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Lurdes (05/01)
Olá Ana,linda cidade,a descrição que vc fez dela tornou-a simpática e...
Paulinha Ribas (04/01)
Guria, vc já leu ou já ouviu falar em "Exilados de Capela"? Explica um...
Viagem para Mulheres (27/12)
Ler os posts de vocês dá vontade de sair correndo e fazer o mesmo! Me ...
Mario Sergio (24/12)
mario sergio silveira (21/12)
Oi filha, pare de viajar tanto. Onde foi que eu errei? Volte, volte!!!!!!...
O antigo porto de Cayenne, na Guiana Francesa
Segunda-feira, 6h40 da madruga e eu já estava na fila do Consulado do Suriname. Não era a nossa última saída, mas a melhor solução para a minha entrada no Suriname e para a continuação da viagem. A esta hora da manhã eu já era a terceira pessoa na fila, o segundo era um viajante mochileiro alemão muito figura. Nós havíamos visto ele em Cacao e hoje viemos a nos encontrar e saber mais sobre os planos.
Place du Coq, em Cayenne - Guiana Francesa
O consulado só abria as 9h, então ficamos ali sentados por horas conversando sobre viagens, planos e nossas experiências. Ele viaja com 15 dólares por dia, 5 para alimentação, 5 para transporte e 5 para dormir. Geralmente dorme acampado, já conseguiu acampar no centro de Atenas, na Grécia, sobre a laje de um prédio e ao lado do aeroporto JFK em Nova Iorque. Tudo depende da sua disposição e do tipo da viagem de decide fazer. Ele consegue viajar em torno de 6 meses por ano e trabalha os outros 6 meses como instrutor de esportes de aventura, professor de ioga, etc. Da Guiana ele seguirá para o Suriname, Guiana Inglesa, Barbados, NY e de lá voltará para casa, depois de uma longa viagem pela América do Sul. Adoro encontrar pessoas com este espírito aventureiro e que encontram as mais diversas formas de realizar seus planos e sonhos.
Baía em Cayenne, na maré baixa (Guiana Francesa)
Assim o tempo passou rapidinho e quando vimos eu já estava com as fotos (obrigatórias para o visto) e documentos preenchidos em mãos, começando a ser chamada para o processo do visto. Eles nos chamam para conferência dos documentos, revisam os mesmos, pedem ajustes se necessário e voltam a atender. Depois de pagos os 42 euros, ganhamos a confirmação do retorno para buscar o passaporte (com ou sem visto), geralmente 28h depois. Como é carnaval o visto ficaria pronto apenas na quinta-feira. Enquanto eu estava na fila, porém, o Rodrigo havia ficado para conversar com um contato que nos foi passado, que poderia agilizar o processo. Feito todo o procedimento normal, este contato foi providencial, pois conseguiu antecipar a entrega do visto, deixando-o pronto em uma hora! Tenho visto! Desta forma já estamos com o pé lá no Suriname.
O visto do Suriname, obtido em Cayenne - Guiana Francesa
Almoçamos em uma delicatessen aqui no centro de Cayenne e fomos conhecer o antigo porto da cidade. Um espaço infelizmente pouco aproveitado pela cidade, em meio ao manguezal, garças, colhereiras e alguns poucos pescadores.
Colhereiros e garças aproveitam a maré baixa em Cayenne para se alimentar na lama deixada para trás pelo mar, na Guiana Francesa
Mais tarde conseguimos encontrar a nossa amiga Elza, saindo de sua aula de capoiera foi nos encontrar na pizzaria em Remirè-Montjoly. Um distrito vizinho de Cayenne próximo da praia onde moram pessoas mais abonadas, professores e funcionários do governo que podem pagar aluguéis mais salgados para morar pertinho do mar. Elza é agrônoma e trabalha para o governo francês no desenvolvimento da agricultura na Guiana Francesa. Ela está há 4 meses aqui, veio à trabalho mas também por que queria resgatar um pouco das raízes de sua família. Sua avó morou aqui na Guiana Francesa, criou seus filhos e retornou à França. Ela nos convidou para uma festa típica guianesa que acontece somente durante o carnaval. Juma festa de máscaras, as mulheres devem vestir-se completamente, sem deixar aparecer um centímetro de seu corpo, todas mascaradas, omitindo suas identidades. Os homens não usam fantasia alguma, no entanto são obrigados a aceitar os pedidos de dança feitos por qualquer mulher, assim como pagar a elas bebidas sem nunca descobrir sua identidade. Quando eles perguntarem a elas o seu nome, todas devem responder alterando sua voz “Je sui Touloulou.” Esta é a brincadeira da festa e todos a respeitam, segundo Elza, todos que decidem participar da festa entram e saem sem saber quem é a mulher com quem estão dançando ou conversando. Fiquei curiosíssima, amanhã terá uma festa touloulou, o difícil será convencer o Rodrigo a participar!
Com a Elza e sua super vespa, depois do jantar em Montjoly, região de Cayenne - Guiana Francesa
Obsservando praia do Rio São Francisco em Januária - MG
Quem diria que em plena Januária, norte de Minas Gerais, teríamos uma tarde com um flashback dos anos 80. Atravessamos de barco de uma margem para outra e chegamos à barraca do Primo. Chegando lá o CD de brega que estava tocando logo foi substituído por uma coletânea de anos 80. Dire Straits, Guns and Roses, Queen, entre outros.
Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG
O Rodrigo começou uma viagem pelo tempo, lembrando da sua adolescência e tempos de faculdade. Digo que ele tem sorte de ter se casado com uma meninona que gosta de música e tem boa memória, pois enquanto ele estava nas pistas de dança curtindo estes lançamentos eu estava no primário. Engraçado foi que essa viagem musical o levou para um flashback por entre os filmes do Rocky. Eu nunca assisti nenhum deles por completo, portanto ele passou a me contar cada um, do Rocky 1 ao Rocky 4. A história emocionante do duelo entre o Apolo e o Rocky, boxeador de terceira categoria que se tornou um vencedor. Porém ele não poderia deixar de citar o lendádio “The Champ”, filme clássico dos anos 70. Foi quando comecei a perceber uma voz mais trêmula, emocionada. “Esse pessoal que produz filmes de boxe, conta a história de um jeito para nos fazer chorar”, disse o Rodrigo. É a história de um pai, lutador decadente, que consegue vencer uma luta dificílima de olho no dinheiro para criar seu filho de 9 anos e morre minutos depois da luta. É aí que acontece a cena mais forte do filme, quando o filho chega à maca onde está o pai desfalecido e chorando diz “wake up Champion, wake up!”. Muito emocionado e com lágrimas nos olhos meu lindo finaliza a história: “Ninguém conseguia sair do cinema sem chorar, eu mesmo havia prometido e não consegui.” Como diz a minha amiga Ju, “quem gueeenta?”, enquanto ele chorava de emoção eu chorava de tanto rir! Nunca vi uma coisa dessas!
Barraca na praia do Rio São Francisco, em Januária - MG
Meio de transporte comum em Camaguey, em Cuba
Não somos e não temos a intenção de ser um guia de turismo, mas algumas dicas podem ser valiosas para organizar e agilizar a sua viagem para Cuba.
CÂMBIO
O sistema econômico é um tanto quanto esquisito. Hoje o país possui duas moedas, a Moneda Nacional (25 pesos = 1 CUC) e os CUCs ou Pesos Convertibles (CUC$ 1,00 = US$ 1,10 ). Notaram que um dólar vale 10% menos que um CUC? Sim, existe uma taxa sobre a moeda americana. A dica é viajar para Cuba com euros que não são taxados e valem 1 Euro = 1,26 CUCs (cambio variável).
HOSPEDAGEM EM CASAS DE FAMILIA
Dentro do sistema socialista e comunista uma das formas que os cubanos têm de fazer dinheiro é recebendo turistas em suas casas. Existem as casas legais, licenciadas pelo governo e é claro, também existem as ilegais. A diferença de custo deve ser de uns 10 CUCs e sem dúvida é o conforto e a qualidade. A casa mais famosa de Havana é a Casa de Ana e Pepe, estão super bem indicados no Trip Advisor e sempre lotados, por isso Pepe trabalha também como agente de turismo, agenciando as casas em Havana e outras cidades e é claro, cobrando uma comissão deles por isso. A comissão é em torno de 5 CUCs, então se você agendar direto o valor deve ser um pouco mais barato do que o citado. Segue abaixo a lista das casas onde ficamos hospedados em cada uma das cidades.
Reencontro com a Dona Margarita em Havana, em Cuba
La Havana – Casa de Dona Margarita
Endereço: Calle 21, 1252. Entre Calles 20 e 22. Bairro El Vedado.
Tel.: (537) 8302601
Preço: CUC $ 30,00 + 6 CUCs de café da manhã.
Cienfuegos – Casa de Omar e Ileana
Endereço: Avenida 52, 4309. Entre calles 43 e 45.
Tel.: 0 4355.0408
Preço: CUC $ 25,00 + 5 CUCs de café da manhã.
Trinidad – Casa de Humberto e Magalys
Endereço: Alameda Jesus Menéndez, 15. Entre Calles Lino Pérés e Camilo Cienfuegos.
Tel.: 0 4199.3192
Preço: CUC $ 25,00 + 5 CUCs de café da manhã.
Camagüey – Casa de Mirian Guerra de La Cruz
Endereço: Calle Joaquin de Agüero, 525. Entre 25 de Julio e Perucho Figueredo. Reparto Vigía.
Tel.: 0 3228.2120/ 0 5270.3252
Preço: CUC $ 20,00 + 5 CUCs de café da manhã.
Santiago de Cuba – Casa de Georgina Martinez
Calle Pérez Carbó, 1570. Entre Aguilera e Lico Bergue.
Tel.: 0 2262.5354
Preço: CUC $ 25,00 + 5 CUCs de café da manhã.
ALUGUEL DE CARRO
Com o nosso carro em Playa Ancón, em Trinidad - Cuba (foto de Laura Schunemann)
Nosso amigo e companheiro de viagem fez uma pesquisa e negociações com as empresas de locação de carro e a que ficou mais em conta foi a Cubacar, embora comparada com outros lugares ainda seja muito caro. Pagamos 75 dólares/dia + 15 dólares de seguro diário + 3 dólares por dia para adicionar um segundo condutor e 100 dólares de taxa de retorno, pois entregaremos o carro em Santiago e não em Havana. Viabilizou porque estamos em 4 pessoas, senão viajar de ônibus seria a melhor opção. Outra companhia que pode ser pesquisada é a Rex. Vale a pena reservar com antecedência, os carros estavam completamente esgotados em Havana, para locação para os próximos três dias para irmos à Viñales. Acabamos encontrando um carro médio (econômico estava esgotado) na Cubacar em frente ao Terminal da Via Azul do El Vedado.
LINHAS AÉREAS
O incrível mar na costa sul de Cuba, voando para Havana
As companhias aéreas de Cuba oferecem poucos horários de vôo, então é obrigatória a compra das passagens com antecedência, mesmo que você tenha tempo para a sua viagem. É comum os vôos mais requisitados ficarem lotados, sem possibilidade de compra com mais de um mês de antecedência. As companhias disponíveis são a Cubana de Aviación, Aero Caribbean e a jovem Aerogaviota.
Check in – vôos nacionais duas horas antes do horário do vôo e três horas em vôos internacionais. Chegar com antecedência para o check in é obrigatório. A oferta de horários e aeronaves é baixa, portanto as companhias aéreas fecham o check in dos passageiros e abrem a lista de espera uma hora antes, para dar tempo dos passageiros chegarem ao aeroporto e embarcarem.
ÔNIBUS
Parada na rodoviária de Santa Clara, em Cuba
São duas principais companhias de ônibus em Cuba, a Via Azul e a Astro. A Via Azul é mais confortável e mais cara do que a Astro, que é o transporte mais acessível, mas ainda assim a Via Azul é bastante utilizada pelos cubanos. Algumas agências de turismo conseguem organizar transfers com a Transtur, empresa voltada apenas para turistas, que trabalha mais com grupos e fretes. A Transtur costuma ser mais rápida, sem muitas paradas, mas tem menos opções de horários. No site da Via Azul podem ser feitas reservas online, melhor opção que comprar em agências de viagem, que muitas vezes não repassam a reserva à central, como aconteceu conosco. Em qualquer uma delas a dica é levar água, algum biscoito e deixar os casacos de frio à mão, pois o ar condicionado é congelante!
Horários: achei uma página bem simples, mas que tem várias informações sobre transporte em Cuba. Sua última atualização foi em Julho de 2011, mas já ajuda a dar uma boa noção de horários de passagens e tem alguns telefones úteis.
TRANSPORTE ROOTS
Esperando o trem passar, na viagem entre Trinidad e Camaguey, em Cuba
Se o seu negócio é preço baixo e você não se importa de passar um dia ou quem sabe até três em transito, existem as opções de trem e caminhão. Além de mega lotado, o trem é antigo e por isso um percurso de 15 horas às vezes pode levar três dias, pois a locomotiva quebra e pára para reparos no caminho. Detalhe, não tem nem um vagão restaurante ou ambulantes ao redor do trem para vender uma cervejinha.
Transporte por caminhão, o mais popular em Cuba (estrada entre Pinar del Rio e Havana)
O caminhão é a opção mais roots, é como a maioria dos cubanos viajam, alguns com banco outros só na caçambona mesmo. Conhecemos dois brazucas que fizeram em três dias de Havana para Santiago em caminhão e carona. Eles gastaram apenas 5 CUCs, mas confessaram que foi um perrengue e a volta seria de ônibus.
Caminhando pelas ruas de Washington, capital dos Estados Unidos
Visitar uma cidade ou um lugar pela segunda vez sempre tem um sabor diferente. A ansiedade de conhecer “tudo ao mesmo tempo agora”, é substituída pelo prazer de reencontrar lugares e, de alguma forma se sentir mais íntimo da cidade. No nosso caso essa intimidade parece ser aumentada pelo fato de estarmos há bastante tempo longe de casa, é quase como reencontrar um velho amigo, aquela cara conhecida, sorriso reconfortante, mas ainda assim cheio de histórias novas para contar.
Caminhando pelas ruas de Washington, capital dos Estados Unidos
Nós chegamos à Washington no início da tarde, foi o nosso debut no priceline.com, indo parar no Marriot Wardman Park, à meia quadra do metrô e ao lado do zoológico. Deixamos a Fiona descansando e, após um almoço no Medaterra, saímos animadíssimos rumo ao transporte mais democrático e prático difícil de ser encontrado pela Latino América: o metrô! Coisa de primeiro mundo, em poucos minutos estávamos descendo no Farragut West Metrô, a três quadras da Casa Branca.
Depois de tanto tempo, estamos andando de metrô novamente! (em Washington, capital dos Estados Unidos)
A cada passo a memória se deleitava em identificar ruas, nomes, esquinas e cenas cotidianas de uma grande cidade que há tempos vivia adormecida no meu subconsciente. Gente correndo de lá para cá na agitada capital, mas dessa vez não apenas de terno e gravata, mas com seus tênis e ipods. A primavera não apenas colori as floreiras e os guarda-roupas dos capitalinos, mas empresta à seriedade da terra dos senadores e políticos americanos um ar mais alegre, despojado e informal.
Celebrando com Frozen Marguerita (mais barata, na hora do happy hour!) a chegada à Washington, capital dos Estados Unidos
A avidez por informação e novidade vai me inundando e tudo que era tranquilidade, se torna curiosidade e vontade de multiplicar o calendário mundial, mudar as regras, incluir 30 horas no dia, 10 dias por semana, 530 dias no ano. Assim poderíamos rever a cidade, os antigos museus e suas novas coleções, os novos museus com suas relíquias e reencontrar velhos e novos amigos.
A famosa Casa Branca, residência do presidente americano em Washington, capital dos Estados Unidos
Na falta do tempo vamos direto ao que interessa e finalmente saímos da virtualidade, em um delicioso happy hour no Circa, com Claudia do blog Aprendiz de Viajante (@aprendizviajante) e Teté do Escapismo Genuíno (@viajantete). Viemos nos acompanhando mutuamente há quase dois anos na twittolândia e blogosfera viajante, ambas são muito ativas e a Cláudia é uma das cabeças de um movimento para reunir e fomentar a troca de informações entre os blogueiros de viagem e turismo na world wide web.
Encontro com a blogueira e amiga Cláudia, do blog "Aprendiz de Viajante", em Washington, capital dos Estados Unidos
Cláudia mora há anos em DC, casada com um americano e com dois filhos lindos, se divide entre consultorias na área de tecnologia e o seu blog de viagens, cada vez mais profissional. Teté é publicitária, baiana acariocada que foi criada entre o Perú e os EUA e começou a escrever sobre viagens quando morou na ilha de Chipre! Ela trabalha com planejamento e faz freelas e home office acompanhando o maridão Gustavo, paraquedista profissional, nas viagens pelo mundo. É tão bacana ver que existem outras formas de viver... ninguém aqui diz que é fácil, mas sim é possível!
O encontro das blogueiras Tetê (Escapismo Genuíno), Ana (1000Dias) e Cláudia (Aprendiz de Viajante) em bar de(Washington, capital dos Estados Unidos
O fim de tarde embalado por diferentes vidas, viagens e muitas risadas, logo se transformou em noite e se estendeu na casa onde Teté e Gustavo estão passando esta temporada em DC. Nos despedimos prometendo um reencontro pronto em breve, não longe daqui, na casa de mais dois companheiros de viajosfera, Mauricio e Oscar (@MauOscar), que vivem no estado vizinho do Delaware. Já na saída Teté nos presenteou com um livro do casal de viajantes sulistas do “Mundo por Terra”, que deram a volta ao mundo em 1033 dias, passando pela Ásia, África e Oceania, num super incentivo para escrevermos também a nossa história. Espero poder devolver o presente à altura daqui alguns anos.
Chegando à Washington, capital dos Estados Unidos
Arte na destilaria Mount Gay, a mais tradicional de Barbados, na capital Bridgetown
Depois de um dia inteiro de chuva o sol finalmente deu o ar da graça. Uma manhã ensolarada e tão quente que não demorou muito para formar um temporal tropical. Conseguimos ficar na praia uns 15 minutos e a ventania logo expulsou todos os turistas de volta para os seus hotéis. Voltamos para a pousada e aproveitamos “a deixa”, leia-se chuva, para trabalhar um pouco no blog e antes da programação de “dia chuvoso” ser colocada em prática.
Dia de sol e mar turquesa na praia de Dover, em Barbados
Dia de sol e mar turquesa na praia de Dover, em Barbados
Eu ainda aproveitei para dar um delicioso TCHIBUM na prainha em frente ao hotel com chuva e tudo! Junto comigo só alguns pescadores e o instrutor de stand paddle! Acho o máximo e sempre quis aprender, “é hoje!”, pensei, mas a chuva e o vento não estavam facilitando muito, então marquei uma aula para amanhã na Carlisle´s Bay.
Aula de Stand-up Paddle na praia de Dover, em Barbados
Assim que colocamos os pés para fora do quarto o sol apareceu, mas a nossa programação era um dos itens obrigatórios em Barbados: uma visita a mais antiga destilaria de rum do mundo!
O mais famoso e antigo rum de Barbados e do mundo, na destilaria Mount Gay, na capital Bridgetown
Mount Gay Rum é a marca de rum mais antiga do mundo ainda em produção. Os registros que comprovam sua antiguidade datam de 1703, embora o rum sem marca já fosse produzido na mesma fazenda desde 1637. São mais de 300 anos de experiência e dedicação à arte da destilação e blending na produção do rum.
Degustação de rum na destilaria Mount Gay, a mais tradicional de Barbados, na capital Bridgetown
A família que curiosamente pertencia à família Sober´s. O nome Mount Gay foi uma homenagem prestada pela família Sober ao seu amigo e grande executivo que liderou a companhia e a tornou internacionalmente conhecida, Sir John Gay Alleyne.
Nossa guia nos leva em tour pela destilaria Mount Gay, a mais tradicional de Barbados, na capital Bridgetown
O tour começa pela brand room, uma sala com explicações sobre a origem da destilaria, passa por um anfiteatro onde assistimos um vídeo sobre a história e o processo produtivo, chegando à planta onde o rum é engarrafado e depois distribuído para mais de 55 países em todo o mundo. A visita dura em torno de 45 minutos, mas são os últimos 10 minutos que fazem todo o tour valer à pena.
A degustação passa pelos quatro principais blendings da marca: Eclipse Silver, Eclipse, Black e Extra-Old. O que as diferencia é o tempo de envelhecimento nos barris de carvalho, sendo a Silver filtrada após o envelhecimento, perdendo a coloração amarelada peculiar do rum. O que faz um rum muito especial, além da qualidade da planta e do melaço de cana utilizado no processo, são os blendings feitos pelo “master blend” da marca. Os segredos que fazem o Mount Gay Rum ser considerado um dos melhores runs do mundo não são revelados, mas umas dicas como ser dos poucos com dupla destilação no mundo. Outro ingrediente especial é a água da ilha de Barbados, filtrada naturalmente nos lençóis freáticos e nas rochas calcárias da ilha de formação coralínea.
Deliciosa degustação de rum na destilaria Mount Gay, a mais tradicional de Barbados, na capital Bridgetown
Uma dica importante é não fazer como nós e escolher o último horário de visita (15h30), pois a guia pode estar apressada para ir embora. Como chegamos mais cedo acabei acompanhando um tour especial feito para um grupo de turistas de um cruzeiro. A apresentação e a experiência de degustação foram completamente diferentes! Além de mais detalhes sobre como apreciar e diferenciar os tipos de rum, o bom humor e as informações dadas pelo embaixador da marca fizeram a experiência especial.
Deliciosa degustação de rum na destilaria Mount Gay, a mais tradicional de Barbados, na capital Bridgetown
Após alguns shots demoradamente saboreados, não poderíamos sair dali sem uma garrafinha de Mount Gay, e o Extra Old foi o preferido pelo casal aqui.
Relaxando no fim de tarde na varanda do nosso quarto em Dover, na costa sul de barbados
Ainda que não tenha muitos atrativos, o centro histórico da capital Bridgetown merece uma visita rápida. Caminhamos entre os prédios históricos, suas ruas movimentadas de final de expediente, senhores reunidos para um efusivo jogo de dominó e taxistas insistentes.
Prédio do Parlameno em Bridgetown, a capital de Barbados
Ponte de pedestres sobre o canal em Bridgetown, a capital de Barbados
Movimentado jogo de dominó nas ruas de Bridgetown, a capital de Barbados
O final de tarde foi em um happy hour na Accra Beach, com os nossos novos amigos viajantes que encontramos em um ótimo acaso Rosa e Roberto, que vieram do Rio para passar 15 dias entre Barbados e Santa Lúcia! Rosa é super conectada e sabia todas as dicas do Viaje na Viagem e dos nossos amigos blogueiros que acabamos de encontrar em Washington DC e no Dellaware, o Aprendiz de Viajante e o MauOscar, super bacana! A parada que seria rápida acabou se estendendo de tão bom que estava o papo, trocando dicas de viagem com a Rosa e fotografia sub, uma das paixões do Roberto. Praia, chuva, sol, rum e novos amigos, um bom resumo de um típico dia de férias caribenhas.
Encontro com o casal brasileiro Rosa e Rogério, em Carlisle Bay, sul de Bridgtown, capital de Barbados
Mangue seco e lagoas na praia do Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Nosso plano era irmos embora amanhã cedo, já tínhamos até hotel marcado em Belém. Assuntamos na vila e soubemos que o barco do Seu Mário poderia sair no domingo. Aqui em Lençóis as coisas têm tempo próprio, é difícil impor ritmo ao que já está no tempo certo, natural. Conversamos com Seu Mário, dono da venda e único barco que faz transporte de passageiros entre a ilha e o continente com certa regularidade. Ele ainda estava decidindo se iria amanhã no final da tarde ou segunda-feira cedo. Decidiu-se por segunda, junto com a maré. Embora tentemos nos ater ao nosso planejamento, em alguns lugares contratempos como estes são bem vindos.
Caminhada para o Farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Tivemos que encontrar algum outro programa para o dia de hoje, o que não falta por aqui para pessoas com disposição de andar e apaixonadas pela natureza. Já havíamos explorado bem a Ilha de Lençóis, então hoje foi o dia de visitarmos a vizinha, conhecida como Ilha de São João. São quilômetros de praia até chegarmos ao Farol de São João, passando apenas por palafitas de pescadores, usados como moradia ou apenas como ranchos de pesca.
Abrigo de pescadores na praia do Farol, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Atravessamos o canal na baixa da maré, queríamos ir nadando, mas todos alertam as forças da correnteza, tanto na vazante quanto na entrante. Sendo assim atravessamos de canoa mesmo e assim garantimos as fotos do dia mais ensolarado da semana!
Correndo para as lagoas nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Caminhamos durante uma hora e meia a passos largos para chegar ao farol. Cruzamos no caminho uns 4 pescadores, praia movimentada hoje. Em toda a sua extensão encontramos novamente as redes de pesca fixadas para aproveitar a maré. Toda esta região é uma Reserva Ambiental Extrativista, muito rica em peixes de toda qualidade, tainha, corvina, xaréu, robalo, cação, é uma fartura só. Só imagino o que aconteceria se não fosse uma reserva, as grandes empresas pesqueiras estariam aqui acabando com o trabalho e a cultura dessa gente.
Pescadores atravessam terreno alagadiço, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
O Farol fica em uma baixa, perto das dunas e próximo a um igarapé. Propriedade da Marinha Brasileira, “entrada proibida”, mas liberada pelos pescadores que encontramos. Eles carregavam sua pesca para o barco aportado no igarapé ao fundo, conhecido como Porto do Farol. A pequena vila parecia estar abandonada, reside ali apenas uma quantidade descomunal de muriçocas, pragas e insetos hematófagos. Não é a toa que o faroleiro e sua família não estavam.
O farol de São João, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Foi descermos da duna que fomos atacados, pegos completamente de surpresa! 10 picadas em 30 segundos! Por aí, calculo que ficamos na vila no máximo 3 minutos, matamos um bocado deles, mas não o suficiente para nos aliviar. Foi aí que entendemos também por que os pescadores correram tanto carregando o peixe para o barco, não era o peso das caixas de peixe, mas sim as picadas das muriçocas!
Pescadores carregam o fruto do trabalho, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Voltamos acelerados para as dunas, a salvo das pragas e com uma nova amiga, uma cadela fofa e tetuda. Ela nos acompanhou neste trecho da caminhada e no banho de lagoa de água doce, mas não quis caminhar os 7km de volta até Lençóis. A maré ainda mais baixa deixou a floresta morta ainda mais destacada.
Até o cão se impressiona com a vista! (nas Reentrâncias Maranhenses - MA)
Foram pouco mais de 3 horas de caminhada e o canal estava ainda mais seco. As duas ilhas praticamente se unem na maré baixa, bem por onde o Rodrigo resolveu atravessar a nado. Voltei remando com Lailson, mas a certa altura, não agüentei e também pulei na água. A Nikon que me desculpe, mas ela vai ter que aprender a nadar.
Remando de volta para a Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Tomamos um banho de cuia delicioso, pois a água do chuveiro estava quente. Num dia de sol como hoje ela é aquecida naturalmente na caixa d´água. Banho de cuia para despedir, almoço de despedida, já começamos a ficar com saudades...
Tomando banho de balde na pousada na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
À noite fizemos nossa via sacra, passamos no Seu Mário para confirmar o retorno, no Bar do Martins para despedir das crianças, deixamos os gêmeos na Doza e fomos para casa, caminhando pelas ruas de areia, dando um alô para as cabras já com vontade de ficar.
Os gêmeos Michael e Michaela, nossos companheiros de todas as noites no bar do Martins, na Ilha de Lençóis, nas Reentrâncias Maranhenses - MA
Adeus à Cartagena, na Colômbia. Próxima parada: Arquipélago de San Blás, no Panamá
PRIMEIRO DIA – 20/11/11
Embarcamos no Lycka na Marina do Pescador, em Manga. Lá já conhecemos nossos companheiros de travessia: Ben e Alex, australianos, Andy, alemão, Johan espanhol amigo do capitão Marc e Glória, fechando a tripulação.
Os passageiros são levados para o veleiro que nos levará ao Panamá (na marina de Cartagena, na Colômbia)
Estava um final de tarde lindo na baía de Cartagena. Contornamos a península de Boca Grande, até a saída onde ainda existe a muralha submarina que fechou a entrada da armada inglesa em Cartagena. Atravessamos por um pequeno rombo feito na muralha para que as embarcações pequenas pudessem usar esta saída. A Boca Chica é o canal de entrada para o porto, mais fácil de defender e por onde a Fiona deverá sair rumo ao Panamá amanhã.
Fim de tarde, deixando a cidade de Cartagena, na Colômbia, rumo ao Panamá!
No horizonte a chuva já se anunciava. Um show de luzes e relâmpagos animaram as primeiras socializações com os viajantes do barco. Primeiro dia, só com remédios para enjôo e muito vento na cara.
Passando pela Sociedade Portuária de Cartagena, na Colômbia (vista do veleiro que nos levará ao Panamá)
Só saí da parte da frente do veleiro para jantar e depois quando começou a chover. Entrei no quarto quase chorando, pensando que ia morrer, de tão mareada e enjoada que eu estava. A noite foi dura, mar agitado e banheiro bem movimentado a um metro da minha orelha. Dormi apenas uma hora, é a aventura começou!
Feliz com o início da viagem de veleiro de Cartagena, na Colômbia, até o Panamá
SEGUNDO DIA – 21/11/11
Nem sinal de terra à vista no primeiro dia de navegação entre Cartagena (Colômbia) e San Blás (Panamá)
Uma noite, um dia inteiro e outra noite de navegação. Navegamos o dia inteiro, sem avistar nenhum outro barco e com uma rápida visita de lindos golfinhos saltitantes. A medida do impossível, vou aproveitando para socializar com Johan, que me contava suas histórias e a boa vida na Costa Brava espanhola e com Glória, nossa sub-capitã, cozinheira e nova amiga colombiana.
Golfinhos nos acompanham em mar aberto no primeiro e longo dia de travessia de veleiro de Cartagena (Colômbia) até o arquipélago de San Blás (Panamá)
Estas foram as duas piores noites de sono da minha vida. O vento e a chuva agitou o mar entre Cartagena e o Arquipélago de San Blás. Apesar do pesadelo que todos passaram enquanto todos os objetos caíam durante a noite: CDs, livros, copos, pratos, lixo e tudo o que imaginar voando pela cabine principal. Eu já fui mais “esperta” nesta noite e diminuí o intervalo dos remédios para enjôo, conseguindo dormir um pouco mais.
Vista a partir do nosso quarto da parte interna do veleiro que nos levou da Colômbia para o Panamá
A van do grupo The Hall Effect, em parada durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Hoje aconteceu de tudo, fomos considerados quase mortos por tabela, junto com toda a Banda The Hall Effect. Como assim mortos? Hoje aconteceu de tudo, mas eu juro que vou tentar resumir.
Saímos de Cali já eram quase 4 horas da manhã, seguindo Angelo que dirigia a van da banda, o melhor guia de estradas que poderíamos encontrar. Nicolas resolveu vir conosco no carro, a revelia de seus amigos que tentaram impedi-lo, tamanho o porrete que ele tinha tomado no bar em Cali. Até uma batida de carro vimos acontecer ao vivo quando ainda estávamos no posto de gasolina antes de pegar a estrada.
Fomos por caminhos alternativos, tentando evitar pedágios, até chegarmos à rota principal. Passamos um, passamos dois e eis que amanhece o dia e começamos a encontrar alguns “trancóns de mulas”, vulgo engarrafamento de caminhões, carretas. Essa rodovia liga o principal porto do país à Bogotá, são centenas de mulas que trafegam nela todos os dias. Um dos trancóns conseguimos passar, quilômetros e quilômetros que estavam interrompidos pela polícia apenas para caminhões. Continuamos em direção à cidade de Armênia e encontramos outro trancón. Escolados, passamos pelo acostamento até chegarmos ao engarrafamento de carros onde o policial nos avisou, a via está fechada por derrumbres, deslizamentos de terra. São mais de 40km de mulas e sem previsão de abertura.
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Paramos por um tempo em um restaurante na beira da estrada e a banda tomou seu café da manhã. Caldo de costela e Nicolas, se recuperando do porrete, comeu um digno prato de caminhoneiro, típico café da manhã aqui na região. Tentamos dar um olé nesse engarrafamento e tentamos uma via alternativa depois da cidade de Armênia... nada. A esta altura já estávamos preocupados com o horário de chegada da banda no show. Eles começaram a ligar para a organização e avisaram da situação. Tínhamos que chegar, não tinha jeito!
A banda The Hall effect durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A única alternativa era tentar uma via mais longa (muuuuuuito mais longa), por Manizales, passando pela Zona Cafeteira. Esta via estava fechada desde sexta-feira, mas segundo a polícia de carreteras tinha sido aberta novamente e era a nossa única chance de atravessar hoje a cordilheira para Bogotá. Uma viagem que era para durar 6 a 7 horas ia se estender por pelo menos mais 5 horas.
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Esta região era exatamente a zona que iríamos deixar de conhecer ou até fazer um grande detour de Bogotá para conhecermos, tida como uma das mais bonitas da Colômbia, pelas imensas plantações de café e o Parque Nacional de los Nevados. No final acabamos passando por ela muito antes do que imaginávamos, cansados, virados e numa pressa desgraçada, mas passamos. O detour que estávamos planejando caiu por terra ali mesmo! Rsrs!
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
Em uma das paradas Nicolas que estava conosco no carro voltou para a van e recebemos um novo visitante, Douglas. Uma companhia sensacional, super interessado na nossa viagem e nós da dele! Troca de cultura, enquanto ele nos contava das suas experiências com a banda, quando viveu na França e na Inglaterra, eu ia mostrando para ele músicas brasileiras de todos os estilos. Casado e com uma filha de 3 anos, contava apaixonado sobre sua Clarita e Amelie.
Paisagem colombiana durante a viagem entre Cali e Girardot, na Colômbia
A esta altura a viagem já havia virado uma epopéia. Parte da estrada que estávamos foi inundada, chegamos neste trecho justamente na hora em que o rio transbordou e formou uma cachoeira e um rio cruzando a pista! Uma televisão nacional estava filmando esta cena e pegou a imagem da van da The Hall Effect e de um carro desconhecido escrito “1000dias” passando pela enchente. Já era meio-dia e o festival estava começando. Douglas e os outros integrantes ligavam para o Júlio (manager), que enlouquecido tinha que dar alguma notícia para o público que os esperava. Pronto, o telefone sem fio estava feito! Van da banda The Hall Effect foi atingida pelo deslizamento na estrada a caminho do festival. As cenas da TV e notícias da rádio correram e até o irmão do Douglas chegou a ligar para ele, pois ouviu na rádio que não se sabia se a banda chegaria para o show. Estão mortos! Pensaram! Hahaha!
Horas de rally, encontros e desencontros com a van em trechos de terra esburacados, finalmente chegamos à Girardot. 12 horas depois, acabados pelo pouco sono, cansaço da estrada e stress da viagem, estávamos finalmente no tão sonhado e esperado festival. Nós íamos apenas aproveitar, dançar e nos divertir... e eles que tinham que tocar!?! Coitados... essa vida de roqueiro em turnê não é fácil!
Quando o pessoal da organização e alguns fãs os viram entrando, foi que nós nos demos conta de toda a história. Eles diziam: vocês estão vivos! Hahaha! E aos poucos fomos ligando as peças, as notícias e cenas fecharam o telefone sem fio que rolou. Rodrigo foi firme no volante, não quis trocar comigo nem um instante! Eu cheguei até a ficar apreensiva que ele desistisse e quisesse ficar lá pela zona cafeteira, mas ele não pestanejou e finalmente chegamos! Vivos, sãos e salvos.
Praia em Santo André - BA
Acordamos com o tempo novamente indeciso, mas já que ele não decide, nós decidimos por ele! Logo cedo tomamos um banho de mar para acordar e afugentar a chuva. Aproveitamos para conhecer um pouco mais de Santo André, uma pequena vila praiana pouco acima de Porto Seguro.
O rio em Santo André - BA
Descoberta para o turismo recentemente possui em torno de 8 ou 9 pousadas, sendo 4 destas de italianos que se radicaram no Brasil. A vilazinha tem aquela simplicidade que procuramos, longe das hordas de turistas, possui alguns restaurantes muito bonitinhos e dois ou três ateliês, que dão um toque cultural para o local. As pousadas são muito charmosas, a maioria tem acesso direto para a praia e restaurante próprio.
Caminho que leva ao mar, em Santo André - BA
Fomos até a lan house, já que conexão 3G nem pensar. O Gil, além de ser o nosso querido barman na pousada, é empresário nas “horas vagas”. Colocamos alguns posts e fotos no ar enquanto esperávamos a mulherada que estava vindo de Trancoso conhecer Santo André! Sim! As nossas amigas cariocas voltaram! Eu já estou sentindo saudades delas, tanto tempo convivendo... O que me consolou foi que elas deram mais uma agitada nos nossos (possíveis) planos de morar no Rio após os 1000dias. Vai ter festa de recepção e tudo!
Mais uma despedida da Ana, Gracie e Luciana, dsta vez em Santo André - BA
Voltamos novamente para a BR101, nossa querida briói, a caminho de Ilhéus. Passamos novamente por um mar de eucaliptos e inclusive pela planta da Veracel, imensa e fumacenta. Já estou até cansada de falar disso, é demais gente... mas qual será a alternativa para tantos cartonados que as embalagens de hoje utilizam? Tem que haver uma saída, voltar à vida simples onde todos produzem seu próprio alimento e não dependem de embalagens seria uma boa, né?
Pequeno buraco na estrada entre Santo André e a BR-101 - BA
Enfim... quase 5 horas depois chegamos à Ilhéus e nos hospedamos no centro histórico. Ainda tivemos tempo para um jantar no Bar Vesúvio, local muito freqüentado por Jorge Amado e cenário de romances por ele escrito. Amanhã acho que vou conseguir ir ao otorrino, para finalmente ver qual é a situação da minha orelha. Ué, uma passadinha no médico faz parte da vida, né gente?
Ah! Estava quase me esquecendo de contar! Para fechar bem o dia, preciso dividir com vocês uma boa notícia que nos deu uma alegria imensa! Fechamos as nossas passagens de Recife para Noronha! Dia 10/12 estaremos embarcando para esta Ilha Maravilha, mergulhar muito e explorar aquelas praias maravilhosas com a companhia do nosso primo Haroldo!
Windwardside, entre as montanhas de Saba - Caribe
Uma ilha totalmente improvável, Saba possui um relevo nada amigável para qualquer empreitada que você possa imaginar. As casas são construídas em encostas e os aglomerados urbanos estão nos vales e raras esplanadas entre as montanhas. A água doce é parte de uma usina de dessalinização construídos para períodos de emergência, furacões ou seca temporária. A maioria da água é captada por cisternas, já que Saba possui uma das maiores pluviosidades das ilhas caribenhas (1000mm). Chegar até esta ilha também não é tarefa fácil, apenas algumas poucas embarcações e o aeroporto construído em 1959 graças à coragem de um piloto que arriscou pousar na curta pista de aeroporto construída.
Homenagem ao primeiro piloto a pousar em Saba, no Caribe
Ainda que improvável, Saba foi habitada em diferentes períodos por índios Siboney, Arawak e Caribs e mais tarde por alguns piratas franceses e ingleses. No entanto, a primeira colônia que realmente se estabeleceu na ilha foi de holandeses, na sua maioria pescadores. Como os homens viviam a maior parte do tempo no mar, Saba ficou conhecida como “A ilha das mulheres”. Poucos escravos foram trazidos para cá neste período, fazendo com que os proprietários de terras trabalhassem lado a lado dos seus escravos, o que fez uma sociedade ainda mais próxima e integrada e tornando os seus moradores ainda mais unidos e amáveis.
O pequeno porto de Saba - Caribe
Até o início da década de 40 a ilha não possuía estrada, todo o deslocamento era feito através de trilhas e escadas construídas pelos moradores, que diziam ser impossível a construção de uma rodovia. Joseph Lambert Hassel, um morador dedicado e indignado decidiu tirar um diploma de engenharia por correio com um único objetivo, construir a até hoje conhecida “The Road”, em 1943. A eletricidade só chegou definitivamente na ilha em 1970, antes disso apenas alguns geradores para eletricidade noturna eram utilizados.
Mount Scenery, maior montanha da ilha de Saba - Caribe
A capital administrativa de Saba, um dos estado do Caribe Holandês, é a cidade “The Bottom”, uma referência à sua localização geográfica na base da montanha. Ela fica na área mais plana próxima ao principal (senão único) porto da ilha. A população total de Saba é de 2200 habitantes, sendo destes 450 estudantes da Faculdade de Medicina localizada na capital. Windwardsite é a maior vila e oferece a maior parte do comércio, tais como supermercado, hotéis, operadoras de mergulho, bares e restaurantes. Hoje saímos do Scout´s Place, no centro de Windwardsite, para El Momo Guest House, na parte alta da mesma cidade, só uns 10 minutos de pura subida. O gratificante é que quanto mais alto vamos, melhor a vista, sempre!
No alto do monte Maskaroni, nosso primeiro trekking em Saba - Caribe
Hoje começamos a nossa rotina de mergulhos, que deve continuar pelos próximos 2 dias. O pessoal da Saba Divers tem uma operação ótima e, para a nossa sorte foi praticamente exclusiva. Fomos primeiro ao ponto conhecido como Third Encounter, um pináculo submarino, agulha de pedra fina e imensa, com uma beleza cênica espetacular. Encontramos o topo da rocha aos 28m e sua base vai até os 50m de profundidade.
Explorando um pináculo durante mergulho na costa de Saba - Caribe
Nós infelizmente fomos apenas até os 34m, profundo o suficiente para conhecer este ambiente, mas sempre dá vontade de descer mais! RS! Muitas garoupas, badejos e outros peixes menores populam as colônias de coral e esponjas que dão um colorido especial ao local. Ao lado, um pouco mais raso, encontramos um platô com vários corais e tubarões lixa, vimos uns 5 deles entocados.
O dorminhoco tubarão-lixa no mergulho em Third Encounter, na costa de Saba - Caribe
O nosso segundo mergulho foi mais raso, mas divino! Tent reef combina boulders, pedras sobrepostas que formam pequenas cavernas e cânions com muita vida. A diversidade de corais e esponjas é imensa!
Explrando pequenas grutas e passagens durante mergulho em Tent Reef, na costa de Saba - Caribe
Vimos diversos turbações lixa (nurse sharks), alguns camarões e caranguejos lindinhos, além das barracudas que nos fizeram companhia na parada de segurança. Achei muito curioso que nesta área a formação de corais é bem jovem, facilitando a compreensão e visualização de cada tipo de coral.
Uma anêmona durante nosso segundo mergulho na costa de Saba - Caribe
O belo jardim de corais na parte mais rasa de Tent Reef, na costa de Saba - Caribe
Feita a troca de pousadas, nos embrenhamos em uma das 12 trilhas que a ilha oferece. Todas são muito íngremes. Fomos ao Maskehorne Hill, com 547m de altura e uma bela vista da ilha. Acreditamos que dali teríamos a vista de um belo pôr-do-sol, infelizmente mais uma ou duas montanhas estavam cobrindo esta visão. Continuamos a trilha até o vilarejo de St John e subimos “The Road” até El Momo, um bom exercício para o final do dia.
Voltando para Windwardside pela única estrada de Saba - Caribe
Sexta-feira, dia internacional do happy hour, aqui em Saba é o dia nacional do Sabaokê, karaokê no restaurante Scout´s Place. A festa começa as 21h, mas começa a esquentar mesmo as 22h, 23h, quando a maioria dos estudantes de medicina começa a chegar, animados por terem passado na sua prova ou bebendo para esquecer as péssimas notas. Fizemos algumas amizades, os locais aqui são totalmente receptivos e logo puxam assunto. Já íamos embora quando Luck nos convidou para uma saidera no Pizza Bar que vai até umas 2am aberto. Quando vimos todos os mais animados do Karaokê que haviam ido embora estavam lá. Pista de dança, galera animada, um lugar mais roots, mais locais, menos turistas. Muito bacana! Quando tomamos coragem para subir a colina para a pousada, apareceu mais um local gente boa e ofereceu nos levar até a pousada. Carona aqui é quase lei, também pudera, com tantas montanhas não poderia ser diferente.
Peixe colorido em uma reentrância no coral de Tent Reef, na costa de Saba - Caribe
Ao final aprendemos que Saba de tão improvável, acaba sendo ainda mais exótica e um curioso destino aos que gostam de montanhas e mergulho ou apenas aos que querem ver um Caribe diferente de tudo o que imaginavam.
O belo jardim de corais na parte mais rasa de Tent Reef, na costa de Saba - Caribe
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