericksburg, no Texas, nos Estados Unidos


Enquanto ele cortava o cabelo, eu na sala de espera, fiquei estupefata com as manifestações de apoio à posse de armas espalhadas pela parede. Parede de caçadores, com certeza, mas com a história do tiroteio na escola em Connecticut ainda quente, foi o que precisou para sentir que realmente estava no Texas.

Luta contra o controle de armas em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos

Luta contra o controle de armas em Fredericksburg, cidade de origem germânica no Texas, nos Estados Unidos


Algumas horas depois nós chegamos em Austin e eu já sabia sobre essa fama alternativa da cidade. Estava ansiosa para chegar lá e finalmente encontrar a nossa amiga virtual, Lu Misura, uma blogueira brasileira que vive em Austin.Inclusive, boa parte do nosso roteiro foi feito com base nas suas dicas do seu blog Colagem.

Com a Lu Misura, visitando a Hamilton Pool, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

Com a Lu Misura, visitando a Hamilton Pool, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


A Lu nos guiou no nosso primeiro dia na cidade e arredores. As boas vindas não poderiam ter sido melhores, um almoço no Salt Lick Texan BBQ, um autêntico churrasco texano! Perfeito para nos alinharmos, colocarmos o papo em dia e conhecermos um pouco mais da cultura do lugar contada por quem a vivencia todos os dias.

O famoso molho para barbecue feito na própria salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

O famoso molho para barbecue feito na própria salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Um legítimo e suculento Bar-b-que americano, na Salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

Um legítimo e suculento Bar-b-que americano, na Salt Lick, em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Durante a tarde fomos conhecer a Hamilton Pool, um dos famosos swim holes da região, uma cachoeira belíssima a uns 30 minutos de Austin. Nesta época o clima ainda está meio frio para nadar, mas durante o verão eles se tornam os refúgios para os texanos que vivem na região.

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos

A bela Hamilton Pool, uma piscina natural entre um grande rochedo, perto de Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos


Nosso segundo dia na cidade foi fazendo o roteiro básico.Começamos pelo Zilker Park, principal parque da cidade, que além de campos, parquinhos e áreas de piquenique, tem uma nascente de água onde o pessoal costuma se refrescar nos dias quentes. É neste parque que rola o festival de música da cidade e outros eventos culturais.

Passeando no Zilker Park, o parque mais conhecido de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Passeando no Zilker Park, o parque mais conhecido de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A segunda parada foi na Flagship Store do Whole Foods, a loja número 1 da rede americana de varejo com foco em alimentos naturais, sustentabilidade e viabilidade social e ambiental.

Uma das diretrizes do Whole Foods, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Uma das diretrizes do Whole Foods, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Os produtos são maravilhosos, a loja é toda intercalada por restaurantes com diferentes temáticas, cafés, almoços rápidos, buffet de saladas, queijos e vinhos, enfim, um balcão para cada gosto ao lado das gôndolas do supermercado. A loja cria um conceito e um ambiente perfeito para a interação do consumidor com os produtos e a experiência de compra se torna muito mais prazerosa. Um sonho para o consumidor consciente e preocupado com sustentabilidade.

Alimentos orgânicos no Whole Foods de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Alimentos orgânicos no Whole Foods de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Fazendo compras no Whole Foods original, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Fazendo compras no Whole Foods original, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


A terceira parada foi no Capitólio do Texas, um imenso edifício onde está centrado o poder do segundo maior estado americano. Um lugar bacana para entender como se passou a história da um estado que já foi nação e sua posterior anexação ao território americano. O Rodrigo, meu marido historiador, conta parte desta história neste post aqui.

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Interior do prédio do capitólio, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Salão histórico do capitólio do Texas, em Austin, nos Estados Unidos

Salão histórico do capitólio do Texas, em Austin, nos Estados Unidos


Ainda demos uma passada rápida na REI, loja de equipamentos esportivos e de aventura, único lugar onde eu me torno consumista. A noite resolvemos matar as saudades de casa e fomos em um dos restaurantes indicados pela Lu Misura, a Churrascaria Estância.

A equipe da churrascaria Estancia, que nos recebeu tão bem na cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

A equipe da churrascaria Estancia, que nos recebeu tão bem na cidade de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Uma autêntica churrascaria brasileira, com direito ao buffet completo de saladas e queijos, espeto corrido com picanha, linguiça toscana, filet mignon e todos os melhores cortes brazucas, além da banana frita, farofa, pão de queijo e caipirinha! Ai que saudades da comida de casa... O dono é catarinense e viveu vários anos no Rio Grande do Sul, parte do staff era formado por brasileiros, assim que não poderíamos estar nos sentindo mais em casa! Ao final, tão emocionados com a nossa viagem quanto nós com a qualidade da comida, da carne e do atendimento, que acabamos sendo convidados pela equipe! Muito obrigada pessoal! Vocês foram incríveis!

Maravilhoso jantar na churrascaria brasileira Estancia, servidos também por equipe brasileira, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Maravilhoso jantar na churrascaria brasileira Estancia, servidos também por equipe brasileira, em Austin, no Texas. nos Estados Unidos



Austin by Night

Não poderíamos partir sem conhecer a noite de Austin, afinal queríamos ver aonde se escondia toda a esquisitice e criatividade da cidade. Fomos à famosa 6th Street. Onde se concentram os bares mais movimentados do centro, mas aquele clima de bares americanos, rock, grandes televisões com futebol americano, basquete ou baseball e um bando de cabeludos mal ajeitados para fora. Não era bem o que eu tinha em mente.

Um dos famosos carrinhos de lanche de Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Um dos famosos carrinhos de lanche de Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Caminhamos um pouco mais e chegamos à 4th Street, uma banda dos anos 80 tocava um Boggie Woogie em um Irish Pub, que não importa onde você esteja no mundo, é sempre o mais animado. Foi quando encontramos um cara descolado parado em uma esquina. Ele tinha um bike-táxi, transporte que leva os baladeiros de bar em bar. Ele viu que estávamos em busca de algo diferente, sentiu o nosso clima e nos indicou o novo point das baladas aqui em Austin.

Não é muito longe do centro, mas como já era na direção do nosso hotel, pegamos a Fiona e fomos de carro para lá, quase na beira do rio, entre a Rainey St. e a River St. Deixamos o carro estacionado no hotel, o Holliday Inn Town Lake e caminhamos duas quadras até o local do burburinho.

Encontro com um gaúcho e sua esposa americana em Austin, no Texas. nos Estados Unidos

Encontro com um gaúcho e sua esposa americana em Austin, no Texas. nos Estados Unidos


Há alguns anos este canto do centro de Austin estava praticamente abandonado, casas de madeira super charmosas, mas antigas, precisando de reformas. Um bar veio, logo surgiu outro e mais outro e hoje são mais de 15 bares espalhados por 2 ou 3 quadras, um ao lado do outro, todos com um clima de festa universitária, uma área aberta com mesas coletivas, bares completos, drinks, cervejas e cada um com um estilo de música, jogos e decoração. Há o que faça a linha mais TexMex, outro "cultzinho" como um café e livros, outros com banda ao vivo e pista de dança. Nós ficamos algumas horas bar hopping, pulando de bar em bar, e passamos pelo Icelandic, Ilegal Bar, com drinks de mezcal, Bar 69 e outros. Muitas músicas boas, público jovem e bonito, alto astral, basta escolher o seu estilo e entrar. Se isso é manter Austin Weird, eu estou dentro!

Estados Unidos, Texas, Fredericksburg, Austin, Capital, Hamilton Pool, Metropole, Texas BBQ

Veja todas as fotos do dia!

Quer saber mais? Clique aqui e pergunte!

Página 116 de 113
Blog da Ana Blog da Rodrigo Vídeos Esportes Soy Loco A Viagem Parceiros Contato

2012. Todos os direitos reservados. Layout por Binworks. Desenvolvimento e manutenção do site por Race Internet